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22 - Coesão e coerência textuais

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Prévia do material em texto

Comunicação e Expressão– Profª Margarida Rocha �	��PAGE \* MERGEFORMAT�1���
Os mecanismos de Coesão e Coerência” textuais são importantes para a produção de textos compreensíveis.
Segundo Platão e Fiorin (2203:393), coerência significa conexão, união estreita entre várias partes, relação entre ideias que se harmonizam, ausência de contradição. É a coerência que distingue um texto de um aglomerado de frases.
Coerência é a relação que se estabelece entre as partes do texto, criando uma unidade de sentido. A coesão auxilia no estabelecimento da coerência, mas não é algo necessário para que ela se dê. Temos textos coerentes, embora não tenham coesão.
“Para que um texto seja considerado bem escrito, deve seguir algumas regras, além das ortográficas. O autor deve verificar e certificar-se de que sua obra apresenta sentido, ordem e organização nas palavras e textos produzidos, para que dessa forma ele possa ser entendido por qualquer leitor.”
Vamos iniciar nossa discussão sobre coerência com a noção de incoerência, a partir da leitura dos textos seguintes.
Por que estes textos são INCOERENTES?
Reflita...
Gripe A H1N1: Mundo aproxima-se da primeira pandemia gripal do século XXI, adverte OMS
«Foram observadas "primeiras propagações" do vírus na população de países situados fora do continente americano, assinalou o director-geral adjunto da OMS, citando o Reino Unido, o Japão e a Austrália, além do Chile, na América do Sul.» (Matéria publicada pela agência Lusa, em 03/06/2009)
Disponível em: http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/9748093.html
Qual foi a informação do texto que lhe pareceu estranha?
O problema está na informação apresentada no final do texto: “...além do Chile, na América do Sul” que entra em “choque” com a informação inicial “...países situados fora do continente americano...”. Como sabemos, o Chile pertence ao continente americano. Há, portanto, uma construção INCOERENTE.
Observe, agora, os dois textos seguintes:
 
As charges abrem um espaço para que possamos refletir sobre determinadas atitudes que tomamos quanto se trata de nossas vontades e necessidades. As propostas apresentadas nos textos são incoerentes, pois há uma contradição entre a ação inicial e a final.
Veja esta placa:
�
Se é aberto todos os dias, como o descanso semanal pode ser na terça-feira?
Não há lógica, não é verdade?�
Diante desse espaço introdutório sobre a noção de incoerência, podemos chegar a uma definição sobre a coerência textual. Ela se constrói no plano das ideias e na relação lógica dessas ideias. Um texto com coerência é aquele que produz sentido, não há contradição entre suas partes.
Muitos linguistas afirmam que a coerência é construída pelo leitor no transcorrer da leitura, e essa construção depende de alguns fatores: 
Do conhecimento de mundo. Formamos modelos cognitivos ao longo de nossa vivência, nossa experiência. 
Do Conhecimento compartilhado
Do conhecimento das elementos linguísticos constantes no texto;
Dos interlocutores, levando-se em consideração a situação de uso em que se encontram, as suas intenções de comunicação, suas crenças, a função comunicativa do texto.
Das Inferências que são as reflexões que fazemos a partir de alguma ideia, a partir de determinado texto. Incluem as deduções, conclusões que construímos juntamente com quem conta ou escreve algo.
Quais são os tipos de coerência textual?
São cinco. Confira:
Coerência sintática – uso adequado das estruturas linguísticas.
“Ocorre quando não utilizamos corretamente os meios sintáticos para expressar a coerência semântica. Ou seja, quando empregamos conectivos, pronomes… inadequadamente. Exemplo: “Pessoas ricas procuram o ensino particular. Onde os métodos, equipamentos e professores são melhores.”
O conectivo “onde” refere-se a “lugar, local”. Para evitarmos a incoerência sintática, a frase poderia ser escrita dessa forma: “Pessoas ricas procuram o ensino particular, no qual os métodos, equipamentos e professores são melhores.”
Coerência semântica – relações de sentido no texto (princípio de não-contradição). refere-se às relações de sentido entre as estruturas – palavras ou expressões presentes no texto. Uma exigência para que exista coerência semântica é o princípio da não-contradição, ou seja, para que um texto seja semanticamente coerente, não deve conter contradição de quaisquer conteúdos, postos ou pressupostos. (Koch, Travaglia & Elias, 2006: 195).
Exemplo:
... ouvem-se vozes exaltadas para onde acorrem muito fotógrafos e telegrafistas para registrarem o fato.
