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Fisiologia Hormonal Feminina

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FISIOLOGIA FEMININA
Ao ser gerado o ser humano é indiferenciado sexualmente até a décima semana, após inicia-se a diferenciação anatômica entre masculino e feminino. 
Do nascimento até 8 ou 9 anos é apenas a estrutura anatômica e social que diferencia o menino da menina.
Com o amadurecimento do SNC a menina inicia modificações importantes nos HORMÔNIOS sexuais.
Este amadurecimento é lento e gradual.
Inicia-se a produção hormonal e processam-se alterações psíquicas (interesse), fazendo com que se modifique o corpo e o comportamento da menina.
Ocorrem então a:
TELARCA – Entre 9 – 11 anos – Aparecimento do botão mamário e seu futuro desenvolvimento.
PUBARCA – Normalmente após a telarca – é o crescimento dos pêlos pubianos pela ação dos hormônios andróginos.
ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO – 
Entre 11 – 12 anos, normalmente no ano em que se inicia a :
MENARCA – Primeira menstruação – 
O Estrogênio produzido nos OVÁRIOS atua sobre o hormônio do crescimento:
Níveis baixos de estrogênio estimulam a secreção do hormônio do crescimento e níveis altos de estrogênio inibem o hormônio do crescimento. 
ADOLESCÊNCIA
A adolescência é uma fase delicada, de transição e adaptação do ser humano. È um período de insegurança, mas também de entusiasmo e envolvimento.
 	Dá-se o nome de puberdade às transformações biológicas, e chama-se adolescência o conjunto de transformações psicológicas, físicas e sociais desse período.
Puberdade é a primeira fase da adolescência, quando surgem os primeiros sinais do processo de maturação sexual: desenvolvimento mamário (telarca), pêlos pubianos (pubarca) e menarca (primeira menstruação). 
A adolescência é mais que um fato biológico. Podemos dizer que ela tem um início biológico e uma resolução psico-sócio-cultural. 
Esta resolução pode ser caracterizada pela separação e independência dos pais, estabelecimento de identidade sexual, aceitação do trabalho, elaboração de um sistema de valores éticos, capacidade de manter relações duradouras e retorno aos pais numa relação fundamentada com igualdade relativa”.
Na puberdade se dá o aumento do peso, a distribuição da gordura e a modificação da voz.
Nos órgãos sexuais há o aumento do volume dos ovários, trompas e útero. 
Na vagina há intensa proliferação e diferenciação de células. 
A vulva até então exposta, é recoberta pelos grandes e pequenos lábios, desenvolvem-se o clitóris e as glândulas de Barthollin (lubrificantes).
A menarca não significa maturidade sexual, esta acontece apenas com a maturidade do eixo hipotálamo - hipófise – ovário.
A maturação sexual irá ocorrer por volta dos 10 a 12 anos de idade, na época conhecida como puberdade. 
O primeiro acontecimento desta época é a ativação do sistema hormonal feminino. 
Os principais responsáveis pelas modificações que ocorrem nesta fase são os hormônios, que são substâncias químicas liberadas na corrente sangüínea por determinadas glândulas ou tecidos. 
Atuam não só sobre os órgãos reprodutores, mas também sobre o cérebro.
Estes hormônios vão estimular o crescimento e a maturação dos órgãos do aparelho reprodutor e funcionamento ovariano.
Figura 1:Estimulação da função ovariana
Fonte: Guyton (2002)
Na puberdade, os ovários começam a ficar ativos, pois é a época onde há a estimulação dos hormônios gonadotrópicos. 
Essa estimulação irá causar alterações do ciclo ovariano, devido ao aumento e diminuição do FSH e LH, o que ocorre mensalmente no ciclo sexual feminino. 
 	Há um estímulo para a produção dos hormônios sexuais, ou seja, a testosterona nos meninos e o estrogênio e progesterona nas meninas.
Nas meninas, os hormônios também são responsáveis por uma maior erotização sexual, pela lubrificação vaginal e pela capacidade de reprodução.
Nos meninos ocorre o crescimento dos testículos, aparecimento dos pêlos pubianos, aumento do pênis, mudanças de voz, ejaculações, pêlos axilares, aparecimento de barba. 
Os hormônios também são responsáveis pela produção de espermatozóides, pelo aumento de impulso sexual, pelo aumento da agressividade, do crescimento em altura, da força física, e pela capacidade de reprodução.
Os adolescentes passam por várias transformações nesta fase, mas o que mais importuna são as modificações físicas, preocupam-se muito se o colega vai ser mais alto, mais baixo, se ele não está muito alto para a sua idade. 
O crescimento é repentino e acelerado.
Nas meninas, o crescimento em altura cessa geralmente dois anos após a menarca, devido o fechamento das epífises ósseas sob a ação do estrogênio. 
O Ciclo Menstrual depende da ação e retroação de dois hormônios:
O hipotálamo sintetiza e libera o Hormônio liberador de Gonadotrofinas (GnRH) que atua sobre a hipófise, sob a ação do GnRH a hipófise libera dois hormônios em épocas distintas do ciclo, que são 
Hormônio Folículo Estimulante (FSH)
Hormônio Luteinizante (LH).
Hormônio Folículo Estimulante - FSH
O FSH é responsável primariamente pela regulação dos processos relacionados ao desenvolvimento das células germinativas nas gônadas. É também responsável pelo crescimento do folículo ovariano.
Age sobre os ovócitos primários que estão no ovário, transformando e amadurecendo. 
Hormônio Luteinizante - LH
O LH age sobre as células dos testículos e ovários para regular as concentrações local e periférica dos hormônios esteróides gonadais.
No ovário, o LH também age sobre o folículo pré-ovulatório promovendo sua ruptura e liberação do óvulo. ( OVULAÇÃO)
CICLO MENSTRUAL
No nascimento estão presentes cerca de 750.000 folículos primários nos dois ovários, este número diminui rapidamente e na puberdade existem apenas 400.000, destes amadurecem cerca de 450 e os demais se degeneram.) 
O folículo de Graaf é formado por um ovócito circundado por duas camadas, uma Teca interna que é granulosa e uma externa chamada Teca externa.
No primeiro período do ciclo, o FSH age sobre o ovário transformando e amadurecendo o folículo. 
 
