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Urinálise Prof. Ms. Tércio Lemos de Morais Email: Terciotms@uninove.br Sistema Urinário (Revisão geral) Sistema urinário • O Sistema Urinário dos seres humanos é composto por: – 2 Rins; – 2 Ureteres; – 1 Bexiga urinária; – 1 Uretra Objetivos • Relembrar as funções gerais do Sistema urinário; • Identificar os componentes do Sistema urinário; • Relembrar a estrutura macro/micro dos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra; • Relembrar as diferenças sexuais desse aparelho; • Conhecer algumas condições de importância clínica. Funções • Produzir (Rins), armazenar (na bexiga) e eliminar a urina; • Eliminar, através da urina, resíduos que não são utilizados pelo organismo; • Regular o volume e composição química do sangue; • Auxiliar na produção e regulação das hemácias (células sanguíneas vermelhas); • Proporcionar o equilíbrio de minerais (sódio, cálcio, ferro, fósforo, magnésio, etc.). Funções especificas de cada componente do Sistema urinário • Rins: – Filtração do sangue, regulando seu volume e composição; – Atua na regulação do pH e pressão do sangue; – Excretar resíduos; – Produção de hormônios. Funções especificas de cada componente do Sistema urinário • Ureteres – Conduzir a urina dos rins até a bexiga. • Bexiga Urinária – Armazenar a urina e lança-la na uretra. • Uretra – Eliminar a urina. Diferenças sexuais entre o Sistema urinário feminino e masculino • A mulher Diferenças sexuais entre o Sistema urinário feminino e masculino Diferenças sexuais entre o Sistema urinário feminino e masculino Diferenças sexuais entre o Sistema urinário feminino e masculino Diferenças sexuais entre o Sistema urinário feminino e masculino Diferenças sexuais entre o Sistema urinário feminino e masculino Formação da Urina Introdução • A formação da urina começa nos rins, nos néfrons, que são as unidades funcionais dos rins, onde a urina é realmente formada. • Cada rim possui aproximadamente um milhão de néfrons, que são formados por túbulos contorcidos microscópicos. Néfrons Néfrons Fisiologia da formação da urina • No processo de formação de urina, a arteríola aferente é um ramo da artéria renal em uma região envolvida pela cápsula de Bowman. Enrola-se, formando o glomérulo. • Quando o sangue passa pelo glomérulo, uma parte do plasma extravasa por meio da cápsula de Bowman, ocorrendo o processo de filtração. • O filtrado glomerular possui tanto substâncias úteis ao organismo, como glicose, água, sais minerais, aminoácidos e vitaminas, quanto excretas inúteis ao organismo. • As substâncias úteis precisam ser reabsorvidas, ou seja, passar dos túbulos do néfron para os capilares que os envolvem por meio de mecanismos especiais que as células dos túbulos possuem, sendo o processo de reabsorção. Substâncias que devem ser filtradas nos glomérulos • Água • Sódio (Na) • Cloreto (Cl) • Bicarbonato (HCO3) • Potássio (K) • Aminoácidos • Glicose • Creatinina • Ureia Túbulo contorcido proximal TCP • Faz a reabsorção de grande parte do filtrado para os capilares sanguíneos. – Aminoácidos – 100% – Glicose – 100% – Bicarbonato – 90% – Água – NaCl – K 60 a 75% Alça de Henle • Composta pela porção descendente e ascendente. (Reabsorção): – Descendente: reabsorve apenas água – Ascendente : Sai o restante de NaCl que não foi reabsorvido no TCP (cerca de 25%). Túbulo contorcido distal TCD • Faz a reabsorção de tudo o que não foi reabsorvido na alça de henle ( cerca de 5%). Túbulo coletor • As substâncias que não são úteis (creatinina e uréia, por exemplo), passam direto indo compor a urina, juntamente com outras substâncias que são secretadas pelas paredes dos túbulos contorcidos. • A urina segue para o túbulo coletor e deste sai dos rins por meio dos ureteres, sendo armazenada na bexiga urinária e eliminada para o meio exterior por meio da uretra. Urina A urina é um líquido transparente, amarelado, formado nos rins e que transporta produtos residuais do metabolismo até ao