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1 Direito Civil Professor Mário Lúcio 1ª AULA 30.07.2015 Revisão – Obrigações. Obrigações pessoais → de pessoa para pessoa → garantia = de forma geral, patrimônio do devedor. Obrigações Reais → res – rem – rei → Coisa. Garantia = Registro Público. Efeito Erga Omnes. Ex. Hipoteca. Obs. para imóvel → hipoteca para móvel → penhor Penhora acontece somente por meio de ato processual. Diferente de penhor que é uma garantia. Obrigação propter rem - É uma obrigação real, que decorre da relação entre o devedor e a coisa. Difere das obrigações comuns especialmente pelos modos de transmissão. Propter rem significa “por causa da coisa”. Assim, se o direito de que se origina é transmitido, a obrigação o segue, seja qual for o título translativo. A transmissão é automática, independente da intenção específica do transmitente, e o adquirente do direito real não pode recusar-se a assumi-la. São exemplos da obrigação, que pode ser identificada em vários dispositivos esparsos do Código Civil, já que não a disciplinou isoladamente: a obrigação imposta ao condômino de concorrer para as despesas de conservação da coisa comum (artigo 1.315); a do condômino, no condomínio em edificações, de não alterar a fachada do prédio (artigo 1.336, III); a obrigação que tem o dono da coisa perdida de recompensar e indenizar o descobridor (artigo 1.234); a dos donos de imóveis confinantes, de concorrerem para as despesas de construção e conservação de tapumes divisórios (artigo 1.297, § 1º) ou de demarcação entre os prédios (artigo 1.297); a obrigação de dar caução pelo dano iminente (dano infecto) quando o prédio vizinho estiver ameaçado de ruína (artigo 1.280); e a obrigação de indenizar benfeitorias (artigo 1.219). Exemplo concreto: TJSP O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que na relação entre condômino e condomínio, poderá o titular do direito da coletividade (condomínio) eleger como devedor das despesas como sendo o possuidor ou o proprietário. Despesas Condominiais. Cobrança. Ilegitimidade passiva ad causam. Preliminar rejeitada pela sentença. Reiteração em sede recursal. Impropriedade. A contribuição para as despesas do condomínio edilício constitui obrigação de natureza "propter rem", onde a situação jurídica do obrigado representa uma amálgama de direito pessoal e real, não tendo preponderância, para efeito de legitimação passiva ordinária, a condição de possuidor ou proprietário da unidade autônoma sobre a qual recai a obrigação, pois prevalece, em contrapartida, o interesse da coletividade dos condôminos na obtenção de recursos para manutenção da propriedade coletiva comum, podendo o condomínio credor eleger devedor aquele que possui uma relação jurídica vinculada à unidade autônoma, a exemplo do réu na qualidade de titular da unidade autônoma perante o registro 2 imobiliário. Preliminar rejeitada. Apelação nº 0103399-04.2007.8.26.0001. Rel: Júlio Vidal; Comarca de São Paulo, 04/09/2012. Direito de Sequela – Característica de um direito real – pode agir para proteção do seu bem real (impedindo a destruição da casa). (IMPORTANTE * Mário Lúcio). Sequela significa sequência, continuação. Do latim “sequela” que é o “ato de seguir”. Sequela é um substantivo feminino que indica o resultado, a consequência. Violação – do Direito Pessoal → por fatos positivos FAZER → por fatos negativos NÃO FAZER. Do Direito Real → apenas por fatos positivos. Princípio da Tipicidade ∟ não há nas obrigações pessoais ∟ocorre nas obrigações reais → só no caso do Art. 1.225 (rol taxativo). ⁄ Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 (CC). Art. 1.225. São direitos reais: I - a propriedade; II - a superfície; III - as servidões; IV - o usufruto; V - o uso; VI - a habitação; VII - o direito do promitente comprador do imóvel; VIII - o penhor; IX - a hipoteca; X - a anticrese. XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007). XII - a concessão de direito real de uso. (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007). Obrigação de dar → entregar; restituir; pagar. Consiste em obrigação positiva, pela qual o devedor deve entregar um objeto que está na sua posse, transferindo-lhe a propriedade. Subdivide-se em obrigação de dar coisa certa, quando o objeto da obrigação é certo e determinado antes da entrega, e obrigação de dar coisa incerta, quando a obrigação é genérica, por ser o objeto incerto, sendo determinado apenas por seu gênero e quantidade. Fundamentação: Artigos 233 a 246 do Código Civil Obrigação de dar a coisa certa 3 A coisa certa a que se refere o Código Civil é a determinada, perfeitamente individualizada. É tudo aquilo que é determinado de modo a poder ser distinguido de qualquer