Na metade do ciclo a Teca se rompe e o óvulo é expulso com parte da camada granulosa e do estrogênio para as trompas de Falópio.
Ao amadurecer o corpo lúteo chega a medir de 1 a 3 cm ocupando 1/3 do ovário e produz progesterona em grande quantidade e Estrogênio em pequena quantidade.
A nível sangüíneo existe um aumento de progesterona que retroage sobre a Hipófise inibindo a secreção de LH. 
 Em torno do 23( dia do ciclo o corpo lúteo começa a regredir até desaparecer no final do ciclo. 
Os dois hormônios ovarianos, o estrogênio e a progesterona, são responsáveis pelo desenvolvimento sexual da mulher e pelo ciclo menstrual. 
Esses hormônios, como os hormônios adrenocorticais e o hormônio masculino testosterona, são ambos compostos esteróides, formados, principalmente, de um lipídio, o colesterol. 
Os estrogênios são, realmente, vários hormônios diferentes chamados estradiol, estriol e estrona, mas que têm funções idênticas e estruturas químicas muito semelhantes. Por esse motivo, são considerados juntos, como um único hormônio.
Funções do Estrogênio:
Em resumo, todas as características que distinguem a mulher do homem são devido ao estrogênio e a razão básica para o desenvolvimento dessas características é o estímulo à proliferação dos elementos celulares em certas regiões do corpo.
O estrogênio também estimula o crescimento de todos os ossos logo após a puberdade, mas promove rápida calcificação óssea, fazendo com que as partes dos ossos que crescem se "extingam" dentro de poucos anos, de forma que o crescimento, então, pára. 
A mulher, nessa fase, cresce mais rapidamente que o homem, mas pára após os primeiros anos da puberdade; já o homem tem um crescimento menos rápido, porém mais prolongado, de modo que ele assume uma estaturamaior que a da mulher, e, nesse ponto, também se diferenciam os dois sexos.
O estrogênio tem, efeitos muito importantes no revestimento interno do útero, o endométrio, no ciclo menstrual.
Funções da Progesterona: 
A progesterona tem pouco a ver com o desenvolvimento dos caracteres sexuais femininos; está principalmente relacionada com:
 
