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Curso de Abordagem Técnica à Tentativas de Suicídio - CATTS Corpo de Bombeiros Militar da Paraíba O fenômeno suicídio Sebastião Alves Rabay definições: O suicídio, pode ser definido como um ato deliberado executado pelo próprio individuo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, usando um meio que ele acredita ser letal (FERREIRA et al. 2016). definições: O suicídio é um fenômeno complexo, multifacetado e de múltiplas determinações, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero (Ministério da Saúde) definições “os suicídios resultam de uma complexa interação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociológicos, culturais e ambientais” (OMS, 2006, p. 1). definições Na crise suicida, há a exacerbação de uma doença mental existente, ou uma turbulência emocional que, sucedendo um acontecimento doloroso, é vivenciado como um colapso existencial. Ambas as situações provocam dor psíquica intolerável e, como consequência, pode surgir o desejo de interrompê-la por meio da cessação do viver. (Botega, 2010) Krisis----separação/julgamento----critério Crises vitais e circunstanciais resiliência definições Ideação Planejamento Tentativa Comportamento suicida Breve histórico 1.Culturas primitivas--------costumes tribais( vinks, idosos, escravidão, imortalidade) 2. antiguidade Greco Romana----- direito pessoal Sócrates--- reprova argumento religioso Platão - sim, quando há circunstâncias intoleráveis Aristóteles---não, enfraquece o estado 3. idade média-----pecado mortal, instigação demoníaca, Agostinho e tomas de Aquino. Sansão, Saul, abimelec , quitofel e Judas iscariote. 4. sec. XVII-------dilema humano , renascimento , secularização do suicídio, ser ou não ser- Willian shakespeare 5. sec XX----- durkheim (o suicídio)saúde publica (transtornos mentais) --- 6. 1960 OMS definição de suicídio fenômeno multifatorial 7. 1990-- problema de saúde pública 8. 2003—10 setembro-prevenção-estatísticas Histórico Para pensar! Como costumo reagir diante de pessoas que tentam o suicídio, estou mais próximo do Senador Romano, do pregador medieval, do cientistamoderno? Visão sociológica Os suicídios são fenômenos individuais, cujas causas são, contudo, essencialmente sociais,” (DURKHEIN, 1897). Moralidade X solidariedade ➢ suicida egoísta ➢ suicida altruísta ➢ suicida anômico Perspectiva biológica Função da serotoninérgica: ❖ Níveis baixos do ácido 5-HIAA -metabólico da serotonina- está relacionado com pessoas suicidas, homicidas e indivíduos com história de impulsividade/agressividade. ❖ Relação com privação materna e ou abuso físico na infância. Perspectivas psicológicas Suicidologia: Edwin Shneidman A Psychache decorre do desespero de não ter as necessidades psicológicas básicas atendidas, como as necessidades de realização, de autonomia, de reconhecimento, de amparo e evitação de humilhação, de vergonha e de dor. A combinação de desespero e desesperança leva à necessidade de um alívio rápido: a cessação da consciência para interromper a dor psíquica. Na crise suicida, o estado de construção cognitiva não permite opções de ação para enfrentar os problemas. Suicidologia: Edwin Shneidman Para esse autor, cada suicídio é um evento único, idiossincrático e particular. Diante disso, Shneidman elaborou o que chamou de as dez generalidades psicológicas mais salientes do ato suicida. Generalidades em comum Três características que todos apresentam Estatísticas Para que serve? sensibilização, hipóteses, práticas clínicas, políticas públicas Notificações: temos obrigação de fazer? Subnotificações Comportamento suicida- Campinas- SP (1996 - 2005) Mundo:11,4% Brasil: 5,8% 8º país uma morte a cada 14 segundos Europa ocidental X Europa oriental , Ásia, América latina Tentativas Crenças errôneas sobre o suicídio “Falar sobre suicídio aumenta as chances de ocorrência do fenômeno...” efeito Werter “Se eu perguntar sobre suicídio, poderei induzir o outro a isto...” fortalece vínculo “Quem quer se matar faz logo e não fica avisando, isso é só para chamar a atenção...” ambivalência Crenças errôneas sobre o suicídio “O suicídio só ocorre quando há uma doença mental...” “Quem tenta uma vez, com certeza vai tentar outras, até conseguir seu objetivo...”