exterior do organismo. Ela é constituída 95% por água, na qual a ureia, toxinas e sais minerais, como o cloro, o magnésio, o potássio, o sódio, o cálcio, entre outros (que formam os restantes 5%), estão dissolvidos. Também pode conter substâncias comuns, utilizadas frequentemente pelo organismo, mas que se podem encontrar em excesso, pelo que o corpo tem de se ver livre delas. INTRODUÇÃO • NOME DO EXAME: Urina do tipo 1; Urina parcial; EAS (elementos anormais e sedimento); Sumário de urina; EQU (exame químico de urina); ECU (exame comum de urina); PEAS (pesquisa dos elementos anormais e sedimento). • INDICAÇÃO CLÍNICA: Diagnóstico e monitoramento de: Doenças renais e do trato urinário; Doenças sistêmicas ou metabólicas; Doenças hepáticas e biliares; Desordens hemolíticas. Introdução • O exame de urina I ou exame de urina tipo 1 é um dos mais fáceis de ser realizado na rotina laboratorial, além de ser muito importante para avaliar o estado funcional do rim. • O sedimento urinário é composto por inúmeros artefatos que com diferenças de pH, densidade da urina, decomposição bacteriana, uso de medicamentos ou até mesmo a dieta do paciente podem sofrer modificações estruturais. Introdução Para a realização deste exame deve-se ter muito cuidado, paciência e experiência, pois qualquer contaminação pode dificultar a identificação das estruturas ou facilitar o erro no diagnóstico. Por isso, o cuidado na fase pré- analítica é tão indispensável. Coleta • A fase pré-analítica é sem dúvidas a mais importante, pois as informações de como fazer uma boa coleta descarta quaisquer forma de contaminação da amostra. • É indispensável o uso de potes estéreis, com suas devidas identificações. Orientações gerais • Colher preferencialmente a primeira urina da manhã ou dar um intervalo mínimo de 4 horas após a última micção; Usar sempre recipiente fornecido pelo laboratório; • Rotular o recipiente com nome completo; Iniciar a micção. Desprezar o primeiro jato da urina, sem interromper a micção, e recolher o jato médio, evitando encher o frasco até a tampa. Desprezar também o jato final. Fechar o frasco imediatamente; Orientações gerais • Após colhida, trazer ao laboratório no prazo máximo de uma hora; Informar se está ou esteve em uso de antibióticos e/ou antissépticos urinários OBSERVAÇÕES • AMOSTRA DE ESCOLHA: Primeira urina da manhã, jato médio, sem preservativos; • ALTERNATIVA: Amostra de urina aleatória, colhida após 4 horas da última micção. • CUIDADOS COM A COLETA: – Utilizar frascos descartáveis, não reutilizados e estéreis; – Não adicionar agentes conservantes a amostra de urina; COLETA – MASCULINA COLETA – MASCULINA ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO • Manter a amostra ao abrigo da luz; • Transportar a amostra para o laboratório imediatamente; • Caso o exame não possa ser realizado em até duas horas após a coleta, recomenda-se armazenar a amostra, imediatamente após a coleta, sob refrigeração entre 4 – 8° C por até 6 – 8 horas, em recipiente fechado. MÉTODOS DE REALIZAÇÃO DO EXAME • Características gerais - Inspeçãovisual; • Pesquisa de elementos anormais (exame químico) - Tira reagente; • Exame do sedimento urinário (sedimentoscopia) – Microscopia ótica. Exame físico • Volume; • Odor; • Cor; • Aspecto; • pH; • Densidade; ODOR DA URINA • CARACTERÍSTICO: da urina recentemente emitida (cheiro sui generis) atribuído a ácidos orgânicos voláteis que ela contém. • AMINIACAL: tem esse odor por conta do envelhecimento. • PARTICULAR: sob a influência de alguns medicamento pH da urina • O pH urinário reflete a capacidade dos rins em manter a concentração dos íons hidrogênio no plasma e nos líquidos em geral; • A urina recém emitida tem um pH normal próximo de 6,0. Este valor tende a aumentar pela ação das bactérias sobre a ureia formando amônia, quando a análise não é feita logo após a micção; • Assim, uma urina de pH alcalino quase sempre indica uma conservação e/ou manipulação inadequadas; • Amostras