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AULA 09 DINÂMICA DOS FLUIDOS: PERDA DE CARGA DOCENTE: Natália Keila CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA DE FENÔMENO DOS TRANSPORTES 2015.2 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 1 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 2 Introdução Conservação da Energia Mecânica Equação de Bernoulli - Com perdas de cargas AULA 09 DINÂMICA DOS FLUIDOS: PERDA DE CARGA UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 3 Escoamento permanente de fluidos incompressíveis em condutos Perdas de carga no trecho fluido real Princípio da Conservação de Energia Equação de Bernoulli com uso de máquina e considerando as perdas de carga Conduto é qualquer estrutura sólida destinada ao transporte de fluidos. A classificação dos condutos deve-se ao comportamento dos fluidos em seu interior: Forçados ou Livres. Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 4 Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 Escoamento permanente de fluido incompressível em condutos forçados Hipóteses de Simplificação: Regime permanente Sem/Com a presença de máquina (bomba/turbina) Sem/Com perdas por atrito Propriedades uniformes nas seções Fluido incompressível Sem trocas de calor UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 5 Tipos de Condutos Conduto Forçado (a) – é quando o fluido que nele escoa o preenche totalmente, estando em contato com toda a sua parte interna. Ex: Tubulações de recalque, de sucção. Conduto Livre (b) – quando fluido apresenta uma superfície livre, isto é, apenas parcialmente a face do conduto está ocupada. Ex: tubulação de esgoto, de água, calhas, leitos de rios. Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 6 Tipos de Condutos Número de Reynolds em condutos – Re 𝑅𝑒 ≤ 2.000 Escoamento Laminar 2.000 < 𝑅𝑒 < 2.400 Escoamento de transição 𝑅𝑒 ≤ 2.400 Escoamento turbulento Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 𝑹𝒆 = 𝝆𝒗𝑫 𝝁 = 𝒗𝑫 𝝊 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 7 Tipos de Condutos Os condutos apresentam asperezas nas paredes internas que influem na perda de carga dos fluidos em escoamento. Em geral, tais asperezas não são uniformes, mas apresentam uma distribuição aleatória tanto em altura como em disposição. No entanto, para efeito de estudo supõe-se inicialmente que as asperezas tenham alturas e distribuições uniformes. A altura uniforme das asperezas é indicada por 𝜺 e denominada “rugosidade uniforme” Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 8 Conexões que provocam perda de carga localizada ou singular Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 9 Conexões que provocam perda de carga localizada ou singular Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 10 Perdas de Carga PERDAS DE CARGA – ∆𝑯 𝒐𝒖 𝑯𝑷𝟏,𝟐 – energia perdida pela unidade de peso do fluido quando este escoa. Dois tipos de perda de carga: PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA e PERDA DE CARGA LOCALIZADA OU SINGULARES. Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 𝑷𝒆𝒓𝒅𝒂 𝒅𝒆 𝑪𝒂𝒓𝒈𝒂 = 𝑷𝒆𝒓𝒅𝒂 𝒅𝒆 𝑪𝒂𝒓𝒈𝒂 𝑫𝒊𝒔𝒕𝒓𝒊𝒃𝒖𝒊𝒅𝒂 + 𝑷𝒆𝒓𝒅𝒂 𝒅𝒆 𝑪𝒂𝒓𝒈𝒂 𝑳𝒐𝒄𝒂𝒍𝒊𝒛𝒂𝒅𝒂 PERDA DE CARGA DISTRIBUÍDA LOCALIZADA ∆𝑯 𝒐𝒖 𝑯𝑷𝟏,𝟐 = 𝚺𝒉𝒇 + 𝚺𝒉𝑳 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 11 Perdas de Carga Distribuída Também é chamada de Perda de Carga Contínua ou Normal. Perda de Carga Distribuída é causada pelo movimento do fluidos ao longo da tubulação. É uniforme em qualquer trecho da tubulação (desde que de mesmo diâmetro), independente da posição do mesmo. Representada por: 𝒉𝒇 Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 12 Perdas de Carga Distribuída Variáveis hidráulica: Comprimento da Tubulação - 𝑳 Quanto maior o comprimento da tubulação, maior a perda de carga. O comprimento é diretamente proporcional à perda de carga. Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 13 Perdas de Carga Distribuída Variáveis hidráulica: Diâmetro da Tubulação - 𝑫 Quanto maior o diâmetro, menor a perda de carga. O diâmetro é inversamente proporcional à perda de carga. Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 14 Perdas de Carga Distribuída Variáveis hidráulica: Velocidade do fluido - 𝒗 Quanto maior a velocidade do fluido, maior a perda de carga. Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 15 Perdas de Carga Distribuída Variáveis hidráulica: Fator de atrito (Material da tubulação) - 𝒇 • A rugosidade depende do material do tubo. Existem tabelas onde encontramos esses valores em função da natureza do material do tubo. • O tempo de uso, ou seja, a idade do tubo também é uma variável a ser considerada, devido principalmente ao tipo de material que for utilizado (ferro fundido, aço galvanizado, aço soldado com revestimento, etc.). O envelhecimento de um tubo provoca incrustações ou corrosões que poderão alterar desde o fator de rugosidade ou até o diâmetro interno do tubo. Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 16 Perdas de Carga Distribuída Variáveis hidráulica: Fator de atrito (Material da tubulação) - 𝒇 • A viscosidade, ou seja, o atrito intermolecular (ou interno) do fluido também influencia a perda de carga em um sistema. Líquidos com viscosidades diferentes vão possuir perdas de cargas distintas ao passar dentro de uma mesma tubulação Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 17 Perdas de Carga Distribuída Equação da Perda de Carga Distribuída – Equação de Darcy-Weibach – Equação Universal: Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 𝒉𝒇 = 𝒇 𝑳 𝒗𝟐 𝑫 𝟐𝒈 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 18 Perdas de Carga Distribuída Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 𝑓 = 𝑅𝑒; 𝜀 𝐷 𝐾 – rugosidade equivalente; D – diâmetro do duto; ε – rugosidade absoluta; 𝜀 𝐷 – rugosidade relativa; UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 19 Perdas de Carga Distribuída Variáveis hidráulica: Fator de atrito - 𝒇 • O fator de atrito depende das asperezas da parede do tubo e do tipo de regime de escoamento (laminar ou turbulento) e pode ser obtida por equações como a de Swamee, definida pela equação: 𝒇 = 𝟔𝟒 𝑹𝒆 𝟖 + 𝟗, 𝟓 𝒍𝒏 𝜺 𝟑, 𝟕𝑫 + 𝟓, 𝟕𝟒 𝑹𝒆𝟎,𝟗 − 𝟐𝟓𝟎𝟎 𝑹𝒆 𝟔 −𝟏𝟔 𝟎,𝟏𝟐𝟓 Os valores de 𝒇 são levantados experimentalmente e podem ser obtidos, por exemplo, através do diagrama de Moody, desde que conhecidos 𝑹𝒆 e 𝜺 𝑫 e o duto seja de seção circular. Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 20 Perdas de Carga Distribuída Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 21 Perdas de Carga Distribuída Variáveis hidráulica: Fator de atrito - 𝒇 • Para regime laminar: 𝒇 = 𝟔𝟒 𝑹𝒆 • Para regimes turbulentos e de transição: Á𝑩𝑨𝑪𝑶 𝑫𝑬𝑴𝑶𝑶𝑫𝒀 Escoamentode condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 22 Perdas de Carga Localizada Também é chamada de Perda de Carga Singular ou Acidental PERDA DE CARGA LOCALIZADA - ℎ𝐿 - devido as perturbações bruscas sofridas no seu escoamento, são elas: presença de válvulas, mudanças de direção (a partir das conexões), alargamento brusco, obstrução. Representada por: 𝒉𝑳 Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 23 Perdas de Carga Localizada Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 24 Perdas de Carga Localizada Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 25 Conexões que provocam perda de carga localizada ou singular Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 Registro de gaveta Registro de esfera Registro de pressão UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 26 Perdas de Carga Localizada Também pode ser utilizada pela Equação da Perda de Carga Distribuída – Equação de Darcy-Weibach – Equação Universal. Para tanto, ela pode ser calculada de duas maneiras: Método do Comprimento Equivalente Método do Coeficiente de Resistência Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 27 Perdas de Carga Localizada - Método do Coeficiente de Resistência O usuário mediante consulta, transforma a perda de carga do acidente em algo equivalente a um trecho reto de tubulação - 𝐿𝑒𝑞 - na qual se obteria a mesma perda proporcional pelo acessório (ℎ𝐶𝐷). Assim a equação de Darcy-Weisbach pode ser utilizada normalmente: Os quadros dado em anexo apresentam os comprimentos equivalentes de alguns dos principais acessórios comumente encontrado em tubulações. 