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apostila de CIÊNCIA POLÍTICA 2014

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1 
CIÊNCIA POLÍTICA C/ TEORIA GERAL DO ESTADO 
 
 
I – CIÊNCIA POLÍTICA 
 
 
 
Ciência 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Política – Conceitos 
 
 
 
 
 
 
A Teoria Geral do Estado, na sua exata conceituação, compreende um conjunto de ciências 
aplicadas à compreensão do fenômeno estatal, destacando-se principalmente a Sociologia, 
Política e o Direito. Daí o seu desdobramento, geralmente aceito, em Teoria Social do 
Estado, Teoria Política do Estado e Teoria Jurídica do Estado. 
 
* Conceituação erudita: a arte de conquistar manter e exercer o poder, o governo 
(Nicolau Maquiavel). 
* Orientação ou atitude de um governo em relação a certos assuntos e problemas 
de interesse público. Ex. política financeira, educacional, social, do café, etc. 
* Conceito Atual se divide em 2 correntes: 1ª -Ciência do Estado [conhecimento de 
tudo o que se relaciona com a arte de governar um Estado]; 2ª Ciência do Poder 
[força que se dispõe e com a qual se pode obrigara outrem a ouvir e a obedecer]. 
(Darcy Azambuja) 
* Ciência dos fenômenos referentes ao Estado; Arte de bem governar os povos; 
princípio doutrinário que caracteriza a estrutura constitucional do Estado; Posição 
ideológica a respeito dos fins do Estado. (Dicionário Aurélio) 
 
 
 
* Aristóteles: tinha por objeto os princípios e as causas. 
* Santo Tomás de Aquino: assimilação da mente dirigida ao conhecimento da coisa. 
* Wolff e Bacon: o hábito de demonstrar assertos, isto é, de inferi-los, por consequência 
legítima, de princípios certos e imutáveis. 
* Kant: toda série de conhecimento sistematizados ou coordenados mediante princípios. 
*Noção contemporânea de ciência reside no escopo próprio de sua atuação, ou seja, na 
busca, constante e permanente, pela verdade (ou, ainda, em outras palavras, na perene 
explicação evolutiva dos diversos fenômenos naturais e sociais). 
* A ciência é um conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos 
metodicamente[regras lógicas e procedimentos técnicos], sistematizados e verificáveis, que 
fazem referência a objetos de uma mesma natureza[objetos pertencentes a mesma 
realidade]. (Ander-Egg) 
 
 
 
 
 
*Conjunto de conhecimentos e pesquisas com suficiente unidade e generalidade, capazes 
de levar a conclusões concordantes, que não resultem de convenções arbitrárias, nem de 
gostos e interesses individuais comuns, e sim de relações objetivas que se descobrem 
gradualmente e são configuradas por métodos definidos de verificação.(Lalande-Voc.de la 
Philk, 5.ª ed.) 
 2 
TEORIA SOCIAL DO ESTADO, quando analisa a gênese e o desenvolvimento do fenômeno 
estatal, em função dos fatores históricos, sociais e econômicos; 
TEORIA POLÍTICA DO ESTADO, quando justifica as finalidades do governo em razão dos 
diversos sistemas de cultura; e 
TEORIA JURÍDICA DO ESTADO, quando estuda a estrutura, a personificação e o 
ordenamento legal do Estado. 
Uma análise brilhante e objetiva desse tríplice aspecto é apresentada pelo Prof. Miguel 
Reale, acentuando que a Teoria Geral do Estado pressupõe a Filosofia do Direito e do 
Estado, mas não se confunde com ela. Focaliza amplamente o Estado nos seus três 
aspectos – material, formal e teológico – ao mesmo tempo em que analisa o fenômeno do 
poder como realidade social, política e jurídica. 
Assim não entendem as correntes monistas e estatistas, para as quais a doutrina do Estado 
se reduz à ordem jurídica simplesmente, já que Estado e Direito se confundem numa só 
realidade. É uma verdade parcial. 
Quer quanto ao Direito em particular, quer quanto ao estado em geral, a teoria tridimensional 
reúne as verdades parciais numa verdade integral, oferecendo o conceito amplo e exato da 
Teoria Geral do Estado. 
 
FONTES 
As fontes da Teoria Geral do Estado se classificam em diretas e indiretas: 
As fontes diretas, segundo as explanações de Gropalli, compreendem os dados da 
paleontologia e da paleoetnologia, os dados da história e as instituições políticas passadas e 
vigentes. Os mais antigos documentos que esclareceram o estudo da matéria são o "Código 
de Hamurabi", rei da Babilônia (2.300 a.C.), as leis de Manu da Índia (XII século), o "Código 
da China" (XI século), as leis de Zaleuco, Charondas e Sólon (VII século), as leis de Gortina 
(V século) e a "Lei das XII Tábuas" (541 a.C.). 
As fontes indiretas ou subsidiárias compreendem: 
 o estudo das sociedades animais; 
 o estudo das sociedades selvagens contemporâneas; e 
 o estudo das sobrevivências. 
 
Histórico: 
 
A política, como área do pensamento, é de remota tradição, se com o termo 
englobarmos os filósofos da política, os pensadores políticos, outros estudiosos da área das 
 3 
Ciências Sociais que iniciaram um estudo sistemático do fenômeno político, a exemplo de 
Aristóteles, Platão, Santo Agostinho, Maquiavel, Hobbes e tantos outros. Todavia, com a 
específica denominação de Ciência Política, no geral, quer-se referir a uma área do 
conhecimento que se institucionalizou no âmbito acadêmico anglo-saxão, particularmente 
nos Estados Unidos, com desdobramentos nos países desenvolvidos da então Europa 
Ocidental, chegando, em seguida, aos países do chamado Terceiro Mundo. 
 
