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*/45 O CRIME PRIMEIRAS LIÇÕES */45 APRESENTAÇÃO DESTINA-SE O TRABALHO A TODOS OS ALUNOS INICIANTES EM DIREITO PENAL Prof. Jorge Dória. */45 SUMÁRIO Conceitos slide 5 Características slide 6 Elementos slides 7 a 8 Classificação slides 9 a 21 Teorias da Ação slides 22 a 24 Elementos da Conduta slides 25 a 26 Concausas slides 27 a 30 Tipicidade slide 31 */45 Crime Doloso slides 32 a 36 Crime Culposo slides 37 a 43 Fases do Crime slide 44 Referências Bibliográficas slide 45 SUMÁRIO */45 1- CONCEITOS 1.1. Conceito formal Conduta humana (ação ou omissão) contrária ao direito, punível pela lei e tida como reprovável. 1.2. Conceito material Conduta humana que lesa ou expõe a perigo um bem jurídico tutelado legalmente e agride os valores e interesses sociais. */45 2 - CARACTERÍSTICAS 2.1. Tipicidade A conduta humana deve corresponder a algum tipo penal. 2.2. Antijuridicidade Tal conduta deve ser definida como ilícita. 2.3. Culpabilidade A conduta deve, ainda, ser reprovável e punível. */45 3 - ELEMENTOS 3.1. Sujeito a) ativo: o ser humano, que pratica a ação ou omissão. b) passivo: o titular do bem jurídico lesado. */45 3 - ELEMENTOS 3.2. Objeto a) jurídico: é o bem protegido (a vida, o patrimônio, a fé pública, etc.) b) material: coisa ou pessoa sobre a qual recai a conduta criminosa. */45 4 - CLASSIFICAÇÃO 4.1. Quanto à natureza a) comuns: são aqueles crimes previstos pela lei penal. b) especiais: são definidos por leis especiais, extravagantes. Precisam de uma justiça própria para serem julgados. */45 4 - CLASSIFICAÇÃO 4.2. Quanto ao sujeito ativo a) comuns: são os que podem ser praticados por quaisquer pessoas. b) próprios: só podem ser praticados pelas pessoas que têm as qualidades identificadas com a do tipo penal. */45 4 - CLASSIFICAÇÃO 4.3. Quanto ao resultado 4.3.1. Crimes de dano a) materiais: o bem jurídico lesado é um objeto material. Ex.: o crime de furto (art. 155 do CP). b) imateriais: o bem atingido é de natureza imaterial. Ex.: os crimes contra a honra (arts. 138, 139 e 140 do CP). */45 4 - CLASSIFICAÇÃO 4.3. Quanto ao resultado 4.3.2. Crimes de perigo a) individual: identifica-se de antemão quem está exposto ao perigo. b) comum: nestes casos, não se pode identificar de antemão quem está exposto ao perigo. */45 4 - CLASSIFICAÇÃO 4.3. Quanto ao resultado 4.3.2. Crimes de perigo (outra divisão) a) concreto: que precisa ser comprovado. Ex.: o crime de exposição ou abandono de recém-nascido (art. 134 do CP). b) abstrato: aqueles que a lei já determina e, assim, não precisa ser comprovado. Ex.: crime de omissão de socorro (art. 135 do CP). */45 4 - CLASSIFICAÇÃO 4.4. Quanto à importância do resultado a) formais: o tipo penal descreve a conduta e o resultado, mas este não é necessário para sua consumação. Ex.: crime de calúnia (art. 138 do CP) b) materiais: o crime é definido somente quando também ocorre o resultado. Ex.: os crimes de homicídio (art. 121 do CP). */45 4 - CLASSIFICAÇÃO 4.5. Quanto à conduta do agente a) comissivos: dependem da prática de uma ação para que se consumam. Ex.: a grande maioria dos crimes. b) omissivos: somente são praticados através de uma inação. Podem ser próprios ou impróprios. */45 4 - CLASSIFICAÇÃO 4.5. Quanto à forma de ação a) instantâneos: esgotam-se na produção do resultado. Ex.: o crime de aborto (art. 128 do CP). b) permanentes: a consumação se prolonga no tempo até que o agente decida interrompê-la. Ex.: o crime de rapto (art. 219 do CP). */45 4 - CLASSIFICAÇÃO 