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Comunicação e Expressão - Josimar Porto.pdf

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JANEIRO/FEVEREIRO – 2015.1
1
DISCIPLINA: 
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
PROFESSOR: JOSIMAR PORTO
CONCEPÇÃO DE TEXTO
2
 TEXTO: é um conjunto de signos linguísticos que
codificam uma mensagem
 LEITURA DE TEXTO: é a decodificação da
mensagem de que se é portador.
 A ESCRITA: é o processo de codificação da
mensagem pelo autor.
 LEITURA: é o processo de decodificação da
mensagem pelo leitor.
Josimar Porto
CONCEPÇÃO DE TEXTO
3
Josimar Porto
ESCRITA CODIFICAÇÃO DA MENSAGEM
AUTOR
LEITURA DECODIFICAÇÃO DA MENSAGEM
LEITOR
CONCEPÇÃO DE TEXTO
4
O que é texto? São muitas as possibilidades de
resposta a essa questão, dependendo da vertente teórica em
que se situe o estudioso. Podemos pensar, por exemplo,
que o texto é organizado a partir de uma dupla
lateralidade: microestrutura e macroestrutura.
 MICROESTRUTURA – é o conjunto articulado de
frases, resultante da conexão dos mecanismos léxico-
gramaticais que integram a superfície textual.
 MACROESTRUTURA – é estrutura que se identifica
como o significado global do objeto do texto.
Josimar Porto
CONCEPÇÕES DE TEXTO
5
Na realidade, todo texto comporta duas faces. Ele é
determinado tanto pelo fato de que procede de alguém, como pelo
fato de que se dirige para alguém. Ele constitui justamente o
produto da interação do escritor e do leitor.
Todo texto serve de expressão a um em relação ao outro.
Através do texto, defino-me em relação ao outro, isto é, em última
análise, em relação à coletividade. O texto é uma espécie de ponte
lançada entre mim e os outros. Se ela se apoia sobre mim numa
extremidade, na outra apoia-se sobre o meu interlocutor. O texto é
o território comum do escritor e do leitor.
(M. 
BAKHTIN)
CONCEPÇÃO DE TEXTO
CONCEITUAÇÃO TEXTO E PRAGMÁTICA
O TEXTO
Unidade de sentido
Condições de textualidade
Inserção 
histórica
Informatividade
Conectividade 
Intertextualidade
Coesão Coerência
CONCEPÇÃO DE TEXTO
7
Leiamos os textos a seguir. Trata-se de uma notícia e
de uma crônica originadas de um mesmo texto. Vamos à
leitura dos textos então.
Divórcio e recessão
Josimar Porto
CONCEPÇÃO DE TEXTO
8
Do texto bem-arquitetado com estruturas bem
formalizadas e, por conseguinte, capazes de veicular
sentidos, decorrem a coesão e a coerência – que são as
dimensões constitutivas do texto.
 COESÃO – relações entre os elementos textuais;
 COERÊNCIA – unidade semântica do texto.
Vejamos os textos das páginas 03 a 08:
Josimar Porto
CONCEPÇÃO DE TEXTO
9
Texto 1 Viagem a Marte
Estamos em pleno 2006. O homem está bem próximo de
realizar outro grande sonho: o de conhecer Marte. Após anos de estudo
e de tentativas frustradas, os cientistas asseguram essa possibilidade
pelo sucesso alcançado nos últimos empreendimentos espaciais.
Segundo eles, serão enviadas a Marte, nestes futuros nove
anos, cerca de dez naves não-tripuladas. Dentre os objetivos dessa
pesquisa, o que mais se deseja é verificar se há vida ou não fora da
terra. Outra grande razão se refere à possibilidade de se colonizar o
planeta vermelho, transformando-o na nova América do século XXI.
Dessa forma, o espírito aventureiro levará o homem à
ampliação de suas fronteiras até o fim do ano 2012, quando ele já
estará pisando as terras marcianas.
