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Microsoft Word - Direitos reais AULA

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Prof. Élcio Nacur Rezende 1 
DIREITO CIVIL III 
DIREITO DAS COISAS 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS 
 
1.1. Conceito 
Relação das pessoas com as coisas (notícia histórica) 
Distinção entre Bem (não apropriável) e Coisa (apropriável) 
 
 
 
1.2. Distinção entre direitos reais e pessoais 
 
Direitos Reais (ius in re) Direitos Pessoais (ius ad rem) 
Recai sobre a coisa Relação entre pessoas 
Atributivo Cooperativo 
Permanência, inconsumibilidade Transitoriedade 
Direito de Seqüela Consumível 
Erga omnes Inter partes 
 
 
 
 
Princípios do Direito Real: 
taxatividade – 1225 
aderência, especialização ou inerência 
absolutismo 
publicidade ou visibilidade – 1226-tradição e 1227-registro 
tipificação ou tipicidade 
perpetuidade 
exclusividade 
desmembramento 
 
Situações intermediárias entre direitos reais e pessoais (Obrigações propter 
rem) 
 
Ações reais (Ação Reivindicatória – art. 1228) 
 
 
Prof. Élcio Nacur Rezende 2 
 
Classificação dos direitos reais: 
coisa própria ou alheia (alheia de gozo ou alheia de garantia) 
Principais 
Acessórios 
 
 
Tipicidade estrita dos direitos reais (numerus clausus- art. 1225) 
 
 
1.3. Noções gerais sobre a sub-rogação 
Sub-rogação real 39 / Sub-rogação pessoal 305, 1478, 259 
Sub-rogação legal 346, 350/ Sub-rogação convencional 347 
 
 
 
2. DA POSSE 
 
2.1. Origem. Conceito. Objeto 
 
Posse e Propriedade. 
Juízo Possessório (ius possessionis) – 1196, 1201 e 1202 
Juízo Petitório (ius possidendi) 
 
 
Corpus e Animus 
Rudolf Von Jhering (teoria objetiva) - 1196 
Frédéric Charles Savigny (teoria subjetiva) – 1238, 1198 
 
Detentor, fâmulo da posse ou servidor da posse (1198) 
 
Atos de mera permissão e tolerância - 1208 
 
 
 
 
2.2. Natureza Jurídica 
Prof. Élcio Nacur Rezende 3 
 
Fato ou Direito? 
Jhering (direito), Clóvis Beviláqua (fato), Savigny (fato e direito) 
 
 
 
2.3. Modalidades 
 
Direta e Indireta = concorrência de posses – 1197 
Posse justa: nec vim, nec clam, nec precário – Critério objetivo - 1200 
Boa-fé (presumida) 1201 e 1202 e Má-fé – Critério Subjetivo 
Princípio da Continuidade - 1203 
Posse nova e Posse velha (ação de força nova e velha – 924 CPC) 
Posse natural e Posse civil ou jurídica (decorrente de lei) 
Posse ad interdicta (interditos possessórios) e ad usucapionem (1242) 
Quase-posse (servidão, usufruto) 
Composse (pro diviso e pro indiviso)– 1199 
 
 
 
 
 
2.4.Modos Aquisitivos 
 
Modo originário e Modo Derivado 
Qualquer dos poderes inerentes à propriedade (ius utendi, fruendi et abutendi) 
– 1204 
Apreensão, exercício do direito, tradição (efetiva, simbólica (brevi manu e constituto 
possessório) e consensual), 
 
 
Quem pode adquirir a posse? Própria pessoa, seu representante, terceiro – 
1205 
 
 
Transmissão a título universal e singular 
Transmissão inter vivos ou mortis causa (1206 e 1207) 
 
 
Posse dos móveis contidos em imóveis - 1209 
 
Prof. Élcio Nacur Rezende 4 
 
 
 
2.5.Perda 
 
Cessa o poder sobre o bem – 1223 (abandono, tradição, destruição, colocação 
fora do comércio, posse de outrem, constituto possessório) 
 
Quem não presenciou, quem presenciou ou teve notícia e ficou inerte, ou 
tentou recuperá-la e foi repelido – 1224 
 
 
 
 
 
2.6.Efeitos 
 
Direito ao uso dos interditos (inclusive autodefesa – desforço imediato 1210 
§1° e 25 CP) – interdito proibitório, manutenção da posse e reintegração da 
posse – 1210 - Matéria Processual 920CPC 
 
Procedimentos especiais: A ação de despejo (Lei 8245/91), Alienação 
Fiduciária (Dec. 911/69), Arrendamento mercantil (leasing) 
A presença do cônjuge (ação pessoal ou real) – 10, §2° CPC 
 
 
Dúvida sobre o possuidor, a manutenção - 1211 
Legitimação ativa e Passiva: a posição do detentor, possuidor direto e indireto, 
herdeiro 1207, terceiro que recebeu a coisa esbulhada - 1212 
Não aplicabilidade às servidões não aparentes - 1213 
Conversão da possessória em indenização e cumulação de pedidos 921CPC 
A fungibilidade das possessórias 920CPC 
Caráter dúplice 922CPC 
A exceção de domínio: Distinção de ius possessionis e ius possidendi 923 
CPC e 1210§2°CC. Súmula 487STF 
Ação de força nova e força velha 924CPC 
A prestação de caução 925CPC 
Requisitos: Posse, Turbação, Esbulho, Data da turbação ou esbulho 927CPC 
 
Prof. Élcio Nacur Rezende 5 
Procedimento: petição inicial, liminar e audiência 928CPC (pessoa de direito 
público 928§ún.CPC, recurso cabível 522CPC, execução da liminar), 
contestação 930CPC, execução da sentença com astreintes, embargos do 
executado, embargos de retenção, embargos de terceiro 1046 e 1047CPC 
 
Interdito Proibitório 932CPC: características e requisitos, astreinte 
 
Ação de Imissão de Posse (petitória), Ação de Nunciação de Obra Nova 934, 
I,CPC com Embargo Extrajudicial 935CPC, Embargos de Terceiro 1046CPC, 
Ação de Dano Infecto 1277 a 1280 CC 
 
A função social da propriedade e posse (170,III CF, 186CF), Os movimentos 
sociais 
 
 
 
Direito à percepção dos frutos (naturais, civis e industriais) – 1214 
 
 Boa-fé Má-fé 
Frutos percebidos Sim – 1214 Não – 1216. 
Porém recebe as 
despesas de 
custeio 
Frutos pendentes Não – 1214 § un. Porém 
recebe as despesas de 
custeio 
Não – 1216. 
Porém recebe as 
despesas de 
custeio 
Frutos colhidos antecipadamente Não – 1214 § un. Porém 
recebe as despesas de 
custeio 
 Não. Porém 
recebe as 
despesas de 
custeio 
 
 
 
 
Responsabilidade por perda e deteriorações 
 
 Boa-fé – 1217 Má-fé - 1218 
 
Não, exceto se agir com culpa ou dolo Sim, exceto se provar que de 
qualquer forma teria ocorrido o 
sinistro 
 
 
 
 
Prof. Élcio Nacur Rezende 6 
Indenização por benfeitorias e Direito de retenção 
 
 Boa-fé – 1219 Má-fé - 1220 
Necessárias Sim com retenção Sim sem retenção 
Úteis Sim com retenção Não 
Voluptuárias Não. Porém com levantamento Não 
 
 
 
Valor: atual 1222 Valor: atual ou custo 1222 
 
 
 
Compensação das benfeitorias com danos – 1221 
 
 
Súmula: 335 do STJ 
Nos contratos de locação, é válida a cláusula de renúncia à 
indenização das benfeitorias e ao direito de retenção. 
 