outra coisa. Nessa modalidade de obrigação, o devedor se compromete a entregar ou a restituir ao credor um objeto perfeitamente determinado, que se considera em sua individualidade, como, por exemplo, certo quadro de um pintor célebre, o imóvel localizado em determinada rua e número etc. A obrigação de dar coisa certa confere ao credor simples direito pessoal (jus ad rem) e não real (jus in re). O contrato de compra e venda, por exemplo, tem natureza obrigacional. O vendedor apenas se obriga a transferir o domínio da coisa certa ao adquirente; e este, a pagar o preço. A transferência do domínio depende de outro ato: a tradição, para os móveis (CC, arts. 1.226 e 1.267); e o registro, que é uma tradição solene, para os imóveis (arts. 1.227 e 1.245). Se o alienante deixar de entregar a coisa, descumprindo a obrigação assumida, é permitido ao credor perseguir a coisa devida, sobre a qual recairão as medidas cabíveis, “para a plena efetividade da força obrigatória dos contratos (pacta sunt servanda) ou da própria lei”. Perda da coisa: “Res Perit Domino” (a coisa se perde para o dono). Um dos pontos que mais cria discussão nas aulas de Teoria Geral das Obrigações diz respeito à perda da coisa certa. Isso porque o artigo 238 do atual CC, que reproduz fielmente o art. 869 do Código Civil de 1916 determina que: “Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda. Explicamos que se uma determinada pessoa recebe o carro de outra em comodato (empréstimo gratuito de bem infungível) e o carro se perde em razão de um roubo ou de uma forte enchente, sem que o comodatário tenha qualquer culpa, a obrigação de restituir se extingue e não há o dever de restituir. A pergunta inevitável que recebemos é a seguinte: aquele que tomou o carro emprestado não tem que pagar o valor do objeto perdido? A resposta é não, pois nos termos do artigo em questão, quem sofre a perda é o proprietário, ou seja, a coisa perece para o dono o que se traduz na fórmula título desse artigo: res perit domino. História para fixação. A regra res perit domino. A regra em questão é antiquíssima e remonta aoCódigo de Hamurabi (cuja data é incerta, mas, para alguns, dataria de 1.700 aC a 2000 aC) que assim dispõe (Edipro, 2002): “Art. 244. Se um homem alugou um boi ou um jumento e se o leão o matou em campo aberto, a perda será do proprietário”. Note-se que em Persépolis (atual Irã) retrata-se um ataque de um leão a um boi, cena essa comum no Oriente em épocas antigas, razão pela qual o Código de Hamurabi (Rei da Babilônia que governou o território do atual Iraque) liberava o devedor (locatário) do dever de restituir o animal. O ataque de leão representava, para essas civilizações, a força maior como excludente de responsabilidade civil. 4 O princípio res perit domino já existia entre os romanos (Teoria Geral das Obrigações, Ed. Atlas, p. 64). A afirmação do mestre Vilaça não significa que a regra tinha o alcance tão amplo quanto tem hoje. Isso porque, em termos de compra e venda, contrato que se aperfeiçoa com o simples consentimento, mas que não transfere a propriedade do bem antes que ocorra a tradição (entrega), atualmente, se a perda ocorrer antes da entrega ao comprador essa será arcada pelo vendedor, na qualidade de dono (res perit domino). Também no Direito Romano, Santos Justo afirma que o simples acordo não transferia a propriedade do bem vendido, sendo necessária a entrega. Entretanto, se a coisa perecesse, o comprador era responsável pelo perigo (periculum est emptoris). Assim, se a res fosse destruída ou deteriorada por caso fortuito ou força maior, o comprador mantinha a sua obrigação de pagar o pretium (preço) e, em contrapartida, tinha direito às acessões e frutos desde a conclusão do contrato até a entrega da res. (Direito Privado Romano II, Coimbra Editora, p. 56). Tal entendimento é confirmado por Ebert Chamoun para quem o vendedor não responde pelo periculum, isto é, pela perda da coisa vendida decorrente de força maior (Instituições de Direito Romano, Revista Forense, p. 371). Já no tocante à locação, a regra res perit domino era adotada. Assim o risco onerava o locador: periculum est locatoris. Se a res locada fosse destruída por um evento que não se pode resistir (cui resisti non potest), o locator sofria o dano e o conductor (locatário) só devia a merces (aluguel) até a data em teve o uso (Santos Justos, p. 68). No tocante às Ordenações Filipinas, de 1603, com relação à obrigação de restituir do comodatário, a regra res perit domino tem clara aplicação. Isso porque o comodatário não está obrigado a pagar o dano se a coisa perece por caso fortuito, salvo se ocorrer culpa desse. Assim “ se pedisse um cavalo emprestado para ir a uma romaria, e fosse à guerra, ou