Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
____________ ____________________________ ENFERMAGEM ____________________________ Prof. Paulo Prieto ________________________________________________________________________ ATUALIZADO ATÉ FEVEREIRO 2012 www.CARREIRAPUBLICA.com.br (48) 4141-3220 3225-5779 1 HISTÓRIA DA ENFERMAGEM Wanda Horta, enfermeira muito importante na história da enfermagem do Brasil, que elaborou a Teoria das Necessidades Humanas Básicas. A enfermagem moderna iniciou-se em 1854 com a atuação de Florence Nightingale. O que é Técnico de Enfermagem? É o profissional que atua junto ao paciente, é parte integrante da equipe de saúde, de fundamental importância para o processo de cuidar. Tem atribuições determinadas por lei, de acordo com o COREN que o rege, como por exemplo: - Auxiliar o enfermeiro no planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades de assistência; - Prestar cuidados de enfermagem a pacientes graves; - Auxiliar na prevenção e controle de danos físicos que possam ser causadores a pacientes durante a assistência. Entidades De Classe ABEN - Associação Brasileira de Enfermagem. Foi a primeira entidade a ser criada pela classe de Enfermagem. Tem sua origem na Associação Nacional de Enfermeiras Diplomadas Brasileiras, fundada em 12 de agosto de 1926. A “semana da enfermagem”, é comemorada de 12 a 20 de maio. Esta semana é utilizada para discussão dos problemas de classe e divulgação da profissão. COFEN - Conselho Federal de Enfermagem CORENS - Conselhos Regionais de Enfermagem São os órgãos disciplinadores do exercício profissional do pessoal de enfermagem. Dizer quais as pessoas que podem exercer a profissão ou ocupação. Sindicatos Os sindicatos têm por objetivo a defesa e representação da classe no âmbito das reivindicações trabalhistas. ENFERMAGEM Em face da Lei 7.498 de 25 de junho de 1986 e ao Decreto-lei 94.406 de 8 de junho de 1987, que dispõe, sobre a “regulamentação do exercício da enfermagem”, a equipe de enfermagem é continuada de : • Enfermeiro: Profissional de nível superior, responsável pela Supervisão e Administração do Serviço de Enfermagem, executando tarefas de maior complexidade. • Técnico de Enfermagem: Profissional de nível técnico, subordinado ao enfermeiro, que pode atuar em atividades de supervisão e administração, quando necessário. • Auxiliar de Enfermagem: Profissional de nível médio que executa tarefas repetitivas e de menor complexidade. PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÃO INFLAMAÇÃO: É uma resposta básica do organismo aos agentes agressivos ao organismo.Os sinais de inflamação são: dor, calor e rubor. Quando a inflamação se torna sistêmica, a febre, anorexia, leucocitose, vômitos e outros sintomas tendem a surgir. INFECÇÃO: Para se desenvolver um processo infeccioso há a necessidade da formação da cadeia de infecção, que é composta praticamente por seis componentes: - Agente infeccioso: São as bactérias, fungos, vírus, etc... - Reservatório: Os microorganismos necessitam de reservatórios para se desenvolver. O reservatório mais comum é o organismo. Como exemplos temos as plantas, insetos, objetos, água e outros. - Porta de saída: Depois, o microorganismo tem que sair desse reservatório e precisa de uma porta de entrada para penetrar num hospedeiro. Pode ser através da pele, membranas, sangue, aparelho reprodutor, etc. - Meios de transmissão: O microorganismo usa uma ‘ponte’ e ele pode utilizar mais de um meio de transmissão. Por exemplo, o vírus da AIDS pode ser transmitido pelo sangue e pelo sêmen. Os microorganismos podem também utilizar objetos, como agulhas contaminadas, sonda, cateter. - Porta de entrada: Assim como saiu do reservatório ele tem que entrar num hospedeiro, e muitas vezes essa porta pode ser uma solução de continuidade na pele, trato urinário, etc. - Hospedeiro: E por fim o hospedeiro é aquele que vai desenvolver a doença. ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES: Assepsia - Segundo o Ministério da Saúde, é o processo pelo qual se consegue afastar germes patogênicos de determinado local ou objeto. Antissepsia - É o método que inibe a proliferação de germes, sem, no entanto provocar a sua destruição. É utilizado apenas em relação a tecidos vivos. Ex: utilização de álcool para limpar a pele antes de aplicar uma injeção, lavagem das mãos. Desinfecção - É a destruição de microrganismos patogênicos, não incluindo os esporos. Esterilização - É o processo aplicado a materiais e ambiente com o objetivo de destruição de microorganismo em todas as suas formas, incluindo os esporos. Infecção Hospitalar - A infecção hospitalar é qualquer infecção adquirida após a internação do paciente e que se manifeste durante a internação ou mesmo após a alta, quando puder ser relacionada com a hospitalização. LAVAGEM DAS MÃOS 1) Após tocar fluidos, secreções e itens contaminados; 2) Após a retirada das luvas; 3) Antes de procedimentos com paciente; 4) Entre contatos com pacientes; 5) Entre procedimentos num mesmo paciente; 6) Antes e depois de atos fisiológicos; 7) Antes do preparo de soros e medicações. ���� Material Sabão; Toalha de papel. ���� Procedimento: • Retirar anéis, relógio, etc.; • Posicionar-se sem encostar-se na pia • Abrir a torneira; • Ensaboar as mãos; • Friccionar as mãos; • Enxaguar as mãos, deixando a torneira aberta; • Enxugar as mãos com papel toalha; • Fechar a torneira com a mão protegida com papel toalha, caso não tenha fechamento automático. • Jogar na lixeira, específica, o papel toalha usado. EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM: é uma forma de registrar toda assistência de enfermagem prestada ao cliente, sua clínica durante o período e outros dados importantes de serem relatados. ROTEIRO PARA UMA EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM: 1. Queixa do cliente; 2. Nível de consciência; 3. Sinais que são observados no cliente; ____________ ____________________________ ENFERMAGEM ____________________________ Prof. Paulo Prieto ________________________________________________________________________ ATUALIZADO ATÉ FEVEREIRO 2012 www.CARREIRAPUBLICA.com.br (48) 4141-3220 3225-5779 2 4. Aceitação da dieta; 5. Fluidoterapia, oxigenoterapia, 6. Curativos; 7. Resultados de exames; (glicemia capilar, laboratórios, e outros); 8. Sinais vitais (valor e características). ATENÇÃO: Toda evolução deve conter data, horário, nome legível da pessoa que realizou a evolução, e carimbo ou registro do COREN. PESO E MENSURAÇÃO Peso: é a medida em quilogramas (massa corporal) de um indivíduo. Altura: é a medida em metro (comprimento) de um indivíduo, da extremidade inferior do pé à parte superior da cabeça. O peso pode ser medido por vários tipos de balanças: - Balança de cadeira: usada para pacientes debilitados que não podem ficar de pé. - Balança de pedestal: usada para pacientes deambulantes. - Balança digital: quando se deseja um peso mais fidedigno, em gramas. - Balança de leito: para pacientes que não podem sair do leito, mas não são tão comuns. HIGIENE DA UNIDADE DO PACIENTE TIPOS DE LIMPEZA 1. LIMPEZA DIÁRIA OU CONCORRENTE OU DESINFECÇÃO CONCORRENTE É aquela feita diariamente para a manutenção da limpeza hospitalar constituindo na arrumação da cama e na manutenção da limpeza do mobiliário e do ambiente. Proporciona conforto, segurança e bem-estar ao cliente, além de minimizar o risco de infecção através de eliminação de microrganismos existentes no ambiente hospitalar. Chamamos também de desinfecção concorrente aquela realizada imediatamente após a expulsão de matéria orgânica do corpo do indivíduo (cliente) com sangue, fezes, vômito, etc. 2. LIMPEZA OU DESINFECÇÃO GERAL OU TERMINALÉ feita após a saída do cliente por alta, transferência, óbito ou suspensão das medidas de isolamento e o preparo do leito para que seja recebido outro cliente. A desinfecção terminal pode ser do leito, no caso de alta de um paciente ou do quarto todo. Nesta técnica existe A parte que compete a Enfermagem e a que é da alçada dos funcionários da limpeza, conforme rotina estabelecidas. Outras barreiras empregadas são os isolamentos: 1) Isolamento total: Destina-se a prevenir a transmissão de doenças altamente contagiosas, como por exemplo: Difteria (neste tipo de isolamento usa-se máscara, luvas e avental); 2) Isolamento respiratório: Usado para prevenção de doenças que se transmitem por via respiratória, como por exemplo a Meningite. Há a necessidade do uso de máscara, somente; 3) Isolamento entérico: Para prevenir infecções que são transmitidas pelo contato direto ou indireto com fezes e/ou urina. Ex: Enterocolite necrosante. Há necessidade do uso de luvas e, às vezes, avental; 4) Isolamento protetor ou reverso: Para pacientes imunodeprimidos como no caso de portadores de HIV. Usa-se máscaras para defesa deles, mas para nossa proteção, às vezes, dependendo do grau da doença, necessita-se de óculos e avental; 5) Isolamento de contato: Para prevenção de doenças altamente transmissíveis pelo contato, como é o caso de sarna infectada. Necessita-se de luvas e avental. ARRUMAÇÃO DA CAMA DO PACIENTE TIPOS DE CAMA: LEITO FECHADO: É a cama que está desocupada aguardando a chegada do cliente. Deve ser arrumada aproximadamente 2 horas após ter sido feita a limpeza geral, permitindo arejamento do ambiente. LEITO ABERTO: É aquela que está sendo ocupado por um paciente que pode locomover-se. Na cama aberta, se o cliente estiver usando colcha e cobertor, o