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DNA PÓS GRADUAÇÃO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO 
DE ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE MENTAL
PROF. MS JORGE LUIZ DA SILVA CUNHA
Apresentando alguns conceitos...
 A palavra política é de origem grega “polis” que significa “cidade”. Neste sentido,
determinava a ação empreendida pelas cidades-estados gregas para normalizar a
convivência entre seus habitantes e com as cidades-estados vizinhas.
 A palavra política tem origem no vocábulo grego politéia. Esta palavra era utilizada
para se expor todos os assuntos associados a polis (Cidade-estado) e à vida em
comunidade.
 De uma maneira mais simples podemos definir política como “a ciência
da governança de um Estado ou Nação e também uma arte de negociação para
compatibilizar interesses”.
 Política é a atividade desempenhada pelo cidadão quando exerce seus direitos em
assuntos públicos através da sua opinião e do seu voto.
 Política é a resolução de conflitos ou um conjunto de procedimentos formais e
informais que expressam relações de poder e que se destinam à resolução pacífica
dos conflitos quanto a bens públicos (SCHMITTER, 1965).
 A Política está diretamente relacionada à vida em sociedade, no que concerne a
fazer com que todos os indivíduos que vivem naquela comunidade expressem suas
particularidades e conflitos sem que este cenário seja transformado em uma
desordem social.
Apresentando alguns conceitos...
 A Política é o nome que se dá para a capacidade do ser humano de criar diretrizes
com o objetivo de organizar seu modo de vida.
 Essa palavra também faz menção a tudo que está vinculado ao Estado, ao governo
e à administração pública com o objetivo final de administrar o patrimônio público e
promover o bem público, isto é, o bem de todos.
 Política Social refere-se as ações permanentes ou temporárias relacionadas ao
desenvolvimento, à reprodução e à transformação dos sistemas de proteção social.
(SONIA FLEURY, ASSIS MAFORT OUVERNEY – S/D).
Apresentando alguns conceitos...
 “De forma superficial, a política social pode ser definida como uma espécie de
política pública, gerida pelo Estado e controlada pela sociedade, voltada ao
atendimento de necessidades sociais. Trata-se de uma ação governamental dotada
de intencionalidade e planejamento e que tem potencial de impactar positivamente
as condições de vida, trabalho e saúde do seu público-alvo.”
 Esta é a atividade que decorre da própria dinâmica de atuação dos sistemas de
proteção social, ou seja, consiste em sua forma de expressão externa,
concretização, e envolve o desenvolvimento de estratégias coletivas para reduzir a
vulnerabilidade das pessoas aos riscos sociais.
Apresentando alguns conceitos...
 As Políticas Públicas de Saúde dizem respeito aos programas e ações realizadas
pelo governo que tem a função de colocar em prática os serviços de saúde que são
previstos na lei,
 A responsabilidade de criar e manter as políticas públicas de saúde é do ESTADO
deve ser cumprida pelos governos. Objetiva-se a melhora do atendimento de saúde
dos cidadãos.
 A responsabilidade pela prestação de serviços de saúde e de atendimento médico é
dividida entre as três esferas de gestão [Municípios, Estado e União].
Apresentando alguns conceitos...
 As políticas de saúde e de saúde mental nasceram sob a égide da filantropia e da
preocupação com as condições necessárias para a reprodução da força de
trabalho, e não na perspectiva dos direitos e dos cuidados dignos aos indivíduos
(DIAS, 2012).
 O modelo clássico de atenção em saúde mental foi a construção e manutenção de
grandes asilos psiquiátricos que demonstraram sua incapacidade de tratar e de
respeitar os direitos dos portadores de transtorno mental (DIAS, 2012).
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
OBS¹: *O modelo clássico da psiquiatria no nosso país, foi marcado pelo isolamento e
terapêuticas repressoras e desumanas.
 Partindo de sua origem e de suas características a história da saúde mental
começa a ser escrita em meados do século XIX, quando o doente mental passou a
ser tratado nas Santas Casas de Misericórdia.
 As primeiras leis, dentro da área de assistência psiquiátrica, constituíram a base
para um modelo de tratamento que tem como eixo central e estruturante o hospital
psiquiátrico.
 Dentro desse contexto, verificou-se, ao longo de cem anos, um avanço
considerável do conhecimento científico e consequentemente na forma de
abordagem e tratamento aos portadores de doenças mentais.
