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Apostila Administrativo (Policial Militar)

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Blog: www.profneto.com.br E-mail: contato@profneto.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DO CONCURSO DA PM/RR 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO 
ADMINISTRATIVO: 
 
1. Da Administração Pública; 
2. Elementos do Ato Administrativo; 
3. Atributos do Ato Administrativo; 
4. Classificação do Ato Administrativo; 
5. Conceito de Administração Pública; 
6. Princípios Básicos da Administração 
Pública; 
7. Art. 37 da CFB/88; 
8. Poderes Administrativos; 
9. Serviços Públicos; 
10. Servidores Públicos. 
 
www.facebook.com/jnetorr 
Esta apostila é gratuita e foi 
elaborada exclusivamente 
para o concurso do 
PM/2012 com base no 
conteúdo programático 
exigido pelo edital. 
 
Elaborada pelo Professor 
José Maria Rodrigues NETO 
Cursinhos Parceiros: 
Acadêmico News, 
Praetorium e Vencer 
 
DATA DOS AULÕES DO 
PROF. NETO 
COM EXERCÍCIOS 
COMENTADOS PARA A 
PM/2012/2013 
 
 Dia 25/Novembro, 09h/18h 
Local: Acadêmico News 
Ingressos à venda a partir de 
05 de novembro 
 
 Dia 09/Dezembro, 09h/18h 
Local: Vencer 
Ingressos à venda a partir do dia 
25 de novembro 
 
 Dia 23/Dezembro, 09h/18h 
Local: Acadêmico News 
Ingressos à venda a partir do dia 
09 de dezembro 
 
 Dia 06/Janeiro, 09h/18h 
Local: Acadêmico News 
Ingressos à venda a partir do dia 
23 de dezembro 
 
 Dia 19/Janeiro, 09h/18h 
Local: Vencer 
Ingressos à venda a partir do dia 
06 de janeiro 
 
Local de Venda dos Ingressos: 
Acadêmico News, Vencer e 
Praetorium, nas datas acima 
especificadas: 
Fones: 3224-0169 e 3627-4258 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA DE 
DIREITO 
ADMINISTRATIVO 
Polícia Militar de Roraima 
 
 
APOSTILA DE DIREITO PARA O CONCURSO DA PM/RR 
CARGO – SOLDADO PM 2ª CLASSE 
Blog: www.profneto.com.br / e-mail: contato@profneto.com.br / Facebook: www.facebook.com/jnetorr 
 
 2 
2012 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
CONCEITO - Segundo José Cretella Júnior, a Administração Pública “é não só Governo, é também o Poder Executivo, a 
complexa máquina administrativa, o pessoal que a movimenta (ótica formal), como também a atividade desenvolvida por esse 
aparelhamento (ótica material), que possibilita ao Estado o preenchimento de seus fins”. Em suma, é a atividade que o Estado 
desenvolve por meio de seus órgãos, para a consecução do interesse público (ótica formal e material). 
Cabe ressaltar ainda, que muitos autores consideram “como parte integrante da esfera da Administração, toda atividade que não 
estiver compreendida dentro da legislação e da justiça, ou seja, quando se fala em administração, deve-se compreender todos os 
órgão que executam os serviços do Estado, excluídos apenas o Legislativo e o Judiciário. 
É todo o aparelhamento do Estado preordenado à realização de seus serviços, visando a satisfação das necessidades coletivas. 
Desempenho perene, sistemático, legal e técnico dos serviços próprios do Estado ou por ele assumido em benefício da 
coletividade. 
 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - SENTIDOS - Há um consenso entre os autores no sentido de que a expressão 
"administração pública" é de certo modo duvidosa, exprimindo mais de um sentido. 
Uma das razões para o fato é a extensa gama de tarefas e atividades que compõem o objetivo do Estado. Outra é o próprio 
número de órgãos e agentes públicos incumbidos de sua execução. 
Exatamente por isso é que, para melhor precisar o sentido da expressão, devemos dividi-lo sob a ótica dos executores da 
atividade pública, de um lado, e da própria atividade, de outro. 
 
SENTIDO OBJETIVO - O verbo administrar indica gerir, zelar, enfim uma ação dinâmica de supervisão. O adjetivo pública 
pode significar não só algo ligado ao Poder Público, como também à coletividade, ou ao público em geral. 
O sentido objetivo, pois, da expressão - que aqui deve ser grafada com iniciais minúsculas – deve consistir na própria atividade 
administrativa exercida pelo Estado por seus órgãos e agentes, caracterizando, enfim, a função administrativa. 
Trata-se da própria gestão dos interesses públicos executada pelo Estado, seja através da prestação de serviços públicos, seja por 
sua organização interna, ou ainda pela intervenção no campo privado, algumas vezes até de forma restritiva (poder de polícia). 
Seja qual for a hipótese da administração da coisa pública (res publica), é inafastável a conclusão de que a destinatária última 
dessa gestão há de ser a própria sociedade ainda que a atividade beneficie, de forma imediata, o Estado. É que não se pode 
conceber o destino da função pública que não seja voltado aos indivíduos, com vistas a sua proteção segurança e bem-estar. Essa 
a administração pública , no sentido objetivo. 
 
SENTIDO SUBJETIVO - A expressão pode também significar o conjunto de agentes, órgãos e pessoas jurídicas que tenham a 
incumbência de executar as atividades administrativas. Toma-se aqui em consideração o sujeito da função administrativa, ou 
seja, quem a exerce de fato. Para diferenciar este sentido da noção anterior, deve a expressão conter as iniciais maiúsculas: 
Administração Pública. 
A Administração Pública, sob o ângulo subjetivo, não deve ser confundida com qualquer dos Poderes estruturais do Estado, 
sobretudo o Poder Executivo, ao qual se atribui usualmente a função administrativa. Para a perfeita noção de sua extensão é 
necessário pôr em relevo a função administrativa em si, e não o Poder em que é ela exercida. 
 
OBS – É muito importante que a pessoa que irá realizar a prova saiba identificar as diferenças dos conceitos OBJETIVOS e 
SUBJETIVOS da Administração Pública. 
 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
 
I - Conceito e Requisitos do Ato Administrativo: Ato Administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da 
Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e 
declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria; a condição primeira para o seu surgimento é que a 
Administração aja nessa qualidade, usando de sua supremacia de Poder Público, visto que algumas vezes nivela-se ao particular e 
o ato perde a característica administrativa; a segunda é que mantenha manifestação de vontade apta; a terceira é que provenha de 
agente competente, com finalidade pública e revestido na forma lega; Fato Administrativo é toda realização material da 
Administração em cumprimento de alguma decisão administrativa, tal como a construção de uma ponte, etc., só interessa ao 
Direito, em razão das conseqüências jurídicas que dele possam advir. 
 