sobre lençol deve fazer uma dobra sobre os mesmos, num ângulo de aproximadamente 90 graus. LEITO OPERADO: É feita para aguardar o paciente que está na sala de cirurgia ou em exame, sob anestesia. -Tem finalidade de: • Proporcionar conforto e segurança ao paciente; • Facilitar a colocação do paciente no leito; • Prevenir a infecção. POSICIONAMENTO NO LEITO • Supina (decúbito dorsal): O cliente nesta posição, encontra-se deitado de costas. As proeminências ósseas e calcâneos necessitam de proteção especial, a fim de evitar o surgimento de úlceras de decúbito. O colchão deve ser firme o suficiente para o suporte da coluna cervical, torácica e lombar. • Pronada (decúbito ventral): Na posição pronada ou decúbito ventral, o cliente encontra-se de bruços; ou seja, deitado sobre seu tórax e abdômen. A cabeça pode ficar voltada para qualquer lado e as orelhas devem ser protegidas. Não esquecer de flexionar discretamente os membros, a fim de evitar hiperextensão que poderá trazer graves conseqüências. • Decúbito lateral direito e esquerdo: Nesta posição, o cliente pode estar deitado sobre seu hemi-corpo direito ou esquerdo. As curvaturas estruturais devem ser mantidas, a cabeça deve ser apoiada em uma linha mediana do tronco e a rotação da coluna deve ser evitada. Todas as proeminências ósseas devem ser protegidas para evitar úlceras de pressão. • Fowler, semi-fowler e fowler alto: A cabeceira do leito do cliente é elevada a um ângulo de 45 a 60 graus e as pernas ficam retas, porém com coxins nos calcanhares e na região posterior do joelho. A posição de fowler é a indicada para clientes com problemas cadíacos e respiratórios, pois permite expansão torácica. Há duas variações possíveis na fowler. A semi-fowler, cuja elevação da cabeceira é a 30 graus, bastante confortável, ficando a cabeça e o tórax do cliente ligeiramente elevada. A outra variação é a posição de fowler-alta, totalmente sentada, cabeceira elevada a 90 graus. • Posição de Sims: É utilizada para exames retais e tratamentos como lavagem intestinal ou enema. O paciente fica preferencialmente em decúbito lateral esquerdo, com um travesseiro sob a cabeça, com o braço esquerdo para trás e para cima e o direito apoiando confortavelmente, o peso do corpo. O membro inferior direito fica bem flexionado sobre o esquerdo, que é pouco flexionado. • Posição genu-peitoral: É utilizada para exames no reto e na vagina, e ainda alguma cirurgia, como hemorroidectomia. O paciente fica em decúbito ventral com o joelho apoiado no peito, e a cabeça, virada para um dos lados, sobre um pequeno travesseiro. • Posição de Trendelemburg: É utilizada em casos de choque, hemorragia pélvica ou para drenagem torácica. O paciente fica em decúbito dorsal, com o corpo inclinado e a ____________ ____________________________ ENFERMAGEM ____________________________ Prof. Paulo Prieto ________________________________________________________________________ ATUALIZADO ATÉ FEVEREIRO 2012 www.CARREIRAPUBLICA.com.br (48) 4141-3220 3225-5779 3 cabeça mais baixa que os pés. É importante sustentar o ombro do paciente para que o mesmo não escorregue para a cabeceira da cama. • Posição Ginecológica: É utilizada para exame e tratamento vaginal. O paciente fica em decúbito dorsal com as pernas flexionadas e afastadas e os pés apoiados na cama ou nas perneiras. • Posição de Litotomia: É utilizada para exame e tratamento vaginal. É uma variação da posição ginecológica. O Paciente fica em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas, fixadas por faixas, com as nádegas ligeiramente fora do colchão. AUXILIO NO DIAGNÓSTICO SINAIS VITAIS # Temperatura (T): É o grau de calor que atinge um determinado corpo. É o equilíbrio entre a produção e a eliminação deste calor. • Axilar � de 36ºC a 36,8ºC • Bucal � de 36,2ºC a 37ºC • Retal � de 36,4ºC a 37,2ºC � Nomenclatura: - Eutermia ou normotermia: valor dentro da normalidade = 36°C a 37°C - Febril ou febrícula: valor de 37,5°C a 38°C - Febre: valor de 38,1°C a 39°C - Pirexia: de 39,1°C a 40°C - Hiperexia ou hipertermia: acima de 40°C - Hipotermia: abaixo de 36°C Cuidados de enfermagem para hipertermia: 1. Estimular ingesta hídrica; 2. Estimular banho de água morna quase fria; 3. Colocar compressas frias, não geladas, nas pregas inguinais e axilares e testa; 4. Diminuir a quantidade de roupas; 5. Proporcionar repouso; 6. Orientar que mantenha alimentação. Cuidados de enfermagem para hipotermia: 1. Oferecer alimentos quentes ( chocolates, sopas, bebidas isotônicas); 2. Proporcionar repouso; 3. Aumentar a quantidade de roupas; 4. Oferecer alimentos ricos em vitaminas; 5. Se der, aquecer o ambiente. •••• Temperatura Axilar: Apesar de não ser a mais precisa, é a maneira mais utilizada para se verificar a temperatura. A temperatura axilar é contra-indicada nas queimaduras de tórax porque a circulação fica alteradas), nas fraturas dos membros superiores, na furunculose axilar e em pacientes muito caquéticos. •••• Temperatura Bucal: É contra-indicada a verificação de temperatura bucal nos casos de comprometimento da boca e face, e em todos os clientes impossibilitados de manter o termômetro sob a língua, como crianças, clientes inconscientes e doentes mentais. O termômetro deverá ser de uso individual. •••• Temperatura retal: O reto é o local de maior precisão para verificar a temperatura. É contra-indicada a verificação de temperatura retal nos casos de comprometimento do ânus, do reto e do períneo. O termômetro deverá ser de uso individual. # Pulso ( P ou FC): É o nome que se dá à dilatação, pequena e sensível, das artérias, produzida pela corrente circulatória. Toda vez que o sangue é lançado do ventrículo esquerdo para a aorta, a pressão e o volume provocam oscilações ritmadas em toda a extensão da parede arterial, evidenciadas quando se comprime, moderadamente, a artériacontra uma estrutura dura. � Valores de normalidade: Homens: 60 a 70bpm Mulheres: 65 a 80bpm � Fatores que alteram a freqüência do pulso: Fatores Fisiológicos: Emoções - digestão - banho frio ( porque faz vaso constrição) - exercícios físicos (aceleram) – algumas drogas como os digitálicos (diminuem). Fatores Patológicos: Febre - doenças agudas (aceleram) Choque (diminuem) Classificação do pulso pode ser quanto à: Regularidade: a. Rítmico - bate ou pulsa com regularidade, ou seja , o tempo de intervalo entre os batimentos é o mesmo. b. Arrítmico - bate sem regularidade (irregular),o intervalo entre os batimentos é diferente. Amplitude: volume de sangue dentro da artéria. a) Fraco ou filiforme: redução da força ou do volume sangüineo (facilmente desaparece com a compressão). b) Forte ou cheio: aumento da força ou do volume sangüineo(dificilmente desaparece com a compressão). Tensão: força da parede da artéria. a) Macio - fraco b) Duro - forte Tipos de Pulso: Bradisfigmico - São os batimentos do pulso abaixo do normal (lento) Taquisfígmico - São os batimentos do pulso acima do normal (acelerado) Dicrótico - dá a impressão de dois batimentos Bradicardia - São os batimentos cardíacos abaixo do normal, em número Taquicardia - São os batimentos cardíacos acima do normal, em número Observações importantes: - Evitar verificar o pulso em membros superiores afetados por seqüelas de lesões neurológicas ou vasculares; - Não verificar o pulso em membro com fístula arteriovenosa (para hemodiálise); - Nunca usar o dedo polegar na verificação, pois pode confundir a sua pulsação com a do paciente; - Em caso de dúvida, repetir a contagem; - Proceder a verificação com as mãos secas e quentes. # Respiração ( R ou FR): É o processo no qual ocorre a troca de oxigênio e gás carbônico entre o corpo e o meio ambiente. � Avaliação da respiração: - Quanto à freqüência (número de movimentos respiratório por minuto – mrpm). Valores de normalidade: • No homem (15 a 20 mrpm) • Na mulher (18 a 20 mrpm) - Quanto ao ritmo ____________ ____________________________ ENFERMAGEM ____________________________ Prof. Paulo Prieto ________________________________________________________________________ ATUALIZADO ATÉ FEVEREIRO 2012 www.CARREIRAPUBLICA.com.br (48) 4141-3220 3225-5779 4 Regular: quando o intervalo entre os movimentos respiratórios é igual. Irregular: quando são diferentes. - Quanto à profundidade (intensidade da respiração): Superficial Profunda � Nomenclatura: • Eupnéia: respiração com freqüência normal • Bradipnéia: quando a freqüência respiratória está abaixo de 12 mrpm • Taquipnéia: quando freqüência respiratória acima de 24 mrpm • Apnéia: ausência ou parada de respiração por 20 segundos • Dispnéia: respiração difícil, caracterizada pelo aumento do esforço inspiratório e expiratório • Ortopnéia: quando paciente tem dificuldade para respirar na posição deitada e só consegue respirar bem se estiver sentado • Cheyne Stokes: quando o ritmo respiratório desigual, ou seja, todo alterado • Estertorosa: respiração com barulho • Kussmaul: respiração profunda e ofegante característica de coma e acidose diabética grave. Existem fatores que alteram a respiração: � Sono e banho quente: diminuem a respiração � Emoções, exercícios e banho frio: aumentam a respiração. # Pressão arterial: ( PA ou TA) É a resistência oferecida pelas paredes das artérias ao fluxo sangüíneo, ocasionado pela força de contração do coração. Ela varia de acordo com a quantidade de sangue que o coração descarrega no sistema arterial e a resistência feita por esse sistema ao fluxo sangüíneo. Pressão sistólica (máxima): é