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 Período de 1841 a 1930 (Da Colônia ao Início da Era Vargas)
 No século XVII, em território brasileiro, não existia nenhuma proposta e/ou meio de
tratamento de saúde ou assistência social direcionada aos indivíduos que eram
excluídos da sociedade da época (loucos-alienados, escravos, colonos, mendigos).
(SILVA E HOLANDA, 2014 – APUD ARRUDA, 1985).
 Existia a figura de fiscalizador de doenças nas cidades (1605). As mudanças
começaram a ocorrer com a chegada da família real em território brasileiro no ano
de 1808.
OBS²: Além de louco carregava o estigma de ser perigoso
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 Ocorreram a criação das primeiras instituições que tinham como objetivo a
formação de profissionais médicos no Brasil colônia:
 O Colégio de Cirurgiões (1813, no Rio de Janeiro; 1815 na Bahia).
 A Academia Imperial de Medicina (1829).
 Fundação da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro (1829) – baseado
no modelo francês.
OBS³: Nesse período foram inauguradas Santa Casas de Misericórdia – o modelo foi copiado de
La Charité (Berlim). (SILVA E HOLANDA, 2014 – APUD ARRUDA, 1985).
OBS⁴: A institucionalização da psiquiatria no Brasil ocorreu com o surgimento das Santas
Casas nas quais os doentes mentais eram recolhidos, sem que qualquer tratamento fosse
oferecido.
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 As Primeiras Leis sobre a Atenção à Saúde Mental no Brasil
 De 1841 até 1899
 O ano de 1841 marca o ato de maioridade de Dom Pedro II.
 A primeira normatização referente a atenção em saúde mental tem como referência
o Decreto nº 82 de 18 de julho de 1842 que cria o Hospício Pedro II, que começou a
funcionar no ano de 1852 no Rio de Janeiro – Capital Imperial.
 As práticas assistenciais ali realizadas estavam baseadas no pensamento de Pinel e
Esquirol* – o funcionamento caracterizava-se pelo isolamento, controle e vigilância
na busca de afastar o “louco” das causas da sua “loucura”. (SILVA E HOLANDA,
2014 – APUD ARRUDA, 1985).
 * Pensamento de alienistas franceses.
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 O Decreto 508/1890 oficializa o modelo asilar de assistência em saúde mental,
aprovando de forma clara e objetiva a “Assistência Médico-Legal de alienados” – é
importante frisar que existia a necessidade de comprovação de elementos que
indicassem a presença de alienação
 Em 1893 são publicados dois decretos que enfocam a reorganização da assistência
aos “alienados”. São eles:
 O Decreto 2.467/1897 que traz um “novo regulamento para a assistência Médico-
Legal a Alienados”.
 E o Decreto 3.244/1899 que “reorganiza a Assistência a Alienados”
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 O Decreto nº 1.132/1903 legalizou a reclusão e concedeu amplos poderes aos
psiquiatras, a despeito do Poder Judiciário, cuja atuação restringiu-se somente à
fiscalização da saúde mental.
 Defende a manutenção do controle social pelo Estado é a primeira Lei Federal
referida, que apresenta em seu Art 1º como dar-se-á a assistência: “o indivíduo
que, por moléstia mental, congênita ou adquirida, comprometer a ordem pública ou
a segurança das pessoas, será recolhido a um estabelecimento de alienados”
(CABRAL & DAROSCI, 2019).
 Em 1921 foi criado o Manicômio Judiciário no Rio de Janeiro [O objetivoera deter e
corrigir os internos considerados perigosos e incuráveis].
OBS⁵: “O decreto n. 14.831 de 25 de maio de 1921 vai ao encontro da primeira lei e cria o primeiro
manicômio judiciário do Brasil e América Latina, chamado de Manicômio Judiciário do Rio de
Janeiro. Segundo Lima (2019), esta modalidade de manicômio, surge ancorada em saberes que
permeiam o crime e a loucura, tendo como abrangência uma discussão teórica que embasava a
relação entre as escolas jurídicas e a psiquiatria.
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 O Decreto-Lei nº 5.148ª (1927) que determinou a ilegalidade da prática de prisão de
um portador de transtorno mental em cela de delegacia com presos comuns
(Xavier, 2007).
 Em 1954, no estado da Bahia, foi criado a primeira Unidade de Internação
Psiquiátrica em Hospital geral (UIPHG) [no mesmo ano também foi criado em São
Paulo].
