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GENÉTICA DO CÂNCER - RESUMO CÂNCER – conjunto de distúrbios com característica comum de crescimento celular descontrolado, que leva a formação de uma massa de células, “neoplasia” ou tumor. Os tumores são classificados de acordo com o tecido em que eles surgem: CARCINOMAS – tecido epitelial (são os mais comuns) SARCOMAS – tecido conjuntivo LINFOMAS – tecido linfático GLIOMAS – células gliais do SNC LEUCEMIAS - órgãos hematopoiéticos CAUSAS DO CÂNCER Alterações genéticas dos sistemas de regulação celular são a base principal da carcinogênese. A maioria dos eventos que causa o câncer ocorre nas células somáticas. A frequência destes eventos pode ser alterada pela exposição a agentes carcinógenos. Em resposta a sinais ambientais, a célula pode continuar a dividir-se, pode diferenciar-se ou morrer (apoptose) O retinoblastoma é um tipo de câncer familiar comum CONSIDERAÇÕES AMBIENTAIS As células tumorais surgem quando certas mudanças ou mutações ocorrem em genes que são responsáveis pela regulação do crescimento da célula. Porém, a frequência e as consequências dessas mutações podem ser alteradas por um grande número de fatores ambientais. A interação dos genes com o ambiente é que determina a carcinogênese. No entanto, o risco de uma pessoa desenvolver um tipo de câncer depende de uma combinação de fatores e componentes ambientais. Muitos tipos de câncer tem frequências diferentes em diferentes populações. Como é o caso do câncer de mama, que é prevalente em norte-europeus e americanos de origem europeia, mas é relativamente rara entre mulheres de países em desenvolvimento. O câncer de estomago é muito comum no Japão, e muito raro nos Estados Unidos GENES AFETADOS POR MUTAÇÕES INDUZIDAS OU HEREDITÁRIAS: - Genes Mut-Drivers: direcionam os tipos de câncer - Genes Epi-Drivers: expressão alterada, mas não necessariamente mutados - Genes Mut-Passengers: expressão não tem efeito no processo neoplásico GENES ENVOLVIDOS NA GÊNESE DO CÂNCER A regulação do crescimento celular é realizada por substancias que incluem: Fatores de crescimento que transmitem sinais de uma célula para outra, Receptores específicos para os fatores de crescimento, Moléculas de transdução de sinal que ativam uma cascata de reações de fosforilação na célula, Fatores de transcrição nucleares. A célula integra e interpreta a série de sinais que recebe de seu ambiente. Decisões de crescer e se dividir ou parar de crescer e diferenciar-se resultam do processamento desses sinais. As mutações podem ocorrer em qualquer uma das etapas envolvidas na regulação do crescimento e da diferenciação celular. O acúmulo dessas mutações em uma linhagem de células pode resultar em uma desregulação progressiva do crescimento, finalmente produzindo uma célula tumoral. A TEORIA DA CARCINOGÊNESE EM DOIS EVENTOS (TWO-HIT MODE) A teoria propõe que: uma célula pode iniciar um tumor quando ele contém dois alelos mutantes; por isso, uma pessoa que herda uma cópia de um gene mutante deve experimentar uma segunda mutação somática em um ou mais retinoblastos para desenvolver um ou mais retinoblastomas. Duas mutações somáticas também podem ocorrer em um único retinoblasto de um feto não predisposto, produzindo um retinoblastoma esporádico. HERDADO - 1º evento ocorre nas cel. Germinativas 2º evento ocorre nas cel. Somáticas ESPORÁDICO – 1º e 2º evento ocorrem nas cél. Somáticas CLASSES DE GENES IMPORTANTES NO DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER Podem ser classificados em três classes principais: aqueles que inibem a proliferação do celular (genes supressores de tumor), aqueles que ativam a proliferação celular (oncogenes) e aqueles que participam do reparo do DNA. Genes supressores de tumor – genes que controla a divisão celular e deste modo ajudam na prevenção de tumores. Eles normalmente bloqueiam a proliferação celular descontrolada que pode levar ao câncer. Isso é feito pela participação em vias que regulam o ciclo celular. Também podem controlar a proliferação celular através de seus efeitos sobre a transcrição ou em interações célula-célula. Oncogenes – os proto-oncogenes codificam produtos que controlam o crescimento e a diferenciação celular. Quando mutados ou amplificados, podem tornar-se oncogenes, que podem causar câncer. A maioria dos oncogenes age como mutações dominantes com ganho de função que levam a desregulação do controle do ciclo celular. Em contraste com os genes supressores de tumor, a maioria dos oncogenes não apresenta mutações germinativas que causam síndromes de câncer hereditário. Em vez disso, são observadas mutações somáticas que levam ao câncer esporádico. Genes de Reparo do DNA – A instabilidade genômica, que pode resultar de defeitos no reparo de DNA, é muitas vezes observada em células tumorais e é caracterizada por mutações generalizadas, quebras cromossômicas e aneuploidias. Essas alterações podem causar câncer quando elas afetam as vias que regulam a proliferação celular. COMPARAÇÃO DAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS GENES SUPRESSORES DE TUMOR E OS ONCOGENES CARACTERÍSTICA GENES SUPRESSORES DE TUMOR ONCOGENES Função da versão normal Regula o crescimento e proliferação celular, algumas podem induzir a apoptose. Promove o crescimento e a proliferação celular Mutação (no nível celular) Recessiva (ambas as cópias do gene inativadas) Dominante (apenas uma cópia do gene mutado) Efeito da Mutação Perda de função Ganho de função Mutações germinativas resultando em síndromes de câncer hereditário Visto na maioria dos genes supressores tumorais Visto somente em alguns oncogenes Thainara Amorim - Biomedicina / UNOESTE
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