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APOSTILA_Enfermagem Tecnicas_Basicas_com_Exercicios_-_Professor_Paulo_Prieto

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____________ ____________________________ ENFERMAGEM ____________________________ Prof. Paulo Prieto 
 
 
________________________________________________________________________ 
ATUALIZADO ATÉ FEVEREIRO 2012 www.CARREIRAPUBLICA.com.br (48) 4141-3220 3225-5779 
 
1
HISTÓRIA DA ENFERMAGEM 
 
 Wanda Horta, enfermeira muito importante na história da 
enfermagem do Brasil, que elaborou a Teoria das 
Necessidades Humanas Básicas. 
A enfermagem moderna iniciou-se em 1854 com a atuação de 
Florence Nightingale. 
 
O que é Técnico de Enfermagem? 
É o profissional que atua junto ao paciente, é parte integrante 
da equipe de saúde, de fundamental importância para o 
processo de cuidar. Tem atribuições determinadas por lei, de 
acordo com o COREN que o rege, como por exemplo: 
- Auxiliar o enfermeiro no planejamento, programação, 
orientação e supervisão das atividades de assistência; 
- Prestar cuidados de enfermagem a pacientes graves; 
- Auxiliar na prevenção e controle de danos físicos que possam 
ser causadores a pacientes durante a assistência. 
 
Entidades De Classe 
 
ABEN - Associação Brasileira de Enfermagem. 
Foi a primeira entidade a ser criada pela classe de 
Enfermagem. Tem sua origem na Associação Nacional de 
Enfermeiras Diplomadas Brasileiras, fundada em 12 de agosto 
de 1926. A “semana da enfermagem”, é comemorada de 12 a 
20 de maio. Esta semana é utilizada para discussão dos 
problemas de classe e divulgação da profissão. 
COFEN - Conselho Federal de Enfermagem 
CORENS - Conselhos Regionais de Enfermagem 
São os órgãos disciplinadores do exercício profissional do 
pessoal de enfermagem. Dizer quais as pessoas que podem 
exercer a profissão ou ocupação. 
Sindicatos 
Os sindicatos têm por objetivo a defesa e representação da 
classe no âmbito das reivindicações trabalhistas. 
 
ENFERMAGEM 
 
Em face da Lei 7.498 de 25 de junho de 1986 e ao Decreto-lei 
94.406 de 8 de junho de 1987, que dispõe, sobre a 
“regulamentação do exercício da enfermagem”, a equipe de 
enfermagem é continuada de : 
• Enfermeiro: Profissional de nível superior, responsável 
pela Supervisão e Administração do Serviço de Enfermagem, 
executando tarefas de maior complexidade. 
• Técnico de Enfermagem: Profissional de nível técnico, 
subordinado ao enfermeiro, que pode atuar em atividades de 
supervisão e administração, quando necessário. 
• Auxiliar de Enfermagem: Profissional de nível médio 
que executa tarefas repetitivas e de menor complexidade. 
 
PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO 
 
INFLAMAÇÃO: É uma resposta básica do organismo aos 
agentes agressivos ao organismo.Os sinais de inflamação são: 
dor, calor e rubor. Quando a inflamação se torna sistêmica, a 
febre, anorexia, leucocitose, vômitos e outros sintomas 
tendem a surgir. 
INFECÇÃO: Para se desenvolver um processo infeccioso há a 
necessidade da formação da cadeia de infecção, que é 
composta praticamente por seis componentes: 
- Agente infeccioso: São as bactérias, fungos, vírus, etc... 
- Reservatório: Os microorganismos necessitam de 
reservatórios para se desenvolver. O reservatório mais comum 
é o organismo. Como exemplos temos as plantas, insetos, 
objetos, água e outros. 
- Porta de saída: Depois, o microorganismo tem que sair 
desse reservatório e precisa de uma porta de entrada para 
penetrar num hospedeiro. Pode ser através da pele, 
membranas, sangue, aparelho reprodutor, etc. 
- Meios de transmissão: O microorganismo usa uma ‘ponte’ 
e ele pode utilizar mais de um meio de transmissão. Por 
exemplo, o vírus da AIDS pode ser transmitido pelo sangue e 
pelo sêmen. Os microorganismos podem também utilizar 
objetos, como agulhas contaminadas, sonda, cateter. 
- Porta de entrada: Assim como saiu do reservatório ele tem 
que entrar num hospedeiro, e muitas vezes essa porta pode 
ser uma solução de continuidade na pele, trato urinário, etc. 
- Hospedeiro: E por fim o hospedeiro é aquele que vai 
desenvolver a doença. 
 
ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES: 
Assepsia - Segundo o Ministério da Saúde, é o processo pelo 
qual se consegue afastar germes patogênicos de determinado 
local ou objeto. 
Antissepsia - É o método que inibe a proliferação de 
germes, sem, no entanto provocar a sua destruição. É 
utilizado apenas em relação a tecidos vivos. Ex: utilização de 
álcool para limpar a pele antes de aplicar uma injeção, 
lavagem das mãos. 
Desinfecção - É a destruição de microrganismos 
patogênicos, não incluindo os esporos. 
Esterilização - É o processo aplicado a materiais e ambiente 
com o objetivo de destruição de microorganismo em todas as 
suas formas, incluindo os esporos. 
Infecção Hospitalar - A infecção hospitalar é qualquer 
infecção adquirida após a internação do paciente e que se 
manifeste durante a internação ou mesmo após a alta, quando 
puder ser relacionada com a hospitalização. 
 
LAVAGEM DAS MÃOS 
 
1) Após tocar fluidos, secreções e itens contaminados; 
2) Após a retirada das luvas; 
3) Antes de procedimentos com paciente; 
4) Entre contatos com pacientes; 
5) Entre procedimentos num mesmo paciente; 
6) Antes e depois de atos fisiológicos; 
7) Antes do preparo de soros e medicações. 
 
���� Material 
Sabão; 
Toalha de papel. 
 
���� Procedimento: 
• Retirar anéis, relógio, etc.; 
• Posicionar-se sem encostar-se na pia 
• Abrir a torneira; 
• Ensaboar as mãos; 
• Friccionar as mãos; 
• Enxaguar as mãos, deixando a torneira aberta; 
• Enxugar as mãos com papel toalha; 
• Fechar a torneira com a mão protegida com papel toalha, 
caso não tenha fechamento automático. 
• Jogar na lixeira, específica, o papel toalha usado. 
 
EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM: é uma forma de registrar 
toda assistência de enfermagem prestada ao cliente, sua 
clínica durante o período e outros dados importantes de serem 
relatados. 
ROTEIRO PARA UMA EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM: 
1. Queixa do cliente; 
2. Nível de consciência; 
3. Sinais que são observados no cliente; 
 ____________ ____________________________ ENFERMAGEM ____________________________ Prof. Paulo Prieto 
 
 
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4. Aceitação da dieta; 
5. Fluidoterapia, oxigenoterapia, 
6. Curativos; 
7. Resultados de exames; (glicemia capilar, laboratórios, e 
outros); 
8. Sinais vitais (valor e características). 
 
ATENÇÃO: Toda evolução deve conter data, horário, nome 
legível da pessoa que realizou a evolução, e carimbo ou 
registro do COREN. 
 
PESO E MENSURAÇÃO 
Peso: é a medida em quilogramas (massa corporal) de um 
indivíduo. 
Altura: é a medida em metro (comprimento) de um indivíduo, 
da extremidade inferior do pé à parte superior da cabeça. 
O peso pode ser medido por vários tipos de balanças: 
- Balança de cadeira: usada para pacientes debilitados que 
não podem ficar de pé. 
- Balança de pedestal: usada para pacientes deambulantes. 
- Balança digital: quando se deseja um peso mais fidedigno, 
em gramas. 
- Balança de leito: para pacientes que não podem sair do 
leito, mas não são tão comuns. 
 
HIGIENE DA UNIDADE DO PACIENTE 
 
TIPOS DE LIMPEZA 
1. LIMPEZA DIÁRIA OU CONCORRENTE OU 
DESINFECÇÃO CONCORRENTE 
É aquela feita diariamente para a manutenção da limpeza 
hospitalar constituindo na arrumação da cama e na 
manutenção da limpeza do mobiliário e do ambiente. 
Proporciona conforto, segurança e bem-estar ao cliente, além 
de minimizar o risco de infecção através de eliminação de 
microrganismos existentes no ambiente hospitalar. Chamamos 
também de desinfecção concorrente aquela realizada 
imediatamente após a expulsão de matéria orgânica do corpo 
do indivíduo (cliente) com sangue, fezes, vômito, etc. 
2. LIMPEZA OU DESINFECÇÃO GERAL OU TERMINALÉ feita após a saída do cliente por alta, transferência, 
óbito ou suspensão das medidas de isolamento e o 
preparo do leito para que seja recebido outro cliente. A 
desinfecção terminal pode ser do leito, no caso de alta 
de um paciente ou do quarto todo. Nesta técnica existe 
A parte que compete a Enfermagem e a que é da 
alçada dos funcionários da limpeza, conforme rotina 
estabelecidas. 
 
Outras barreiras empregadas são os isolamentos: 
1) Isolamento total: Destina-se a prevenir a 
transmissão de doenças altamente contagiosas, como 
por exemplo: Difteria (neste tipo de isolamento usa-se 
máscara, luvas e avental); 
2) Isolamento respiratório: Usado para prevenção de 
doenças que se transmitem por via respiratória, como 
por exemplo a Meningite. Há a necessidade do uso de 
máscara, somente; 
3) Isolamento entérico: Para prevenir infecções que 
são transmitidas pelo contato direto ou indireto com 
fezes e/ou urina. Ex: Enterocolite necrosante. Há 
necessidade do uso de luvas e, às vezes, avental; 
4) Isolamento protetor ou reverso: Para pacientes 
imunodeprimidos como no caso de portadores de HIV. 
Usa-se máscaras para defesa deles, mas para nossa 
proteção, às vezes, dependendo do grau da doença, 
necessita-se de óculos e avental; 
5) Isolamento de contato: Para prevenção de doenças 
altamente transmissíveis pelo contato, como é o caso 
de sarna infectada. Necessita-se de luvas e avental. 
 