 
 
 
 
 
 
3. DA PROPRIEDADE, NOÇÕES GERAIS, CONCEITOS E ESPÉCIES 
 
Notícia histórica (ius utendi, fruendi et abutendi) 
 
 
A mitigação do absolutismo dos direito de propriedade: 
A finalidade social da propriedade (art.5°, XXIIICF, 170 e 186, art. 1228§1° e 
§4°CC, art. 10 Lei 10257/01, art. 187CC) 
O Direito Administrativo 
O Código Eleitoral 
Os Direitos de Vizinhança 
Atos voluntários (cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade e 
incomunicabilidade) 
 
 
 
Objeto do Direito de Propriedade - 1228 
A utilidade e interesse (negação do ad sidera et ad ínferos) – 1229 
A utilização do sub-solo – 176 e 177CF e 1230 
Presunção de plenitude e exclusividade – 1231 
Prof. Élcio Nacur Rezende 7 
Princípio da Gravitação Jurídica – 1232 
 
 
 
A Ação Reivindicatória 
Legitimidade Ativa e Passiva (condômino 1314, herdeiro 1784) 
A declaração de servidão: Ação Negatória X Ação Confessória 
A Ação de Dano Infecto 1280 
 
 
 
Descoberta (antiga invenção). Res derelicta – 1233, Recompensa 1234, 
Procedimento 1236 e 1237 
 
 
 
 
 
3.1. Propriedade Imóvel 
 
3.1.1. Aquisição e perda da propriedade 
 
Classificação: 
Originária ou Derivada 
Singular ou Universal 
Inter vivos ou mortis causa 
 
Formas de aquisição: Usucapião, Registro, Acessão e Direito Hereditário 
 
A Usucapião: Usucapio – capere (tomar) e usus (uso) 
A Prescrição aquisitiva – 1244 
 
Espécies: 
Extraordinária – 1238 
Ordinária –1242 
Especial rural (pro labore) – 191CF e 1239 
Especial urbana – 183CF e 1240 
Coletiva urbana – 10 da Lei 10257/01 
 
 
Prof. Élcio Nacur Rezende 8 
Disposições transitórias – 2029 e 2030 
 
 
Pressupostos: 
Coisa hábil – bens públicos 102 
Posse (animus domini ou animus rem sib habendi), mansa e pacífica 
Tempo ininterrupto. Acessão (acessio possessionis e sucessio possessionis) – 
1243 e 1207 
Justo título (ordinária) 
Boa-fé (ordinária) 
 
A sentença servirá de registro – 1241 
A Ação de Usucapião – 941CPC 
 
 
Resumo: 
 Tempo Título Boa-fé Área Observações 
Extraordinária 15 ou 10 Não Não Ilimitada Para reduzir o tempo deve 
haver moradia ou 
produção 
Ordinária 10 ou 05 Sim Sim Ilimitada Para reduzir o tempo deve 
ter adquirido o imóvel 
onerosamente, com 
registro, posteriormente 
cancelado e moradia ou 
produção. 
Especial rural 05 Não Não 50 há Não ser proprietário de 
outro imóvel, produção e 
moradia 
Especial 
urbana 
05 Não Não 250 m2 Não ser proprietário de 
outro imóvel, moradia, 
única vez 
Coletiva 
urbana 
05 Não Não 250 m2 População de baixa renda, 
moradia, não for possível 
identificar os terrenos 
individualmente, não ser 
proprietário de outro 
imóvel. 
 
 
 
 
Registro 
Prof. Élcio Nacur Rezende 9 
 
A importância do registro imobiliário - 1245 
 
Atos sujeitos ao registro – 167 da Lei 6015/73 
 
Prenotação - 1246 
 
 
Princípios que regem o registro imobiliário: 
Publicidade – 17 da Lei 6015/73 
Força probante relativa – 1245§2º e 1247 
Força probante absoluta – apenas para o Registro Torrens – 277 da Lei 
6015/73 
Legalidade – O oficial de cartório analisará o título e o registrará se cumpridos 
os requisitos legal, caso contrário suscitará dúvida – 198 da Lei 6015/73 
Territorialidade – 169 da Lei 6015/73 
Continuidade – 195 da Lei 6015/73 
Prioridade – 191 e 192 da Lei 6015/73 
Especialidade – 225 da Lei 6015/73 
Instância ou inércia – 13 da Lei 6015/73 
 
 
Matrícula – 176, §1º c/c 228 da Lei 6015/73 
Registro (R) – 167, I 
Averbação (Av.) – 167, II 
 
 
Livros obrigatórios - 173 da Lei 6015/73: 
Protocolo- entrada dos pedidos 
Registro Geral 
Registro Auxiliar 
Indicador Real 
Indicador Pessoal 
 
 
Retificação de registro – 1247 e 212 da Lei 6015/73: 
Judicial 
Extrajudicial – erro evidente 
 
 
Prof. Élcio Nacur Rezende 10
 
 
Acessão 
 
Acessão por formação de ilhas, por aluvião, por avulsão, por abandono de 
álveo, por construções e plantações – 1248 
 
 
Classificação: 
Acessão de imóvel a imóvel (formação de ilhas, por aluvião, por avulsão, por 
abandono de álveo) 
Acessão de móvel a imóvel (construções e plantações) 
Acessão físicas ou naturais (formação de ilhas, por aluvião, por avulsão, por 
abandono de álveo) 
Acessão industrial (construções e plantações) 
 
 
Acessão por formação de ilhas 
Conceito - 1249 
Pertencem aos ribeirinhos – 1249 
Conceito de álveo – art. 9° do Dec. 24643/34 (Código de Águas) 
Rios navegáveis são águas públicas – art. 2° Dec. 24643/34 (Código de 
Águas) 
 
 
Acessão por aluvião 
Conceito - 1250 
Pertencem aos terrenos marginais – 1250 
Aluvião própria – acréscimo de terra 
Aluvião imprópria – afastamento das águas 
 
 
Acessão por avulsão 
Conceito – 1251 
Regra de indenização, decadência (01 ano) ou aquiescência – 1251 
Aplica-se à avulsão as regras da aluvião no que couber – art. 22 Dec. 
24643/34 (Código de Águas) 
 
Prof. Élcio Nacur Rezende 11
 
Álveo abandonado 
Conceito 
Pertencem aos ribeirinhos – art. 1252 
 
 
Por construções e plantações 
Benfeitoria (constrói em coisa que acredita ser sua) X Acessão (sabe que o 
terreno não é seu) 
Presunção que pertence ao proprietário do imóvel – 1253 
 
 
 
 Boa-fé Má-fé 
Semeia, planta ou edifica em 
terreno próprio com semente 
alheia – 1254 
 