OBS⁶: “No mesmo ano, o decreto n. 4.778 de 27 de dezembro de 1923, considera de utilidade
pública a Liga Brasileira de Higiene Mental com sede no Rio de Janeiro, fundada pelo psiquiatra
Gustavo Riedel. A Liga tinha como objetivo primordial a melhoria na assistência aos doentes
mentais, através da modernização do atendimento psiquiátrico. Segundo Seixas; Mota e
Zilbreman (2009), a Liga era uma entidade civil, reconhecida publicamente através de subsídios
federais, e composta pelos mais importantes psiquiatras brasileiros.
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 De acordo com CABRAL & DAROSCI (2019) “A década de 1930 inaugura a reforma
no modelo de proteção social no Brasil, no primeiro governo de Getúlio Vargas”.
 São criados os Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAP’s), que são
organizados por categorias profissionais, diferentemente das CAP.
 A direção dos IAP’s cabia a um representante do Estado, sendo assessorado por
um colegiado sem poder deliberativo, o qual era escolhido pelos sindicatos
reconhecidos pelo governo (COHN & ELIAS, 1996).
OBS⁷: “A saúde pública se dividia em duas áreas: de um lado a saúde pública, de caráter
preventivo e conduzida através de campanhas; de outro, a assistência médica, de caráter
curativo, conduzida através da ação da previdência social (Secretaria Municipal da Saúde de São
Paulo, 1992).”
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 “A Era Vargas se caracteriza por implantar serviços de auxílio à saúde com
práticas clientelistas, marca do regime populista.
 Enquanto normatização referente a saúde mental nesse período, identificou-se o
Decreto nº. 24.559 de 03 de julho de 1934, que dispõe sobre a profilaxia mental, a
assistência e proteção à pessoa e aos bens dos psicopatas, a fiscalização dos
serviços psiquiátricos e dá outras providências.
 E o Decreto nº. 17.185 de 1944, que aprova o regimento do serviço nacional de
doenças mentais do Departamento Nacional de Saúde do Ministério da
Educação e Saúde.”
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 “É no bojo desse modelo de assistência, que se identifica o Decreto/Lei, que
autoriza o Ministério da Educação e Saúde a celebrar acordos, visando a
intensificação da assistência psiquiátrica no território nacional - Decreto/Lei
8.550/1946.
 No entanto, os serviços médicos dos IAP’s não contemplavam a assistência
psiquiátrica até fins dos anos 1950.
 Essa incorporação tardia da assistência psiquiátrica ao conjunto das práticas de
saúde ocorre devido a psiquiatria ainda não gozar do status científico das outras
especialidades médicas, em virtude da ineficácia de seus tratamentos e da
situação deplorável de seus hospitais (SILVA; BARROS; OLIVEIRA, 2002).
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 “No rol de legislações desse período, pode-se citar o Decreto 55.474/1965, que
Altera as denominações de órgãos do serviço nacional de doenças mentais do
serviço nacional de doenças mentais do ministério da saúde e dá outras
providências.
 E o Decreto 60.252/1967, que Institui no Ministério da Saúde, a campanha
nacional de saúde mental, e dá outras providências.
 As privatizações pela compra de serviços privados com o dinheiro público,
enfatizou a produção quantitativa de procedimentos do referido setor,
favorecendo a empresa médico-industrial, que resultou na medicalização em
massa da sociedade.
OBS⁸: Entre os anos de 1964 a 1974 o cenário político repreendia ideias sobre alternativas
políticas, tal fato foi propício para o governo implementar a sua reforma institucional.
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 Para a área da saúde mental, esse momento ficou conhecido como a indústria da
loucura.
 A expansão de ofertas de leitos reforçou o modelo psiquiátrico
hospitalocêntrico.
 Essa política do Instituto Nacional de Previdência Social/INPS tinha vinculações
conhecidas com o setor privado e tornou-se o principal obstáculo para a
implantação de Programas de Assistência Psiquiátrica complementares e não
asilares (SILVA, BARROS; APARECIDA, 2002).
 A abertura política no Brasil no final dos anos 1970 e início de 1980, reacende o
desejo de mudanças [sociedade] no sistema de saúde.
OBS¹º: No período da ditadura militar, o número de leitos psiquiátricos contratados com hospitais privados
sofreu uma enorme expansão, a ponto de quase 90% do orçamento do Instituto Nacional de Assistência
Médica da Previdência Social (INAMPS) ser destinado à contratação desses leitos (CESARINO, 1989).
