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cimento de ionomero de vidro 1

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Cimento de Ionômero de Vidro
A nomenclatura do cimento de ionômero de vidro se refere a um conjunto de materiais baseados na reação do pó de vidro de silicato e do ácido poliacrílico, o qual é um ionômero que contém ácidos carboxílicos. O cimento foi planejado para restaurações estéticas de dentes anteriores e restaurar dentes com preparos cavitários Classe III e Classe IV. Porém, os tipos de ionômeros de vidro aumentaram e passaram a incluir como indicação o uso como agentes de cimentação, adesivos para colagem de bráquetes ortodônticos, selantes de sulcos e fissuras, forramentos e bases, núcleos de preenchimento e restaurações intermediárias. Essas novas aplicações surgiram graças à propriedade de adesão à estrutura dentária e seu potencial de prevenir cáries.
Com a evolução, houve a necessidade de melhora das propriedades mecânicas do CIV, o que permitiu a criação de outros tipos do cimento. Com a incorporação de partículas de metal surgiu o cimento de ionômero de vidro reforçado por metal. Houve a substituição de parte do ácido poliacrílico por monômeros hidrófilos, o que resultou no chamado cimento de ionômero de vidro modificado por resina, que possui dupla ativação: fotoativação ou ativação química. O uso de um líquido não-aquoso que contenha um monômero poliácido no lugar do ácido poliacrílico, permitiu a criação de uma resina composta modificada por poliácido, chamado de compômero.
O tamanho das partículas bem como a composição química das mesmas varia para cada modificação do ionômero, mas essencialmente trata-se de um cimento de fluoraluminiossilicato, com partículas que variam de 15 a 50 micrômeros. O material original é atualmente chamado de CIV convencional.
Graças a sua capacidade de liberação de fluoretos, o CIV é especialmente utilizado em pacientes com alto risco de carie. 
Composição
O pó do ionômero é um vidro de fluoraluminiossilicato de cálcio solúvel ao ácido. Os materiais em estado bruto são fundidos e formam um vidro uniforme. A adição de lantânio, estrôncio, bário ou óxido de zinco promove a radiopacidade. O vidro é moído até formar um pó com partículas de 15 a 50 micrômeros. Em sua forma original, o líquido do CIV era de uma solução aquosa de ácido poliacrílico na concentração de 40% a 50%, com uma consistência muito viscosa que tendia a geleificar ao longo do tempo. Na maioria dos cimentos atuais, o ácido forma um copolímero com os ácidos itacônico, maléico ou tricarboxílico, os quais aumentam a reatividade do líquido e diminui sua viscosidade. O ácido tartárico, também presente no líquido, melhora as características de manipulação e aumenta o tempo de trabalho. Porém há redução no tempo de presa.
Usa-se o poliácido congelado a vácuo na forma de pó, que é colocado no mesmo frasco com o pó de vidro, como uma forma de estender o tempo de trabalho do CIV. O líquido consiste em água ou em uma mistura de água e ácido tartárico. Esse tipo de cimento é chamado de ionômero de vidro que toma presa por água.
Química da Reação de Presa	
Quando o pó e o líquido são misturados para formar uma pasta, o ácido condiciona a superfície das partículas de vidro e íons cálcio, alumínio, sódio e fluoreto são liberados para o meio aquoso. O ácido poliacrílico forma ligações cruzadas com os íons cálcio, que são substituídos pelos íons alumínio. Esta fase de ligações cruzadas torna-se hidratada, a partir da mesma água usada para a mistura, num processo chamado de maturação. Alguns íons de sódio podem substituir íons de hidrogênio dos grupos carboxílicos. Os íons restantes de sódio, com os íons fluoreto, são dispersos dentro do cimento que já tomou presa. Sendo assim, o cimento que tomou presa consiste em um aglomerado de partículas do pó que não reagiram, envolvidas por um gel de sílica de polissais de cálcio e alumínio hidratados.
A água tem um papel crítico na reação de presa do CIV. Inicialmente, ela serve como um meio para a reação, pois ela hidrata a matriz formada de ligações cruzadas, permitindo a formação de uma estrutura gel estável mais resistente. Assim, se o cimento recém-misturado for exposto ao meio ambiente sem nenhuma camada de proteção, a superfície irá apresentar fendas e trincas, como resultado da desidratação. Porém, qualquer contaminação com água que aconteça durante a sua colocação, e até mesmo por algumas semanas após sua inserção, pode causar a dissolução da matriz formada por cátions e ânions nas áreas circundantes.
