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A RELAÇÃO QUESTÃO SOCIAL, POLÍTICAS SOCIAIS E INTERVENÇÃO PROFISSIONAL

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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO...........................................................................................4
3 CONCLUSÃO........................................................................................................9
REFERÊNCIAS.......................................................................................................10�
1. INTRODUÇÃO
Para entendemos o surgimento do Serviço Social como profissão devemos compreender suas particularidades, tarefas, atribuições é sua vinculação com a questão social.
 A política social foi, entendida como estratégia de intervenção relacionada a um processo de mediação, como um plano entre o proletariado e o estado, a fim de pacificar seus interesses e conflitos.
O Serviço Social e uma das profissões responsáveis pela conciliação entre o Estado, Burguesia e classe trabalhadora na elaboração das políticas sociais destinadas a responder à questão social que surgiu das mazelas do complexo cenário formado pelo monopólio capitalista.
O presente trabalho busca relacionar fundamentos teóricos de forma a permitir um melhor entendimento do que venha a ser a política social e a ligação desta com a questão social. 
Analisar a relação que o Serviço Social estabeleceu com as políticas sociais e a questão social, na sua concepção e seu projeto ético-político.
DESENVOLVIMENTO
O Serviço Social como profissão, está vinculado ao surgimento da questão social, como condutas assistencialistas e filantrópicas, teve como base a doutrina social da Igreja Católica, surgiu como resposta a oposição capitalista em sua fase monopolista, para o controle das classes trabalhadoras.
O surgimento das primeiras ideias acerca das políticas sociais está ligado ao crescimento do capitalismo, à luta das classes e ao desenvolvimento do estado.
O Serviço Social é uma das profissões responsáveis pela conciliação entre o Estado, Burguesia e classe trabalhadora na elaboração das políticas sociais destinadas a responder à questão social que surgiu das mazelas do complexo cenário formado pelo monopólio capitalista.
Não se pode definir um momento para o surgimento das primeiras politicas sócias, sendo que a mesma, foi oriunda do encontro dos movimentos de crescimento do capitalismo com a Revolução Industrial e o desenvolvimento da ação estatal.
O trabalho humano se encontra na base de toda a vida social. Os homens, impulsionados pelas necessidades vitais, apropriam-se da natureza e produzem os bens necessários à sua manutenção, que lhes dão condições de existir, de se reproduzir e de fazer história, resalta Marx e Engels (1982, p.19)
Segundo Iamamoto (1998, p.27)
A Questão Social é apreendida como um conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que tem uma raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos mantém-se privada, monopolizada por uma parte da sociedade.
A Constituição Federal foi o marco fundamental desse processo porque reconhece a assistência social como política social que, junto com as políticas de saúde e de previdência social, compõem o sistema de seguridade social brasileiro. Sendo assim, pensar nesta área como política social é uma possibilidade recente. Mas, há um legado de projetos, ações e práticas de assistência social que precisa ser capturado para análise do movimento de construção dessa política social.
A assistência social sempre foi tratada no Brasil como forma de caridade, foi através da Constituição Federal de 1988 considerada moderna e atual que se estabeleceu como uma de suas prioridades, a defesa dos direitos de cidadania. A manifestação desse reconhecimento foi a regulamentação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), lei 8.069, 13 de julho de 1990, Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), lei 8.742, 07 de dezembro de 1993, e aprovação da nova Política Nacional de Assistência Social – PNAS, que orienta a construção do Sistema Único da Assistência Social – SUAS.
A Constituição Federal de 1988, estabeleceu novos princípios e diretrizes para as políticas públicas realizadas pelo Estado brasileiro, fixou parâmetros precisos ao processo de elaboração e fiscalização das diferentes políticas setoriais.
As manifestações da questão social, caracteriza-se pela forte desigualdade, fome, desemprego, desamparo, miséria, doenças, são vistas, até então, como necessárias para manter a ordem natural de toda e qualquer sociedade. 
Segundo afirma Netto:
O enfrentamento de suas manifestações deve ser função de um programa de reformas que preserve, antes de tudo, a propriedade privada dos meios de produção”. Até se reconhece os seus agraves, mas a questão social é vista como culpa do homem e não do sistema que se apresenta com formas desiguais Netto (2011, p. 44).
A Política Social, e um dos principais meios de ação nas expressões da questão social, sendo fruto da capacidade de motivação e organização da classe operária e do conjunto de trabalhadores, que o Estado atende à demanda como estratégia também para reproduzir e manter o sistema atual, preservando e controlando a mercadoria mais preciosa para o modo de produção capitalista, que é à força de trabalho.