𝐿𝑒𝑞 = 𝐿𝑒𝑞,1 + 𝐿𝑒𝑞,2 +⋯+ 𝐿𝑒𝑞,𝑛 Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 𝒉𝑳 = 𝒇 𝑳𝒆𝒒 𝒗 𝟐 𝑫 𝟐𝒈 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 28 Perdas de Carga Localizada - Método do Coeficiente de Resistência De forma alternativa, pelo Método do Coeficiente de Resistência , um coeficiente 𝐾𝑆 representa cada um dos acessórios, cujo cálculo da perda de carga localizada é feito pela expressão: Assim para cada tipo de acidente existente na linha pela qual o fluido escoa, há um valor de 𝐾𝑆 fornecido pelo fabricante, obtido experimentalmente ou disponibilizado na literatura, conforme mostra os slides a seguir. Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 𝒉𝑳 = 𝑲𝑺 𝒗𝟐 𝟐𝒈 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 29 Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 Perdas de Carga Localizada - Método do Coeficiente de Resistência UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 30 Perdas de Carga Localizada - Método do Coeficiente de Resistência Escoamento de condutos forçadosDinâmica dos fluidosAula 07 UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 31 31 EXEMPLO 7.1 Calcular a vazão de água num conduto de ferro fundido, sendo dados 𝐷 = 10𝑐𝑚, 𝜈 = 0,7. 10−6𝑚²/𝑠 e sabendo-se que dois manômetros instalados a uma distância de 10m indicam, respectivamente, 0,15 Mpa e 0,145 Mpa (𝛾𝑎𝑔𝑢𝑎 = 10 4 𝑁/𝑚³). O fator de atrito é conhecido e tem o valor de 0,020. ExemplosDinâmica dos fluidosAula 07 Exemplo da Apostila UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 32 32 EXEMPLO 7.2 Na instalação da figura, a bomba B recalca água do reservatório 1 para o reservatório 2, ambos em nível constante. Desprezando as perdas de carga singulares, determinar: a. A vazão na tubulação b. A potência da bomba em kW se o rendimento é 73%. Dados: 𝐷 = 10𝑐𝑚; 𝐿 = 50𝑚(comprimento total da tubulação); tubos de ferro fundido (𝑘 = 2,5 × 10−4𝑚 ); ℎ𝑓 = 4𝑚 ;𝑔 = 10𝑚/𝑠² ;𝜈 = 10−6𝑚²/𝑠; 𝛾 = 104 𝑁 𝑚3 . ExemplosDinâmica dos fluidosAula 07 Exemplo da Apostila UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 33 33 EXEMPLO 7.3 Dada a tubulação da figura, cuja seção (2) está aberta a atmosfera, calcular: a. A perda de carga entre (1) e (2); b. A vazão em volume. Dados: 𝐷 = 15𝑐𝑚; 𝐿 = 30𝑚 (comprimento total da tubulação); 𝑝1 =32,8 kPa;𝑔 = 10𝑚/𝑠²;𝜈 = 0,5.10 −3𝑚²/𝑠; 𝛾 = 9000 𝑁 𝑚3 . ExemplosDinâmica dos fluidosAula 07 Exemplo da Apostila UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 34 34 EXEMPLO 7.4 No trecho (1)-(5) de uma instalação existem: uma válvula de gaveta 2), uma válvula tipo globo (3) e um cotovelo (4). Sendo a tubulação de aço de diâmetro de 5 cm, determinar a perda de carga entre (1) e (5), sabendi que a vazão é 2 L/s e que o comprimento da tubulação entre (1) e (5) é 30 m. Dado: 𝜈 = 10−6 𝑚²/𝑠. ExemplosDinâmica dos fluidosAula 07 Exemplo da Apostila UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 35 35 EXEMPLO 7.5 Sendo a pressão 𝑝8 mantida igual a 532 kPa constante, determinar a potência da bomba de rendimento 0,7 e a pressão na entrada dela se a vazão for de 40 L/s. Dados: tubos de ferro galvanizado (𝑘 = 0,15 × 10−3𝑚 ), 𝐾𝑆,1 = 15;𝐾𝑆,2 = 0,9; 𝐾𝑆,3 = 𝐾𝑆,5 = 10;𝐾𝑆,7 = 1;𝐾𝑆,4 = 0,5; 𝑝𝑎𝑔𝑢𝑎 = 1,96𝑘𝑃𝑎 𝑎𝑏𝑠 ; 𝛾 = 10000 𝑁 𝑚3 ; 𝜈 = 10−6 𝑚2 𝑠 ; 𝑝𝑎𝑡𝑚 = 101 𝑘𝑃𝑎. Indica-se com índice S o que se refere à sucção em R o que se refere ao recalque. Diâmetro de recalque 10 cm e de sucção de 15 cm. ExemplosDinâmica dos fluidosAula 07 Exemplo da Apostila UNIVERSIDADE POTIGUAR FENÔMENO DOS TRANSPORTES 36 36 EXEMPLO 7.5 ExemplosDinâmica dos fluidosAula 07 Exemplo da Apostila DÚVIDAS? Natália Keila natalia.keila@outlook.com natalia.silva@unp.br
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