CONCEPÇÃO DE TEXTO
10
Texto 2 Perfil de esportista
Ricardo era um jovem esportista que adorava a vida ao ar
livre; isso sempre decepcionou os pais, pois, ao contrário do que
eles queriam, o rapaz nunca teve o menor gosto pelas atividades
intelectuais. Por toda parte de seu quarto, havia sinais disso:
raquetes de tênis, prancha de surf, equipamento de alpinismo,
skate e, em sua estante, ao lado das obras completas de
Shakespeare (autor preferido de quem ele se tornara assíduo
leitor), uma bola que guardava com carinho desde a infância.
Como dizem, o quarto espelha as características de seu
dono.
(Fiorin e Savioli, Para entender o texto. São Paulo: Ática, 2000.)
CONCEPÇÃO DE TEXTO
11
Texto 3
Os homens que pensam que as mulheres nasceram
para servi-los devem reformular seus pensamentos. Foi Deus
quem venceu no Leste europeu. Os jovens buscam sempre a
beleza no amor. O diabo espalha desordem na sociedade e
incoerência no homem. Também no socialismo há sempre
sementes de verdade.
Essas são algumas frases marcantes proferidas pelo
Papa João Paulo II.
CONCEPÇÃO DE TEXTO
12
1 - Uma borboleta bate as asas metálicas sobre o
Pentágono e a tempestade de desertos insurgentes se ergue
no Oriente; os aliados dos desgovernos anteriores caem de
joelhos e explodem.
2 – Quem precisa desses comerciais de heróis e vitórias
quando mal entendem o nosso fracasso? O melhor do Brasil
pode nem ser tão brasileiro assim, planejado em Chicago,
financiado pelo Japão, depositado nas Ilhas Cayman,
fabricado na China, plantado na Colômbia ou sintetizado em
Londres... Que diferença faz a fome dos homens que é
preciso zerar?
CONCEPÇÃO DE TEXTO
13
3 – [...] quanto à linguagem esgotada pelos defeitos
especiais, os entrevistadores darão o golpe final nos
entrevistados, transformando-se em celebridades
inquestionáveis com perguntas desprezíveis. Os produtores
indiferentes continuarão parecendo semelhantes em seu
desleixo com as nossas mentes.
4 – As modelos sorridentes, os fenômenos calvos e os
apresentadores grávidos reproduzirão uma nova era de
propriedade para os cadernos de cultura, com festas
patrocinadas e anúncios de fertilidades nas colunas sociais.
CONCEPÇÃO DE TEXTO
14
5 – O bom é ser modelo em Paris, por enquanto. Aliás, a
esperança dos migrantes será desidratada no deserto do
Arizona, hidratada no Mar Mediterrâneo ou eletrificada em
Gaza.
CONCEPÇÃO DE TEXTO
15
Resumindo o que foi dito, as normas de
textualidade mais óbvias são a coesão, que se manifesta
na superfície textual, e a coerência que subjaz no interior
do texto.
A coesão e a coerência que caracterizam o texto
bem-arquitetado são produto de uma atividade cultural
intencionada e que, portanto, representam-se como
propriedade inerentes à intencionalidade articulada com
aceitabilidade.
Josimar Porto
CONCEPÇÃO DE TEXTO
16
É consenso entre os estudiosos a ideia de que a
coerência não está no texto, mas é construída pelo
leitor durante a leitura.
Dizemos que um texto é coerente quando
podemos reconstruir sua unidade de sentido ou sua
intenção comunicativa.
A coerência é o principal fator de
textualidade, nome que se dá ao conjunto de
características que nos permitem conceber algo
como um texto.
Josimar Porto
CONCEPÇÃO DE TEXTO
17
 TIPOS TEXTUAIS:
 GÊNEROS TEXTUAIS:
Josimar Porto
OS TIPOS DE RACIOCÍNIOS
18
 POSTO: Informação dita no enunciado.
 PRESSUPOSIÇÃO – é a informação não expressa no
enunciado que deve ser aceita indiscutivelmente como
verdadeira pelo leitor, para que haja continuidade na
leitura ou na discussão de um tema.
 SUBENTENDIMENTO – são insinuações escondidas
em afirmações. Geralmente autores inteligentes utilizam
essa manobra linguística para evitar dizer algo
diretamente.
