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– Estuda o arranjo e fenômenos (que levaram aquele arranjo) dos átomos que compõem as diversas fases de um material (estrutura cristalina) e pelo arranjo dessas fases (microestrutura). – E as consequências desses arranjos nas propriedades dos materiais. ESTADO SÓLIDO SÓLIDOS CRISTALINOS SÓLIDOS AMORFOS Estrutura dos materiais: Por quê estudar? Importância? As propriedades dos materiais estão diretamente relacionadas às suas estruturas cristalinas. Explica a diferença significativa entre materiais cristalinos e não cristalinos, por exemplo: transparência. Tipos de materiais x estruturas Metais estruturas relativamente simples. Cerâmicos estruturas complexas. Polímeros estruturas muito complexas. O que é estrutura dos materiais? É o arranjo ou organização que os átomos podem assumir no estado sólido. Exemplos:Analogia 1 - Uma caixa cheia de bolas de gude. 2 - Pilhas de laranjas no supermercado. Cristalinos Não-cristalinos ou amorfos As estruturas podem ser classificadas de acordo com a regularidade na qual os átomos ou íons se dispõem em relação a seus vizinhos: ARRANJO ATÔMICO Os materiais sólidos podem ser classificados de acordo com a regularidade na qual os átomos ou íons se dispõem em relação à seus vizinhos. Material cristalino é aquele no qual os átomos encontram-se ordenados formando uma estrutura tridimensional que se chama de rede cristalina. ARRANJO ATÔMICO Nos materiais não-cristalinos ou amorfos não existe ordem na disposição dos átomos. As propriedades dos materiais sólidos cristalinos depende da estrutura cristalina, ou seja, da maneira na qual os átomos, moléculas ou íons estão espacialmente dispostos. Há um número grande de diferentes estruturas cristalinas, desde estruturas simples exibidas pelos metais até estruturas mais complexas exibidas pelos cerâmicos e polímeros. CÉLULA UNITÁRIA Consiste num pequeno grupos de átomos que formam um modelo repetitivo ao longo da estrutura tridimensional (analogia com elos da corrente) A célula unitária é escolhida para representar a simetria da estrutura cristalina (unidade básica repetitiva da estrutura tridimensional) CÉLULA UNITÁRIA Célula Unitária Célula Unitária: 2D 03 ESTRUTURA DOS MATERIAIS Célula Unitária: 3D ESTRUTURA DOS MATERIAIS SISTEMAS CRISTALINOS Estes sistemas incluem todas as possíveis geometrias de divisão do espaço por superfícies planas contínuas. ESTRUTURA CRISTALINA = RETÍCULO + ÁTOMOS ESTRUTURA DOS MATERIAIS AS 14 REDES DE BRAVAIS AS 14 REDES DE BRAVAIS Parâmetros de rede O tamanho e a forma da célula unitária podem ser descritos pelos 3 vetores de rede, a, b e c, com origem em um dos vértices da célula unitária. Os comprimentos a, b e c e os ângulos , e são os parâmetros de rede. Relação entre os parâmetros de rede e a geometria das células unitárias RESUMO SISTEMA CÚBICO 1 – Sistema Cúbico Cúbica de corpo centrado - CCC Cúbica de face centrada - CFC Cúbica simples - CS REDE CÚBICA Sistema cúbico simples - CS Parâmetro de rede Relação entre o raio atômico e o parâmetro de rede - CS • a = 2r Fator de empacotamento atômico – FEA- CS É a relação entre o volume ocupado pelos átomos e o volume da célula unitária. FEA = volume de 1 átomo (esfera) x 1 átomo / volume do cubo . %5252,0 8 3 4 )2( 3 4 3 4 3 3 3 3 3 3 R R R R a R FEA • Os metais não cristalizam na estrutura cúbica simples, devido ao baixo empacotamento atômico. NÚMERO DE COORDENAÇÃO Necessidade de 8 cubos NÚMERO DE COORDENAÇÃO NÚMERO DE COORDENAÇÃO NC = 12 CFC átomos frente NÚMERO DE ÁTOMOS NUMA CÉLULA 1/8 x 8=1 (1/8 x 8) +1= 2 (1/8 x 8) +(1/2 x6) = 4 