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Curso de Teoria do Crime 4 TV Justiça

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Curso de Teoria do Crime - Aula 4, vídeo 1 
3° Elemento do Crime - CULPABILIDADE 
Última aula foram estudadas o segundo elemento do crime do crime que é a Ilicitude, 
nas duas primeiras aulas fato típico, conduta e resultado, 2° aula o nexo causal e a tipicidade 
já na 3° aula já encerrada o fato típico, estudado a Ilicitude, os elementos da Ilicitude e as 
excludentes da ilicitude. 
Ilicitude é a contradição entre a conduta praticada e o ordenamento jurídico. Todo fato 
típico em princípio é ilícito, a não ser que ocorra as causas excludentes da Ilicitude (conhecido 
como descriminantes, justificantes, justificativa ou causa de justificação), que são: estado de 
necessidade art. 24, legítima defesa art. 25, estrito cumprimento de dever legal e exercício 
regular de direito que não estão na Lei, mas na doutrina. 
As elementares objetivos do estado de necessidade são: Situação de perigo atual, 
ameaça de direito próprio ou alheio, situação não causada voluntariamente pelo agente, 
inexistência do dever legal de afastar o perigo, inevitabilidade do comportamento lesivo e 
inexigibilidade de sacrifício do interesse do ameaçado (Inevitabilidade do comportamento e a 
razoabilidade do sacrifício). As 2 Teoria adotadas para o Estado de Necessidade: A Teoria 
Unitária adotada pelo CP (Todo estado de necessidade é justificante (exclui a Ilicitude) e a Teoria 
Diferenciadora, adotada pelo código militar, ora o estado de necessidade será justificante 
(exclui a Ilicitude) ora será exculpante (exclui a culpa). 
As elementares objetivas da legítima defesa: Agressão injusta, atual e iminente, direito 
próprio e de terceiro (quando o bem for indisponível, a vida), uso de meios necessário e 
moderação no uso dos meios necessários. 
As elementares objetiva do estrito conhecimento legal: só pode atuar agente público 
e os particulares que exerçam função pública. 
As elementares no exercício regular de direito, somente os particulares de uma 
maneira geral, os policiais, carcereiros.... 
Excessos exculpantes da Ilicitude: excesso doloso (com intensificação com dolo e 
intenção), excesso culposo (excede por imprudência, negligência e imperícia), excesso acidental 
(excede por causa fortuita ou força maior), excesso exculpante que é um caso inexigibilidade 
(não é exigível uma conduta) de conduta diversa que é coação moral irresistível e obediência 
hierárquica (excesso exculpante, exclui a culpa, excede por medo, pavor). 
 
 
Causas supralegal da Ilicitude – O consentimento do ofendido. E causas legais: a 
legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular 
de direito. 
Elementos objetivos do Consentimento do ofendido – deve ser consentido sem vício, 
sem fraude e sem coação, deve ser explícito ou implícito, ter capacidade de consentir, o bem 
precisa ser disponível e o consentimento tem que ser durante a prática do agente. 
Os elementos subjetivos do dessas excludentes é o conhecimento da situação. 
 
Culpabilidade 
2 - Culpabilidade com seus elementos e suas excludentes 
 
Conforme a corrente da doutrina na posição majoritária a culpabilidade é um elemento 
do crime. 
Conforme a corrente minoritária que filia ao professor Damásio de Jesus, a culpabilidade 
NÃO faz parte do crime. Para quem não entende que culpabilidade faz parte do crime diria que 
culpabilidade é um pressuposto de aplicação de pena. 
Para as pessoas que entendem que a culpabilidade faz parte do crime, a Culpabilidade 
é juízo de reprovação social, incidente sobre o autor e o fato. 
Só quem tem culpabilidade pode ser sujeito a uma pena se cometer um fato típico e 
ilícito. 
Teorias da Culpabilidade 
 Antes da adoção da Teoria Finalista da Ação na conduta era adotada a Teoria 
Naturalista ou Causal. 
Na Teoria Naturalista ou Causal, a conduta era mera causação da teoria finalista da 
ação na conduta, era dotada a Teoria Naturalista ou Causal 
Na Teoria Naturalista ou Causal, a conduta era mera causação de um resultado, ou seja, 
bastasse que um resultado fosse causado pela conduta. Na época Teoria Naturalista Causal, 
não era necessário que na conduta houvesse o dolo e a culpa, porque o dolo e a culpa estavam 
dentro da culpabilidade, então eu dizia, na teoria Naturalista ou Causal, dolo e culpa não estão 
 
 
na conduta; Dolo e culpa estão na culpabilidade. Dolo e culpa não estão na cabeça do réu; Dolo 
e culpa está na cabeça do Juiz. 
 
Depois evolui para Teoria Finalista da Ação, quando dolo e culpa migraram da 
culpabilidade para a conduta. Nesta época onde o dolo e a culpa eram elementos da 
culpabilidade, que é Teoria Naturalista Causal da Ação, eu dito que a Teoria adotada para a 
Culpabilidade é chamada de Teoria Psicológica. 
 