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 A discussão torna-se intensa, passando a exigir soluções para os problemas da
saúde criados pelo regime autoritário.
 O sistema previdenciário brasileiro estava imerso a uma profunda crise, que se
manifestou tanto no ponto de vista ideológico quanto no ponto de vista
financeiro.
 Além da alta taxa de desemprego, as pessoas começaram a contestar a
capacidade do sistema de saúde e a sua organização, que exclui desempregados
e trabalhadores não contribuintes (JORGE; CARVALHO; SILVA, 2009).
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 O ano de 1978 marca o início efetivo do movimento social pelos direitos dos
pacientes psiquiátricos no Brasil.
 O Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM), formado por
trabalhadores integrantes do movimento sanitário, associações de familiares,
sindicalistas, membros de associações de profissionais e pessoas com longo
histórico de internações psiquiátricas, surge neste ano (BRASIL, 2005).
 A Luta Antimanicomial, contra-hegemônico, que reclama pela Reforma
Psiquiátrica. Propôs mudanças políticas, jurídicas, sociais e institucionais.
 Este Movimento protagoniza a denúncia de violência dos manicômios, da
mercantilização da loucura, da hegemonia de uma rede privada de assistência e
a construir coletivamente uma crítica ao chamado saber psiquiátrico e ao
modelo hospitalocêntrico na assistência às pessoas com transtornos mentais
(VARGAS; CAMPOS, 2019).
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 Lei Nº 10.216, de 6 de abril de 2001 – Política Nacional de Saúde Mental
 Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos
mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
 Artigo 1º - Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno
mental, de que trata esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de
discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção
política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de
gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra.
 Artigo 2º - Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa e
seus familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos direitos
enumerados no parágrafo único deste artigo.
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 Parágrafo único - São direitos da pessoa portadora de transtorno mental:
 I - ter acesso ao melhor tratamento do sistemade saúde, consentâneo às suas
necessidades;
 II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar
sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e
na comunidade;
 III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração;
 IV - ter garantia de sigilo nas informações prestadas;
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a
necessidade ou não de sua hospitalização involuntária;
 VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;
 VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu
tratamento;
 VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis;
 IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 Artigo 3º - É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de saúde
mental, a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores de
transtornos mentais, com a devida participação da sociedade e da família, a qual
será prestada em estabelecimento de saúde mental, assim entendidas as
instituições ou unidades que ofereçam assistência em saúde aos portadores de
transtornos mentais.
 Artigo 4º - A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada
quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.
 § 1º - O tratamento visará, como finalidade permanente, a reinserção social do
paciente em seu meio.
 § 2º - O tratamento em regime de internação será estruturado de forma a oferecer
assistência integral à pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo serviços
médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer, e outros.
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 § 3º - É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em
instituições com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos
recursos mencionados no § 2º e que não assegurem aos pacientes os direitos
enumerados no parágrafo único do artigo 2º.
 Artigo 5º - O paciente há longo tempo hospitalizado ou para o qual se caracterize
situação de grave dependência institucional, decorrente de seu quadro clínico ou
de ausência de suporte social, será objeto de política específica de alta planejada
e reabilitação psicossocial assistida, sob responsabilidade da autoridade
sanitária competente e supervisão de instância a ser definida pelo Poder
Executivo, assegurada a continuidade do tratamento, quando necessário.
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 Artigo 6º - A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo
médico circunstanciado que caracterize os seus motivos.
 Parágrafo único - São considerados os seguintes tipos de internação
psiquiátrica:
 I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;
 II - internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a
pedido de terceiro; e
 III - internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 Artigo 7º - A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a
consente, deve assinar, no momento da admissão, uma declaração de que optou
por esse regime de tratamento.
 Parágrafo único - O término da internação voluntária dar-se-á por solicitação
escrita do paciente ou por determinação do médico assistente.
 Artigo 8º - A internação voluntária ou involuntária somente será autorizada por
médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina – CRM do
Estado onde se localize o estabelecimento.
 § 1º - A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas
horas, ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico
do estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento
ser adotado quando da respectiva alta.
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 § 2º - O término da internação involuntária dar-se-á por solicitação escrita do
familiar, ou responsável legal, ou quando estabelecido pelo especialista
responsável pelo tratamento.
 Artigo 9º - A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação
vigente, pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do
estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e
funcionários.