O estímulo ao desenvolvimento da Ciência Política dar-se-ia já à época da Primeira 
Guerra Mundial e, principalmente, ao final da Segunda Guerra Mundial. Nesse período, os 
EUA assumiram a posição de nova potência hegemônica mundial e, nos organismos 
internacionais, no âmbito das Nações Unidas, passaram a irradiar sua influência. As missões 
de manutenção da paz e a preservação ou construção da democracia, em nome da qual o 
país participara da guerra, eram elementos que contribuíam para aumentar a demanda de 
especialistas na área da Política, o que fez proliferar cursos da disciplina de Ciência Política 
em universidades norte-americanas. 
 
Objeto: 
 O objeto da ciência política são os fatos ou fenômenos políticos, que são 
conceituados como: fato, ato ou situação concernente à formação, estrutura e atividade do 
poder do Estado. (Darcy Azambuja) 
 
Conceito: 
 
 Ciência Política é o estudo da política, dos sistemas políticos, das organizações 
políticas e dos processos políticos. Envolve o estudo da estrutura (e das mudanças de 
estrutura) e dos processos de governo, ou qualquer sistema equivalente de 
organização humana que tente assegurar segurança, justiça e direitos civis. Os 
cientistas políticos podem estudar instituições como corporações(ou empresas, no Brasil), 
uniões (ou sindicatos, no Brasil), igrejas, ou outras organizações cujas estruturas e 
processos de ação se aproximem de um governo, em complexidade e interconexão. 
Disciplina que se dedica ao estudo dos fenômenos políticos. Avançando sobre esta 
definição básica, podemos associar a ciência política ao campo de estudos sobre governo, 
em todos os níveis, suas instituições e atores (políticos). De fato, é no contexto do aparato 
 4 
estatal que a política se torna mais visível. Porém, a atividade política é geral, ocorrendo em 
todas as organizações, sejam elas empresas, sindicatos, igrejas, etc. 
Para Mário Lúcio Quintão Soares a Ciência Política é concebida como conhecimento 
ordenado, racional, objetivo e metódico de uma realidade política, a ser recepcionado pela 
Teoria do Estado, permitindo-se se saber se é possível, e de que modo, o Estado deve atuar 
em mundo globalizado como uma estrutura real e histórica. 
 
Objetivo: 
 
A Ciência Política preenche uma função essencial, que é a de ajudar os cidadãos a 
adquirir melhor compreensão dos fenômenos políticos e, assim, exercerão maior influência 
sobre sua comunidade esobre a sociedade como um todo. Quanto ao estudioso, a ciência 
política reserva uma valiosa gama de referenciais teóricos, pois não há produção científica 
sem teoria, e o pensamento político clássico e contemporâneo, fornece ferramentas 
importantes para entender e explicar o complexo mundo social. 
Para Darcy Azambuja, o objetivo mor da Ciência Política é a procura da verdade. 
 
Ciência Política e as dificuldades terminológicas: 
 
A ciência política é indiscutivelmente aquela onde as incertezas mais afligem o 
estudioso, por decorrência de razões que a crítica de abalizados publicistas tem apontado à 
reflexão dos investigadores, levando alguns a duvidar se se trata aqui realmente de ciência. 
 Quais são essas razões? 
* Caráter movediço e oscilante do vocabulário político; 
* As variações semânticas dos termos de que se serve o cientista social de país 
para país, com as mesmas palavras valendo para os investigadores do mesmo 
tema, coisas inteiramente distintas, como, por exemplo, a palavra democracia, a 
que se emprestam variadíssimas acepções. 
* A expressão Estado, devido às incertezas e objeções, apresentadas por 
diversos estudiosos da área, quanto à determinação exata do significado de 
que se reveste. 
* Apresentar um conceito simples e inteligível, claro, sobre governo, nação, 
liberdade democracia, etc. 
 5 
* Variações de um país para o outro, até mesmo na prática de um mesmo 
regime político; ou de um a outro século de uma ou outra geração. 
* Dificuldade do observador neutralizar-se perante o fenômeno que estuda, para 
daí retirar conclusões válidas, lícitas, imparciais, objetivas, que não sejam frutos 
de inclinações emocionais, ou de juízos pré-formados na mente do observador. 
* Realidades apresentadas em épocas distintas 
 
O material de que se serve o cientista social cria pela extrema mutabilidade de sua 
natureza, não somente óbices quase invencíveis ao estudioso, como torna penosíssimo 
senão impossível o reconhecimento da Ciência Política. 
Portanto, onde entram atos e sentimentos humanos, só a consideração 
despretensiosa dos aspectos históricos, jurídicos, sociológicos e filosóficos, ontem e hoje, 
neste ou naquele Estado, dará à problemática política da sociedade o aproximado teor de 
certeza, tomando em conta a medida contingente das verdades que se extraem do 
comportamento dos grupos e da dinâmica das relações sociais. 
 
Prisma filosófico: 
 
Tem-se a filosofia como o estudo que se caracteriza pela intenção de ampliar 
incessantemente a compreensão da realidade, no sentido de apreendê-la na sua totalidade, 
quer pela busca da realidade, quer pela definição do instrumento capaz de apreender a 
realidade. A Ciência Política inserida neste contexto apresenta-se, em sentido lato, tendo por 
objeto o estudo dos acontecimentos, das instituições e das ideias políticas, tanto em sentido 
teórico (doutrina) como em sentido prático (arte), referido ao passado, ao presente e às 
possibilidades futuras. 
Tanto os fatos como as instituições e as ideias, matérias desse conhecimento, podem 
ser tomados como foram ou deveriam ter sido (consideração do passado), como são ou 
devem ser (compreensão do presente) e como serão ou deverão ser (horizontes do futuro). 
 Aristóteles conclui na Grécia um ciclo de estudos políticos conscientemente 
especulativos. 
 
