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37 - Vícios de Linguagem

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Profª Margarida Rocha – Comunicação e Expressão
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VÍCIOS DE LINGUAGEM
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Hábitos que adquirem um caráter negativo, prejudicando a boa redação de textos
VERBOSIDADES
Tendência de dizer de forma complexa o que pode ser dito de forma simples. Quando se quer “florear” o texto, tornando-o monótono e repetitivo, impreciso e excessivamente prolixo.
Antigamente, escrever de forma rebuscada era visto como modelo ideal. Hoje, a comunicação tem de ser precisa e objetiva, evitando assim, a demora no entendimento da mensagem.
ATENÇÃO!!! O REBUSCAMENTO DEVE SER ABOLIDO DOS TEXTOS DISSERTATIVOS
Vocabulário sofisticado, parágrafos muito longos e construções intercaladas ou invertidas, distanciam o leitor da compreensão do texto
Observe como o uso de um vocabulário rebuscado dificulta a compreensão da mensagem:
“Solicitamos o pagamento das mensalidades nas datas aprazadas no dito carnê, colaborando destarte para a manutenção precípua deste sodalício na orientação e assistência dos seus associados.” (GOLD, 2002, p.156)
A reação do destinatário será, certamente, negativa e o objetivo da carta (pagamento das mensalidades), provavelmente, não será atingido.
Produção ideal :
“Solicitamos o pagamento das mensalidades até as datas de vencimento constantes no carnê.”
O ideal é que o conteúdo seja apenas o necessário para que o objetivo seja atingido
Outro tipo de verbosidade é aquela em que o escritor abusa do parágrafo longo, construído com frases longas, que, muitas vezes, deixa a ideia principal misturada com outras ideias, dificultando, assim, o entendimento do texto.
Cada parágrafo deve apresentar uma ideia principal que deve ser desenvolvida sem que se misture a outras ideias secundárias.
Exemplos: (GOLD, 2002, p.17)
Construção com verbosidade: “A média da produção para o último ano fiscal é maior do que a do ano anterior, porque aquele foi o ano em que se instalaram as novas prensas de estamparia, automóveis e hidráulicas, portanto aumentando o número de peças estampadas durante o período, assim como também foi o ano em que se introduziram novos métodos de economia de tempo e economia de mão-de-obra, e que também contribuíram para uma média maior de produção.” 
Construção adequada: “A média de produção do último ano fiscal foi maior que a do ano anterior. Instalaram-se novas máquinas hidráulicas, automáticas, de alta velocidade, para estamparia e introduziram-se novos métodos de economia de tempo e trabalho.”
As construções intercaladas e/ou invertidas também dificultam bastante a compreensão de textos.Exemplo:
“Queremos, neste momento, observar que o aceite àquela condição não deve ser entendido, como uma aprovação à mesma, não no que diz respeito ao valor, que, apesar de ter ultrapassado a importância de R$ 350,00, que achávamos justa dela não se afastou em demasia, mas, sim, quanto ao prazo de reajuste, qual seja, semestral, contrariando o relacionamento comercial passado, caução no prazo de um ano, não nos dando sequer a chance da contra-argumentação.” (GOLD, 2002, p. 19)
O emaranhado de ideias (aceitou-se a proposta, não se aceitou a mudança no prazo de ajuste, concordou-se com a quantia estabelecida, entre outras), mostra um parágrafo mal construído. As frases se amontoaram umas às outras, comprometendo a mensagem do texto
Texto corrigido:
“Porém, gostaríamos de registrar nossa insatisfação com a mudança do prazo de reajuste que, ao se tornar semestral, sem a possibilidade de negociação, contraria nosso relacionamento comercial passado, calcado no prazo de um ano.” (GOLD, 2002 p. 19)
CHAVÕES
Também são considerados vícios de linguagem e conspiram contra um texto bem escrito. São expressões antiquadas e que constituem um vício de estilo já incorporado na linguagem.Para GOLD (2002), alguns chavões podem apresentar erros gramaticais ou semânticos, mas a maioria deles é formada de expressões tão usadas que se tornaram verdadeiras muletas na redação de textos.
Exemplos:
Embora a palavra outrossim seja expressiva, já não deve ser usada nos textos por tratar-se de um termo antiquado e inadequado. 
Vimos através desta solicitar – esta expressão, além de prolixa, o uso do através não se justifica, pois “através” significa “atravessar”
Vimos pela presente – outra expressão inadequada, pois é redundante e totalmente dispensável (só pode ser “pela presente” que alguém faz um pedido, daí a redundância)
Solicitamos a V.Sa. A inclusão de fulano de tal no curso... É também inadequado o uso do pronome de tratamento V.Sa. Em situações de pouca formalidade, como cartas comerciais.
Em resposta ao contrato referenciado – o termo referenciado não existe. Substitua por referido, mencionado ou citado
Tautologias
Para GOLD (2002, p. 23), as tautologias são repetições inadequadas de uma ideia, de forma viciada, usando palavras diferentes, mas com o mesmo sentido. O tipo mais comum de tautologia é o pleonasmo
Exemplos
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Elo de ligação
Acabamento final
Certeza absoluta
Quantia exata
Juntamente com
Expressamente proibido
Fato real
Encarar de frente
Multidão de pessoas
Amanhecer o dia
Criação nova
Retornar de novo
Empréstimo temporário sintomas indicativos
Há anos atrás
Outra alternativa
Detalhes minuciosos
�
Outros exemplos de redundância: 
 "Derradeira última esperança" (Derradeira é sinônimo de última) 
"Ele vai escrever a sua própria autobiografia" (Autobiografia é a biografia de si mesmo) 
"Houve contatos bilaterais entre as duas partes" (Basta: "bilaterais 
entre as partes") 
"O nível escolar dos alunos está se degenerando para pior" (É impossível degenerar para melhor)
 