Essa Teoria Psicológica que é uma Teoria Contemporânea Naturalista ou Causal, teoria 
esta da Culpabilidade, diz que são elementos da Culpabilidade: 
- A Imputabilidade + dolo + culpa. 
Com a evolução do tempo começou a questionar-se o porquê dentro da conduta tenho 
o dolo e a culpa. 
 O dolo é um elemento psicológico. 
Por que psicológico? 
Porque DOLO é intenção. 
 Culpa é um elemento normativa da conduta. 
Por que normativo? 
A culpa está em uma norma. 
Todo crime em regra é DOLOSO, excepcionalmente será culposo. Quando será culposo? 
Quando houver previsão na Lei. 
Na época em que foi adotado a Teoria Psicológica como é que o elemento normativo 
que é culpa pode ser elemento de uma Teoria psicológica? 
Dolo Culpa Culpabilidade
Dolo
Culpa
Conduta
 
 
Então ainda questionaram nos casos de coação moral irresistível e obediência 
hierárquica, muito embora haja dolo e culpa, o agente não responde pelo crime, por quê? 
Então a teoria psicológica evolui e surgiu a Teoria Psicológica Normativa ou Normativa 
da Culpabilidade. 
 
 
São elementos da culpabilidade na Teoria Psicológica: 
- A Imputabilidade + dolo + culpa 
 
 
 
Quando a Teoria Psicológica passou a ser chamada Teoria Psicológica Normativa eram 
elementos da Culpabilidade? 
Imputabilidade + dolo e a culpa + exigibilidade de conduta diversa. 
 
 
Elementos da 
Culpabilidade Teoria 
Psicológica
Imputabilidade
Dolo
Culpa
Elementos da Culpabilidade
Teoria Psicológica Normativa
Imputabilidade
dolo
Culpa
Exigibilidade 
de conduta 
diversa
 
 
Este é o panorama da Teoria Naturalista Causal da Ação. 
Da Teoria Psicológica Evolui para Teoria Psicológica Normativa, sendo que o dolo e a 
culpa estão dentro da culpabilidade. 
Este dolo que está dentro da culpabilidade ele é chamado pela doutrina de Dolo 
Normativo. 
O que é um DOLO normativo? 
É o dolo que tem como elementos não só a consciência e a vontade, mas tem mais um 
elemento, a consciência da Ilicitude. 
Conforme aula anterior foi definido dolo, composto por 2 elementos: Consciência e 
Vontade. 
 
Quando o dolo era elemento da culpabilidade ele tinha como elemento a consciência, 
a vontade, mais um elemento: - A consciência da Ilicitude! 
 
 
O panorama na época da Teoria Naturalista ou Causal da ação era que: 
Na Teoria da Culpabilidade passa para Teoria Psicológica, tendo o dolo e a culpa mais 
a imputabilidade 
Para a Teoria Psicológica Normativa ou simplesmente Normativa, onde continuam 
sendo os elementos da culpabilidade a Imputabilidade + dolo e a culpa, que agregam um outro 
elemento que é exigibilidade de conduta diversa. 
 
Conciência Vontade DOLO
Conciência Vontade
Conciência 
da Ilicitude
Dolo 
(culpabilidade)
 
 
 
 
 
Em 1920 surge a Teoria Finalista da ação com Hans Velzel. O dolo e a culpa, sai da 
culpabilidade e vão para a conduta, só que o dolo quandovai embora da culpabilidade ele leva 
os dois elementos. A CONSCIÊNCIA e a VONTADE, e ele abandona consciência da Ilicitude. 
 
 
Nesta época quando surge a Teoria Finalista da Ação, surge uma outra teoria da 
Culpabilidade. 
Qual a teoria da culpabilidade que surge? 
TEORIA NORMATIVA PURA DA CULPABILIDADE. 
São elementos da culpabilidade: 
a) Imputabilidade; 
b) A exigibilidade de conduta diversa; 
c) Potencial Consciência da Ilicitude. 
Relembrando Teorias da Culpabilidade: 
1°) Psicológica (Imputabilidade + dolo + culpa) 
2°) Psicológica Normativa ou somente Normativa (Imputabilidade + dolo e culpa + 
exigibilidade da conduta diversa) 
3°) Teoria Normativa Pura (esta é a teoria adotada pelo direito Penal contemporânea 
ao finalismo) 
 
Elementos da 
Culpabilidade
Teoria Psicológica 
Normativa
Imputabilidade
Dolo Culpa
Exigibilidade de 
Conduta Diversa
Conduta é toda a ação ou omissão, consciente e voluntária, dolosa ou culposa dirigida a 
uma finalidade. 
 
 
Para a Teoria Normativa Pura, são os 3 elementos da Culpabilidade: 
a) Imputabilidade; 
b) Exigibilidade da Conduta Diversa; 
c) Potencial consciência da Ilicitude. 
 
 
Estudamos: 
 Os elementos da Culpabilidade (Imputabilidade, Exigibilidade de Conduta 
Diversa e Potencial Consciência da Ilicitude), bem como também as excludentes 
da culpabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elementos da 
Culpabilidade
(Teoria Normativa Pura)
Imputabilidade
Exigibilidade de 
Conduta 
Diversa
Potencial 
Conciência da 
Ilicitude
As excludentes de culpabilidade, também denominadas de dirimentes ou 
eximentes, são três: 
a) causas que excluem a imputabilidade (são quatro: a) doença mental; b) 
desenvolvimento mental incompleto; e) desenvolvimento mental retardado; d) 
embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior) 
b) causas que excluem a consciência da ilicitude (estado de necessidade, legítima 
defesa, estrito cumprimento do dever legal ou no exercício regular de direito). 
c) causas que excluem a exigibilidade de conduta diversa (a lei prevê duas 
hipóteses, quais sejam, a coação moral irresistível e a obediência hierárquica) 
As causas excludentes de ilicitude, por sua vez, estão previstas no artigo 23, do 
Código Penal: 
Exclusão de ilicitude 
Art. 23 – Não há crime quando o agente pratica o fato: 
I – Em estado de necessidade; 
II – Em legítima defesa; 
III – Em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. 
 
