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Resumo do livro Sobre História

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1 
Resumo do livro Sobre História, do historiador Eric Hobsbawm 
 
Um pequeno resumo do livro Sobre História, do historiador Eric Hobsbawm. Nesta coleção de 
ensaios, ele reflete sobre a teoria e a prática da disciplina que o tornou um dos maiores 
intelectuais contemporâneos. Nas suas reflexões sobre o papel do historiador, Hobsbawm 
analisa problemas como as identidades nacionais na Europa, as relações entre história e 
economia, as "modas" da historiografia contemporânea, a assimilação pós-moderna da narrativa 
historiográfica, e a noção de progresso no conhecimento histórico. 
Em especial, para aqueles que pretendem ler a obra no futuro, que examinem cuidadosamente 
a forma como o historiador inglês retoma, no Prefácio, dois temas centrais nas discussões 
propostas no livro: a questão da verdade na história e o problema da abordagem marxista da 
história. 
Enfim, são reflexões de quem se dedica há cinqüenta anos ao ofício de historiador e de um 
intelectual que, naturalmente, aproveitou as conferências para explicitar as suas concepções 
teóricas e metodológicas. Sem dúvida, Sobre história é uma obra fundamntal para aqueles que 
se dedicam ao estudo da disciplina. 
1. Dentro e fora da História 
 
América Latina 
A história dos países atrasados nos séculos 19 e 20 é a história da tentativa de alcançar o mundo 
mais avançado por meio de sua imitação (ver Borón). p. 15. 
 
História como local para busca de um passado de glória 
O passado é um elemento essencial, talvez o elemento essencial nas ideologias. Se não há 
nenhum passado satisfatório, sempre é possível inventá-lo. O passado fornece um pano de fundo 
mais glorioso a um presente que não tem muito o que comemorar. p. 17. 
 
História como fonte para criação de mito 
Mito e invenção são essenciais à política de identidade pelo qual grupos de pessoas ao se 
definirem hoje por etnia, religião ou fronteiras nacionais passadas ou presentes, tentam encontrar 
alguma certeza em um mundo incerto e instável, dizendo: "Somos diferentes e melhores do que 
os outros". p. 19. 
 
2. O sentido do passado 
 
Sociedades tradicionais 
A crença de que a sociedade tradicional seja estática e imóvel é um mito da ciência social vulgar. 
Até um certo ponto de mudança ela pode permanecer "tradicional": o molde do passado continua 
a modelar o presente, ou assim se imagina. p. 25. 
 
O domínio do passado não implica uma imagem de imobilidade social. É compatível com visões 
cíclicas de mudanças. É incompatível com a idéia de progresso contínuo. p. 25. 
 
Utopia 
A utopia é por natureza, uma situação estável ou auto-reprodutora, e seu a-historicismo implícito 
só pode ser evitado por aqueles que se recusam a descrevê-la. p. 31. 
 
3. O que a história tem a dizer-nos sobre a sociedade contemporânea ? 
 
O futuro 
 
2 
Pensar sobre o que vem acontecendo: e se a maioria da população não for mais necessária para 
a produção? Do que se mantém? Previdência. O centro da questão é a economia de mercado. 
p. 45. 
 
História como autojustificação 
A história como inspiração e ideologia tem uma tendência embutida a se tornar mito de 
autojustificação. p. 48. 
 
4. A história e a previsão do futuro 
 
Previsão sobre o futuro 
Toda a previsão sobre o mundo real repousa, em grande parte, em algum tipo de inferência sobre 
o futuro a partir daquilo que aconteceu no passado. p. 49. 
 
Perguntas possíveis 
Pergunta-se o que acontecerá, mas não quando acontecerá. p. 62. 
 
5. A história progrediu? 
 
Progressos na história 
A história se afastou da descrição e da narrativa e se voltou para a análise e a explicação; da 
ênfase no singular e individual, para o estabelecimento de regularidades e generalização. De 
certo modo, a abordagem tradicional foi virada de cabeça para baixo. Tudo isso constitui 
progresso? Sim, constitui, de um tipo modesto. p. 75. 
 
• Aproximação com as outras ciências também tem havido. p. 76. 
 