Adquire, mas indeniza Adquire, indeniza e paga 
perdas e danos 
Semeia, planta ou edifica em 
terreno alheio – 1255 
Perde para o proprietário, 
com direito à indenização 
Perde para o proprietário sem 
direito à indenização 
Semeia, planta ou edifica em 
terreno alheio, cujo valor 
supere consideravelmente a 
terra nua – 1255, par. ún. 
Adquire, mas indeniza Perde para o proprietário sem 
direito à indenização 
 Ambas as partes com Má-fé: 
o proprietário adquire as 
sementes, plantas e 
construções e indeniza - 1256 
Construção parcialmente em 
solo próprio, invasão não 
superior à vigésima parte, 
cujo valor supere à terra nua 
– 1258 
O construtor adquire o solo 
invadido, mas indeniza a 
parte invadida e a 
desvalorização do 
remanescente 
Adquire, mas indeniza em 
décuplo 
Invasão superior à vigésima 
parte 
Adquire, indeniza o valor 
que acrescer à construção, 
mais o da área perdida e a 
desvalorização do 
remanescente 
Demolir e indeniza em dobro 
 
Presunção de má-fé quando presenciou e ficou inerte – 1256 
 
 
Prof. Élcio Nacur Rezende 12
 
Direito hereditário - 1784 
Saisine 
 
 
 
 
Perda da propriedade imóvel: 
 
Causas: alienação, renúncia, abandono, perecimento da coisa, desapropriação 
– 1275 
 
Imóvel urbano abandonado e desocupado, após 03 anos poderá se arrecadado 
e após 3 anos passar a ser de propriedade do Município ou Distrito Federal – 
1276. 
Imóvel rural abandonado e desocupado, após 03 anos poderá se arrecadado e 
após 3 anos passar a ser de propriedade da União – 1276§1° 
 
Presunção quando não pagar os impostos (IPTU ou ITR) 
 
 
 
 
 
 
3.1.2. Condomínio 
 
Conceitos – direitos de proprietário exercidos por mais de uma pessoa 
 
Espécies: 
Quanto à origem – convencional ou voluntário, eventual, legal ou necessário 
Quanto à forma – pro diviso ou pro indiviso 
Quanto ao tempo – transitório ou permanente (parede divisória) 
Quanto ao objeto – singular ou universal 
 
 
 
 
Do condomínio voluntário: 
 
Prof. Élcio Nacur Rezende 13
Direitos - 1314: Usar conforme destinação, exercer os direitos compatíveis 
com a indivisão, reivindicar de terceiros, defender sua posse, alhear e gravar 
sua parte ideal 
 
Deveres – 1314 par. Ún., 1315, 1319: não alterar a destinação da coisa, não 
dar posse, uso ou gozo a estranhos, concorrer para as despesas, responder 
pelos frutos que recebeu e pelo dano que causou 
 
Presunção de partes iguais – 1315 par. Ún. 
Proporção das despesas de acordo com o quinhão – 1317 
Direito de regresso aos demais condôminos pela dívida em prol do 
condomínio – 1318 
 
Renúncia – 1316 
 
 
 
A extinção do condomínio - 1320: 
Divisão – as custas de acordo com o quinhão 
Pacto de indivisibilidade no máximo de 5 anos, podendo ser prorrogado 
Cláusula de indivisibilidade pelo doador no máximo 5 anos 
Graves razões – o juiz pode determinar a divisibilidade 
 
Aplica-se à divisão do condomínio as regras da partilha – 1321 
 
 
Coisa indivisível – 1322 : 
Será vendido e repartido 
Regras de prelação, preempção ou preferência: condômino à estranho; 
condômino de com maior benfeitoria; condômino com quinhão maior. 
 
A Ação de divisão – 967CPC 
 
 
 
 
A administração do condomínio: 
Decisão por maioria, escolher administrador que poderá alugá-la – 1323 
Presunção de administrador – Teoria da Aparência – 1324 
 
Prof. Élcio Nacur Rezende 14
Regra para tomada de decisões - 1325: 
Proporcional aos quinhões 
Maioria absoluta, senão por decisão judicial 
 
 
 
 
Do condomínio necessário - 1327: 
 
Paredes, cercas, muros e valas – 1327 
Meação da obra e da terra – 1328 
Se não houver acordo resolve-se por perícia – 1329 
Quem não pagar a meação não pode fazer uso - 1330 
 
 
 
 
 
Do Condomínio Edilício: 
 
Conceito – 1331 
Partes comunse partes exclusivas 
Fração ideal – cálculo – 1331§3° 
 
Instituição: inter vivos ou causa mortis, devidamente registrado, com as 
informações – 1332 
 
Convenção: 
Aprovada por 2/3 e para ser oponível erga omnes deve ser registrada – 1333 
Informações – 1334 
 
Direitos dos condôminos – 1335 
 
Deveres dos condôminos – 1336 
 
Sanções: 
Inadimplência: juros (o que for convencionado ou 1%), multa (2%) – 1336§1° 
Que realizar obras que comprometam a segurança, alterar a fachada, 
prejudicar o sossego (até 5 vezes a taxa), por decisão de 2/3 – 1336 §2° 
Reiteradamente não cumpre com qualquer dever (5 vezes) – 1337 
Prof. Élcio Nacur Rezende 15
Anti-social reiterado – 1337par. Ún. 
 
Aluguel de garagem – 1338 
 
Inseparabilidade das partes exclusivas – 1339 
Só pode alienar parte a terceiros se a convenção permitir e ninguém se opuser 
– 1339 §2° 
 
Despesas exclusivas – 1340 
 
Realização de obras – 1341: 
Voluptuárias – 2/3 
Úteis – maioria 
Necessárias – por qualquer condômino com reembolso 
Acréscimo – 2/3 – 1342 
Novo pavimento ou nova edificação – unanimidade – 1343 
 
Terraço de cobertura – 1344 
 
O adquirente responde pelos débitos do alienante – 1345 
 
Obrigatoriedade do seguro – 1346 
 
 
A administração do condomínio: 
 
Síndico – prazo de 2 anos renováveis – 1347 
 
Competência do síndico – 1348 
Destituição do síndico – maioria absoluta – 1349 
 
Assembléia ordinária – 1350 
 
Alteração da convenção e regimento interno – 2/3 – 1351 
 
Processo de tomada de decisões – 1352, 1353, 1354 
 
Assembléia extraordinária – 1355 
 
Conselho fiscal – 1356 
Prof. Élcio Nacur Rezende 16
 
 
 
Da extinção do condomínio: 
 
Causas: destruição (1357), desapropriação (1358) 
 
 
 
Livro - O Condomínio em Edifícios: 
 
1. Introdução ................................................................................. 11 
 
2. Origem histórica ........................................................................ 13 
 
3. Origem legislativa .................................................................. 16 
 
3.1- Origem legislativa no Direito Estrangeiro ............................................... 16 
3.2- Origem legislativa no Direito Nacional ..................................................... 18 
3.2.1- A Lei 4591/64 e suas alterações .......................................................... 20 
3.2.2- O Código Civil Brasileiro de 2002 ......................................................... 23 
3.2.2.1- O Código Civil de 2002 revogou a Lei 4591/64? ............................. 24 
 
 
4. Natureza Jurídica ........................................................................ 28 
 
5. Fração ideal ................................................................................ 35 
 
6. A Instituição do condomínio ....................................................... 42 
 
7. A Convenção de condomínio ...................................................... 50 
 
7.1– Necessidade de elaboração de nova convenção, nos termos do Código Civil de 
2002. .................................................................................................. 58 
 
