173 pág.

Pré-visualização | Página 1 de 27
Marília Brasil Xavier REITORA Prof. Rubens Vilhena Fonseca COORDENADOR GERAL DOS CURSOS DE MATEMÁTICA MATERIAL DIDÁTICO EDITORAÇÃO ELETRONICA Odivaldo Teixeira Lopes ARTE FINAL DA CAPA Odivaldo Teixeira Lopes REALIZAÇÃO Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) F676a Fonseca, Rubens Vilhena Álgebra linear / Rubens Vilhena Fonseca – Belém: UEPA / Centro de Ciências Sociais e Educação, 2011. 148 p.; iI. ISBN: 978-85-88375-58-1 1.Álgebra linear. I. Universidade Estadual do Pará. II. Título. CDU: 512.64 CDD: 512.5 Índice para catálogo sistemático 1. Álgebra Linear: 512.64 Belém - Pará - Brasil - 2011 - SUMÁRIO Capítulo 1 — ESPAÇOS VETORIAIS Espaço vetorial real 7 Propriedades dos espaços vetoriais 11 Subespaços vetoriais 11 Combinação linear de vetores 16 Subespaço vetorial gerado 19 Espaços vetoriais finitamente gerados 22 Dependência e independência linear 23 Baseedimensão 28 Componentes de um vetor 33 Mudança de base 34 Capítulo 2 - ESPAÇOS VETORIAIS EUCLIDIANOS Produto interno em espaços vetoriais 40 Espaço vetorial euclidiano 43 Módulo de um vetor 43 Ângulo de dois vetores 46 Distância entre dois vetores 49 Vetores ortogonais 49 Conjunto ortogonal de vetores 50 Base ortogonal 51 Capitulo 3 - TRANSFORMAÇÓES LINEARES Funções vetoriais 62 Transformações lineares 63 Núcleo de uma transformação linear 71 Imagem de uma transformação linear 72 Propriedades do núcleo e da imagem 74 Matriz de uma transformação linear 77 Operações com transformações lineares 82 Transformações lineares planas 85 Capitulo 4 - OPERADORES LINEARES Operadores lineares 101 Operadores inversiveis 101 Matrizes semelhantes 104 Operador ortogonal 107 Operador simétrico 112 Capítulo 5 - VETORES PRÓPRIOS E VALORES PRÓPRIOS Vetor próprio e valor próprio de um operadot linear 114 Determinação dos valores próprios e dos vetores próprios 117 Propriedades dos valores próprios e dos vetores proprios 122 Diagorialização de operadores 123 Diagonalização de matrizes simétricas — Propriedades 128 Capítulo 6 - SIMPLIFICAÇÃO DA EQUAÇÃO GERAL DAS CÔNICAS Cônicas 132 Simplificação da equação geral das cônicas 132 Classificação das conicas 135 7 Capítulo 1 ESPAÇOS VETORIAIS 1.1 – ESPAÇO VETORIAL REAL Seja um conjunto V, não vazio, sobre o qual estão definidas as operações de adição e multiplicação por escalar, isto é: , V, + V IR, V, V O conjunto V com estas duas operações é chamado espaço vetorial real se forem verificados os seguintes axiomas: A) Em relação à adição: A1) ( + ) + = + ( + ), , , V A2) + = + , , , V A3) 0 V, V, + 0 = A4) V, (- ) V, + (- ) = 0 M) Em relação à multiplicação por escalar: M1) ( ) = ( ) M2) ( + ) = + M3) ( + ) = + M4) 1 = para , , IR • Os elementos , , , ..., de um espaço vetorial V são denominados vetores. • Se a definição de espaço vetorial considerasse como escalares o conjunto C dos números complexos, V seria um espaço vetorial complexo. Entretanto, nesta INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA LINEAR serão considerados somente espaços vetoriais reais. • Por ter sido dada a definição de forma genérica, para um espaço vetorial V qualquer, ela serve para conjuntos diversos, tais como (o que si verá a seguir) o IR 2 , • o