ARRUMAÇÃO DA CAMA DO PACIENTE 
 
TIPOS DE CAMA: 
LEITO FECHADO: É a cama que está desocupada 
aguardando a chegada do cliente. Deve ser arrumada 
aproximadamente 2 horas após ter sido feita a limpeza geral, 
permitindo arejamento do ambiente. 
LEITO ABERTO: É aquela que está sendo ocupado por um 
paciente que pode locomover-se. 
Na cama aberta, se o cliente estiver usando colcha e cobertor, 
o sobre lençol deve fazer uma dobra sobre os mesmos, num 
ângulo de aproximadamente 90 graus. 
LEITO OPERADO: É feita para aguardar o paciente que está 
na sala de cirurgia ou em exame, sob anestesia. 
-Tem finalidade de: 
• Proporcionar conforto e segurança ao paciente; 
• Facilitar a colocação do paciente no leito; 
• Prevenir a infecção. 
 
POSICIONAMENTO NO LEITO 
 
• Supina (decúbito dorsal): O cliente nesta posição, 
encontra-se deitado de costas. As proeminências ósseas e 
calcâneos necessitam de proteção especial, a fim de evitar o 
surgimento de úlceras de decúbito. O colchão deve ser firme o 
suficiente para o suporte da coluna cervical, torácica e lombar. 
• Pronada (decúbito ventral): Na posição pronada ou 
decúbito ventral, o cliente encontra-se de bruços; ou seja, 
deitado sobre seu tórax e abdômen. A cabeça pode ficar 
voltada para qualquer lado e as orelhas devem ser protegidas. 
Não esquecer de flexionar discretamente os membros, a fim 
de evitar hiperextensão que poderá trazer graves 
conseqüências. 
• Decúbito lateral direito e esquerdo: Nesta posição, o 
cliente pode estar deitado sobre seu hemi-corpo direito ou 
esquerdo. As curvaturas estruturais devem ser mantidas, a 
cabeça deve ser apoiada em uma linha mediana do tronco e a 
rotação da coluna deve ser evitada. Todas as proeminências 
ósseas devem ser protegidas para evitar úlceras de pressão. 
• Fowler, semi-fowler e fowler alto: A cabeceira do 
leito do cliente é elevada a um ângulo de 45 a 60 graus e as 
pernas ficam retas, porém com coxins nos calcanhares e na 
região posterior do joelho. A posição de fowler é a indicada 
para clientes com problemas cadíacos e respiratórios, pois 
permite expansão torácica. Há duas variações possíveis na 
fowler. A semi-fowler, cuja elevação da cabeceira é a 30 
graus, bastante confortável, ficando a cabeça e o tórax do 
cliente ligeiramente elevada. A outra variação é a posição de 
fowler-alta, totalmente sentada, cabeceira elevada a 90 graus. 
• Posição de Sims: É utilizada para exames retais e 
tratamentos como lavagem intestinal ou enema. O paciente 
fica preferencialmente em decúbito lateral esquerdo, 
com um travesseiro sob a cabeça, com o braço 
esquerdo para trás e para cima e o direito apoiando 
confortavelmente, o peso do corpo. O membro inferior 
direito fica bem flexionado sobre o esquerdo, que é 
pouco flexionado. 
• Posição genu-peitoral: É utilizada para exames no reto 
e na vagina, e ainda alguma cirurgia, como hemorroidectomia. 
O paciente fica em decúbito ventral com o joelho apoiado no 
peito, e a cabeça, virada para um dos lados, sobre um 
pequeno travesseiro. 
• Posição de Trendelemburg: É utilizada em casos de 
choque, hemorragia pélvica ou para drenagem torácica. O 
paciente fica em decúbito dorsal, com o corpo inclinado e a 
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cabeça mais baixa que os pés. É importante sustentar o ombro 
do paciente para que o mesmo não escorregue para a 
cabeceira da cama. 
• Posição Ginecológica: É utilizada para exame e 
tratamento vaginal. O paciente fica em decúbito dorsal com as 
pernas flexionadas e afastadas e os pés apoiados na cama ou 
nas perneiras. 
• Posição de Litotomia: É utilizada para exame e 
tratamento vaginal. É uma variação da posição ginecológica. O 
Paciente fica em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas, 
fixadas por faixas, com as nádegas ligeiramente fora do 
colchão. 
 
AUXILIO NO DIAGNÓSTICO 
SINAIS VITAIS 
# Temperatura (T): É o grau de calor que atinge um 
determinado corpo. É o equilíbrio entre a produção e a 
eliminação deste calor. 
• Axilar � de 36ºC a 36,8ºC 
• Bucal � de 36,2ºC a 37ºC 
• Retal � de 36,4ºC a 37,2ºC 
 
� Nomenclatura: 
- Eutermia ou normotermia: valor dentro da normalidade = 
36°C a 37°C 
- Febril ou febrícula: valor de 37,5°C a 38°C 
- Febre: valor de 38,1°C a 39°C 
- Pirexia: de 39,1°C a 40°C 
- Hiperexia ou hipertermia: acima de 40°C 
- Hipotermia: abaixo de 36°C 
 
Cuidados de enfermagem para hipertermia: 
1. Estimular ingesta hídrica; 
2. Estimular banho de água morna quase fria; 
3. Colocar compressas frias, não geladas, nas pregas 
inguinais e axilares e testa; 
4. Diminuir a quantidade de roupas; 
5. Proporcionar repouso; 
6. Orientar que mantenha alimentação. 
 
Cuidados de enfermagem para hipotermia: 
1. Oferecer alimentos quentes ( chocolates, sopas, bebidas 
isotônicas); 
2. Proporcionar repouso; 
3. Aumentar a quantidade de roupas; 
4. Oferecer alimentos ricos em vitaminas; 
5. Se der, aquecer o ambiente. 
 
•••• Temperatura Axilar: Apesar de não ser a mais precisa, 
é a maneira mais utilizada para se verificar a temperatura. A 
temperatura axilar é contra-indicada nas queimaduras de tórax 
porque a circulação fica alteradas), nas fraturas dos membros 
superiores, na furunculose axilar e em pacientes muito 
caquéticos. 
•••• Temperatura Bucal: É contra-indicada a verificação de 
temperatura bucal nos casos de comprometimento da boca e 
face, e em todos os clientes impossibilitados de manter o 
termômetro sob a língua, como crianças, clientes inconscientes 
e doentes mentais. O termômetro deverá ser de uso 
individual. 
•••• Temperatura retal: O reto é o local de maior precisão 
para verificar a temperatura. É contra-indicada a verificação de 
temperatura retal nos casos de comprometimento do ânus, do 
reto e do períneo. O termômetro deverá ser de uso individual. 
 
# Pulso ( P ou FC): É o nome que se dá à dilatação, 
pequena e sensível, das artérias, produzida pela corrente 
circulatória. Toda vez que o sangue é lançado do ventrículo 
esquerdo para a aorta, a pressão e o volume provocam 
oscilações ritmadas em toda a extensão da parede arterial, 
evidenciadas quando se comprime, moderadamente, a artériacontra uma estrutura dura. 
 
� Valores de normalidade: 
Homens: 60 a 70bpm 
Mulheres: 65 a 80bpm 
 
� Fatores que alteram a freqüência do pulso: 
 
Fatores Fisiológicos: 
Emoções - digestão - banho frio ( porque faz vaso constrição) 
- exercícios físicos (aceleram) – algumas drogas como os 
digitálicos (diminuem). 
Fatores Patológicos: 
Febre - doenças agudas (aceleram) 
Choque (diminuem) 
Classificação do pulso pode ser quanto à: 
Regularidade: 
a. Rítmico - bate ou pulsa com regularidade, ou seja , o 
tempo de intervalo entre os batimentos é o mesmo. 
b. Arrítmico - bate sem regularidade (irregular),o intervalo 
entre os batimentos é diferente. 
Amplitude: volume de sangue dentro da artéria. 
a) Fraco ou filiforme: redução da força ou do volume 
sangüineo (facilmente desaparece com a compressão). 
b) Forte ou cheio: aumento da força ou do volume 
sangüineo(dificilmente desaparece com a compressão). 
Tensão: força da parede da artéria. 
a) Macio - fraco 
b) Duro - forte 
 
Tipos de Pulso: 
Bradisfigmico - São os batimentos do pulso abaixo do 
normal (lento) 
Taquisfígmico - São os batimentos do pulso acima do normal 
(acelerado) 
Dicrótico - dá a impressão de dois batimentos 
Bradicardia - São os batimentos cardíacos abaixo do normal, 
em número 
Taquicardia - São os batimentos cardíacos acima do normal, 
em número 
 
 Observações importantes: 
- Evitar verificar o pulso em membros superiores afetados por 
seqüelas de lesões neurológicas ou vasculares; 
- Não verificar o pulso em membro com fístula arteriovenosa 
(para hemodiálise); 
- Nunca usar o dedo polegar na verificação, pois pode 
confundir a sua pulsação com a do paciente; 
- Em caso de dúvida, repetir a contagem; 
- Proceder a verificação com as mãos secas e quentes. 
 
# Respiração ( R ou FR): 
É o processo no qual ocorre a troca de oxigênio e gás 
carbônico entre o corpo e o meio ambiente. 
 
� Avaliação da respiração: 
- Quanto à freqüência (número de movimentos respiratório 
por minuto – mrpm). Valores de normalidade: 
• No homem (15 a 20 mrpm) 
• Na mulher (18 a 20 mrpm) 
- Quanto ao ritmo 
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Regular: quando o intervalo entre os movimentos respiratórios 
é igual. 
Irregular: quando são diferentes. 
- Quanto à profundidade (intensidade da respiração): 
Superficial 
Profunda 
� Nomenclatura: 
• Eupnéia: respiração com freqüência normal 
• Bradipnéia: quando a freqüência respiratória está abaixo 
de 12 mrpm 
• Taquipnéia: quando freqüência respiratória acima de 24 
mrpm 
• Apnéia: ausência ou parada de respiração por 20 
segundos 
• Dispnéia: respiração difícil, caracterizada pelo aumento do 
esforço inspiratório e expiratório 
• Ortopnéia: quando paciente tem dificuldade para respirar 
na posição deitada e só consegue respirar bem se estiver 
sentado 
• Cheyne Stokes: quando o ritmo respiratório desigual, ou 
seja, todo alterado 
• Estertorosa: respiração com barulho 
• Kussmaul: respiração profunda e ofegante característica 
de coma e acidose diabética grave. 
 
Existem fatores que alteram a respiração: 
� Sono e banho quente: diminuem a respiração 
� Emoções, exercícios e banho frio: aumentam a respiração. 
 
# Pressão arterial: ( PA ou TA) 
É a resistência oferecida pelas paredes das artérias ao fluxo 
sangüíneo, ocasionado pela força de contração do coração. 
Ela varia de acordo com a quantidade de sangue que o 
coração descarrega no sistema arterial e a resistência feita por 
esse sistema ao fluxo sangüíneo. 
 