O uso do vocábulo “telegrafista” provoca um ruído pela sua inadequação neste contexto, pois o fato que causa espanto será documentado por fotógrafos e, talvez, cronistas, que, poderão escrever sobre o fato, mas com certeza, um telegrafista não se constitui em espectadores comuns nessas circunstâncias.
Ainda há um outro problema, o de ordem sintática: trata-se do emprego da locução conjuntiva “para onde”, que teria vozes exaltadas como referente, o que não é possível, porque esse referente não contém ideia de lugar, implícita no pronome relativo “onde”
Coerência temática – enunciados relevantes para o tópico em desenvolvimento.
Quando se está falando sobre um determinado tema, num texto ou numa conversa, espera-se que o interlocutor condicione sua resposta ao que está sendo perguntado ou abordado. Ou seja, espera-se que os falantes estejam incluindo no discurso apenas o que for relevante para a situação comunicativa. Um exemplo: alguém chega para o colega e pergunta “Você está bem hoje?”, e a pessoa responde “Estamos atrasados”. Nesse diálogo não houve coerência temática, pois o colega não respondeu à pergunta por algum motivo. No entanto, não quer dizer que não faça sentido dentro do contexto em que os falantes se encontravam. Num texto escrito, contudo, se não houver elementos que sinalizem a razão pela qual se extraviou do tema, como produzir certo efeito de sentido, a coerência temática fica comprometida.
Coerência pragmática – atos de fala inter-relacionados e dentro das condições adequadas.
Ocorre quando o sentido de uma sequência de atos de fala é quebrado. Por exemplo:
A: “Você estudou para a prova de hoje?”
B: “Lógico!”
A: “Achei difícil compreender o tópico dois do capítulo três.”
B: “O céu está maravilhoso com as nuvens escuras de chuva.”
 Coerência estilística – variedade de língua adequada à situação do texto.
Não chega a perturbar a interpretabilidade do texto. Ocorre quando misturamos registros linguísticos. Observe a mudança “de tom” no discurso que se segue:
“Venho diante de vossa Magnificência manifestar meu repúdio ao fato de uma instituição pública querer subtrair da população um espaço de lazer. Francamente, achei a maior sujeira, sacanagem, nada a ver.”
A coerência de um texto depende da continuidade de sentidos entre os elementos descritos e inscritos no texto. Ela depende de conhecimento linguístico, conhecimento de mundo, e conhecimento compartilhado pelo leitor; depende, ainda, de inferência, situacionalidade, informatividade, focalização, intertextualidade, intencionalidade e aceitabilidade.
Mas, lembre-se, que muitas vezes um escritor pode provocar intencionalmente incoerência em seu texto, como recurso literário.
“No caminho TINHA uma pedra.”
Como podemos garantir a coerência em nossos textos?
Para garantir a coerência do texto, produzir sentido, é importante levarmos em consideração alguns fatores como:
Fluxo de informações
No texto, as informações devem fluir de maneira adequada. Muitos estudiosos da área, costumam associar esse fluxo com um dos princípios da textualidade, que é o princípio da informatividade.
Antes da explicação a respeito da informatividade, vamos conhecer o significado de textualidade.
A textualidade “é aquilo que faz de uma sequência linguística um texto e não um amontoado aleatório de palavras. A sequência é percebida como texto quando aquele que a recebe é capaz de percebê-la comouma unidade significativa global.” A coesão e a coerência são alguns dos fatores responsáveis pela textualidade de qualquer discurso.
A informatividade também é um dos fatores responsáveis pela textualidade. São as informações veiculadas em textos verbais e não verbais. Um discurso menos previsível tem mais informatividade. Tanto o excesso como a escassez de informações novas podem prejudicar o texto.
Outro aspecto que deve ser considerado para o fluxo comunicativo diz respeito diz respeito à lógica de progressão e de retroação. “Uma informação nova deve se ligar a outra, já enunciada: à medida que o texto avança, as novas ideias devem se relacionar às antigas, de maneira que todas permaneçam interligadas.”
O uso socialmente instituído da língua
Ao longo de nossa vida, utilizamos a linguagem (verbal e não verbal) para nos comunicar nas mais diversas situações. Com isso, nossas práticas de linguagem se tornam historicamente construídas. O uso que fazemos da linguagem é mediado pelas relações sociais.
No momento em que, na produção de nossos textos, utilizamos regras conhecidas por nosso interlocutor, certamente haverá uma interação comunicativa. Isso se associa “à necessidade de que a língua atenda a um uso socialmente instituído comum entre os participantes do processo comunicativo.”
Economia e elegância:
Estão relacionadas com a produção de textos mais objetivos, concisos, claros, com uma linguagem adequada, de modo que despertem o interesse do leitor e atinjam o objetivo proposto. Escrever com elegância não significa fazer uso de termos e construções rebuscadas. Significa uma organização das ideias de forma concisa e clara.