PRESSUPOSIÇÃO E 
SUBENTENDIMENTO
 ESTATUS:
1 – ORDEM INTERLOCUCIONAL
 Posto: responsabilidade do emissor
 Pressuposto: comum ao emissor e receptor
 Subentendido: conclusão do receptor
19
Josimar Porto
PRESSUPOSIÇÃO E 
SUBENTENDIMENTO
 ESTATUS:
2– ORDEM TEMPORAL
 Posto: simultâneo ao ato de enunciação
 Pressuposto: anterior
 Subentendido: posterior
20
Josimar Porto
PRESSUPOSIÇÃO E 
SUBENTENDIMENTO
 ESTATUS:
3 – ORDEM ONTOLÓGICA
 Posto: presente no enunciado: imediato Pressuposto: presente no enunciado: remoto
 Subentendido: ausente
21
Josimar Porto
PRESSUPOSIÇÃO E 
SUBENTENDIMENTO
P.ex.:
“Hoje o tempo está bom.”
 Posto: 
 Pressuposto: 
 Subentendido: 
PRESSUPOSTO CONTEXTO LINGUÍSTICO
SUBENTENDIDO CONTEXTO EXTRALINGUÍSTICO
22
Josimar Porto
PRESSUPOSIÇÃO E 
SUBENTENDIMENTO
P.ex.:
“Hoje o tempo está bom.”
 Posto: tempo bom
 Pressuposto: nem sempre o tempo está bom
 Subentendido: vou à praia. / vou tomar sorvete. / usar 
roupas leves. 
PRESSUPOSTO CONTEXTO LINGUÍSTICO
SUBENTENDIDO CONTEXTO EXTRALINGUÍSTICO
23
Josimar Porto
PRESSUPOSIÇÃO E 
SUBENTENDIMENTO
P.ex.:
“Governo assedia oposição para aprovar nova CPMF.”
 Posto: 
 Pressuposto: 
 Subentendido:
24
Josimar Porto
PRESSUPOSIÇÃO E 
SUBENTENDIMENTO
P.ex.:
“Governo assedia oposição para aprovar nova CPMF.”
 Posto: assédio da oposição pelo governo
 Pressuposto: Governo quer aprovar CPMF. / Já houve
uma CPMF. / Governo não conseguiu aprovar a CPMF.
 Subentendido: novo imposto. / Governo precisa
arrecadar mais. / oferecimento de vantagens à oposição.
25
Josimar Porto
CONCEPÇÃO DE TEXTO
26
Leiamos os exemplos a seguir e reflitamos
sobre a seguinte questão: podemos dizer que os dois
exemplos são textos? Por quê? (página 16)
Josimar Porto
CONCEPÇÕES DE TEXTO
27
Para Marcuschi, o texto é a unidade máxima de
funcionamento da língua, e não importa o seu tamanho; o
que faz o texto ser um texto é um conjunto de fatores,
acionados para cada situação de interação, que determinam
a coerência dos enunciados.
Para Beaugrande, o texto é um evento comunicativo
em que convergem ações linguísticas, culturais, sociais e
cognitivas.
Josimar Porto
CONCEPÇÃO DE TEXTO
28
 CONCEPÇÕES BÁSICAS DE TEXTO:
 Artefato lógico do pensamento;
 Decodificação das ideias;
 Processo de interação.
Tomemos como exemplo esta charge: página 17
Josimar Porto
CONCEPÇÃO DE TEXTO
29
Conclui-se, portanto, que o texto é um evento
comunicativo em que estão presentes os elementos
linguísticos, visuais e sonoros, os fatores cognitivos e
vários aspectos. É, também, um evento de interação
entre emissor e receptor, os quais se encontram em
um diálogo constante.
Josimar Porto
CONCEPÇÃO DE TEXTO
30
 TIPOS DE CONHECIMENTO:
 Conhecimento linguístico;
 Conhecimento enciclopédico ou de mundo;
 Conhecimento interacional.
Josimar Porto
CONCEPÇÃO DE TEXTO
31
 TIPOS DE CONTEXTO
Para atribuir sentidos a um texto, vimos que é preciso
mobilizar vários conhecimentos. Compreendemos a
importância dos elementos linguísticos presentes na
superfície textual na forma de organização do texto; ao
mesmo tempo, já sabemos que os sentidos não existem nas
palavras em si, mas são construídos na interação emissor-
texto-leitor.