o resultado da contração dos ventrículos para ejetar o sangue nas grandes artérias. Pressão diastólica (mínima): ocorre assim que a musculatura do coração relaxa. Existem fatores que alteram a pressão arterial: � Fatores que aumentam: esclerose (endurecimento) dos vasos, drogas estimulantes, toxinas das bactérias, doenças renais, exercícios físicos, emoções, processo digestivo, idade avançada, menstruação, gestação, retenção de cloreto de sódio, etc. � Fatores que diminuem : choque, hemorragias, sono, repouso, drogas depressoras. # Nomenclatura: Normotenso /Pressão Normal = sistólica entre 110 e 130mmHg e distólica entre 60 e 80mmHg Hipertensão = quando diastólica acima de 110mmHg Hipotensão = quando sistólica abaixo de 60mmHg Pressão convergente = quando a sistólica e a diastólica se aproximam Pressão divergente = quando a sistólica e a diastólica se distanciam Importante: • colocar o manguito no braço e ajustá-lo a 3 cm sempre acima da prega do cotovelo • NÃO GARROTEAR O BRAÇO • manter o manômetro ao nível dos olhos • o primeiro ruído é a pressão sistólica • quando muda de som é a pressão diastólica • para repetir a técnica é necessário aguardar 30segundos . APLICAÇÕES DE CALOR E FRIO Aplicação de calor As aplicações de calor dilatam os vasos sangüíneos facilitando a circulação; relaxam a musculatura; amenizam a dor local; aumentando a temperatura e apressam a supuração. As aplicações de calor mais comuns são feitas através de: • Compressas – calor úmido (toalha) 3 x ao dia de 10 a 15min.; • Bolsa de água quente. Aplicação local de calor: Deve-se controlar cuidadosamente a região a ser tratada, para evitar queimaduras. Aplicação de Frio As aplicações de frio contraem os vasos sangüíneos, diminuindo o fluxo da circulação; previnem o edema, baixam a temperatura, diminuem a dor e a hemorragia, prevenindo a formação de hematoma. As aplicações de frio mais comuns são feitas através de: • Compressas – frio úmido. • Bolsa de gelo – frio seco. MANUTENÇÃO E INTEGRIDADE CORPORAL E CUIDADOS DE HIGIENE E FINALIDADES DA HIGIENE CORPORAL - Pele saudável pela prevenção de infecções; - Melhoria da circulação; - Proporcionar repouso e sono; - Melhoria da nutrição pelo aumento do apetite; - Aumento da auto-estima pela melhora da aparência - Sensação de bem-estar. Higiene Oral A higiene oral compreende a limpeza dos dentes, gengivas, bochecha, língua e lábios. Em condições normais deve ser feita pela manhã, ao despertar, após as refeições, e à noite, ao deitar. Material - Bandeja contendo: • Escova de dente (individual) ou espátula envolvida em gaze. • Creme dental. • Copo com água. • Cuba-rim; • Recipiente para desprezar espátulas com gaze; • Lubrificantes para os lábios. Pacientes com dentaduras - Bandeja contendo: • Escova de dente (individual); • Espátula envolvida em gaze; • Creme dental; • Solução dentifrícia; • Copo com água; • Cuba-rim; • Recipiente para desprezar espátulas e gazes; • Lubrificante para os lábios • Gaze. ____________ ____________________________ ENFERMAGEM ____________________________ Prof. Paulo Prieto ________________________________________________________________________ ATUALIZADO ATÉ FEVEREIRO 2012 www.CARREIRAPUBLICA.com.br (48) 4141-3220 3225-5779 5 HIGIENE DOS CABELOS E DO COURO CABELUDO Quando o paciente permanece acamado por um longo tempo, é necessário não negligenciar a higiene dos cabelos e do couro cabeludo. Ela deve ser feita semanalmente ou mais vezes, se necessário, proporcionando ao paciente conforto e bem-estar e estimulando a circulação do couro cabeludo. Material - Bandeja contendo: • Cuba redonda com xampu; • Impermeável grande; • Impermeável forrado; • Gaze; • Bolas de algodão; pente de cabelo; • Suporte de soro • Jornais • Biombos • Balde • Jarro (2 litros) com água morna LIMPEZA DO ROSTOE DAS MÃOS Material - Bandeja contendo: • Toalha de rosto; • Saco plástico para lixo; • Sabonete; • luva de procedimentos; • Pente e escova; • Luva de banho ( se tiver); • Bacia e jarro com água quente. LAVAGEM EXTERNA OU HIGIENE INTIMA A lavagem externa ou higiene íntima proporciona conforto, evita e combate infecção e alivia sintomas associados às patologias ginecológicas. É rotineiramente executada junto ao banho de leito ou com mais freqüência, de acordo com determinadas patologias ou durante o período menstrual. Material - Bandeja contendo: • Jarro com água morna; • Cuba redonda com sabão líquido; • Compressas; • Impermeáveis forrados; • Comadre; • Par de luvas de borracha; • Recipiente para recolher as compressas usadas. BANHO: O banho proporciona bem-estar, estimula a circulação , remove odores, abre os poros, dá oportunidade para observação do estado da pele e verificação de anormalidades como: úlceras de pressão, erupções, edema. Tipos de banho: - de imersão; - de aspersão; - de leito. BARBA: Finalidades: - Remover os pêlos que podem coçar e irritar a pele; - Promover boa aparência e conforto. Material necessário: - Toalha de rosto; - Barbeador elétrico ou aparelho de barba; - Sabão neutro ou creme de barbear; - Loção ou gel pós-barba; - Pincel de barba ( opcional). CUIDADOS COM AS UNHAS DAS MÃOS E DOS PÉS: Os cuidados com as unhas devem ser realizados, de preferência, após o banho. Com o envelhecimento, tornam-se endurecidas, espessas e quebradiças, portanto, deve-se colocá-las de molho em água com sabão por um período de 10minutos, a fim de amolecê-las para facilitar o corte, que deve ser em linha reta, não muito rente. Lixá-las após o corte, dando um acabamento final, enxaguar e secar cuidadosamente entre os dedos. Deve-se evitar tirar a cutícula, para não provocar ferimentos. HIGIENE DOS PÉS: Cuidados adequados com os pés são importantes em qualquer idade, pois são eles responsáveis pela sustentação do corpo, pela marcha, equilíbrio e postura corporal. Cuidados: - Secar sem esfregar especialmente entre os dedos, para evitar lesões de pele por fungos; - Realizar movimentos de rotação e extensão, estimulando a circulação, prevenindo atrofias musculares; - Pode-se usar talco mentolado a fim de evitar transpiração excessiva; - Usar calçados adequados, confortáveis para evitar formação de calos e lesões; - Usar meias limpas e folgadas, sem furos e costuras muito duras; Lixar os calos, não arrancá-los, para evitar infecções. Massagem de Conforto Essa técnica auxilia muito o repouso do paciente, aumenta a circulação do sangue sobre as proeminências ósseas e previne o aparecimento de escaras. A massagem é uma compressão metódica manual da pele, com fins terapêuticos ou relaxamento. Existem cinco movimentos utilizados durante a massagem. a) deslizamento • superficiais: cujos movimentos são longos, rítmicos e leves; • profundos: cujos movimentos são mais fortes, centrípetos, que tem por finalidade, por exemplo, estimular o peristaltismo intestinal. b) amassamento: segura-se o músculo, amassando-o conforme o contorno da massa muscular. c) fricção: movimento circular em que os dedos se movem junto com a pele. d) percussão: consiste em dar palmadas no tecido, com as mãos cerradas. e) vibração: impulso vibratório e agitante nos tecidos do cliente. IMPORTANTE • Nunca massagear sobre a roupa do cliente, para evitar escarificação. • Retirar anéis e pulseiras antes de realizar a massagem no cliente e cortar as unhas. • A massagem deve ser feita por pessoal especializado. • Manter as mãos sempre limpas. • Deixar a unidade em ordem AUXÍLIO AO PACIENTE NA ALIMENTAÇÃO NUTRIÇÃO = NECESSIDADE HUMANA BÁSICA A satisfação das necessidades nutricionais pode ser confirmada através de: • bom tônus muscular com reflexos normais; • balanço energético; • ritmo e batimentos cardíacos normais; • pressão arterial normal; • cliente lúcido e orientado no tempo , lugar e em relação a ____________ ____________________________ ENFERMAGEM ____________________________ Prof. Paulo Prieto ________________________________________________________________________ ATUALIZADO ATÉ FEVEREIRO 2012 www.CARREIRAPUBLICA.com.br (48) 4141-3220 3225-5779 6 própria pessoa; • valores laboratoriais normais(albumina sérica, hemoglobina, hematócrito, proteína sérica total, colesterol, glicose, creatinina,...); • fezes moldadas, amolecidas, eliminadas regularmente com mínimo esforço; • velocidade normal de crescimento para a idade.. GRAUS DE DEPENDÊNCIA DO PACIENTE: • Pacientes independentes; • Pacientes parcialmente dependentes; • Pacientes dependentes. ALIMENTAÇÃO POR SONDA: Consiste em oferecer alimentos ao paciente através de uma sonda nasogástrica ( alimeto é depositado no estômago), sonda nasoenteral ( alimento é depositado no intestino) ou por gastrostomia (alimentos líquidos no estômago, por sonda através da parede abdominal). SONDAGEN NASOGÁSTRICA: É a introdução de uma sonda, específica, no estômago através da cavidade oral ou nasal. Finalidades: - Drenar conteúdo gástrico; - Administrar medicamentos e alimentos; - Fazer lavado gástrico; - Diminuir a aerofagia e conseqüentemente aliviar a distensão abdominal; - Obter amostras de conteúdo gástrico para estudos laboratoriais; - Tratar pacientes com obstrução mecânica e sangramento dentro da cavidade abdominal superior. Pode ser: Aberta: para drenagem. Fechada: para alimentação ou medicação do paciente impossibilitado de deglutir. SONDA NASOENTÉRICA/JEJUNAL É o fornecimento de dietas através de uma sonda pelo trato gastrointestinal. Finalidades: - Remover fluidos e gases do trato gastrintestinal; - Pesquisar sangramento gastrintestinal; - Administrar