saísse aos touros, onde lhe matassem o dito cavalo” seria o comodatário responsável pela indenização (Quarto Livros das Ordenações, Título LIII – Do contrato de empréstimo que se chama comodato). Em sua Consolidação das Leis Civis datada de 1858, Teixeira de Freitas reproduz a regra acima transcrita, no art. 502 e explica que decorre do adágio res perit domino, proclamando ser esse um efeito irrecusável do perecimento (Edição do Senado Federal, maio de 2003, p. 340). O Esboço de Teixeira de Freitas, cujo trabalho final foi apresentado em 1867 e que contava com mais de 4.900 artigos, continha a seguinte regra: Art. 904. Os efeitos acidentais da obrigação de dar coisas certas, para fim de restituí-las a seu dono são os seguintes: 1º. Se a coisa se perder sem culpa do devedor restituinte, perder-se-á para seu dono; e, salvos os direitos deste até o dia da perda, a obrigação se resolverá. É o próprio Teixeira de Freitas que comenta: “pelo Código Napoleão, os riscos da coisa vendida, bem como pela nossa legislação atual, também são por conta do comprador, ainda que a coisa não lhe tenha sido entregue. Mas no Direito francês tem-se evitado a contradição ao princípio – res suo domino perit – porque se entende que a coisa vendida se transmite para o domínio do comprador desde o momento do contrato, e sem dependência da tradição. Ora, sendo impossível que eu adotasse essa teoria do direito francês, tão falsa que no próprio código napoleônico se desmente por mais de uma inconsequência, força era que em apartasse da nossa legislação atual”. (Ministério da Justiça, 1983, p. 212). É com essa observação de Teixeira de Freitas que a regra do res perit domino assume a dimensão que temos hoje: estende-se não só às obrigações de restituir, bem como as de dar, superando a limitação do direito romano no tocante à compra e venda. O Projeto Beviláqua trazia regra genérica no tocante à obrigação de dar, que já incorporava a ideia pela qual a coisa perece para o dono: “Art. 1.015. Se a obrigação for de dar coisa certa com o fim de restituí-la a seu dono, e, antes da tradição a coisa se perder sem culpa do devedor, o dono sofre a perda e dissolve-se a obrigação; mas ficam salvos os direitos do proprietário até o dia da perda”. Em conclusão, a regra de mais de 4000 mil anos, pela qual a coisa perece para o dono, prevista no Código de Hamurabi e retratada na parede do Palácio de Persépolis, atravessou inúmeros 5 séculos, passou pelos diversos diplomas legais luso-brasileiros que regeram nossas relações civis e hoje, permanece no atual Código Civil. Talvez seja esse um exemplo do chamado DNA do direito civil, cujas explicações, muitas vezes, se perdem nas brumas do tempo... Obrigação solidária – não se presume Art. 265 “Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes”. Não se admite responsabilidade solidária fora da lei ou do contrato. Desse modo, se não houver menção explícita no título constitutivo da obrigação ou em algum artigo de lei, ela não será solidária, porque a solidariedade não se presume. Será, então, divisível ou indivisível, dependendo da natureza do objeto. Garantia – avalista. Obrigação subsidiária – garantia fiador. A responsabilidade subsidiária é aquela que pressupõe o exaurimento da obrigação de outro devedor, dito principal, do qual este é um devedor, digamos, "reserva". Assim, havendo o exaurimento ou impossibilidade de pagamento por parte daquele "principal", responde o devedor subsidiário ("reserva"). Podemos citar como exemplo o fiador, cuja responsabilidade - se não renunciou expressamente a isto (chamado "benefício de ordem") - é acionada após a obrigação ou impossibilidade desta por parte do devedor afiançado. Exemplo comum na área trabalhista de obrigação subsidiária é a das empresas que se utilizam de mão-de-obra terceirizada: não pagando os consectários trabalhistas a empresa terceirizada, responde por elas, subsidiariamente, a empresa tomadora do serviço - isto é, aquela que diretamente se beneficiou do trabalho. Nesta, o credor deve acionar sempre os dois em conjunto, para que o subsidiário faça parte do título executivo. Ademais, é uma obrigação que pode ser presumida. Benefício de ordem – 1º devedor primitivo (avalista) / 2º o fiador (subsidiário). É um dos direitos previstos nos efeitos da fiança em que o fiador demandado pelo pagamento da dívida, até a contestação da lide, pode exigir que executassem (primeiro) os bens do devedor primitivo (avalista). Transmissão das Obrigações. O direito obrigacional se ampara na existência de dívida, em que surgem personagens essenciais, que figuram necessariamente, os polos de uma relação jurídica, unidos por uma prestação devida por um e por crédito de outro, denominando-se então