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HOBBES X LOCKE

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HOBBES X LOCKE
Estudo Dirigido
Construa um quadro analítico apresentando o pensamento dos contratualistas Thomas Hobbes e de Jonh Locke a partir da tríade Estado de Natureza – Contrato Social – Sociedade Civil/ Soberania , dando destaque aos pontos de convergência e de divergências entre estes pensadores.
O homem natural
Hobbes : a natureza humana não muda, é sempre a mesma (“conhece-te a ti mesmo”); o homem é mau, invejoso, ambicioso, cruel e não sente prazer na companhia do outro; o estado de natureza é uma “guerra de todos contra todos”; o “homem é o lobo do homem”; sem lei nem autoridade, todos têm direito a tudo.
Locke : No estado de natureza pacífico, com os homens gozavam dos direitos naturais à vida, à liberdade e aos bens. Pois, já existe a lei da natureza, que obriga os homens a viverem harmoniosamente, sem se prejudicarem; é um estado de plena igualdade, em que já existe o direito de propriedade e, se alguém errar, qualquer um tem o direito de castigá-lo. 
Quadro comparativo
HOBBES
LOCKE
O homem é racional;
O homem é mau, invejoso, ambicioso, cruel e não sente prazer na companhia do outro;
Livrese iguais.
O homem é racional;
O homem é sociável e tende a busca a preservação da humanidade;
Livres e iguais
Estado de Natureza
Hobbes : Em estado de natureza, os indivíduos vivem isolados e em luta permanente, vigorando a guerra de todos contra todos ou "o homem lobo do homem". Nesse estado, reina o medo e, principalmente, o grande medo: o da morte violenta. Para se protegerem uns dos outros, os humanos inventaram as armas e cercaram as terras que ocupavam. Essas duas atitudes são inúteis, pois sempre haverá alguém mais forte que vencerá o mais fraco e ocupará as terras cercadas. A vida não tem garantias; a posse não tem reconhecimento e, portanto, não existe; a única lei é a força do mais forte, que pode tudo quanto tenha força para conquistar e conservar.
Locke : A vida em estado de natureza não é de permanente conflito nem licenciosa,...” Nela se tem a vigência da lei natural, universalmente percebida pela razão, regendo todos os homens e tudo o que existe, uma lei cuja a apreensão se faz pela observação... O que falta é um arbitro isento para dirimir os possíveis conflitos. O poder executivo está nas mãos de cada homem e isso o torna precário, pois os julgamentos se tornam parciais e as forças inadequadas as punições.
Quadro comparativo
HOBBES
LOCKE
É um estadobelicoso;
O estado de guerra é inevitável;
A liberdade e igualdade ;
A vida não tem garantias; a posse não tem reconhecimento e, portanto, não existe;
A lei de natureza – preservar a sua própriavida ;
Sem o pacto -a única lei é a força do mais forte
É um estado de relativapaz;
O estado de guerra é uma possibilidade, não uma inevitabilidade;
Os homens gozavam dos direitos naturais à vida, à liberdade e aos bens;
A lei da naturezaobriga os homens a viverem harmoniosamente, sem se prejudicarem;
Sem o pacto, se alguém errar, qualquer um tem o direito de castigá-lo.
Contrato Social
Hobbes: A passagem do estado de natureza à sociedade civil se dá por meio de um contrato social, de submissão, pelo qual os indivíduos renunciam à liberdade natural e à posse natural de bens, riquezas e armas e concordam em transferir a um terceiro – o soberano – o poder para criar e aplicar as leis, tornando-se autoridade política. 
Locke : “O poder político é o que cada homem possuía no estado de natureza e cedeu às mãos da sociedade e dessa maneira aos governantes, que a sociedade instalou sobre si mesma, com o encargo expresso ou tácito de que seja empregado para o bem e para a preservação de sua propriedade (...) Esse poder tem origem somente no pacto, acordo e assentimento mútuo dos que compõem a comunidade (...) 
Quadro comparativo
HOBBES
LOCKE
O pacto é de submissão -
Neste pacto de submissão, o único direito que o homem não renuncia é à vida, e se o Estado não é capaz de preservá-la, o pacto não faz mais sentido, e o indivíduo retorna ao estado de natureza, retomando a sua liberdade e defendendo-se como achar mais conveniente.
