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Gestaltificação e Perfeição na Ação

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GESTALTIFICAÇÃO E PERFEIÇÃO
Afonso H Lisboa da Fonseca, psicólogo
Gestaltificação e perfeição são intimamente relacionadas. São aspectos do mesmo processamento da ação – que é, própria e especificamente, fenomenológica existencial, e dialógica, compreensiva e implicativa. 
A gestaltificação é a vivência de um processo de otimização. Na medida em que as dominâncias de forças, de possibilidades, que configuram os seus processos de formação de figura e fundo constituem-se em processos de competições plásticas, e de argumentações lógicas – ontológicas, fenomenológicas, dialógicas – já que, em seus desdobramentos as possibilidades são constituídas como forças plásticas, e como sentido.
GESTALTIFICAÇÃO.
A gestaltificação é a intrínseca formatividade compreensiva da ação. Como processos vivenciais de formação de figura e fundo, e de criação formativa das coisas. A partir da vivência da atualização de possibilidades.
Vivencialmente, as possibilidades emergem e se desdobram de um modo contínuo e múltiplo. E se constituem cognitivamente. 
Em seus desdobramentos formativos múltiplos, as possibilidades se organizam fenomenológico existencialmente, através da sucessiva configuração, da figuração cognitiva, fenomenológico existencial, das dominâncias resultantes da competição, e argumentação, entre suas forças cognitivas e plásticas. A figuração compreensiva das dominâncias das possibilidades dá-se como processos de formação de totalidades significativas, como processos de formação de figura e fundo, como processos de formação de gestalts. 
A AÇÃO, GESTALTIFICAÇÃO, É UMA FEIÇÃO, UM FAZER. PERFAZER. PERFEIÇÃO.
Enquanto vivência da emergência de forças plásticas, plastificativas -- sempre inéditas, e que se constituem cognitivamente, como compreensão --, o desdobramento das possibilidades, o processo fenomenológico existencial da ação, é, própria e especificamente, o processamento de um fazer. 
E é este processo de fazer que querem dizer a palavra e o conceito de feição. 
Inicialmente, assim, feição é um fazer. E perfeição é um modo particular de fazer. No caso específico, o modo fenomenológico existencial de fazer, através da vivência do desdobramento da ação -- através do desdobramento cognitivo de possibilidades. Que se constitui como a criatividade da vivência dos processos de formação de figura e fundo, e da vivência da formação das coisas.
Naturalmente, estamos aqui radicalmente distantes de uma concepção metafísica de perfeição. Ou da perfeição como resultante de uma comparação e avaliação do feito com um modelo ideal. 
A perfeição, como modo fenomenológico existencial de fazer da ação, é inteiramente física. É vivência performativa do processamento fenomenológico existencial da ação. E, pour cause, é viência da criatividade dos processos de formação de figura e fundo, e da criação das coisas, na multiplicidade de suas formas, formações.
O modo teorético de sermos não é um fazer. O modo teorético de sermos é uma reflexão sobre o feito. 
O modo comportamental de sermos não é um fazer. Mas a padronização e a repetição do feito. 
Somente a ação é um fazer. 
Somente a ação é uma feição, um fazer. 
Aliás, perfeição. Perfazer performativo.
A ação é um fazer pelo seu intrínseco caráter formativo. Performativo, performático, performance. Pelo seu caráter de modo de sermos da emergência e do desdobramento compreensivo, implicativo, gestaltificativo, de possibilidades. E como modo de sermos dos processos de gestaltificação, de formação de figura e fundo; e de criação das coisas. 
A vivência da ação é um fazer pela vivência paulatina de seu processamento fenomenológico existencial. Compreensiva e implicativa, gestaltificativa. Na momenentaneidade instantânea de seu acontecer -- este é o sentido de per. 
O processo de um fazer inteiramente não abstrato. O processamento de um fazer vivenciativo, experimentado como performance. Como vivência da emergência e desdobramento compreensivo de possibilidades, no per curso de um processo de formação de figura e fundo. Que cabalmente se desdobra, com princípio, meio e fim, fechamento. Desde suas emergências pré-compreensivas, passando pela configuração, como processo compreensivo de formação de figura e fundo; e escoando na constituição da coisa, como instalação. 
Em todos os seus momentos, percursos de fluxos vivenciais de corpo e de sentidos, vivência fenomenológica existencial e dialógica. Vivência de todas as suas etapas, como processo de figuração, como processo estético, poiético, performático, performativo, de formação de figura e fundo. E como processo poiético e estético, performático, de formação, de criação, de coisas. Coisas mentais, ou coisas físicas. Que se instalam como tais. 
A vivência do processamento da ação é, própria e especificamente, assim, a experiência estética, a experiência poiética, performática, de um fazer. Perfazer, perfeição. Na medida em que é a vivência da emergência e do desdobramento de possibilidades; que se enformam gestaltificativamente, como processos de formação de figura e fundo; e como processos criativos de criação de coisas. A partir da atualização, do desdobramento compreensivo da força de possibilidades, sempre emergentes, múltiplas, e sempre inéditas. 
A ação -- meramente cognitiva, e/ou cognitiva e muscular --; a experiência estética, a experiência poiética, assim, são, especificamente, um fazer, um fazimento, uma feição. Perfeição. Um paulatino fazer fenomenológico existencial e dialógico. Que é, como tal, um fazer experimental, que envolve a vivência de todas as etapas da gestaltificação, enquanto processo improvisastivo de formação de figura e fundo; e enquanto processo de formação de coisas, que se instalam enquanto tais. 