 Artigo 10º - Evasão, transferência, acidente, intercorrência clínica grave e
falecimento serão comunicados pela direção do estabelecimento de saúde mental
aos familiares, ou ao representante legal do paciente, bem como à autoridade
sanitária responsável, no prazo máximo de vinte e quatro horas da data da
ocorrência.
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 Portaria Nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011
 Institui a Rede de Atenção Psicossocial para pessoas com sofrimento ou
transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de
crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
 Art. 7º - O ponto de atenção da Rede de Atenção Psicossocial na atenção
psicossocial especializada é o Centro de Atenção Psicossocial.
 § 1º O Centro de Atenção Psicossocial de que trata o caput deste artigo é
constituído por equipe multiprofissional que atua sob a ótica interdisciplinar e
realiza atendimento às pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e
às pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras
drogas, em sua área territorial, em regime de tratamento intensivo, semi-
intensivo, e não intensivo.
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 § 2º As atividades no Centro de Atenção Psicossocial são realizadas
prioritariamente em espaços coletivos (grupos, assembleias de usuários, reunião
diária de equipe), de forma articulada com os outros pontos de atenção da rede de
saúde e das demais redes.
 § 3º O cuidado, no âmbito do Centro de Atenção Psicossocial, é desenvolvido por
intermédio de Projeto Terapêutico Individual, envolvendo em sua construção a
equipe, o usuário e sua família, e a ordenação do cuidado estará sob a
responsabilidade do Centro de Atenção Psicossocial ou da Atenção Básica,
garantindo permanente processo de cogestão e acompanhamento longitudinal do
caso.
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 OPERACIONALIZAÇÃO DA RAPS
 Art. 14. A operacionalização da implantação da Rede de Atenção Psicossocial se
dará pela execução de cinco fases:
 I - Fase I - Desenho Regional da Rede de Atenção Psicossocial:
 a) Realização pelo Colegiado de Gestão Regional (CGR) e pelo Colegiado de
Gestão da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (CGSES/DF), com o
apoio da SES;
 Análise da situação de saúde das pessoas com sofrimento ou transtorno mental,
incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras
drogas;
Rastreando a história da Política Nacional de Saúde Mental
 Uso de dados primários, incluindo dados demográficos e epidemiológicos;
 Dimensionamento da demanda assistencial;
 Dimensionamento da oferta assistencial e análise da situação da regulação;
 Avaliação e controle;
 Vigilância Epidemiológica;
 Apoio diagnóstico;
 Transporte;
 Auditoria e do controle externo, entre outros.
Componentes da Rede de Atenção Psicossocial – RAPS
• Unidade Básica de Saúde; Núcleo de Apoio a Saúde da Família,
• Consultório na Rua,
• Apoio aos Serviços do componente Atenção Residencial de Caráter
Transitório; Centros de Convivência e Cultura.
Atenção Básica em Saúde
• Centros de Atenção PsicossocialAtenção Psicossocial Estratégica
• SAMU 192, 
• Sala de Estabilização, 
• UPA 24 horas e portas hospitalares de atenção à urgência/pronto socorro, 
Unidades Básicas de Saúde
Atenção de Urgência e Emergência
• Unidade de Acolhimento• Serviço de Atenção em Regime Residencial
Atenção Residencial de Caráter Transitório
• Enfermaria especializada em Hospital Geral
• Serviço Hospitalar de Referência para Atenção às pessoas com sofrimento
ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack,
álcool e outras drogas
Atenção Hospitalar
• Serviços Residenciais Terapêuticos
• Programa de Volta para Casa
Estratégias de Desinstitucionalização
• Iniciativas de Geração de Trabalho e Renda,
• Empreendimentos Solidários e Cooperativas SociaisEstratégias de Reabilitação Psicossocial
 Portaria Nº 3.588, de 21 de dezembro de 2017
 Altera as Portarias de Consolidação no 3 e nº 6, de 28 de setembro de 2017, para
dispor sobre a Rede de Atenção Psicossocial, e dá outras providências.