Para isso, devemos evitar a construção de parágrafos longos, a repetição demasiada de termos ou expressões. Aqui, o uso dos recursos de coesão (que você terá conhecimento logo após a discussão sobre coerência) é prioridade.
Adequação ao título: 
O desenvolvimento de um texto deve estar sincronizado com o título, pois, caso contrário, haverá um comprometimento da coerência.
Passaremos, agora, à discussão sobre a coesão textual e gostaríamos de começar com a leitura desta imagem. Observe:
Percebemos uma conexão, ligação, relação, harmonia entre as peças. Elas se encaixam. Dessa forma, funciona a coesão.
O que é coesão textual? 
Podemos fazer uma alusão com a imagem anterior para entender o conceito de coesão. É assim mesmo que a coesão funciona: é uma propriedade que estabelece uma conexão, uma ligação, uma harmonia entre os elementos de um texto. Isso é o que faz distingui-lo de um amontoado de palavras, de frases.
Vamos fazer uma reflexão sobre o conceito de coesão textual com a leitura da crônica a seguir.
EM CÓDIGO 
Fui chamado ao telefone. Era o chefe de escritório de meu irmão:
– Recebi, de Belo Horizonte, um recado dele para o senhor. É uma mensagem meio esquisita, com vários itens, convém tomar nota. O senhor tem um lápis aí?
Tenho. Pode começar.
Então lá vai. Primeiro: minha mãe precisa de uma nora.
– Precisa de quê?
– De uma nora.
– Que história é essa?
– Eu estou dizendo ao senhor que é um recado meio esquisito. Posso continuar?
- Continue.
– Segundo: pobre vive de teimoso. Terceiro: não chora, morena, que eu volto.
– Isso é alguma brincadeira.
– Não é não. Estou repetindo o que ele escreveu. Tem mais. Quarto: sou amarelo, mas não opilado. Tomou nota?
– Mas não opilado – repeti, tomando nota. – Que diabo ele pretende com isso?
– Não sei não senhor. Mandou transmitir o recado, estou transmitindo.
– Mas você há de concordar comigo que é um recado meio esquisito.
– Foi o que eu preveni ao senhor. E tem mais. Quinto: não sou colgate, mas ando na boca de muita gente. Sexto: poeira é a minha penicilina. Sétimo: carona, só de saia. Oitavo…
– Chega! – protestei estupefato. – Não vou ficar aqui tomando nota disso, feito idiota.
- Deve ser carta em código, ou coisa parecida – e ele vacilou: Estou dizendo ao senhor que também não entendi, mas enfim… Posso continuar?
– Continua. Falta muito?
– Não, está acabando: são doze. Oitavo: vou, mas volto. Nono: chega à janela, morena. Décimo: quem fala de mim tem mágoa. Décimo primeiro: não sou pipoca mas também dou meus pulinhos.
– Não tem dúvida, ficou maluco.
– Maluco não digo, mas como o senhor mesmo disse, a gente até fica com ar meio idiota… Está acabando, só falta um. Décimo segundo: Deus, eu e o Rocha.
– Que Rocha?
– Não sei. É capaz de ser a assinatura.
– Meu irmão não se chama Rocha, essa é boa!
– É, mas que foi ele que mandou, isso foi.
Desliguei, atônito, fui até refrescar o rosto com água, para poder pensar melhor. Só então me lembrei. Haviam-me encomendado uma crônica sobre essas frases que os motoristas costumam pintar, como lema, à frente dos caminhões. Meu irmão, que é engenheiro e viaja sempre pelo interior fiscalizando obras, prometera ajudar-me, recolhendo em suas andanças farto e variado material. E ele viajou, o tempo passou, acabei esquecendo completamente do trato, na suposição de que o mesmo lhe acontecera.
Agora, o material ali estava. Era só fazer a crônica. Deus, eu e o Rocha! Tudo explicado! Rocha era o motorista, Deus era Deus mesmo, e eu, o caminhão.
(Fernando Sabino. A mulher do vizinho. Rio de Janeiro: Record, 1976)
Você deve ter percebido que à medida que o diálogo vai progredindo, causa um estranhamento aos interlocutores, uma vez que as construções estão desconexas, não provocam sentido. 
Podemos observar que o estranhamento percebido pelos dois interlocutores decorre exatamente da constatação de que algo está funcionando fora dos padrões normais, fora do modelo de fala das pessoas. Não se fala com palavras e frases desarticuladas, há uma continuidade lógica. 
Assim, a “coesão” mantém relação com uma ligação, uma articulação, que dá ao texto uma unidade de sentido ou uma unidade temática.