Pressão sistólica (máxima): é o resultado da contração dos 
ventrículos para ejetar o sangue nas grandes artérias. 
Pressão diastólica (mínima): ocorre assim que a musculatura 
do coração relaxa. 
Existem fatores que alteram a pressão arterial: 
� Fatores que aumentam: esclerose (endurecimento) dos 
vasos, drogas estimulantes, toxinas das bactérias, doenças 
renais, exercícios físicos, emoções, processo digestivo, idade 
avançada, menstruação, gestação, retenção de cloreto de 
sódio, etc. 
� Fatores que diminuem : choque, hemorragias, sono, 
repouso, drogas depressoras. 
# Nomenclatura: 
Normotenso /Pressão Normal = sistólica 
entre 110 e 130mmHg e distólica entre 60 e 
80mmHg 
Hipertensão = quando diastólica acima de 
110mmHg 
Hipotensão = quando sistólica abaixo de 
60mmHg 
Pressão convergente = quando a sistólica e a 
diastólica se aproximam 
Pressão divergente = quando a sistólica e a 
diastólica se distanciam 
 
Importante: 
• colocar o manguito no braço e ajustá-lo a 3 cm sempre 
acima da prega do cotovelo 
• NÃO GARROTEAR O BRAÇO 
• manter o manômetro ao nível dos olhos 
• o primeiro ruído é a pressão sistólica 
• quando muda de som é a pressão diastólica 
• para repetir a técnica é necessário aguardar 30segundos . 
 
APLICAÇÕES DE CALOR E FRIO 
 
Aplicação de calor 
As aplicações de calor dilatam os vasos sangüíneos facilitando 
a circulação; relaxam a musculatura; amenizam a dor local; 
aumentando a temperatura e apressam a supuração. As 
aplicações de calor mais comuns são feitas através de: 
• Compressas – calor úmido (toalha) 3 x ao dia de 10 a 
15min.; 
• Bolsa de água quente. 
Aplicação local de calor: Deve-se controlar 
cuidadosamente a região a ser tratada, para evitar 
queimaduras. 
 
Aplicação de Frio 
As aplicações de frio contraem os vasos sangüíneos, 
diminuindo o fluxo da circulação; previnem o edema, baixam a 
temperatura, diminuem a dor e a hemorragia, prevenindo a 
formação de hematoma. As aplicações de frio mais comuns 
são feitas através de: 
• Compressas – frio úmido. 
• Bolsa de gelo – frio seco. 
 
MANUTENÇÃO E INTEGRIDADE CORPORAL E 
CUIDADOS DE HIGIENE E 
 
FINALIDADES DA HIGIENE CORPORAL 
- Pele saudável pela prevenção de infecções; 
- Melhoria da circulação; 
- Proporcionar repouso e sono; 
- Melhoria da nutrição pelo aumento do apetite; 
- Aumento da auto-estima pela melhora da aparência 
- Sensação de bem-estar. 
 
Higiene Oral 
A higiene oral compreende a limpeza dos dentes, gengivas, 
bochecha, língua e lábios. Em condições normais deve ser 
feita pela manhã, ao despertar, após as refeições, e à noite, 
ao deitar. 
 
Material - Bandeja contendo: 
• Escova de dente (individual) ou espátula envolvida em 
gaze. 
• Creme dental. 
• Copo com água. 
• Cuba-rim; 
• Recipiente para desprezar espátulas com gaze; 
• Lubrificantes para os lábios. 
 
Pacientes com dentaduras - Bandeja contendo: 
• Escova de dente (individual); 
• Espátula envolvida em gaze; 
• Creme dental; 
• Solução dentifrícia; 
• Copo com água; 
• Cuba-rim; 
• Recipiente para desprezar espátulas e gazes; 
• Lubrificante para os lábios 
• Gaze. 
 
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HIGIENE DOS CABELOS E DO COURO CABELUDO 
 
Quando o paciente permanece acamado por um longo 
tempo, é necessário não negligenciar a higiene dos 
cabelos e do couro cabeludo. 
Ela deve ser feita semanalmente ou mais vezes, se 
necessário, proporcionando ao paciente conforto e 
bem-estar e estimulando a circulação do couro 
cabeludo. 
Material - Bandeja contendo: 
• Cuba redonda com xampu; 
• Impermeável grande; 
• Impermeável forrado; 
• Gaze; 
• Bolas de algodão; pente de cabelo; 
• Suporte de soro 
• Jornais 
• Biombos 
• Balde 
• Jarro (2 litros) com água morna 
 
LIMPEZA DO ROSTOE DAS MÃOS 
Material - Bandeja contendo: 
• Toalha de rosto; 
• Saco plástico para lixo; 
• Sabonete; 
• luva de procedimentos; 
• Pente e escova; 
• Luva de banho ( se tiver); 
• Bacia e jarro com água quente. 
 
LAVAGEM EXTERNA OU HIGIENE INTIMA 
A lavagem externa ou higiene íntima proporciona conforto, 
evita e combate infecção e alivia sintomas associados às 
patologias ginecológicas. 
É rotineiramente executada junto ao banho de leito ou com 
mais freqüência, de acordo com determinadas patologias ou 
durante o período menstrual. 
Material - Bandeja contendo: 
• Jarro com água morna; 
• Cuba redonda com sabão líquido; 
• Compressas; 
• Impermeáveis forrados; 
• Comadre; 
• Par de luvas de borracha; 
• Recipiente para recolher as compressas usadas. 
 
BANHO: O banho proporciona bem-estar, estimula a 
circulação , remove odores, abre os poros, dá oportunidade 
para observação do estado da pele e verificação de 
anormalidades como: úlceras de pressão, erupções, edema. 
Tipos de banho: 
 - de imersão; 
- de aspersão; 
- de leito. 
 
BARBA: 
Finalidades: 
- Remover os pêlos que podem coçar e irritar a pele; 
- Promover boa aparência e conforto. 
Material necessário: 
- Toalha de rosto; 
- Barbeador elétrico ou aparelho de barba; 
- Sabão neutro ou creme de barbear; 
- Loção ou gel pós-barba; 
- Pincel de barba ( opcional). 
 
CUIDADOS COM AS UNHAS DAS MÃOS E DOS PÉS: 
 
Os cuidados com as unhas devem ser realizados, de 
preferência, após o banho. Com o envelhecimento, tornam-se 
endurecidas, espessas e quebradiças, portanto, deve-se 
colocá-las de molho em água com sabão por um período de 
10minutos, a fim de amolecê-las para facilitar o corte, que 
deve ser em linha reta, não muito rente. Lixá-las após o corte, 
dando um acabamento final, enxaguar e secar 
cuidadosamente entre os dedos. Deve-se evitar tirar a 
cutícula, para não provocar ferimentos. 
 
HIGIENE DOS PÉS: Cuidados adequados com os pés são 
importantes em qualquer idade, pois são eles responsáveis 
pela sustentação do corpo, pela marcha, equilíbrio e postura 
corporal. 
Cuidados: 
- Secar sem esfregar especialmente entre os dedos, para 
evitar lesões de pele por fungos; 
- Realizar movimentos de rotação e extensão, estimulando a 
circulação, prevenindo atrofias musculares; 
- Pode-se usar talco mentolado a fim de evitar transpiração 
excessiva; 
- Usar calçados adequados, confortáveis para evitar formação 
de calos e lesões; 
- Usar meias limpas e folgadas, sem furos e costuras muito 
duras; 
Lixar os calos, não arrancá-los, para evitar infecções. 
Massagem de Conforto 
Essa técnica auxilia muito o repouso do paciente, aumenta a 
circulação do sangue sobre as proeminências ósseas e previne 
o aparecimento de escaras. 
A massagem é uma compressão metódica manual da pele, 
com fins terapêuticos ou relaxamento. Existem cinco 
movimentos utilizados durante a massagem. 
a) deslizamento 
• superficiais: cujos movimentos são longos, rítmicos e 
leves; 
• profundos: cujos movimentos são mais fortes, centrípetos, 
que tem por finalidade, por exemplo, estimular o peristaltismo 
intestinal. 
b) amassamento: segura-se o músculo, amassando-o 
conforme o contorno da massa muscular. 
c) fricção: movimento circular em que os dedos se movem 
junto com a pele. 
d) percussão: consiste em dar palmadas no tecido, com as 
mãos cerradas. 
e) vibração: impulso vibratório e agitante nos tecidos do 
cliente. 
 
IMPORTANTE 
• Nunca massagear sobre a roupa do cliente, para evitar 
escarificação. 
• Retirar anéis e pulseiras antes de realizar a massagem no 
cliente e cortar as unhas. 
• A massagem deve ser feita por pessoal especializado. 
• Manter as mãos sempre limpas. 
• Deixar a unidade em ordem 
 
AUXÍLIO AO PACIENTE NA ALIMENTAÇÃO 
 
NUTRIÇÃO = NECESSIDADE HUMANA BÁSICA 
A satisfação das necessidades nutricionais pode ser 
confirmada através de: 
• bom tônus muscular com reflexos normais; 
• balanço energético; 
• ritmo e batimentos cardíacos normais; 
• pressão arterial normal; 
• cliente lúcido e orientado no tempo , lugar e em relação a 
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própria pessoa; 
• valores laboratoriais normais(albumina sérica, 
hemoglobina, hematócrito, proteína sérica total, colesterol, 
glicose, creatinina,...); 
• fezes moldadas, amolecidas, eliminadas regularmente 
com mínimo esforço; 
• velocidade normal de crescimento para a idade.. 
 
GRAUS DE DEPENDÊNCIA DO PACIENTE: 
• Pacientes independentes; 
• Pacientes parcialmente dependentes; 
• Pacientes dependentes. 
 
ALIMENTAÇÃO POR SONDA: Consiste em oferecer 
alimentos ao paciente através de uma sonda nasogástrica ( 
alimeto é depositado no estômago), sonda nasoenteral ( 
alimento é depositado no intestino) ou por gastrostomia 
(alimentos líquidos no estômago, por sonda através da parede 
abdominal). 
 