 
APOSTILA DE DIREITO PARA O CONCURSO DA PM/RR 
CARGO – SOLDADO PM 2ª CLASSE 
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2012 
I - ELEMENTOS: 
 
Competência: é a condição primeira de sua validade; nenhum ato - discricionário ou vinculado - pode ser realizado validamente 
sem que o agente disponha de poder legal para praticá-lo; sendo um requisito de ordem pública, é intransferível e improrrogável 
pela vontade dos interessados, podendo ser delegada e avocada. 
Finalidade: é aquela que a lei indica explícita ou implicitamente; não cabe ao administrador escolher outra, ou substituir a 
indicada na norma administrativa. 
Forma: revestimento exteriorizador do ato administrativo, a vontade da administração exige procedimentos especiais e formal 
legal; todo ato administrativo,é, em princípio, formal; e compreende-se essa exigência, pela necessidade que ele tem de ser 
contrastado com a lei e aferido, pela própria Administração, ou pelo Judiciário, para verificação de sua validade. 
Motivo: é a situação de direito ou de fato que determina ou autoriza a realização do ato administrativo; pode vir expresso em lei 
como pode ser deixado ao critério do administrador. 
Objeto: a criação, modificação ou comprovação de situações jurídicas concernentes a pessoas, coisas ou atividades sujeitas à ação 
do Poder Público. 
 
Mérito do Ato Administrativo: consubstancia na valoração dos motivos e na escolha do objeto do ato, feitas pela Administração 
incumbida de sua prática, quando autorizada a decidir sobre a conveniência, oportunidade e justiça do ato a realizar; é aspecto 
pertinente apenas aos atos praticados no exercício de competência discricionária. 
 
Procedimento Administrativo: é a sucessão ordenada de operações que propiciam a formação de um ato final objetivado pela 
Administração; constitui-se de atos intermediários, preparatórios e autônomos, mas sempre interligados, que se conjugam para dar 
conteúdo e forma ao ato principal. Ex. Concorrência. 
 
II - ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO: 
 
Presunção de Legitimidade: todos os atos administrativos nascem com ela, decorre do princípio da legalidade da Administração, 
que informa toda a atuação governamental; autoriza a imediata execução ou operatividade dos atos administrativos, mesmo que 
argüidos de vícios ou defeitos que levem à invalidade; a transferência do ônus da prova de invalidade do ato administrativo para 
quem o invoca. 
 
Imperatividade: é o atributo do ato administrativo que impõe a coercibilidade para seu cumprimento ou execução, esta presente 
nos atos que consubstanciam um provimento ou uma ordem administrativa (normativos, ordinatórios, punitivos), com a força 
impositiva própria do Poder Público; a imperatividade decorre da só existência do ato administrativo, não dependendo da sua 
declaração de validade ou invalidade; assim, deve ser cumprido ou atendido enquanto não for retirado do mundo jurídico por 
revogação ou anulação. 
 
Auto-executoriedade: consiste na possibilidade que certos atos administrativos ensejam de imediata e direta execução pela 
própria Administração, independentemente de ordem judicial; ao particular que se sentir ameaçado ou lesado pela execução do ato 
administrativo é que caberá pedir proteção judicial para defender seus interesses ou para haver os eventuais prejuízos que tenha 
injustamente suportado. 
 
III - CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
 
Atos gerais e individuais: Atos gerais ou regulamentares são aqueles expedidos sem destinatários determinados, com finalidade 
normativa, alcançando todos os sujeitos que se encontrem na mesma situação de fato abrangida por seus preceitos; são atos de 
comando abstrato e impessoal, por isso, revogáveis a qualquer tempo pela Administração, mas inatacáveis por via judiciária, a não 
ser pela representação de inconstitucionalidade; prevalecem sobre os atos individuais, ainda que provindos da mesma autoridade. 
 
Atos individuais ou especiais: são todos aqueles que se dirigem a destinatários certos, criando-lhes situação jurídica particular; 
são atos individuais os decretos de desapropriação, de nomeação, de exoneração, assim como as outorgas de licença, permissão e 
autorização; quando geram direito adquirido tornam-se irrevogáveis (STF Súmula 473). 
 
Atos internos e externos: Atos internos são os destinados a produzir efeitos no recesso das repartições administrativas, e por isso 
mesmo incidem, normalmente, sobre os órgãos e agentes da Administração que os expediram; não produzem efeitos em relação a 
estranhos; não dependem de publicação no órgão oficial para sua vigência. Atos externo ou de efeitos externos, são todos aqueles 
que alcançam os administrados, os contratantes e, em certos casos, os próprios servidores, provendo sobre seus direitos, 
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obrigações, negócios ou conduta perante a Administração; só entram em vigor ou execução depois de divulgados pelo órgão 
oficial, dado o interesse do público no seu conhecimento. 
Atos de Império, de Gestão e de Expediente: Atos de império ou de autoridade são todos aqueles que a Administração pratica 
usando de sua supremacia sobre o administrado ou servidor e lhes impõe obrigatório atendimento; são sempre unilaterais, 
expressando a vontade do Estado e seu poder de coerção. Atos de gestão são os que a Administração pratica sem usar de sua 
supremacia sobre os destinatários; ocorre nos atos puramente de administração dos bens e serviços públicos e nos negociais com 
os particulares, que não exigem coerção sobre os interessados. Atos de expediente são todos aqueles que se destinam a dar 
andamento aos processos e papéis que tramitam pelas repartições públicas, preparando-os para a decisão de mérito a ser proferida 
pela autoridade competente; são atos de rotina interna, sem caráter vinculante e sem forma especial. 
 
Atos Vinculados e Discricionários: Atos vinculados ou regrados são aquelas para os quais a lei estabelece os requisitos e 
condições de sua realização; as imposições legais absorvem a liberdade do administrador; sua ação fica adstrita aos pressupostos 
estabelecidos pela norma legal para a validade; impões-se à Administração o dever de motivá-los, no sentido de evidenciar a 
conformação de sua prática com as exigências e requisitos legais que constituem pressupostos necessários de sua existência e 
validade; permitem ao Judiciário revê-los em todos os seus aspectos, porque em qualquer deles poderá revelar-se a infringência 
dos preceitos legais ou regulamentares que condicionam a sua prática. Atos discricionários são os que a Administracão pode 
praticar com liberdade de escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de sua conveniência, de sua oportunidade e do modo de sua 
realização; a discricionariedade não se manifesta no ato em si, mas no poder de a Administração praticá-lo pela maneira e nas 
condições que repute mais convenientes ao interesse público; a discricionariedade administrativa encontra fundamento e 
justificativa na complexidade e variedade dos problemas que o Poder Público tem que solucionar a cada passo e para os quais a lei, 
por mais casuística que fosse, não poderia prever todas as soluções, ou, pelo menos, a mais vantajosa para cada caso ocorrente; 
discricionários só podem ser os meios e modos de administrar, nunca os fins a atingir. 
Ato complexo: para que seja formado, necessita da manifestação de vontade de dois ou mais órgãos diferentes. 
Ato composto: é aquele que nasce vontade de apenas um órgão, porém, para que produza efeitos, depende da aprovação de outro 
ato, que o homologa. 
 
