HUSSERL, HEIDEGGER E A FENOMENOLOGIA

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AULA DE FILOSOFIA :
“HUSSERL, HEIDEGGER E A FENOMENOLOGIA” 
 
UDF, DIREITO.
1- INTRODUÇÃO:
 Husserl e a Fenomenologia. 
Mediante a suspensão, a consciência fenomenológica pode ater-se ao dado enquanto tal e descrevê-lo na sua pureza. O dado não é, na fenomenologia de Husserl, o mesmo que na filosofia transcendental, um material que se organiza mediante formas de intuição e categorias. A tarefa da fenomenologia é investigar, sobretudo, a significação das vivências da consciência, levando em consideração o conceito de intencionalidade. 
1- INTRODUÇÃO:
 O método fenomenológico consiste em examinar todos os conteúdos de consciência, mas em vez de determinar se tais conteúdos são reais ou irreais, ideais, imaginários, etc, procede-se a examiná-los, enquanto são puramente dados. Mediante a suspensão, a consciência fenomenológica pode ater-se ao dado enquanto tal e descrevê-lo na sua pureza. O dado não é, na fenomenologia de Husserl, o mesmo que na filosofia transcendental, um material que se organiza mediante formas de intuição e categorias. Não é, tão pouco, qualquer coisa de empírico ou dos dados dos sentidos. O dado é a correlação da consciência intencional. Não há conteúdos de consciência, mas unicamente fenómenos. A fenomenologia é uma pura descrição do que se mostra por si mesmo de acordo com “o princípio dos princípios”: reconhecer que “toda a intuição primordial é uma fonte legítima de conhecimento, que simplesmente como o que se oferece e tal como se oferece, embora apenas dentro dos limites nos quais se apresenta.
1- DASEIN éo Ser:
 COMEÇAMOS A FILOSOFIA FENOMENOLÓGICA COM UMA PROPOSTA DE HEIDEGGER (2006, p.94) SOBRE O MAU HUMOR EM SEU LIVRO “SER E TEMPO”: 
 “DESCOBRE DASEIN EM SEU SER-LANÇADO, PRIMEIRAMENTE E GERALMENTE NO MODO DO DESVIAR-SE EVASIVO". CERTOS HUMORES, SOBRETUDO A ANGÚSTIA E O TÉDIO PROFUNDO, REVELAM COM PECULIAR INTENSIDADE O PURO FATO DE QUE EU ESTOU NO MUNDO, DESPINDO-ME DOS MEUS USUAIS ASPECTOS DISTINTIVOS, OCUPAÇÕES E AMBIENTES. ELES TRAZEM PARA JUNTO DE MIM O FATO DE QUE O MEU SER ESTÁ EM DESACORDO, DE QUE EU TENHO DE FAZER ALGO DE MIM MESMO. MEUS HUMORES COTIDIANOS - EU ESTOU SEMPRE EM UM HUMOR OU EM OUTRO _ TENDEM A OBSCURECER ESTE FATO. OS HUMORES SURGEM PRECISAMENTE COMO UMA FUGA DESTE FATO, EMBORA SEJAM PERTURBADOS POR OCASIONAIS RELANCES " NA 'NUDEZ' DE QUE ISTO É E DEVE SER”.
1- DASEIN é o Ser:
 Heidegger usa o termo dasein, que se traduz por vezes por “existência”, mas que não significa existência no sentido tradicional. O dasein não é a existência em geral nem tão pouco uma entidade qualquer, como em Sartre, mas o ser humano enquanto é o único ente que se interroga sobre o sentido do ser. Neste sentido, o dasein tem uma clara preeminência sobre os demais entes.
HEIDEGGER
HUSSERL
1- DASEIN é o Ser:
 Em Heidegger, o que aqui nos importa, é sublinhar que o que é próprio desta existência não é aquilo que já no homem é, mas o seu poder ser.
HEIDEGGER
HUSSERL
1- DASEIN é o Ser:
 A fenomenologia não pressupõe o nada: nem o mundo natural, nem o sentido comum, nem as proposições da ciência. Coloca-se “antes de toda a crença e de todo o juízo para explorar simplesmente o dado”. Assim como o declarou Husserl.
HEIDEGGER
HUSSERL
1- DASEIN é o Ser:
 Heidegger faz a distinção entre os existenciais (Existentialen), que são as determinações do ser e da realidade humana, do ser-aí ou (Dasein), e as outras C, que são "determinações do ser dos entes não conformes ao ser-aí":
Isto é, determinações do ser das coisas.
DASEIN, é o SER-AÍ, no mundo.
HEIDEGGER
HUSSERL
1- DASEIN é o Ser:
 A COEXISTÊNCIA: NO EXISTENCIALISMO DE SARTRE, ENTENDE-SE POR ESSE TERMO O MODO ESPECÍFICO PELO QUAL O HOMEM ESTÁ COM OS OUTROS HOMENS NO MUNDO:
MODO QUE É DIFERENTE DAQUELE PELO QUAL ELE SE VÊ ESTAR, NO MUNDO, COM AS OUTRAS COISAS. ESSE SIGNIFICADO ESPECÍFICO DO TERMO DEVE-SE A HEIDEGGER, QUE DISTINGUIU A PRESENÇA DAS COISAS COMO MEIOS OU INSTRUMENTOS UTILIZÁVEIS PELA CO-PRESENÇA (MITDASEIN) OU O SER-COM DOS OUTROS COM O EU. A ESTREITA CONEXÃO DA C. COM A EXISTÊNCIA FAZ QUE NÃO POSSA HAVER COMPREENSÃO DE SI SEM A COMPREENSÃO DOS OUTROS. "NA COMPREENSÃO DO SER, PRÓPRIA DO SER-AÍ", DIZ HEIDEGGER, "ESTÁ IMPLÍCITA A COMPREENSÃO DOS OUTROS, E ISSO PORQUE O SER DO SER-AÍ É COEXISTÊNCIA”.
HEIDEGGER
HUSSERL
3- UMA OUTRA EXPLICAÇÃO DE FENOMENOLOGIA:
 
