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Integração 4. Integração 4.1 Diferenciais, primitivas e integrais indefinidas 4.2 Técnicas de integração - Integrais Indefinidas Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 2 Diferenciais (seção 3.10, p.243) Na notação de Leibniz, a estrutura 𝑑𝑦 𝑑𝑥 não se trata de uma razão, mas sim a representação da derivada de 𝑦 em relação a 𝑥. Por outro lado, 𝑑𝑥 e 𝑑𝑦 podem representar duas novas variáveis com a propriedade de que, caso a razão exista, ela será igual à derivada, assim como anunciado na definição abaixo: Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 3 Se 𝑑𝑥 ≠ 0, então o quociente da diferencial 𝑑𝑦 pela diferencial 𝑑𝑥 é igual à derivada 𝑓’(𝑥), pois ou como o diferencial de 𝒇, EXEMPLO Se 𝑓 𝑥 = 3𝑥2 − 6, então Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 4 Fórmulas de diferenciação Toda fórmula de diferenciação do tipo ou tem uma forma diferencial do tipo ou EXEMPLO A regra da cadeia e outras regra de derivação podem ser usadas para determinar diferenciais. Determine as diferenciais abaixo: ( ) Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 5 Teorema do valor médio • Geometricamente, o teorema do valor médio diz que, em algum lugar entre a e b, a curva apresenta pelo menos uma tangente paralela à corda AB. Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 6 EXEMPLO Se 𝑓 𝑥 = 𝑥2 é contínua em [0,2] e derivável no intervalo (0,2), encontre o valor da coordenada 𝑥 = 𝑐 no intervalo (0,2) tal que o gráfico 𝑓(𝑥) apresenta uma tangente paralela à corda formada entre 𝑥 = 0 e 𝑥 = 2 . SOLUÇÃO Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 7 SOLUÇÃO Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 8 Consequências matemáticas • O primeiro corolário do teorema do valor médio fornece a resposta: somente funções constantes possuem derivadas zero. • O corolário a seguir demonstra que seus valores no intervalo têm uma diferença constante. Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 9 Prova do corolário 2 Se 𝑓′ 𝑥 = 𝑔′ 𝑥 em cada ponto 𝑥 ∈ (𝑎, 𝑏), temos que ′ 𝑥 = 𝑓′ 𝑥 − 𝑔′ 𝑥 = 0. Assim, 𝑥 = 𝐶 em (𝑎, 𝑏), de acordo com o corolário 1. Isto é, como 𝑓 𝑥 − 𝑔 𝑥 = 𝐶 em (𝑎, 𝑏), então 𝑓 𝑥 = 𝑔 𝑥 + 𝐶. 𝑓′ 𝑥 − 𝑔′ 𝑥 = 0 que é derivada da função diferença = 𝑓 − 𝑔, isto é, Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 10 EXEMPLO Determine a função 𝑓(𝑥) cuja derivada é 𝑠𝑒𝑛 𝑥 e cujo gráfico passa pelo ponto (0,2) . SOLUÇÃO Temos que, por exemplo, a função 𝑔 𝑥 = −cos 𝑥 = 𝑓′ 𝑥 . Desse modo, podemos escrever 𝑓(𝑥) como 𝑓 𝑥 = −cos 𝑥 + 𝐶𝑡𝑒 . Como o gráfico de 𝑓(𝑥) passa por (0,2), temos que 𝑓 0 = −cos 0 + 𝐶𝑡𝑒 2 = −1 + 𝐶𝑡𝑒 𝑪𝒕𝒆 = 𝟑 Portanto, 𝑓 𝑥 = −cos 𝑥 + 3 . Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 11 𝑓 𝑥 = −cos 𝑥 + 3 𝑔 𝑥 = −cos 𝑥 𝑓′(𝑥) = 𝑔′ 𝑥 Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 12 Determinação de primitivas Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 13 Determinação de primitivas Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 14 EXEMPLO Determine uma primitiva de 𝑓 𝑥 = 3𝑥2 que satisfaça 𝐹(1) = −1 . SOLUÇÃO Como a derivada de 𝑥3 é 3𝑥2, a primitiva geral 𝐹 𝑥 = 𝑥3 + 𝐶 fornece todas as primitivas de 𝑓(𝑥). A constante 𝐶 é encontrada a partir da condição 𝐹(1) = −1 : 𝐹 1 = 13 + 𝐶 = 1 + 𝐶 ⇒ −1 = 1 + 𝐶 ⇒ 𝐶 = −2 Logo, a primitiva que satisfaz a condição 𝐹(1) = −1 é : 𝐹 𝑥 = 𝑥3 − 2 Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 15 Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 16 • Fórmulas de primitivas, sendo 𝑘 uma constante diferente de zero. Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 17 • Fórmulas de primitivas, sendo 𝑘 uma constante diferente de zero. Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 18 EXEMPLOS Determine a primitiva geral de cada uma das seguintes funções. Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 19 Determinação de primitivas • Regras de linearidade para primitivas Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 20 EXEMPLO Determine a primitiva geral da função 𝑓 𝑥 = 3 𝑥 + 𝑠𝑒𝑛 2𝑥 . SOLUÇÃO Fazendo 𝑔 𝑥 = 1 𝑥 e 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛 2𝑥, temos que 𝑓 𝑥 = 3𝑔(𝑥) + (𝑥) . Desse modo, temos que 𝐺 𝑥 = 2 𝑥+𝐶1 é primitiva de 𝑔 𝑥 ; 𝐻 𝑥 = − 1 2 cos 2𝑥+𝐶2é primitiva de 𝑥 . e portanto, 𝐹 𝑥 = 3𝐺 𝑥 + 𝐻 𝑥 + 𝐶3 𝐹 𝑥 = 3(2 𝑥+𝐶1) − 1 2 cos 2𝑥 +𝐶2 + 𝐶3 𝐹 𝑥 = 6 𝑥+3𝐶1 − 1 2 cos 2𝑥 +𝐶2 + 𝐶3 = 6 𝑥 − 1 2 cos 2𝑥 + 𝐶 onde 𝐶 = 3𝐶1 + 𝐶2 + 𝐶3 . Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 21 Integrais indefinidas Após o sinal da integral na notação que acabamos de definir, a função integrada é sempre seguida por uma diferencial para indicar a variável de integração. 𝑑𝑦 = 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 → 𝑦 = 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑥 = 𝑓 𝑥 → 𝑑𝑦 = 𝑓 𝑥 𝑑𝑥 Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 22 EXEMPLO Calcule 𝑥2 − 2𝑥 + 5 𝑑𝑥 . onde 𝐶 = 𝐶1 − 2𝐶2 + 5𝐶3 . SOLUÇÃO Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 23 EXEMPLO Calcule 𝑥2 − 2𝑥 + 5 𝑑𝑥 . SOLUÇÃO É recomendada que se vá direto à forma final Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 24 Uso da regra da potenciação e da regra da cadeia • Se u é uma função derivável de x e n é qualquer número diferente de –1, a regra da cadeia nos diz que Técnicas de integração para Integrais Indefinidas (Thomas,Seção 5.5) Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 25 Uso inverso da regra da cadeia • Sob outro ponto de vista, essa mesma equação diz que un+1/(n + 1) é uma das primitivas da função un(du/dx). Portanto, • Essa integral é igual à integral mais simples • Tal como acontece com diferenciais, ao calcular integrais temos Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 26 EXEMPLOS Determine a primitiva geral de cada uma das seguintes funções. Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 27 Técnicas de integração Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 28 Substituição Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 29 Substituição EXEMPLO Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 30 Substituição EXEMPLO Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 31 Substituição EXEMPLO Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 32 Substituição EXEMPLO Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 33 Substituição EXEMPLO Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 34 SubstituiçãoEXEMPLO seção 5.5 , Thomas cos (3𝑧 + 4)𝑑𝑧 4𝑦 2𝑦2 + 1 𝑑𝑦 1 5𝑥 + 8 𝑑𝑥 𝑥 1 3𝑠𝑒𝑛(𝑥 4 3 − 8)𝑑𝑥 cos 𝜃 𝜃𝑠𝑒𝑛2 𝜃 𝑑𝜃 cos 𝑥 𝑒𝑠𝑒𝑛 𝑥𝑑𝑥 ln 𝑡 𝑡 𝑑𝑡 Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 35 Substituição de 𝒔𝒆𝒏𝟐𝒙 e 𝒄𝒐𝒔𝟐𝒙 𝑠𝑒𝑛(2𝜃)𝑒𝑠𝑒𝑛 2𝜃𝑑𝜃 1 𝑥2 𝑐𝑜𝑠2 1 𝑥 𝑑𝑥 Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 36 Técnicas de integração seção 8.1 - Thomas Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 37 Técnicas de Integração - Completando os Quadrados = 𝑑𝑥 4 1 − 𝑥 − 4 4 2 Se , então 𝑑𝑢 1 − 𝑢2 = 𝑠𝑒𝑛−1𝑢 + 𝐶 . 