8. O Regimento Interno .................................................................. 61 
 
9. Direitos dos Condôminos ............................................................ 64 
 
10. Deveres dos Condôminos ............................................................ 70 
 
11. Sanções impostas aos condôminos .............................................. 74 
 
11.1) ao condômino inadimplente .............................................................. 76 
 
11.1.1) juros moratórios (art. 1336, parágrafo primeiro c/c art. 406) ............. 89 
11.1.2) multa moratória (art. 1336, parágrafo primeiro) ................................ 91 
 
Prof. Élcio Nacur Rezende 17
11.2) Da multa por descumprimento de outros deveres que não simples 
inadimplência................................................................................................... 97 
 
11.3) sanção imposta ao condômino por descumprimento reiterado de dever 
.......................................................................................................... 104 
11.4) sanção imposta ao condômino anti-social que provoque incompatibilidade de 
convivência....................................................................................... 107 
 
11.5) correção monetária das penas pecuniárias ...................................... 109 
 
11.6) limites das multas pecuniárias ............................................................. 112 
 
11.7) proibição de freqüentar determinados lugares .................................. 114 
 
11.8) supressão de serviços essenciais ....................................................... 120 
 
11.9) expulsão de condôminos .......................................................... 122 
 
11.10) Sanção imposta a condômino por fatos estranhos à relação 
condominial............................................................................................ 128 
 
11.11) Procedimento extrajudicial para aplicação das sanções .......... 129 
 
11.12) As sanções impostas sob a égide do Código Civil de 1916 devem ser 
observadas? ...................................................................................................131 
 
11.13) Quem são os destinatário das sanções estudadas .................... 136 
 
 
12. Aluguel e Venda de vaga de garagem ................................................ 139 
 
13. Inseparabilidade das partes comuns e exclusivas ............................ 142 
 
14. Despesas relativas às partes comuns de uso exclusivo .................. 144 
 
15. Realização de obras no condomínio .................................................. 147 
 
16. Responsabilidade do adquirente por débitos do alienante ........... 150 
 
17. Do seguro contra incêndio e destruição ........................................... 153 
 
18. Da administração do condomínio .................................................... 154 
 
18.1- Da Assembléia Geral; ................................................................... 154 
18.2- Do Síndico; ........................................................................................... 159 
18.3- Do Conselho Fiscal; ............................................................................ 161 
18.4- Outros órgãos ...................................................................................... 161 
 
19. Da Responsabilidade Civil do Condomínio .................................... 163 
 
20. Da extinção do condomínio .......................................................... 167 
Prof. Élcio Nacur Rezende 18
 
21. A problemática do Direito Intertemporal ....................................... 169 
 
22. Conclusão .................................................................................... 170 
 
23. Referências bibliográficas................................................................... 172 
 
ANEXO I - Decreto n. 5.481, de 25 de junho de 1928 ...................................177 
 
ANEXO II - Decreto nº 55.815, de 8 de marco de 1965 .................................181 
 
ANEXO III- Quadro comparativo da Lei 4591/64 com o Código Civil de 2002 
.........................................................................................................................186 
 
ANEXO IV - Artigos da Lei 4591/64 sem correspondência no Código Civil de 2002 
................................................................................................................197ANEXO V- Projeto de Lei 6960/2002 (propostas de alteração no Código Civil na parte 
relativa ao Condomínio Edilício) .......................................................202 
 
 
 
 
 
 
 
3.1.3. Restrições ao Direito de Propriedade imóvel 
 
A finalidade social da propriedade (art.5°, XXIIICF, 170, 180§1° e 186, art. 
1228§1° e §4°CC, art. 10 Lei 10257/01, art. 187CC) 
O Direito Administrativo 
O Código Eleitoral 
Os Direitos de Vizinhança 
Atos voluntários (cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade e 
incomunicabilidade) 
 
 
 
 
 
 
3.2. Propriedade Móvel 
 
3.3. Aquisição e perda da propriedade móvel 
Prof. Élcio Nacur Rezende 19
 
Da usucapião: 
 
 Tempo Título Boa-fé 
Extraordinária 
1261 
05 Não Não 
Ordinária 
1260 
03 Sim Sim 
 
 
Aplica-se o 1243 e o 1244 (acessio possessionis e sucessio possessionis –1243 
e Interrupção da prescrição aquisitiva – 1244) 
 
 
Da ocupação: 
 
Apoderar-se de coisa sem dono (Res nullius) 
 
 
Do achado do tesouro: 
 
Conceito de tesouro – 1264 
Divide em partes iguais entre que achar casualmente e o proprietário do prédio 
– 1264 
Pertencerá inteiramente ao dono do prédio se tiver determinado a busca ou por 
terceiro não autorizado – 1265 
No caso de enfiteuse, divide-se em partes iguais entre o descobridor e o 
enfiteuta – 1266 
 
 
 
 
Da Tradição: 
Transferência da propriedade se dá pela tradição e não pelos simples negócio 
– 1267 
Subtende-se que houve tradição quando houver constituto possessório, quando 
dá ao adquirente o direito da restituição da coisa em poder de terceiro, traditio 
brevi manu. 
 
Venda a non domino a tradição não aliena propriedade, exceto em leilão ao 
adquirente de boa-fé – 1268 
Prof. Élcio Nacur Rezende 20
Se o adquirente estiver de boa-fé e o alienante adquirir posteriormente a 
propriedade, o tempo do negócio retroage à tradição - 1268§1° 
 
Não transfere a propriedade a tradição cujo negócio subjacente era nulo – 
1268§2° 
 
 
 
 
Da especificação: 
 
Regras dos arts. 1269 a 1271: 
 
 Boa – fé Má – fé 
Matéria-prima em parte 
alheia 
Será proprietário o 
especificador se não puder 
restituir a forma anterior, 
com indenização 
Será proprietário o dono da 
matéria prima, com 
indenização. 
Matéria-prima inteiramente 
alheia 
Será proprietário o 
especificador se não puder 
restituir a forma anterior, 
com indenização 
Será proprietário o dono da 
matéria prima, sem 
indenização. 
Se puder haver redução Será proprietário o dono da 
matéria prima 
Será proprietário o dono da 
matéria prima 
Matéria prima de valor muito 
inferior à obra 
Será proprietário o 
especificador, com 
indenização. 
Será proprietário o 
especificador, com 
indenização. 
 
 
 
Da confusão, comissão (comistão) e adjunção: 
 
Confusão – mistura de coisas líquidas 
Comissão – mistura de coisas sólidas 
Adjunção – justaposição de uma coisa a outra. 
 