alimentos e medicamentos. Administração deve ser feita por gotejamento por gravidade ou bomba de infusão com fluxo constante, assegurando o controle do volume. SONDA DE GASTROSTOMIA É a introdução de alimentos líquidos no estômago por meio de um tubo de borracha ou silicone introduzido através da parede abdominal. Esse procedimento é feito pelo médico. A enfermagem fica responsável pela administração da alimentação bem como, o cuidado com a ostomia. Antes de administrar a dieta, fazer aspiração para verificar se o estômago não está repleto de alimentos, caso esteja, suspender a dieta e comunicar. HGT = HEMOGLICOTESTE Finalidades: - Verificar a glicemia capilar. Material: 1. Luvas de procedimentos; 2. Algodão seco; 3. Fita para HGT ou aparelho; 4. Frasco de HGT com tabela de controle; 5. Microlanceta ou agulha de insulina descartável. Nutrição Parenteral Se as necessidades nutricionais do cliente não puderem ser atendidas por via oral ou por alimentação por sondas, pode ser necessário usar uma infusão venosa de solução nutricional. Essas necessidades devem ser avaliadas com segurança e precisão a fim de conhecer os seus princípios, os componentes da solução nutricional, os procedimentos, a administração e os registros importantes, bem como as complicações no uso da terapêutica. Quem avalia e prescreve a administração da nutrição parenteral é o médico. O uso da nutrição parenteral requer que os clientes apresentem alguns problemas para que sejam indicadores do seu uso: • Doença debilitante há duas semanas ou mais, • Perda de mais de 10% do peso habitual antes da doença, • Nível sérico de albumina abaixo de 3,5g/dl • Vômitos ou diarréias crônicas, • Emagrecimento contínuo, apesar da indigestão oral ou alimentação entérica adequada, • Distúrbio que reduza profundamente ou impeça a absorção gastrintestinal, • Perda excessiva de nitrogêniopelas feridas infectadas, • Fístulas , abscesso ou insuficiência renal ou hepática, acompanhada de falência do trato gastrintestinal. EXISTEM DOIS TIPOS DE ADMINISTRAR A NUTRIÇÃO PARENTERAL: Via Periférica – (NPP) Nutrição Parenteral Periférica/Parcial a) Veia Basílica; b) Veia Cefálica; c) Veia umbilical (pediatra). Via Central – (NPT) Nutrição Parenteral Total a) Veia cava superior e inferior; b) Subclávia (infraclavicular e supraclavicular); c) Jugular interna; d) Femoral. A Nutrição Parenteral Periférica é usada em veia periférica, com risco menor de usar o revestimento venoso. A NPP, não atende as demandas nutricionais por muito tempo, em geral é usada por duas semanas e que a concentração de glicose não pode ultrapassar 10%. A Nutrição parenteral periférica é uma opção satisfatória para os clientes bem nutridos ou com desnutrição leve, que não tenham, restrições hídricas e que necessitem de suplementos para alimentação entérica. Esses clientes podem ter elevações discretas da taxa metabólica. A Nutrição Parenteral Total é administrada por veia central, na qual a hemodiluição maior protege o revestimento venoso. É uma opção adequada a clientes com desnutrição moderada que não pode ser corrigida com alimentação entérica; são usados a indivíduos que precisam seguir restrições hídricas, que não têm veia periférica acessível , ou que necessitem de nutrição por mais de duas semanas. Pode ser usada por meses ou anos , à noite ou durante o dia. Complicações: • Sepse associado ao cateter, • Flebite • Embolia Gasosa, • Disfunção hepática, • Hipercapnia (excesso de dióxido de carbono no sangue) • Hipocalcemia, ____________ ____________________________ ENFERMAGEM ____________________________ Prof. Paulo Prieto ________________________________________________________________________ ATUALIZADO ATÉ FEVEREIRO 2012 www.CARREIRAPUBLICA.com.br (48) 4141-3220 3225-5779 7 • Hipotassemia, • Hipomagnesemia, • Hipofosfatemia, • E outros problemas como: coagulação do cateter, rachaduras ou fraturas no equipo e desconecção do cateter. CATETERISMO VESICAL, LAVAGEM VESICAL E IRRIGAÇÃO VESICAL CATETERISMO VESICAL É a introdução de uma sonda na bexiga através do meato urinário. Essa é uma técnica que requer muito cuidado, pois existe grande risco de causar uma infecção no paciente. Normalmente ela é executada por enfermeiro ou médico. Toda a técnica de cateterismo vesical deve seguir rigidamente os princípios assépticos. A sondagem vesical deve ser evitada ao máximo, porém, existem casos onde ela é necessária, como: • Retenção de urina; • Operações de períneo e do abdômen; • Preparo de cirurgias; • Balanço hídrico em pacientes com incontinência urinária; ATENÇÃO: Nunca o coletor de urina deverá ficar acima do nível da bexiga do paciente, pois isso causaria o refluxo da urina podendo provocar uma infecção urinária. O diâmetro dos cateteres a serem utilizados variam de acordo com o tipo do cliente e pode ser exemplificado como: - crianças: 8-10F mulheres: 14-18F homens: 18-20F Na mulher: • fazer a antissepsia dos grandes lábios, dos pequenos lábios e do meato urinário com solução antisséptica, no sentido púbis-ânus, utilizando uma gaze ou torunda montada para cada movimento; • colocar gaze no meato urinário; • colocar o campo fenestrado; • lubrificar a sonda com xilocaína gel; • afastar os grandes e pequenos lábios com uma mão; • com a outra mão, enluvada e sem contaminar, retirar a gaze que estava sobre o meato urinário e introduzir a sonda, mais ou menos 05 a 07cm, deixando a outra extremidade na cuba-rim para receber a urina; No Homem: • Afastar o prepúcio e fazer a anti-sepsia do meato urinário, no sentido do meato para a glande e prepúcio; • Injetar 10ml de lubrificante anestésico na uretra com a seringa, pressionando a glande por 2 ou 3 minutos para que não haja refluxo da geléia; • Elevar o pênis e introduzir o cateter de 18 a 20 cm; • Abaixar o pênis lentamente para facilitar a passagem do cateter na uretra; • Recobrir a glande com o prepúcio; a) Colher amostra de urina se necessário; b) Inflar o balão, através da válvula existente na extremidade do cateter com ar ou soro fisiológico, com o auxílio da seringa; c) Puxar levemente para ver se o cateter está fixo; d) Conectar ao conjunto de drenagem; e) Retirar as luvas; f) Fixar o cateter na perna do paciente para prevenir o risco de tracionar e ferir a uretra e a bexiga; g) Retirar o material da cama do paciente; h) Deixar o paciente confortável; i) Deixar a unidade em ordem; j) Lavar, secar e guardar o material; k) Encaminhar o material que necessitar de esterilização; l) Lavar as mãos e fazer as anotações. m) Se for sondagem de alívio, após a retirada total da urina, retirar o cateter, os campos e a cuba rim, medir o volume drenado e reposicionar o paciente. IRRIGAÇÃO VESICAL É a irrigação contínua de líquidos na bexiga, com o objetivo de prevenir a multiplicação de microorganismos. Para a irrigação vesical é necessária a cateterização vesical com uma sonda Folley de 3 vias. DRENAGEM DE URINA COM PRESERVATIVO OU CONDOM Consiste na colocação de um preservativo ou condom no pênis do cliente para drenagem da urina. É indicado nos casos em que o cliente possui incontinência urinária, sem a necessidade de um controle preciso da diurese. • Material • Condom ou preservativo; • Frasco coletor com intermediário; • Esparadrapo; • Gazes; • Cuba rim; • Água, sabão, toalha; • Material para tricotomia, se necessário LAVAGEM INTESTINAL OU ENTEROCLISMA OU ENEMA É administração de uma solução no intestino grosso, através do ânus e reto, para remover as fezes. Tem a finalidade de aliviar a distensão e a constipação intestinal; preparar o paciente para cirurgias, tratamentos e exames especializados nos intestinos; e administrar medicamentos. A quantidade de líquido administrado na lavagem intestinal, no máximo, é de 2.000ml. Procedimentos: • Preparar o material; • Lavar as mãos; • Levar o material até a unidade do paciente; • Colocar o material na mesinha de cabeceira; • Orientar o paciente; • Isolar o paciente; • Colocar o paciente na posição de Sims do lado esquerdo; • Forrar a cama com um impermeável forrado ou toalha; • Conectar a sonda no tubo do irrigador ou equipo com solução; • Pinçar o tubo; • Deixar a solução prescrita no irrigador, observando que a temperatura seja de morna; esta medida previne o surgimento de íleo-paralítico ( interrupção do peristaltismo devido ao comprometimento da atividade muscular, acarretando obstrução intestinal) e proporciona mais conforto ao paciente; • Deixar correr a solução até preencher o tubo e a sonda, pinçando novamente; • Lubrificar a sonda; • Calçar as luvas; • Abrir as nádegas do paciente afastando-as, solicitando que o paciente respire profundamente; • Introduzir, aproximadamente, 7 cm da sonda lubrificada ____________ ____________________________ ENFERMAGEM ____________________________ Prof. Paulo Prieto ________________________________________________________________________ ATUALIZADO ATÉ FEVEREIRO 2012 www.CARREIRAPUBLICA.com.br (48) 4141-3220 3225-5779 8 no reto; • Abrir a pinça ou roldana e deixar entrar lentamente, a solução no intestino do paciente, observando as alterações; • Pinçar o tubo; • Retirar a sonda e colocá-la na cuba rim ou saco de lixo; • Esperar alguns minutos, reter por alguns minutos mais; • Levar o paciente ao banheiro ou colocar a comadre; • Fazer a higiene íntima se necessário; • Retirar as luvas; • Deixar o paciente confortável; • Deixar a unidade do paciente em ordem; •Lavar, secar e guardar o material; • Encaminhar o material que necessitar