 6 
Platão, seu predecessor, evoluiu passando do Estado ideal e hipotético ao Estado real 
e histórico, com considerações de índole sociológica, antecipações que deixam de ser 
puramente filosóficas. 
 Já na Europa medieva a filosofia se enlaça com a teologia ao ocupar-se de temas 
políticos. 
A Filosofia conduz para os livros de Ciência Política a discussão de proposições 
respeitantes à origem, à essência, à justificação e aos fins do Estado, como das demais 
instituições sociais geradoras do fenômeno do poder, visto que nem todos aceitam 
circunscrevê-lo apenas à célula mater, embriogênica, que no caso seria naturalmente o 
Estado, acrescentando-lhe os partidos, os sindicatos, a igreja, as associações internacionais, 
os grupos econômicos, etc. 
 
Prisma sociológico 
 
Outra dimensão importantíssima que toma a Ciência Política é a de cunho sociológico. 
O estudo do Estado, fenômeno político por excelência, constitui um dos pontos altos e 
culminantes da obra de Max Weber 
O profundo sociólogo fez com o Estado aquilo que Ehrlich fizera já com a sociologia 
jurídica. Deu-lhe a consistência do tratamento autônomo. 
Com efeito, na sociologia política de Max Weber, abre-se o capítulo de fecundos 
estudos pertinentes à política científica, à racionalização do poder, à legitimação das bases 
sociais em que o poder repousa: inquire-se ali da influência e da natureza do aparelho 
burocrático; investiga-se o regime político, a essência dos partidos, sua organização, sua 
técnica de combate e proselitismo, sua liderança, seus programas; interrogam-se as formas 
legítimas de autoridade, como autoridade legal, tradicional e carismática; indaga-se da 
administração pública, como nela influem os atos legislativos, ou como a força dos 
parlamentos, sob a égide de grupos socioeconômicos poderosíssimos, empresta à 
democracia algumas de suas peculiaridades mais flagrantes. 
Aqui a Ciência Política revela-se predominantemente social, segundo o binômio Direito 
e Sociedade. 
 
Prisma jurídico 
 
 7 
Tem sido também a Ciência Política objeto de estudo que a reduz ao Direito Político, a 
simples corpo de normas. 
Tendência de cunho exclusivamente jurídico vem representada por Kelsen, que 
constrói uma Teoria Geral do Estado, onde leva às últimas consequências, no estudo da 
principal instituição geradora de fenômenos políticos. 
O Estado, segundo Kelsen, pertencendo ao mundo do dever ser, do sollen, se explica 
pela unidade das normas de direito de determinado sistema, do qual ele é apenas nome ou 
sinônimo. 
Quem elucidar o direito como norma elucidará o Estado. A força coercitiva deste nada 
mais significa que o grau de eficácia da regra de direito, ou seja, da norma jurídica. 
O Estado, organização de poder, para Kelsen, se esvazia de toda a substantividade. 
Os elementos materiais que o compõem – território e população – se convertem, 
respectivamente, na típica e revolucionária linguagem do antigo professor vienense, em 
âmbito espacial e âmbito pessoal de validade do ordenamento jurídico. 
 
 
 
A doutrina de Kelsen tem sua originalidade em banir do Estado todas as implicações 
de ordem moral, ética, histórica, sociológica, criando o Estado como puro conceito, 
agigantando-lhe o aspecto formal, restritamente jurídico, escurecendo a realidade estatal 
com seus elementos constitutivos, materiais, conforme vimos. 
 
Tendências contemporâneas para o tridimensionalismo 
 
A orientação que toma na Ciência Política a Filosofia, a Sociologia e o Direito com 
predominância ou exclusividade vem cedendo lugar ao emprego da análise tridimensional, 
que abrange a teoria social jurídica e a teoria filosófica dos fatos, das instituições e das 
ideias, expostas em ordem enciclopédica, de modo a dar inteira e unificada visão daquilo que 
é objeto desta disciplina. 
Fez o publicista alemão Hans Nawiasky, da Baviera, o esforço mais competente e 
idôneo que se conhece por ultrapassar o unilateralismo e bilateralismo dos cientistas 
políticos que o antecederam, dando à sua Teoria Geral do Estado tratamento tridimensional, 
ao estudar o Estado como idéia, como fato social e como fenômeno jurídico. 
 8 
Juristas da envergadura de Duverger, Vedel, Marcel de La Bigne de Villeneuve 
acompanham a tendência de adotar o estudo da Ciência Política sob o aspecto 
tridimensional, abrangendo,por conseguinte a consideração jurídica, sociológica e filosófica. 
Não há um consenso dos escritores políticos quanto ao âmbito de atuação da Ciência 
Política e a Teoria Geral do Estado. Tanto que, para alguns, por haver equivalência de áreas 
e de objeto, seria a mesma matéria, apenas com nomes distintos. A simpatia na escolha, 
para os que raciocinam dessa forma, recai naturalmente sobre a Teoria Geral do Estado, 
cujas raízes, a despeito da origem, se aprofundaram com mais força que as da Ciência 
Política. O nome desta, soprado ultimamente com intensidade, através da leitura e influência 
de autores americanos e ingleses ganha, todavia, larguíssimo terreno. 
 