SONDAGEN NASOGÁSTRICA: 
É a introdução de uma sonda, específica, no estômago através 
da cavidade oral ou nasal. 
Finalidades: 
- Drenar conteúdo gástrico; 
- Administrar medicamentos e alimentos; 
- Fazer lavado gástrico; 
- Diminuir a aerofagia e conseqüentemente aliviar a distensão 
abdominal; 
- Obter amostras de conteúdo gástrico para estudos 
laboratoriais; 
- Tratar pacientes com obstrução mecânica e sangramento 
dentro da cavidade abdominal superior. 
 Pode ser: 
Aberta: para drenagem. 
Fechada: para alimentação ou medicação do paciente 
impossibilitado de deglutir. 
 
SONDA NASOENTÉRICA/JEJUNAL 
É o fornecimento de dietas através de uma sonda pelo trato 
gastrointestinal. 
Finalidades: 
- Remover fluidos e gases do trato gastrintestinal; 
- Pesquisar sangramento gastrintestinal; 
- Administrar alimentos e medicamentos. 
 
Administração deve ser feita por gotejamento por gravidade 
ou bomba de infusão com fluxo constante, assegurando o 
controle do volume. 
 
SONDA DE GASTROSTOMIA 
É a introdução de alimentos líquidos no estômago por meio de 
um tubo de borracha ou silicone introduzido através da parede 
abdominal. Esse procedimento é feito pelo médico. 
A enfermagem fica responsável pela administração da 
alimentação bem como, o cuidado com a ostomia. 
Antes de administrar a dieta, fazer aspiração para verificar se 
o estômago não está repleto de alimentos, caso esteja, 
suspender a dieta e comunicar. 
HGT = HEMOGLICOTESTE 
Finalidades: 
- Verificar a glicemia capilar. 
 
Material: 
1. Luvas de procedimentos; 
2. Algodão seco; 
3. Fita para HGT ou aparelho; 
4. Frasco de HGT com tabela de controle; 
5. Microlanceta ou agulha de insulina descartável. 
 
Nutrição Parenteral 
 
Se as necessidades nutricionais do cliente não puderem ser 
atendidas por via oral ou por alimentação por sondas, pode 
ser necessário usar uma infusão venosa de solução nutricional. 
Essas necessidades devem ser avaliadas com segurança e 
precisão a fim de conhecer os seus princípios, os componentes 
da solução nutricional, os procedimentos, a administração e 
os registros importantes, bem como as complicações no uso 
da terapêutica. Quem avalia e prescreve a administração da 
nutrição parenteral é o médico. 
 
O uso da nutrição parenteral requer que os clientes 
apresentem alguns problemas para que sejam indicadores do 
seu uso: 
• Doença debilitante há duas semanas ou mais, 
• Perda de mais de 10% do peso habitual antes da doença, 
• Nível sérico de albumina abaixo de 3,5g/dl 
• Vômitos ou diarréias crônicas, 
• Emagrecimento contínuo, apesar da indigestão oral ou 
alimentação entérica adequada, 
• Distúrbio que reduza profundamente ou impeça a 
absorção gastrintestinal, 
• Perda excessiva de nitrogêniopelas feridas infectadas, 
• Fístulas , abscesso ou insuficiência renal ou hepática, 
acompanhada de falência do trato gastrintestinal. 
 
EXISTEM DOIS TIPOS DE ADMINISTRAR A NUTRIÇÃO 
PARENTERAL: 
Via Periférica – (NPP) Nutrição Parenteral 
Periférica/Parcial 
a) Veia Basílica; 
b) Veia Cefálica; 
c) Veia umbilical (pediatra). 
 
Via Central – (NPT) Nutrição Parenteral Total 
a) Veia cava superior e inferior; 
b) Subclávia (infraclavicular e supraclavicular); 
c) Jugular interna; 
d) Femoral. 
 
A Nutrição Parenteral Periférica é usada em veia periférica, 
com risco menor de usar o revestimento venoso. 
A NPP, não atende as demandas nutricionais por muito tempo, 
em geral é usada por duas semanas e que a concentração de 
glicose não pode ultrapassar 10%. 
A Nutrição parenteral periférica é uma opção satisfatória para 
os clientes bem nutridos ou com desnutrição leve, que não 
tenham, restrições hídricas e que necessitem de suplementos 
para alimentação entérica. Esses clientes podem ter elevações 
discretas da taxa metabólica. 
A Nutrição Parenteral Total é administrada por veia central, na 
qual a hemodiluição maior protege o revestimento venoso. 
 É uma opção adequada a clientes com desnutrição moderada 
que não pode ser corrigida com alimentação entérica; são 
usados a indivíduos que precisam seguir restrições hídricas, 
que não têm veia periférica acessível , ou que necessitem de 
nutrição por mais de duas semanas. Pode ser usada por 
meses ou anos , à noite ou durante o dia. 
 Complicações: 
• Sepse associado ao cateter, 
• Flebite 
• Embolia Gasosa, 
• Disfunção hepática, 
• Hipercapnia (excesso de dióxido de carbono no sangue) 
• Hipocalcemia, 
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• Hipotassemia, 
• Hipomagnesemia, 
• Hipofosfatemia, 
• E outros problemas como: coagulação do cateter, 
rachaduras ou fraturas no equipo e desconecção do cateter. 
 
CATETERISMO VESICAL, LAVAGEM VESICAL E 
IRRIGAÇÃO VESICAL 
 
CATETERISMO VESICAL 
 
É a introdução de uma sonda na bexiga através do meato 
urinário. 
Essa é uma técnica que requer muito cuidado, pois existe 
grande risco de causar uma infecção no paciente. 
Normalmente ela é executada por enfermeiro ou médico. 
Toda a técnica de cateterismo vesical deve seguir rigidamente 
os princípios assépticos. 
A sondagem vesical deve ser evitada ao máximo, porém, 
existem casos onde ela é necessária, como: 
• Retenção de urina; 
• Operações de períneo e do abdômen; 
• Preparo de cirurgias; 
• Balanço hídrico em pacientes com incontinência urinária; 
ATENÇÃO: Nunca o coletor de urina deverá ficar acima do 
nível da bexiga do paciente, pois isso causaria o refluxo da 
urina podendo provocar uma infecção urinária. 
O diâmetro dos cateteres a serem utilizados variam de acordo 
com o tipo do cliente e pode ser exemplificado como: 
- crianças: 8-10F 
mulheres: 14-18F 
homens: 18-20F 
 
Na mulher: 
• fazer a antissepsia dos grandes lábios, dos pequenos 
lábios e do meato urinário com solução antisséptica, no 
sentido púbis-ânus, utilizando uma gaze ou torunda montada 
para cada movimento; 
• colocar gaze no meato urinário; 
• colocar o campo fenestrado; 
• lubrificar a sonda com xilocaína gel; 
• afastar os grandes e pequenos lábios com uma mão; 
• com a outra mão, enluvada e sem contaminar, retirar a 
gaze que estava sobre o meato urinário e introduzir a sonda, 
mais ou menos 05 a 07cm, deixando a outra extremidade na 
cuba-rim para receber a urina; 
 
No Homem: 
• Afastar o prepúcio e fazer a anti-sepsia do meato urinário, 
no sentido do meato para a glande e prepúcio; 
• Injetar 10ml de lubrificante anestésico na uretra com a 
seringa, pressionando a glande por 2 ou 3 minutos para que 
não haja refluxo da geléia; 
• Elevar o pênis e introduzir o cateter de 18 a 20 cm; 
• Abaixar o pênis lentamente para facilitar a passagem do 
cateter na uretra; 
• Recobrir a glande com o prepúcio; 
 
a) Colher amostra de urina se necessário; 
b) Inflar o balão, através da válvula existente na 
extremidade do cateter com ar ou soro fisiológico, com o 
auxílio da seringa; 
c) Puxar levemente para ver se o cateter está fixo; 
d) Conectar ao conjunto de drenagem; 
e) Retirar as luvas; 
f) Fixar o cateter na perna do paciente para prevenir o risco 
de tracionar e ferir a uretra e a bexiga; 
g) Retirar o material da cama do paciente; 
h) Deixar o paciente confortável; 
i) Deixar a unidade em ordem; 
j) Lavar, secar e guardar o material; 
k) Encaminhar o material que necessitar de esterilização; 
l) Lavar as mãos e fazer as anotações. 
m) Se for sondagem de alívio, após a retirada total da urina, 
retirar o cateter, os campos e a cuba rim, medir o volume 
drenado e reposicionar o paciente. 
 
IRRIGAÇÃO VESICAL 
 
É a irrigação contínua de líquidos na bexiga, com o objetivo de 
prevenir a multiplicação de microorganismos. 
Para a irrigação vesical é necessária a cateterização vesical 
com uma sonda Folley de 3 vias. 
 
DRENAGEM DE URINA COM PRESERVATIVO OU 
CONDOM 
 
Consiste na colocação de um preservativo ou condom no pênis 
do cliente para drenagem da urina. 
É indicado nos casos em que o cliente possui incontinência 
urinária, sem a necessidade de um controle preciso da 
diurese. 
• Material 
• Condom ou preservativo; 
• Frasco coletor com intermediário; 
• Esparadrapo; 
• Gazes; 
• Cuba rim; 
• Água, sabão, toalha; 
• Material para tricotomia, se necessário 
 
 LAVAGEM INTESTINAL OU ENTEROCLISMA OU ENEMA 
 
É administração de uma solução no intestino grosso, através 
do ânus e reto, para remover as fezes. 
Tem a finalidade de aliviar a distensão e a constipação 
intestinal; preparar o paciente para cirurgias, tratamentos e 
exames especializados nos intestinos; e administrar 
medicamentos. 
A quantidade de líquido administrado na lavagem intestinal, no 
máximo, é de 2.000ml. 
 