4.6. Quanto à dependência de outro crime a) principais: são os que não dependem de nenhum outro para existir. b) acessórios: dependem da existência de um crime principal. Ex.: o crime de receptação (art. 180 do CP) depende de outro crime prévio (um crime de roubo - art. 157 -, por exemplo). */45 4 - CLASSIFICAÇÃO 4.7. Quanto à periodicidade da ação a) habituais: só se concretizam quando determinados atos que, isoladamente não constituem crime, tornam-se um modo de viver. b) continuados: mesmas características dos anteriores, porém, cada ato já é por si só um crime. */45 4 - CLASSIFICAÇÃO 4.8. Quanto ao número de bens jurídicos atingidos a) simples: são aqueles em que há a violação de apenas uma objetividade jurídica. Ex.: o crime de homicício (art. 121 do CP). b) complexos: nestes, há a violação de mais de uma objetividade jurídica. Ex.: o crime de latrocínio (art. 157, § 3º do CP). */45 4 - CLASSIFICAÇÃO 4.9. Quanto ao número de sujeitos ativos a) unissubjetivos: podem ser praticados por uma única pessoa. b) plurissubjetivos: só podem ser praticados por mais de uma pessoa. Ex.: crime de rixa (art. 137 do CP). */45 4 - CLASSIFICAÇÃO 4.10. Quanto à relação com outros crimes a) subsidiários: só têm validade se não estiverem envolvidos em um crime maior. b) conexos: são os que possuem alguma conexão - de finalidade, de consequência ou de ocasião - com outro crime. */45 5 - TEORIAS DA AÇÃO 5.1. Teoria naturalista Para os naturalistas, somente o aspecto “mecânico” da ação deve ser analisado. Consideram que a ação é a simples manifestação da vontade do agente; é um comportamento causal. */45 5 - TEORIAS DA AÇÃO 5.2. Teoria finalista Para os finalistas, não existe conduta que não seja orientada a algum fim. Assim, a ação é a manifestação da vontade do agente orientada a algum fim; é um comportamento final. */45 5 - TEORIAS DA AÇÃO 5.3. Teoria social Para essa teoria, a ação deve ser considerada dentro do contexto social. Somente há o fato típico se o comportamento tiver relevância dentro da sociedade. */45 6 - ELEMENTOS DA CONDUTA 6.1. Vontade Elemento interno. A ação em Dir. Penal deve ser voluntária. 6.2. Atuação Elemento externo. A atuação pode ser positiva ou negativa. */45 6 - ELEMENTOS DA CONDUTA 6.3. Resultado É o efeito natural da conduta e que configura o fato típico. 6.4. Relação de Causalidade É o que vai determinar a relação entre a conduta do agente e o resultado produzido. Para tanto, é preciso que haja o nexo causal. */45 7 - CONCAUSAS 7.1. Definição São outras causas que também concorrem para o resultado. As concausas podem ser preexistentes, concomitantes ou supervenientes. */45 7 - CONCAUSAS 7.2. Concausas preexistentes São as que já existiam antes da ocorrência do crime. Podem ser: a) absolutamente independentes: são determinantes do resultado, o que exclui a imputabilidade do agente. b) relativamente independentes: isoladas, não provocariam o resultado, o que torna imputável o agente. */45 7 - CONCAUSAS 7.3. Concausas concomitantes São as que ocorriam no momento do crime. Tal como as preexistentes, também podem ser absoluta ou relativamente independentes, conforme o resultado. */45 7 - CONCAUSAS 7.4. Concausas supervenientes São as que surgiram depois da ocorrência do crime. Podem ser: a) absolutamente independentes: determinam sozinhas o resultado. b) relativamente independentes: Há dois tipos: as que estão inseridas no desenvolvimento normal da ação e as que instauram novo curso causal. */45 8 - TIPICIDADE 8.1. Definição É a adequação perfeita e exata entre o fato concreto e a descrição contida da lei. 8.2. Elementos do tipo Um tipo penal pode conter elementos objetivos, normativos e subjetivos. */45 9 - CRIME DOLOSO 9.1. Definição de dolo Conduta voluntária, estando o agente consciente da sua conduta. O resultado é o que ele quer, deseja - ou, quando não o é, o agente é indiferente quanto a isso. */45 9 - CRIME DOLOSO 9.2. Classificações do dolo 1. a) direto: o agente quer o resultado. 