Credor e Devedor. Elemento subjetivo da obrigação - PARTES (pessoas) Elemento objetivo da obrigação - OBJETO (entrega do bem). Cessão de Crédito – É negócio jurídico bilateral, pelo qual o credor transfere a outrem seusdireitos na relação obrigacional. É a venda de um direito de crédito; é a transferência ativa da obrigação que 6 o credor faz a outrem de seus direitos; corresponde à sucessão ativa da relação obrigacional. Assunção de Dívida – (ou cessão de débito) – Trata-se de negócio jurídico pelo qual o devedor transfere a outrem sua posição na relação jurídica. É negócio bilateral, pelo qual o devedor, com a anuência expressa do credor, transfere a um terceiro, que o substitui, os encargos obrigacionais, de modo que este assume sua posição na relação obrigacional, responsabilizando-se pela dívida, que subsiste com os seus acessórios. Caução Real. A caução real consiste na apresentação de bens em juízo para garantia de uma obrigação. Prestada pelo próprio devedor. Consiste em valor depositado como garantia para o cumprimento de obrigação ou indenização de possível dano. Fidejussória – Quando prestada por terceiros. Na caução fidejussória, o devedor passa a ser o responsável pelo cumprimento da obrigação, ou seja, quem prestou fiança. Teoria da Aparência. A teoria da aparência pressupõe como sua denominação indica que uma situação irreal (simples aparência) seja aceita como verídica, desde que presentes determinados requisitos, quais sejam, objetivamente: a) situação de fato cercada de circunstâncias tais que manifestadamente se apresentem como se fora uma situação de direito; b) situação de fato que assim passa a ser considerada segundo a ordem geral e normal das coisas error communis fact jus “o erro comum faz a lei”, indica a relatividade do direito. Aquilo que abstratamente seria um delito, se generalizado, torna-se norma. c) que nas mesmas condições acima, apresente o titular aparente como se fora titular legítimo, ou direito como se realmente existisse. E subjetivamente: a) a incidência em erro de quem, de boa fé, a mencionada situação de direito considera; b) a escusabilidade desse erro apreciada segundo a situação pessoal de quem nele incorreu. (TJRJ Ap. 586-89, 28.11.89, 1ª CC, Rel. Des. Renato Maneschy in ADV JUR, 1990, p.136, v. 48146). A quem se deve pagar? Ao credor ou ao devedor putativo. putativo adjetivo 1. Falsamente atribuído a (alguém ou algo); supositício, suposto. "filho putativo". 2. jur diz-se daquilo que, embora ilegítimo, é objeto de suposição de legitimidade, fundada na boa-fé. "casamento putativo" Crédito Penhorado – pagou mal, pagará duas vezes. A quem se deve pagar? Ao credor, ou a seu representante, sob pena do pagamento ser feito outra vez, pois quem paga mal paga duas vezes (308). Se o credor é menor ou louco, pague a seu pai ou curador sob pena de anulabilidade (310). 2ª AULA 06.08.2015 Do Inadimplemento das Obrigações. 7 Inadimplemento → O descumprimento da obrigação importa responsabilidade contratual do devedor, que deverá pagar ao credor perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado (combinado com o cliente). Aqui se trata de honorários contratados entre o cliente e o advogado, e não os honorários de sucumbência. O professor esclareceu: 1 - Existe o chamado “Contrato Verbal”. 2 - A diferença entre juro e correção monetária. Juro é a remuneração cobrada pelo empréstimo de dinheiro. É expresso como um percentual sobre o valor emprestado (taxa de juro) e pode ser calculado de duas formas: juros simples ou juros compostos. Os juros são conceituados como a remuneração do capital (dinheiro) emprestado durante um determinado período. A Tabela Price, normalmente é o sistema mais adotado pelas construtoras, para aplicação de juros, no financiamento Imobiliário. Correção monetária - é a recuperação do poder de compra do valor emprestado. O índice a ser adotado para correção monetária deve estar expressamente pactuado em contrato, bem como um substituto, caso haja a extinção do primeiro pactuado. Nos contratos para aquisição de imóveis podem ser adotados os seguintes índices: 1 - Índice de custo, que poderá ser utilizado somente no período da construção como o INCC (Índice Nacional da Construção Civil), ICC (Índice da Construção Civil), CUB (Custo Unitário Básico), etc; 2 - Índices de preço, que poderá ser pactuado tanto na fase de construção como após a entrega das chaves como o IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado), IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna), INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), IPC (Índice de Preços ao Consumidor), etc. Honorários sucumbenciais - é o princípio pelo qual a parte perdedora no processo é obrigada a arcar com os honorários do advogado da parte vencedora. O Código de Processo Civil, no art. 20, e §§ 3º e 4º dispõe a respeito dos honorários advocatícios. Os honorários de sucumbência são para o caso de demanda judicial. Os honorários devidos são no caso de cobrança extrajudicial promovida pelo advogado (gastos pelo credor). Obs. 1 - Não valem para cobradores profissionais. 