Importante...
Planejar as ideias, saber o que vai comunicar, estabelecer conexão com a progressão do textos são condições primordiais para a produção de textos claros e coerentes. 
É importante não entrar em contradição, não confundir o interlocutor por meio de enunciados desconexos e por construções de duplo sentido.
Quais são os mecanismos de coesão?
Muitos estudiosos da linguagem apresentam alguns mecanismos que participam no processo de coesão textual.
São eles:
mecanismos de coesão referencial
mecanismos de coesão recorrencial 
mecanismos de coesão sequencial
Vamos conhecê-los!
Mecanismos de Coesão Referencial
Fazem referência a algo que já foi citado ou ainda será mencionado no texto. Participam desse processo “a substituição” e “a reiteração”
Substituição – o termo citado antes é substituído por pronome, numeral ou advérbio.
Exemplos:
		referentes				item coesivo - anáfora
Raul e Thiago estão muito contentes. Eles foram aprovados para o curso de Engenharia.
 referentes					item coesivo - anáfora
Marina e Lúcia têm o mesmo pensamento. Ambas condenam a infidelidade.
referente				 item coesivo - anáfora
Ontem, fui a Salvador. Lá, encontrei uma grande amiga.
Atenção!
A remissão a algo que já foi mencionado no texto, denomina-se ANÁFORA (do grego ana, para trás, e fora, levar). Nos exemplos anteriores, os pronomes eles, ambas, e o advérbio lá, funcionam como uma referência anafórica.
A remissão a algo que ainda será mencionado no texto, chama-se CATÁFORA (do grego cata, para adiante)
Veja alguns exemplos de referência catafórica:
	item coesivo – catáfora				referente
Estamos preocupados apenas com isto: a sua demissão da empresa.
 item coesivo – catáfora referente
Ele chegou muito exaltado, o professor
Mais...
Elementos linguísticos responsáveis pela coesão referencial (retomadas e remissões)
Dentre os elementos linguísticos responsáveis pela coesão referencial, temos:
Alguns pronomes pessoais do caso reto: ele(s),ela(s).
	As crianças estão exaustas. Elas brincaram demasiadamente. 
 Você se lembra de meu primo? Ele viajou à Europa.
Pronomes oblíquos: o(s), a(s), no (s), na(s), lhe(s) etc.
 A professora pediu silêncio aos seus alunos. Eles não a atenderam.
Vera mandou um recado para o marido pela cunhada: “diga-lhe que venha logo!”
Pronomes de tratamento: senhor(s), senhora (s), você.
 A mulher parou e se encostou na porta da sorveteria, um jovem, preocupado, aproximou-se e perguntou: a senhora está sentindo algo?
 O rapaz percebeu que o idoso estava com dificuldade para estacionar o carro e lhe perguntou: O senhor quer que eu estacione?
 Precisamos de você na empresa.
Pronomes demonstrativos: isso, essa, isto, esta, este, aquele, aquela, aquilo.
 Ultimamente, estou com insônia. Isso me preocupa bastante. 
 (referência anafórica)
O pronome demonstrativo “isso” foi utilizado para fazer referência ao que foi dito anteriormente: Ultimamente, estou com insônia. Trata-se de uma anáfora.
Queremos apenas isto: que nos ligue quando chegar.
 (referência catafórica)	
O pronome demonstrativo “isto” foi utilizado para fazer uma remissão ao que foi apresentado posteriormente: que nos ligue quando chegar. Trata-se de uma catáfora.
Para aprofundar...
Os pronomes demonstrativos: esse, essa, esses, essas e as devidas contrações (nesse, dessa, etc.) são usados no texto para fazer referência a termos que já foram citados anteriormente. Portanto, funcionam como anafóricos.
Os pronomes demonstrativos: este, esta, estes e estas, e as devidas contrações (neste, desta, etc.) são usados no texto para fazer referência a algo que virá posteriormente, é uma remissão para frente. Portanto, funcionam como catafóricos. 
Alguns pronomes relativos: cujo(s), cuja(s), que, o qual (os quais), quem.
 Muitas pessoas prestaram homenagem ao ator. Dentre as quais, o presidente da República.
 É um professor que motiva bastante os alunos.
Pronomes possessivos: seu, sua, meu, minha, nosso, nossa, etc.
 	Meu amigo foi aprovado no concurso.
Catarina deixou de trabalhar, logo que sua mãe adoeceu.
 
Pronomes indefinidos: tudo, nada, ninguém, nenhum, vários, cada um, cada qual, etc.
 Trouxeram-lhe brinquedos e chocolates. Foi tudo em vão. A criança não demonstrava interesse.
