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aula 1.Ética e Filosofia. pRÉ-SOCRÁRICOS. HERÁCLITO.

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Filosofia. Aula -1 : –Pré-Socráticos.
HERÁCLITO 
Pós-doutor Fábio Liborio – 
psicologia- 2015.
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Heráclito (544-484 a.C.) nasceu em Éfeso, na Jônia (atual Turquia). 
Tal como seus contemporâneos pré-socráticos, busca compreender a multiplicidade do real. É considerado o criador da dialética. Os diferentes filósofos escolheram diferentes physis, isto é, cada filósofo encontrou motivos e razões para dizer qual era o princípio eterno e imutável que está na origem da Natureza e de suas transformações.
Heráclito afirmou que era o fogo o início.
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Heráclito (544-484 a.C.)- PARADIGMAS:
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Heráclito de Éfeso 
Heráclito de Éfeso considerava a Natureza (o mundo, a realidade) como um “fluxo perpétuo ”, o escoamento contínuo dos seres em mudança perpétua. Dizia:
“NÃO PODEMOS BANHAR-NOS DUAS VEZES NO MESMO RIO, PORQUE AS ÁGUAS NUNCA SÃO AS MESMAS E NÓS NUNCA SOMOS OS MESMOS”.
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Heráclito de Éfeso 
Comparava o mundo à chama de uma vela que queima sem cessar, transformando a cera em fogo, o fogo em fumaça e a fumaça em ar. O dia se torna noite, o verão se torna outono, o novo fica velho, o quente esfria, o úmido seca, tudo se transforma no seu contrário. A realidade, para Heráclito, é a harmonia dos contrários, que não cessam de se transformar uns nos outros. Se tudo não cessa de se transformar perenemente, como explicar que nossa percepção nos ofereça as coisas como se fossem estáveis, duradouras e permanentes?
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Heráclito de Éfeso
 Com essa pergunta o filósofo indicava a diferença entre o conhecimento que nossos sentidos nos oferecem e o conhecimento que nosso pensamento alcança, pois nossos sentidos nos oferecem a imagem da estabilidade e nosso pensamento alcança a verdade como mudança contínua. Nossos sentidos nos oferecem a imagem de um mundo em incessante mudança, num fluxo perpétuo, onde nada permanece idêntico a si mesmo:
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Heráclito de Éfeso
 - O dia vira noite, o inverno vira primavera, o doce se torna amargo, o pequeno vira grande, o grande diminui, o doce amarga, o quente esfria, o frio se aquece, o líquido vira vapor ou vira sólido. Como pensar o que é e o que não é ao mesmo tempo? Como pensar o instável?
Como pensar o que se torna oposto e contrário a si mesmo? – Perceber e pensar são diferentes -, por isso sentimos uma aflição em dar duas opiniões sobre o mesmo objeto. há uma diferença entre o que conhecemos através de nossa percepção e o que conhecemos apenas pelo pensamento.
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Heráclito de Éfeso:
 O APARECIMENTO DA LÓGICA: HERÁCLITO E O DEVIR.
Heráclito afirmava que somente o devir ou a mudança é real. O mundo, dizia Heráclito, é um fluxo perpétuo onde nada permanece idêntico a si mesmo, mas tudo se transforma no seu contrário. A luta é a harmonia dos contrários, responsável pela ordem racional do universo. Nossa experiência sensorial percebe o mundo como se tudo fosse estável e permanente, mas o pensamento sabe que nada permanece, tudo se torna contrário de si mesmo. O logos é a mudança e a contradição.
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Heráclito de Éfeso:
 O APARECIMENTO DA LÓGICA: HERÁCLITO E O DEVIR.
Assim, Heráclito afirmava que a verdade e o logos são a mudança das coisas nos seus contrários. Para Heráclito, a contradição é a lei racional da realidade; pois, se o Heráclito tiver razão, o pensamento deverá ser um fluxo perpétuo e a verdade será a perpétua contradição dos seres em mudança contínua. Heráclito está certo no que diz respeito ao mundo de nossas sensações, percepções e opiniões: o mundo natural ou material (que Platão chama de mundo sensível) é o devir permanente.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS:
 O erro de Heráclito foi supor que a mudança se realiza sob a forma da contradição, isto é, que as coisas se transformam nos seus opostos, pois a mudança ou transformação é a maneira pela qual as coisas realizam todas as potencialidades contidas em suas essência e esta não é contraditória, mas uma identidade que o pensamento pode conhecer.
Assim, por exemplo, quando a criança se torna adulta ou quando a semente se torna árvore, nenhuma delas tornou-se contrária a si mesma, mas desenvolveu uma potencialidade definida pela identidade própria de sua essência.
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