Procedimentos: 
• Preparar o material; 
• Lavar as mãos; 
• Levar o material até a unidade do paciente; 
• Colocar o material na mesinha de cabeceira; 
• Orientar o paciente; 
• Isolar o paciente; 
• Colocar o paciente na posição de Sims do lado esquerdo; 
• Forrar a cama com um impermeável forrado ou toalha; 
• Conectar a sonda no tubo do irrigador ou equipo com 
solução; 
• Pinçar o tubo; 
• Deixar a solução prescrita no irrigador, observando que a 
temperatura seja de morna; esta medida previne o surgimento 
de íleo-paralítico ( interrupção do peristaltismo devido ao 
comprometimento da atividade muscular, acarretando 
obstrução intestinal) e proporciona mais conforto ao paciente; 
• Deixar correr a solução até preencher o tubo e a sonda, 
pinçando novamente; 
• Lubrificar a sonda; 
• Calçar as luvas; 
• Abrir as nádegas do paciente afastando-as, solicitando 
que o paciente respire profundamente; 
• Introduzir, aproximadamente, 7 cm da sonda lubrificada 
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no reto; 
• Abrir a pinça ou roldana e deixar entrar lentamente, a 
solução no intestino do paciente, observando as alterações; 
• Pinçar o tubo; 
• Retirar a sonda e colocá-la na cuba rim ou saco de lixo; 
• Esperar alguns minutos, reter por alguns minutos mais; 
• Levar o paciente ao banheiro ou colocar a comadre; 
• Fazer a higiene íntima se necessário; 
• Retirar as luvas; 
• Deixar o paciente confortável; 
• Deixar a unidade do paciente em ordem; 
•Lavar, secar e guardar o material; 
• Encaminhar o material que necessitar de esterilização; 
• Lavar as mãos; 
• Fazer as anotações (tipo e quantidade de solução 
empregada, hora da aplicação e efeito, aspectos das fezes, 
reação do paciente, e anormalidades); 
 
TIPOS DE LAVAGEM INTESTINAL 
 
Evacuador – Cuja finalidade é estimular o peristaltismo, 
provocando o esvaziamento intestinal seja para fins laxativos 
ou preparo para exames e cirurgias. 
Retentivo – Cuja finalidade é administrar uma solução 
medicamentosa que deve ser absorvida, pelo intestino e ser 
administrada gota a gota para evitar o peristaltismo, usando 
para hidratar, diluir toxinas no intestino, caso infecções e 
promover escapamento de gazes no colon e reto. 
 
TIPOS DE CLISTER E FINALIDADE 
 
O clister é a introdução de uma pequena quantidade de 
líquidos (200 a 500ml), a fim de combater a infecção e 
aliviar a dor, entre outras finalidades como: 
Clister Sedativo: para aliviar a dor; 
Clister Purgativo: para limpeza do intestino grosso, 
geralmente é irritante à mucosa intestinal; 
Clister Antisséptico: para combater infecções utilizando 
como medida profilática em pré-operatório em cirurgia 
intestinal potencialmente contaminadas; 
Clister Adstringente: para contrair o tecido usado em caso 
de diarréias e para promover o término de hemorragias, 
devido à vasoconstrição que provoca; 
Clister Emoliente: usado para amolecimento das fezes, 
aplicado no caso de constipação severa ou quando uma 
condição anal dolorosa. 
 
Aspiração de Secreção Orofaríngea e Endotraqueal 
É o método utilizado para remover secreções da boca e da 
faringe, através se sucção, desobstruindo a entrada de ar nas 
vias aéreas superiores, bem como da traquéia e brônquios nos 
pacientes entubados e traqueostomizados. 
É indicado nos casos em que o paciente é incapaz de eliminar 
as secreções sozinho, na presença de corpos estranhos do 
nariz, boca e faringe mantendo as vias aéreas limpas e uma 
ventilação eficaz. 
 
# Aspiração de VAS: É a aspiração da boca e nariz. 
 Procedimento: 
1. Explicar o procedimento ao cliente; 
2. Reunir o material; 
3. Lavar as mãos; 
4. Abrir o pacote da sonda na extremidade distal e adaptá-la 
ao látex, mantendo-a protegida pelo invólucro; 
5. Calçar a luva; 
6. Lubrificar a sonda com a água ,mesmo para não 
traumatizar a mucosa; 
7. Clampear o látex, introduzir a sonda na boca ou nariz, 
desclampear e aspirar com movimentos rotatórios. Cada 
aspiração deve ser de, no máximo, 15 segundos, pois neste 
período o pulmão não recebe Oxigênio; 
8. Deixar o cliente descansar por 20 a 30 segundos antes de 
nova aspiração, a não ser que ele esteja com muita secreção, 
provocando desconforto respiratório; 
9. Desprezar a sonda, enrolando-a sobre a mão calçada com 
a luva e jogar fora em recipiente próprio; 
10. Introduzir a extremidade do intermediário de látex no SF 
para fazer a limpeza do mesmo; 
11. Fechar a válvula de aspiração; 
12. Lavar as mãos; 
13. Organizar o material; 
14. Registrar os aspectos das secreções e intercorrências. 
 
# Aspiração traqueal: É a retirada de secreções 
traqueais e pulmonares por sucção. As finalidades são 
facilitar oxigenação, ventilação e evitar complicações 
respiratórias. 
 
Procedimentos: 
• Lavar as mãos; 
• Preparar o material; 
• Levar o material até a unidade do paciente; 
• Colocar o material na mesinha de cabeceira; 
• Orientar o paciente explicando o procedimento e a 
finalidade ao paciente, (assegurando a tranqüilidade), mesmo 
que ele não esteja consciente; 
• Isolar o paciente; 
• Posicionar o paciente em elevação, se não houver contra-
indicação, adaptar a sonda no intermediário, com a mesma 
ainda dentro do invólucro; 
• Se o paciente estiver em respirador, ventile-o com ambu, 
por 3 vezes; 
• Calçar uma luva estéril ou luva plástica estéril; 
• Desconectar do respirador, introduzir 1ml de AD no tubo 
ou na traqueostomia, para fluidificar as secreções com a mão 
não enluvada; 
• Com a mão enluvada, que está com a sonda, faz-se a 
introdução da mesma no tubo ou na traqueostomia; 
• Ligar o aspirador ou desclampear o látex, pois só se 
processa aspiração na retirada da sonda, com movimentos 
giratórios; 
• A frequência da aspiração será determinada pelas 
condições do cliente; 
• Após a aspiração retorna-se a oxigenação ( respirador ou 
traqueostomia); 
• Desprezar luva e sonda; 
• Organizar o material; 
• Lavar as mãos; 
• Fazer os registros necessários; 
• Trocar frasco coletor, intermediário seringa com AD de 
acordo com a rotina da instituição. 
 
Observações: 
• Usar uma sonda para cada via, a ser aspirada; 
• Se houver necessidade de limpar a sonda, usar gaze 
estéril; 
• Se a FC e o ritmo modificarem durante o processo, 
interrompa a aspiração e comunique ao Enfermeiro ou Médico; 
• O intermediário de látex deve ser desprezado no lixo 
contaminado e o de silicone deve ser reprocessado no CME; 
• Uma única sonda poderá ser usada várias vezes durante o 
procedimento se houver pouca secreção espessa, a qual 
poderá ser retirada da sonda com gaze estéril. 
 
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Drenagem Torácica 
Os pulmões são órgãos onde se realizam as trocas gasosas 
respiratórias do organismo. Eles estão localizados no tórax e 
são envolvidos por duas membranas: a interna – pleura 
visceral e a externa – pleura parietal. Entre as duas pleuras 
existe uma pequena quantidade de líquido para lubrificação 
(líquido pleural). A disposição pleural normal permite que a 
respiração se faça com um mínimo de atrito. 
Uma das extremidades do tubo de drenagem torácica fica 
dentro do tórax e a outra é coberta com uma camada de água 
que permite a saída de ar e líquido do interior do espaço 
pleural, não permitindo a entrada de ar. 
 
Manifestações clínicas de clientes com derrame 
pleural: 
• Geralmente, as manifestações clinicas são aquelas 
manifestadas por pneumonias ou outras infecções respiratórias 
como: febre, calafrios, dor torácica pleurítica, e quando em um 
derrame pleural por malignidade pode resultar em dispnéia, 
tosse e sudorese. 
• A presença de liquido é confirmada pela radiografia 
torácica, ultra-sonografia, exame físico e toracocentese. 
• O liquido pleural é analisado por culturas bacterianas, 
hemogramas e leucogramas e estudo de bioquímica 
sanguínea(glicose , amilase, desidrogenase lática, proteína) e 
PH. 
 
Procedimento: 
• Adaptar no vácuo. 
• Carregar o(s) frasco(s) abaixo do nível do corpo do 
paciente. 
• Avaliar cor, quantidade e aspecto da drenagem. 
• Ordenha (apertar com a mão látex do dreno para tentar 
puxar mais líquido). 
• A colocação do dreno de tórax é de responsabilidade do 
médico e é feito no CC, portanto, cabe à enfermagem auxiliar 
no procedimento e na manutenção do mesmo. 
 
Condutas e Cuidados de Enfermagem 
 
• Manter o cliente em posição de fowler e observar 
evolução da dispnéia; 
• Verificar se as conexões estão bem adaptadas e 
ajustadas; 
• O tubo deve ficar cerca de 2,5cm abaixo do nível d´água, 
abaixo do tórax; 
• O intermediário interno deve estar sempre mergulhado na 
solução contida no frasco coletor; 
• Assinalar o nível de liquido inicial com esparadrapo no 
lado de fora do frasco de drenagem,(500ml de solução 
fisiológica); 
• Certificar-se de que a tubulação não faz alças nem 
interfere nos movimentos do cliente; 
• Incentivar o cliente a adotar uma posição 
confortável.Estimular o bom alinhamento do corpo; 
• Certificar-se de que há oscilação do liquido no tubo de 
vidro; 
• Realizar a troca do liquido conforme rotina estabelecida 
pela instituição,mas geralmente é nas 24hs; 
• Observar e anotar a drenagem quanto a: tipo, 
características e a quantidade do volume drenado, 
• Incentivar o cliente a respirar profundamente e tossir a 
intervalos freqüentes. 
• Ao transporte manusear o frasco com muito cuidado e 
sempre abaixo do tórax e não deve ser pinçado; 
• Observar a oscilação da coluna ligada ao dreno que vem 
do tórax, bem como a drenagem aspecto, quantidade e 
vazamentos ao logo do dreno ou das conexões; 
• Cuidar para que não haja quebra do frasco, 
• Observar e trocar o curativo (oclusivo) do local da 
inserção do dreno diariamente ou sempre que necessário 
• Em caso de retirada acidental do dreno, comprimir 
imediatamente o local e acionar o médico, 
 
PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE ULCERAS DE PRESSÃO 
 
CONCEITO: É uma lesão ocasionada pela pressão não 
aliviada da pele sobre proeminências ósseas, que 
interrompe o suprimento sanguíneo e trás como 
conseqüência o dano de tecidos subjacentes 
(subcutâneo, muscular, ósseo e articulações) 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS ULCERAS DE PRESSÃO 
 
ESTÁGIO-1: Ocorre um eritema em pele intacta que não 
embranquece após remoção da pressão exercida. 
 
ESTÁGIO-2: Ocorrem perdas parciais da pele envolvendo 
a epiderme, derme ou ambas.A úlcera é superficial e 
apresenta-se como uma abrasão, uma bolha ou cratera 
rasa. 
 