Josimar Porto
CONCEPÇÃO DE TEXTO
32
 TIPOS DE CONTEXTO
Já que o sentido não está somente nas palavras,
onde mais ele estará? Nos diversos contextos. De
modo prático, podemos definir o contexto como
“tudo aquilo que, de alguma forma, contribui para a
construção do sentido”.
Josimar Porto
COERÊNCIA TEXTUAL
33
Certamente, sempre que alguém produz um texto, em
qualquer modalidade, tem a intenção de se fazer entender, ou
seja, de ser coerente para seus possíveis destinatários.
Todo texto tem, portanto, a sua coerência. Ocorre,
porém, que alguns trechos ou aspectos podem apresentar
problemas de incoerência apenas local, aquela que se
verifica somente em algumas partes do texto.
Vejamos os exemplos das páginas 22 a 24
Josimar Porto
COERÊNCIA TEXTUAL
34
Podemos concluir que a coerência é um princípio de
interpretabilidade, ou seja, a coerência de um texto não se
manifesta apenas através da decodificação de seus elementos
linguísticos, mas de uma série de fatores extralinguísticos e
pragmáticos inerentes à construção de sentidos.
Josimar Porto
COERÊNCIA TEXTUAL
35
 FATORES DE TEXTUALIDADE:
 Continuidade;
 Progressão;
 Não contradição;
 Articulação.
Josimar Porto
COERÊNCIA TEXTUAL
36
 PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE:
1. Intencionalidade;
2. Aceitabilidade;
3. Situacionalidade;
4. Informatividade;
5. Inferências;
6. Intertextualidade.
Josimar Porto
COERÊNCIA TEXTUAL
37
 Parâmetros úteis para avaliação de aspectos da
coerência textual:
 O texto apresenta continuidade? As ideias e conceitos
estão presentes ao logo de todo do texto?
 O texto apresenta progressão? Em algum momento, há
repetição de uma ideia ou fato, sem acrescentar nada
de novo?
 O texto consegue ser não contraditório? Em algum
momento se nega o que foi afirmado anteriormente ou
vice-versa?

Josimar Porto
COERÊNCIA TEXTUAL
38
 Parâmetros úteis para avaliação de aspectos da
coerência textual:
 O texto está articulado? Suas partes estão
localizadas corretamente? Há algo em excesso? Há
algo que falta para que o leitor compreenda bem a
ligação de uma ideia com outra?
 Desconsiderou-se algum fato anterior de modo a
contrariar o que está sendo dito agora?
 De alguma maneira, foi violado o mundo textual
que se pretendeu representar?
Josimar Porto
Introdução referencial
39
Existem dois tipos de introdução de referentes que
se realizam por meio de expressões referenciais: as que
estão e as que não estão relacionadas a algum elemento no
cotexto.
Quando não há relação com nenhum outro referente
do texto, dizemos que se trata de uma introdução
referencial pura, mas quando há pelo menos uma
“âncora” chamamos de anáfora indireta.
Josimar Porto
Introdução referencial
40
Exemplo 1:
O bêbado, no ponto do ônibus, olha pra uma mulher e diz:
- Você é feia, hein?
A mulher não diz nada. E o bêbado insiste:
- Nossa, mas você é feia demais!
A mulher finge que não ouve. E o bêbado torna a dizer:
- Puxa vida! Você é muito feia!
A mulher não se aguenta e diz:
- E você é um bêbado!
- É, mas amanhã eu melhoro...
Josimar Porto
Anáforas
41
Diferentemente da introdução referencial, a
estratégia anafórica diz respeito à continuidade
referencial, ou seja, à retomada de um referente por meio
de novas expressões referenciais.
As expressões que retomam referentes já
apresentados no texto por outras expressões são chamadas
de anáforas diretas ou anáforas correferenciais.