 
 
 
 As excludentes da culpabilidade, conhecida como dirimentes ou exculpantes. 
Visto os três elementos, a imputabilidade, potencial consciência da Ilicitude e 
exigibilidade de conduta diversa. 
 Vamos estudar os três elementos da culpabilidade em conjunto com a 
excludentes da culpabilidade. 
 Excludentes da Culpabilidade, chama-se de dirimentes, ou exculpantes ou 
causa excludentes da culpabilidade. 
 
 
 
 
 
 
1° Elemento da Culpabilidade é a Imputabilidade 
 
 
 Vamos estudar os elementos e as excludentes dos elementos. Se uma causa 
excluir o elemento, ela vai excluir a culpabilidade como um todo. Se eu tenho 3 partes de um 
todo, se eu excluir uma parte de um todo eu excluo o todo. 
 O 1° excludente da Imputabilidade, vai excluir a culpabilidade como um todo, porque 
excluindo um elemento eu excluo o todo. Que é a: 
 
Imputabilidade 
A Imputabilidade é dado a contrário senso pelo art. 26 caputs, a lei traz a Lei o conceito 
do que é o inimputável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diz a lei que Inimputável: 
É aquele que por doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou retardado, 
era, ao tempo da ação ou omissão inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou 
de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
O que Imputável (capacidade de ENTENDER e QUERER) 
É todo aquele que tem a dupla capacidade. Qual capacidade? 
Se a lei diz que inimputável é aquele incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento, eu tenho que imputável e aquele que tem 
dupla capacidade de entender e de querer, e o caráter lícito do fato e a capacidade de 
determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento 
mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente 
incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Redução de pena 
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em 
virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto 
ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
Menores de dezoito anos 
 
 
 
Portanto eu tenho que: 
Imputável é aquele que tem a plena capacidade de entender e querer. 
Se faltar uma das capacidades ele é inimputável ou se essa capacidade for reduzida 
semi-imputável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por que o Imputável tem que possuir as duas capacidades, de entender e querer? 
Porque o louco por exemplo, não tem a capacidade de entender que o que ele faz é 
errado e ilícito, então ele inimputável. 
 
Agora o dependente químico, ele pode ter a capacidade de entender, mas o que lhe 
falta é a capacidade de querer. Então se uma das duas capacidades ou de entender ou querer 
ficarão prejudicadas. Se ficarem anuladas ele é inimputável, se ficarem reduzidas ele é semi-
imputável. 
 
 Imputável é aquele que tem a plena capacidade de entender e querer. 
Ao imputável ao direito Penal eu darei uma pena se ele praticar um fato 
típico e ilícito 
 Inimputável é aquele que não tem nenhuma das capacidades. 
Ao inimputável eu darei uma medida de segurança se ele praticar um fato 
típico e ilícito, em uma sentença, chamada de Sentença Absolutória Imprópria. 
 Semi-imputável é aquele que uma das duas capacidades é reduzida. 
Ao semi-imputável de acordo com art. 26 parágrafo único eu darei uma 
pena reduzida de 1/3 até 2/3, uma medida de segurança. Isto em um Sistema Penal 
se chama de Sistema Vicariante, ou seja, ao semi-imputável eu dou uma pena ou 
medida de segurança. 
 
 
 
 
 
Quais são as dirimentes ou excludentes da Imputabilidade? 
 
 
Ou seja, quais são as causas que excluem a imputabilidade por consequência excluindo 
a culpabilidade? 
1°) Causa é a Doença Mental 
Doente mental é aquele que por uma razão de anomalia psíquica ou mental não tem 
capacidade de querer e entender. No conceito de doente mental estão os dependentes 
químicos. 
2°) Desenvolvimento Mental Incompleto 
O que é desenvolvimento mental incompleto no Brasil? 
É aquele que ainda não completou ou por razão de idade ou por inadaptação social. 
Ex.: Os menores de 18 anos e os silvícolas inadaptados a civilização, os índios. 
3°) Desenvolvimento Mental Retardado 
É aquele em que a idade cronológica é incompatível com a idade psicológica. As pessoas 
têm uma idade, mas a idade cronológica de 18 anos, mas a idade psicológica e mental é menor. 
Quem tem desenvolvimento retardado no Brasil? 
São os Oligofrênicos, são as pessoas de QI reduzido. São aqueles que segundo a 
medicina legal, os Oligofrênicos é aqueles com QI reduzidos, são espécies de oligofrênicos os: 
a) Débeis mentais; 
b) Imbecis 
Doença Mental Desenvolvimento Mental Incompleto
Desenvolvimentp mental Retardado
Embriaguez completa provenientede caso 
fortuito ou força maior
Dirimentes ou excludentes 
da imputabilidade
 
 
c) Idiotas 
Nesta ordem de QI, débeis mentais, imbecis e idiotas. 
Essas pessoas que tem doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado, são inimputáveis ou semi-imputáveis. Dependendo do grau da redução da 
capacidade. 
 Se a capacidade for totalmente excluída, são inimputáveis. 
 Se a capacidade for reduzida eles são semi-imputáveis. 
 