Conforme a ordem monopólica vai invadindo o universo dos indivíduos e da sociedade como um todo, surgem ofertas para redefinições de características pessoais e como estratégias e terapias de ajustamento, partindo desse processo, o Serviço Social vai emergindo, e para atender as demandas da ocasião, tem uma atividade bastante funcionalista de ajustar o indivíduo ao meio. 
A questão social encontra-se na base dos movimentos sociais da sociedade brasileira, como produto e condição da ordem burguesa, isto é, na sociedade de classes, sendo a expressão das lutas dos trabalhadores urbanos e rurais pela apropriação da riqueza socialmente produzida, articulando suas demandas ao Estado. 
Temos que avaliar as políticas sociais, mas para isso é essencial compreender que existem questões de fundo, as quais informam basicamente as decisões tomadas, as escolhas feitas, os caminhos de execução traçados e os modelos de avaliação usado, em relação a uma estratégia de intervenção governamental qualquer.
É pertinente ressaltar a importância e a necessidade de avaliar e acompanhar o processo de implementação e efetivação das políticas sociais no Brasil; aliás, deveria ser exigência obrigatória, respaldada na perspectiva que sejam contempladas com respeito e prioridade, considerando especialmente as demandas apresentadas, a população atendida, os princípios de igualdade e cidadania.
Existe, na história do Brasil, vários marcos que se referem às políticas sociais mais o Decreto Legislativo n°. 4.682, de 14 de janeiro de 1923, mais conhecido como Lei Elói Chaves é dado como um marco para o desenvolvimento da Previdência Social brasileira criando a Caixa de Aposentadoria e Pensões (CAP) destinadas aos trabalhadores ferroviários como resposta às lutas sociais. Tem como objetivo central garantir direitos sociais: aposentadoria, atendimento médico para o trabalhador e sua família, auxilio medicamento e pensão para os herdeiros em caso de morte do trabalhador.
No Brasil, podemos dizer que de certa forma a Seguridade Social faz parte da história recente do país, e que temos ainda hoje muita fragilidade na garantia desses direitos.
Segundo Boschetti:
Foi somente com a Constituição de 1988 que as políticas de previdência, saúde e assistência social foram reorganizadas e re-estruturadas com novos princípios e diretrizes e passaram a compor o sistema de seguridade social brasileiro. Apesar de ter um caráter inovador e intencionar compor um sistema amplo de proteção social, a seguridade social acabou se caracterizando como um sistema híbrido, que conjuga direitos derivados. Boschetti (2009)
 A Seguridade Socialpossui uma série de princípios e diretrizes constitucionais, como universalidade na cobertura, uniformidade e equivalência dos benefícios, seletividade e distributividade nos benefícios, irredutibilidade do valor dos benefícios, equidade no custeio, diversidade do financiamento e caráter democrático e descentralizado da administração (C.F, artigo 194).
O atual código de ética da profissão é datado de 1993, assim como a Lei de regulamentação 8.662/93. Ambos são importantes instrumentos de atuação para o profissional.
O código de ética é um conjunto de normas e valores, também podemos dizer que são os três pilares fundamentais do Projeto Ético Político do Serviço Social (PEPSS) são:
1.	Código de Ética de 1993
2.	Lei de Regulamentação da Profissão de 1993
3.	Diretrizes Curriculares da ABPESS de 1996.
 Assim, o projeto ético-político foi construído no contexto histórico desde a década de 1970, e é fruto do movimento de reconceituação e tem como característica a recusa do conservadorismo.
O projeto ético-político profissional, assim, integra valores, escolhas teóricas e interventivas, ideológicas, políticas, éticas, normatizações acerca de direitos e deveres, recursos políticos organizativos, processos de debate, investigações e sobretudo interlocução crítica com o movimento da sociedade na qual a profissão é parte e expressão.
Assim afirma, Boschetti (2008, p.20): 
O Serviço Social ao se constituir como uma profissão que atua predominantemente, na formulação, planejamento e execução de políticas públicas de educação, saúde, previdência, assistência social, transporte, habitação, tem o grande desafio de se posicionar criticamente diante da barbárie que reitera a desigualdade social, e se articular aos movimentos organizados em defesa dos direitos da classe trabalhadora e de uma sociedade livre e emancipada, de modo a repensar os projetos profissionais nessa direção. Esses são os compromissos éticos, teóricos, políticos e profissionais que defendemos no Brasil e em nosso diálogo com o mundo.