frescas com urina muito alcalina tem fortes indícios de ação bacteriana; Urinas ácidas • Consequência de uma dieta rica em proteínas e por algumas frutas; • Diabetes mellitus, inanição, doenças respiratórias, anormalidades de secreção e reabsorção de ácidos e bases pelas células tubulares; • No tratamento de determinados cálculos urinários pelo uso de cloreto de amônio, metionina, fosfatos ácidos, etc. Urinas alcalinas • Consequência de uma dieta rica em frutas e vegetais diversos; • Alcalose metabólica, hiperventilação respiratória e após vômito; • No tratamento de determinados cálculos urinários pelo uso bicarbonato de sódio, citrato de potássio e acetozalamida. DENSIDADE • A densidade normal da urina varia de 1,010 a 1,030 g/cm³ e ela indica a concentração de sólidos totais dissolvidos na urina. • A densidade urinária varia com o volume e com a quantidade de solutos excretados (principalmente, cloreto de sódio e uréia). • A densidade é um bom indicador do estado de hidratação/desidratação do paciente. Fase analítica • DEMAIS CARACTERÍSTICAS: – Odor: característico (Sui generis), amoniacal e odor particular; – Aspecto: límpico, semi-turvo e turvo; – Densidade: 1,005 – 1,030 g/cm³; – pH: 4,5 – 7,8. FASE QUÍMICA (Tira reativa) • 1º - Misture bem a amostra e separe aproximadamente 10mL da amostra num tubo cônico; • 2º - Mergulhe a tira na amostra de forma que não fique nenhuma parte da fita sem estar coberta pela urina, por aproximadamente um minuto; FASE QUÍMICA (Tira reativa) • 3º - Remova a fita do tudo e retire o excesso passando a ponta da fita em um papel absorvente ou na boca do tudo para retirar o excesso de urina; • 4º - Compare as cores da fita com as cores da tabela indicada pelo fabricante em um local claro num tempo de até 2 minutos. FASE QUÍMICA (Tira reativa) • O uso das tiras reativas na rotina da Urinálise nos ajuda a realizar 10 ou mais análises bioquímicas da urina e que são clinicamente importantes. São elas: – pH, – Proteínas, – Glicose, – Cetonas, – Sangue, - Bilirrubina - Nitrito - Densidade - Leucócitos - Urubilinogênio Cada um tem um significado clinico quando encontra-se alterado. FASE QUÍMICA (Tira reativa) As tiras reativas são constituídas por pequenos pedaços de papéis que possuem substâncias químicas presas a elas e que estão presas a uma tira de plástico. Quando entra em contato com a urina, reagem e conforme mudem de cor expressão vários resultados. Para interpretar o resultado, basta verificar a semelhança entre as cores da fita e da tabela. A URINA E ALTERAÇÕES INICIAIS A urina normal e recentemente emitida é límpida. Nas urinas alcalinas (básicas) é frequente o aparecimento de opacidade por precipitação de fosfatos amorfos – ocasionalmente carbonatos na forma de névoa branca; A URINA E ALTERAÇÕES INICIAIS • O aspecto da urina é observado após a homogeneização da mesma. A urina se apresenta límpida, opaca, leitosa, levemente turva, turva ou fortemente turva; A URINA E ALTERAÇÕES INICIAIS • A turvação comumente é causada por leucócitos, hemácias, células epiteliais ou bactérias; A URINA E ALTERAÇÕES INICIAIS • Os leucócitos formam precipitados semelhantes aos provocados pelos fosfatos; a presença de leucócitos é confirmada pela Sedimentoscopia; Leucocitúria A URINA E ALTERAÇÕES INICIAIS • A presença de hemácias (hematúria) promove turvação que é confirmada microscopicamente; A URINA E ALTERAÇÕES INICIAIS • Espermatozóides e líquido prostático causam turvação que pode ser clarificada por acidificação ou aquecimento; A URINA E ALTERAÇÕES INICIAIS Algumas vezes a urina apresenta aspecto turvo em razão de coágulos sanguíneos, pedaços de tecido, lipídios, levedura, pequenos cálculos, pus, material fecal, talco, antissépticos, cremes vaginais e contrastes radiológicos. REFERÊNCIAS PARA O EXAME BIOQUÍMICO: • Proteínas: negativo; • Glicose: negativo; • Cetonas: negativo; • Sangue: negativo; • Leucócitos: negativo • Nitrito: negativo • Bilirrubina: negativo • Urobilinogênio: até 1 mg/dL Sedimentoscopia Sedimentoscopia • Despejar o sedimento espalhando-o sobre a lâmina, cobri-lo com a lamínula, sem deixar formar bolhas. • Levar ao microscópio, percorrer toda a lamínula, com objetiva de 10X e com o condensador baixo. Verificar a distribuição dos elementos, a presença de muco, tricomonas e outras estruturas importantes, como cilindros que costumam aparecer nas bordas da lamínula. Sedimentoscopia • Visualizar na objetiva de maior aumento (40x) com condensador alto, aumentar a intensidade da luz. • Por fim, faça a contagem dos elementos por campo microscópico extraindo a média. Objetivo • Estuda os elementos que aparecem na urina; • Auxilia no diagnóstico de infecções, doenças renais e outras; • Classifica as células, cristais e microrganismos em geral; • Confirma o aparecimento ou não de ‘indicadores’ da tira reativa. PADRONIZAÇÃO DA SEDIMENTOSCOPIA: • AMOSTRA: jato médio; • VOLUME URINÁRIO MÍNIMO: 10 mL; • TEMPO DE CENTRIFUGAÇÃO: 5 minutos; • VELOCIDADE DE CENTRIFUGAÇÃO: 1.500-2.000 rpm; • VOLUME DE SEDIMENTO: 200 µL; • VOLUME DE SEDIMENTO OBSERVADO: 20 µL; • LAMÍNULA PADRÃO: 22 x 22 mm; • VISUALIZAÇÃO : 100x e 400x; • NÚMERO DE CAMPOS OBSERVADOS: 10 campos. RECOMENDAÇÕES GERAIS • Centrifugar a amostra por 5 min a 1.500 – 2000 rpm; • Desprezar parte da amostra e ressuspender o sobrenadante; • Coletar entre 15 e 50µl de sobrenadante e dispor sob a lâmina; • NÚMERO DE ELEMENTOS ENCONTRADOS: Ler 10 campos microscópicos e multiplicar por 1000; • OBS: os elementos devem ser expressos por mL de urina Estudo do Sedimento Urinário Células do epitélio de descamação • Algumas células epiteliais encontradas no sedimento urinário resultam da descamação normal das células velhas, enquanto outras representam lesão epitelial por processos inflamatórios ou doenças renais. Leucócitos/piócitos • Os leucócitos podem entrar na urina através de qualquer ponto ao longo do trato urinário ou através de secreções genitais; • O aumento no número de leucócitos (>4 por campo) que apresentam ou não fenômenos degenerativos (granulações grosseiras no citoplasma, inclusão de bactérias etc.) na urina é chamado piúria. • A piúriapode expressar-se pela eliminação de leucócitos isolados ou aglutinados ou pelo aparecimento na urina de cilindros hialinos com inclusão de leucócitos. Hematúria Cilindros Hialinos • São os mais frequentes • Constituição: quase inteiramente de Tamm-Horsfall • Assumem significado clínico quando o nº é elevado: – <2 por campo Cilindros hemáticos • Presença geralmente indica grave doença renal • Indica sangramento no interior dos néfrons – À medida que envelhece, tem inicio a lise celular e o cilindro torna-se mais homogêneo – A hemoglobina liberada mantem a característica cor marrom-amarelada Cilindros leucocitários • Infecção ou inflamação no interior dos néfrons • Indica a necessidade de realizar culturas microbiana. Cilindros epiteliais • Em presença de lesão tubular, as céls saem facilmente durante o desligamento do cilindro • Podem ser distinguidos dos leucocitários pela existência de núcleo redondo Cilindros granulares • Origem não-patológica: – Lisossomos excretados pelas cels. dos túbulos renais durante metabolismo normal • Origem patológica: – Agregados protéicos filtrados pelo glomérulos Cilindros céreos • São resultantes da degeneração de cilindros granulosos. Os cilindros céreos são encontrado em pacientes com insuficiência renal crônica grave, hipertensão maligna, amiloidose renal e nefropatia diabética. Também são encontrados na doença renal aguda, na inflamação e degeneração tubular, e durante a rejeição de aloenxerto renal. Cilindros adiposos • Encontrados juntamente com corpos adiposos ovais em distúrbios que provocam lipidúria (ex. Sínd. Nefrótica) • Contém gotículas gordurosas de cor marrom- amarelada Contagem dos Cilindros • Contagem: – Contar 10 campos no aumento de 100x, identificando cada cilindro no aumento de 400x, e calcular a média por campo, no aumento de 