2 - Art. 51, XII do CDC → São nulas de pleno direito as cláusulas que obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua obrigação sem que igual direito lhe seja conferido contra o fornecedor. Inadimplemento Absoluto. Ocorre quando não é mais possível o cumprimento da obrigação. O devedor é obrigado a pagar por perdas e danos que equivalham ao valor da prestação impossibilitada mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais mais honorários. 8 Pode ser: a) pela impossibilidade do objeto da prestação b) pela inviabilidade econômica da prestação diante do interesse do credor. A impossibilidade do objeto decorre da perda, parcial ou total, das características do bem, objeto da obrigação, por fato superveniente à celebração do negócio jurídico, devendo decorrer de culpa do devedor (Art. 234 e 235 do CC). Não havendo culpa, resolve-se a obrigação e retorna-se ao “status quo ante”. Obs. A impossibilidade pode ser total quando se perde o objeto, mas pode ser parcial quando decorre de deterioração do objeto. Assim, não havendo culpa pode o credor resolver a obrigação ou aceitar a coisa n estado em que se encontra. Havendo culpa do devedor, pode o credor exigir o equivalente ou aceitar a coisa no estado, mas em ambos os casos, com perdas e danos (Art. 236 do CC). 3ª AULA 20.08.2015 A inviolabilidade da prestação em relação ao interesse do credor, a solução será a restituição das partes ao estado anterior, mais perdas e danos (art. 395 do CC). Atenção! (destacou o professor) Obs. não se trata apenas de interesse ou vontade unilateral do credor. É preciso uma avaliação objetiva sobre a viabilidade econômica do cumprimento da obrigação ainda que tardia. Existe o princípio da conservação dos negócios jurídicos, razão pela qual, se não ficar caracterizada a inviolabilidade da prestação, assiste ao devedor o direito de adimplir o seu dever. Obs. Não há que se falar em descumprimento absoluto nas obrigações pecuniárias, já que o dinheiro, em regra, não perece, salvo quando a lei permite ao credor considerar desfeito o contrato pela falta de cumprimento das obrigações contratuais do devedor como na locação (Lei 8.245/91, art. 9º, III) e na propriedade fiduciária (CC art. 1.364). * Inadimplemento absoluto nas relações de consumo. “As hipóteses de inadimplemento absoluto da obrigação do fornecedor de produtos ou serviços atraem a aplicação do art. 27 do CDC,que fixa prazo prescricional de 5 anos para o exercício da prestação indenizatória do consumidor.” STJ 3ª Turma. * Inadimplemento relativo. Decorre da “mora debitoris”, ou seja, é a hipótese em que o devedor, por não cumprir a obrigação no tempo, lugar e forma devidos, nem por isso impossibilita a prestação, devendo a partir da mora, cumprir a própria obrigação, mas acrescida de perdas e danos, mais juros, atualização monetária e honorários. 9 Espécies de mora (art. 394). a) mora “solvendi” e mora “debitoris” - é a mora do devedor que de acordo com a previsibilidade contratual pode ser: I - mora “ex re”: ocorre mora “ex re” ou mora real, quando se considera o devedor em mora pelo simples vencimento da obrigação no seu termo. (art. 397). Requisitos: Obrigação positiva - não se fala em mora real se o caso é de obrigação negativa ou de não fazer, caso em que o inadimplemento se caracteriza não por inércia e sim por ação. Obrigação líquida - a quantia a ser paga deve ser certa e determinada, pois, se o valor da prestação não está definido, não se fala em mora “ex re”. - Termo pré-definido para vencimento O título obrigacional deve prever o termo inicial para surgimento do direito do credor de exigir o adimplemento. b) “mora accipiendi” ou mora “creditoris” – é a recusa do credor em receber a prestação do devedor que a oferece no tempo, forma e lugar devido. Obs. Permite o pagamento em consignação. c) mora simultânea – inadimplemento do devedor e do credor. Ex. No dia e local do pagamento não comparecem nem credor e nem devedor. Nesse caso, nenhuma das partes pode invocar a mora do outro para lhe imputar consequências. d) mora sucessiva – uma das partes incide em mora, e depois a outra. Os efeitos se compensam. 4ª AULA 27. 08. 2015. Regras sobre Mora arts. 395 a 400. a) Responsabilidade pelos prejuízos – responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização de valores monetários e honorários. b) Exigência de culpa ← ATENÇÃO! Destacou o professor! Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre em mora. Art. 396. Presunção de culpa. Cabe ao devedor demonstrar que a mora se deu não por culpa sua. Ex. Mora na devolução de coisa entregue em comodato, porque a coisa estava em lugar inacessível. c) Obrigação proveniente de ato ilícito. Art. 398. Mora desde a prática do ato. Obs. Súmula 43 STJ. Incide correção monetária sobre dívida por ato ilícito a partir da data do efetivo prejuízo. 10 Súmula 54 STJ. Juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual. Exceção: Súmula 362 STJ. A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide sobre a data do arbitramento. d) Ininvocabilidade de caso fortuito ou força maior. O devedor em mora responde pela impossibilidade da prestação embora essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força maior, se estes ocorreram durante o atraso. Ex. O locatário de veículo que não o devolve no prazo. Caracterizada a mora, o perecimento ou deterioração do carro, ainda que por caso fortuito ou força maior (assalto à mão armada, por ex.) não o isentam de responder pelos danos. A menos que prove que a demora em devolver não foi por culpa sua (Ex. defeito no motor). e) Mora do Credor. Tira a responsabilidade do devedor pela conservação da coisa e obriga ao credor a ressarcir despesas em conservar a coisa, e ainda a recebê-la pela estimação mais favorável ao credor. Purgação da Mora. Ato pelo qual o devedor ou credor corrige a anormalidade decorrente de sua falta ao cumprimento da obrigação. Tem como objetivo restituir a obrigação ao seu “status” anterior à mora. Ex. Se o locatário paga os alugueis em atraso, evita a resolução do contrato. Ocorre: pelo devedor - oferece a prestação mais a importância dos prejuízos decorrentes. Pelo credor - oferece-se para receber o pagamento e sujeitando-se aos efeitos da mora. Não pode ocorrer purgação da mora se já tiver sido ajuizada a ação. Salvo previsão expressa da lei. Ex. Lei do inquilinato (Lei 8.245/98, art. 62, II). Alienação fiduciária (Dec. Lei 911/69, art. 3º, § 2º). 5ª AULA 03.09.2015. Purgação da mora (continuação...). Obs. Sobre a alienação fiduciária, devemos anotar que a antiga relação do referido dispositivo permitia ao devedor purgar a mora somente pelo pagamento das prestações em atraso, caso já tivesse quitado mais de 40% do preço financiado. Agora prevê o texto legal (alterado pela Lei 10.931/04) que o devedor fiduciário poderá (o professor disse: deverá) pagar a integralidade da dívida pendente, segundo os valores apresentados pelo credor fiduciário na inicial, hipótese em que o bem lhe será restituído livre de ônus. 11 - Purgação da Mora por parte do Credor. Ocorre quando o credor se oferece para receber o pagamento sujeitando-se aos efeitos da mora. O material a seguir foi dado em apostila ¬ ▼ INADIMPLEMENTO MÍNIMO OU ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL. Art. 475 Retira-se do credor a possibilidade de resolução do contrato quando adimplidas grande parte das prestações sucessivas devidas pelo devedor, a última ou algumas das últimas, deixam de ser pagas, abrindo-se-lhe, a partir do descumprimento, apenas a possibilidade de execução forçada da obrigação e não a extinção do contrato. Direito potestativo é um direito sem contestação. É o caso, por exemplo, do direito assegurado ao empregador de despedir um empregado; cabe a ele apenas aceitar esta condição. É a prerrogativa jurídica de impor a outrem, unilateralmente, a sujeição ao seu exercício. Como observa Francisco Amaral, o direito potestativo atua na esfera jurídica de outrem, sem que este tenha algum dever a cumprir. Não implica, por outro lado, num determinado comportamento de outrem, nem é suscetível de violação. Segundo ainda o mesmo autor, o direito potestativo não se confunde com o direito subjetivo, porque a este se contrapõe um dever, o que não ocorre com aquele, espécie de poder jurídico a que não corresponde um dever, mas uma sujeição, entendendo-se como tal a necessidade de suportar os efeitos do exercício do direito potestativo. Os direitos potestativos podem ser constitutivos, como por exemplo o direito do dono de prédio encravado (aquele que não tem saída para uma via pública) de exigir que o dono do prédio dominante lhe permita a passagem. ↑ Visa limitar esse direito potestativo do credor de simplesmente resolver a obrigação diante do inadimplemento, independente de sua intensidade. Deve-se observar a boa-fé objetiva (art. 422 - não levar vantagem), e a função social do contrato e que o exercício arbitrário das potestades pode resultar em falha na consecução do bem comum e por consequência, injustiça. Ocorre violação de direitos constitucionais: dignidade da pessoa humana, moradia, saúde, etc... Citado em sala pelo professor ¬ ▼ Estilicídio I. A figura jurídica do “estilicídio” visa atender às situações criadas pelos proprietários que deixam ficarem os beirados dos telhados dos seus prédios urbanos a gotejar sobre prédios vizinhos. II. Uma vez constituída tal servidão – art.