 Podendo haver separação Impossível separar ou sendo 
dispendioso 
Coisas pertencentes a 
proprietários diversos 
Separa-se Haverá condomínio pro indiviso, cada 
qual com quinhão proporcional ao valor 
da coisa. 
Coisa principal e 
acessória 
Separa-se O dono da principal adquire, 
indenizando. 
Prof. Élcio Nacur Rezende 21
Se houve má-fé A parte de boa-fé adquire a 
propriedade do todo, 
indenizando ou renuncia, 
sendo indenizado 
 
 
 
 
 
 
Perda da propriedade móvel: 
 
Causas: alienação, renúncia, abandono, perecimento da coisa, desapropriação 
– 1275 
 
 
 
 
Dos direitos de vizinhança: 
 
Do uso anormal da propriedade – 1277 
Congruência do com o abuso de direito – 186 
 
Interesse público sobrepõe-se ao particular, com indenização – 1278 
 
Mesmo que haja decisão judicial, poderá o vizinho pedir redução ou 
eliminação - 1279 
 
Exigência de demolição ou reparação, ou caução (de dano infecto) – 1280 
 
 
 
 
Das árvores limítrofes: 
 
Tronco na linha divisória é condomínio – 1282 
 
Raízes e ramos podem ser cortados quando ultrapassarem os limites – 1283 
 
Prof. Élcio Nacur Rezende 22
Frutos caídos pertencem ao dono do solo, se particular; se público pertencem 
ao dono da árvore (exceção ao princípio que o acessório segue o principal insculpido no 
art. 1232) – 1284 
 
 
 
 
Da passagem forçada: 
 
Direito de passagem do imóvel encravado (natural e absoluto), com 
indenização – 1285 
O direito será exercido no de menor ônus - 1285§1° 
 
 
 
 
Da passagem de cabos e tubulações: 
 
Obrigação de suportar o ônus, com indenização - 1286 
O direito será exercido no de menor ônus – 1286 par. Ún. 
 
Direito de exigir obras de segurança – 1287 
 
 
 
 
Das águas: 
 
Dever de suportar as águas do prédio superior e não embaraçar se curso, sob 
pena de indenização; nem tampouco o prédio superior pode impedir que o 
inferior aproveite-as – 1288, 1289 e 1290 
 
O prédio superior não pode poluir, nem desviar o curso e se construir 
barragem não pode invadir prédio alheio 1292 
 
O Direito de construir canais limita-se a não prejudicialidade aos vizinhos – 
1293 
Pode-se exigir que seja subterrânea a canalização e que o aqueduto será 
construído de maneira que cause o menor prejuízo – 1293§2° e 3° 
 
Prof. Élcio Nacur Rezende 23
Maiores detalhes no Código de Águas (Dec. 24643/34) 
 
 
 
 
Dos limites entre prédios e do direito de tapagem: 
 
Direito de cercar conforme os costumes e dividir os custos – 1297 
 
A ação demarcatória – 946CPC 
 
Em caso de dúvida será decidido: pela posse, em partes iguais e um adjudicará 
indenizando o outro – 1298 
 
 
 
 
Do direito de construir: 
 
Limitado pelo Direito Administrativo e pelo Direito de Vizinhança – 1299 
 
Não despejar águas – 1300 
Não abrir janelas a menos de metro e meio ou 75 cm quando não incida sobre 
a linha divisória, exceto luz e ventilação (10x20 e a 2m de altura) – 1301 
 
 
Desfazimento da obra até ano e dia, sob pena de não edificar e suportar o ônus 
– 1302 
 
Na zona rural, sempre 3 metros de distância – 1303 
 
Pode o vizinho utilizar a parede divisória pela metade, ressarcindo a metade – 
1304 a 1306 
 
Direito de altear a parede – 1307 
 
Proibição de utilizar a parede quando suscetível de infiltração – 1308 
 
Proibição de poluir água de poço ou nascente – 1309, 1310 
 
Prof. Élcio Nacur Rezende 24
Proibição de obra que provoque desmoronamento – 1311 
 
Obrigação de suportar que o vizinho entre no seu terreno - 1313 
 
 
 
 
3.4. Propriedade resolúvel 
 
Conceito (condição ou termo-1359 e causa superveninte-1360) e direito no 
novo proprietário reivindicar 
 
Não-surpresa no art. 1359 
Surpresa no art. 1360, logo protegido o adquirente de boa-fé 
 
 
 
 
 
3.5.Propriedade literária, artística e científica – Direitos autorais 
 
Leis 9609/98 e 9610/98 – Regulam os direitos autorais e conexos 
Produção literária, artística e científica – Direitos patrimoniais e morais 
Direitos intelectuais pertencem aos Direitos da personalidade – arts. 11 a 21 
 
“É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de 
comunicação, independente de censura ou licença” – art. 5°, IX CF 
A inviolabilidade da imagem das pessoas, assegurando direito de indenização 
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação – art. 5°, X CF 
Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou 
reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei 
fixar – art. 5° XXVII 
 
Direito do Autor X Direito da Propriedade Industrial 
 
As obras intelectuais – art. 7° da Lei 9610/98 
Requisitos fundamentaispara que a criação intelectual seja protegida: 
criatividade, originalidade e exteriorização 
 
Execução musical desde que haja audição pública 
Prof. Élcio Nacur Rezende 25
 
Conceituação de autor – art. 12 e 13 da Lei 9610/98 
Esforço comum – art. 15 da Lei 9610/98 
 
Direitos patrimoniais do Autor – art. 29 da Lei 9610/98 
Vitaliciedade – art. 41 da Lei 9610/98 
Plusvalia ou direito de seqüela conferido ao Autor – art. 39 da Lei 9610/98 
 
 
 
Direitos conexos: 
Artistas intérpretes ou executantes, produtores fonográficos e empresas de 
radiodifusão – art. 90 da Lei 9610/98 
Direito de arena – para os atletas 
 
 
Prazo: 70 anos a partir de 1° de janeiro do ano subseqüente à fixação, para os 
fonogramas – art. 96 da Lei 9610/99 
 
O registro não é obrigatório, mas se houver cessão terá que ser por 
instrumento público – art. 18 e 50 da Lei 9610/98 
 
 
 
 
Os direitos autorais no campo da informática (software e hardware): 
Conceito de programa – art. 1° da Lei 9609/98 
Prazo : 50 anos a partir de 1° de janeiro do ano subseqüente ao da publicação 
– art. 2°§2° 
 
Hardware – Propriedade industrial 
 
 
 
As associações de titulares de Direito do Autor: 
ECAD (escritório central de arrecadação e distribuição) 
SBAT (sociedade brasileira de autores teatrais) 
 
 
 
Prof. Élcio Nacur Rezende 26
Outros aspectos: 
Os direitos morais são inalienáveis e irrenunciáveis – 27 da Lei 9609/98 
A obra feita sob encomenda e o Contrato de Edição – 53 da Lei 9609/98 
Pertencem ao empregador os software no vínculo empregatício – 4° da Lei 
9609/98 
Obras publicitárias, transmissões radiofônicas e televisivas, artes plásticas - 
77, fotografia – 79, jornalística 36 
 
 
Tutela dos direitos autorais: 
Administrativa – CNDA (conselho nacional de direitos autorais) 
Cível – 101 da Lei 9610/98 e 
Criminal – 12 a 14 da Lei 9609/98 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. DIREITOS REAIS SOBRE COISAS ALHEIAS 
 
4.1. Introdução aos Direitos Reais sobre Coisas alheias 
 
A limitação dos direitos reais 
 
Direitos de gozo ou fruição: enfiteuse, superfície, servidões, usufruto, uso, 
habitação, rendas constituídas sobre imóveis, promitente comprador 
 
Direitos de garantia: penhor, anticrese, hipoteca, alienação fiduciária em 
garantia 
 
A concessão de uso especial para fins de moradia; a concessão de direito real 
de uso. 
 