Critérios para saber sobre a inimputabilidade e imputabilidade: 
No caso do portador de doença mental, desenvolvimento mental incompleto, com 
exclusão do menor de 18 anos e no caso do desenvolvimento mental retardado. Excluindo o 
menor de 18 anos. 
O critério a ser utilizado é o critério Biopsicológico, que é adotado pelos peritos, de uma 
maneira geral. 
Como regra o réu é imputável, ou seja, tem capacidade de discernimento de entender 
o caráter ilícito do fato e a capacidade de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Verificando o magistrado que o réu não possui uma dessas capacidades, ele manda 
instaurar o que se chama incidente de insanidade mental, e daí o réu vai para a perícia e nessa 
perícia o perito vai aferir de acordo com o critério Biopsicológico se ele é imputável, 
inimputável ou semi-imputável. 
Como é esse critério Biopsicológico que não funciona para menores de 18 anos, mas 
para todas as outras pessoas? 
O perito vai analisar o requisito causal, qual o requisito causal? 
Requisito do Critério Biopsicológico: 
1° Requisito Causal – o perito vai ver se o agente é portador de uma doença mental, de 
um desenvolvimento mental incompleto, com exceção do menor de 18 anos, e do 
desenvolvimento mental retardado. Ele vai ver se o réu tem uma causa, doença mental, 
desenvolvimento mental incompleto ou desenvolvimento mental retardado. 
 
 
2° Requisito Consequencial – ou seja, se por consequência da doença mental, 
desenvolvimento mental incompleto ou retardado para verificar se houve a retirada total ou 
parcial da capacidade de entendimento. 
3° Requisito Cronológico – ou seja, ele é portador de doença mental, desenvolvimento 
mental incompleto ou retardado, se isso retirar a capacidade dele de entender ou de querer ao 
tempo da conduta, ou seja, no momento da ação ou omissão. 
Verificado esses três critérios, eu posso dizer se a pessoa é imputável, 
inimputável ou semi-imputável. 
Se ele possui os critérios, se as perguntas aos quesitos forem: 
 Ele tinha a capacidade ao tempo da ação ou omissão de entender ele é 
imputável; 
 Não tendo a capacidade é inimputável ou ele tinha parcial capacidade, ele é 
semi-imputável. 
Esses requisitos são adotados para todas as pessoas para saber se a pessoa é imputável, 
inimputável ou semi-imputável, eu adoto o critério Biopsicológico. 
Ao menor de 18 anos excepcionalmente eu adoto outro critério, o critério Biológico. 
 
Então como regra adota o critério: 
 Biopsicológico para aferir a imputabilidade, inimputabilidade ou semi-
imputabilidade. 
 Com exceção no direito Penal eu adoto o critério Biológico. Esse critério é 
adotado apenas aos menores de 18 anos. 
No que se baseia o critério Biológico? 
Em dois dos três requisitos do Biopsicológico, que é no requisito causal e no 
cronológico. O consequencial eu presumo. 
Curso de Teoria Geral do Crime - Aula 4, vídeo 3 
Para o critério biológico é necessário que o agente seja portador de uma doença mental, 
desenvolvimento mental incompleto ou retardado no momento da conduta. Só isso. 
Então eu preciso de acordo com o sistema Biopsicológico, eu preciso de dois requisito: 
 
 
 O requisito causal; 
 O cronológico. 
 Não preciso do requisito consequencial. 
Eu preciso que ele seja portador de uma doença mental, doença mental incompleto ou 
retardado no momento da conduta e daí presumo a inimputabilidade dele, para que eu faço 
isso no direito brasileiro? 
Só para o menor de 18 anos. 
Então, quanto as pessoas comuns, quanto aos maiores de 18 anos, para saber se é 
imputável, inimputável ou semi-imputável eu adoto o sistema Biopsicológico. 
Para os menores de 18 anos eu adoto o sistema biológico. 
 
Essas são as 3 causas excludentes da Imputabilidade, excluindo também a 
culpabilidade. 
 
O que é embriaguez e quais as suas espécies: 
Embriaguez 
A embriaguez pode ser uma causa da exclusão da imputabilidade também. 
Embriaguez é uma intoxicação aguda e transitória provocada pelo álcool ou por 
substância por efeitos análogos. 
A medicina legal traz as fases da embriaguez: 
 
 Quanto a espécie de embriaguez temos 4 espécies de embriaguez: 
1°) Espécie de embriaguez é a Embriaguez não acidental. 
Que pode ser subdividida em duas: 
A fase da excitação 
(fase do macaco)
A fase de depressão 
(leão)
A fase do sono 
(porco)
 
 
 
O que é embriaguez voluntária ou dolosa e embriaguez culposa? 
a) Voluntária ou dolosa – bebe por que quer beber, quer tomar um porre. 
b) Culposa – a agente bebe, vai bebendo, bebendo...e devido a um 
descuido ele acaba embriagando. 
 
A primeira espécie de embriaguez é a embriaguez não acidental sendo que suas 
formas são: embriaguez voluntária e embriaguez culposa. 
A embriaguez pode ser: 
 
a) Completa – é aquela que retira totalmente a capacidade de 
compreensão; 
b) Incompleta – aquela que retira parcialmente a capacidade de 
compreensão. 
 
 
 
 
 
Casos de exceção nos casos de responsabilidades subjetivos no Direito Penal. 
1° Caso de exceção da responsabilidade subjetivos do DP. Que é um caso de 
responsabilidade objetiva: 
Embriaguez 
voluntária ou 
dolosa Embriaguez 
culposa
Completa 
Incompleta
 Quando falamos da CONDUTA o dolo e culpa estão na conduta. 
 Isto quer dizer que a responsabilidade no Direito Penal e uma 
responsabilidade subjetiva. 
 