Defesa do marxismo 
Acredito ser o marxismo uma abordagem muito melhor da história porque está mais visivelmente 
atento do que as outras abordagens àquilo que os seres humanos podem fazer enquanto sujeitos 
e produtores da história, bem como àquilo que, enquanto objetos, não podem. E, por falar nisso, 
é a melhor abordagem porque, como virtual inventor da sociologia do conhecimento, Marx 
elaborou também uma teoria sobre como as idéias dos próprios historiadores tendem a ser 
afetadas pelo seu ser social. p. 77. 
 
6. Da história social à história da sociedade 
 
História das idéias 
A velha moralidade de história das idéias, que isolava as idéias escritas de seu contexto humano 
e acompanhava a sua adoção de um escritor para outro, também é possível desde que se queira 
fazer esse tipo de coisa. P. 87. 
 
7. Historiadores e economistas: 1 
 
Acumulação capitalista atual 
Na visão de uma fase transnacional do capitalismo, a grande empresa, e não o Estado-nação, é 
a instituição por meio da qual se manifesta a dinâmica da acumulação capitalista. P. 117 
 
Concentração econômica 
O mero reconhecimento por Marx de uma tendência secular à livre competição para gerar 
concentração econômica foi de enorme fertilidade. p. 120. 
 
3 
 
8. Historiadores e economistas: 2 
 
Generalizações 
As generalidades, apesar de sofisticadas, são insuficientes para compreender qualquer estágio 
histórico real da produção ou a natureza de sua transformação. p. 124. 
 
Modos de produção combinados 
Toda transição de uma formação socioeconômica para outra – digamos da sociedade feudal 
para a capitalista – deve em algum estágio consistir de uma mistura dessa ordem. p. 134. 
 
9. Engajamento 
 
Extremos de um cientista 
Em um extremo, há a proposição pouco controversa de que o cientista, que é fruto de sua época, 
reflete os preconceitos ideológicos e outros de seu ambiente e experiências e interesses sociais 
e específicos. No outro, há a concepção de que não devemos meramente nos dispor a subordinar 
nossa ciência às exigências de alguma organização ou autoridade, mas até promover ativamente 
essa subordinação. p.139. 
 
Intelectuais engajados 
O mais decisivo é que os intelectuais engajados podem ser os únicos dispostos a investigar 
problemas ou assuntos que (por razões ideológicas, ou outras) o resto da comunidade intelectual 
não consegue considerar. p. 148. 
 
Historiadores enfiados nos seus gabinetes: em favor do engajamento 
É nessa situação que o engajamento político pode servir para contrabalançar a tendência 
crescente de olhar para dentro, em casos extremos, o escolasticismo, a tendência a desenvolver 
engenhosidade intelectual por ela mesma, o auto-isolamento da academia. p. 154. 
 
10. O que os historiadores devem a Karl Marx? 
 
Erros e acertos de Marx 
É correto que o modelo deva ser debatido e, em particular, que os critérios usuais de verificação 
histórica sejam aplicados ao mesmo. É inevitável que certas partes, baseadas em evidência 
insuficiente ou enganosa, devam ser abandonadas, como, por exemplo, no campo do estudo 
das sociedades orientais, onde Marx combina uma visão profunda com posições equivocadas 
sobre, digamos, a estabilidade interna de tais sociedades. Apesar disso, o argumento central 
deste ensaio é o de que o principal valor de Marx para os historiadores hoje reside em suas 
proposições sobre a história enquanto distintas de suas proposições sobre a sociedade em geral. 
p. 162. 
 
Significado de “base” 
Quase não é necessário dizer que a “base” não consiste da tecnologia ou economia, mas da 
“totalidade dessas relações de produção”, isto é, a organização social em seu sentido mais amplo 
quando aplicadaa um dado nível das forças materiais de produção. 
 
Contribuição de Marx 
A ênfase de Marx na história como dimensão necessária talvez seja mais essencial do que 
nunca. P. 163. 
 
 
4 
História como progresso 
O conceito de progresso, característico também do pensamento do século XIX, inclusive no de 
Marx. P. 163-164. 
 
11. Marx e a história 
 
Em história não existe “se” 
O que aconteceu era inevitável porque não aconteceu outra coisa; portanto, o que mais poderia 
ter acontecido é uma questão acadêmica. P. 175. 
 