de esterilização; • Lavar as mãos; • Fazer as anotações (tipo e quantidade de solução empregada, hora da aplicação e efeito, aspectos das fezes, reação do paciente, e anormalidades); TIPOS DE LAVAGEM INTESTINAL Evacuador – Cuja finalidade é estimular o peristaltismo, provocando o esvaziamento intestinal seja para fins laxativos ou preparo para exames e cirurgias. Retentivo – Cuja finalidade é administrar uma solução medicamentosa que deve ser absorvida, pelo intestino e ser administrada gota a gota para evitar o peristaltismo, usando para hidratar, diluir toxinas no intestino, caso infecções e promover escapamento de gazes no colon e reto. TIPOS DE CLISTER E FINALIDADE O clister é a introdução de uma pequena quantidade de líquidos (200 a 500ml), a fim de combater a infecção e aliviar a dor, entre outras finalidades como: Clister Sedativo: para aliviar a dor; Clister Purgativo: para limpeza do intestino grosso, geralmente é irritante à mucosa intestinal; Clister Antisséptico: para combater infecções utilizando como medida profilática em pré-operatório em cirurgia intestinal potencialmente contaminadas; Clister Adstringente: para contrair o tecido usado em caso de diarréias e para promover o término de hemorragias, devido à vasoconstrição que provoca; Clister Emoliente: usado para amolecimento das fezes, aplicado no caso de constipação severa ou quando uma condição anal dolorosa. Aspiração de Secreção Orofaríngea e Endotraqueal É o método utilizado para remover secreções da boca e da faringe, através se sucção, desobstruindo a entrada de ar nas vias aéreas superiores, bem como da traquéia e brônquios nos pacientes entubados e traqueostomizados. É indicado nos casos em que o paciente é incapaz de eliminar as secreções sozinho, na presença de corpos estranhos do nariz, boca e faringe mantendo as vias aéreas limpas e uma ventilação eficaz. # Aspiração de VAS: É a aspiração da boca e nariz. Procedimento: 1. Explicar o procedimento ao cliente; 2. Reunir o material; 3. Lavar as mãos; 4. Abrir o pacote da sonda na extremidade distal e adaptá-la ao látex, mantendo-a protegida pelo invólucro; 5. Calçar a luva; 6. Lubrificar a sonda com a água ,mesmo para não traumatizar a mucosa; 7. Clampear o látex, introduzir a sonda na boca ou nariz, desclampear e aspirar com movimentos rotatórios. Cada aspiração deve ser de, no máximo, 15 segundos, pois neste período o pulmão não recebe Oxigênio; 8. Deixar o cliente descansar por 20 a 30 segundos antes de nova aspiração, a não ser que ele esteja com muita secreção, provocando desconforto respiratório; 9. Desprezar a sonda, enrolando-a sobre a mão calçada com a luva e jogar fora em recipiente próprio; 10. Introduzir a extremidade do intermediário de látex no SF para fazer a limpeza do mesmo; 11. Fechar a válvula de aspiração; 12. Lavar as mãos; 13. Organizar o material; 14. Registrar os aspectos das secreções e intercorrências. # Aspiração traqueal: É a retirada de secreções traqueais e pulmonares por sucção. As finalidades são facilitar oxigenação, ventilação e evitar complicações respiratórias. Procedimentos: • Lavar as mãos; • Preparar o material; • Levar o material até a unidade do paciente; • Colocar o material na mesinha de cabeceira; • Orientar o paciente explicando o procedimento e a finalidade ao paciente, (assegurando a tranqüilidade), mesmo que ele não esteja consciente; • Isolar o paciente; • Posicionar o paciente em elevação, se não houver contra- indicação, adaptar a sonda no intermediário, com a mesma ainda dentro do invólucro; • Se o paciente estiver em respirador, ventile-o com ambu, por 3 vezes; • Calçar uma luva estéril ou luva plástica estéril; • Desconectar do respirador, introduzir 1ml de AD no tubo ou na traqueostomia, para fluidificar as secreções com a mão não enluvada; • Com a mão enluvada, que está com a sonda, faz-se a introdução da mesma no tubo ou na traqueostomia; • Ligar o aspirador ou desclampear o látex, pois só se processa aspiração na retirada da sonda, com movimentos giratórios; • A frequência da aspiração será determinada pelas condições do cliente; • Após a aspiração retorna-se a oxigenação ( respirador ou traqueostomia); • Desprezar luva e sonda; • Organizar o material; • Lavar as mãos; • Fazer os registros necessários; • Trocar frasco coletor, intermediário seringa com AD de acordo com a rotina da instituição. Observações: • Usar uma sonda para cada via, a ser aspirada; • Se houver necessidade de limpar a sonda, usar gaze estéril; • Se a FC e o ritmo modificarem durante o processo, interrompa a aspiração e comunique ao Enfermeiro ou Médico; • O intermediário de látex deve ser desprezado no lixo contaminado e o de silicone deve ser reprocessado no CME; • Uma única sonda poderá ser usada várias vezes durante o procedimento se houver pouca secreção espessa, a qual poderá ser retirada da sonda com gaze estéril. ____________ ____________________________ ENFERMAGEM ____________________________ Prof. Paulo Prieto ________________________________________________________________________ ATUALIZADO ATÉ FEVEREIRO 2012 www.CARREIRAPUBLICA.com.br (48) 4141-3220 3225-5779 9 Drenagem Torácica Os pulmões são órgãos onde se realizam as trocas gasosas respiratórias do organismo. Eles estão localizados no tórax e são envolvidos por duas membranas: a interna – pleura visceral e a externa – pleura parietal. Entre as duas pleuras existe uma pequena quantidade de líquido para lubrificação (líquido pleural). A disposição pleural normal permite que a respiração se faça com um mínimo de atrito. Uma das extremidades do tubo de drenagem torácica fica dentro do tórax e a outra é coberta com uma camada de água que permite a saída de ar e líquido do interior do espaço pleural, não permitindo a entrada de ar. Manifestações clínicas de clientes com derrame pleural: • Geralmente, as manifestações clinicas são aquelas manifestadas por pneumonias ou outras infecções respiratórias como: febre, calafrios, dor torácica pleurítica, e quando em um derrame pleural por malignidade pode resultar em dispnéia, tosse e sudorese. • A presença de liquido é confirmada pela radiografia torácica, ultra-sonografia, exame físico e toracocentese. • O liquido pleural é analisado por culturas bacterianas, hemogramas e leucogramas e estudo de bioquímica sanguínea(glicose , amilase, desidrogenase lática, proteína) e PH. Procedimento: • Adaptar no vácuo. • Carregar o(s) frasco(s) abaixo do nível do corpo do paciente. • Avaliar cor, quantidade e aspecto da drenagem. • Ordenha (apertar com a mão látex do dreno para tentar puxar mais líquido). • A colocação do dreno de tórax é de responsabilidade do médico e é feito no CC, portanto, cabe à enfermagem auxiliar no procedimento e na manutenção do mesmo. Condutas e Cuidados de Enfermagem • Manter o cliente em posição de fowler e observar evolução da dispnéia; • Verificar se as conexões estão bem adaptadas e ajustadas; • O tubo deve ficar cerca de 2,5cm abaixo do nível d´água, abaixo do tórax; • O intermediário interno deve estar sempre mergulhado na solução contida no frasco coletor; • Assinalar o nível de liquido inicial com esparadrapo no lado de fora do frasco de drenagem,(500ml de solução fisiológica); • Certificar-se de que a tubulação não faz alças nem interfere nos movimentos do cliente; • Incentivar o cliente a adotar uma posição confortável.Estimular o bom alinhamento do corpo; • Certificar-se de que há oscilação do liquido no tubo de vidro; • Realizar a troca do liquido conforme rotina estabelecida pela instituição,mas geralmente é nas 24hs; • Observar e anotar a drenagem quanto a: tipo, características e a quantidade do volume drenado, • Incentivar o cliente a respirar profundamente e tossir a intervalos freqüentes. • Ao transporte manusear o frasco com muito cuidado e sempre abaixo do tórax e não deve ser pinçado; • Observar a oscilação da coluna ligada ao dreno que vem do tórax, bem como a drenagem aspecto, quantidade e vazamentos ao logo do dreno ou das conexões; • Cuidar para que não haja quebra do frasco, • Observar e trocar o curativo (oclusivo) do local da inserção do dreno diariamente ou sempre que necessário • Em caso de retirada acidental do dreno, comprimir imediatamente o local e acionar o médico, PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE ULCERAS DE PRESSÃO CONCEITO: É uma lesão ocasionada pela pressão não aliviada da pele sobre proeminências ósseas, que interrompe o suprimento sanguíneo e trás como conseqüência o dano de tecidos subjacentes (subcutâneo, muscular, ósseo e articulações) CLASSIFICAÇÃO DAS ULCERAS DE PRESSÃO ESTÁGIO-1: Ocorre um eritema em pele intacta que não embranquece após remoção da pressão exercida. ESTÁGIO-2: Ocorrem perdas parciais da pele envolvendo a epiderme, derme ou ambas.A úlcera é superficial e apresenta-se como uma abrasão, uma bolha ou cratera rasa. ESTÁGIO-3: É uma perda da pele na sua espessura total, envolvendo danos ou uma necrose do tecido SC que pode se aprofundar, mas não chegando até a fáscia muscular. A úlcera apresenta-se clinicamente como uma cratera profunda. ESTÁGIO-4: É a perda da pele na sua total espessura com extensa destruição ou necrose dos músculos, ossos ou estruturas de suporte como tendões ou cápsulas. FATORES DE RISCO PRESSÃO + FORÇA DE CISALHAMENTO + FRICÇÃO + UMIDADE Pessoas suscetíveis: Pacientes acamados, com dificuldade para se reposicionar, estado nutricional prejudicado, incontinência urinária e fecal e alteração do nível de consciência. PREVENÇÃO DE ÚLCERAS DE PRESSÃO 1. Cuidados com a pele: Deverá ser limpa no momento que sujar. A freqüência de limpeza da pele deve ser individualizada de acordo com a necessidade ou preferência do cliente. 