 
 É a embriaguez não acidental, seja voluntária seja ela culposa. O agente 
sempre responde pelo crime. Se o agente se embriagou voluntariamente ou 
culposamente o agente responde pelo crime. 
O que é isso? - É uma responsabilidade objetiva. 
Porque eu não vou aferir o dolo e a culpa do agente no momento da conduta, com é 
comum, mas eu vou aferir o dolo e a culpa no momento da embriaguez, por isso é caso de 
responsabilidade objetiva. 
Nesses dois casos de embriaguez voluntária ou culposa que são dois casos de hipóteses 
de embriaguez acidental, o agente responde pelo crime, ao se embriagar ou usar droga e 
praticar o crime sob o efeito dessa droga a embriaguez voluntária ou culposa. 
Qual a teoria que se adota neste caso? 
A teoria Actio Libera in Causa (Teoria da ação livre na sua causa): 
Se no momento em que ele poderia se embriagar ele agiu com dolo e com culpa, ele vai 
responder pelo crime, muito embora não haja dolo e culpa em sua conduta. 
Lembre-se: 
Que a embriaguez não acidental só a ela usa a Teoria Actio libera in Causa. 
Agente que voluntariamente ou culposamente se embriaga ele responde pelo crime. 
Isso é responsabilidade objetiva penal, mas é permitido no art. 28 CP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
I - A emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Embriaguez 
II - A embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso 
fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de 
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, 
proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da 
omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de 
acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
 
2°) Espécie de embriaguez: É a embriaguez acidental. 
É a embriaguez que ocorre por caso fortuito ou força maior. 
A pessoa se embriaga por causa fortuito. 
Ex.: Causa fortuito, no coso de boa noite cinderela. Ou por força maior, alguém obriga 
a pessoa a consumir droga ou a beber álcool. 
 
Neste caso de embriaguez acidental, por causa fortuita ou força maior, como será a 
responsabilidade do agente? 
No caso de embriaguez acidental: 
 Nós temos que ver que temos a embriaguez completa e a embriaguez 
incompleta. 
O que é embriaguez completa? 
Embriaguez completa é aquela que retira totalmente a capacidade de 
compreensão do agente. 
 
Enquanto que a embriaguez Incompleta 
É aquela que retira, mas retira parcialmente, a capacidade do agente. 
 
No caso da embriaguez acidental, quando a embriaguez acidental for completa, é uma 
causa excludente da culpabilidade. 
 
Chegamos na 4° causa da excludente da Ilicitude: 
4°) Espécie de embriaguez: a Embriaguez Completa. 
Que exclui a culpabilidade, que é a embriaguez acidental completa. Quanto a 
embriaguez acidental incompleta, está não exclui a culpabilidade, esta apenas reduz a pena de 
1/3 até 2/3. 
 
 
 
 
 
Repetindo. 
A embriaguez acidental é aquela que decorre de caso fortuito ou força maior. Toda vez 
que essa embriaguez acidental decorre de caso fortuito ou forma maior, excluir totalmente a 
capacidade de compreensão do agente, ela vai ser uma causa que exclui a culpabilidade. É a 4° 
Causa excludente da culpabilidade que exclui um os seus elementos, quais de seus elementos? 
- A imputabilidade. 
De outro lado tenho a embriaguez acidental incompleta que é aquela que reduz 
parcialmente a capacidade de compreensão. 
Na embriaguez acidental incompleta o agente responderá sim pelo crime, porém, com 
a pena diminuída de 1/3 até 2/3. Esta é 2° espécie de embriaguez. 
Estudando essa 2° espécie de embriaguez, nos vimos que: 
 - Quanto ao 1° elemento da culpabilidade a imputabilidade. 
São causas que excluem a imputabilidade: 
a) Doença mental 
b) Desenvolvimento mental incompleta; 
c) Desenvolvimento mental retardado; 
d) Embriaguez completa acidental 
Quando me referi ao critério Biopsicológico, porque não falei da embriaguez acidental 
completo? 
Porque a doença mental, desenvolvimento mental incompleto e o desenvolvimento 
mental retardado, podem ser submetido ao critério biopsicológico. 
Por que podem ser submetidos? 
Porque são situações permanentes. 
Como a embriaguez é uma situação transitória, a embriaguez acidental completa é uma 
situação transitória, ela não submete ao sistema biopsicológico, muito menos ao sistema 
biológico. 
Essas são as quatro causas da exclusão da imputabilidade, excluindo por obvio 
a culpabilidade. 
 
 
 
Por outro lado, nós temos mais duas espécies de embriaguez: 
3°) Espécie de Embriaguez - A embriaguez Preordenada. 
Embriaguez preordenada ocorre quando o agente se embriaga para cometer o crime. 
O agente embriaga de propósito para praticar o crime, dizem para criar coragem, para praticar 
o crime. 
 Na embriaguez preordenada o agente vai responde pelo crime? 
 Com certeza. 
Na embriaguez preordenada eu não uso a Teoria de Actio libera in Causa. Na 
embriaguez preordenada o agente simplesmente responde pelo crime. 
E mais, a embriaguez preordenada é uma agravante genérica prevista no código penal, 
para agravar a pena do réu no art. 61 inciso e letra l. 
Na embriaguez preordenada além do agente responder pelo crime a pena dele será 
agravada. 
Curso de Teoria do Crime - Aula 4, vídeo 4 
4°) Espécie de embriaguez – A embriaguez Patológica 
O que é embriaguez Patológica? 
Patologia lembra doença. Embriaguez patológica são os casos dos dependentes 
químicos, dos alcoólatras. 
Como são dependentes químicos ou alcóolatra, a embriaguez patológica é equiparada 
a doença mental ou a perturbação mental. 
Quando a pessoa é dependente químico ela vai ser submetida a exame a critério 
biopsicológico. 
No caso da embriaguez patológica é submetida a exame e se submete ao sistema ou ao 
critério Biopsicológico. 
Por que ela se submete ao critério biopsicológico? 
Porque a embriaguez patológica é uma doença e como doença ela será tratada. 
 