º 1365º do CC – o proprietário do prédio serviente não pode levantar edifício ou construção que impeça esseescoamento das águas pluviais gota a gota, devendo realizar as obras necessárias para que o dito escoamento se faça sobre o seu prédio, sem prejuízo para o prédio dominante. III. Porém, o dono do prédio beneficiado com a dita servidão não pode agravar essa forma de escoamento, designadamente reunindo essas diversas quedas numa caleira e daí encaminhar as águas para um ponto de queda único. VIOLAÇÃO POSITIVA DO CONTRATO Constitui-se no desatendimento, pelas partes, dos chamados deveres anexos ou laterais (observar os princípios da boa fé objetiva), possibilitando ao agente prejudicado com essa violação a resolução do negócio e a indenização das perdas e danos dela decorrentes. 12 A doutrina denomina o dano decorrente da violação (ou quebra) positiva do contrato, de dano informativo. E, os deveres anexos que podem caracterizar a violação positiva são: - dever de esclarecimento: art. 6º, II, CDC - informação adequada e clara sobre produtos e serviços. Ex: Instituição de ensino que divulga a abertura de curso superior sem informar que ainda não há o reconhecimento pelo MEC. - dever de proteção: (ou de cuidado) - os agentes devem evitar que suas atitudes causem risco ao direito do outro na relação jurídica. Evitar a quebra da confiança. Ex: Negativa da seguradora em renovar seguro de vida depois de vários anos de renovações automáticas. - dever de lealdade: abster-se de exigir prestações manifestamente desproporcionais à vantagem a ser auferida pela outra parte. - dever de cooperação: agir em favor do atingimento das finalidades contratadas. Ex: Plano de saúde → alteração unilateral do contrato. INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES NEGATIVAS O devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de que devia se abster. Ex: art. 1.288: o dono ou o possuidor do prédio inferior é obrigado a receber as águas que correm naturalmente do superior; não podendo realizar obras que embaracem o seu fluxo. Assim, considerar-se-á o devedor (dono ou possuidor do prédio inferior) em mora a partir do momento em que embaraçar o fluxo das águas que correm naturalmente do prédio superior, incidindo desde então os acréscimos legais às perdas e danos experimentados pelo credor (dono ou possuidor do prédio superior). RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL Pelo inadimplemento das obrigações respondem todos os bens do devedor (ar. 391). Excluem-se dessa relação os bens considerados impenhoráveis (art. 833 do novo código de processo civil). ▲ Até aqui ˩ material para a mensal do dia 10.09.2015. 6ª AULA ↓...... 09.2015. (próxima). INADIMPLEMENTO E RESPONSABILIDADE CONTRATUAL Nos contratos benéficos: responde por simples culpa o contratante, a quem o contrato aproveite, e por dolo aquele a quem não favoreça. STJ, Súmula nº 145: No transporte desinteressado, de simples cortesia, o transportador só será civilmente responsável por danos causados ao transportado quando incorrer em dolo ou culpa grave. Nos contratos onerosos: responde cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei. - O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. 13 FORÇA MAIOR: fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir, decorrente de ação humana de terceiros que se sobrepõe às forças do devedor. CASO FORTUITO: fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir, decorrente de eventos naturais e inevitáveis para as partes. Fortuito interno: decorre de causas relacionadas à atividade do agente e não exclui a responsabilidade. STJ Súmula nº 479. As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias. Fortuito externo: não se relaciona com a atividade normalmente desenvolvida. Exclui a responsabilidade. OBS: O fortuito interno não exclui a responsabilidade do agente, o externo sim. A polêmica paira, no entanto, quando se tratar de verificar o que, de fato, se deve relacionar, naturalmente, com a atividade do agente e o que não se relaciona. A respeito, tem-se entendido como hipótese de ininvocabilidade do caso fortuito ou da força maior a circunstância do agente, na relação jurídica obrigacional, praticar, ordinariamente, atividade de risco, máxime quando o prejuízo, em geral decorre da verificação de ausência de segurança que se pode esperar de um produto ou serviço. O STJ tem proferido julgados