1. b) indireto: alternativo, quando ele assume resultados alternativos. Eventual, quando ele é indiferente quanto ao resultado. */45 9 - CRIME DOLOSO 9.2. Classificações do dolo 2. a) de dano: são todos os crimes que têm resultado de dano. 2. b) de perigo: o agente quer apenas provocar uma situação de risco. */45 9 - CRIME DOLOSO 9.2. Classificações do dolo 3. a) genérico: o tipo penal não se preocupa com o porquê da prática dolosa do agente. 3. b) específico: o crime depende de uma intenção determinada pelo tipo penal. */45 9 - CRIME DOLOSO 9.3. Distinção entre dolo eventual e dolo de perigo No dolo eventual, o agente deseja provocar uma situação de risco e aceita o dano previsto. No dolo de perigo, o agente quer provocar uma situação de risco, mas não quer provocar o resultado previsto. */45 10 - CRIME CULPOSO 10.1. Definição É aquele que ocorre quando o agente dá causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. Ela é fundada, portanto, no elemento previsibilidade. */45 10 - CRIME CULPOSO 10.2. Modalidades da culpa a) imprudência: arriscar-se sem necessidade, sem razão. b) negligência: deixar ou esquecer de verificar certos requisitos antes de praticar uma ação. c) imperícia: falta de habilitação para o exercício de determinada atividade. */45 10 - CRIME CULPOSO 10.3. Elementos da culpa a) conduta voluntária. b) inobservância do resultado. c) resultado não querido, embora previsível, mas que não foi previsto. d) relação de causalidade. e) tipicidade. */45 10 - CRIME CULPOSO 10.4. Espécies de culpa 1. a) inconsciente: mais comum. O agente deveria prever o resultado, mas não o faz. 1. b) consciente: o agente tem consciência do risco, mas tem toda certeza (por boa fé ou autoconfiança na situação) de que o resultado não vai ocorrer. */45 10 - CRIME CULPOSO 10.4. Espécies de culpa 2. a) própria: tipo comum de culpa até aqui apresentada. 2. b) imprópria: o agente quer o resultado, mas a sua vontade é motivada por um erro justificável. */45 10 - CRIME CULPOSO 10.5. Crime preterdoloso São aqueles que compreendem dois momentos distintos: Um de dolo, no início da conduta do agente, e outro de culpa, quando da consumação do resultado. */45 10 - CRIME CULPOSO 10.6. Distinção entre culpa consciente e dolo eventual No dolo eventual não há perigo para o agente. Há uma previsão positiva do resultado, ou seja, ele pode ocorrer. Na culpa consciente, há riscos para o agente. Há uma previsão negativa do resultado, isto é, ele não vai acontecer. */45 11 - FASES DO CRIME a) cogitação: o agente apenas pensa nas hipóteses do crime. b) preparação: são os planejamentos, após confirmada a cogitação. c) execução: o agente põe em prática seus planejamentos. d) consumação: se a execução foi adequada, o crime se consuma. */45 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. 9ªed., São Paulo, Atlas, 1995. JESUS, Damásio de. Direito Penal. 15ªed., São Paulo, Saraiva, 1991. OLIVEIRA, Edmundo. Comentários ao Código Penal - Parte Geral. Rio de Janeiro, Forense, 1994.
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