Mecanismos de adesão
O mecanismo pelo qual o ionômero de vidro adere à estrutura dentária ainda não foi claramente identificado. Entretanto, parece haver poucas dúvidas que esse mecanismo envolve a quelação dos grupos carboxílicos dos poliácidos com o cálcio do esmalte e da apatita da dentina. A resistência de união ao esmalte é sempre maior que na dentina, em virtude do maior conteúdo inorgânico do esmalte.
Propriedades do CIV:
Os CIV são materiais muito utilizados na Odontologia moderna devido às suas propriedades clínicas, que incluem liberação de flúor, adesividade à estrutura dentária, coeficiente
de expansão térmico-linear semelhante à estrutura dentária, poder antimicrobiano e atividade anticariogênica.
Propriedades Biológicas
Os ionômeros de vidro liberam fluoretos em quantidades comparáveis àquelas liberadas inicialmente pelos cimentos de silicato e mantêm a liberação por um longo tempo. Isto promove sua característica bactericida e/ou bacteriostática. Muitos estudos têm demonstrado que os ionômeros de vidro são relativamente biocompatíveis. Eles ocasionam maior reação pulpar que o OZE, mas geralmente menor do que o cimento de fosfato de zinco.
Propriedades Físicas 
O CIV possui propriedades de resistência à compressão e à tração diametral. O seu módulo de elasticidade é baixo em relação a outros materiais, como o do fosfato de zinco. Assim, o CIV é menos rígido e mais suscetível à deformação elástica.
Outra propriedade particularmente importante para seu uso como material restaurador é a sua tenacidade à fratura. Assim, quando comparados com às resinas compostas, os CIVs são muito inferiores.
Procedimentos críticos para restaurações de cimento de ionômero de vidro:
 Para se obter uma restauração de longa duração, várias condições devem ser satisfeitas: o preparo adequado da superfície da cavidade, a fim de obter a adesão; uma manipulação apropriada, para obter-se uma mistura adequada para o trabalho; e o acabamento e a proteção da superfície durante a maturação do cimento. Neste sentido, sabe-se que as etapas de proporcionamento e manipulação de um CIV são críticas, pois estas podem alterar as propriedades mecânicas e físicas da restauração final.
Superfície dentária:
A superfície dentária deve apresentar-se limpa e seca, mas não ao extremo. A limpeza pode ser feita com pedra-pomes e água para remover a smear-layer que é produzida durante o preparo da cavidade. O método recomendável é aplicar uma solução de ácido poliacrílico que também altera a energia superficial e expõe a estrutura dentária mineralizada para a difusão do ácido e as trocas iônicas a 10% sobre a superfície de 10 a 15 segundos seguida de uma lavagem com água por 30s. Essa remoção da smear-layer com os túbulos ainda obliterados é chamada de condicionamento. Após o condicionamento e a lavagem, a superfície deve ser seca para permitir a adesão do cimento à estrutura dentária.
Quando não se faz o preparo cavitário a dentina e o cemento devem ser limpos com pasta de pedra-pomes e água, seguindo-se uma aplicação do ácido poliacrílico por 5s ou mais. O objetivo do debridamento com pedra-pomes é remover a camada superficial rica em flúor que poderia comprometer o processo de condicionamento da superfície. 
O uso da clorexidina na desinfecção de cavidades previamente à aplicação de materiais restauradores ou associados aos mesmos contribui para a redução das bactérias residuais na cavidade e diminui a incidência de cárie secundária. Todavia, os desinfetantes cavitários podem afetar aadesão entre a dentina e o ionômero de vidro, pois os ionômeros se aderem à superfície dentária se ligando ao componente inorgânico por uma reação de quelação entre o dente e o ionômero e alguns desinfetantes podem impedir essa reação promovendo aumento da microinfiltração.
Material:
A relação pó/líquido recomendada pelo fabricante deve ser seguida. Qualquer redução nesta relação afeta de maneira adversa as propriedades do cimento endurecido e a sua suscetibilidade à degradação no meio oral. Um bloco de papel ou uma placa de vidro seca e resfriada podem ser usados para retardar a reação e aumentar o tempo de trabalho. 
O pó e o líquido só serão dispensados na placa de manipulação momentos antes do início da espatulação. Uma exposição prolongada ao ar do consultório pode alterar a precisão da relação ácido/água no líquido. O pó é rapidamente incorporado ao líquido, usando-se uma espátula rígida. O tempo de manipulação não deve exceder 45 a 60 segundos. A essa altura, a mistura deve apresentar uma superfície lustrosa; tal superfície indica a presença do poliácido que não foi ainda usado na reação de presa. Este ácido residual assegura a união adesiva ao dente. Se a espatulação for prolongada, aparecerá uma superfície opaca, sem brilho o que mostra que já se passou o tempo de presa e os grupos carboxílicos são insuficientes para promover a adesão. Uma vez que o tempo exato para a manipulação difere entre vários produtos, é importante que o tempo sugerido seja seguido. 