nesse sentido, dentre os quais podemos destacar a responsabilização de shoppings centers pelos danos causados à integridade física dos consumidores que nele perambulam, considerando a segurança como fator relacionado à sua atividade (fortuito interno). No caso, o entendimento pauta-se que a responsabilidade civil dos shoppings centers no caso de danos causados à integridade física dos consumidores ou aos seus bens não pode ser afastada sob a alegação de caso fortuito ou força maior, pois a prestação de segurança devida por este tipo de estabelecimento é inerente à atividade comercial exercida por ele. Outro caso interessante julgado pelo STJ: Um carro forte foi violentamente atacado por atiradores postados em um viaduto. O motorista ferido abandonou a direção do veículo, que só veio a parar contra um muro, atingindo um transeunte, matando-o. Em primeiro grau o juiz decidiu pela causa excludente do dever de indenizar, reconhecendo a ocorrência de força maior. O 1º Tribunal de Alçada Civil do Estado de São Paulo – TACivSP, modificou a sentença, sob o argumento de que a blindagem não era eficiente e a escolta não era competente para evitar que o condutor fosse atingido. No STJ, pelo volto do Min. Menezes Direito, a sentença deveria ser restaurada, porque roubo é força maior que não obriga o cumprimento do contrato de transporte. Invocou precedentes do STJ nesse sentido. Os Ministros Nilson Naves e Eduardo Ribeiro, contudo, entenderam que o transporte de valores é atividade perigosa e que não parecia razoável mandar a família do pedestre atropelado reclamar, dos autores não identificados do latrocínio, a indenização devida, quando a vítima foi morta pelo veículo da ré, que explora atividade sabidamente perigosa, com fim de lucro. Diante desse posicionamento, mandaram o transportador de valores indenizar, com base na teoria do risco a atividade. Já no caso de transporte coletivo de pessoas, o STJ tem decidido, que em caso de assalto à mão armada no interior do veículo não pode induzir à responsabilidade da empresa transportadora, por se caracterizar como fortuito externo. Mas, no caso de transporte aéreo, tem-se entendido - com inteiro acerto - pela inadmissibilidade da alegação da excludente amparada em problemas técnicos, já que tal circunstância é sabidamente um 14 risco natural desse tipo de atividade. (fortuito interno). Da mesma forma, a respeito de atraso de voo e extravio de bagagem. Entretanto, existem precedentes sobre atraso em transporte aéreo, que reconhecem como fortuito externo, suficiente para excluir a obrigação de indenizar, as paralizações (parciais ou totais) dos operadores de voo da INFRAERO, consignando que, nesses casos, mesmo querendo, as empresas não teriam como cumprir o contrato no horário convencionado. Também nas relações entre consumidor bancário e instituição financeira, não se pode invocar o assalto à agência como fortuito externo excludente da responsabilidade. O assalto ocorrido em estacionamento oferecido pela instituição financeiratambém não exclui a sua responsabilidade, dado que o seu oferecimento pelo banco se dá justamente com o objetivo de atrair o cliente a um ambiente de maior segurança. Já o assalto ocorrido na via pública, ainda que próxima da agência bancária, após o saque de valores pelo correntista, não pode ser imposto à responsabilidade do banco. Nesse caso, não há falar sequer em fortuito externo, mas em verdadeira ausência de nexo de causalidade entre o dano e qualquer ação ou inação da instituição financeira, tendo o STJ reconhecido que, na via pública, a obrigação de evitar a atuação dos criminosos é do Estado. Interessante hipótese é o caso dos assaltos conhecidos vulgarmente como “saidinha de banco”, situação que essa que possa decorrer de falha na prestação do serviço pelo banco, que passa a integrar, ainda que ao lado da inércia do poder público, o nexo de causalidade para o evento danoso. Acontece que, não raro, o próprio cliente bancário solicita à instituição financeira, através de seu funcionário, que o saque se dê em local reservado, longe dos olhos da via pública, justamente a fim de evitar o fato. Em muitos casos, porém, esse pleito não é respeitado ou nem mesmo é viabilizado para o cliente, como nas situações em que o banco o impede de realizar o saque de forma pessoa, relegando-o ao autoatendimento em caixas eletrônicos, quase sempre expostos aos olhares da via pública. Nesse caso, não há negar que o serviço não ofereceu ao consumidor a segurança que dele se pode razoavelmente esperar, situação em que se gera, ao fornecedor, a responsabilidade civil objetiva pelos resultados danosos. Final da apostila dada em 03.09.2015.
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