NA FORMAÇÃO PSÍQUICA (SEGUNDO OS FILÓSOFOS FENOMENOLÓGICOS COMO O HUSSERL) É, P. EX., A REPRESENTAÇÃO DE NÚMERO QUE VARIA DE MOMENTO A MOMENTO E DE UM INDIVÍDUO PARA OUTRO; MAS O C. DE NÚMERO É SEMPRE O MESMO, E É UMA ENTIDADE INTEMPORAL. OS C. DEVEM, POIS, SER CONSIDERADOS IDÊNTICOS 
ÀS ESSÊNCIAS, SENDO MELHOR FALAR DE ESSÊNCIAS (QUE SÃO OBJETOS) DO QUE DE C. (O “C“ É UMA LÓGICA RACIONAL FILOSÓFICA) É, SOB O ASPECTO SUBJETIVO, DE "VISÃO DAS ESSÊNCIAS", COMO ATO ANÁLOGO AO PERCEBER SENSÍVEL.
ASSIM, NA ÚLTIMA FORMULAÇÃO HISTÓRICA DA INTERPRETAÇÃO DO C. COMO REALIDADE NECESSÁRIA, O PRÓPRIO TERMO C. É ABANDONADO POR IMPRÓPRIO.
HEIDEGGER
HUSSERL
3- UMA OUTRA EXPLICAÇÃO DE FENOMENOLOGIA:
 
NA 2ª PROPOSTA DA FENOMENOLOGIA, O C. É UM SIGNO DO OBJETO (QUALQUER QUE SEJA) E SE ACHA EM RELAÇÃO DE SIGNIFICAÇÃO COM ELE. 
POR ESSA INTERPRETAÇÃO, A DOUTRINA DO “C.” É UMA TEORIA DOS SIGNOS. NÃO PODE HAVER SIGNO, NEM DAS COISAS EVIDENTES NEM DAS ABSOLUTAMENTE OBSCURAS; PODE HAVER SIGNO APENAS DAS COISAS OBSCURAS DE MOMENTO E OBSCURAS PELA PRÓPRIA NATUREZA.
HEIDEGGER
HUSSERL
3- UMA OUTRA EXPLICAÇÃO DE FENOMENOLOGIA:
 
"A CADA CIÊNCIA", DIZ HUSSERL, "CORRESPONDE UM CAMPO OBJETIVO COMO DOMÍNIO DAS SUAS INDAGAÇÕES; A TODOS OS SEUS C, ISTO É, AOS SEUS ENUNCIADOS CORRETOS, CORRESPONDEM DETERMINADAS INTUIÇÕES QUE CONSTITUEM O FUNDAMENTO DE SUA LEGITIMIDADE, POR- QUANTO NELAS OS OBJETOS DO CAMPO SE DÃO EM PESSOA E, AO MENOS PARCIALMENTE, COMO ORIGINÁRIOS. 
HEIDEGGER
HUSSERL
4- UMA OUTRA EXPLICAÇÃO DE FENOMENOLOGIA: O MEDO.
 