ESTÁGIO-3: É uma perda da pele na sua espessura total, 
envolvendo danos ou uma necrose do tecido SC que 
pode se aprofundar, mas não chegando até a fáscia 
muscular. A úlcera apresenta-se clinicamente como 
uma cratera profunda. 
 
ESTÁGIO-4: É a perda da pele na sua total espessura 
com extensa destruição ou necrose dos músculos, 
ossos ou estruturas de suporte como tendões ou 
cápsulas. 
 
FATORES DE RISCO 
 
PRESSÃO + FORÇA DE CISALHAMENTO + FRICÇÃO + 
UMIDADE 
 
Pessoas suscetíveis: 
Pacientes acamados, com dificuldade para se reposicionar, 
estado nutricional prejudicado, incontinência urinária e fecal e 
alteração do nível de consciência. 
 
PREVENÇÃO DE ÚLCERAS DE PRESSÃO 
 
1. Cuidados com a pele: Deverá ser limpa no momento que 
sujar. A freqüência de limpeza da pele deve ser 
individualizada de acordo com a necessidade ou 
preferência do cliente. 
2. Manter a pele hidratada devendo-se evitar seu 
ressecamento através do uso de hidratantes e proteção 
contra o frio. 
3. Evitar massagens nas proeminências ósseas, quando zona 
já hiperemiada, pois podem causar danos teciduais. 
4. Evitar a exposição da pele à umidade, devido a 
incontinência (fraldas), perspiração ou drenagens de 
feridas. 
5. Posicionar o cliente adequadamente no leito. Usar técnicas 
corretas. 
6. Não esquecer de dar/estimular a dieta ao paciente 
acamado. 
7. Realizar a mudança de decúbito de 2 em 2 horas sempre 
que possível. Fazer o uso de almofadas, travesseiros e 
luvas com água, protegidas com toalha, para proteger as 
proeminências ósseas. 
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8. Manter a cabeceira da cama num grau mais baixo 
conforme condições do cliente para evitar a força de 
cisalhamento. 
9. Use e abuse dos colchões piramidais sem capa para 
redistribuir o peso corporal. 
10. Ao posicionar o cliente em cadeira não se esqueça do 
alinhamento postural. 
 
A FERIDA 
É a perda ou a ruptura da continuidade da pele, tecido ou 
órgão corpóreo. 
Classificação das Feridas: 
 
De acordo com a presença ou não de microorganismos: 
 
1. ASSÉPTICA: Sem presença de germes patogênicos; 
Ferida limpa. 
Ex: corte cirúrgico. 
2. SÉPTICA: Contaminada ou infectada; com presença de 
germes patogênicos; 
Ex: escara infectada. 
 
De acordo com a presença ruptura da superfície: 
1. ABERTA: Quando o tecido entra em contato com o meio 
exterior, ocorre a ruptura da pele ou tecido. 
2. FECHADA: Quando não ocorre ruptura do tecido. Ex: 
fratura de colo de fêmur. 
 
De acordo como ocorreu a ferida: 
1. INCISAS: Provocadas por objetos cortantes. As bordas 
apresentam-se lesas e bem delimitadas. O sangramento é 
abundante, mas fácil de ser contido. Ex: incisões cirúrgicas. 
2. CONTUSAS: Causadas por traumatismos como queda e 
pancadas. O sangramento é pequeno, mas os danos de 
tecidos vizinhos demora a cicatrizar. 
3. PERFURANTE: Provocados por objetos pontiagudos. Pode 
atingir órgãos importantes e ocorrer infecção devido à 
dificuldade de realização de uma boa anti-sepsia. 
3. LACERADAS: Provocadas por acidentes. Apresentam 
grandes rasgões, há pouca tendência a hemorragias, mas 
sujeita à supuração. 
4. TÓXICAS: Devido à picada ou mordedura de animal. Ex; 
picada de escorpião, abelha, mordedura de cão raivoso. 
5. PERFURO CONTUSA: arma de fogo. 
 
Classificação dos tecidos: 
 
O processo de cicatrização ocorre, no ferimento, de dentro 
para fora. As células da epiderme migram das bordas da 
ferida, preparando o local para os fibroblastos (células 
de regeneração dos tecidos) iniciarem a reconstrução. 
A cicatrização, segundo Brunner e Suddarth (1977) pode 
ocorrer por: 
a) Primeira intenção: quando as bordas da ferida são 
aproximadas uma das outras facilitando a cicatrização. Ocorre 
geralmente com a ferida cirúrgica limpa. 
b) Segunda intenção: quando as bordas da ferida estão 
muito distantes e geralmente há presença de secreções; o 
tecido de granulação começa a ser formado de baixo para 
cima e a cicatrização somente se completa quando as células 
da pele (tecido epitelial) crescem sobre este tecido. A 
cicatrização por segunda intenção é muito mais demorada e 
deixa cicatrizes maiores; por isso, sempre que possível sutura-
se os ferimentos. 
c) Terceira Intenção: quando as bordas da ferida são 
aproximadas uma das outras facilitando a cicatrização, mas 
ocorre infecção, pontos retirados precocemente e a ferida 
torna-se aberta. Cicatriza por segunda intenção. 
 
MUDANÇA DE DECÚBITO 
 
É a técnica que previne a formação de escaras de decúbito e 
as complicações pulmonares e circulatórias, pois através da 
movimentação, proporciona conforto físico ao paciente e 
facilita a circulação sanguínea. 
Essa movimentação poderá ser feita com o auxílio de um 
profissional (movimentação ativa) ou pelo próprio paciente 
(movimentação passiva) sob orientação. 
 
CURATIVO 
 
O curativo é a remoção mecânica das secreções e de colônias 
de bactérias presentes na lesão, assim como a proteção de 
outras contaminações ou traumas. 
 
Princípios básicos a serem observados no cuidado dos 
ferimento: 
• A pele e as mucosas normalmente contêm 
microorganismos; 
• Freqüentemente o trato respiratório do cliente e dos 
profissionais possue microorganismos que podem disseminar 
para as feridas abertas; 
• A umidade dos curativos facilita o crescimento do número 
de microorganismos; 
• A umidade dos curativos facilita também a movimentação 
dos germes; 
• As secreções contaminadas movimentam-se através dos 
materiais; 
• Deve-se considerar sempre que os materiais utilizados em 
qualquer curativo que entraram em contato com fluídos 
orgânicos, portanto, contaminados, e que são permanentes e 
não descartáveis, como as pinças, deverão passar por um 
processo de descontaminação em solução desinfetante e, 
posteriormente, encaminhados ao preparo e esterilização; 
• O lixo resultante do curativo deve ser condicionado em 
saco plástico com a identificação de lixo hospitalar e é 
considerado resíduo contaminado. 
• No ar existem microorganismos – não deixar a ferida 
exposta, não deixar material exposto. 
 
Etapas do curativo: 
 
1. Abertura – remoção de esparadrapos e gazes; 
2. Limpeza – remoção de secreção; 
3. Tratamento – colocaçãodo anti-séptico e/ou pomadas; 
4. Fechamento – confecção do curativo conforme suas 
características. 
 
Segundo Turner (1982) expressa alguns critérios do curativo 
ideal: 
•••• Manter alta umidade no espaço entre ferida e curativo; 
•••• Remover o excesso de exsudato e componentes tóxicos; 
•••• Permite trocas gasosas; 
•••• Promover isolamento térmico; 
•••• Dispor de proteção contra infecção secundária; 
•••• Estar livre de partículas e contaminantes tóxicos; 
•••• Permitir sua renovação sem trauma na troca; 
•••• Dispor de vários tamanhos (resistentes) 
•••• Proporcionar conforto ao cliente 
 
Fatores que Influenciam na Cicatrização 
 
• Boa nutrição: Principalmente ingestão de proteínas e 
vitamina C; 
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• Ausência de infecção: A infecção destrói o tecido e 
resulta no tempo mais prolongado na última etapa da 
cicatrização; 
• Boa circulação local: Qualquer fator que impeça a 
região afetada de receber os nutrientes e oxigenação 
adequadas para os tecidos. 
 
TIPOS DE CURATIVOS 
 
1. fechado ou bandagem: sobre a ferida é colocada gaze, 
pasta ou compressa, fixando-se com esparadrapo ou atadura 
de crepe; 
2. aberto: recomendado nas incisões limpas e secas, 
deixando-se a ferida exposta. 
As vantagens e indicações para cada tipo de curativo são: 
a) Curativo fechado: 
• Absorver a drenagem de secreções; 
• Proteger o ferimento das lesões mecânicas; 
• Promover hemostasia, através de curativo compressivo; 
• Impedir contaminação de ferimento por fezes, vômito, 
urina; 
• Promover o conforto do paciente. 
 
b) Curativo aberto: 
• Eliminar as condições necessárias para o crescimento de 
microorganismos (calor, umidade, ausência de luz solar, etc.); 
• Permitir melhor observação de detecção precoce de 
dificuldades no processo de cicatrização; 
• Facilitar a limpeza; 
• Evitar reações alérgicas ao esparadrapo; 
• Ser mais barato. 
 
RETIRADA DOS PONTOS 
 
É a retirada de fios, colocados para aproximar as bordas de 
uma incisão. Os fios são retirados após a cicatrização do 
ferimento. 
 
Procedimento técnico - Material: 
• Material de curativo; 
• Material de retirada de pontos (pinça anatômica sem 
dentes e uma tesoura de ponta fina); 
• Na falta de material de retirada, usa-se uma lâmina de 
bisturi presa à pinça Kocher do material de curativo. 
• Luva e bisturi. 
 
BANDAGENS 
 
As bandagens podem ser feitas com tiras de tecidos, lenços, 
etc. chamadas bandagens improvisadas e com ataduras. 
Finalidades: 
- manter curativo; 
- aquecer uma articulação; 
- imobilização; 
- controlar hemorragia; 
- manter posicionamento funcional de um membro e corrigir 
deformidade. 
 
Bandagens com ataduras 
São 5 tipos de voltas básicas usadas com ataduras: circular, 
espiral, reversa, espica e recorrente. 
 
a) CIRCULAR: As voltas da atadura são feitas uma sobre a 
outra. São muito usadas no abdômen. 
b) ESPIRAL: Cada volta cobre a metade ou 2/3 da volta 
anterior como mostra a figura abaixo. É usada em dedos, 
pernas, braços, antebraços etc. 
c) REVERSA: Usada, principalmente, nos antebraços, coxas 
e pernas. Observe os passos apresentados na figura abaixo. 
d) ESPICA: É muito utilizada em articulações. Acompanhe os 
passos na figura abaixo. 
e) RECORRENTE: Usada, principalmente, na cabeça, em 
cotos (membros amputados), mãos e pés. Na figura abaixo 
apresentam a volta recorrente e a volta espica. 
 