É tarefa inerente à profissão compreender a lógica de formação e o desenvolvimento da sociedade capitalista e os impasses colocados pelos conflitos sociais, tendo como campo de atuação as expressões da questão social. E nessa perspectiva, o assistente social defende a luta pela democracia econômica, política e social, busca a defesa de valores éticos para o coletivo em favor da equidade, defende o direito ao trabalho e o emprego para todos, a luta pela universalização da seguridade social, com garantia de saúde pública e previdência para todos os trabalhadores, pública e universal em todos os níveis, enfim, luta pela garantia dos direitos como estratégia de fortalecimento da classe trabalhadora e mediação fundamental e urgente no processo de construção de uma sociedade livre.
CONCLUSÃO
Ao longo de sua história, a humanidade apresentou um processo de mudança social bastante lento. Nas ocasiões em que ocorreram mudanças sociais, movidas por guerra, fome ou epidemias, as adaptações a uma nova realidade foram motivos suficientes para o avanço das Políticas Sociais. 
A partir da análise e interpretação de dados, concluir que a Assistência Social apesar de sua legitimação como direito social na Constituição Federal de 1988 e da promulgação da Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) em 1993, do reconhecimento da cidadania, não conseguiu superar a lógica do favor, da subalternidade que historicamente a caracterizou, pois ainda permeia na percepção do usuário e na relação com os serviços, esta compreensão assistencial. 
Quando surgiu os direitos sociais, pautados nas reais necessidades humanas como alimentação, saúde, educação e habitação. Diante da realidade do país, onde as pessoas são atingidas pela pobreza, miséria, doenças, analfabetismo e as mais diversas formas de violência e desigualdades sociais e econômicas, nos remetem a uma sociedade ausente de liberdade. 
Partindo desse ideal e que percebemos o dever do Estado de prover os mínimos sociais, cabe a ele o compromisso de promover a dignidade humana por meio de condutas significativas. 
Por tanto, é de extrema relevância a educação fundamental, a saúde básica, a assistência aos desamparados e o acesso à justiça. As contradições sociais existentes, as discriminações, as diversas formas de violência, a exclusão e a falta de acesso as oportunidades, ainda integram o contexto da sociedade brasileira. Essa realidade aponta a necessidade de criar e recriar políticas sociais interventivas e capazes de propiciar e assegurar melhores condições de vida à população. Portanto devemos estar atento e direcionado para o enfrentamento da situação munidos de compromisso.
REFERÊNCIAS
BEHRING, Elaine Rossetti; Boschetti, Ivonete. Política Social: Fundamentos e História. 2ª edição. São Paulo: Cortez Editora, 2007.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: 
promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm. 
Acesso em: 14 Setembro 2015.
Código de Ética Profissional do Assistente Social Disponivel em: http://www.cressrj.org.br/servico social.php. Acesso: 10 Outubro de 2015
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Parâmetros para atuação de 
assistentes sociais na política de saúde. 2010. 
Disponível em: 
http://www.cfess.org.br/arquivos/Parametros_para_a_Atuacao_de_Assistentes_Sociais_na_Saude.pdf. Acesso em: 07 setembro 2015.
FREITAS, Maria Raquel Lino de Freitas. Desenvolvimento e Políticas. Sociais no Brasil Considerações Sobre as Tendências de Universalização e de Focalização. Site:http://cacphp.unioeste.br/projetos/gpps/midia/seminario2/trabalhos/economia/meco10.pdf Acesso em: 20/setembro/2015
IAMAMOTO, Marilda Vilela. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo, Cortez: 1998. Disponivel em: 
Site:http://renato-veloso.blogspot.com.br/2014/09/iamamoto-servico-social-na.html. Acesso em: 09 de setembro de 2015
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Feuerbach. Oposição das concepções materialistas e idealista. Lisboa: Avante, 1982
NETTO, J.P. A construção do projeto ético-político do Serviço Social frente a crise 
contemporânea. Disponível em
http://www.cpihts.com/PDF03/jose%20paulo%20netto.pdf.
 Acesso em :23 setembro 2015
NETTO, José Paulo. Capitalismo Monopolista e Serviço Social. São Paulo, Cortez. 2000. NETTO, José Paulo. Cinco notas a propósito da “questão social”. Temporalis: Revista da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social. Nº 03. Jan/ Jun 2011.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
serviço social
SUELEN DE SOUZA INÊS
A RELAÇÃO QUESTÃO SOCIAL, POLÍTICAS SOCIAIS E INTERVENÇÃO PROFISSIONAL
Porto Velho - RO
2015
SUELEN DE SOUZA INÊS
A RELAÇÃO QUESTÃO SOCIAL, POLÍTICAS SOCIAIS E INTERVENÇÃO PROFISSIONAL
Produção de Texto apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina do QUARTO semestre do curso de Serviço Social.
Docentes: Clarice Kernkamp, Danillo Ferreira de Brito,
Maria Lucimar Pereira, Rosane Malvezzi.
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Porto Velho - RO
2015

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