. “No lugar dele eu também me mataria...” “Veja se da próxima vez você se mata mesmo” Fatores de risco ❖O que são fatores de riscos? Grupo risco, generalizações e probabilidades. fatores sociosdemográficos; Fatores psicossociais; Transtornos mentais; Outros fatores. Fatores de risco fonte: (Botega, 2015) Fatores de risco fonte: (Botega, 2015) ❖fatores sociosdemográficos: sexo masculino; adultos jovens (19 – 49 anos) e idosos; estados civis viúvos, divorciado e solteiro (principalmente entre homens); Orientação homossexual e bissexual; Grupos étnicos minoritários. (*indígenas, refugiados migrantes, quilombolas) Fatores de risco fonte: (Botega, 2015) ❖ Transtornos mentais: “Em 97% dos casos, segundo vários levantamentos internacionais, o suicídio é um marcador de sofrimento psíquico (ilhado) ou de transtornos psiquiátricos” (BOTEGA, 2015). Fatores de risco fonte: (Botega, 2015) ❖Transtornos mentais: Histórico familiar de doença mental; Comorbidade psiquiátrica; Falta de tratamento ativo e continuado em saúde mental; Ideação ou plano suicida; Histórico familiar de suicídio. Tentativa de suicídio pregressa; Fatores de risco fonte: (Botega, 2015) ❖ Fatores psicossociais: Abuso físico ou sexual; Perda ou separação dos pais na infância; Instabilidade familiar; Ausência de apoio social; Isolamento social; Perda afetiva recente ou outro acontecimento estressante; falta de emprego, saúde educação, cultura, lazer, esportes... Fatores de risco fonte: (Botega, 2015) ❖Fatores psicossociais • Datas importantes; Aposentadoria; Violência doméstica; Ansiedade intensa; Desesperança, desamparo; Vergonha, humilhação (bullying); Baixo auto estima; Pouca resiliência; Rigidez cognitiva; Fatores de risco fonte: (Botega, 2015) ❖ Outros fatores: Acesso a meios letais; Doenças físicas incapacitantes, estigmatizastes, dolorosas e terminais; Relação terapêutica frágil ou instável. Fatores de proteção ❖Personalidade e estilo cognitivo ❖Estrutura familiar ❖Fatores socioculturais ❖Outros Fatores de proteção Fatores de proteção Fatores de proteção Fatores de proteção Outros: • Adaptabilidade/resiliência; Aliança terapêutica Saúde mental; Boa qualidade de vida; Regularidade de sono; Sentido existencial; Prevenção e posvenção do suicídio ❖ Segundo Bertolete (2012) há três tipos: Prevenção universal: para todos, mesmo sem risco. Ex: setembro amarelo, palestras, falar sobre; Prevenção seletiva: pessoas que apresentam baixo grau de risco. Ex: identificar pessoas com transtornos mentais associadas ao suicídio e encaminhar para tratamento psiquiátrico e psicoterápico; Prevenção indicada: pessoas com alto risco, já apresenta comportamento suicida (ideação, planejamento, tentativa). Ex: monitoramento de perto das pessoas. Prevenção e posvenção do suicídio ❖Peritos da OMS indicam três áreas prioritárias para atividades preventivas: Tratamento (medicamentoso e psicoterápico) de pessoas com transtornos mentais; Restrição de acesso a métodos empregados em comportamento suicidas; ex: armas Abordagem adequada pelos de comunicação de notícias e informações relativas a comportamentos suicidas. Ex: não divulgar vídeos nas redes sociais Prevenção e posvenção do suicídio ❖Medidas gerais Acolher sem julgamentos e preconceitos e quando não puder ajudar encaminha para profissionais capacitados: psiquiatras, psicólogos, lideres religiosos,etc; Trabalhar em rede; Compreender as condições de vida que contribuem para o sofrimento psíquico; CVV 188 Ser feliz! Alvos terapêuticos para pacientes em riso de suicídio. fonte: (Botega, 2015) “viver é um morrer que faz sentido” (Pe. Fábio de melo) obrigado Sebastião Alves Rabay psirabay@gmail.com 988819493