 
 
Prof. Élcio Nacur Rezende 27
4.2. Direitos reais limitados de gozo ou fruição 
 
 
 
4.2.1 Enfiteuse/Direito de Superfície 
 
Enfiteuse, aforamento ou emprazamento: 
Conceito: constitui-se enfiteuse “quando por ato entre vivos, ou de última 
vontade, o proprietário atribui a outrem o domínio útil do imóvel, pagando a 
pessoa, que o adquire, e assim se constitui enfiteuta, ao senhorio direto uma 
pensão, ou foro anual, certo e invariável”– 678 do CC/1916 
 
Incentivo à extinção: art. 49 das Disposições Transitória da CF 
 
Características: 
Perpétua 
Pensão anual, cânon ou foro 
O comisso por falta de pagamento por 3 anos consecutivos 
Direito de preferência do senhorio ou exigir o laudêmio (2,5%) 
 
Extinção – 692 CC/16: 
Deterioração do prédio 
Pelo comisso 
Falecimento do enfiteuta sem herdeiros 
Desapropriação 
Usucapião 
Renúncia 
Consolidação 
Resgate – 693 CC/16 (2,5% mais 10 prestações anuais) 
 
Proibição de se constituir novas enfiteuses - 2038 
 
 
 
 
 
Do Direito de Superfície: 
 
Conceito: tempo determinado, necessidade de registro, o sub-solo como parte 
separada – 1369 
Prof. Élcio Nacur Rezende 28
Gratuita ou onerosa – 1370 
 
Obrigações do superficiário: 
Pagar tributos – 1371 
 
Direitos do superficiário: 
Transferir seus direitos - 1372 
 
Direito de preferência ambígua – 1373 
 
 
 
Extinção: 
Se o superficiário der destinação diversa – 1374 
 
Extinta o direito de superfície adquire o proprietário todas as acessões, sem 
indenização, caso não haja disposição contrária – 1375 
 
Desapropriação: indenização ao proprietário e superficiário na medida do 
direito de cada qual – 1376 
 
Se o proprietário for pessoa de direito público interno, rege-se pelo CC caso 
não haja norma específica - 1377 
 
Lei 10257/01 (Estatuto da Cidade) – arts. 21 a 23 (prazo pode ser 
indeterminado, pode usar o subsolo) 
 
 
 
 
 
 
4.2.2 Servidões prediais 
 
Conceito: O prédio dominante e o serviente – 1378 
 
Características e Exercício: 
Relação entre dois prédios distintos, gerando obrigação propter rem 
Os prédios pertencem a donos diversos 
Inseparabilidade - a servidão incide sobre a coisa e não sobre o dono 
Prof. Élcio Nacur Rezende 29
Impresumibilidade, ou seja, deve ser declarada e registrada –– 1378 
É direito real 
Acessório 
Duração indefinida 
É inalienável 
Atipicidade (numerus apertus) 
Direito de fazer as obras necessárias e rateá-las entre os proprietários – 1380 
Direito de abandono – 1382 
Proibição de embaraçar o uso - 1383 
Removível à custa do prédio serviente – 1384 
Não abusividade e interpretação restritiva -1385 
Indivisível - 1386 
 
 
 
 
Classificação: 
Servidões administrativa e de Direito Civil 
Rústicas ou Urbanas 
Positivas e Negativas 
Contínuas – independem da ação humana: aqueduto, tubulações, posteamento 
elétrico 
Descontínuas – dependem da ação humana: passagem, retirada de água 
Aparentes – obras visíveis: aqueduto 
Não aparentes – não visíveis: proibição de construir além de certa altura 
Classificação conjunta (contínuas e aparentes) 
 
 
 
Modos de constituição: 
Negócio jurídico - 1378 
Sentença na ação de divisão – 979, II do CPC 
Usucapião – com título: 10 anos, sem título: 20 anos - 1379 
Destinação do proprietário 
 
 
 
 
Ações que protegem a servidão: 
Prof. Élcio Nacur Rezende 30
Confessória 
Negatória 
Manutenção e reintegração de posse 
Usucapião – Súmula 415 do STF 
 
 
 
Da extinção: 
Depois de registrada é imprescindível o cancelamento pela renúncia, cessação 
da utilidade ou resgate – 1387 e 1388 
Confusão - 1389 
Supressão das respectivas obras - 1389 
Pelo não uso por 10 anos - 1389 
 
 
 
 
4.2.3 Usufruto 
 
Conceito 
 
 
Características: 
Direito real oponível erga omnes 
Inalienável, permitindo-se a cessão – 1393 
Impenhorabilidade uma vez que é inalienável 
O direito de seqüela 
Móveis e Imóveis – 1390 
Quase-usufruto ou usufruto impróprio (bens móveis consumíveis) – 
praticamente um contrato de mútuo 
Se imóveis tem que haver registro – 1391 
Estende-se aos acessórios – 1392 
Temporário, pois extingue-se com a morte do usufrutuário ou em 30 anos se 
constituído em favor de pessoa jurídica– 1410, I, III 
Existe o co-usufruto 
Não existe usufruto sucessivo 
 
 
 
Prof. Élcio Nacur Rezende 31
Usufruto deducto (doação dos pais aos filhos com cláusula de 
inalienabilidade) 
 
 
 
 
Direitos do usufrutuário: 
 
Posse, uso, administração e percepção dos frutos – 1394 
Locar a coisa 
Perceber os rendimentos e cobrar dívida em títulos de crédito – 1395 
Frutos naturais – 1396 
As crias dos animais, deduzidas ao final - 1397 
Os frutos civis - 1398 
 
 
 
 
Deveres do usufrutuário: 
 
Inventariar a coisa ao assumir o usufruto e dar caução se for exigido, sob pena 
de não poder administrar – 1400 
Pagar as despesas ordinárias de conservação – 1403, I 
Prestações e tributos – 1403, II 
Comunicar ao proprietário qualquer infortúnio – 1406 
Pagar o seguro – 1407 
 
 
 
Pode ser constituído: 
Por lei (usufruto dos filhos menores) 
Ato de vontade (usufruto deducto) 
Usucapião - 1391 
 
 
 
 
Usufruto X Fideicomisso (distinção): 
 
Usufruto Fideicomisso 
Prof. Élcio Nacur Rezende 32
Direito real Substituiçãotestamentária 
Domínio se desmembra Domínio pleno 
Exercem simultaneamente Exercem sucessivamente 
Pessoas já existentes Somente os ainda não concebidos 
 
 
 
 
Extinção - 1410: 
 
Pela renúncia ou morte do usufrutuário – I 
Pelo termo de duração – II 
Pela extinção da pessoa jurídica ou em 30 anos – III 
Pela cessação do motivo – IV 
Pela destruição da coisa – V 
Pela consolidação – VI 
Por culpa do usufrutuário ou os títulos de crédito não rendem – VII 
Pelo não uso - VIII 
 
 
 
 
 
4.2.4 Uso 
 
Utilização restrita aos limites das necessidades suas e de suas famílias, sem 
receber frutos – 1412 
Aplicam-se as regras do usufruto 
 
 
 
4.2.5 Habitação 
 
Direito personalíssimo e temporário de residir no imóvel, não podendo alugar 
ou emprestar – 1414 
Co-habitação – 1415 
 
Direito real de habitação ao cônjuge sobrevivente – 1831 
 
 
Prof. Élcio Nacur Rezende 33
 
 
 
4.2.6 Renda constituída sobre imóvel 
 
Conceito: Série de prestações em dinheiro ou em outros bens, que uma pessoa 
recebe de outra (credor-rentista ou censuísta/ devedor-rendeiro ou censuário), 
a quem foi entregue para esse efeito certo capital. 
O CC/2002 trata apenas como direito obrigacional nos arts. 803 a 813. 
 