"O concurso foi antecipado para antes da data marcada" (Será que dá para antecipar para depois?) 
"Ganhe inteiramente grátis" (Se ganhar só pode ser grátis, imagine inteiramente grátis. Parece que alguém pode ganhar alguma coisa parcialmente grátis) 
"Por decisão unânime de toda a diretoria" (Boa foi a decisão unânime só da metade da diretoria!) 
"O juiz deferiu favoravelmente" (Se não fosse favoravelmente, o juiz tinha indeferido)
 
"Não perca neste fim de ano, as previsões para o futuro" (Ainda estamos para ver as previsões para o passado!) 
"Ele vai escrever a sua própria autobiografia" (Autobiografia é a biografia de si mesmo) 
"Houve contatos bilaterais entre as duas partes" (Basta: "bilaterais 
entre as partes")
 
"O nível escolar dos alunos está se degenerando para pior" (é impossível degenerar para melhor)
 
"O concurso foi antecipado para antes da data marcada" (Será que dá para antecipar para depois?) 
COLOQUIALISMO EXCESSIVO
A comunicação informal, aquela que usamos como nossos amigos e familiares é também chamada de coloquialismo. Se usado em excesso, torna-se também um vício de linguagem e confere falta de credibilidade ao escritor e suas ideias. Expressões vulgares e gírias não fazem parte de um texto bem escrito 
Cacófato
Som desagradável provocado pela junção de duas ou mais palavras na cadeia da frase.
Na boca dela estava a marca da agressão
Vou-me já, porque a aula vai começar
ECO
Quando há palavras com terminações iguais ou semelhantes, provocando dissonância
Estávamos conscientes de que impacientes não conseguiríamos ser convincentes
AMBIGUIDADE
Duplo sentido à construção
Ex: o pai chamou a atenção do filho porque bateu o seu carro.
Quero meias para senhoras claras
SOLECISMO
Ocorre quando há desvios de sintaxe quanto à concordância, regência ou colocação
Faltou muitos alunos no dia do jogo nos Aflitos. (faltaram – concordância)
Assisti o programa de Faustão (assisti ao regência)
No sábado, ele bebeu tanto que não sustentava-se em pé. (se sustentava – colocação)
Barbarismo
Desvio da norma quando ocorre nos seguintes níveis:
1. NA PRONÚNCIA
Assisti ao pograma educativo (programa)
Pedi a sua rúbrica (rubrica)
Nesse interim eleschegaram (ínterim)
NA GRAFIA
Ele pesquisou a etmologia de muitas palavras (etimologia)
Nós advinhamos o resultado do jogo (adivinhamos)
Todos os seguimentos da sociedade sofreram com a inflação (segmentos)
NA MORFOLOGIA
Quando eu ir aí, explicarei a situação (for)
Foi certamente a mais maior em tamanho (maior)
NA SEMÂNTICA
Assim que chegaram à metrópole, absolveram a poluição (absorveram)
Ele comprimentou o amigo (cumprimentou)
O aluno soou muito durante a prova (suou)
NOS ESTRANGEIRISMOS
O embaixador cometeu uma gafe (equívoco) - galicismo
O show foi cancelado (espetáculo)- anglicismo
O escritor chegou justo na hora (bem na hora) italianismo

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