Restrições de Movimentos 
É a limitação dos movimentos do paciente com a finalidade de 
prevenir acidentes. A restrição de movimentos pode causar 
escaras, dificultar o retorno venoso e/ou agravar ferimentos já 
existentes. Por isso recomenda-se evitar ao máximo a 
contenção do paciente. 
É indicada: 
• para evitar que crianças, pacientes agitados e 
inconscientes caiam da cama; 
• no pós-operatório, principalmente em pacientes agitados; 
• em doentes mentais agressivos; 
• para pacientes que não colaboram no tratamento. 
 
A restrição de movimentos pode ser feita nos ombros, 
abdômen, joelho, pulso e tornozelos. 
 
Material: 
• lençóis 
• ataduras de crepe 
• algodão 
 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 
 
MEDICAMENTOS 
É a substância química utilizada no tratamento, prevenção e 
diagnóstico de patologias. É toda substância no organismo 
vivo, que atenderá a uma finalidade terapêutica podendo 
auxiliar, melhorar ou inibir a função orgânica. 
DOSAGEM 
É a determinação da dose ou quantidade de um medicamento 
ou substância medicamentosa. 
DOSE 
• Inicial – Primeira dose; 
• Média – Quantidade de medicamento que provou ser 
eficaz; 
• Manutenção – Dosagem mantida após o efeito desejado 
da dose inicial; 
• Máxima – Maior quantidade de medicamento administrado 
sem risco; 
• Letal – dosagem que pode matar. 
 
Finalidade da Medicação 
• Curativa – Destruir o agente causador da patologia 
• Paliativa – Aliviar algum sintoma 
• Substitutiva – Repor substância encontrada no organismo 
 
Apresentação/Nome 
• Nome Comercial – O mesmo medicamento pode possuir 
vários nomes conforme o fabricante do registro. 
• Nome Químico – O nome químico do medicamento (da 
substância). 
• Nome Genérico ou Original – Nome pelo qual o 
medicamento é catalogado. 
 
Ação dos medicamentos 
Os medicamentos podem agir no organismo provocando uma 
ação local ou geral (sistêmica). 
Ação local, como o nome já diz, é a ação da droga no próprio 
local da aplicação, na pele ou na mucosa, e pode ser: 
 
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• Adstringente – contrai os tecidos e diminui a luz dos 
vasos; 
• Antisséptica – inibe o desenvolvimento de 
microorganismos; 
• Emoliente – lubrifica e amolece os tecidos; 
• Irritante – irrita os tecidos; 
• Paliativa – diminui a dor. 
 
Ação geral - é a ação da droga que precisa ser ministrada no 
meio interno do organismo para surtir efeito e pode ser: 
• Antagônica – corta o efeito de outra droga; 
• Cumulativa – acumula no organismo; 
• Depressora – deprime a função de um órgão ou tecido; 
• Estimulante – estimula a função de um órgão ou tecido; 
• Sinérgica – reforça o efeito de outro medicamento e 
vice-versa. 
 
5 CERTEZAS 
1. Paciente certo 
2. Medicamento Certo 
3. Dose Certa 
4. Hora Certa 
5. Via Certa 
 
Considerações 
A) Toda medicação deve ser prescrita pelo médico, exceto 
alguns prescritos por enfermeiros ou dentistas no uso de seus 
direitos legais; 
B) Administrar somente medicamentos prescritos e com 
assinatura legível do profissional sendo que apenas em 
situações de emergência a enfermagem pode atender 
prescrição verbal, que deverá ser transcrita logo que possível 
pelo profissional que orientou a administração; 
C) As prescrições médicas tem validade por 24 horas; 
D) Seguir a padronização dos horários, sempre que possível 
pois facilita a execução da prescrição e a administração dos 
medicamentos; 
E) Manter atenção durante o preparo e em local apropriado; 
F) Proteger o medicamento dos raios solares; 
G) Transportar a medicação em bandeja, identificando-a com 
o nome do cliente 
H) Consultar os cartões de medicação,prescrição médica ou 
relatório de enfermagem ; 
I) Administrar os medicamentos com conhecimento das cinco 
certezas:cliente certo, medicamento certo, dose certa, hora 
certa, via certa; 
J) Não administrar medicamentos preparados por outra 
pessoa; 
K) Observar,questionar e verificar possíveis alergias; 
L) Verificar a data de validade do medicamento; 
 M)Manter controle rigoroso sobre os medicamentos, 
principalmente os psicotrópicos; 
N) Não tocar com a mão em comprimidos, cápsulas, drágeas, 
pastilhas ou outros; 
O) Observar ordens de controle hídrico, dietas, jejum e 
suspensão da prescrição, antes de preparar a medicação; 
P) Colocar o material perfuro-cortante em recipiente de 
paredes rígidas; 
Q) Calcular corretamente a quantidade necessária de 
medicação, a partir da apresentação da droga disponível; 
R) Registrar a administração da droga, checando na 
prescrição; 
S) Limpar a bancada e as bandejas com álcool a 70% e dispor 
os recipientes identificados por seqüência de número e via de 
administração; 
T) Verificar o estado geral do paciente, efeitos desejados e 
colaterais do medicamento. Esclarecer qualquer dúvida antes 
do preparo (letra legível, rótulo do medicamento); 
U) Rotular o medicamento preparado com os dados de 
identificação do paciente; 
V) Ler o rótulo 3 vezes antes de retirar do recipiente , antes de 
aspirar na seringa , antes de desprezar a ampola . 
X) Desprezar o medicamento em caso de alteração (cor, 
consistência); 
Y) Providenciar o medicamento quando faltar no setor; 
Z) Não administrar nenhum medicamento com dúvida. 
 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO 
 
Via oral 
Normalmente a absorção da droga ocorre no aparelho 
digestivo. A medicação por via oral é indicada por ser um 
método simples, econômico e seguro. Porém, nos casos de 
distúrbios gástricos, ou quando o paciente não pode deglutir a 
droga, é preciso substituí-la. 
 
EQUIVALÊNCIA DE MEDIDAS 
1 colher de sopa - 15ml 
1 colher de sobremesa – 10ml 
1 colher de chá – 5ml 
1 colher de café – 3ml 
1ml – 20 gotas 
1 medida – 5ml 
1 gota – 3 microgotas 
 
A drogas administradas por via oral devem ser deglutidas com 
água, leite, sucos, porém, existem os casos dos medicamentos 
que devem ser administrados por via sublingual e via bucal. 
No primeiro, deixar o medicamento dissolver embaixo da 
língua e, no segundo, deixar na boca de uma forma geral. 
 
Via sublingual 
Na via sublingual os medicamentos são colocados sob a língua 
e a absorção se dá nos vasos sangüineos existentes no dorso 
da língua. 
Cuidados necessários: 
• Antes de colocar o medicamento sob a língua, o cliente 
deve enxaguar a boca. 
• Orientar para que o cliente abstenha-se de engolir saliva 
por alguns minutos, permitindo a absorção da droga. 
 
Via nasogastrica ou gastrostomia 
É a administração de medicamentos por sonda nasogástrica, 
quando utilizada em cliente inconsciente e/ou incapacitado de 
deglutir. 
Cuidados necessários: 
• Dissolver os medicamentos sólidos antes de colocá-los 
através da sonda; 
• Abrir as cápsulas, dissolvendo o pó medicamentoso; 
• Administrar os medicamentos sempre com líquidos; 
• Lavar a sonda com 10 a 20ml de água ou soro fisiológico 
após a administração do medicamento; 
• Manter a sonda fechada por 30 minutos, caso esta esteja 
em sinfonagem ,garantindo a absorção do medicamento. 
 
Via retal 
A via retal é a introdução de medicamentos através do ânus, 
sob a forma de supositórios e clister medicamentoso. Esta via 
é prescrita para drogas que seriam irritativas por outras vias, 
ou para clientes inconscientes, que tenham vômitos freqüentes 
ou estejam impossibilitados de deglutir. 
Cuidados necessários: 
• Garantir a privacidade do cliente; 
• Lavar as mãos; 
• Colocar o cliente em posição de sims (em decúbito lateral 
esquerdo com a perna de cima fletida); 
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• Calçar uma luva; 
• Separar as nádegas com mão não enluvada; 
• Orientar o cliente a respirar fundo ao introduzir o 
supositório pela parte reta com o dedo indicador, 
direcionando-o à parede retal, numa profundidade 
correspondente ao comprimido; 
• Comprimir as nádegas ou solicitar que o cliente as 
contraia, evitando o retorno do supositório; 
• Retirar a luva, virando o lado interno para fora, para 
assim reter os microrganismo; 
• Orientar para que o cliente retenha o supositório por 15 a 
20 minutos. Quando o supositório for aplicado para aliviar os 
gases intestinais, o cliente pode expelí-lo a qualquer 
momento; 
• Lavar as mãos após descalçar a luva. 
 
Via ocular 
É aplicação de medicamentos nos olhos, sob a forma de colírio 
ou pomada, tendo como finalidade: dilatar ou contrair as 
pupilas, acelerar a cicatrização, combater a infecção, lubrificar 
os olhos, diminuir a congestão ocular. 
Cuidados necessários: 
• Limpar os olhos com uma gaze umidecida com soro 
fisiológico, do ângulo interno ao ângulo externo do olho; 
• Inclinar a cabeça do cliente um pouco para trás e solicitar 
que o cliente olhe para um objeto no teto; 
• Puxar para baixo a pele periorbitária com o dedo 
indicador, expondo o saco conjuntival, pingando a medicação, 
sem encostar o frasco no olho; 
• Pomadas oftálmicas são aplicadas ao longo da crista 
inferior do saco conjuntival, do ângulo interno para o ângulo 
externo do olho, ultilizando preferencialmente gaze ou 
espátula; 
• Solicitar que o cliente feche os olhos e faça movimentos 
giratórios do globo ocular após aplicação da medicação (colírio 
ou pomada); 
• Retirar o excesso com gaze ou cotonete, do ângulo 
interno para o ângulo externo do olho; 
• Orientar quanto ao procedimento, solicitando que o 
cliente permaneça na posição por algum tempo, para que a 
medicação penetre; 
• Ocluir o olho com monóculo, quando indicado. 
 