 Considerando a Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001, que dispõe sobre a proteção e
os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo
assistencial em saúde mental;
 Considerando o Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, (regulamenta a Lei nº
8080/90);
 Considerando o Decreto nº 7.179, de 20 de maio de 2010 (Plano Integrado de
Enfrentamento ao Crack e outras Drogas);
A “Nova” Política Nacional de Saúde Mental
 Considerando o Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, (regulamenta a Lei nº
8080, de 19 de setembro de 1990);
 Considerando a Portaria de Consolidação nº 3, de 28 de setembro de 2017
(normas sobre as redes do SUS);
 Considerando a Portaria de Consolidação no 6, de 28/09/2017 (sobre o
financiamento e a transferência dos recursos federais);
 Considerando a necessidade da oferta de suporte hospitalar estratégico (RAPS e
para a Rede de Atenção às Urgências);
 Considerando a necessidade de monitorar e financiar de maneira apropriada a
prestação de serviços no âmbito do SÚS.
A “Nova” Política Nacional de Saúde Mental
 Art. 1º O Anexo V à Portaria de Consolidação no 3/GM/MS, de 28 de setembro de
2017, passa a vigorar com as seguintes alterações:
 "Art. 5º ..........................................................
 II - ..................................................................
 b) Equipe Multiprofissional de Atenção Especializada em Saúde Mental/ Unidades
Ambulatoriais Especializadas;
 .................................................
 V - ............................................
 a) Unidade de Referência Especializada em Hospital Geral;
A “Nova” Política Nacional de Saúde Mental
 b) Hospital Psiquiátrico Especializado;
 c) Hospital dia;
 ..................................................................." (NR)
 "Art. 7º .................................................................…
 § 4º .................................................…
 VII - CAPS AD IV: atende pessoas com quadros graves e intenso sofrimento
decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. Sua implantação deve ser
planejada junto a cenas de uso em municípios com mais de 500.000 habitantes e
capitais de Estado, de forma a maximizar a assistência a essa parcela da
população. Tem como objetivos atender pessoas de todas as faixas etárias;
proporcionar serviços de atenção contínua, com funcionamento vinte e quatro
horas, incluindo feriados e finais de semana; e ofertar assistência a urgências e
emergências, contando com leitos de observação."
A “Nova” Política Nacional de Saúde Mental
 (NR) "Art. 57. A definição da equipe técnica multiprofissional responsável pelo
Serviço Hospitalar de Referência para atenção a pessoas com transtornos
mentais e/ou com necessidades de saúde decorrentes do uso de crack, álcool e
outras drogas (Unidade de Referência Especializada em Hospitais Geral)
observará a gradação do número de leitos implantados, na seguinte proporção:
 I - para o cuidado em enfermaria de 8 a 10 leitos, a equipe técnica
multiprofissional mínima será de:
 a) 2 (dois) técnicos ou auxiliares de enfermagem por turno;
 b) 2 (dois) profissionais de saúde mental de nível superior, totalizando carga-
horária mínima de 40h por semana; e
 c) 1 (um) médico psiquiatra responsável pelos leitos, cargahorária mínima de 10h
por semana.
A “Nova” Política Nacional de Saúde Mental
 II - para o cuidado em enfermaria de 11 a 20 leitos, a equipe técnica
multiprofissional mínima será de:
 a) 4 (quatro) técnicos ou auxiliares de enfermagem por turno diurno e 3 (três)
técnicos ou auxiliares de enfermagem por turno noturno;
 b) 1 (um) enfermeiro por turno;
 c) 2 (dois) profissionais de saúde mental de nível superior, totalizando carga-
horária mínima de 60h por semana; e
 d) 1 (um) médico psiquiatra responsável pelos leitos, contabilizando carga-
horária mínima total de serviços de 20h por semana.
 III - para o cuidado de 21 a 30 leitos, a equipe técnica multiprofissional mínima
será de:
A “Nova” Política Nacional de Saúde Mental
 a) 5 (cinco) técnicos ou auxiliares de enfermagem por turno diurno e 4 (quatro)
técnicos ou auxiliares de enfermagem por turno noturno;
 b) 1 (um) enfermeiro por turno;
 c) 2 (dois) profissionais de saúde mental de nível superior, totalizando carga-
horária de 90h por semana;
 d) 1(um) médico clínico responsável pelas interconsultas; e
 e) 1 ou 2 (um ou dois) médico(s) psiquiatra(s) responsável(is) pelos leitos,
contabilizando carga-horária total de serviços de 30h por semana.