A progesterona aumenta o grau da atividade secretória das glândulas mamárias e, também, das células que revestem a parede uterina.
Acentuando o espessamento do endométrio e fazendo com que ele seja intensamente invadido por vasos sangüíneos, determina, ainda, o surgimento de numerosas glândulas produtoras de glicogênio. 
Finalmente, a progesterona inibe as contrações do útero e impede a expulsão do embrião que se está implantando ou do feto em desenvolvimento.
PROLACTINA.
Sua principal função é atuar nas glândulas mamárias simultaneamente com outros hormônios, promovendo a lactogênese e possivelmente a lactopoiese. 
PROSTAGLANDINAS (PG)
 
 A produção de PG se mantém em níveis baixos durante a fase folicular e no inicio da fase lútea, aumentando agudamente e atingindo seus níveis elevados pouco antes ou durante a menstruação, 
 “Na mulher, as PG atuam em diversos momentos fisiológicos do ciclo menstrual e reprodutivo como a onda de LH pré-ovulatória, a ruptura e liberação folicular, a luteólise, a contração da musculatura da trompa de falópio para o transporte do óvulo, a nidação do embrião, além de outros efeitos sobre o desenvolvimento embrionário e fetal”.
 (Motta 2000, p. 372, Freitas2001, Carvalho1998).
RETROAÇÃO HORMONAL OU FEEDBACK
A hipófise anterior eleva bruscamente a produção de LH na véspera da ovulação, sendo este um fator para a ocorrência da ovulação. O estrogênio em pequena quantidade e a progesterona em grande quantidade inibem a produção de FSH e LH. Esse efeito de retroação parece agir principalmente através da ação destes hormônios sobre o hipotálamo.
FEEDBACK NEGATIVO – O estrogênio e a progesterona (produzidos pelo corpo lúteo) em altas concentrações agem sobre o hipotálamo inibindo a secreção das gonadotrofinas de FSH e LH.
Poucos dias antes da menstruação o corpo lúteo regride, diminuindo a produção de estrogênio e progesterona, liberando o hipotálamo do feedback, aumentando novamente a secreção das gonadotrofinas FSH e LH levando a novo crescimento folicular.
FEEDBACK POSITIVO – É assim chamado porque a adeno-hipófise secreta grande quantidade de LH imediatamente antes da ovulação, mais ou menos no décimo primeiro ou décimo segundo dia do ciclo, isto ocorre para que o óvulo possa ser expulso e se inicie a formação do corpo lúteo.
MENSTRUAÇÃO
A menstruação é o epílogo de uma série de eventos endócrinos dinâmicos e interdependentes do sistema hipotálamo - hipófise – ovário, que prepara o corpo feminino para o coito e a gravidez.
Histológicamente o endométrio tem três camadas:
CAMADA BASAL OU PROFUNDA – Abrange os fundo de saco glandulares, não responde aos estímulos dos hormônios ovarianos, e não é eliminada na menstruação, garantindo a renovação do endométrio. Nela ficam as artérias retas ou basais que mantém o aporte sangüíneo constante impedindo a necrose menstrual.
CAMADA MÉDIA OU ESPONJOSA – Ocupa a maior parte do endométrio e reage intensamente aos estímulos dos hormônios ovarianos. Descama na menstruação.
CAMADA COMPACTA OU SUPERFICIAL – Nela ficam o colo das glândulas e o epitélio superficial. Descama na menstruação. 
As duas últimas camadas são nutridas pelas artérias espiraladas, que na fase de proliferação, crescem numa proporção maior do que o endométrio, fazendo com que se contorçam. 
À medida que avança a fase secretora, sob a ação da progesterona, elas aumentam o seu comprimento de dez a quinze vezes, se enchem de sangue e são chamadas de “lagos venosos”.
No 27( dia do ciclo há a queda dos estrógenos e da progesterona em conseqüência á regressão do corpo lúteo.
No útero há a reabsorção do edema, ocasionando uma dificuldade circulatória nas artérias espiraladas, esta isquemia desencadeia uma série de respostas metabólicas, ocasionando o desmoronamento e descamação da camada funcional do endométrio.
Durante a menstruação normal são perdidos cerca de 35 ml de sangue e de líquidos serosos. O líquido menstrual geralmente não coagula, devido a uma substância chamada fibrolisina, mas se há um excesso de sangramento aparecem coágulos, o que indica patologia uterina.
 	