 
 
Neste caso na embriaguez patológica ela pode excluir a imputabilidade ou reduzi-la. 
Por quê? 
Porque ela é equiparada a uma doença mental. 
___________________________________ // _____________________________ 
 Então vimos o 1° elemento da culpabilidade que é a imputabilidade, 
 Vimos o seu conceito e 
 Vimos as 4 excludentes da imputabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quais as causas que excluem a imputabilidade? 
Resposta: são quatro: a) doença mental; b) desenvolvimento mental incompleto; e) 
desenvolvimento mental retardado; d) embriaguez completa (acidental) proveniente de 
caso fortuito ou força maior. 
O que é imputabilidade? 
Resposta: é a capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. 
O que é culpabilidade? (Definição conforme corrente minoritária) 
Resposta: a culpabilidade é a possibilidade de se considerar alguém culpado pela prática de 
uma infração penal. Por essa razão, costuma ser definida como juízo de censurabilidade e 
reprovação exercido sobre alguém que praticou um fato típico e ilícito. Não se trata de 
elemento do crime, mas pressuposto para imposição de pena, porque, sendo um juízo de 
valor sobre o autor de uma infração penal, não se concebe possa, ao mesmo tempo, estar 
dentro do crime, como seu elemento, e fora, como juízo externo de valor do agente. Para 
censurar quem cometeu um crime, a culpabilidade deve estar necessariamente fora dele. 
 
 
Que por excluírem a imputabilidade, também excluem a culpabilidade, quais sejam as 
dirimentes: 
a) Doença mental; 
b) Desenvolvimento mental incompleto; 
c) Desenvolvimento mental retardado; 
d) Embriaguez completa acidental. 
 
____________________________________________ // ___________________________ 
Emoção e a Paixão 
 
A emoção e a paixão estão previstas no art. 28 do CP. 
 
 
 
 A emoção e a paixão excluem a culpabilidade? 
Não, nos termos do art. 28 do CP, não excluem a culpabilidade. 
 Mas a emoção e a paixão podem trazer algum benefício para o Réu? 
Podem sim, se o crime de homicídio, esta é uma previsão se for no homicídio ou na lesão 
corporal. Se o homicídio ou de lesão corporal, forem praticados no domínio de violenta emoção, 
logo em seguida a injusta provocação da vítima, a pena do réu poderá ser reduzida de 1/6 até 
1/3. 
No crime de homicídio ou de lesão corporal se o agente age sobre o domínio de uma 
violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, a pena dele poderá ser 
reduzida de um 1/6 até 1/3. 
De outro lado a emoção e a paixão, também funcionam como atenuante genérica, 
prevista no art. 65, inciso III, letra c do código penal. 
 
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
I - A emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
 
 
 
 
 
 
O que acontece a paixão e a emoção como atenuante,Neste caso vai ser aplicado qualquer crime, inclusive para o homicídio e para a lesão. Se 
o agente atuar sob a influência de uma violenta emoção por ato injusto da vítima não será 
uma causa de diminuição de pena, mas será um atenuante prevista no art. 65 do CP. 
Qual a diferença entre domínio de violenta emoção ou influência de violenta emoção? 
1) Domínio de violenta emoção – a reação tem que ser logo em seguida a 
injusta provocação na vítima. 
2) Influência de violenta emoção – a reação pode ser um pouco depois da 
provocação da vítima. Se diz influência de violenta emoção por um ato injusto na vítima, 
não necessariamente uma reação imediata. 
 No DOMÍNIO a reação é imediata 
 E na INFLUÊNCIA a reação pode demorar algumas horas ou alguns dias depois, 
Desde que haja nexo entre a reação na pessoa e a emoção anterior. 
A PAIXÃO e a EMOÇÃO NÃO EXCLUEM A CULPABILIDADE de maneira nenhuma, eles 
podem ser causa de diminuição no homicídio e na lesão ou atenuante genérica em todos os 
crimes presentes desde que presentes os seus requisitos. 
 
Então quanto ao primeiro elemento da culpabilidade, esgotamos o estudo. 
_______________________________________ // ----------------------------------------------- 
 
 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
III - ter o agente:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de 
autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da 
vítima; 
 
 
 
Qual a diferença entre Previsibilidade Objetiva, que é elemento da culpa e a 
Potencial Consciência da Ilicitude, que é elemento da culpabilidade. 
 
Em concurso anterior do Ministério Público do Estado de São Paulo, foi perguntado se a 
ausência de previsibilidade subjetiva, exclui o crime culposo? 
 
 Previsibilidade Objetiva 
 Observe: Um dos elementos do crime culposo é previsibilidade objetiva 
O que é a previsibilidade objetiva? 
É a possibilidade de o homem médio prever, por ser dotado de discernimento e 
prudência, prever o resultado. 
Se a conduta do agente for igual a do homem médio, não há crime culposo. Se a conduta 
do agente for diferente ao do homem médio, temos existe um crime culposo. 
Isto é previsibilidade objetiva, que é elemento do crime culposo. 
 