 Parágrafo único. A implantação das unidades de que trata o caput será
incentivada na forma do art. 1032-A da Portaria de Consolidação nº 6/GM/MS, de
28 de setembro de 2017." (NR)
A “Nova” Política Nacional de Saúde Mental
 "Art. 77. ....................................................…
 Parágrafo Único. Entende-se como Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT)
moradias inseridas na comunidade, destinadas a cuidar dos portadores de
transtornos mentais crônicos com necessidade de cuidados de longa
permanência, prioritariamente egressos de internações psiquiátricas e de
hospitais de custódia, que não possuam suporte financeiro, social e/ou laços
familiares que permitam outra forma de reinserção." (NR)
 "Art. 80. ........................................…
 § 1º São definidos como SRT Tipo I as moradias destinadas a pessoas com
transtorno mental em processo de desinstitucionalização, devendo acolher até no
máximo 10 (dez) moradores.
A “Nova” Política Nacional de Saúde Mental
 CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS DO
TIPO IV (CAPS AD IV)
 Seção I - Das Disposições Gerais
 Art. 50 - A Este Capítulo define o Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e
outras Drogas do Tipo IV (CAPS AD IV). Art. 50-B O CAPS AD IV é o Ponto de
Atenção Especializada que integra a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS),
destinado a proporcionar a atenção integral e contínua a pessoas com
necessidades relacionadas ao consumo de álcool, crack e outras drogas, com
funcionamento 24 (vinte e quatro) horas por dia e em todos os dias da semana,
inclusive finais de semana e feriados.
A “Nova” Política Nacional de Saúde Mental
 § 1º O CAPS AD IV poderá se destinar a atender adultos ou crianças e
adolescentes, conjunta ou separadamente.
 § 2º Nos casos em que se destinar a atender crianças e adolescentes, o CAPS AD
IV deverá se adequar ao que prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente.
 § 3º O CAPS AD IV funcionará junto a cenas abertas de uso de drogas.
 § 4º O CAPS AD IV será criado em Municípios com população acima de 500.000
habitantes, bem como nas capitais estaduais.
A “Nova” Política Nacional de Saúde Mental
 O que a “Nova” PNSM introduz...
 a) Unidade de Referência Especializada em Hospital Geral;
 b) Hospital Psiquiátrico Especializado;
 c) Hospital.
 "Art. 59. A distribuição do Serviço Hospitalar de Referência para atenção a
pessoas com transtornos mentais e/ou com necessidades de saúde decorrentes
do uso de crack, álcool e outras drogas (Unidade de Referência Especializada em
Hospitais Geral) observará os seguintes parâmetros e critérios:
 Apresenta mudanças nos Serviçosde Residenciais Terapêuticos.
A “Nova” Política Nacional de Saúde Mental
A “Nova” Política Nacional de Saúde Mental
Portaria Nº 3.088, de 23/12/2011
 Recursos financeiros significativos da rede
hospitalar foram realocados para serviços
comunitários.
 Verificou-se ainda, avanços significativos em
relação ao atendimento de crianças e
adolescentes, na assistência a dependentes de
álcool e substâncias.
 A aprovação de uma agenda relacionada aos
direitos humanos das pessoas com transtornos
mentais.
Portaria Nº 3.588 de 21/12/2017
 Equipe Multiprofissional de Atenção Especializada
em Saúde Mental
 Unidades Ambulatoriais Especializadas
 Unidade de Referência Especializada em Hospital
Geral;
 Hospital Psiquiátrico Especializado;
 Hospital Dia.
 CAPS AD IV: atende pessoas com quadros graves
e intenso sofrimento decorrentes do uso de crack,
álcool e outras drogas.
 OBS: poderá se destinar a atender adultos ou
crianças e adolescentes, conjunta ou
separadamente.
A “Nova” Política Nacional de Saúde Mental
Portaria Nº 3.088, de 23/12/2011 Portaria Nº 3.588 de 21/12/2017
 A lei que, o apoio político - III Conferência
Nacional de Saúde Mental, que possibilitou a
redução dos leitos;
 Desenvolvimento de ações especificamente
dirigidas à melhoria da atenção aos pacientes de
longa permanência, a exemplo do
desenvolvimento de serviços residenciais.
 Desinstitucionalização através de um processo
planejado e progressivo.
 Retrocessos (fragilização da PNSM)
 Retorno do hospital psiquiátrico no centro do
sistema de saúde mental tem como resultado
inevitavelmente na diminuição do acesso à
atenção de qualidade;
 Aumento das violações dos direitos humanos;
 Aumento da exclusão social das pessoas com
transtornos mentais.
 Anulação dos esforços de redistribuição dos
recursos financeiros e dos recursos disponíveis
para serviços na comunidade, tornando-os cada
vez mais escassos.