2. Manter a pele hidratada devendo-se evitar seu ressecamento através do uso de hidratantes e proteção contra o frio. 3. Evitar massagens nas proeminências ósseas, quando zona já hiperemiada, pois podem causar danos teciduais. 4. Evitar a exposição da pele à umidade, devido a incontinência (fraldas), perspiração ou drenagens de feridas. 5. Posicionar o cliente adequadamente no leito. Usar técnicas corretas. 6. Não esquecer de dar/estimular a dieta ao paciente acamado. 7. Realizar a mudança de decúbito de 2 em 2 horas sempre que possível. Fazer o uso de almofadas, travesseiros e luvas com água, protegidas com toalha, para proteger as proeminências ósseas. ____________ ____________________________ ENFERMAGEM ____________________________ Prof. Paulo Prieto ________________________________________________________________________ ATUALIZADO ATÉ FEVEREIRO 2012 www.CARREIRAPUBLICA.com.br (48) 4141-3220 3225-5779 10 8. Manter a cabeceira da cama num grau mais baixo conforme condições do cliente para evitar a força de cisalhamento. 9. Use e abuse dos colchões piramidais sem capa para redistribuir o peso corporal. 10. Ao posicionar o cliente em cadeira não se esqueça do alinhamento postural. A FERIDA É a perda ou a ruptura da continuidade da pele, tecido ou órgão corpóreo. Classificação das Feridas: De acordo com a presença ou não de microorganismos: 1. ASSÉPTICA: Sem presença de germes patogênicos; Ferida limpa. Ex: corte cirúrgico. 2. SÉPTICA: Contaminada ou infectada; com presença de germes patogênicos; Ex: escara infectada. De acordo com a presença ruptura da superfície: 1. ABERTA: Quando o tecido entra em contato com o meio exterior, ocorre a ruptura da pele ou tecido. 2. FECHADA: Quando não ocorre ruptura do tecido. Ex: fratura de colo de fêmur. De acordo como ocorreu a ferida: 1. INCISAS: Provocadas por objetos cortantes. As bordas apresentam-se lesas e bem delimitadas. O sangramento é abundante, mas fácil de ser contido. Ex: incisões cirúrgicas. 2. CONTUSAS: Causadas por traumatismos como queda e pancadas. O sangramento é pequeno, mas os danos de tecidos vizinhos demora a cicatrizar. 3. PERFURANTE: Provocados por objetos pontiagudos. Pode atingir órgãos importantes e ocorrer infecção devido à dificuldade de realização de uma boa anti-sepsia. 3. LACERADAS: Provocadas por acidentes. Apresentam grandes rasgões, há pouca tendência a hemorragias, mas sujeita à supuração. 4. TÓXICAS: Devido à picada ou mordedura de animal. Ex; picada de escorpião, abelha, mordedura de cão raivoso. 5. PERFURO CONTUSA: arma de fogo. Classificação dos tecidos: O processo de cicatrização ocorre, no ferimento, de dentro para fora. As células da epiderme migram das bordas da ferida, preparando o local para os fibroblastos (células de regeneração dos tecidos) iniciarem a reconstrução. A cicatrização, segundo Brunner e Suddarth (1977) pode ocorrer por: a) Primeira intenção: quando as bordas da ferida são aproximadas uma das outras facilitando a cicatrização. Ocorre geralmente com a ferida cirúrgica limpa. b) Segunda intenção: quando as bordas da ferida estão muito distantes e geralmente há presença de secreções; o tecido de granulação começa a ser formado de baixo para cima e a cicatrização somente se completa quando as células da pele (tecido epitelial) crescem sobre este tecido. A cicatrização por segunda intenção é muito mais demorada e deixa cicatrizes maiores; por isso, sempre que possível sutura- se os ferimentos. c) Terceira Intenção: quando as bordas da ferida são aproximadas uma das outras facilitando a cicatrização, mas ocorre infecção, pontos retirados precocemente e a ferida torna-se aberta. Cicatriza por segunda intenção. MUDANÇA DE DECÚBITO É a técnica que previne a formação de escaras de decúbito e as complicações pulmonares e circulatórias, pois através da movimentação, proporciona conforto físico ao paciente e facilita a circulação sanguínea. Essa movimentação poderá ser feita com o auxílio de um profissional (movimentação ativa) ou pelo próprio paciente (movimentação passiva) sob orientação. CURATIVO O curativo é a remoção mecânica das secreções e de colônias de bactérias presentes na lesão, assim como a proteção de outras contaminações ou traumas. Princípios básicos a serem observados no cuidado dos ferimento: • A pele e as mucosas normalmente contêm microorganismos; • Freqüentemente o trato respiratório do cliente e dos profissionais possue microorganismos que podem disseminar para as feridas abertas; • A umidade dos curativos facilita o crescimento do número de microorganismos; • A umidade dos curativos facilita também a movimentação dos germes; • As secreções contaminadas movimentam-se através dos materiais; • Deve-se considerar sempre que os materiais utilizados em qualquer curativo que entraram em contato com fluídos orgânicos, portanto, contaminados, e que são permanentes e não descartáveis, como as pinças, deverão passar por um processo de descontaminação em solução desinfetante e, posteriormente, encaminhados ao preparo e esterilização; • O lixo resultante do curativo deve ser condicionado em saco plástico com a identificação de lixo hospitalar e é considerado resíduo contaminado. • No ar existem microorganismos – não deixar a ferida exposta, não deixar material exposto. Etapas do curativo: 1. Abertura – remoção de esparadrapos e gazes; 2. Limpeza – remoção de secreção; 3. Tratamento – colocaçãodo anti-séptico e/ou pomadas; 4. Fechamento – confecção do curativo conforme suas características. Segundo Turner (1982) expressa alguns critérios do curativo ideal: •••• Manter alta umidade no espaço entre ferida e curativo; •••• Remover o excesso de exsudato e componentes tóxicos; •••• Permite trocas gasosas; •••• Promover isolamento térmico; •••• Dispor de proteção contra infecção secundária; •••• Estar livre de partículas e contaminantes tóxicos; •••• Permitir sua renovação sem trauma na troca; •••• Dispor de vários tamanhos (resistentes) •••• Proporcionar conforto ao cliente Fatores que Influenciam na Cicatrização • Boa nutrição: Principalmente ingestão de proteínas e vitamina C; ____________ ____________________________ ENFERMAGEM ____________________________ Prof. Paulo Prieto ________________________________________________________________________ ATUALIZADO ATÉ FEVEREIRO 2012 www.CARREIRAPUBLICA.com.br (48) 4141-3220 3225-5779 11 • Ausência de infecção: A infecção destrói o tecido e resulta no tempo mais prolongado na última etapa da cicatrização; • Boa circulação local: Qualquer fator que impeça a região afetada de receber os nutrientes e oxigenação adequadas para os tecidos. TIPOS DE CURATIVOS 1. fechado ou bandagem: sobre a ferida é colocada gaze, pasta ou compressa, fixando-se com esparadrapo ou atadura de crepe; 2. aberto: recomendado nas incisões limpas e secas, deixando-se a ferida exposta. As vantagens e indicações para cada tipo de curativo são: a) Curativo fechado: • Absorver a drenagem de secreções; • Proteger o ferimento das lesões mecânicas; • Promover hemostasia, através de curativo compressivo; • Impedir contaminação de ferimento por fezes, vômito, urina; • Promover o conforto do paciente. b) Curativo aberto: • Eliminar as condições necessárias para o crescimento de microorganismos (calor, umidade, ausência de luz solar, etc.); • Permitir melhor observação de detecção precoce de dificuldades no processo de cicatrização; • Facilitar a limpeza; • Evitar reações alérgicas ao esparadrapo; • Ser mais barato. RETIRADA DOS PONTOS É a retirada de fios, colocados para aproximar as bordas de uma incisão. Os fios são retirados após a cicatrização do ferimento. Procedimento técnico - Material: • Material de curativo; • Material de retirada de pontos (pinça anatômica sem dentes e uma tesoura de ponta fina); • Na falta de material de retirada, usa-se uma lâmina de bisturi presa à pinça Kocher do material de curativo. • Luva e bisturi. BANDAGENS As bandagens podem ser feitas com tiras de tecidos, lenços, etc. chamadas bandagens improvisadas e com ataduras. Finalidades: - manter curativo; - aquecer uma articulação; - imobilização; - controlar hemorragia; - manter posicionamento funcional de um membro e corrigir deformidade. Bandagens com ataduras São 5 tipos de voltas básicas usadas com ataduras: circular, espiral, reversa, espica e recorrente. a) CIRCULAR: As voltas da atadura são feitas uma sobre a outra. São muito usadas no abdômen. b) ESPIRAL: Cada volta cobre a metade ou 2/3 da volta anterior como mostra a figura abaixo. É usada em dedos, pernas, braços, antebraços etc. c) REVERSA: Usada, principalmente, nos antebraços, coxas e pernas. Observe os passos apresentados na figura abaixo. d) ESPICA: É muito utilizada em articulações. Acompanhe os passos na figura abaixo. e) RECORRENTE: Usada, principalmente, na cabeça, em cotos (membros amputados), mãos e pés. Na figura abaixo apresentam a volta recorrente e a volta espica. Restrições de Movimentos É a limitação dos movimentos do paciente com a finalidade de prevenir acidentes. A restrição de movimentos pode causar escaras, dificultar o retorno venoso e/ou agravar ferimentos já existentes. Por isso recomenda-se evitar ao máximo a contenção do paciente. É indicada: • para evitar que crianças, pacientes