Os ionômeros de vidro do tipo II também são embalados em cápsulas contendo o pó e o líquido pré-proporcionados. Por sua vez, os cimentos de ionômero de vidro encapsulados têm a vantagem de manter constante a proporção pó/líquido recomendada pelo fabricante para otimizar as propriedades do material. As alterações dimensionais durante a presa dos cimentos de ionômero de vidro encapsulados são menores que as alterações dos cimentos fornecidos em frascos. Com esta apresentação faz-se a manipulação em um amalgamador. Esta cápsula possui uma cânula que permite que a mistura seja injetada diretamente na cavidade, sem demora. 
A velocidade do amalgamador também é crítica devendo-se seguir as recomendações do fabricante. As vantagens das cápsulas são: a conveniência, o controle consistente da relação pó/líquido e a eliminação das variações associadas à espatulação manual. Entretanto o sistema manual permite um maior controle da quantidade de cimento necessária para uma situação específica e também permite uma capacidade maior de mistura de tonalidades, ajustando o pó para se obter o resultado estético desejado. 
Resumo manipulação:
Apresentação: 
frasco de pó 
frasco de líquido 
Acessórios: placa de vidro ou bloco de papel e espátula de plástico ou de metal, dependendo do uso do material e medidor de pó. 
Coloca-se a quantidade de pó recomendado para cada caso sobre a placa de vidro ou bloco de papel (um pra um).
Divide-se o pó em duas metades. 
Goteje o líquido com o frasco na posição perpendicular. 
Aglutina-se a primeira metade do pó ao líquido e manipula-se por 15 segundos,
Adiciona-se o pó restante a massa e manipula-se por mais 15 segundos obtendo-se uma massa cremosa, vítrea e úmida. 
A modificação na proporção pó/líquido altera profundamente as propriedades do cimento.
Falta de líquido ------> pouca adesividade 
Excesso de líquido--> porosidade, aumento de solubilidade, diminuição da resistência à fratura e ao desgaste. 
Inserção do material:
O cimento manipulado é imediatamente condensado através de instrumentos plásticos (como seringas) ou injetado na cavidade. A inserção do material de ionômero de vidro modificado com resina pode ser feito através de duas técnicas: a única e a incremental. E qualquer demora nesta colocação faz com que o cimento apresente uma aparência opaca, o que denota uma progressão da reação de presa a um ponto tal que os grupos carboxílicos livres são insuficientes para promover a adesão à estrutura dentária. 
Imediatamente após a condensação é feita uma compressão com uma matriz ajustada. Ela promove um máximo de delineamento, diminuindo assim o tempo necessário para o acabamento. Além disso, a matriz assegura a melhor integridade possível da superfície e protege o cimento endurecido contra a perda de água e contra o contato com os fluidos do meio bucal, durante a presa inicial. A matriz é deixada em posição por 5 minutos no mínimo, embora este tempo varie entre os produtos comerciais, em função da velocidade do tempo de presa.
Após a remoção da matriz a superfície dever ser imediatamente protegida, enquanto o excesso de material é removido das margens. Se utilizarmos o verniz, ele não deve ser seco por ar comprimido, mas simplesmente pelo ar ambiente. O ar comprimido pode deslocar o verniz e desidratar a superfície exposta do cimento novo, produzindo trincas. Seria ainda melhor se a superfície fosse recoberta com um componente único, como um agente de união resinoso sem carga e fotoativado. Esta resina forma uma camada mais impermeável. Deve-se dar preferência a instrumentos manuais, em lugar dos rotatórios, para o desgaste das margens, de maneira a evitar a formação de valas marginais, enquanto o cimento ainda está um pouco amolecido. 
Acabamento da superfície do cimento endurecido:
Se existir a necessidade de acabamentos adicionais, deverão ser feitos pelo menos após 24 horas. Com alguns dos cimentos de presa mais rápida, recomenda-se um tempo de espera para acabamento de 10 minutos. Entretanto, quanto maior for a espera, o cimento estará mais maduro e menor será o risco de se produzirem alterações na superfície, ou a tendência da restauração de se tornar ligeiramente mais opaca. 