 
PODERES ADMINISTRATIVOS 
 
 
Os poderes administrativos representam instrumentos que, utilizados isolada ou conjuntamente, permitem à Administração 
cumprir suas finalidades, sendo, por isso, entendidos como poderes instrumentais (nisto diferem dos poderes políticos – 
Legislativo, Judiciário e Executivo – que são Poderes estruturais hauridos diretamente da Constituição). 
Os principais poderes administrativos comumente descritos pela doutrina (recomendamos o aprofundamento dessa matéria 
mediante a leitura da obra do Prof. Hely Lopes Meirelles) são: 
 
PODER VINCULADO 
O denominado poder vinculado (em contraposição a poder discricionário) é aquele de que dispõe a Administração para a prática de 
atos administrativos em que é mínima ou inexistente sua liberdade de atuação, ou seja, é o poder de que se utiliza aAdministração 
quando da prática de atos vinculados. 
Devemos lembrar que todos os atos administrativos são vinculados quanto aos requisitos competência, finalidade e forma. Os atos 
ditos vinculados também o são quanto aos requisitos motivo e objeto, ou seja, não cabe à Administração tecer considerações de 
oportunidade e conveniência quanto a sua prática e nem escolher seu conteúdo. O Poder vinculado apenas possibilita à 
Administração executar o ato vinculado nas estritas hipóteses legais e observando o conteúdo rigidamente estabelecido na lei. O 
ato que se desvie minimamente dos requisitos minuciosamente previstos na lei será nulo e caberá à Administração ou ao Poder 
Judiciário declarar sua nulidade. 
 
PODER DISCRICIONÁRIO 
Poder discricionário é o conferido à Administração para a prática de atos dessa natureza, ou seja, é aquele em que a Administração 
dispõe de uma razoável liberdade de atuação, podendo valorar a oportunidade e conveniência da prática do ato discricionário, 
estabelecendo o motivo e escolhendo, dentro dos limites legais, seu conteúdo. 
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A principal distinção que se deve fazer é entre poder discricionário e exercício arbitrário do poder. Aliás, isso já é bastante 
manjado em concurso público: sempre que uma questão falar em arbítrio ou “prudente arbítrio” (como se tal fosse possível!), por 
mais enfeitado que seja o enunciado, estará falando em ilegalidade, e jamais é permitida atuação arbitrária de qualquer agente ou 
poder sob qualquer circunstância. O ato discricionário implica liberdade de atuação administrativa, conforme o poder 
discricionário, sempre dentro dos limites previstos na lei. Se uma lei prevê, por exemplo, a suspensão punitiva de uma atividade 
por um mínimo de trinta e um máximo de noventa dias, claro está que uma suspensão de 120 dias será puramente arbitrária, não 
sendo cabível aqui falar-se em utilização do poder discricionário e sim em desvio desse poder. 
Devemos sempre ter em mente que o ato discricionário ilegal poderá, como qualquer ato ilegal, ser anulado tanto pela 
administração quanto pelo Judiciário. O que não pode ser apreciado pelo Judiciário (no exercício de sua função jurisdicional) é o 
mérito administrativo, que consiste justamente na atividade valorativa de oportunidade e conveniência que levou o administrador a 
praticar o ato, escolhendo seu objeto dentro dos limites legais. Da mesma forma, entendendo a Administração inoportuno ou 
inconveniente o ato anteriormente praticado, poderá revogá-lo e, enfatize-se, somente pode revogar um ato quem o haja praticado. 
Por isso, aliás, devemos lembrar que o Poder Judiciário, e só ele, pode revogar os atos administrativos que ele próprio tenha 
praticado, o mesmo valendo para o Poder Legislativo, relativamente aos atos de sua autoria. 
 
 
PODER NORMATIVO OU REGULAMENTAR. 
 
Poder normativo é mais apropriado, pois poder regulamentar não abrange toda a competência normativa da 
Administração. Poder regulamentar é o que cabe ao Chefe do Poder Executivo da União, dos Estados e dos Municípios, de 
editar normas complementares à lei, para sua fiel execução. Na doutrina: dois tipos de regulamentos – regulamento 
executivo e o regulamento independente ou autônomo. Regulamento executivo complementa a lei. Art. 84, IV da CF 
– contém normas “para fiel execução da lei”. Não pode estabelecer normas “contra legem” ou “ultra legem”. Não pode 
inovar na ordem jurídica, criando direitos, obrigações, proibições, medidas punitivas, uma vez que ninguém é obrigado a 
fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, conforme art. 5º, II, da CF. Regulamento autônomo ou 
independente inova na ordem jurídica. Não completa nem desenvolve nenhuma lei prévia. Além do decreto regulamentar, o 
poder normativo da Administração se expressa por meio de resoluções, portarias, deliberações, instruções, editadas por 
autoridades que não o Chefe do Executivo. Ex. Art. 87, § único, II, da CF outorga aos Ministros de Estado 
competência para “expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos.” Há ainda regimentos pelos quais os 
órgãos colegiados estabelecem normas sobre o seu funcionamento interno. 
 
 
PODER DISCIPLINAR. 
 
Definição: competência da Administração Pública para apurar infrações e aplicar sanções aos servidores públicos e demais 
pessoas que possuem um vínculo especial com o Poder Público. Para os servidores, o poder disciplinar é uma decorrência da 
hierarquia. Nenhuma penalidade pode ser aplicada sem prévia apuração por meio de procedimento legal em que sejam 
assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes (art. 5º, LV, da CF). 
 
 
PODER HIERÁRQUICO 
 
Organização administrativa é baseada em dois pressupostos: distribuição de competências e hierarquia (relação de 
coordenação e subordinação entre os vários órgãos que integram a Administração Pública). Poder hierárquico, segundo 
Hely Lopes Meirelles, é o de que dispõe o Poder Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e 
rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os servidores do seu quadro de pessoal (Direito 
Administrativo Brasileiro, p. 105). Da organização administrativa decorrem para a Administração Pública diversos poderes 
como, por exemplo, poder de dar ordens aos subordinados que implica o dever de obediência para estes últimos, 
ressalvadas as ordens manifestamente ilegais; poder de controlar a atividade dos órgãos inferiores, para examinar a 
legalidade de seus atos e o cumprimento de suas obrigações, podendo anular os atos ilegais ou revogar os 
inconvenientes ou inoportunos, seja ex officio, seja mediante provocação dos interessados, por meios de recursos 
hierárquicos; poder de avocar atribuições, desde que estas não sejam da competência privativa do órgão subordinado; poder 
de delegar atribuições que não lhe sejam exclusivas etc. 
 
 
 
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PODER DE POLÍCIA 
 
Fundamento do poder de polícia: princípio da predominância do interesse público sobre o particular. Conceito legal de 
poder de polícia (art. 78 do CTN): considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou 
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público 
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades 
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e 
aos direitos individuais ou coletivos. Exercício do poder de polícia constitui um dos fatos geradores da taxa (art. 145, II 
da CF e art. 77 do CTN). 
 
 
ABRANGÊNCIA DO PODER DE POLÍCIA 
 
Com relação à abrangência, o poder de polícia informa e possibilita a atuação eficaz da Administração Pública na busca do 
interesse público sendo, por conseguinte, aplicável por meio de atos gerais ou individuais, puramente normativos ou ainda de 
efeitos concretos. 
Ato geral é aquele ato que não tem um destinatário específico, normalmente de cunho normativo, a exemplo do ato que proíbe a 
venda de bebidas alcoólicas a menores, aplicável a todos os estabelecimentos comerciais.Por sua vez, ato individual é aquele que 
tem um destinatário específico, por exemplo, a autuação de determinado estabelecimento comercial por qualquer motivo, por 
razões de segurança. 
 