Durante a menstruação são liberados grandes quantidades de leucócitos, o que explica porque o útero é resistente á infecções durante a menstruação.
	
NO ÚTERO:
São identificadas três diferentes fases endometriais durante o ciclo menstrual, sendo cada uma delas correspondente a uma fase do ciclo ovariano. 
FASE PROLIFERATIVA 
 
 4O. dia- REGENERAÇÃO DO ENDOMÉTRIO ( ação do estrogênio)
proliferação celular no endométrio à partir da camada basal
proliferação das glândulas endometriais
distensão das artérias espiraladas
FASE SECRETORA
 
 - 14O dia- ação da progesterona
deposição de glicogênio no miométrio
artérias espiraladas tornam-se mais tortuosas formando lagos venosos
espessamento do endométrio que atinge até 9mm no 22o. dia
 27o dia devido a regressão do Corpo Lúteo, há queda no nível de progesterona há diminuição da espessura do endométrio o que causa dificuldade circulatória, isquemia e necrose tecidual, causando o desmoronamento do endométrio, se não houve fecundação.
NO OVÁRIO:
1. FASE FOLICULAR
desenvolvimento do folículo primário em folículo de Graaf
grande produção de estrogênio
 2. FASE LUTEÍNICA
desenvolvimento do Corpo Lúteo
grande produção de progesterona
 O estrogênio é também responsável pelo fechamento das 
 epífises distais dos ossos longos o que leva a diminuição
 do crescimento até +- 2 anos após a menarca.
No início da puberdade, uma área do cérebro, chamada hipotálamo, envia uma mensagem para a hipófise, (glândula situada no cérebro). 
A hipófise começa a produzir dois hormônios:
LH (hormônio luteinizante); 
FSH (hormônio folículo-estimulante). 
O folículo aumenta de tamanho e migra para a superfície do ovário, em seu interior o ovócito amadurece e se transforma em óvulo, neste meio tempo na camada granulosa se inicia uma coleção de líquido rico em estrogênio.
A nível sangüíneo nesta fase existe um aumento do estrogênio, e quando este chega ao seu pico, ele retroage sobre a hipófise que inibe a secreção do FSH e inicia a secreção do LH.
No segundo período do ciclo sob a ação do LH no ovário,
no lugar do folículo que se rompeu as células da Teca se organizam e se vascularizam, enchendo a Teca de uma massa contendo lipídios e fosfatase alcalina chamada 
	 CORPO LÚTEO. 
O estrogênio induz as células de muitos locais do organismo, a proliferar, isto é, a aumentar em número. 
Por exemplo, a musculatura lisa do útero, aumenta tanto que o órgão, após a puberdade, chega a duplicar ou, mesmo, a triplicar de tamanho. 
O estrogênio também provoca o aumento da vagina e o desenvolvimento dos lábios que acircundam.
 Faz o púbis se cobrir de pêlos, os quadris se alargarem e os ossos da bacia (estreito pélvico) assumir a forma ovóide, em vez de afunilada como no homem;
Provoca o desenvolvimento das mamas e a proliferação dos seus elementos glandulares, e, finalmente, leva o tecido adiposo a concentrar-se, na mulher, em áreas como os quadris e coxas, dando-lhes o arredondamento típico do sexo. 
a preparação do útero para a nidação do embrião e à preparação das mamas para a amamentação.

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