 Pedimos ajuda aos colegas, mas ninguém se prontificou.
 
Pronomes interrogativos: qual, quanto (e flexões), que.
 	Qual o seu objetivo com a pesquisa?
	Quantos votaram contra a implantação da chamada eletrônica?
Numerais: cardinais, ordinais, multiplicativos e fracionários.
 Cardinais: Carmem, Daisy e Amélia são muito amigas. As três sempre viajam juntas.
Ordinais: Haverá um prêmio para as melhores redações. O primeiro será um computador; o segundo, uma viagem à Bahia; o terceiro, um celular.
Multiplicativos: Ficamos surpresos com o preço da TV. Está o dobro do mês passado.
 Fracionários: Tudo foi repartido sem nenhuma discussão. Fique com um terço do valor do imóvel.
Advérbios: lá, aí, ali, aqui, onde.
	Aqui, todos leem com tranquilidade.
No centro da cidade, há um espaço reservado aos idosos. Lá eles têm toda assistência. 
Reiteração – o termo citado antes é repetido ou retomado por meio de palavras de sentido semelhante.
 Repetição: em muitas situações, é necessária no texto. “É um recurso de grande funcionalidade, pois pode desempenhar diferentes funções, todas elas, de alguma forma, coesivas”.
Observe:
Para marcar ênfase
Ninguém deve comprar imóvel sem antes fazer pesquisa. Ninguém.
Nunca tantas pessoas, em tantos veículos, trafegaram em tantas vias, e tantas direções, com tanta velocidade, indo a tantos lugares, pra voltar logo tão arrependidas. (Millôr Fernandes)
Para marcar o contraste entre dois segmentos
Há estudantes e estudantes...
Para corrigir ou sugerir uma correção
O Itamaraty assistiu com uma ponta de alma lavada ao fracasso de comemoração dos 500 anos. A organização estava a cargo dos diplomatas, mas Rafael Grecca assumiu-a para promover uma festa popular. Popular? (Veja, 3/5/2000)
Para quantificar
Há três soluções para o drama da infância perdida na rua: escola, escola, escola. (Veja, 30/10/1996)
Atenção!
Em outras situações, a repetição demasiada no texto, torna a leitura exaustiva para o leitor, é um indício de escassez vocabular. Devemos usar os demais recursos coesivos.
 Sinônimos: “ainda que se considere a inexistência de sinônimos perfeitos, algumas substituições favorecem a não repetição de palavras.”
A Língua Portuguesa é uma disciplina que está presente em muitos cursos de graduação. O domínio da matéria é muito importante à formação profissional.
 Hiperônimos: palavras de sentido mais geral, maior, mais abrangente. A relação por hiperonímia é aquela que ocorre entre uma palavra de sentido mais genérico e outra de sentido mais específico.
Gosto muito de assistir a esportes, mas o futebol é a minha preferência 
 
Hiperônimo Hipônimo
 Hipônimos: palavras de sentido mais específico, menor, menos abrangente. A relação de hiponímia é aquela que ocorre entre uma palavra de sentido mais específico e outra de sentido mais geral, que tem com a primeira traços semânticos comuns.
A gripe é muito recorrente em nosso país. A incidência da doença aumenta com a mudança de temperatura.
Veja que gripe é o temo mais específico, e doença é o termo mais geral, mais abrangente (relação de hiponímia)
Para facilitar...
do específico (menor) para o genérico (maior) = hipônimo – azul é hipônimo de cor; laranja é hipônimo de fruta; 
do genérico (maior) para o específico (menor) = hiperônimo – veículo é hiperônimo de bicicleta; profissão é hiperônimo de engenharia. 
 Expressões nominais definidas: “ocorrem quando há retomadas de um mesmo referente por meio de expressões de natureza diversa, relacionadas com o nosso conhecimento de mundo.”
Recife tem crescido nos últimos anos. A Veneza Brasileira é umas das mais visitadas pelos turistas.
 Nomes genéricos (gente, pessoa, coisa, fenômeno)
Tenho uma coisa para lhe contar: acabei meu relacionamento com Hermenegildo.
Mecanismos de Coesão Recorrencial
O conhecimento dos mecanismos da coesão recorrencial é muito importante para as nossas produções textuais. Quando queremos atingir determinados efeitos em um texto, precisamos de subsídios necessários para poder escolher a melhor maneira de apresentar as nossas ideias e alcançar os objetivos traçados.
Observe os principais mecanismos:
 Recorrência de termos – função: ênfase, intensificação. É uma forma de deixar fluir o texto.
 	Pedro pedreiro, pedreiro esperando o trem.