 
- Objeto do poder de polícia 
 
O poder de polícia poderá atuar sobre todos os bens, direitos, interesses e atividades individuais, desde que as restrições se 
justifiquem, porque previstas em prol do interesse coletivo e pautadas pelo princípio da proporcionalidade, e desde que estejam de 
acordo com os limites constitucionais e legais. 
 
 
LIMITES DO PODER DE POLÍCIA 
 
Para que o exercício do poder de polícia pela Administração seja considerado legal, o ordenamento houve por bem determinar 
limites, ou quando menos, determinar critérios de limitação para as diversas esferas do Poder Público, decorrência de nosso 
sistema federativo. 
Assim, a competência surge como limite para o exercício do poder de polícia, conforme disposto na Constituição Federal de 1988. 
Justamente por não haver, via de regra, hierarquia entre os componentes da Federação, mas sim apenas campos diferentes de 
atuação, determina-se a competência para a expedição de atos sob a égide do poder de polícia, quando no âmbito territorial de cada 
esfera de governo, e desde que relativos à matéria a esta reservada. Logo, quando o órgão não for competente, o ato não será 
considerado válido (artigo 78 do Código Tributário Nacional). 
Nesse sentido, faz-se necessária a diferenciação entre polícia administrativa, polícia judiciária e polícia de manutenção da ordem 
pública, assim definidas por Hely Lopes Meirelles. 
Com efeito, de acordo com as lições de Hely, a polícia administrativa incide sobre bens, direitos, interesses e atividades da 
população, difunde-se por toda a Administração e visa garantir todos os interesses explicitados em sua definição legal, constante 
do Código Tributário Nacional. Cabe à polícia judiciária a apuração de infrações penais e sua autoria; sua competência é de 
órgãos determinados, a exemplo das polícias civis e da polícia federal, e é considerada como órgão auxiliar do Poder Judiciário. 
Por fim, a polícia de manutenção da ordem pública, ou polícia ostensiva, tem caráter eminentemente preventivo e ostensivo, além 
de ser da competência de órgãos militares. 
 
 
CARACTERÍSTICAS (ATRIBUTOS) DO PODER DE POLÍCIA 
 
O poder de polícia é um ato administrativo e como tal deverá ter os mesmos atributos comuns a todos os atos administrativos. 
Além disso, deverá também reunir atributos específicos, quais sejam: 
 
a) Atributos gerais 
 
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 Presunção de legitimidade: presume-se o ato válido até que se prove o contrário. 
 Auto-executoriedade: pode-se executar o ato sem a autorização da Justiça, por conta do interesse público; todavia, é da 
essência dos atos administrativos serem sempre revisáveis pelo Poder Judiciário, ante a inexistência, no Direito brasileiro, da 
figura do contencioso administrativo. A auto-executoriedade pode abranger a exigibilidade, que consiste na possibilidade de 
decidir, e a executoriedade, traduzida como a possibilidade de executar diretamente, com maior celeridade, o ato editado. Saliente-
se, ainda, que a exigibilidade está sempre presente, ao contrário da executoriedade que depende de expressa previsão legal. 
 Imperatividade, coercitividade ou exigibilidade: a prerrogativa de determinar comportamentos à coletividade, e exigir o 
efetivo cumprimento destes. 
 
b) Atributos específicos 
 
 Discricionariedade: via de regra, o ordenamento permite um juízo de conveniência e oportunidade na prática de atos 
decorrentes do poder de polícia, porém, em alguns casos, a discricionariedade não se aplica, a exemplo da licença para dirigir 
veículo automotor, pois, preenchidos os requisitos legais, é defeso à autoridade a sua não-expedição. 
 
Observações importantes: 
 
 A multa de trânsito é uma exceção à regra da auto-executoriedade, pois, salvo quando espontaneamente satisfeita pelo 
autuado, à Administração é defesa a sua exigência pela via administrativa, tornando-se necessária a execução fiscal, via Judiciário, 
do referido valor. 
 Em algumas situações anteriormente exemplificadas, o ato poderá ser vinculado, ou seja, quando a norma legal que o rege 
estabelecer o modo e a forma de sua realização, a exemplo das licenças expedidas pela Administração. 
Ressalte-se que não se deve confundir poder de polícia com atividade policial ou polícia judiciária, de acordo com a acepção 
comum do termo. 
 
PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
Os princípios devem ser compreendidos bem, posto que sempre podem te ajudar na hora de resolver uma questão de prova. Dê 
bastante atenção a eles! 
Eles são o início de tudo, proposições anteriores e superiores às normas, que traçam vetores direcionais para os atos do legislador, do 
administrador e do aplicador da lei ao caso concreto. 
Constituem o fundamento, alicerce, a base de um sistema, e que condicionam as estruturas subseqüentes, garantido-lhe 
validade. 
Importante notar que tais princípios não necessitam estar presentes na legislação, tendo validade e lançando seus efeitos independente 
de positivação (Direito Positivo é o conjunto de normas jurídicas, escritas ou não, vigentes num certo território, a um certo tempo). Se 
presentes na lei, diz-se que são normas principiológicas. 
Perceba que são de observância obrigatória, sendo mais grave transgredi-los que a uma norma, pois implica em ofensa a todo 
sistema de comandos. 
Isto posto, nesta e nas aulas subseqüentes, vamos fazer uma rápida revisão de alguns dos princípios que norteiam, informam e 
fundamentam o Direito Administrativo brasileiro. 
Antes, lembre-se de que não existe hierarquia entre os princípios. Cada um tem sua importância e não se diz que um prevalece 
sobre o outro. A aplicação, caso a caso, é que acaba, indiretamente, dando mais valor a um ou outro, mas isso não quer dizer que 
exista tal hierarquia. Um princípio que não seja usado num determinado caso pode ser o mais importante em outro. O interessante 
está em analisar o conjunto deles no caso concreto. 
Vamos a cada um dos mais cobrados em concursos. 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
Como o próprio nome sugere, esse princípio diz respeito à obediência à lei. Encontramos muitas variantes dele expressas na nossa 
Constituição. 
Aproveitando, vou relembrar alguns, para que fique bem clara a incidência desse princípio específico no Direito Administrativo, que 
é nosso foco atual. 
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Assim, o mais importante é o dito princípio genérico, que vale para todos. É encontrado no inc. II do art. 5º, que diz que “ninguém 
será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. 
Vemos então que existe relativa liberdade do povo, que pode fazer de tudo, menos o que a lei proíbe. 
Vamos ver outros dois exemplos constitucionais. 
O primeiro é o que orienta o Direito Penal, e está no mesmo art. 5º, em seu inciso XXXIX. Nesse ponto, o constituinte estabeleceu 
que determinada conduta somente será considerada criminosa, se prevista em lei. 
Em outro ramo, no Direito Tributário, a CF/88, em seu art. 150, I, também estabeleceu a observância obrigatória a esse mesmo 
princípio. Aqui diz que somente poderá ser cobrado ou majorado tributo através de lei. 
Agora, o que nos interessa: no Direito Administrativo, esse princípio determina que, em qualquer atividade, a AdministraçãoPública está estritamente vinculada à lei. Assim, se não houver previsão legal, nada pode ser feito. 
A diferença entre o princípio genérico e o específico do Direito Administrativo tem que ficar bem clara na hora da prova. 
Naquele, a pessoa pode fazer de tudo, exceto o que a lei proíbe. Neste, a Administração Pública só pode fazer o que a lei 
autoriza, estando engessada, na ausência de tal previsão. Seus atos têm que estar sempre pautados na legislação. 
Repare na importância que a legislação tem na vida do Estado. É ela quem estabelece como um juiz deve conduzir um processo ou 
proferir uma sentença; ou então o trâmite de um projeto de lei no legislativo ou a fiscalização das contas presidenciais pelo TCU; ou 
ainda as regras para aquisição de materiais de consumo pelas repartições... tudo tem que estar normatizado, e cada um dos agentes 
públicos estará adstrito ao que a lei determina. Então, é expressão do princípio da legalidade a permissão para a prática de atos 
administrativos que sejam expressamente autorizados pela lei, ainda que mediante simples atribuição de competência, pois esta 
também advém da lei. 
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE 
Qualquer agente público, seja ele eleito, concursado, indicado etc, está ocupando seu posto para servir aos interesses do povo. 
Assim, seus atos obrigatoriamente deverão ter como finalidade o interesse público, e não próprio ou de um conjunto pequeno 
de pessoas amigas. Ou seja, deve ser impessoal. 
Se o administrador decide construir ou asfaltar uma determinada rua, deve fazê-lo para beneficiar o conjunto da população, não 
porque a rua passa em frente a um terreno seu ou de algum correligionário. Nesta situação, teríamos um ato pessoal. Lembre-se de 
que o administrador é um mero representante temporário dos interesses do povo, e não pode se desvirtuar dessa finalidade. Nesse 
caso, confunde-se com o princípio da finalidade, que é uma espécie da impessoalidade, por vezes sendo considerados como 
sinônimos. 
Outra vertente desse mesmo princípio é a que prevê que os atos não serão imputados a quem os pratica, mas sim à entidade 
à qual está vinculado. No caso de um AFRF lavrar um Auto de Infração contra determinada pessoa jurídica pelo não pagamento de 
tributo devido, não é ele que estará exigindo o tributo, mas sim a Secretaria da Receita Federal, em face da lei que assim estipula. O 
AFRF é mera materialização do ente SRF. Como é ela quem autua, qualquer outro AFRF poderá rever de ofício ou manter a 
cobrança, ainda que aquele autor do Auto tenha sido desligado dos quadros da SRF. 
No exemplo anterior, a rua não foi feita pelo prefeito, mas sim pela Prefeitura. O prefeito não passa de um representante temporário 
da Prefeitura. 
Veja o que diz o art. 37, § 1º, da CF/88, que representa a garantia de observância desse princípio: 
“A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou 
de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades 
ou servidores públicos.” 
Observe também o que diz a Lei 9.784/99, em seu art. 2º, parágrafo único, inc. III, que determina que, nos processos 
administrativos, serão observados os critérios de objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de 
agentes ou autoridades. 
PRINCÍPIO DA MORALIDADE 
Os romanos já diziam que “non omne quod licet honestum est” (nem tudo o que é legal é honesto). 
Obedecendo a esse princípio, deve o administrador, além de seguir o que a lei determina, pautar sua conduta na moral comum, 
fazendo o que for melhor e mais útil ao interesse público. Tem que separar, além do bem do mal, legal do ilegal, justo do injusto, 
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conveniente do inconveniente, também o honesto do desonesto. É a moral interna da instituição, que condiciona o exercício de 
qualquer dos poderes, mesmo o discricionário. 
Anoto um exemplo dado pela doutrina: determinado prefeito, após ter sido derrotado no pleito municipal, às vésperas do 
encerramento do mandato, congela o Imposto Territorial Urbano, com a intenção de reduzir as receitas e inviabilizar a administração 
seguinte. Ainda que tenha agido conforme a lei, agiu com inobservância da moralidade administrativa. 
Nossa Carta Magna faz menção em diversas oportunidades a esse princípio. Uma delas, prevista no art. 5º, LXXIII, trata da ação 
popular contra ato lesivo à moralidade administrativa. Em outra, o constituinte determinou a punição mais rigorosa da imoralidade 
qualificada pela improbidade (art. 37, § 4º). Há ainda o art. 14, § 9º, onde se visa proteger a probidade e moralidade no exercício de 
mandato, e o art. 85, V, que considera a improbidade administrativa como crime de responsabilidade. 
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
É este mais um vetor da Administração Pública, e diz respeito à obrigação de dar publicidade, levar ao conhecimento de todos os 
seus atos, contratos ou instrumentos jurídicos como um todo. Isso dá transparência e confere a possibilidade de qualquer pessoa 
questionar e controlar toda a atividade administrativa que, repito, deve representar o interesse público, por isso não se justifica, de 
regra, o sigilo. 
Claro que em determinados casos pode ser relativizado esse princípio, quando o interesse público ou segurança o justificarem. A 
própria CF/88 prevê diversas exceções. Vejamos algumas, todas presentes no art. 5º: 
“XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, 
que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da 
sociedade e do Estado; 
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; 
LXXII - conceder-se-á “habeas data”: 
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados 
de entidades governamentais ou de caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo” 
Cito ainda outras regras da legislação infraconstitucional, que conferem sigilo em casos especiais: art. 20 CPP, art. 155 CPC, art. 3
º
, 
§ 3º, da Lei 8.666/93. 
A publicidade surte os efeitos previstos somente se feita através de órgão oficial, que é o jornal, público ou não, que se destina à 
publicação de atos estatais. Dessa forma, não basta a mera notícia veiculada na imprensa (STF, RE 71.652). 
Com a publicação, presume-se o conhecimento dos interessados em relação aos atos praticados e inicia-se o prazo para 
interposição de recurso, e também os prazos de decadência e prescrição. 
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA 
Costumo destacar este princípio como dos mais importantes. Como vimos, não existe hierarquia entre princípios, porém, para fins 
de concurso público, este princípio acaba tendo relevância pois foi o último introduzido na Constituição, por meio da EC n º 19/98, 
chamada de emenda da reforma administrativa, que deu nova redação ao art. 37 e outros. 
Também revela dois aspectos distintos,um em relação à atuação do agente público, outro em relação à organização, 
estrutura, disciplina da Administração Pública. 
Os agentes públicos devem agir com rapidez, presteza, perfeição, rendimento. Importante também é o aspecto econômico, que 
deve pautar as decisões, levando-se em conta sempre a relação custo-benefício. Construir uma linha de distribuição elétrica em rua 
desabitada pode ser legal, seguir a Lei de Licitações, mas não será um investimento eficiente para a sociedade, que arca com os 
custos e não obtém o benefício correspondente. 
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A Administração Pública deve estar atenta às suas estruturas e organizações, evitando a manutenção de órgãos/entidades sub 
utilizados, ou que não atendam às necessidades da população. 
Perceba o que prevê a Lei nº 9.784/99, em seu art. 2º, “caput”: 
“Art. 2o. A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, 
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.” 
Estes princípios estudados até aqui são os cinco básicos da Administração, expressos na Constituição Federal, em seu art. 37, caput: 
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência..." 
Guardou bem? Não? Então L.I.M.P.E. a Administração Pública! ! 
Esse princípios devem estar na ponta da língua, pois são objeto de perguntas freqüentes. 
A seguir, analisamos as características de outros princípios, também vinculados à Administração Pública. 
 