100x Cristais na urina Os cristais na urina são geralmente formadas devido à ingestão insuficiente de água, uma dieta rica em proteínas ou alterações no pH da urina. Cristais na urina indica que algo está errado com o sistema urinário. Existe os cristais de : – Urina alcalina (básica) – Urina ácida Cristais de urina alcalina • Fosfato de amônio-magnésio (fosfato triplo): As infecções do trato urinário tratados com vários antibióticos são as principias causas de formação de cálculos fosfato amônio- magnésio Cristais de urina alcalina • Cristais de biurato de amônio: São corpos esféricos castanhos amarelados, com espículas longas e irregulares. São patogênicos se aparecem em urina recém-emitida, como ocorre em doenças hepáticas. Pode também aparecer em urina ácida e neutra. Cristais • Fosfato de cálcio: Ocorrem em urinas alcalinas (Básica) na acidose tubular renal e infecção por bactérias desdobradoras de ureia (ex.: Proteus) Cristais de urina alcalina • Carbonato de cálcio: São pequenos, incolores e apresentam forma de haltere ou forma esférica. Não tem significado clínico. Cristais de urina alcalina • Cristais de fosfato amorfos: São partículas granulares, não tem uma forma definida e eles são geralmente visivelmente indistinguível dos uratos amorfos. O pH da urina ajuda a distingui-los. Não apresenta significado clínico. Cristais de urina ácida • Oxalato de cálcio: Processo patológico como intoxicação pelo etilenoglicol, diabetes mellitus, doença hepática ou enfermidade renal crônica grave. A ingestão de grande quantidade de vitamina C pode promover o aparecimento desses cristais na urina, Cristais de urina ácida • Cristais de urato amorfo: Numerosos na urina fortemente ácida. Como o ácido úrico, só se apresentam como componentes normais nos carnívoros. Aparecem como sais de urato ( sódio, potássio, magnésio e cálcio). Não apresentam significado clínico. Cristais de urina ácida • Ácido úrico: Estão associados à hiperuricosúria (hiperuricemia, gota, dieta rica em purinas), desidratação e hiperacidez urinária (pH < 5,0). Cristais de urina ácida • Cristais de Cistina: A presença desses cristais tem sempre significado clínico, como na cistinose, cistinúria congênita, insuficiente reabsorção renal ou em hepatopatias tóxicas. Cristais de urina ácida • Cristais de leucina: Tem significado patológico importante como em enfermidades hepáticas em fase terminal, como a cirrose, hepatite viral, atrofia amarela aguda do fígado e em severas lesões hepáticas provocadas por envenenamento por fósforo, tetracloreto de carbono ou clorofórmio. Nas doenças hepáticas, estão normalmente associados a cristais de tirosina. Cristais de urina ácida • Cristais de tirosina: Aparecem em enfermidades hepáticas graves ou em tirosinose. Cristais de urina ácida • Cristais de colesterol: Seu aparecimento indica uma excessiva destruição tissular e em quadros nefróticos, como também na quilúria, está em consequência da obstrução a nível torácico ou abdominal da drenagem linfática, ou por ruptura de vasos linfáticos no interior da pélvis renal ou no trato urinário. Cristais de urina ácida • Cristais de urato de sódio: Tem significado patológico importante como em enfermidades hepáticas em fase terminal, como a cirrose, hepatite viral, atrofia amarela aguda do fígado. Referencias bibliográficas • STRASINGER, Susan King. Uroanálise e fluidos biológicos. 3 ed. São Paulo : Editorial Premier, 1996. 233 p. • MEDEIROS, A.S. Semiologia do exame sumário de urina. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1981. 123 p. • HENRY, J. B. Diagnósticos clínicos e tratamento por métodos laboratoriais. 20ª ed. São Paulo: Manole, 2008. • MOTTA, V. T. Bioquímica clínica para o laboratório: princípios e interpretações. 5. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2009. • STRASINGER, S. K.; DI LORENZO, M. S. Urinálise e fluídos corporais. 5ª ed. São Paulo: Livraria Médica Paulista, 2009.
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