Diferenciação entre Ciência Política e Teoria Geral do Estado 
 
 Devido as diversas posições adotadas pelos escritores políticos quanto âmbito de 
atuação da Teoria Geral do Estado e da Ciência Política podemos perceber que, uns tendem 
a adotá-las como disciplinas idênticas uma vez há equivalência de áreas e de objeto, 
tratando-se, portanto, da mesma matéria. 
 Observa-se, entretanto, o professor Dalmo de Abreu Dallari que há uma distinção 
existente entre as matérias. Enquanto a Ciência Política faz o estudo da organização política 
e dos comportamentos políticos sem levar em conta os elementos jurídicos, a Teoria Geral 
do Estado volta-se ao estudo do Estado sob todos os aspectos, inclusive o jurídico. 
“A Ciência Política faz o estudo da organização política e dos comportamentos 
políticos, tratando dessa temática à luz da Teoria Política, sem levar em conta os elementos 
jurídicos. Tal enfoque é de evidente utilidade para complementar os estudos de Teoria do 
Estado, mas, obviamente, é insuficiente para a compreensão dos direitos, das obrigações e 
das implicações jurídicas que se contêm no fato político ou decorrem dele.”(Dallari) 
 
 
Outro fato importante a ser observado é que os objetos das disciplinas são distintos, 
enquanto a Ciência Política cuida dos fenômenos políticos (já estudados), a Teoria Geral do 
Estado cuida do estudo do Estado sob todos os aspectos, incluindo a origem, a organização, 
o funcionamento e as finalidades, compreendendo-se no seu âmbito tudo o que se considere 
existindo no Estado e influindo sobre ele. 
 9 
 
 
II – A CIÊNCIA POLÍTICA E AS DEMAIS CIÊNCIAS 
 
A Ciência Política e o Direito Constitucional: 
 
São apertadíssimos os laços que prendem a Ciência Política ao Direito Constitucional. 
Entre os publicistas célebres da França, no século XX, autores há que se preocuparam 
menos com o aspecto jurídico da Ciência Política do que propriamente com suas raízes na 
filosofia e nos estudos sociais. 
Naquele país, a Ciência Política, antes de chegar à maioridade como disciplina 
autônoma, esteve quase toda contida no Direito, mormente no Direito Constitucional. A 
despeito da cisma operada, este ainda é o ramo da Ciência Jurídica cujo influxo mais pesa 
sobre a Ciência Política. 
Observa-se ademais que nos países subdesenvolvidos, os golpes de Estado, a 
violação contumaz do Direito Constitucional, o fermento revolucionário oriundo da 
insatisfação social, a luta de classes, brutalmente exacerbada pelo privilégio ou por violentas 
discrepâncias econômicas, compõem um quadro onde o processo político e a realidade do 
poder escapam não raro aos limites modestos da autoridade institucionalizada. É então 
nessas circunstâncias que o Direito Constitucional pode ser tomado ou interpretado como 
“um conjunto formal de regras das quais a vida se ausentou”, conforme disse Burdeau, e a 
Ciência Política aparece “como disciplina apta a prestar contas da realidade”, pois sua 
“promoção se faz concomitantemente ao declínio do Direito Constitucional. 
Tem-se, portanto, que o Direito Constitucional representa apenas uma faceta da 
Ciência Política. 
 
Ciência Política e Economia: 
 
 O fato econômico representa o fato fundamental de polarização da sociedade. 
(Burdeau) 
 O mesmo Burdeau nos ensina que a conexidade entre os dois ramos (Ciência Política 
e Economia) em nada se alterou, podendo-se, em verdade, passar da análise econômica a 
uma política econômica, e da política econômica para uma ação política, racionalmente 
 10 
apoiada num programa de sustentação e metas econômicas, traçadas de antemão, com o 
propósito de promover por exemplo fins desenvolvimentistas, ou combater o atraso de 
estruturas sociais e econômicas, reconhecidamente arcaicas. 
 Portanto o conhecimento econômico se faz mais interessado e o Estado não o 
emprega unicamente para explicar ou conhecer o modo porque se satisfazem as 
necessidades materiais de uma sociedade, senão que os emprega cada vez mais, para criar 
instrumentos novos e direitos de aço, vinculando-os a um programa de governo ou a uma 
política econômica específica. Objetivando sempre a paz social, tida como aquela que 
resulta da atenuação da luta de classes e da distribuição mais eqüitativa do poder 
econômico numa sociedade, mediante a prática da justiça social. 
 
Ciência Política e a História: 
 
 Tomando a história como acumulação crítica de fatos experiências vividas, fácil se 
torna perceber a importância de seu estudo para a Ciência Política. 
 É importante destacar que determinadas proposições da Ciência Política nada mais 
são do que generalizações da experiência histórica, portanto a história representa fonte 
importantíssima para a explicação dos fenômenos políticos. 
Com o incremento das investigações sociológicas e com o maior espaço concedido a 
certas ciências do comportamento, como a Psicologia Social e a Antropologia, “esfriou” o 
interesse por uma Ciência Política fundamentada unicamente na História. Como as demais 
concepções já examinadas – filosófica, jurídica e econômica – padeceria está também o 
deplorável vício da unilateralidade. 
Sendo ademais a Ciência Política co-artífice ou coconstitutiva da realidade mesma 
que investiga, faz-se válida a afirmativa de Burdeau, segundo a qual “as idéias sobre os fatos 
são mais importantes que os fatos mesmos”, razão por que cumpre ter sempre presente às 
indagações da Ciência Política, para fazê-las de todo fecundas e compreensíveis, a história 
das ideias. 
 