agitados e inconscientes caiam da cama; • no pós-operatório, principalmente em pacientes agitados; • em doentes mentais agressivos; • para pacientes que não colaboram no tratamento. A restrição de movimentos pode ser feita nos ombros, abdômen, joelho, pulso e tornozelos. Material: • lençóis • ataduras de crepe • algodão ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS MEDICAMENTOS É a substância química utilizada no tratamento, prevenção e diagnóstico de patologias. É toda substância no organismo vivo, que atenderá a uma finalidade terapêutica podendo auxiliar, melhorar ou inibir a função orgânica. DOSAGEM É a determinação da dose ou quantidade de um medicamento ou substância medicamentosa. DOSE • Inicial – Primeira dose; • Média – Quantidade de medicamento que provou ser eficaz; • Manutenção – Dosagem mantida após o efeito desejado da dose inicial; • Máxima – Maior quantidade de medicamento administrado sem risco; • Letal – dosagem que pode matar. Finalidade da Medicação • Curativa – Destruir o agente causador da patologia • Paliativa – Aliviar algum sintoma • Substitutiva – Repor substância encontrada no organismo Apresentação/Nome • Nome Comercial – O mesmo medicamento pode possuir vários nomes conforme o fabricante do registro. • Nome Químico – O nome químico do medicamento (da substância). • Nome Genérico ou Original – Nome pelo qual o medicamento é catalogado. Ação dos medicamentos Os medicamentos podem agir no organismo provocando uma ação local ou geral (sistêmica). Ação local, como o nome já diz, é a ação da droga no próprio local da aplicação, na pele ou na mucosa, e pode ser: ____________ ____________________________ ENFERMAGEM ____________________________ Prof. Paulo Prieto ________________________________________________________________________ ATUALIZADO ATÉ FEVEREIRO 2012 www.CARREIRAPUBLICA.com.br (48) 4141-3220 3225-5779 12 • Adstringente – contrai os tecidos e diminui a luz dos vasos; • Antisséptica – inibe o desenvolvimento de microorganismos; • Emoliente – lubrifica e amolece os tecidos; • Irritante – irrita os tecidos; • Paliativa – diminui a dor. Ação geral - é a ação da droga que precisa ser ministrada no meio interno do organismo para surtir efeito e pode ser: • Antagônica – corta o efeito de outra droga; • Cumulativa – acumula no organismo; • Depressora – deprime a função de um órgão ou tecido; • Estimulante – estimula a função de um órgão ou tecido; • Sinérgica – reforça o efeito de outro medicamento e vice-versa. 5 CERTEZAS 1. Paciente certo 2. Medicamento Certo 3. Dose Certa 4. Hora Certa 5. Via Certa Considerações A) Toda medicação deve ser prescrita pelo médico, exceto alguns prescritos por enfermeiros ou dentistas no uso de seus direitos legais; B) Administrar somente medicamentos prescritos e com assinatura legível do profissional sendo que apenas em situações de emergência a enfermagem pode atender prescrição verbal, que deverá ser transcrita logo que possível pelo profissional que orientou a administração; C) As prescrições médicas tem validade por 24 horas; D) Seguir a padronização dos horários, sempre que possível pois facilita a execução da prescrição e a administração dos medicamentos; E) Manter atenção durante o preparo e em local apropriado; F) Proteger o medicamento dos raios solares; G) Transportar a medicação em bandeja, identificando-a com o nome do cliente H) Consultar os cartões de medicação,prescrição médica ou relatório de enfermagem ; I) Administrar os medicamentos com conhecimento das cinco certezas:cliente certo, medicamento certo, dose certa, hora certa, via certa; J) Não administrar medicamentos preparados por outra pessoa; K) Observar,questionar e verificar possíveis alergias; L) Verificar a data de validade do medicamento; M)Manter controle rigoroso sobre os medicamentos, principalmente os psicotrópicos; N) Não tocar com a mão em comprimidos, cápsulas, drágeas, pastilhas ou outros; O) Observar ordens de controle hídrico, dietas, jejum e suspensão da prescrição, antes de preparar a medicação; P) Colocar o material perfuro-cortante em recipiente de paredes rígidas; Q) Calcular corretamente a quantidade necessária de medicação, a partir da apresentação da droga disponível; R) Registrar a administração da droga, checando na prescrição; S) Limpar a bancada e as bandejas com álcool a 70% e dispor os recipientes identificados por seqüência de número e via de administração; T) Verificar o estado geral do paciente, efeitos desejados e colaterais do medicamento. Esclarecer qualquer dúvida antes do preparo (letra legível, rótulo do medicamento); U) Rotular o medicamento preparado com os dados de identificação do paciente; V) Ler o rótulo 3 vezes antes de retirar do recipiente , antes de aspirar na seringa , antes de desprezar a ampola . X) Desprezar o medicamento em caso de alteração (cor, consistência); Y) Providenciar o medicamento quando faltar no setor; Z) Não administrar nenhum medicamento com dúvida. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Via oral Normalmente a absorção da droga ocorre no aparelho digestivo. A medicação por via oral é indicada por ser um método simples, econômico e seguro. Porém, nos casos de distúrbios gástricos, ou quando o paciente não pode deglutir a droga, é preciso substituí-la. EQUIVALÊNCIA DE MEDIDAS 1 colher de sopa - 15ml 1 colher de sobremesa – 10ml 1 colher de chá – 5ml 1 colher de café – 3ml 1ml – 20 gotas 1 medida – 5ml 1 gota – 3 microgotas A drogas administradas por via oral devem ser deglutidas com água, leite, sucos, porém, existem os casos dos medicamentos que devem ser administrados por via sublingual e via bucal. No primeiro, deixar o medicamento dissolver embaixo da língua e, no segundo, deixar na boca de uma forma geral. Via sublingual Na via sublingual os medicamentos são colocados sob a língua e a absorção se dá nos vasos sangüineos existentes no dorso da língua. Cuidados necessários: • Antes de colocar o medicamento sob a língua, o cliente deve enxaguar a boca. • Orientar para que o cliente abstenha-se de engolir saliva por alguns minutos, permitindo a absorção da droga. Via nasogastrica ou gastrostomia É a administração de medicamentos por sonda nasogástrica, quando utilizada em cliente inconsciente e/ou incapacitado de deglutir. Cuidados necessários: • Dissolver os medicamentos sólidos antes de colocá-los através da sonda; • Abrir as cápsulas, dissolvendo o pó medicamentoso; • Administrar os medicamentos sempre com líquidos; • Lavar a sonda com 10 a 20ml de água ou soro fisiológico após a administração do medicamento; • Manter a sonda fechada por 30 minutos, caso esta esteja em sinfonagem ,garantindo a absorção do medicamento. Via retal A via retal é a introdução de medicamentos através do ânus, sob a forma de supositórios e clister medicamentoso. Esta via é prescrita para drogas que seriam irritativas por outras vias, ou para clientes inconscientes, que tenham vômitos freqüentes ou estejam impossibilitados de deglutir. Cuidados necessários: • Garantir a privacidade do cliente; • Lavar as mãos; • Colocar o cliente em posição de sims (em decúbito lateral esquerdo com a perna de cima fletida); ____________ ____________________________ ENFERMAGEM ____________________________ Prof. Paulo Prieto ________________________________________________________________________ ATUALIZADO ATÉ FEVEREIRO 2012 www.CARREIRAPUBLICA.com.br (48) 4141-3220 3225-5779 13 • Calçar uma luva; • Separar as nádegas com mão não enluvada; • Orientar o cliente a respirar fundo ao introduzir o supositório pela parte reta com o dedo indicador, direcionando-o à parede retal, numa profundidade correspondente ao comprimido; • Comprimir as nádegas ou solicitar que o cliente as contraia, evitando o retorno do supositório; • Retirar a luva, virando o lado interno para fora, para assim reter os microrganismo; • Orientar para que o cliente retenha o supositório por 15 a 20 minutos. Quando o supositório for aplicado para aliviar os gases intestinais, o cliente pode expelí-lo a qualquer momento; • Lavar as mãos após descalçar a luva. Via ocular É aplicação de medicamentos nos olhos, sob a forma de colírio ou pomada, tendo como finalidade: dilatar ou contrair as pupilas, acelerar a cicatrização, combater a infecção, lubrificar os olhos, diminuir a congestão ocular. Cuidados necessários: • Limpar os olhos com uma gaze umidecida com soro fisiológico, do ângulo interno ao ângulo externo do olho; • Inclinar a cabeça do cliente um pouco para trás e solicitar que o cliente olhe para um objeto no teto; • Puxar para baixo a pele periorbitária com o dedo indicador, expondo o saco conjuntival, pingando a medicação, sem encostar o frasco no olho; • Pomadas oftálmicas são aplicadas ao longo da crista inferior do saco conjuntival, do ângulo interno para o ângulo externo do olho, ultilizando preferencialmente gaze ou espátula; • Solicitar que o cliente feche os olhos e faça movimentos giratórios do globo ocular após aplicação da medicação (colírio ou pomada); • Retirar o excesso com gaze ou cotonete, do ângulo interno para o ângulo externo do olho; • Orientar quanto ao procedimento, solicitando que o cliente permaneça na posição por algum tempo, para que a medicação penetre; • Ocluir o olho com monóculo, quando indicado. Via auricular Nesta via a aplicação do medicamento se dá no ouvido externo, com objetivo de aliviar a dor, a inflamação, a congestão, combater infecções ou amolecer o cerume. Cuidados necessários: • Posicionar corretamente o cliente, solicitando que permaneça deitado ou sentado com a cabeça inclinada, expondo o ouvido afetado que deve ficar para cima; • Tracionar o pavilhão auricular para baixo e para trás nas crianças, introduzindo a medicação; • Tracionar o pavilhão auricular para cima e para trás nos adultos, introduzindo a medicação; • Pingar as gotas na face lateral do canal auditivo sem encostar o frasco na pele; • Solicitar que o cliente permaneça na posição de 3 a 5 minutos, para distribuir a medicação; • Aquecer a medicação que será instilada no ouvido, pois soluções frias causam desconforto e tonturas. Para aquecer o medicamento, coloque-o em uma cuba redonda com água quente por alguns minutos, testando a temperatura com algumas gotas na parte interna do punho; Via nasal É a aplicação de medicamento pelo nariz, tendo como finalidade aliviar a congestão nasal, proteger a mucosa nasal, tratar infecções e facilitar a respiração. Cuidados necessários: • Colocar o cliente em posição sentada, com a cabeça inclinada para trás; • Usar um travesseiro sob os ombros para que a cabeça caia para trás; • Orientar o cliente para respirar pela boca; • Direcionar o conta-gotas para a linha média da concha superior do osso etmóide, aplicando a medicação; • Evitar tocar o conta-gotas na mucosa e nos dedos do profissional; • Permanecer na frente do cliente ao administrar o medicamento; • Solicitar que o cliente permaneça na posição por alguns minutos (2 a 3), para aumentar a distribuição do medicamento; • Oferecer lenço de papel ao cliente com o objetivo de retirar qualquer secreção; Via vaginal É a introdução de medicamentos na vagina, sob forma de óvulos, pomadas, geléias, espuma ou lavagem vaginal. Cuidados necessários: • Manter a privacidade da cliente; • Colocar a cliente em posição ginecológica;• Calçar luvas e separar os grandes lábios para visualizar a abertura vaginal; • Introduzir a medicação, com um aplicador individual, na vagina, mais ou menos 4cm. O aplicador deve ser introduzido lubrificado, no sentido para baixo e para trás; • Empurrar o êmbolo para expelir a medicação na vagina; • Retirar as luvas, puxando-a pela face interna, evitando propagação de microrganismos; • Solicitar para que a cliente permaneça nesta posição para uma melhor distribuição da medicação; • Colocar absorvente higiênico, caso a medicação escorra; • Escolher o horário da noite para aplicar óvulos ou pomadas em clientes ambulantes, para evitar quedas dos mesmos; • Ensinar as clientes independentes a usar e aplicação da medicação, sendo que a melhor posição é a sentada, apoiada sob as nádegas, com as pernas abertas; Lavagem vaginal É a introdução de líquidos ou solução medicamentosa na vagina com a finalidade de prevenir e combater infecções, limpar a vagina, diminuir o odor e acelerar a cicatrização. Pontos Importantes: • Colocar a cliente em posição ginecológica; • Calçar luvas; • Introduzir a cânula vaginal para trás e para baixo, cerca de 8 a 10 cm; • Fazer movimentos giratórios com a cânula, durante a introdução do liquido; • Colocar a cliente sobre a comadre e solicitar que ela tussa para expelir o liquido pela vagina. Via tópica ou cutânea É a aplicação de medicamento na pele, podendo ter ação local ou geral. # As formas de medicamentos utilizadas nesta via de administração são: 1. Loções: preparados líquidos, aplicados para proteger, refrescar, suavizar, lubrificar ou amaciar áreas superficiais. 2. Pomadas: são preparadas com base gordurosa, aplicadas ____________ ____________________________ ENFERMAGEM ____________________________ Prof. Paulo Prieto ________________________________________________________________________ ATUALIZADO ATÉ FEVEREIRO 2012 www.CARREIRAPUBLICA.com.br (48) 4141-3220 3225-5779 14 na pele ou mucosa, derretendo-se sob ação do calor do corpo, sendo então absorvidas. São usadas geralmente como antisséptico ou antimicrobiano. Suavizam a pele, retém o calor corporal e aumentam a região de contato entre medicamento e pele. 3. Antissépticos: líquidos usados para limpeza da pele ou ferimento, como por exemplo: povidine tópico. 4. Tintura: soluções alcoólicas ou hidroalcóolicas preparadas a partir de uma droga, por exemplo: tintura de iodo. 5. Pós: quantidade de dose única de uma droga ou misturas de drogas na forma de pó. Ressecam a pele e evitam fricção excessiva. 6. Adesivos: quantidade de drogas em dose apropriada e de absorção lenta, aplicada à pele com adesivos, como por exemplo: adesivos hormonais, emplastos, calicidas. Via parenteral É a via em que se administram medicamentos ou nutrientes diretamente nos tecidos. Estes medicamentos são administrados através de injeções, utilizando-se seringas agulhas, cateteres, etc. É uma via de administração que requer muitos cuidados, pois necessita de material esterilizado e soluções estéreis, e o seu tempo de absorção é muito mais rápido. A administração por via parenteral pode ser intradérmica (id), subcutânea (sc), intramuscular (im), intravenosa (ev) e intra- arterial. Via intradérmica É a introdução da droga na derme ou córion. Trata-se de via específica para auxilio de diagnóstico, verificação da sensibilidade a alérgenos, reações de hipersensibilidade, como por exemplo, provas de ppd(tuberculose), schick (difteria) e outras. Raramente é utilizada para tratamento, porém indicada na dessensibilização e auto-vacinas. Normalmente o local de aplicação é a face mediana do antebraço. A agulha entra no tecido formando um ângulo de 15ºc, com o bisel voltado para cima. # condições da droga: a) Volume: o volume máximo admissível no local é de 0,5ml . As doses usadas, em geral, são frações de ml até 0,25ml. b) Características: drogas em soluções cristalinas e isotônicas. c) Características do material: O tamanho da seringa é 1ml, de insulina, que possui escalas de frações ml. As agulhas indicadas para esta via são pequenas e finas, tais como 10x5 e 15x3. Algumas, as mais recomendadas, apresentam um detalhe: 2 mm após o bizel há um pequeno aumento do diâmetro externo para impedir a penetração da agulha além de 2 mm de extensão. d) Locais de aplicação: teoricamente, o corpo todo poderia ser utilizado, entretanto, tendo-se em vista os objetivos que indicam a via, o local deve ser claro, com pouca pigmentação, poucos pêlos, pouca vascularização superficial e de fácil acesso para a leitura dos resultados das reações aos antígenos injetados. A área que preenche todas estas condições é a face ventral do braço. e) Postura do cliente: sentado, com o braço apoiado sobre a mesa. f) Aplicação: • Expor a área de aplicação (face ventral do antebraço), fazer a limpeza da pele, dependendo do agente administrado não pode usar álcool; • Espalmar o antebraço e distender a pele do local de aplicação; • Empunhar a seringa e introduzir a agulha paralelamente à pele, numa extensão de 2mm. O bisel deve ser mantido para cima e nos indivíduos de pele clara será possível ver a haste da agulha sob a pele. • Injetar lentamente a dose indicada. • Observar se houve formação de pápula (elevação redondinha), característica da injeção intradérmica. • Caso não ocorra a formação da pápula, conclui-se que a agulha atingiu a tela subcutânea. Via subcutânea É a introdução de droga na tela subcutânea. A absorção dos medicamentos por via subcutânea, é mais lenta que a via IV e IM. Esta via também é chamada hipodérmica, sendo indicada principalmente para drogas que necessitam de absorção lenta e contínua. É importante aspirar para verificar se nenhum vaso sangüíneo foi atingido. Essa via é muito usada para administrar insulina, por ser lenta e contínua, permitindo melhor absorção do medicamento. Os locais de aplicação da injeção subcutânea são: • Abdômen; • Face anterior das coxas; • Face externa dos braços; • Região glútea. Condições da droga: Volume: O volume injetado pode variar de frações de ml até, no máximo, 5ml, porém aplica-se até 3ml. A via subcutânea foi usada, para infusões fisiológicas salinas ou glicosadas, em volumes que variam de 1000 à 1500ml, na qual se introduzia 500ml durante 15 a 30 minutos. A razão do uso da tela subcutânea para infusões se deve á sua grande expansibilidade, como ocorre na gravidez e nos edemas. Locais de aplicação: Teoricamente toda tela subcutânea se presta para a introdução de drogas, entretanto, de acordo com a menor ou maior inervação local, a acessibilidade e a capacidade de distensão do tecido. Locais mais utilizados, face externa do braço, parede abdominal e para infusões a região inframamaria, parede abdominal sobre a crista ilíaca, face anterior da coxa, nádegas e região infraescapular. Postura do cliente: sentado ou deitado, com a região indicada completamente exposta. • Aplicação em indivíduo magros ou caquéticos: Em clientes nestas condições, variam o modo de segurar a pele e o ângulo de inserção da agulha, procedendo da seguinte maneira: • levantar a pele, segurando-a e mantendo-a suspensa entre os dedos indicador e polegar. • introduzir a agulha em posição paralela à pele, nesta dobra, com rapidez e firmeza. Fricção após a injeção: para certos tipos de drogas como a insulina não é conveniente a massagem após a aplicação, justamente para evitar a absorção rápida, faz-se apenas a compressão local. Tamanho da agulha: se utilizarmos agulhas de dimensões 10x5 ou 10x6, em indivíduos normais ou obesos, a introdução se dará perpendicularmente à pele como por via IM (ângulo de 90 graus). ATENÇÃO: Na aplicação
Compartilhar