 
 
 
 
 
4.3. Direitos Reais de Garantia 
 
4.3.1. Introdução aos Direitos Reais de Garantia 
 
Conceito – 1419 
 
Garantia Real X Garantia Fidejussória (pessoa) 
 
 
Efeitos: 
O bem fica afetado ao cumprimento da obrigação 
Indivisibilidade – 1421, 1429 
Direito de preferência – 1422 
Direito de excussão – 1422 
Direito de seqüela 
 
 
Requisitos e características: 
Capacidade subjetiva: a outorga uxória/autorização marital/ menores/ 
ascendente a descendente (pode, pois o art. 497 deve ser interpretado 
restritivamente) 
Capacidade objetiva - coisas alienáveis, coisas em condomínio, coisas fora do 
comércio, coisas alheias com propriedade superveniente – 1420 
Especialização – 1424 
Publicidade, através do registro – 1438 e 1492, e 167 da Lei 6015/73 
Prof. Élcio Nacur Rezende 34
Prioridade do registro – 1422 
 
O credor anticrético tem o direito de reter por 15 anos a coisa se houver 
inadimplemento – 1423 
 
 
 
Conteúdo do contrato - 1424: 
Valor do crédito, sua estimação ou valor máximo 
Prazo 
Taxa de juros 
Especificação do bem 
 
 
 
 
Vencimento antecipado da dívida – 1425: 
Deterioração do bem 
Insolvência 
Falência 
Inadimplência 
Perecimento da coisa, o valor do seguro ou da indenização se sub-rogará 
Desapropriação, a indenização será depositada, sub-rogando-se 
 
 
 
Garantia prestada por terceiros - 1427 
 
 
 
Proibição da cláusula comissória – 1428 
 
Se o valor da alienação do bem não for suficiente, surge a garantia fidejussória 
- 1430 
 
 
 
 
Extinção dos direitos reais em garantia: 
Pagamento com averbação 
Prof. Élcio Nacur Rezende 35
Renúncia pelo credor 
Confusão 
 
 
 
 
 
 
4.3.2. Penhor 
 
Conceito – 1431 
 
Objeto: coisa móvel suscetível de alienação 
Exceções: penhor agrícola, industrial, mercantil e de veículos 
Sub-penhor: o credor dá o bem empenhado em penhor 
Instrumento público ou particular com registro – 1432 e 127 da Lei 6015/73 
 
 
 
Características: 
Direito real – 1419 
Proibição da cláusula comissória - 1434 
Direito acessório – 1435, IV 
Direito de retenção até pagamento total – 1433, II 
Só se torna perfeito com a tradição (exceção aos penhores especiais) 
O credor é depositário – 1435 
Se o devedor alienar a coisa sem o consentimento do credor – 171, §2°, III CP 
(defraudação de penhor) 
 
 
 
Direitos do credor pignoratício - 1433: 
Posse 
Retenção 
Ressarcimento de eventual prejuízo 
Promover a excussão 
Apropriar-se dos frutos 
Venda antecipada mediante autorização judicial quando houver receio de 
perecimento, podendo o devedor substituí-la 
 
Prof. Élcio Nacur Rezende 36
 
 
Deveres do credor pignoratício – 1435: 
Ser depositário da coisa 
Defesa da posse 
Imputar o valor dos frutos às despesas de guarda e conservação 
Restituir a coisa, quando paga a dívida com os respectivos frutos 
Se houver excussão e sobrar dinheiro, devolver ao devedor 
 
 
 
 
Espécies: 
Convencional 
Legal 
Comum 
Especial (legal, rural, industrial, títulos de crédito, veículos) 
 
 
 
 
Extinção do penhor - 1436: 
Extinção da obrigação com averbação - 1437 
Perecendo a coisa 
Renúncia do credor – renúncia presumida (§1°) 
Confusão 
Adjudicação 
 
 
 
 
Do penhor rural - 1438: 
Bens móveis e imóveis por acessão física e intelectual 
Agrícola – 1442 
Penhor pecuário – sobre semoventes sem direito à venda sem consentimento – 
1445 
O Registro de imóveis 
Não ocorre a tradição da coisa 
A cédula de crédito rural pignoratícia 
Prof. Élcio Nacur Rezende 37
Prazo: agrícola (3 anos) pecuário (4 anos) prorrogáveis por igual tempo – 
1439 
Pode haver cumulação de penhor rural e hipoteca sobre o imóvel, resolvendo-
se pela prioridade – 1440 
O credor tem direito de vistoriar os bens empenhados 
 
 
 
 
 
Do penhor industrial e mercantil: 
Conceito – máquinas, equipamentos, aparelhos, materiais, instrumentos, etc. 
1447 
Cartório de Registro de imóveis 
Não pode alienar as coisas empenhadas sem o consentimento do credor, se 
vender deve haver sub-rogação - 1449 
Cédula de crédito industrial ou mercantil pignoratícia 
 
 
 
 
Do penhor de direitos e títulos de crédito: 
Entrega dos títulos, salvo se tiver interesse em conservá-los, através do 
endosso pignoratício – 1452 e 1458 
Notificação ao devedor do título para que pague ao credor pignoratício, sob 
pena de também indenizar solidariamente – 1453 e 1460 
Direito de cobrar passa ao credor - 1455 
 
 
 
 
Do penhor de veículos: 
Registrado no cartório de títulos e documentos e anotação no certificado – 
1462 
Cédula de crédito pignoratício 
Imprescindível o seguro - 1463 
Prazo máximo de 2 anos, prorrogável por igual tempo – 1466 
 
 
 
Prof. Élcio Nacur Rezende 38
 
Do penhor legal: 
Dos hospedeiros, fornecedores de pousada e alimento, sobre as bagagens, 
móveis, jóias, ou dinheiro, com tabela impressa 
Dono do prédio sobre os móveis do inquilino 
Artistas e auxiliares cênicos sobre o material da empresa teatral – Lei 6533/78 
 
Tomar refeições sem ter dinheiro – art. 176 do CP 
 
Meio de defesa direta, dando ao devedor comprovante dos bens apossados - 
1470 
Requer homologação judicial – 1471 e 874CPC 
Pode o locatário substituir o penhor pela caução - 1472 
 
 
 
 
 
 
4.3.3. Anticrese 
 
Conceito – 1506 
 
Retira a posse do imóvel do devedor e dá ao credor o direito de retenção 
Meio de execução direta pois permite ao credor recebe os frutos e imputa-os 
ao pagamento 
 
 
Modalidades: 
Extintiva ou satisfativa – quando os frutos servem para amortizar a dívida 
Compensativa – quando os frutos são imputados apenas ao pagamento dos 
juros 
 
 
 
É possível, apesar de inviável, hipotecar o imóvel dado em anticrese – 
1506§2° 
 
O credor pode administrar os bens, apresentando balanço – 1507 
Prof. Élcio Nacur Rezende 39
Se o devedor não concordar com o balanço pode pedir a transformação em 
arrendamento 
O credor anticrético pode arrendar os bens 
O credor responde pelas deteriorações que o imóvel vier a sofrer por culpa sua 
– 1508 
 
O adquirente do imóvel dado em anticrese pode remir - 1510 
 
 
 
Extinção da anticrese: 
Findo o prazo do contrato 
Liquidada a dívida com amortização do preço ou pagamento antecipado 
Caducidade de 15 anos - 1423 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4.3.4. Hipoteca 
 
Conceito e objeto (sempre alienáveis) – 1473o direito de uso especial para fins de moradia; 
o direito real de uso; 
a propriedade superficiária. 
Linhas férreas - 1502 
Navios – Lei 7652/88 
Aviões – Lei 7565/88 
 
 
A importância do registro – 1492 e seguintes 
 
 
Incidência de mais de um ônus real sobre o mesmo imóvel – 1474 
 
Proibição da cláusula comissória – 1475 
Prof. Élcio Nacur Rezende 40
 
Vencimento antecipado se o imóvel gravado for alienado – 1475 par. Ún. 
 