A ação, experiência estética e poética, é a vivência do percurso de um fazer fenomenológico, gestaltificativo. A vivência do percurso de um fazimento, a vivência do percurso, do percorrimento de uma feição, que envolve o desdobramento cabal de possibilidades. 
Que se desenrola, e acontece, como desdobramento cognitivo de possibilidades. Cabalmente, desde os seus níveis pré-compreensivos, passando, temporal e ritimicamente, pelo seu processo de formação de figura e fundo; até decair em sua instalação como coisa. 
A vivência cabal do percurso desta feição é, própria e especificamente, o modo de sermos, o modo de fazermos, da perfeição. 
O modo de sermos, desproposital, o modo de fazermos, da perfeição. É o modo se sermos, e de fazermos, da gestaltificação.
De modo que o modo de sermos, e de fazermos, da perfeição fundamenta-se na dinâmica do modo fenomenológico existencial e dialógico, compreensivo e implicativo, gestaltificativo, estético e poiético de sermos. Modo de sermos das emergências e desdobramentos cognitivos, gestaltificativos, de possibilidades. Sempre múltiplas e inéditas. 
No ineditismo emergente e múltiplo de seus desdobramentos, as possibilidades se configuram de modo gestaltificativamente compreensivo. E, gestaltificativamente dão origem e constituem as coisas da coisidade instalativa do mundo. Ou seja, nos seus desdobramentos, as possibilidades tendem a se configurar cabalmente como as totalizações significativas dos processos de formação de figura e fundo, e como totalizações que se constituem como as coisas instalativas. 
A AÇÃO, GESTALTIFICAÇÃO, PERFEIÇÃO, É UM PROCESSO DE OTIMIZAÇÃO DE FORMAÇÕES. 
Nas emergências e desdobramentos de suas multiplicidades, as possibilidades, se organizam a partir de processos de competição e de argumentação lógica -- fenomenológica, ontológica, dialógica. Este processo vivencial de competição e de argumentação compreensivas constitui dominâncias. 
São essas dominâncias que figuram nos processos compreensivos e implicativos de formação de figura e fundo. 
De modo que, como expressão cognitiva dos processos de competição e de argumentação que resultam nestas dominâncias, o processo vivencial de figuração gestaltificativa é especificamente um processo de otimização. Própria e especificamente, a partir desta competitividadee argumentação características das multiplicidades de possibilidades em desdobramento cognitivo, como processos de formação de figura e fundo, e como processo de formação de coisas instalativas. 
O perfazer, a perfeição, a gestaltificação, constituem, assim, um processo de otimização. A partir da atualização da perene originalidade da forma das possibilidades emergentes, e a partir da intrínseca competitividade e argumentatividade das forças plásticas; plastificativas, que elas constituem. Como processos fenomenológicos de formação de figura e fundo. Que, igualmente, se constituem como processos de formação de coisas. 
A OTIMIZAÇÃO DA GESTALTIFICAÇÃO DECORRE DA VIVÊNCIA INTENSIVA DA INTENSIONALIDADE DA AÇÃO.
Radicalmente distinto do metafísico e do teorético, o perfeito é, assim, o feito desta forma. 
Ou seja, o perfeito é o feito através do modo fenomenológico existencial e dialógico, compreensivo e implicativo, gestaltificativo, de fazermos. Processo de formação de figura e fundo, e de coisas, da ação, processo gestaltificativo da perfeição. 
E, se é belo e bem feito, original, perfeito, o é pela vivência plena e intensa -- intensivativa, intensidade, intensionalidade --, das características da momentaneidade instantânea deste modo fenomenológico existencial de sermos da ação. Da atualização de possibilidades. Da perfeição. 
A vivência intensa da momentaneidade instantânea da ação. A vivência intensa da momentaneidade instantânea do modo de sermos do ator, inspectador. 
Modo de sermos da ação, e do ator, inspectador, que não é o modo de sermos no qual se constitui o sujeito e o objeto, e a dicotomia entre eles. Modo de sermos da ação e do ator, inspectador, que não é o modo teorético explicativo de sermos do espectador. Que não é o modo de sermos da causalidade. Nem o modo pragmático de sermos dos úteis, dos usos e das utilidades. Nem é o modo de sermos da realidade. Que não é o modo de sermos do acontecido. Mas o modo de sermos do acontecer. 
Ou seja, a perfeição gestaltificativa do perfeito – do feito ao modo fenomenológico existencial de sermos da perfeição, da ação – decorre da entrega ativa, intensivativa, à momentaneidade instantânea do processo de formação de figura e fundo que caracteriza o desdobramento de possibilidades do modo ontológico, fenomenológico existencial e dialógico, de sermos da ação; compreensivo e implicativo, gestaltificativo. Modo de sermos da ação e do ator. 
Que não é o modo de sermos no qual vigoram o sujeito e o objeto, e a dicotomização entre eles, característicos do modo acontecido de sermos. 
O modo de sermos da ação, da perfeição, não é o modo explicativo e teorético de sermos, do sujeito que contempla um objeto. Não é o modo de sermos do sujeito, mas o modo de sermos do ator. Não é o modo de sermos do espectador, mas o modo de sermos do ator, inspectador. Não é o modo de sermos da causalidade, das relações de causa e efeito. 
É o modo de sermos da ação estética e poiética. Inútil e desproposital. Não é o modo de sermos da realidade, uma vez que é o modo de sermos da possibilidade, o modo de sermos do desdobramento do possível. O modo de sermos da ação. Que não é, por isto, o modo de sermos do acontecido, mas é, própria e especificamente, o modo de sermos do acontecer. 
Perfeccionativo.

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