A direção inelutável ao socialismo 
Se é possível demonstrar que em outras sociedades não houve nenhuma tendência ao 
crescimento das forças materiais, ou que seu crescimento foi controlado, desviado ou de outro 
modo impedido, mediante a força da organização social e da superestrutura, de provocar a 
revolução no sentido contido no Prefácio de 1859, então por que o mesmo não deveria ocorrer 
na sociedade burguesa? P. 178. 
 
Conceitos de sociedade e modo de produção em Marx 
“Sociedade” é um sistema de relações humanas, ou, para ser mais exato, de relações entre 
grupos humanos. O conceito de “modo de produção” serve para identificar as forças sociais que 
orientam o alinhamento desses grupos – o que pode ser feito de múltiplas formas, dentro de um 
certo limite, em diferentes sociedades. P. 179. 
 
• A lista de MPs de Marx não visa constituir uma sucessão cronológica unilinear. P. 179. 
 
12. Todo povo tem história 
 
13. A história britânica e os “Annales”: um comentário 
 
14. A Volta da narrativa 
 
Ampliação do campo da história como disciplina 
Quanto mais ampla a classe de atividades humanas aceita como interesse legítimo do 
historiador, quanto mais claramente entendida a necessidade de estabelecer conexões 
sistemáticas entre elas, maior a dificuldade de alcançar uma síntese. P. 204. 
 
Falso debate do micro e do macro 
Não há nada de novo em preferir olhar o mundo por meio de um microscópio em lugar de um 
telescópio. Na medida em que aceitemos que estamos estudando o mesmo cosmo, a escolha 
entre micro e macrocosmo é uma questão de selecionar a técnica apropriada. P. 206. 
 
15. Pós-modernismo na floresta 
 
16. A história de baixo para cima 
 
História oral e memória 
A questão é que a memória é menos uma gravação que um mecanismo seletivo, e a seleção, 
dentro de certos limites, é constantemente mutável. P. 221. 
 
Uma boa parte da história dos movimentos populares é como vestígio do antigo arado. Poderia 
parecer extinto para sempre com os homens que aravam o campo muitos séculos atrás. Mas 
 
5 
todo aerofotogrametrista sabe que, com certa luz e determinado ângulo de visão, ainda se pode 
ver a sombra de montes e sulcos há muito esquecidos. P. 224. 
 
17. A curiosa história da Europa 
 
18. O presente como história 
 
Influência do presente 
E quando não escrevemos sobre a Antiguidade clássica ou o século XIX, mas sobre o nosso 
próprio tempo, é inevitável que a experiência pessoal desses tempos modelem a maneira como 
os vemos, e até como avaliamos a evidência à qual todos nós, não obstante nossas opiniões, 
devemos recorrer e apresentar. P. 245. 
 
19. Podemos escrever a História da Revolução Russa 
 
20. Barbárie: Manual do usuário 
 
Banalidade da barbárie 
O que torna as coisas piores, o que sem dúvida as tornará piores no futuro, é o constante 
desmantelamento das defesas que a civilização do Iluminismo havia erigido contra a barbárie, e 
que tentei esboçar nesta palestra. O pior é que passamos a nos habituar ao desumano. 
Aprendemos a tolerar o intolerável. P. 279 
 
21. Não basta a história da identidade 
 
História nacional construída 
As nações são entidades historicamente novas fingindo terem existido por muito tempo. É 
inevitável que a versão nacionalista de sua história consista de anacronismo, omissão, 
descontextualização e, em casos extremos, mentiras. Em um grau menor, isso é verdade para 
todas as formas de história de identidade, antigas ou recentes. P. 285. 
 
Destruidor de mitos nas escolas 
A terceira limitação na função dos historiadores como eliminador de mitos é ainda mais óbvia. 
No curto prazo, estão impotentes contra os que optam por acreditar no mito histórico, 
principalmente se sustentam poder político, o que, em muitos países, e especificamente nos 
numerosos Estados novos, envolve controle sobre o que ainda é o canal mais importante para 
comunicar informações históricas, as escolas. E convém nunca esquecer que a história – 
principalmente história nacional – ocupa um lugar importante em todos os sistemas de educação 
pública. P. 290 
 
Responsabilidades do historiador 
Essas limitações não diminuem a responsabilidade política do historiador, que repousa, acima 
de tudo, no fato, já notado acima, de que os historiadores são produtores básicos da matéria 
prima que é convertida em propaganda e mitologia. P. 290.

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