 Potencial Consciência da Ilicitude (previsibilidade subjetiva) 
É o segundo elemento da culpabilidade. É a previsibilidade subjetiva. 
O que é a Potencial Consciência da Ilicitude ou Previsibilidade Subjetiva? 
 É a possibilidade de o agente prever de acordo com os seus costumes, suas crenças e o 
meio social aonde ele vive, que o que ele faz é certo ou errado, isto é, Potencial Consciência da 
Ilicitude ou Previsibilidade subjetiva 
 Enquanto no crime culposo, eu vejo a possibilidade, a previsibilidade do homem 
médio prever o resultado, na culpabilidade. 
 
 Quando eu falo na potencial consciência da Ilicitude, eu vejo a possibilidade, 
do agente, ele devido aos seus costumes, as suas crenças e ao meio social de 
onde ele vive, prevê que o que ele faz é certo ou errado. Isto é a previsibilidade 
subjetiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Quando na prova perguntou: se a ausência de previsibilidade subjetiva exclui 
o crime culposo? 
Não. A ausência de previsibilidade subjetiva, exclui a culpabilidade, porque a 
previsibilidade subjetiva, não é um elemento do crime culposo, mas a previsibilidade subjetiva 
é um elemento da culpabilidade. 
 
 O que exclui a potencial consciência da Ilicitude? 
É o erro de proibição escusável. 
Mas quanto ao estudo do erro de proibição escusável ou inescusável, será na próxima 
aula. 
O que exclui a potencial consciência da ilicitude é o erro de proibição escusável. 
Art.21 do CP. 
 
_______________________________ // _____________________________ 
 
O 3° e último elemento da culpabilidade: é a exigibilidade da conduta diversa. 
 
Exigibilidade da conduta diversa. 
 
É a expectativa social de uma conduta diferente daquela que foi adotada pelo agente, 
de todas as pessoas onde é exigível outra conduta, existe culpabilidade. 
Ex.: Uma pessoa praticou um crime, dirigiu em excesso de velocidade, é exigível outra 
conduta dela? 
Sim. Caso ela responderá pelo crime ela possui culpabilidade. 
Existem certos casos onde é inexigível outra conduta do agente. 
 
 
Quais são os dois casos de inexigibilidade conduta do agente? 
Os dois casos de inexigibilidade de conduta, estão na Lei, no artigo 22 CP na lei. 
As últimas dirimentes são casos de inexigibilidade de conduta diversa, estão na Lei, no 
art. 22 CP. Essas duas dirimentes excluem a culpabilidade, a exigibilidades de condutas diversas. 
Quais são as últimas excludentes da culpabilidade, excluindo a exigibilidade da 
conduta diversa? 
 A primeira é coação moral irresistível 
 E a segunda obediência Hierárquica. 
 
Teoria Geral do Crime Aula 4, vídeo 5. 
Coação Irresistível e Obediência Hierárquica. 
 
 
 
 
Coação Moral é uma grave ameaça, toda vez que houver uma grave ameaça, sendo 
grave ameaça irresistível, então uma pessoa coage a outra mediante grave ameaça para que 
esta 2° pessoa cometa um fato típico e ilícito. 
Então eu tenho o coator, o coagido e em alguns casos eu tenho o coagido. 
Ex.: Bandido sequestra a família do gerente do banco e obriga o gerente do banco a 
depositar dinheiro em sua conta. 
Coator (bandido) / coagido (gerente) / em alguns casos posso ter a vítima (família). 
 
Porém eu posso ter na mesma situação posso ter o coator, o coagido e a vítima com a 
mesma pessoa. Neste caso é um caso de grave ameaça. 
A pessoa coagida a praticar o fato típico e ilícito estando sob coação moral e irresistível 
não responde pelo crime. 
CP - Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940 
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não 
manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem. 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Exclusão de ilicitude (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
 
Quem responde pelo crime? 
 Apenas a pessoa que coagir (só coator). A pessoa que foi vítima, o coagido, não 
responde pelo crime. Este é um fato de Coação Moral Irresistível. 
Neste caso o gerente do banco praticou sob coação irresistível um fato típico, um fato 
ilícito, mas não tem culpabilidade, porque ele está por estar sobe coação moral irresistível. 
Neste caso inexigível a conduta diversa, exclui a culpabilidade da pessoa que foi coagida, só 
respondendo pelo crime a pessoa que coagiu. 
 
 
Cabe ressaltar que: 
 A coação física que é a violência, exclui a conduta. 
 Enquanto que a coação moral pode excluir a culpabilidade, desde que seja 
irresistível. 
Se a Coação moral resistível, tanto coator como o coagido responderá pelo crime. 
Observe: 
 Quando a coação for resistível o coagido responderá por crime com 
uma atenuante genérica, ou seja, coação física exclui a conduta. 
 A coação moral irresistível exclui a culpabilidade. 
A Coação moral resistível, vai ser uma mera atenuante genérica para quem praticou o 
crime sob espécie de coação. (Artigo 65, inciso III, "c", do Código Penal) 
 
 
 
 
 
 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: 
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de 
autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da 
vítima; 
 
 
 