𝑑𝑥 4 1 − 𝑥 − 4 4 2 = 4𝑑𝑢 4 1 − 𝑢2 = 𝑠𝑒𝑛−1 𝑢 + 𝐶 = 𝑠𝑒𝑛−1 𝑥 − 4 4 + 𝐶 𝐹𝑎𝑧𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑢 = 𝑥 − 4 4 , de modo que d𝑥 = 4du , temos Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 38 𝑡𝑔2𝑥 = 𝑠𝑒𝑐2𝑥 − 1 Técnica de integração Identidade trigonométrica Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 39 Técnica de integração Eliminando uma raiz Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 40 Técnica de integração Reduzindo uma Fração imprópria Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 41 Técnica de integração Separação de frações Continua Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 42 Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 43 Técnica de integração Multiplicação por forma unitária Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 44 Técnica de integração Integração por partes seção 8.2, Thomas Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 45 Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 46 Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 47 Integração por partes - Exemplo 2 Integral do logaritmo natural Logo, Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 48 Integração por partes - Exemplo 3 A integral à direita é resolvida utilizando o método novamente com e Fazendo e Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 49 Integração de funções racionais por frações parciais Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 50 Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 51 Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 52 Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 53 Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 54 Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 55 Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 56 Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 57 Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 58 Descrição geral do método • O sucesso ao escrever uma função racional ƒ(x)/g(x) como a soma de frações parciais depende de duas coisas: 1. O grau de ƒ(x) deve ser menor do que o grau de g(x). 2. Devemos conhecer os fatores de g(x). Método de frações parciais (ƒ(x)/g(x) próprias) 1. Seja 𝑥 – 𝑟 um fator linear de 𝑔(𝑥). Suponha que (𝑥 – 𝑟)𝑚 seja a maior potência de 𝑥 – 𝑟 que divide 𝑔(𝑥). Então, associe a esse fator a soma de 𝑚 frações parciais: Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 59 Método de frações parciais (ƒ(x)/g(x) próprias) 2. Suponha que (x2 + px + q)n seja a maior potência desse fator que divide g(x). Então, atribua a esse fator a soma de n frações parciais: Escola de Ciências e Tecnologia ECT1113 - Cálculo I 2014.3 60 Método de frações parciais (ƒ(x)/g(x) próprias) 3. Iguale a fração original ƒ(x)/g(x) à soma de todas essas frações parciais. Elimine as frações da equação resultante e organize os termos em potências decrescentes de x. 4. Iguale os coeficientes das potências correspondentes de x e resolva o sistema de equações obtido desse modo para calcular os coeficientes indeterminados.
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