 
O adquirente de imóvel hipotecado pode abandonar o imóvel, exonerando-se 
da hipoteca, após notificar o vendedor e os credores hipotecários concedendo-
lhes a posse no prazo máximo de 24 horas após a citação – 1479 
 
Cédula de crédito hipotecária – 1486 
 
Hipoteca de dívida futura ou condicionada – 1487 
 
Fracionamento da hipoteca caso o imóvel hipotecado venha a ser loteado ou 
erigido condomínio edilício – 1488 
 
 
 
 
 
Características: 
O devedor continua na posse do bem gravado 
É indivisível – 1421 
É acessório 
É negócio solene, com registro imprescindível 
Direito de preferência 
Direito de seqüela 
Especialização 
Publicidade 
 
 
 
Espécies; 
Convencional 
Legal –1489 
Judicial – 466 do CPC 
 
 
 
Hipoteca legal: 
Pessoas de direito público interno sobre os bens de seus encarregados 
Prof. Élcio Nacur Rezende 41
Filhos sobre imóveis dos pais de se divorciaram 
Ao ofendido sobre os imóveis dos delinqüentes – 134 do CPP 
Ao co-herdeiro sobre os imóveis do herdeiro reponente 
Ao credor sobre o imóvel arrematado para garantia do pagamento do restante 
do preço 
 
A hipoteca legal pode ser substituída por caução de títulos públicos – 1491 
 
 
 
A dívida hipotecária habitacional: 
A Lei 8004/90 instituiu a execução extrajudicial de crédito hipotecário 
habitacional de constitucionalidade duvidosa – arts.29 e segs. Do Decreto-lei 
70/66 
 
 
 
 
Pluralidade de hipotecas: 
Várias hipotecas sobre o mesmo bem – 1476 
A sub-hipoteca resolve-se com o Direito de Prioridade –1477 e 186 da Lei 
6015/73 
O devedor tem obrigação de alertar sobre a existência de hipotecas anteriores 
sob pena de cometer estelionato – 171 §2°, II CP 
 
 
 
 
 
Direito de Remição: 
A remição da hipoteca anterior pelo credor da segunda hipoteca, efetivando a 
sub-rogação – 1478 
Pelo adquirente do imóvel – 1481 
Pelo executado, cônjuge, descendentes e ascendentes – 1482 
Pela massa falida – 1483 
Procedimento – 266 a 276 da Lei 6015/73 
 
 
 
Perempção: 
Prof. Élcio Nacur Rezende 42
Prazo de 30 anos sob pena de perempção, acarretando a extinção que só 
poderá renovar-se mediante novo instrumento – 1485 
 
 
 
 
Extinção da hipoteca - 1499: 
Extinção da obrigação principal 
Perecimento da coisa 
Resolução da propriedade 
Renúncia expressa do credor 
Remição 
Arrematação ou adjudicação – 1501 
Cancelamento do registro - 1500 
 
 
 
 
 
 
 
4.3.5.Alienação Fiduciária em Garantia/Propriedade Fiduciária 
 
A fiducia cum amico e fiducia cum creditore 
 
Propriedade resolúvel 
Garantia de coisa móvel infungível – 1361 
Registro no Cartório de Títulos e Documentos ou DETRAN - §1° 
Desdobramento da posse (direta e indireta) - §2° 
Transferência cogente após o pagamento do devedor - §3° 
 
Conteúdo do contrato - 1362 
 
Direito de usar do devedor fiduciário como depositário – 1363 
 
Inadimplência do devedor: o credor tem que alienar – 1364 
 
Proibição do pacto comissório – 1365 
 
Prof. Élcio Nacur Rezende 43
Se após a venda sobrar dinheiro, devolve-se ao devedor; se faltar, ajuíza-se a 
cobrança – 1364 e 1366 
 
Aplica-se à propriedade fiduciária-1367: Somente o pagamento completo 
exonera a garantia (1421); antecipação do vencimento (1425); vencimento 
antecipado não incluem juros (1426); garantia prestada por terceiro, não é 
obrigado a reforçá-la (1427); Extinção do penhor (1436) 
 
Sub-rogação de terceiro, adquire a propriedade fiduciária – 1368 
 
A Alienação fiduciária em garantia – Decreto 911/69: 
A financeira – credor fiduciário 
O devedor-fiduciante 
O constituto possessório 
Sub-rogação – art. 6° do Dec. 911/69 
Direitos do fiduciante: usar a coisa como depositário, purgar a mora caso 
tenha pago 40% do preço, receber o saldo após a venda pelo credor 
Deveres do fiduciante: responder pelo remanescente da dívida, não dispor do 
bem alienado, entregar o bem em caso de inadimplemento sob pena de prisão 
civil (celeuma-STF x STJ) 
Dever do credor fiduciário: financiamento do que se obrigou, não turbar a 
posse, efetuar a venda em caso de inadimplemento, 
Direitos do credor fiduciário: busca e apreensão 
Procedimento: 
A mora via notificação extra-judicial – art.2°; a liminar de busca e apreensão 
com conversão em depósito; a purgação da mora (40%); Sentença apenas no 
efeito devolutivo; venda extra-judicial. 
 
 
Alienação fiduciária no Sistema Financeiro Imobiliário – Lei 9514/97 
 
 
 
 
4.4. Direito Real de Aquisição 
 
4.4.1. Compromisso ou Promessa irretratável de compra e Venda 
 
Conceito – 1417 
Contrato preliminar ou pré-contrato (pactum de contrahendo) 
Prof. Élcio Nacur Rezende 44
Sem cláusula de arrependimento (irrevogabilidade e irretratabilidade) 
Instrumento público ou particular 
Levar à registro 
Direito Real 
Adquire a posse, mas não a propriedade imediata 
Adquire o direito de impedir a alienação a terceiros 
Adquire o direito a outorga da escritura 
Adquire o direito de ajuizar a adjudicação compulsória 
 
 
O STJ permite a adjudicação compulsória mesmo sem registro 
 
A Rescisão contratual por inadimplência cumulada com reintegração de posse 
pelo alienante, antecedida de notificação (art. 32 da Lei 6766/70 ou Dec. 
745/69) 
 
Decreto-lei 58/37 aplica-se aos loteamentos rurais 
Lei 6766/79 aplica-se aos loteamentos urbanos 
Decreto-lei 745/69 aplica-se a imóveis não loteados

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