A Ciência Política e a Psicologia: 
 
Se há esfera de modernidade ou atualidade no problema de relações da Ciência 
Política com outras ciências sociais, essa esfera pertence agora a psicólogos políticos, que 
 11 
intentam impor suas técnicas de investigação e operar uma redução sistemática da Ciência 
Política à disciplina da qual procedem e pela qual sempre se orientaram. Aí estão os “be-
havioristas” para atestá-lo, formando já escola e fundando a chamada nova Ciência Política, 
tão em voga nos Estados Unidos. 
O irracionalismo, não raro observado em atividades de governos ou relações de 
Estados, fortalece por igual a convicção dos psicólogos sociais de que fora das motivações 
psicológicas não é possível lograr uma compreensão plenamente satisfatória do processo 
político. Com efeito, segundo afirma Xifra Heras, de forma lapidar, “a Ciência Política opera 
com material humano e os fundamentos do poder e da obediência são de natureza 
psicológica”.12 
Se erro existe entre os que adotam essa posição, decorre isso em larga parte do 
empenho de alguns em quererem reduzir a Ciência Política a simples capítulo da Psicologia 
Social, o que inevitavelmente resultaria num encurtamento intolerável do seu campo. 
 
A Sociologia Política, uma nova ameaça à Ciência Política? (Visão de Paulo Bonavides) 
 
Desde que se constituiu ciência autônoma, a Sociologia passou a representar um 
obstáculo ao desenvolvimento da Ciência Política. Basta atentar-se para o fato de que suas 
indagaçõesse concentravam na unicidade do social (exclusão conseqüente da autonomia do 
político) e na investigação da sociedade como totalidade, obsessão que em Augusto Comte 
desembocara no conceito de humanidade. 
Numa segunda fase, porém os positivistas, pais da Sociologia, fazendo mais fecunda 
a investigação sociológica, volveram de preferência suas vistas menos para o unitarismo da 
sociedade do que para o seu pluralismo, menos para a 
 
 
investigação da sociedade do que das sociedades, menos para o conhecimento do todo do 
que das partes (os agregados sociais). 
O influxo que o fator político pode exercer sobre o social e vice-versa forma o núcleo 
de uma Sociologia Política. Por isso, somente após vencer certas relutâncias foi que a 
Sociologia se volveu para a sociedade política do nosso tempo, deixando de lado o 
exclusivismo com que se consagrara ao exame do fenômeno do poder nas sociedades 
primitivas. 
 12 
Em verdade, autores do prestigio de Duverger, Catlin, Aron e Bertrand de Juvenel 
fazem a Sociologia Política coincidir com a Ciência Política ou empregam critérios 
rigorosamente sociológicos para análise de todos os fenômenos que se prendem à realidade 
política. O ponto de vista em que se colocam poderá redundar, conforme já redundou em Du-
verger, na inteira identidade entre ambas as ciências, com a resultante absorção da Ciência 
Política pela Sociologia Política. 
Afigura-se-nos porém inaceitável essa redução. A Ciência Política possui âmbito mais 
largo que a Sociologia Política. Posto que conservem inumeráveis pontos de contato ou 
partilhem ambas um terreno comum e vasto, verdade é que se não confundem as duas 
disciplinas. 
A Ciência política vai além, tomando rumos que a sociologia ignora, e que admitidos, 
favorecem o traçado de fronteiras: a direção normativa. Uma Sociologia Política não 
poderia, sem descrédito, entrar na esfera do “dever ser”, do “sollen”, ser uma ciência dos 
valores, segundo três sentidos que a valoração comporta: o empírico1, o normativo e o 
 
1 Empirismo: doutrina ou atitude que admite, quanto à origem do conhecimento, que este provenha unicamente da experiência, seja 
negando a existência de princípios puramente racionais, seja negando que tais princípios, existentes embora, possam, 
independentemente da experiência, levar ao conhecimento da verdade. [Opõe-se a racionalismo.] (Dicionário Aurélio) 
 
 
 
Teoria Geral do Estado 
 
INTRODUÇÃO 
Para abordamos o assunto Teoria Geral do Estado é preciso defini-la como uma ciência 
teórica, especulativa, que se propõe a estudar o Estado em si mesmo, no que tem de 
essencial e permanente no tempo. Teoria Geral do Estado recebe dados das diferentes 
ciências particulares, e depois os reelabora, para chegar a uma síntese de elementos 
constantes e essenciais, com exclusão do acessório e secundário. 
O objetivo do trabalho é introduzir o assunto sobre teoria geral do Estado sobre a sociedade 
política, ministrando conhecimentos sobre a origem dos elementos, formas e dos fins do 
Estado, sob uma perspectiva sociológico-jurídica, investigando o fenômeno do poder e das 
nacionalidades, em uma visão básica das formas e sistemas de governo, regime democrático 
 13 
 
e Estado constitucional, visando prepará-lo para o estudo do Direito Constitucional. As 
metodologias usadas no trabalho foram qualitativa, pura e descritiva. 
No primeiro capítulo veremos a definição sobre teoria geral do Estado em seguida veremos a 
origem da sociedade, o seu poder e política e finalizaremos o capítulo falando sobre a 
sociedade civil e o Estado. No segundo capítulo o assunto é sobre a origem do Estado, no 
terceiro capítulo é sobre o Estado e direito onde iremos falar sobre a política e a nação. E 
para finalizar o trabalho abordaremos o Estado moderno e a democracia. 
 