Última Excludente da Culpabilidade. 
O que exclui aexigibilidade de conduta diversa é a: 
 Obediência hierárquica. 
Cabe ressaltar que da mesma forma da coação moral irresistível eu tenho na 
Obediência Hierárquica a hipótese de uma ordem de um superior ao subalterno. 
Quando recai sobre o Direito Público, pois ela decorre da hierarquia da Administração. 
Se ocorrer Obediência Hierárquica de Direito Privado não posso dizer que houve Obediência 
Hierárquica 
Obediência Hierárquica, só cabe apenas a Relações de Direito Público. 
O que eu tenho na Obediência hierárquica, quais são os Requisito? 
1° Ordem superior; 
2° Subordinado; 
3° Relação de Direito Público entre eles (superior para subordinado); 
4° Ordem do 1° para 2°; 
5° A Ilegalidade da ordem, mas a aparente LEGALIDADE da ordem. 
A ordem deverá ser ilegal, porque se a ordem for LEGAL, estar-se-á no Estrito 
Cumprimento Legal, essa é a excludente da Ilicitude. 
Na obediência hierárquica, acostuma cair em prova: 
Ordem não manifestamente ilegal. 
No caso da obediência hierárquica APENAS QUEM DÁ A ORDEM RESPONDE PELO CRIME. 
O subordinado não responde pelo crime. Obviamente desde que a ordem seja ilegal, mas que 
ela não manifestamente ilegal. 
 
 E se a ordem for ilegal mas tem característica de ilegalidade, ou seja, 
manifestamente ilegal? 
Neste caso, tanto quem dá ordem quanto que recebeu a ordem responde pelo crime. 
Mas, quando a ordem for ilegal, e manifestamente legal, a pessoa que recebeu a ordem 
responderá pelo crime, porém com uma atenuante genérica. 
 
 
Então, a coação moral irresistível e obediência hierárquica, esta obediência é uma 
ordem não manifestamente ilegal são excludentes da culpabilidade, porém quando ordem for 
ilegal e manifestamente ilegal e quando a coação for resistível. As pessoas que receberam a 
ordem e forem coagidas responderão pelo crime. Terão direito apenas a uma atenuante. 
 
Relembrando: 
São excludentes da culpabilidade: 
 
As pessoas que receberam a ordem e foram coagidas, responde pelo crime e terão 
apenas atenuantes: 
 
Elementos das Culpabilidade: 
1) Imputabilidade; 
2) Potencial Consciência da Ilicitude; 
3) Exigibilidade de Conduta diversas. 
Dirimentes da Culpabilidade, as causas que excluem a Culpabilidade 
Excluem a culpabilidade (excluindo os elementos da culpabilidade): 
1) Exclui a imputabilidade 
 
2) Potencial consciência da Ilicitude (Excludente potencial da Ilicitude) 
a) Erro de proibição na modalidade escusável. 
Coação moral 
irresistível Obediência 
hierárquica, não 
manifestante ilegal
Quando a ordem 
for ilegal
Manifestamente 
ilegal
Coação irresistível
Doença mental
Desenvolvimento 
mental incompleto
Desenvolvimento 
mental retardado
Embriaguez completa 
(acidental)
 
 
3) Exigibilidade de conduta diversa 
a) Excluída pela ação moral irresistível 
b) Obediência hierárquica. 
Essas Excludentes as Culpabilidade são excludentes legais, prevista em Lei Penal. 
__________________________________ // _________________________________ 
Toda vez que houver uma excludente que não esteja prevista na Lei Penal chamar-se-á 
de Excludente de Causa Supralegal de Exclusão da Culpabilidade 
 
Existe uma única causa da Exclusão da Supralegal da Exclusão da Culpabilidade 
permitida no tribunal: 
Inexigibilidade de conduta diversa: 
No caso de inexigibilidade de conduta diversa, quando não conseguir enquadrar na 
coação moral irresistível, nem na obediência hierárquica, eu posso enquadrar na 
inexigibilidade de conduta diversa. 
Ex.: Excesso exculpante – encerrada a excludente da Ilicitude, ela se excede por medo 
e pavor. É uma causa da excludente da culpabilidade, só que não prevista na Lei Penal, seria 
uma causa de exclusão da culpabilidade supralegal, na modalidade de Inexigibilidade de conduta 
diversa, permitida pelos Tribunais Superiores. 
Elementos da culpabilidade 
a) Imputabilidade; 
b) Potencial da Ilicitude; 
c) Exigibilidade de conduta diversa 
Relembrando que: 
A teoria adotada para a Culpabilidade dentre as três é a Teoria Normativa Pura. 
Não confundir com a Teoria Normativa Pura com a Teoria Normativa. 
Lembrando que: Teoria Psicológica e a teoria Normativa são contemporânea com a 
teoria Naturalista da Ação. 
Enquanto que a Teoria Normativa Pura adotada pelo direito Penal é uma teoria 
Contemporânea com a Teoria Finalista 
 
 
A Teoria Naturalista Pura diz que os três elementos da culpabilidade: 
 
Aula 4: Culpabilidade: Excludentes 
 Conceito de culpabilidade 
 Maioria doas autores 
 Culpabilidade é elemento do crime 
 Corrente minoritária 
 Culpabilidade é pressuposto de aplicação de pena 
 Imputável, inimputável e semi-imputável 
 Teoria Normativa Pura da culpabilidade 
 Elementos da culpabilidade 
 Dirimentes legais 
 Doença Mental; 
 Desenvolvimento mental incompleto 
 Desenvolvimento mental retardado 
 Embriaguez completa acidental 
 Erro de proibição escusável 
 Coação moral irreversível 
 Obediência hierárquica 
 Dirimentes supralegal 
 Inexigibilidade de conduta diversa 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imputabilidade Potencial Ilicitude
Exigibilidade da 
conduta diversa

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