Vejamos o exemplo 2:
Vejamos os exemplos 3, 4 e 5:
Josimar Porto
Processos referenciais
42
Josimar Porto
Processos referenciais
Introdução referencial Anáfora
Direta
Encapsuladora
Indireta
Dêixis
43
Além dos processos referenciais de retomada, existe
outro tipo de referenciação conhecido como dêixis. As
expressões referenciais dêiticas tanto podem introduzir
objetos do discurso, como podem retomá-los, assim como
acontece, respectivamente, com as introduções referenciais
e com as anáforas.
O que define um dêitico é outra propriedade: a de só
podermos identificar a entidade a que ele se refere se
soubermos, mais ou menos, quem está enunciando a
expressão dêitica e o local ou o tempo em que esse
enunciador se encontra.
Atentemos para os dois textos 6 e 7:
Josimar Porto
Tipos de Dêixis
44
Vejamos os textos 8, 9 e 10 para entender os tipos de
dêixis:
1. Dêixis pessoal
2. Dêixis espacial
3. Dêixis temporal
Josimar Porto
Anáforas e Dêixis
45
Anáforas e Dêixis não são elementos mutuamente
excludentes, como se poderia presumir, pois podem
conviver pacificamente num mesmo enunciado, como no
texto 11 a seguir:
Josimar Porto
TRABALHO INDIVIDUAL
RESPONDA A ESSAATIVIDADE 
46
1. Analise o texto 1 e explique por que o baixinho é o mais
perigoso.
2. De acordo com as informações sobre coerência textual,
explique por que o texto 2 pode ser visto como coerente e
incoerente.
3. De acordo com as informações sobre coerência textual,
explique por que o texto 3 pode ser visto como coerente e
incoerente.
4. Pode-se chamar de texto um enunciado que tenha apenas
coesão sem coerência? Justifique sua resposta.
5. Explique por que a interpretação de um texto não depende
somente do conhecimento linguístico dos sujeitos.
Josimar Porto
47
48
CONCEPÇÃO DE TEXTO
50
CIRCUITO FECHADO
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova,
creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel,
espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água
quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa,
abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Carteira,
níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço. Relógio, maço
de cigarros, caixa de fósforos, jornal. Mesa, cadeiras, xícara
e pires, prato, bule, talheres, guardanapos. Quadros. Pasta,
carro.
CONCEPÇÃO DE TEXTO
51
Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis,
telefone, agenda, copo com lápis, canetas, blocos denotas,
espátula, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com
plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara
pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios,
cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone,
papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços
de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta,
projetos de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo,
quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia. Água.
CONCEPÇÃO DE TEXTO
52
Táxi, mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa,
guardanapo, xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos.
Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis,
telefone, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone
interno, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel,
relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta,
telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara,
jornal, cigarro, fósforo, papel e caneta.
CONCEPÇÃO DE TEXTO
53
CIRCUITO FECHADO
Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata.
Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos,
talheres, copos, guardanapos. Xícaras. Cigarro e fósforo.
Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona.
Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias,
calça, cueca, pijama, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama,
travesseiro.
(Ricardo Ramos, circuito fechado)
COESÃO TEXTUAL
A coesão é a estruturação da sequência
superficial do texto, que não se trata de princípios
meramente sintáticos, mais de uma espécie de
semântica da sintaxe textual, isto é, dos mecanismos
formais de uma língua que permitem estabelecer,
entre os elementos linguísticos do texto, relações de
sentido.
(Luiz Antônio Marcuschi)
COESÃO TEXTUAL
A coesão é, pois, uma relação semântica entre um
elemento do texto e algum outro elemento crucial para a
sua interpretação.
A coesão, por estabelecer relações de sentido, diz
respeito ao conjunto de recursos semânticos por meio dos
quais uma sentença se liga com a que veio antes, aos
recursos semânticos mobilizados com o propósito de criar
textos. A cada ocorrência de um recurso coesivo no texto,
denominam “laço”, “elo coesivo”.