Procedimentos pós-operatórios:
Antes de se dispensar o paciente, a restauração deve ser novamente recoberta com um agente protetor, uma vez que as áreas desgastadas expõem o cimento, tornando-o mais vulnerável ao meio bucal. Isto acontece até que ele atinja a completa maturidade. Se não forem seguidas estas recomendações, aparecerá uma superfície leitosa e com trincas. Estas estão associadas à falta de proteção através de uma matriz, de um verniz, de um agente de união resinoso ou de uma manipulação inadequada, como por exemplo, ao utilizar-se uma baixa relação entre pó/líquido. E é também provável que as restaurações apresentem com o tempo um certo grau de desidratação. 
Resumo: cuidados durante a técnica clínica:
Cuidados com o pó e o líquido:
Os frascos devem estar bem fechados para evitar o ganho ou a perda de água já que os cimentos de ionômero de vidro são essencialmente hídricos. 
O líquido não deve estar armazenado na geladeira devido a suas propriedades originais. 
Cuidados com o cimento encapsulado:
Utilizar a cápsula o mais rápido possível após o rompimento da envoltura que a protege do meio ambiente, deve ser desprezada após um mês. 
Pressionar o clipe que envolve o reservatório por 2 segundos, o que garantirá a passagem do líquido para todo o interior da cápsula.
Usar o triturados próprio fornecido pelo fabricante ou um que possibilite 4000 rpm
Proporcionamento do Pó/líquido:
A adição de pouco pó resulta em uma mistura fluida, aumenta a solubilidade e diminui a resistência à abrasão.
A adição de muito pó origina um menor tempo de trabalho e de presa, diminui a adesividade e da mesma forma reduz a translucidez.
O pó e o liquido devem ser proporcionados de acordo com a instrução do fabricante.
O frasco de pó deve ser agitado antes de sua utilização com a finalidade de evitar-se que quantias exageradas de partículas de vidro ou ácido liofilizado sejam proporcionados com o líquido. 
O frasco deve ser posicionado na vertical e a uma distância que permita a livre saída da gota.
O tempo de aglutinação deve ser de acordo com o fabricante.
Cuidados para prevenir falhas:
Limpar e secar a cavidade preparada.
Usar proporção pó/líquido correta.
Inserir material com brilho úmido.
Prevenir contaminação com umidade.
Não remover a matriz precocemente.
Na remoção inicialdos excessos, realizar movimentos com a lâmina de bisturi da restauração para o dente.
Realizar acabamento na próxima sessão ( da restauração para o dente).
Cuidados para a prevenção de erosão:
Usar proporção pó/líquido correta.
Prevenir contaminação com umidade.
Aplicar proteção superficial imediatamente após a restauração.
Cuidados para diminuir a porosidade e o manchamento:
Comprimir o material com matriz durante 5 min. (quimicamente ativado) ou durante a polimerização (fotoativado).
Não inserir o cimento após a perda do brilho úmido.
Realizar o acabamento e o polimento tardios com instrumentos lubrificados e sob refrigeração de spray ar/água.
Cuidados para a prevenção de trincas/rachaduras:
Não usar baixa proporção pó/líquido.
Proteger a restauração imediatamente após a retirada da matriz.
Não sobre aquecer a restauração durante o acabamento e polimento.
Não dar acabamento sobre jatos de ar.
CIV modificado por metais
Os cimentos de ionômero de vidro não são tão resistentes assim sendo, não são capazes de suportar altas concentrações de estresse. Por isso tem-se tentado melhorar sua resistência a fratura e ao desgaste acrescentando partículas metálicas em sua composição. Dois métodos de modificações têm sido empregados: o primeiro é a mistura de partículas esféricas do pó para amálgama com o pó do ionômero de vidro tipo II; este cimento é chamado de mistura com liga de prata. O segundo é a fusão de partículas de prata com partículas de ionômero de vidro; este cimento é conhecido como cerment.
Propriedades gerais:
Pela incorporação de 40% em peso de partículas micro finas de prata (<35μm) que
foram sinterizadas sob pressão resultando em partículas de pó de vidro recobertas com prata. As partículas dos Cermets resultantes são mais arredondadas e a presença de prata leva à uma manipulação facilitada, com um potencial para alta densidade e baixa
porosidade na restauração final. A prata confere melhor resistência à abrasão, à
compressão e à fratura. Entretanto a adesão à dentina e as características estéticas são reduzidas.