1. TEORIA GERAL DO ESTADO: CONCEITO 
É o conjunto de ciências aplicadas à compreensão do fenômeno estatal que disciplina de 
caráter teórico e geral, que tem por objeto o estudo do Estado como fenômeno social e 
histórico, não só quanto ao seu conteúdo econômico-social como no tocante às suas formas 
jurídicas e, inclusive, às suas manifestações ideológicas. 
A Ciência Política faz o estudo da organização política e dos comportamentos políticos, 
tratando dessa temática à luz da Teoria Política, sem levar em conta os elementos jurídicos. 
Tal enfoque é de evidente utilidade para complementar os estudos de Teoria Geral do 
Estado, mas, obviamente, é insuficiente para a compreensão dos direitos, das obrigações e 
das implicações jurídicas que se contêm no fato político ou decorrem dele. 
A questão do relacionamento da Teoria Geral do Estado com a Ciência Política é de 
interesse mais acadêmico do que prático. Entretanto, modificação recente imposta pela 
burocracia federal do ensino do Brasil pode dar a impressão de que algo de importante 
aconteceu e pode, eventualmente, suscitar dúvidas. Até recentemente era obrigatório o 
ensino da Teoria Geral do Estado nos cursos jurídicos e essa disciplina era expressamente 
referida como parte do Direito Constitucional. Por decisão do governo federal, a partir de 
dezembro de 1994 o ensino da Teoria Geral do Estado continuou a ser obrigatório, mas de 
maneira ambígua, o ato governamental menciona, entre as disciplinas fundamentais do curso 
jurídico, "Ciência Política (com Teoria Geral do Estado)". Uma vez que são disciplinas 
diferentes, a conclusão lógica é que se tornou obrigatório ensinar Ciência Política junto com 
Teoria Geral do Estado. Apesar da obscuridade, fica fora de dúvida que continua sendo 
obrigatório o ensino de Teoria Geral do Estado. 
1.1 ORIGEM DA SOCIEDADE 
A sociedade é o produto de um simples associativo natural e da cooperação da vontade 
humana, segundo os atores contratulistas a sociedade é mesmo um produto, mas de 
vontade, ou seja, um contrato hipotético celebrado entre os homens. 
A sociedade para ser reconhecida como um agrupamento humano é necessário obter três 
elementos que são: finalidade ou valor social; manifestação de conjunto ordenado e o poder 
social. O fator determinante para a multiplicação da sociedade é devido aos homens que 
buscam os mesmos fins e tendem a agrupar para conseguir o mesmo. 
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Existem três categorias de grupos sociais, onde o primeiro as sociedades que perseguem 
fins não determinados e difusos com o estado, o segundo as sociedades perseguem fins 
determinados e são voluntárias e a último grupo social é a sociedade que perseguem fins 
determinados e são involuntárias. Além das três categorias de sociedades existentes a 
sociedade possui duas espécies que são: a de fins particulares onde possui uma finalidade 
definida e a de fins gerais onde o objetivo é criar condições necessária para os indivíduos e 
demais sociedades. 
As sociedades políticas são aquelas que visando a criar condições para a consecução dos 
fins particulares de seus membros, ocupando-se das ações humanas, coordenando-as em 
função de um fim comum e determina todas as ações humanas. 
1.2 O PODER E A POLÍTICA 
O Poder é correlato a duas ou a mais vontades (bilateral ou plurilateral), predominando a 
mais forte. Poder é a imposição real e unilateral de uma vontade. Estruturado na coação 
física (vis corporales) ou moral (vis compulsivas). São várias as modalidades de poder: 
social, político,religioso, familiar, econômico, etc. 
Poder é a capacidade de impor obediência. A palavra tem origem no latim arcaico potis esse, 
contraída em posse e, daí potere. Poder, então, é possibilidade, é potência, potencialidade 
para a realização de algo. O poder não é ação, é potência. O poder é, também, a força a 
serviço de uma idéia, suas características são: a) relação entre homens (bilateralidade); b) 
deliberação (determinação); c) autoridade; d) justificação (elemento de manutenção do 
poder). 
À força, costuma-se associar a idéia de algo que se encontra próximo e presente. Ela é mais 
coercitiva e imediata do que o poder. Fala-se, enfatizando-a, em força física. O poder, em 
seus estágios mais profundos e animais, é antes força.Dispondo de mais tempo, a força 
transforma-se em poder. Mas no momento crítico que, então, invariavelmente chega – o 
momento da decisão e da irrevogabilidade, volta a ser força pura. 
A força, com efeito, é inerente ao poder. A possibilidade de sua aplicação efetiva chama-se 
coercibilidade. A coerção é o emprego efetivo da força inerente ao poder; temos, aqui, a vis 
materialis ou corporalis. A simples expectativa do emprego da força chama-se coação (vis 
compulsivas). A forma de poder pode ser real e formal; legítimo e ilegítimo; disciplinar e 
controlador; macro poder e micro poder; poder político-jurídico (estatal); poder social; poder 
econômico. 
Denominaremos de macro poder aquele conjunto de faculdades de controle exercidas por 
um órgão de dominação sobre a totalidade de indivíduos de um dado universo estatístico. O 
macro poder é geral, abarcante, abrangente, podendo ser, em alguns casos, identificado com 
o Estado, em outros, até com entidades transestatais. 
O macro poder para se sustentar necessita de poderes menores, poderes subalternos que, 
em cada escaninho da realidade social, reproduzam seu discurso. É preciso que cada 
destinatário aceite os comandos e, ele mesmo, sem o saber, se torne agente do macro poder 
em relação a outros destinatários. 
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Poder atual é quando um ser age sobre outro. Quando há um ato intencional que visa 
modificar o comportamento de terceiro e há a correspondência desse terceiro modificando o 
seu comportamento com um nexo entre os dois, que é o conhecimento, pelo sujeito passivo, 
de manifestação do sujeito ativo. Poder Potencial é quando não há uma relação entre o 
sujeito ativo e o passivo, mas um acumulo ou uma quantidade de condições em um ser que 
o possibilita a ação do poder, ou seja, quando se refere à capacidade do sujeito ativo de 
condicionar o comportamento do outro sem que esteja efetivamente condicionado e o poder 
social que é aquele formado a partir do homem com o homem. Formado à medida que os 
seres humanos fazem o uso de recursos disponíveis nas relações sociais de condicionar 
outros seres humanos. 
A política é a relação do poder decorrente da organização da força ou de consentimentos 
garantido pelo direito e o seu grau de evolução indicam que a democracia e a construção da 
sociedade predominante do futuro entre outros é a principal evolução da sociedade política. 
1.3 SOCIEDADE CIVIL E O ESTADO 
A sociedade é o conjunto de indivíduos reunidos por um fim comum e subordinados a uma 
organização destinada à realização deste fim. A sociedade divide-se em sociedades de fins 
gerais onde os seus fins são genéricos, não são individualizados e de uma forma ou de outra 
vão interagir nas relações políticas e a sociedade de fins particulares que são constituídas 
pelas pessoas para a realização de um fim especifico. 
A Sociedade Civil é o conjunto social que, no plano formal do Estado contemporâneo, não 
ocupa uma função oficial da estrutura pública, é também o conjunto social que completa, 
como sujeito passivo, a relação de poder político interno do Estado como a igreja, a 
empresa, a família, o partido político e a mídia. Quanto à natureza do poder político elas 
podem dividir em: Sociedades Governativas têm por essência a função de tomar as 
decisões, orientam os rumos da vida em sociedades e as sociedades privadas que assumem 
funções que não são decisórias, de governo. 
O Estado é uma sociedade governativa de fins gerais, que se propõe a um comportamento 
político e a promover o governo, o principal conjunto preponderante para a política e o direito 
do Estado é o Poder. O Estado é o sujeito ativo e a sociedade civil é o sujeito passivo de 
uma relação de poder político, ou seja, o Estado é o sujeito com condições para modificar o 
comportamento da sociedade civil. 
 