IR3, o conjunto das matrizes M(m n), etc. Assim, conforme seja o espaço vetorial considerado, os vetores terão a natureza dos elementos desse espaço e ESPAÇOS VETORIAIS – Capítulo 1 8 os conjuntos correspondentes terão a mesma ―estrutura‖ em relação às operações de adição e multiplicação por escalar. • Embora sejam dados exemplos de vários espaços vetoriais, serão examinados, de preferência, aqueles cujas aplicações se referem à Geometria Analítica. Exemplos 1) O conjunto V = IR 2 ={(x, y) / x, y IR} é um espaço vetoríal com as operações de adição e multiplicação por um número real assim definidas: (x1, y1) + (x2, y2) = (x1 + x2, y1 + y2) (x, y) = ( x, y) Essas operações são denominadas operações usuais. Para verificar os oito axiomas de espaço vetorial, sejam = (x1, y1), v = (x2, y2) e = (x3, y3). A1) ( + ) + = ((x1, y1) + (x2, y2)) + (x3, y3) = ((x1 + x2, y1+y2)) + (x3,y3) = ((x1 + x2) + x3, (y1 + y2) + y3) = (x1 + (x2 + x3), y1 + (y2 + y3)) = (x1, y1) + (x2 + x3, y2 + y3) = (x1, y1) + ((x2, y2) + (x3, y3)) = +( + ) A2) + = (x1, y1) + (x2, y2) = (x1 + x2, y1+y2) = (x2 + x1, y2 + y1) = (x2, y2) + (x1, y1) = + A3) 0 = (0, 0) IR 2 , IR 2 , + 0 = (x1, y1) + (0, 0) = (x1 + 0, y1 + 0) = (x1, y1) = ESPAÇOS VETORIAIS – Capítulo 1 9 A4) = (x1, y1) IR 2 , (- ) = (-x1, -y1) IR 2 , + (- ) = (x1, y1) + (-x1, -y1) = (x1 – x2, y1 – y1) = (0, 0) = 0 M1) ( ) = ( ) (x1, y1) = (( ) x1, ( ) y1) = ( ( x1), ( y1)) = ( x1, y1) = ( (x1, y1)) = ( ) M2) ( + ) = ( + ) (x1, y1) = (( ) x1, ( + ) y1) = ( x1 + x1, y1 + y1) = ( x1, y1) + ( x1, y1) = (x1, y1) + (x1, y1) = + M3) ( + ) = ((x1, y1) + (x2, y2) = (x1 + x2, y1 + y2) = ( (x1 + x2, (y1 + y2)) = ( x1 + x2, y1 + y2) = ( x1, y1) + ( x2, y2) = (x1, y1) + (x2, y2) = + M4) 1 = 1 (x1, y1) = (1x1, 1y1) = (x1, y1) = 2) Assim como um par ordenado (x1, x2) de números reais representa um ponto ou um vetor no IR 2 , e uma terna ordenada (x1, x2, x3) de números reais representa um ponto ou um vetor no IR 3 , como se sabe da Geometria Analítica, pode-se dizer, estendendo a idéia, embora ESPAÇOS VETORIAIS – Capítulo 1 10 sem representação geométrica, que uma quádrupla ordenada de números reais (x1, x2, x3, x4) é um ponto ou um vetor do IR 4 e que uma n-upla ordenada de números reais (x1, x2, x3, ..., xn) é um ponto ou um vetor do IR n . Analogamente, os conjuntos IR 3 , IR 4 , ..., IR n são também espaços vetoriais com as operações usuais de adição e multiplicação por escalar. A verificação dos oito axiomas para esses conjuntos é análoga à do IR 2 . 3) O conjunto IR, em relação às operações usuais de adição e de multiplicação por escalar é um espaço vetorial. De fato, sabe-se que a adição de números reais satisfaz os axiomas A1, A2, A3 e A4 e que, na multiplicação, se verificam os axiomas M1, M2, M3 e M4. 4) O conjunto das matrizes M(m, n) com as operações de adição e multiplicação por escalar, definidas nos itens A.8 e A.9 do APÊNDICE, é um espaço vetorial. Em particular, o conjunto das matrizes quadradas Mn é um espaço vetorial em relação às mesmas operações. 5) O conjunto IR 2 = {(a, b) / a, b IR} não é um espaço vetorial em relação às operações assim definidas: (a, b) + (c, d) = (a + c, h + d) k (a, b) = (ka, b), k IR Como a adição aqui definida é a usual,