O pacto é de consentimento
As leis são fruto de um consenso entre os homens que se deixam representar legitimamente por seus delegados.
Ao povo compete o controle de ambos os poderes, pelo voto e pela revolução.
Quando o governo que representa os membros da comunidade, não mais cumprir esta sua obrigação, que é preservar a paz e a propriedade, e impuser os interesses particulares sobre os coletivos.. Rompe-se, assim, o contrato, o povo desobriga-se a sujeitar-se e pode constituir um novo legislativo e um novo executivo.
Sociedade Civil / Soberania
Hobbes : A soberania pertence de modo absoluto ao Estado, que, por meio das instituições públicas, tem o poder para promulgar e aplicar as leis, definir e garantir a propriedade privada e exigir obediência incondicional dos governados, desde que respeite dois direitos naturais intransferíveis: o direito à vida e à paz, pois foi por eles que o soberano foi criado. O soberano detém a espada e a lei; os governados, a vida e a propriedade dos bens. 
Locke : A comunidade é soberana, embora o legislativo seja o poder supremo. Este não pode infringir danos a vida , a liberdade e a propriedade. O fim do Estado é o de fazer e implementar leis de caráter universal que devem incidir sobre todos os membros da comunidade.
Quadro comparativo
HOBBES
LOCKE
Asoberania pertence ao governante;
Para Hobbes, a “racionalidade do estado” é efetivada pela vontade do soberano (que “deve zelar pela vida e segurança de seus súditos”).
Para Hobbes, o soberano pode ser um rei, um grupo de aristocratas ou umaassembléiademocrática. O fundamental não é o número dos governantes, mas a determinação de quem possui o poder ou a soberania. Esta pertence de modo absoluto ao Estado, que, por meio das instituições públicas, tem o poder para promulgar e aplicar as leis, definir e garantir a propriedade privada e exigir obediência incondicional dos governados, desde que respeite dois direitos naturais intransferíveis: o direito à vida e à paz
A comunidade é soberana;
Para Locke, a racionalidade do estado é a lei, entendida como “norma geral e abstrata produzida por uma vontade racional”.
A comunidade é soberana, embora o legislativo seja o poder supremo. Este não pode infringir danos a vida , a liberdade e a propriedade. O fim do Estado é o de fazer e implementar leis de caráter universal que devem incidir sobre todos os membros da comunidade.
Particularidades - Hobbes
A sociedade resulta da capacidade humana de compreender, refletir e decidir, antes de obedecer a sua vontade ( paixões) . Este momento - de liberdade - que os homens desfrutam para determinar o fim de seu movimento e buscar os meios para alcançá-lo. Seu desejo pode realizar-se no convívio com os outros desde que todos se predisponham a estabelecer regras comuns e a elas obedecer, construindo uma sociedade pacífica. As leis são as conclusões extraídas da razão, que todos são capazes de conhecer, e elas são contrarias a muitas paixões . Sob este duplo impulso é que emerge da razão e das paixões a construção da Sociedade e do Estado.
Problema central: a construção da boa ordem, a realização da justiça.
A transferência de poderes/ direitos que constitui o pacto se dar unilateralmente e com vistas a constitui “ Pessoa Única” em que se congregou a multidão. Trata-se da transferência por parte de cada individuo do seu direito total e absoluto sobre qualquer coisa a “ Pessoa Única” que adquiri poderes sobre todos os cidadãos. Este é um poder consentido e que efetiva a ideia de comunidade.
Particularidades - Locke
A sociedade resulta do encontro mais ou menos temporário de seres humanos - transformados em pessoa pelo exercício de suas liberdades, os homens podem reforçar ou não os laços de sua sociabilidade natural. O homem não “nasce”, mas pode vir a tornar-se pessoa na medida em que submete sua vontade as leis naturais que a razão lhe indica. Uma pessoa, portanto, é um indivíduo responsável por si, que responde por seus atos.
O trabalho como
fundamento da propriedade;
A propriedade define a relação individuo e sociedade e o poder de representação – os trabalhadores donos apenas de sua força de trabalho não podem decidir sobre impostos; os mendigos e vagabundos “ condenados por sua existência corrompida e insensata, desprovida de condição humana” e as mulheres que dependentes de tutores, pais ou maridos, são representadas;
A representação é limitada pelo tempo e por atribuições.

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