Relação entre o raio atômico e o parâmetro de rede - CCC • Os átomos se tocam ao longo da diagonal do cubo. Vejamos - CCC df=diagonal face dc=diagonal cubo Fator de empacotamento atômico – FEA- CCC FEA = volume de 1 átomo (esfera) x 2 átomos / volume do cubo . %6868,0 3 4 2 3 4 3 3 R xR FEA Cúbica de face centrada - CFC • Esta célula contém 1 átomo em cada vértice do cubo, além de 1 átomo em cada face. • É o sistema mais comum encontrado nos metais. Exemplos: cobre, alumínio, prata e ouro. Relação entre o raio atômico e o parâmetro de rede - CFC • Os átomos se tocam através de uma diagonal da face. 2 4R a a2 + a2 = (4R)2 2 a2 = 16 R2 a2 = 16/2 R2 a2 = 8 R2 a= 2R (2)1/2 Fator de empacotamento atômico – FEA- CFC FEA = volume de 1 átomo (esfera) x 4 átomos / volume do cubo . Estrutura CFC %7474,0 2 4 4 3 4 3 3 R xR FEA Resumo: sistema cúbico Sistema Átomos por célula NC Relação com a Fator de empacota- mento CS 1 6 2R 0,52 CCC 2 8 4R/(3)1/2 0,68 CFC 4 12 4R/(2)1/2 0,74 Densidade - • O conhecimento da estrutura cristalina de um sólido permite o cálculo da sua densidade verdadeira. AcNV nA Sendo: n = número de átomos associados a cada célula unitária; A = peso atômico; Vc = volume da célula unitária e NA = número de Avogadro (6,023x1023 átomos/mol) POLIMORFISMO OU ALOTROPIA Alguns metais e não-metais podem ter mais de uma estrutura cristalina dependendo da temperatura e pressão. Esse fenômeno é conhecido como polimorfismo. Geralmente as transformações polimorficas são acompanhadas de mudanças na densidade e mudanças de outras propriedades físicas. EXEMPLO DE MATERIAIS QUE EXIBEM POLIMORFISMO Ferro Titânio Carbono (grafite e diamante) SiC (chega ter 20 modificações cristalinas) ALOTROPIA DO FERRO Na temperatura ambiente, o Ferro têm estrutura ccc, número de coordenação 8, fator de empacotamento de 0,68 e um raio atômico de 1,241Å. A 910°C, o Ferro passa para estrutura cfc, número de coordenação 12, fator de empacotamento de 0,74 e um raio atômico de 1,292Å. A 1390°C o ferro passa novamente para ccc. ALOTROPIA DO TITÂNIO FASE Existe até 883ºC Apresenta estrutura hexagonal compacta É mole FASE Existe a partir de 883ºC Apresenta estrutura ccc É dura O que veremos agora: Pontos, Direções e planos cristalográficos Ao se lidar com materiais cristalinos, com frequência é necessário especificar: -Um ponto particular no interior da célula; -Uma direção cristalográfica ou; -Plano cristalográfico de átomos. Pontos, Direções e planos cristalográficos A base é a célula unitária Coordenadas dos pontos Consideremos: (a célula unitária e o ponto P) -A posição P em termos das coordenadas genéricas q, r e s; -q representa algum comprimento fracionário de a ao longo de x; -r representa algum comprimento fracionário de b ao longo de y; -s representa algum comprimento fracionário de c ao longo de z; Coordenadas de pontos • Convenção usual: Optamos por não separar essas coordenadas por vírgulas ou por qualqueroutra marca de pontuação. Convenção usual: a b c Direções Cristalográficas É uma linha entre dois pontos ou um vetor Convenção usual: [uvw] Planos Cristalográficos PROCEDIMENTO: PLANOS CRISTALINOS Planos (010) São paralelos aos eixos x e z (paralelo à face) Cortam um eixo (y em 1 e os eixos x e z em ) 1/ , 1/1, 1/ = (010) PLANOS CRISTALINOS Planos (110) São paralelos ao eixos z Cortam dois eixos (x e y) 1/ 1, 1/1, 1/ = (110) PLANOS CRISTALINOS Planos (111) Cortam os 3 eixos cristalográficos 1/ 1, 1/1, 1/ 1 = (111) R E P R E S E N T A Ç À O Técnicas de Difração para a Análise de Estruturas Cristalinas- DRX
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