 
SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
Serviço Público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para 
satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade ou simples conveniência do Estado. A distribuição dos serviços 
públicos devem atender a critérios jurídicos, técnicos e econômicos, que respondem pela legitimidade, eficiência e 
economicidade na sua prestação. 
Levando-se em conta a essencialidade, a adequação, a finalidade e os destinatários dos serviços, podemos CLASSIFICÁ-LOS 
em: 
 
1. PÚBLICOS 
São os que a Administração presta diretamente à comunidade por reconhecer sua essencialidade e necessidade para a 
sobrevivência do grupo social e do Estado. 
 Privativos do Poder Público; 
 Exigem atos de império e medidas compulsórias em relação aos administrados; 
 Pró-comunidade – visa satisfazer necessidades gerais e essenciais da sociedade. 
Ex.: defesa nacional, polícia, saúde pública. 
 
2. UTILIDADE PÚBLICA 
São os que a Administração, reconhecendo sua conveniência para os membros da coletividade, presta-os diretamente ou aquiesce 
em que sejam prestados por terceiros. 
Pró-cidadão – visam facilitar a vida do indivíduo na coletividade, proporcionando mais conforto e bem-estar. 
Ex.: gás, fone 
 
3. PRÓPRIOS DO ESTADO 
Privativos do Poder Público pq se relacionam intimamente com suas atribuições – segurança, polícia, higiene e saúde pública. 
Geralmente são gratuitos ou de baixa remuneração. 
 
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4. IMPRÓPRIOS DO ESTADO 
 Não afetam as necessidades da comunidade, mas satisfazem interesses comuns de seus membros; 
 A Administração os presta por seus órgãos ou entidades descentralizadas ou delega a concessionários, permissionários ou 
autorizatários; 
 São rentáveis. 
 
5. ADMINISTRATIVOS 
A Administração executa para atender as suas necessidades internas. 
Ex.: imprensa oficial. 
 
6. INDUSTRIAIS 
 Impróprios do Estado por serem atividades econômicas; 
 Produzem renda para quem os presta. 
 
7. GERAIS (uti universi) 
A Administração presta sem ter usuários determinados para atender a coletividade no seu todo. 
 São indivisíveis; 
 Devem ser mantidos por impostos. 
Ex.: polícia, iluminação pública 
 
8. INDIVIDUAIS (uti singuli) 
São de utilização individual, facultativa e mensurável. Devem ser remunerados por taxa ou tarifa (preço público). 
Ex.: fone, luz. 
A regulamentação e o controle do serviço público e de utilidade pública caberão sempre ao Poder Público. 
 
REQUISITOS DO SERVIÇO PÚBLICO: 
I. Princípio da permanência - continuidade; 
II. Generalidade - serviço igual para todos; 
III. Eficiência - atualização do serviço; 
IV. Modicidade - tarifas razoáveis; 
V. Cortesia - tratar bem o público. 
Os direitos do usuário são direitos cívicos de conteúdo positivo no poder de exigir da Administração, ou de seu delegado, o 
serviço que se obrigou a prestar. 
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Responsabilidade objetiva da Administração e de particulares que executam serviços públicos - A Administração responde 
subsidiariamente pelos danos resultantes da prestação do serviço delegado. 
- Competência executiva é a competência material para a execução do serviço que pode ser privativo ou comum. 
- Competência legislativa é a capacidade de editar leis e poder ser privativa, concorrente e suplementar. 
A prestação do serviço público pode ser: 
I. Centralizada - o Poder Público presta por seus próprios órgãos em seu nome e sob sua responsabilidade. 
II. Descentralizada - o Poder Público transfere a titularidade ou sua execução, por ortoga ou delegação, as autarquias, fundações 
e empresas estatais, empresas privadas ou particulares. A descentralização pode ser territorial ou geográfica, ou institucional. 
Outorga - o estado cria uma entidade e a ela transfere, por lei, determinado serviço. Só por lei pode ser retirado ou modificado. 
Presunção de definitividade. 
Delegação - o Estado transfere por contrato (concessão) ou ato unilateral (permissão ou autorização) a execução do serviço. 
Normalmente, por prazo certo (ato administrativo). 
III. Desconcentrado - a Administração executa centralizadamente, mas a distribui entre vários órgãos da mesma entidade, para 
facilitar sua realização e obtenção pelos usuários. 
A execução do serviço público pode ser: 
I. Direta - o encarregado de seu oferecimento ao público o realiza pessoalmente ou por seus órgãos, ou por seus prepostos (não 
por terceiros contratados). 
II. Indireta - o responsável pela sua prestação contrata terceiros para executá-lo. 
 
- CONCESSÃO, PERMISSÃO E AUTORIZAÇÃO 
 
- CONCESSÃO - é a delegação de sua prestação feita pelo poder concedente mediante licitação na modalidade concorrência à 
pessoa que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado. É a delegação contratual 
da execução do serviço, na forma autorizada e regulamentada pelo Executivo. O contrato de Concessão é ajuste de Direito 
Administrativo, bilateral, oneroso, comutativo e realizado intuito personae 
- Poder concedente – é a União, o Estado, o DF ou Município, em cuja competência se encontre o serviço público (a 
titularidade continua sendo sua, só transfere a execução). 
 Admite-se subconcessão desde que autorizada, consiste na contratação feita pela concessionária para aquisição de 
serviços ou bens diretamente relacionados com o objeto da concessão. 
 Os contratos de concessionárias com terceiros não envolve o poder concedente. O poder concedente pode fiscalizar os serviços, bem como intervir na concessão se necessário 
 
- Concessão precedida da execução de obra – deve o concessionário primeiro construir, conservar, reformar, ampliar ou 
melhorar determinada obra pública, por sua própria conta e risco. Em seguida passa a explorar o serviço por prazo 
determinado, suficientemente longo, para que obtenha a remuneração a amortização de seu investimento. 
 - Política Tarifária – tarifa é a fonte de rendas das concessionárias, não é tributo, o seu valor inicial é estabelecido na proposta. 
- PERMISSÃO - é a delegação, a título precário, mediante licitação da prestação de serviços públicos feita pelo poder 
concedente, a pessoa que demonstre capacidade de desempenho por sua conta e risco. é tradicionalmente considerada pela 
doutrina como ato unilateral, discricionário, precário, intuito personae, podendo ser gratuito ou oneroso. O termo contrato, no 
que diz respeito à Permissão de serviço público, tem o sentido de instrumento de delegação, abrangendo, também, os atos 
administrativos. 
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Concessão Permissão 
Caráter mais estável Caráter mais precário 
Exige autorização legislativa Não exige autorização legislativa, em regra 
Licitação só por concorrência Licitação por qualquer modalidade 
Formalização por contrato Formalização por contrato de adesão 
Prazo determinado Pode ser por prazo indeterminado 
Só para pessoas jurídicas Para pessoas jurídicas ou físicas. 
 
- AUTORIZAÇÃO – Na autorização a Administração autoriza o exercício de atividade que, por sua utilidade pública, está 
sujeita ao poder de policia do Estado. É realizada por ato administrativo, discricionário e precário (ato negocial). É a 
transferência ao particular, de serviço público de fácil execução de interesse predominante do particular, sendo de regra sem 
remuneração ou remunerado através de tarifas. Ex.: Despachantes; a manutenção de canteiros e jardins em troca de placas de 
publicidade. 
 