 	Que já vem, que já vem, que já vem
Paralelismo: Consiste em criar uma sequência de frases com estrutura idêntica. Trata-se de uma simetria da frase. Repete-se a estrutura, mas com conteúdo diferente. Pode ser sintático ou semântico,
Veja um exemplo de paralelismo sintático:
O aluno confia no coordenador e no professor.
O aluno...
Confia no coordenador
Confia no professor
O “e” une dois elementos de “confia”. Em ambas as construções, devem seguir a mesma linha, iniciar com a preposição (em + a = na), como assim exige a regência do verbo confiar.
Agora, veja um exemplo de paralelismo sintático:
Mariana gosta de maçã e de abacaxi.
Entendemos perfeitamente a relação semântica entre maçã e abacaxi. São frutas das quais Mariana gosta.
Haveria uma quebra do paralelismo semântico, se a construção fosse assim:
Mariana gosta de maçã e de caminhar todos os dias. 
Embora do ponto de vista sintático esteja correto, do ponto de vista semântico, nãoconstitui uma sequência lógica e esperada na frase. Quebra a expectativa do leitor.
Vale salientar que muitas vezes a quebra do paralelismo é intencional. É utilizada como um recurso estilístico para provocar a ironia.
Recomendamos a leitura...
Português: Falta de paralelismo semântico cria efeito de estilo
THAÍS NICOLETI DE CAMARGO da Folha de S. Paulo
Já tratamos neste espaço da importância do paralelismo sintático para a clareza da expressão. Em: "Ele hesitava entre ir ao cinema ou ir ao teatro", falta simetria no plano sintático. O uso da preposição "entre" pressupõe a existência de dois elementos de mesmo valor sintático ligados pela conjunção "e". Como a conjunção "ou" indica alternativa, é possível ocorrer confusão num contexto como esse.
É preciso lembrar, entretanto, que a preposição "entre" delimita um intervalo entre dois pontos definidos. Daí o motivo de reger dois elementos ligados por "e".
Mas, atenção. Embora claro do ponto de vista do paralelismo sintático, um enunciado como "A diferença entre os alunos e as carteiras disponíveis na sala é muito grande" contém um problema semântico. Alunos e carteiras não são elementos comparáveis entre si. 
A diferença a que se refere a sentença é numérica. Então, o ideal é dizer: "A diferença entre o número de alunos e o de carteiras é muito grande". Agora, sim, a informação ganhou precisão. Faltava na frase o que chamamos paralelismo semântico, ou seja, a simetria no plano das ideias.
Esse é o mesmo problema verificado em construções do tipo: "O time brasileiro vai enfrentar a França nas quartas-de-final". Ora, um time não pode enfrentar um país. Então, entre outras possibilidades: "O time brasileiro vai enfrentar a seleção da França" ou "O Brasil vai enfrentar a França".
Preservar o paralelismo semântico é tão importante quanto preservar o paralelismo sintático. Mas, na pena de um bom escritor, a quebra da simetria semântica pode resultar em curiosos efeitos de estilo. Não foi outra coisa o que fez Machado de Assis no conhecido trecho de "Memórias Póstumas de Brás Cubas", em que, irônica e amargamente, o narrador diz: "Marcela amou-me durante 15 meses e 11 contos de réis". No mesmo livro: "antes cair das nuvens que de um terceiro andar".
O uso desse artifício parece ser uma das marcas estilísticas do autor. Na abertura de "Dom Casmurro", o narrador diz: "(...) encontrei (...) um rapaz (...), que eu conheço de vista e de chapéu".
No conto "O Enfermeiro", ao anunciar que vai relatar um episódio, o narrador adverte que poderia contar sua vida inteira, "mas para isso era preciso tempo, ânimo e papel". O elemento "papel", disposto nessa sequência, surpreende o leitor e instala o discurso irônico. Ter ou não papel para escrever é algo prosaico. A falta de ânimo, um problema pessoal, está em outro patamar semântico.
Essa interpenetração de planos é um dos articuladores do tom irônico do discurso machadiano.
Thaís Nicoleti de Camargo é consultora de língua portuguesa da Folha
Elipse: consiste na omissão de um termo ou termos que pode(m) ser facilmente recuperado (s) pelo contexto ou por elementos gramaticais presentes na frase com a intenção de tornar o texto mais conciso e elegante.
Exemplos:
Identificamos uma falha no sistema elétrico
O pronome pessoal “nós” fica subentendido e não interfere no sentido.
Quanta maldade em algumas pessoas.
Houve uma omissão da forma verbal “há”
Para saber mais...