Liberação de flúor:
A liberação de flúor dos dois sistemas se dá em quantidades apreciáveis. Contudo, nota-se que a quantidade de flúor liberado no cimento tipo Cermet é menor do que a liberada nos cimentos convencionais tipo II. Isso ocorre porque as partículas de vidro que contém fluoreto estão cobertas por uma camada de metal. Já os cimentos adicionados de liga de prata liberam mais flúor do que os convencionais tipo II, porém a quantidade liberada diminuí com o tempo. Uma explicação para isso pode ser que as partículas de carga metálica não estão aderidas a matriz do cimento e com isso criam-se caminhos para a troca de fluídos, assim aumenta a área de superfície de liberação de flúor. 
Considerações clínicas:
È geralmente utilizado em restaurações posteriores e conservadoras de classe I nos pacientes jovens e com predisposição à cáries, sendo uma alternativa ao uso de amálgama e resinas compostas. Também são indicados para construção de núcleos de bases conservadoras, pois tem alto poder de adesão e resistência a cárie, mas com baixa resistência a fratura e alta fragilidade.
CIV modificado pela adição de resinas
 A sensibilidade à umidade e a baixa resistência dos CIVs são resultados da lenta reação de ácido-base. A adição de alguns grupos funcionais fotopolimerizáveis pode suprir estas desvantagens. No mercado são encontrados com vários nomes, porem podemos chamar de CIV modificado pela adição de resinas.
Composição e reações de Presa: 
O componente pó de um material fotopolimerizado consiste em íons de vidro e ativadores para a polimerização por luz ou química, ou ambas. O componente líquido usualmente contém água, ácido poliacrilico, ou ácido poliacrilico com alguns grupos carboxílicos modificados com monômeros de metacrilato e de hidroxietil-metacrilato. Os últimos dois componentes são responsáveis pela polimerização. A reação presa inicial do material ocorre pela polimerização dos grupos metacrilato.
Propriedades Físicas: 
Suas propriedades são bastante variadas em relação aos CIVs convencionais devido à presença de resinas polimerizáveis e uma menor quantidade de água e ácidos carboxílicos no líquido. A redução na translucides do material é a diferença mais notável. A liberação do flúor compara-se a liberação dos CIVs convencionais.
Resistência dos Ionômeros de Vidro Modificado pela Adição de Resinas: A resistência à tração diametral são maiores que dos CIVs convencionais devido principalmente a maior quantidade de deformação plástica que pode ser experimentada antes que a fratura ocorra.
Adesão a Estrutura Dentaria: 
Semelhante aos CIVs convencionais, ou seja se adere à partir da quelação dos grupos carboxílicos dos poliácidos com o cálcio da apatita do dente.
Adesão a Outros Materiais Restauradores: 
Os CIVs modificados por resinas são empregados principalmente como forramentos e bases, embora também possam ser usados para restaurações. A sua adesão com outros materiais restauradores é fundamental, principalmente a resinas compostas. Alem do mais comparados aos CIVs convencionais sua resistência de união é maior do que a das resinas compostas, isso provavelmente é devido aos grupos funcionais não-polimerizados residuais que se encontram nos CIVs convencionais.
Adaptação Marginal:
 Os CIVs modificados pela adição de resinas devem exibir maior grau de contração durante a presa, como resultado da polimerização.
Sensibilidade a Água: 
A adição de grupos funcionais de metacrilato faz com que reduza a sensibilidade dos CIVs à água. Este cimento pode sofrer desidratação ou ainda absorver água, produzindo alterações dimensionais significativas.
Considerações Clínicas: 
A sua biocompatibilidade é comparada aos CIVs convencionais, assim os mesmos cuidados que se toma com um, devemos tomar com o outro, como por exemplo, o uso do hidróxido de cálcio para reparos profundos.
CIV Usado como Selante para Fissuras:
 Uma propriedade desejável para qualquer empregador em pacientes com alta probabilidade de desenvolver carie é o efeito cariostático. Assim, os CIVs são candidatos viáveis para serem utilizados como selantes para fissuras. Todavia, o ionômero tradicional é um tanto viscoso, o que impede a penetração na profundidade da fissura.
Bibliografia:
ANUSAVICE, Kenneth J. Materiais Dentários. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2009. p. 312-320.
http://www.sswhite.com.br/dicas/dicas_tec03.htm
http://www.sbpcnet.org.br/livro/58ra/SENIOR/RESUMOS/resumo_2433.html
	
www.revistargo.com.br/include/getdoc.php 
http://teses.ufrj.br/COPPE_M/TaisMunhozMachadoGarciaDeOliveira.pdf
http://oa.1000grad.com/index.php/Pediatric_Dentistry_jbp/article/viewFile/212/195
http://www.forp.usp.br/restauradora/dentistica/temas/cim_ion_vid/cim_ion_vid.pdf

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