SERVIDORES PÚBLICOS 
 
- CARGO PÚBLICO – conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas a um servidor. 
 
CLASSIFICAÇÃO: 
 
a) cargo em comissão – aquele ocupado transitoriamente com base no critério de confiança, de livre nomeação e exoneração 
b) cargo efetivo – preenchido em caráter definitivo, sem transitoriedade. O seu preenchimento se dá por concurso público. 
c) vitalício – também preenchidos em caráter definitivo, sendo que seu ocupante só pode ser desligado por processo judicial ou 
por processo administrativo, assegurada à ampla defesa – ex. magistratura, MP 
d) de carreira – aquele que faz parte de um conjunto de cargos com a mesma denominação, escalonados em razão das 
atribuições e da responsabilidade. 
e) isolado – não integra carreira nenhuma 
 
PROVIMENTO: ato que designa uma pessoa para titularizar um cargo público. 
 
Pode acontecer das seguintes maneiras: 
 a) Inicial – aquele que independe de relações anteriores do indivíduo com a Administração Pública. Ex: Nomeação 
 dá-se, em regra, por concurso público, com a exceção do cargo em comissão e a contratação por tempo determinado 
 é ato complexo, por passa por várias etapas: concurso, nomeação, posse. 
 só se aperfeiçoa com o efetivo exercício de suas funções, após passar por várias etapas. 
 
b) derivado – aquele que se verifica quando ocorre a titularização de um cargo por um indivíduo que já se encontra na estrutura 
da Administração, não depende de concurso público, é possível concurso interno. 
 
– Modalidades de provimento derivado mais cobradas em concursos: 
 
a) reintegração – é a recondução do servidor ao mesmo cargo de que fora demitido, com o pagamento integral dos vencimentos 
e vantagens do tempo em que esteve afastado, um vez reconhecida a ilegalidade da demissão em decisão judicial ou 
administrativa 
b) recondução – o servidor estável retorna ao cargo anteriormente ocupado em decorrência de inabilitação em estágio probatório 
relativo a outro cargo ou de reintegração do anterior ocupante - art. 29 da Lei 8.112/90 
 
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c) reversão - ocorre o retorno do inativo (aposentado) ao mesmo cargo ou ao cargo resultante de sua transformação ou 
simplesmente ao serviço, como excedente (na terminologia da lei), se o antigo cargo estiver provido, quando, por junta médica 
oficial, forem declarados insubsistentes os motivos da aposentadoria - art. 25 e 26 da Lei 8.112/90 
d) aproveitamento – é o retorno obrigatório à atividade do servidor em disponibilidade, em cargo de atribuições e 
remuneração compatíveis com o anteriormente ocupado - art. 30 da mesma lei. 
e) readaptação – passagem de um cargo para outro, sem elevação funcional, compatível com a limitação sofrida pela pessoa 
 
- VACÂNCIA: abertura de um cargo antes preenchido. Ocorre nas seguintes situações: 
 
a) exoneração, 
b) demissão, 
c) promoção, 
c) transferência, 
d) aposentadoria e falecimento. 
 
Observação: 
 
a) demissão – é a punição por falta grave, 
 
b) exoneração – pode ser: 
I) a pedido do interessado 
II) de ofício nos cargos em comissão ou quando o ocupante de cargo efetivo não é aprovado no estágio probatório ou 
quando toma posse e não entra em exercício no prazo legal de 15 dias 
 
- REGRAS CONSTITUCIONAIS DOS SERVIDORES PÚBLICOS: 
 
a) Aquisição da estabilidade - prova e suficiência de conhecimentos. A estabilidade é adquirida após 3 anos de efetivo 
exercício. 
 
b) Perda da estabilidade, por se revelar incapaz para o serviço público. As hipóteses de perda estão previstas no art. 41 da 
Constituição Federal (o aluno deve decorar esse artigo) 
 
c) Princípio específico da acessibilidade – art. 37, I - brasileiros (natos e naturalizados) e estrangeiros, nos termos da lei, 
com exceção dos cargos privativos de brasileiros natos – art. 12, § 3º 
 o art. 37, I é norma de eficácia contida – gera efeitos imediatos e admite lei posterior que restrinja sua eficácia, portanto, 
enquanto não vier a lei o acesso para estrangeiros será livre. 
 a lei poderá ser: federal, estadual ou municipal 
 
d) Concurso público – regra geral – para: 
- cargo – regime estatutário (é o que melhor se adequai, mas não é o único) 
- emprego – regime da CLT (não é idêntico ao da iniciativa privada) 
 O concurso deverá ser: de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou 
emprego” 
 
e) Cargo em comissão – livre nomeação, livre exoneração 
 
f) Contratação temporária – art. 37, IX – só é possível para fazer frente a uma excepcional situação de emergência. ex – 
pessoal para combate à dengue 
 
f) Prazo de validade do concurso - até dois anos, admitida uma prorrogação por igual período. 
 A previsão deve constar do edital. 
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 Durante o prazo de validade, a Administração não está obrigada a contratar, mas o aprovado tem o direito de não ser 
preterido frente a novos concursandos. 
 
g) Estabilidade - garantia oferecida ao servidor que lhe assegura a permanência no serviço público atendidas às exigências 
estabelecidas pela Constituição. 
 
- Requisitos para se adquirir a estabilidade: 
a) nomeação em caráter efetivo,b) que o indivíduo tenha ultrapassado o estágio probatório, que é de 3 anos (exceto para MP e Juiz) 
c) aprovação em prova de conhecimentos ou desempenho. 
 
- O alcance da estabilidade é do serviço e não do cargo 
 
- Perda da estabilidade - art. 41, § 1º: 
a) em virtude de sentença judicial transitada em julgado, 
b) mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada à ampla defesa, 
c) mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma da lei complementar, assegurada a ampla defesa, 
d) por excesso de gastos com pessoal (arts. 167 e 169 da CF/88) 
 
h) Acumulação – art. 37, XVI e XVIII, CF - a regra geral proíbe a acumulação remunerada de cargos, exceto: 
 
a) quando houver compatibilidade de horários, 
b) que acumulação não ultrapasse os subsídios recebidos pelos Ministros do STF, 
c) que recaia em uma das seguintes hipóteses: 
 I) dois cargos de professor 
 II) professor com outro técnico científico 
 III) dois cargos de médico. 
 
 
 Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de MANDATO ELETIVO, aplicam-se 
as seguintes regras (art. 38 da CF/88): 
 
a) mandato eletivo fed. est. e distrital – ficará afastado do cargo, emprego ou função 
b) prefeito – afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela remuneração 
c) vereador – havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função sem prejuízo da 
remuneração do cargo eletivo, não sendo compatível aplica-se o artigo anterior 
* o afastamento é computado com tempo serviço, com todos os efeitos, exceto promoção por merecimento 
 
 
- APOSENTADORIA – é a garantia de inatividade remunerada reconhecida aos servidores que já prestaram longos anos de 
serviço, ou se tornaram incapacitados para suas funções 
 
a) acumulação: regra geral: não se admite a acumulação de vencimentos e proventos 
exceção: médicos, professores, cargos eletivos e cargos em comissão é possível acumular desde que o valor não ultrapasse o teto 
(art. 37, XI) 
 
b) Art. 40 da CF 
 
I) Invalidez de caráter permanente que impeça o indivíduo de continuar exercendo suas atividades 
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- proventos podem ser: 
1) integrais – se a invalidez decorre de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, 
ou 
2) proporcionais – proporcionais ao tempo de contribuição 
 
II) compulsória: fato gerador = atingimento do limite de idade = 70 anos 
- proventos proporcionais ao tempo de contribuição 
 
III) voluntária – requerida pelo servidor que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e 
cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria 
 
- se o servidor com mais de 10 anos de serviço e que não tenha tempo mínimo de 5 anos em determinado cargo efetivo ou 
vitalício dar-se-á com base no cargo anterior, desde que nele tenha aquele tempo mínimo; caso contrário, o cargo inicial servirá 
de cálculo para o benefício. 
 