2. ORIGEM DO ESTADO 
Estado teve origem em causas econômicas ou patrimoniais onde o Estado seria formado 
para se aproveitarem os benefícios da divisão de trabalho ele também teve origem no 
desenvolvimento interno da sociedade. O Estado não existe sem território e as cinco 
evoluções do Estado são: Estado Antigo, Grego, Romano, Medieval e Moderno. 
Soberania é o poder absoluto e perpétuo de uma república, palavra que se usa tanto em 
relação aos particulares quanto aos que manipulam todos os negócios de Estado de uma 
república é quando o Estado dá a sua última palavra. A Soberania pode ser uma quando não 
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se admite em um mesmo Estado a convivência de duas soberanias; indivisível quando se 
aplica à universalidade dos fatos ocorridos no Estado; inalienável, pois aquele que a detém 
desaparece quando fica sem ela, seja o povo, a nação ou o Estado; imprescritível porque 
jamais seria verdadeiramente superior se tivesse prazo certo de duração; originária porque 
nasce do próprio momento em que o Estado nasce; exclusiva porque só o Estado o possui; 
Coativa no seu desempenho, o Estado não só ordena, mas dispõe de meios para fazer 
cumprir suas ordens coativamente. 
Território é um âmbito de validade da ordem jurídica soberana, mas ele só foi necessário 
para compor o Estado Moderno através de duas noções que é a da soberania e a do 
território. Os territórios se classificam em fronteiras mortas que há estão definidas; fronteiras 
vivas as que estão em questionamento e as fronteiras esboçadas sem muito interesse. 
Povo é o conjunto dos indivíduos que, através de um momento jurídico, se unem para 
constituir o Estado, estabelecendo com este o vínculo jurídico de caráter permanente, 
participando da formação da vontade do Estado e do exercício do poder soberano adquirindo 
a condição de cidadãos. População é mera expressão numérica, demográfica, ou 
econômica, que abrange o conjunto das pessoas que vivam no território de um Estado ou 
mesmo que se achem nele temporariamente. Nação é uma expressão usada inicialmente 
para indicar origem comum, ou comunidade de nascimento. 
 