Existe um outro recurso denominado “Zeugma”, que muitos gramáticos consideram uma forma particular de elipse. A diferença entre esses dois recursos de coesão é que na “Elipse”, o termo ou expressão não aparece no texto. Na “Zeugma”, o termo ou a expressão já foram mencionados no texto, ou seja, o termo aparece e depois desaparece.
Exemplo de zeugma:
Escrevo narrativas, e meu marido, poesias (omissão do verbo escrever, que já apareceu no texto)
Paráfrase: é uma reescrita fundamentada em outro texto, sem que haja perda de sentido. Você escreve o que leu, só que de forma diferente. Parafrasear significa transcrever, com novas palavras, o que foi lido em outro texto.
Veja um exemplo:
Canção do Exílio (texto original)
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá,
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
[...]
Gonçalves Dias
Paráfrase
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra…
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!
[...]
Carlos Drummond de Andrade
Essas duas produções são muito utilizadas para o entendimento de uma paráfrase. Podemos perceber que Drummond retoma o texto original de Gonçalves Dias, conservando as suas ideias. Escreve de uma maneira diferente e o sentido permanece o mesmo: saudade da terra natal.
Recursos fonológicos, segmentais e suprassegmentais
São utilizados som e ritmo das palavras para ativar a conexão entre as ideias do texto. Realizada pela repetição de palavras ou de estruturas frasais. De um modo geral, esses recursos são utilizados para dar ênfase (pausa, entoação)
Exemplos:
Ao ouvirem o ator, os jovens sorriram, sorriram, sorriram.
Ela lutou, lutou, lutou...mas não conseguiu o objetivo almejado.
Mecanismos de Coesão Sequencial
 
A coesão sequencial está relacionada com o desenvolvimento textual, ordem, sequência, continuidade do texto, progressão temática. Pode ser estabelecida por meio da coesão sequencial temporal e da coesão sequencial por conexão. 
COESÃO SEQUENCIAL TEMPORAL
  
O próprio nome já remete à ideia de tempo dos fatos narrados em um discurso, a partir da ordenação linear dos elementos, de expressões que indicam continuação das sequências temporais, das partículas temporais e da correlação dos tempos verbais.
           
Assim, a sequência temporal pode ser obtida por:
Ordenação linear dos elementos – é uma sequência em gradação lógica.          
Levantou cedo, tomou banho e saiu.
      
e não
 Saiu, tomou banho e levantou.
Expressões que assinalam a ordenação ou continuação das sequências temporais:
 Primeiro se alimentou e depois fez a sua atividade física, segundo orientação médica
Partículas temporais:
O trânsito estava intenso e só chegamos em casa ao anoitecer.
Enviaremos o relatório ao coordenador amanhã.
	
Correlação dos tempos verbais:
Solicitei que me enviassem os documentos.
Solicito que me enviem os documentos
COESÃO SEQUENCIAL POR CONEXÃO
É aquela que se estabelece por meio de conectores, cuja função é, basicamente, ligar as frases e estabelecer uma relação de sentido entre elas.
Observe os gêneros textuais a seguir:
 mensagenscurtas.com
 guiaavare.com
No primeiro quadrinho, há um conector “se”, que une as duas orações e passa para o leitor uma ideia de condição.
No segundo gênero textual, na fala da personagem feminina, há um conector “mas” utilizado para passar a ideia de oposição ao que foi dito anteriormente.
Assim, existem diversos conectores ou operadores argumentativos, cuja função é articular as orações, estabelecendo diferentes relações de sentido.
Seguem mais alguns exemplos de conectores:
Estabelecem relação de concessão e contradição, admitindo argumentos contrários, contudo, com autonomia para vencê-los (embora, ainda que, mesmo que,)
Conferem mais credibilidade aos argumentos, reforçando-os juntamente à ideia final (aliás, além de tudo, além do mais, além disso...).
Incluem mais um elemento no conjunto de ideias retratadas, como também revelam mais um argumento a título de conclusão do assunto abordado (ainda, afinal, por fim...)
Revelam retificações, esclarecimentos ao que já foi exposto anteriormente (isto é, ou seja, quer dizer, em outras palavras...)
Exemplifica o que já foi expresso, com vistas a complementar ainda mais a argumentação (assim, logo, portanto, pois, desse modo, dessa forma...)Estabelecem oposição entre dois enunciados, ligando apenas elementos que não se opõem entre si (mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante)
Estabelecem uma noção gradativa entre os elementos do discurso (até mesmo, ao menos, pelo menos, no mínimo)
Estabelecem uma relação de soma aos termos do discurso, desenvolvendo ainda mais a argumentação ora proferida (e, nem, como também, mas também)
Observe:
Notem na frase: “Senhor, o índice de violência cresceu tanto, que já não há mais espaço no gráfico para apontá-lo”, a presença de dois mecanismos coesivos: o conectivo “que” estabelecendo uma relação de consequência entre as orações e a forma verbal junto ao pronome oblíquo “apontá-lo”, substituindo a expressão “índice de violência”.