- Nas seguintes condições: 
 
1) proventos integrais 
- 60 anos de idade e 35 anos de contribuição – se homem e 
 - 55 anos de idade e 30 anos de contribuição – se mulher 
 
2) proventos proporcionais (ao tempo de contribuição) 
- 65 anos de idade – se homem 
 - 60 anos de idade – se mulher 
- não existe mais a antiga aposentadoria proporcional – homem 30 e mulher 25. 
 
 
- Aposentadoria especial 
 
- Características: 
a) aposentadoria voluntária 
b) com proventos integrais 
c) professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de Magistério 
d) só magistério infantil, ensino fundamental e médio (excluídos desta aposentadoria os professores universitários) 
e) limites de idade - 55 anos de idade – se homem e 
 - 50 anos de idade – se mulher 
 
 
- Proventos : e as pensões não poderão exceder à remuneração do respectivo servidor no cargo efetivo – art. 40, § 2º 
- serão calculados com base nos proventos da remuneração do servidor no cargo efetivo em que se der a aposentadoria - § 3º 
- Revisão dos proventos: os valores das aposentadorias e pensões, obedecido o limite do art. 37, XI, serão revistos na mesma 
proporção e na mesma data em que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo estendidos aos aposentados e 
pensionistas quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade. - § 8º 
 
- Reversão e cassação da aposentadoria: 
a) reversão – é o retorno do inativo ao serviço, em face de cessação dos motivos que autorizam a aposentadoria por invalidez. 
b) cassação é penalidade assemelhada à demissão, por acarretar a exclusão do infrator do quadro dos inativos e, 
conseqüentemente, a cessação dos pagamentos de seus proventos. 
 
- Pensão por morte – o benefício será igual ao valor dos proventos do servidor falecido ou ao valor dos proventos a que teria 
direito servidor em atividade na data do seu falecimento – art. 40, § 7º 
 
 
- REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES 
 
- Características gerais: 
1) sujeito ao princípio da reserva legal específica 
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2) assegurada à revisão geral anual dos subsídios e vencimentos, sempre na mesma data e sem distinção índices, assegurou a 
irredutibilidade real e não apenas nominal do subsídio e dos vencimentos. 
3) a EC 19 criou o teto geral e obrigatório no âmbito da Administração direta autárquica e fundacional, estipulando que os 
subsídios, os vencimentos, os salários e os proventos, pensões e outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou 
não, incluídas as vantagens pessoas ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Min. 
do Supremo Tribunal Federal (STF) – art. 37, XI 
4) os salários dos empregados públicos das empresas públicas e das sociedades de economia mista , e suas subsidiárias, só 
estarão submetidas ao teto geral se as pessoas jurídicas receberem recursos do poder público. 
5) os direitos assegurados no art. 39, § 3º - 13º salário, 1/3 de férias não estão incluídos no teto geral 
 
 - Compreende as seguintes modalidades: 
 
a) SUBSÍDIO - é uma modalidade de remuneração, fixada em parcela única, paga obrigatoriamente aos detentores de mandato 
eletivo (Senador, Deputado Federal, Estadual, Vereador, Presidente, Vice-Presidente, Governador , Vice-Governador, Prefeito e 
Vice-Prefeito) e aos demais agentes políticos (Ministros de Estado, Secretários Estaduais e Municipais, os membros da 
Magistratura e o MP e Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Contas). (arts 39, § 4º, 49, VII e VIII, e 73, § º, c/c os arts. 75, 
95, III e 128, § 5º, I, e) 
- agente político (membro de poder, detentor de mandato eletivo, ministros de Estado, Secretários Estaduais e Municipais) – tem 
como única modalidade de remuneração cabível, enquanto que os demais agentes públicos poderão ter remuneração. 
 
b) REMUNERAÇÃO – é a soma do vencimento com a demais vantagens pecuniárias pagas ao servidor. 
 
c) VENCIMENTO – corresponde a retribuição pecuniária paga ao servidor pelo exercício do cargo público. 
 
d) SALÁRIO - pago aos empregados públicos da Administração direta e indireta regidos pela CLT, titulares de empregos 
públicos e não de cargos públicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
(ART. 37 DA CF/88) 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, 
também, ao seguinte: 
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos 
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de 
provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, 
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; 
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de 
provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou 
emprego, na carreira; 
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em 
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos 
em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; 
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; 
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá 
os critérios de sua admissão; 
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de 
excepcional interesse público; 
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados 
ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, 
sempre na mesma data e sem distinção de índices; 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, 
autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra 
espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra 
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, 
aplicando-se como li-mite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio 
mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do 
Poder Legislativo e o sub-sídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e 
cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tri-bunal Federal, no âmbito 
do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores 
Públicos; XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores 
aos pagos pelo Poder Executivo; 
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de 
pessoal do serviço público; 
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins 
de concessão de acréscimos ulteriores; 
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o 
disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; 
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XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, 
observado em qualquer caso o disposto no inciso XI. 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; 
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas 
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo 
poder público; 
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, 
precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; 
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de 
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de 
sua atuação; 
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no 
inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada; 
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados 
mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com 
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da 
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do 
cumprimento das obrigações. 
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades 
essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos 
prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de 
cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. 
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter 
educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. 
§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade 
responsável, nos termos da lei. 
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando 
especialmente: 
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de 
atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; 
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto 
no art. 5º, X e XXXIII; 
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na 
administração pública. 
§ 4º - Os atos de improbidadeadministrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função 
pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem 
prejuízo da ação penal cabível. 
§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que 
causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. 
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§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão 
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa. 
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta e 
indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas. 
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta 
poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por 
objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: 
I - o prazo de duração do contrato; 
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes; 
III - a remuneração do pessoal." 
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas 
subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento 
de despesas de pessoal ou de custeio em geral. 
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 
com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta 
Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. 
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, 
as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. 
 § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal 
fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Or gânica, como limite único, o subsídio 
mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco 
centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto 
neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. 
 
- AULÕES DO PROF. NETO - 
Não deixe de participar dos aulões promovidos pelo Prof. Neto. Neles, você testa seus conhecimentos 
através de exercícios que são disponibilizados em sala de aula e ainda discute as questões de 
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Informações – www.profneto.com.br ou nos cursinhos Vencer (3627-4258), Acadêmico News (3224-
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Boa sorte futuros soldados PM’s. Contem sempre comigo. 
Prof. Neto 
 ;)

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