Via auricular 
Nesta via a aplicação do medicamento se dá no ouvido 
externo, com objetivo de aliviar a dor, a inflamação, a 
congestão, combater infecções ou amolecer o cerume. 
Cuidados necessários: 
• Posicionar corretamente o cliente, solicitando que 
permaneça deitado ou sentado com a cabeça inclinada, 
expondo o ouvido afetado que deve ficar para cima; 
• Tracionar o pavilhão auricular para baixo e para trás nas 
crianças, introduzindo a medicação; 
• Tracionar o pavilhão auricular para cima e para trás nos 
adultos, introduzindo a medicação; 
• Pingar as gotas na face lateral do canal auditivo sem 
encostar o frasco na pele; 
• Solicitar que o cliente permaneça na posição de 3 a 5 
minutos, para distribuir a medicação; 
• Aquecer a medicação que será instilada no ouvido, pois 
soluções frias causam desconforto e tonturas. Para aquecer o 
medicamento, coloque-o em uma cuba redonda com água 
quente por alguns minutos, testando a temperatura com 
algumas gotas na parte interna do punho; 
 
Via nasal 
É a aplicação de medicamento pelo nariz, tendo como 
finalidade aliviar a congestão nasal, proteger a mucosa nasal, 
tratar infecções e facilitar a respiração. 
Cuidados necessários: 
• Colocar o cliente em posição sentada, com a cabeça 
inclinada para trás; 
• Usar um travesseiro sob os ombros para que a cabeça 
caia para trás; 
• Orientar o cliente para respirar pela boca; 
• Direcionar o conta-gotas para a linha média da concha 
superior do osso etmóide, aplicando a medicação; 
• Evitar tocar o conta-gotas na mucosa e nos dedos do 
profissional; 
• Permanecer na frente do cliente ao administrar o 
medicamento; 
• Solicitar que o cliente permaneça na posição por alguns 
minutos (2 a 3), para aumentar a distribuição do 
medicamento; 
• Oferecer lenço de papel ao cliente com o objetivo de 
retirar qualquer secreção; 
 
Via vaginal 
É a introdução de medicamentos na vagina, sob forma de 
óvulos, pomadas, geléias, espuma ou lavagem vaginal. 
Cuidados necessários: 
• Manter a privacidade da cliente; 
• Colocar a cliente em posição ginecológica;• Calçar luvas e separar os grandes lábios para visualizar a 
abertura vaginal; 
• Introduzir a medicação, com um aplicador individual, na 
vagina, mais ou menos 4cm. O aplicador deve ser introduzido 
lubrificado, no sentido para baixo e para trás; 
• Empurrar o êmbolo para expelir a medicação na vagina; 
• Retirar as luvas, puxando-a pela face interna, evitando 
propagação de microrganismos; 
• Solicitar para que a cliente permaneça nesta posição para 
uma melhor distribuição da medicação; 
• Colocar absorvente higiênico, caso a medicação escorra; 
• Escolher o horário da noite para aplicar óvulos ou 
pomadas em clientes ambulantes, para evitar quedas dos 
mesmos; 
• Ensinar as clientes independentes a usar e aplicação da 
medicação, sendo que a melhor posição é a sentada, apoiada 
sob as nádegas, com as pernas abertas; 
 
Lavagem vaginal 
É a introdução de líquidos ou solução medicamentosa na 
vagina com a finalidade de prevenir e combater infecções, 
limpar a vagina, diminuir o odor e acelerar a cicatrização. 
Pontos Importantes: 
• Colocar a cliente em posição ginecológica; 
• Calçar luvas; 
• Introduzir a cânula vaginal para trás e para baixo, cerca 
de 8 a 10 cm; 
• Fazer movimentos giratórios com a cânula, durante a 
introdução do liquido; 
• Colocar a cliente sobre a comadre e solicitar que ela tussa 
para expelir o liquido pela vagina. 
 
Via tópica ou cutânea 
É a aplicação de medicamento na pele, podendo ter ação local 
ou geral. 
 
# As formas de medicamentos utilizadas nesta via de 
administração são: 
1. Loções: preparados líquidos, aplicados para proteger, 
refrescar, suavizar, lubrificar ou amaciar áreas superficiais. 
2. Pomadas: são preparadas com base gordurosa, aplicadas 
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na pele ou mucosa, derretendo-se sob ação do calor do corpo, 
sendo então absorvidas. São usadas geralmente como 
antisséptico ou antimicrobiano. Suavizam a pele, retém o calor 
corporal e aumentam a região de contato entre medicamento 
e pele. 
3. Antissépticos: líquidos usados para limpeza da pele ou 
ferimento, como por exemplo: povidine tópico. 
4. Tintura: soluções alcoólicas ou hidroalcóolicas preparadas 
a partir de uma droga, por exemplo: tintura de iodo. 
5. Pós: quantidade de dose única de uma droga ou misturas 
de drogas na forma de pó. Ressecam a pele e evitam fricção 
excessiva. 
6. Adesivos: quantidade de drogas em dose apropriada e de 
absorção lenta, aplicada à pele com adesivos, como por 
exemplo: adesivos hormonais, emplastos, calicidas. 
 
Via parenteral 
É a via em que se administram medicamentos ou nutrientes 
diretamente nos tecidos. Estes medicamentos são 
administrados através de injeções, utilizando-se seringas 
agulhas, cateteres, etc. 
É uma via de administração que requer muitos cuidados, pois 
necessita de material esterilizado e soluções estéreis, e o seu 
tempo de absorção é muito mais rápido. 
A administração por via parenteral pode ser intradérmica (id), 
subcutânea (sc), intramuscular (im), intravenosa (ev) e intra-
arterial. 
 
Via intradérmica 
É a introdução da droga na derme ou córion. Trata-se de via 
específica para auxilio de diagnóstico, verificação da 
sensibilidade a alérgenos, reações de hipersensibilidade, como 
por exemplo, provas de ppd(tuberculose), schick (difteria) e 
outras. Raramente é utilizada para tratamento, porém indicada 
na dessensibilização e auto-vacinas. 
Normalmente o local de aplicação é a face mediana do 
antebraço. A agulha entra no tecido formando um ângulo de 
15ºc, com o bisel voltado para cima. 
# condições da droga: 
a) Volume: o volume máximo admissível no local é de 0,5ml 
. As doses usadas, em geral, são frações de ml até 0,25ml. 
b) Características: drogas em soluções cristalinas e 
isotônicas. 
c) Características do material: O tamanho da seringa é 
1ml, de insulina, que possui escalas de frações ml. As agulhas 
indicadas para esta via são pequenas e finas, tais como 10x5 e 
15x3. Algumas, as mais recomendadas, apresentam um 
detalhe: 2 mm após o bizel há um pequeno aumento do 
diâmetro externo para impedir a penetração da agulha além 
de 2 mm de extensão. 
d) Locais de aplicação: teoricamente, o corpo todo poderia 
ser utilizado, entretanto, tendo-se em vista os objetivos que 
indicam a via, o local deve ser claro, com pouca pigmentação, 
poucos pêlos, pouca vascularização superficial e de fácil 
acesso para a leitura dos resultados das reações aos antígenos 
injetados. A área que preenche todas estas condições é a face 
ventral do braço. 
e) Postura do cliente: sentado, com o braço apoiado sobre 
a mesa. 
f) Aplicação: 
• Expor a área de aplicação (face ventral do antebraço), 
fazer a limpeza da pele, dependendo do agente administrado 
não pode usar álcool; 
• Espalmar o antebraço e distender a pele do local de 
aplicação; 
• Empunhar a seringa e introduzir a agulha paralelamente à 
pele, numa extensão de 2mm. O bisel deve ser mantido para 
cima e nos indivíduos de pele clara será possível ver a haste 
da agulha sob a pele. 
• Injetar lentamente a dose indicada. 
• Observar se houve formação de pápula (elevação 
redondinha), característica da injeção intradérmica. 
• Caso não ocorra a formação da pápula, conclui-se que a 
agulha atingiu a tela subcutânea. 
 
Via subcutânea 
É a introdução de droga na tela subcutânea. 
A absorção dos medicamentos por via subcutânea, é mais 
lenta que a via IV e IM. 
Esta via também é chamada hipodérmica, sendo indicada 
principalmente para drogas que necessitam de absorção lenta 
e contínua. 
É importante aspirar para verificar se nenhum vaso sangüíneo 
foi atingido. 
Essa via é muito usada para administrar insulina, por ser lenta 
e contínua, permitindo melhor absorção do medicamento. 
Os locais de aplicação da injeção subcutânea são: 
• Abdômen; 
• Face anterior das coxas; 
• Face externa dos braços; 
• Região glútea. 
 
Condições da droga: 
Volume: O volume injetado pode variar de frações de ml até, 
no máximo, 5ml, porém aplica-se até 3ml. A via subcutânea 
foi usada, para infusões fisiológicas salinas ou glicosadas, em 
volumes que variam de 1000 à 1500ml, na qual se introduzia 
500ml durante 15 a 30 minutos. A razão do uso da tela 
subcutânea para infusões se deve á sua grande 
expansibilidade, como ocorre na gravidez e nos edemas. 
 
Locais de aplicação: 
 Teoricamente toda tela subcutânea se presta para a 
introdução de drogas, entretanto, de acordo com a menor ou 
maior inervação local, a acessibilidade e a capacidade de 
distensão do tecido. Locais mais utilizados, face externa do 
braço, parede abdominal e para infusões a região 
inframamaria, parede abdominal sobre a crista ilíaca, face 
anterior da coxa, nádegas e região infraescapular. 
 
Postura do cliente: sentado ou deitado, com a região 
indicada completamente exposta. 
• Aplicação em indivíduo magros ou caquéticos: Em clientes 
nestas condições, variam o modo de segurar a pele e o ângulo 
de inserção da agulha, procedendo da seguinte maneira: 
• levantar a pele, segurando-a e mantendo-a suspensa 
entre os dedos indicador e polegar. 
• introduzir a agulha em posição paralela à pele, nesta 
dobra, com rapidez e firmeza. 
 
Fricção após a injeção: para certos tipos de drogas como a 
insulina não é conveniente a massagem após a aplicação, 
justamente para evitar a absorção rápida, faz-se apenas a 
compressão local. 
 
Tamanho da agulha: se utilizarmos agulhas de dimensões 
10x5 ou 10x6, em indivíduos normais ou obesos, a introdução 
se dará perpendicularmente à pele como por via IM (ângulo de 
90 graus). 
 
ATENÇÃO: 
Na aplicação

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