3. ESTADO E DIREITO 
O Estado na personalidade jurídica é atribuída ao contratualistas, que através da ideia de 
coletividade ou povo como unidade, dotada de interesses diversos dos de cada um de seus 
componentes e onde o Estado é a personificação da ordem jurídica. Assim como o direito 
pode atribuir ou não personalidades jurídicas aos homens, o mesmo pode fazer em relação 
às comunidades que encontra diante de si. 
O Estado é uma organização destinada a manter, pela aplicação do direito, as condições 
universais de ordem social. O Direito é o conjunto das condições existenciais da sociedade, 
que ao Estado cumpre assegurar. Em relação ao direito existem três grupos doutrinários que 
são: 
A Teoria Monística ou estatismo jurídico onde só admite a existência do Direito estatalque se 
confundem em uma só realidade onde o Estado é a fonte única do direito, porque quem dá 
vida ao Direito é o Estado através da "força coativa”. Teoria Dualística ou pluralística que 
sustenta que o Estado e o Direito são duas realidades distintas, independentes e 
inconfundíveis e para os dualistas, o Estado não é a fonte única do Direito nem com este se 
confunde, provindo do Estado apenas uma categoria especial do Direito. Teoria do 
Paralelismo que preconiza que o Estado e o direito são realidades distintas, porém 
necessariamente interdependentes. 
3.1 O ESTADO, DIREITO E A POLÍTICA 
O relacionamento do Estado com o direito é quando o Estado deve o máximo de juridicidade. 
Assim é que se acentua o caráter de ordem jurídica do Estado e da existência de limites 
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jurídicos à ação do Estado. Enquanto sociedade política voltada para fins políticos, o Estado 
participa da natureza jurídica, influenciando-a e sendo influenciada, devendo, portanto, 
exercer um poder político. 
Poder Político é o poder social que se focaliza no Estado, tratando da obtenção do controle 
dos homens para o fim de influenciar o comportamento do Estado. 
Política é o conjunto de esforços feitos com vistas a participar do poder ou a influenciar a 
divisão do poder, seja entre Estados, seja no interior de um único Estado. A função do 
Estado é o seu caráter político lhe dá a função de coordenar os grupos e os indivíduos em 
vista de fins a serem atingidos, impondo a escolha dos meios adequados. 
3.2 O ESTADO E A NAÇÃO 
O estado é uma sociedade e a nação é uma comunidade, o conceito de nação surgiu com 
um artifício para envolver o povo em conflitos de interesses alheios, jamais teve significação 
jurídica, entretanto, como realidade sociológica, a nação é de inegável importância, influindo 
sobre a organização e o funcionamento do Estado. 
A diferença entre Estado e Nação é que o primeiro é uma sociedade, enquanto a nação é a 
comunidade. Estabelecida essa distinção pelo sociólogo alemão Ferdinand Tonnies onde a 
sua teoria é a indicação da sociedade e da comunidade com as suas possibilidades 
irredutíveis de convivência humana e todo grupo social que tenha existência permanente 
será ou uma sociedade ou uma comunidade. 
 
4. O ESTADO MODERNO E A DEMOCRACIA 
Estado democrático moderno é a noção de governo do povo, revelada pela própria 
etimologia do termo democracia ela nasceu das lutas contra o absolutismo, sobretudo 
através da afirmação dos direitos naturais da pessoa humana.Existe três grandes 
movimentos político-sociais que transpõem do plano teórico para o prático que iriam conduzir 
ao Estado Democrático que são: A revolução Inglesa, que influenciada por Locke e que teve 
sua expressão mais significativa no Bill of Rights em 1689; A Revolução Americana, cujos 
princípios foram expressos na Declaração de Independência das treze colônias americanas 
em 1776; A Revolução Francesa, que teve sobre os demais a virtude de dar universalidade 
aos seus princípios, os quais foram expressos na Declaração dos Direitos do Homem e do 
Cidadão em 1789. 
Quanto à Revolução Inglesa, dois pontos básicos podem ser apontados, a intenção de 
estabelecer limites ao poder absoluto do monarca e a influência do protestantismo, ambos 
contribuindo para a afirmação dos direitos naturais dos indivíduos, nascidos livres e iguais, 
justificando-se o governo da maioria. 
A democracia surgiu a partir de três pontos fundamentais da síntese dos princípios dos 
Estados que são: A supremacia da vontade popular que colocou o problema da participação 
popular no governo, suscitando acesas controvérsias e dando margem às mais variadas 
experiências, tanto no tocante à representatividade, quanto à extensão do direito de sufrágio 
 18 
subjetivo, ganhando aquela amplitude que a Ciência Política tem ostentado, através de suas 
tendências mais recentes. 
Em rigor, a Sociologia Política é que constitui parte da Ciência Política, não o inverso. 
A Ciência Política é o todo, a Sociologia Política a parte; ali o gênero, aqui, a espécie. Fora 
dessa compreensão, seria falso, vindo em dano da Ciência Política, falar de identidade ou. 
 
e aos sistemas eleitorais e partidários; A preservação da liberdade que entendida, sobretudo 
como o poder de fazer tudo o que não incomodasse o próximo e como poder de dispor de 
sua pessoa e de seus bens, sem interferência do Estado; A igualdade de direitos entendida 
como a proibição de distinções no gozo de direitos, sobretudo por motivos econômicos ou de 
discriminação entre classes sociais. 
Na República Democrática Direta governa a totalidade dos cidadãos, deliberando em 
assembleias populares, como faziam os gregos no antigo Estado ateniense. O governo 
popular direto se reduz atualmente a uma simples reminiscência histórica e está 
completamente abandonado, em face da evolução social e da crescente complexidade dos 
problemas governamentais. 
A República Democrática Indireta ou Representativa é a solução racional, apregoada pelos 
filósofos dos séculos XVII e XVIII e concretizada pela Revolução Francesa. Firmado o 
princípio da soberania nacional e admitida à impraticabilidade do governo direto, apresentou-
se a necessidade irrecusável de se conferir, por via do processo eleitoral, o poder de governo 
aos representantes ou delegados da comunidade. É o que se denomina sistema 
representativo, que estudaremos nos pontos seguintes, quanto às suas diversas 
modalidades. 
A república democrática semidireta é a solução originária da democracia direta e o regime 
representativo, surge uma terceira expressão denominada democracia semidireta ou mista. 
Consiste esse sistema em restringir o poder da assembleia representativa, reservando-se ao 
pronunciamento direto da assembleia geral dos cidadãos os assuntos de maior importância, 
particularmente os de ordem constitucional. 
 
CONCLUSÃO 
Segundo as informações básicas obtidas através de leitura de autores sobre a teoria geral do 
estado, consta-se da importância do estado para o país, o seu conceito, a sua origem e de 
como ele é formado. 
A existência do estado é de fundamental importância para o país e nação, como alunos da 
disciplina de inst. De direito público e privado chegamos à conclusão de que não existe um 
país sem o estado e o estado não existe sem o território e que o Estado possui várias 
conclusões variando de autor para autor e, além disso, ele possui várias classificações.

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