Fique atento!
É preciso uma atenção especial para alguns conectores que podem apresentar diferentes sentidos, dependem do contexto.
Constate... 
Como esclareceu o coordenador do EAD, as aulas começam na próxima semana. (CONFORMIDADE)
Os estudantes gritavam como loucos após os primeiros disparos (COMPARAÇÃO)
Como meu tempo é muito limitado, fiz a opção por um curso a distância (CAUSA)
O contexto deve ser levado em consideração.
Para saber mais...
Vale ressaltar que podemos encontrar textos coerentes e sem coesão e produções com coesão, mas sem coerência. Essas produções não são consideradas textos, porque não atendem a um dos requisitos básicos para ser um texto, que é a de produção de sentido.
Veja alguns exemplos:
Texto sem coesão, mas com coerência
Circuito fechado (Ricardo Ramos)
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa abotoaduras, calças, meias, sapatos, gravata, paletó. [...] Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com lápis. [...] Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, [...]
Aparentemente, causa um estranhamento pelas construções fragmentadas. Mas, pelo conhecimento de mundo, o leitor vai atribuindo ao texto uma unidade de sentido. A sequência de palavras mostra a rotina de um homem de negócios.
Texto com coesão, mas sem coerência 
João Carlos vivia em uma pequena casa construída no alto de uma colina, cuja frente dava para leste. Desde o pé da colina se espalhava em todas as direções, até o horizonte, uma planície coberta de areia. Na noite em que completava 30 anos, João, sentado nos degraus da escada colocada à frente de sua casa, olhava o sol poente e observava como a sua sombra ia diminuindo no caminho coberto de grama. De repente, viu um cavalo que descia para a sua casa. As árvores e as folhagens não o permitiam ver distintamente; entretanto observou que o cavalo era manco. Ao olhar de mais perto verificou que o visitante era o seu filho Guilherme, que há 20 anos tinha partido para alistar-se no exército, e, em todo este tempo, não havia dado sinal de vida. Guilherme, ao ver seu pai, desmontou imediatamente, correu até ele, lançando-se nos seus braços e começando a chorar.
Apesar de aparentemente bem-redigido, o texto apresenta sérios problemas de coerência, o que o torna inadequado. A fim de constatar os problemas de coerência do texto, responda:
A cena narrada ocorre à noite, no entanto, João, sentado nos degraus, olhava o sol poente. 
João morava numa colina árida, diante de um cenário desértico. Posteriormente, dois elementos são apresentados (árvores e folhagens), os quais contrariam essa informação. 
A frente da casa “dava para leste”. O leste ou o oriente é onde nasce o sol. Há uma incoerência, quando afirma que “sentados nos degraus da escada colocada à frente de sua casa, olhava o sol poente”
Agora, reflita...
João está completando 30 anos. No entanto, o filho que retorna, há 20 anos saíra para alistar-se no exército. Qual seria então é a idade do filho?
Para aprofundar...
Recomendamos as seguintes leituras:
Em “O texto sem mistério: leitura e escrita na universidade”, de Norma Goldstein, Maria Silva Louzada e Regina Ivamoto, procure ler o capítulo 2 “Coesão e coerência textuais” (p. 19-30). Faça as atividades 5 e 6 (p.29 e 30)
Na obra “Coesão e coerência textuais”, de Leonor Lopes Fávero, procure o capítulo 7 – Pausa para análise de texto (p. 41-51). Atividade prática muito importante para consolidar o conhecimento sobre o assunto.
Assista aos seguintes vídeos:
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=mmJmZ8Xg_TY
					E
		 http://www.youtube.com/watch?v=MRpKi9BaL18
Eles apresentam, de uma forma bastante didática, os conceitos de coesão e coerência textuais 
REFERÊNCIAS
ANTUNES, Irandé. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola, 2009
FÁVERO, Leonor Lopes. Coesão e coerência textuais. São Paulo: Ática, 2002.
FÁVERO, L. L. Coesão recorrencial. In: ________ Coesão e coerência textuais. 11. Ed. São Paulo: Ática, 2009 (Série Princípios).
GUIMARÃES, Thelma de Carvalho. Comunicação e linguagem. São Paulo: Pearson, 2011.
KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. A coesão textual. 21ª ed. São Paulo: Contexto, 2008.
MARCUSCHI, Luiz Antonio. Linguística de texto: que é e como se faz? Recife,UFPE, 1983.

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