(Ingedore Koch)
56
Josimar Porto
COESÃO TEXTUAL
1.REFERÊNCIA
2.SUBSTITUIÇÃO
3.ELISÃO
4.CONJUNÇÃO
5.LEXICAL
COESÃO TEXTUAL
57
Josimar Porto
1.REFERÊNCIA
ENDOFÓRICA/TEXTUAL
ANAFÓRICA
CATAFÓRICA
EXOFÓRICA/EXTRATEXTUAL
COESÃO TEXTUAL
58
P.ex.:
1 - O amor e o ódio sustentam a humanidade. Este leva ao
inferno e aquele ao céu.
2 – Estas pessoas participaram do concurso: Paulo, Hugo e
Milton
3 - Eduardo e Mônica são namorados há um ano. Eles se
conheceram no segundo ano colegial.
4 - Tu não te arrependerás de ter feito aquela compra.
Josimar Porto
COESÃO TEXTUAL
59
Josimar Porto
2.SUBSTITUIÇÃO
SINTAGMAS 
NOMINAIS
SINTAGMAS ORACIONAIS
SUBSTANTIVOS
ADVÉRBIOS
ADJETIVOS
PRONOMES
COESÃO TEXTUAL
60
P.ex.:
1.O presidente americano esteve no Rio de Janeiro. Lá, ele
visitou algumas favelas.
2. Obama esteve em Brasília. Lá, o líder americano visitou o
Planalto.
3. A garota estudou muito, mas não passou no concurso.
Josimar Porto
COESÃO TEXTUAL
61
P.ex.:
4. Eles foram testemunhar sobre o caso. O juiz disse, porém, que
tal testemunho não era válido por serem parentes do assassino.
5.Vitaminas fazem bem à saúde. Mas não devemos tomá-las ao
acaso.
6. Não se pode dizer que a turma esteja mal preparada. Um terço
pelo menos parece estar dominando o assunto.
Josimar Porto
COESÃO TEXTUAL
62
Josimar Porto
3. ELISÃO
ELIPSE/ZEUGMA 
ANÁFORA ZERO
DESINÊNCIAS
COESÃO TEXTUAL
63
P.ex.:
1. O ministro foi o primeiro a chegar. Abriu a sessão às oito
em ponto e fez então seu discurso emocionado.
2. Chegamos a casa, tomamos banho, jantamos e depois
fomos dormir.
3. Fiz um belo trabalho naquela turma de Nutrição, pois sou
muito responsável.
Josimar Porto
COESÃO TEXTUAL
64
Josimar Porto
4. CONJUNÇÃO
CAUSA
CONDIÇÃO
TEMPO
FINALIDADE
OPOSIÇÃO
ADIÇÃO 
VALORES 
SEMÂNTICOS
COESÃO TEXTUAL
65
P.ex.:
1. O garoto estudou muito e foi muito bem nas provas.
2. Se você estudar, fará uma boa avaliação.
3. Quando você chegar, avise-me.
4. Ele estudou bastante, a fim de se sair bem nas provas.
5. Nós não fomos à faculdade, porque estávamos doentes.
Josimar Porto
COESÃO TEXTUAL
66
Josimar Porto
5. COESÃO LEXICAL
SINONÍMIA
HIPERONÍMIA
HIPONÍMIA
METONÍMIA
ASSOCIAÇÕES
REVISÃO GERAL:
ATIVIDADE INDIVIDUAL
67
1.Analise estas frases e classifique as coesões
lexicais existentes.
a. Os quadros de Van Gogh não tinham nenhum valor em
sua época. Houve telas que serviram até de porta de
galinheiro.
b. O país é cheio de entraves burocráticos. É preciso
preencher um sem-número de papéis. Depois, pagar uma
infinidade de taxas. Todas essas limitações acabam
prejudicando o importador.
c. São Paulo é sempre vítima das enchentes de verão. Os
alagamentos prejudicam o trânsito, provocando
engarrafamentos de até 200 quilômetros.
Josimar Porto
REVISÃO GERAL:
ATIVIDADE INDIVIDUAL
68
d. Nós respeitamos todas as religiões: católica, evangélica,
budista, judaica, etc.
e. Nós fomos a uma loja e compramos vários calçados:
sapatos, sandálias, botas, tênis, etc.
f. Nós gostamos de cachorro, de cavalo e de bois. Esses
animais são dóceis.
Josimar caPorto

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