A “Nova” Política Nacional de Saúde Mental
Portaria Nº 3.088, de 23/12/2011 Portaria Nº 3.588 de 21/12/2017
 Criação de serviços baseados na comunidade
para substituir os serviços baseados no
hospital.
 Os CAPS - núcleo fundamental desses serviços,
tendo sido projetados para responder às
necessidades de cuidados dos pacientes com
transtornos mentais graves e persistentes.
 Retrocessos (fragilização da PNSM)
 Fragmentação do sistema e a um
desaparecimento da continuidade de cuidados.
 As mudanças propostas ignoram totalmente as
evidências que provam a necessidade de basear
a promoção, a prevenção e o tratamento dos
transtornos mentais em uma abordagem de saúde
pública sistêmica.
 Ter a crença, hoje totalmente ultrapassada, de
que se pode construir uma política de saúde
mental apenas com base em uma perspectiva
estritamente clínica, ignorando todo o debate
atual à volta da saúde mental do futuro.
A “Nova” Política Nacional de Saúde Mental
Portaria Nº 3.088, de 23/12/2011 Portaria Nº 3.588 de 21/12/2017
 As fragilidades...
 Embora direcionado corretamente para os serviços
comunitários, o financiamento tem sido
considerado, por muitos, insuficiente para a
implementação plena de diversos componentes da
reforma.
 O desenvolvimento de recursos humanos foi
também considerado um problema importante.
 Fragilidades em relação à qualidade da
informação produzida pelos serviços, à
integração da saúde mental na atenção primária e
à sustentabilidade das associações de usuários.
 Retrocessos (fragilização da PNSM)
 O Ministério da Saúde não considera os serviços
substitutivos. Concebe que os serviços são
complementares.
 Não haverá mais o fechamento de unidades de
qualquer natureza – “A Rede deve ser harMonica
e complementar”.
 Oferta de consultas de diferentes categorias
profissionais em Serviço Ambulatorial
Especializado.
 O Ministério da Saúde custeará Equipes
Multiprofissionais Especializadas.
 BRASIL. Lei 10.216, de 6 de abril de 2001. Disponível em https://hpm.org.br/wp-
content/uploads/2014/09/lei-no10.216-de-6-de-abril-de-2001.pdf.
 BRASIL. Portaria nº 3.088 de 23 de dezembro de 2011. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt3088_23_12_2011_rep.html. 
 BRASIL. Portaria Nº 3.588, de 21 de dezembro de 2017. Disponível em 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt3588_22_12_2017.html. 
 CARVALHO, M. B. (Org.). Psiquiatria para Enfermagem. São Paulo: Rideel, 2012.
 CABRAL, S. B., DAROSCI, M. A Trajetória das Políticas de Saúde Mental no Brasil: 
Uma análise a partir do ângulo normativo (1903-2019). Disponível em: A-trajetória-
das-políticas-de-saúde-mental-no-Brasil-1.pdf. Acesso em: 20.08.2022.
 COHN. A., ELIAS., P. E. Saúde no Brasil: políticas e organizações de saúde. São 
Paulo: Cortez; 1996. cap. 1, p. 11-55.
Referências
 DIAS, M. T. G. História e reflexão sobre as políticas de saúde mental no Brasil e no 
Rio Grande do Sul. Estudos e Pesquisa em Psicologia. Rio de Janeiro. v. 12. nº 3. 
p. 1024-1045. 2012.
 FLEURY, S., OUVERNEY, A. M. Política de Saúde: Uma Política Social. 
http://www.escoladesaude.pr.gov.br/arquivos/File/Texto_1_Política_de_Saúde_Polít
ica_Social.pdf
 JORGE, M. A. S., CARVALHO, M. C. A., SILVA, P. R. F. (orgs.) Políticas e cuidado em
saúde mental: contribuições para a prática profissional. Rio de Janeiro: Editora
FIOCRUZ, 2014, 296 p.
 POTYARA, C. Política Social. Disponível 
em:https://ccsa.ufrn.br/portal/?p=13423#:~:text=De%20forma%20superficial%2C%2
0a%20pol%C3%ADtica,ao%20atendimento%20de%20necessidades%20sociais. 
Acesso em: 20.08.2022.
 SILVA, G. B., HOLANDA, A. F. Primórdios da Assistência em Saúde Mental no Brasil
(1841-1930). Memorandum, 27, out/2014.
Referências
MUITO OBRIGADO!!!

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