A CARACTERÍSTICA ESSENCIAL DA EXISTÊNCIA HUMANA NO MUNDO, COMO PARTE DA PRÓPRIA SUBSTÂNCIA DO HOMEM, É RESSALTADA POR HEIDEGGER. 
ELE NÃO VÊ AS COMO SIMPLES FENÔMENOS QUE ACOMPANHAM OS ATOS DE CONHECIMENTO E DE VONTADE, MAS COMO MODOS DE SER FUNDAMENTAIS DA EXISTÊNCIA NA MEDIDA EM QUE É UMA EXISTÊNCIA NO MUNDO, OU, COMO ELE DIZ, UM DASEIN. ANALISA A PROPÓSITO O FENÔMENO DO MEDO, QUE JULGA CONSTITUTIVO DA EXISTÊNCIA INAUTÊNTICA, ISTO É, DA EXISTÊNCIA "LANÇADA NO MUNDO" E ABANDONADA ÀS VICISSITUDES DESTE. COMO TAL, O MEDO NÃO É UM FENÔMENO TEMPORAL PARCIAL, MAS UM MODO DE SER ESSENCIAL E PERMANENTE. "
HEIDEGGER
HUSSERL
4- UMA OUTRA EXPLICAÇÃO DE FENOMENOLOGIA: O MEDO.
 
SÓ UM ENTE NO QUAL, EM SENDO, ESTÁ EM JOGO SEU PRÓPRIO SER PODE TER MEDO. O TEMER ABRE ESSE ENTE AO RISCO, AO ESTAR ENTREGUE A SI MESMO" (“SEIN UND ZEIT”, HEIDEGGER, EM NOSSO IDIOMA, “ SER E TEMPO”).
HEIDEGGER
HUSSERL
4- UMA OUTRA EXPLICAÇÃO DE FENOMENOLOGIA: O MEDO.
 
A EXISTÊNCIA AUTÊNTICA ( DE UM VERDADEIRO SER HUMANO), NÃO SE ENTREGA AO MUNDO E ÀS SUAS VICISSITUDES, MAS PROCURA COMPREENDÊ-LO NA TOTALIDADE, É A OUTRA SITUAÇÃO AFETIVA FUNDAMENTAL, A ANGÚSTIA. TEM-SE MEDO DE ALGO QUE ESTÁ DENTRO DO MUNDO, QUE SE APROXIMA AMEAÇADORAMENTE E QUE PODE SER REMOVIDO, AO PASSO QUE A ANGÚSTIA SÓ PODE SER SENTIDA DIANTE DO MUNDO COMO TAL. ELA NÃO É PROVOCADA, COMO O MEDO, POR UM FATO PARTICULAR OU POR UM ACONTECIMENTO AMEAÇADOR, MAS PELO SIMPLES ESTAR NO MUNDO, PELA SITUAÇÃO ORIGINÁRIA E FUNDAMENTAL DA EXISTÊNCIA HUMANA. ALGO QUE O PROF. FÁBIO CONCORDA INTEIRAMENTE QUERIDOS ALUNOS.
HEIDEGGER
HUSSERL
CONSIDERAÇÕES FINAIS. 
EDMUND GUSTAV ALBRECHT HUSSERL (PROßNITZ, 8 DE ABRIL DE 1859 — FRIBURGO EM BRISGÓVIA, 26 DE ABRIL DE 1981 ) FOI UM MATEMÁTICO E FILÓSOFO ALEMÃO QUE ESTABELECEU A ESCOLA DA FENOMENOLOGIA.
MARTIN HEIDEGGER ( MEßKIRCH, 26 DE SETEMBRO DE 1889 — FRIBURGO EM BRISGÓVIA, 26 DE MAIO DE 1976) FOI UM FILÓSOFO ALEMÃO. É UM DOS PENSADORES FUNDAMENTAIS
DO SÉCULO XX - AO LADO DE POPPER E FOUCAULT - PELA RECOLOCAÇÃO DO PROBLEMA DO SER.