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trabalho geopolítica

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1) A crise mostrada por Vesentini, é a partir do final da 2º Guerra Mundial, onde houve um sentimento de repúdio, devido ao fato da Geopolítica estar identificada com o nazismo alemão, fascismo italiano e ao expansionismo japonês. Foi uma época em que ficou tabu estudar, discutir e escrever sobre a geopolítica no mundo acadêmico. Isto perdurou até meados da década de 1970, quando, a partir deste momento, a Geopolítica entra agora renovada: nesta fase, ela reapareceu com a globalização da ciência e da economia, e da Terceira Revolução Industrial. Reaparece com a ideia de potência mundial que definia a relação entre Estados Unidos e URSS ou “as duas superpotências”, e o embate entre capitalismo e socialismo.
Nesta fase (anos 70 e 80), pensava-se seriamente no holocausto nuclear, na terceira guerra mundial. A corrida armamentista era grandiosa. Pensar a guerra tornou-se uma necessidade imperiosa. Com o final da URSS, começou-se a indagar sobre a nova ordem mundial, a respeito de quem iria dominar o século XXI, quais serão as grandes potências mundiais.
Esses novos aspectos de relações internacionais, foram responsáveis pela renovação da geopolítica e da nova mudança do conceito de hegemonia mundial.
2) A geopolítica baseada nas “guerras econômicas” baseia-se na ideia que essas guerras passaram a dominar o mundo após o final da guerra fria. Lester Thurow escreveu que, “o confronto agora deixou de ser militar para se tornar econômico...” E a pergunta fundamental que apareceu é: quem vai dominar o mundo no século XXI?
E para conseguir aquela posição, as potências em questão não vão participar em confrontos militares baseados num desperdício de recursos, mas competições econômicas que representam o contrário. Thurow explica o seguinte: “Na competição econômica do mundo não está dividido em parceiros e inimigos. O jogo será simultaneamente competitivo e cooperativo. A questão agora é ao mesmo tempo concorrer e se associar
3) a) A ideia fundamental é que depois da guerra fria os conflitos do mundo não são mais ideológicos, mas culturais. Os conflitos não são mais capitalismo x socialismo, nem econômicos (EUA x Europa, Europa x Japão, Norte x Sul, disputas entre blocos regionais). Agora, os principais conflitos ocorrerão entre nações e grupos de diferentes civilizações: civilização ocidental contra a islâmica, esta contra a hinduísta, esta contra a chinesa confuciana, entre outros.
b) As linhas de cisão entre as civilizações são as áreas em que os choques ocorreriam com maior intensidade. São fronteiras não de diferenças políticas, mas de civilizações diferentes. São locais onde tem uma significativa presença de civilizações diferentes. 
c) O estado-núcleo de uma civilização é o que funciona como líder duma família de estados, um representante de um “bloco civilizacional”. O conceito no mundo de definir uma civilização tem dois lados. Por um lado, os Estados ainda são os centros mundiais de poder, assim argumentam o realistas, e ainda existem “pela busca de poder e riquezas”. Mas, por outro lado, o mundo conteporâneo tem sete ou oito agrupamentos de Estados, que são considerados mais importantes no campo de poder e relações internacionais, e eles são chamados civilizações.
O estado-núcleo agiria como mediador nos conflitos, seja na civilização islâmica, africana, latino-americana, confuciana), garantindo assim a paz internacional. Dentre estas, a africana, islâmica e latino-americana carecem de um Estado-núcleo.
d) O papel dos EUA está diminuindo e o estrategista argumenta que, com o declínio “gradual e inexorável” que o Ocidente está sofrendo, os EUA deveriam deixar de se envolver em conflitos que ocorrem em outras civilizações, mesmo que estes sejam em nome dos direitos humanos. Essa é a estratégia do “Realista”, e é chamada “Regra de abstenção”.
e) É a de que ela legitima uma espécie de “desconsideração pelos direitos humanos” em culturas não ocidentais. Seria o abandono de qualquer universalismo e uma espécie de “partilha do planeta” entre poucos Estados-núcleos, cada um fazendo o que bem entender na sua zona de influência. Segundo alguns autores, “o recuo do Ocidente pode ser tão danoso quanto a dmoninação ocidental”.
	Existiria um redirecionamento da pesquisa e da produção bélicas, que deixariam de lado a ênfase nos meios de destruição em massa (armamentos nucleares, químicos ou bacteriológicos), para os de novas tecnologias de precisão (mísseis de precisão, sistemas de informação mais sofisticados, aviões informatizados, difíceis de serem detectados).
A defesa agora passaria a ser preventiva, pois as ameaça agora não é nenhum Estado definido, como o era na Guerra Fria, mas de grupos terroristas, crises inesperadas, instabilidades regionais, que podem ameaçar o sistema global.
Também, a concepção de soldado mudou. Atualmente, não há obrigatoriedade do serviço militar, mas o engajamento de profissionais altamente treinados e capacitados (engenheiros, analistas de sistemas, físicos, médicos, sociólogos, psicólogos, etc). A habilidade intelectual passou a ser mais importante do que a habilidade física. Há hoje toda uma expansão da revolução técnico-científica nos meios militares, como armamentos inteligentes, comunicação inteligente, logística inteligente.

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