Buscar

Artigo 1 - Luz e Sombras no século XIX em Portugal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Luz e sombras no século XIX em Portugal
António Machado Pires
Luz e sombras na transição do século (é poca de D.Carlos)
Em primeiro plano é-nos abordado um grande contraste entre dois séculos, o século XIX e XX na qual inicia-se por apresentar grandes feitos históricos que contribuiram para a civilização mundial. Carateriza o século passado como o século da luz do gás, da luz elétrica, das grandes engenharias do ferro, do comboio, da máquina a vapor, as interregações da ciência perante o conhecimento objetivo e positivo da realidade, a criação de uma nova visão da literatura e a crise da consciência religiosa já abalada pelo Racionalismo. 
Começamos a ver um desenvolvimento, mas também uma grande quebra nas crenças ocidentais, exemplificando com a substituição do Deus critão pelo deus da ciência. Desta forma, verificamos, também, que a Ciência começa a ter uma presença e influência predominante sobre a realeza como o príncipe do Monca e o rei D.Carlos.
Neste sentido, é criado um orgulho da civilização e a surge o Eurocentrismo. Mas, emcontraposição, o o final do século é tão decepcionante, recheado de ilusões perdidas que, uns intorrogam-se sobre a decadência do homem, outros sobre a uma nova espiritualidade budista em conexão com a critão ocidental e outros pela diminuição da nação lusitana, isto é, ignorância presente numa nação.
Então, parte-se do principio do Assasinato de D.Carlos, e o regicídio que começa a virar de página que encontraria em 1910 uma nova era na implantação da Républica. Obviamente que começa a ser um país em transição, nas suas esperanças e sombras. Também, Portugal Contemporâneo, de Oliveira Martins, é invocado ao documentar uma marcha precipitada de acontecimentos, de vultos protagozinando golpes, de oportunidades falhas, de uma buscar permanente e messianica de estabilidade. 
Neste sentido o triunfo da Humanidade faz-se apenas pela razão, pelo triunfo sobre a natureza e pela concorrência. Isto é, civilização. 
Também começamos a ver, nos romances de Teixeira Queirós (por exemplo), o estendal de conhecimentos ciêntificos. Vêmos o triunfo da ciência aplicada, mas ao ponto de devoção e expansão, um dito Messianismo cientifico, comprovado com Galrão, que do deletério amor que os realistas condenavam como contrário à razão positivista.
Mas esta luz universal começava a ter o seu crupúsculo: as máquinas falhavam, os homens sentiam-se infelizes ou como Jacinto ( A cidade e as Serras, Eça de Queirós) exclamava “A cidade é talves uma ilusão perversa!”
É de salientar que, o próprio Eça caricaturava a civilização como um povo enganado pela ciência, isto é, embrulhados numa maravilha de habilidades mecânicas, que antevia o motivo dessa mesma civiilizaçao utilitária, uma massa de miséria humana que em cada pedaço de ferro que fundíamos e capitalizávamos, iria criar mais um pobre.
Aprofundando cada área, verifica-se no romance a busca do culto extravagante no simbolismo, num neo-romantismo exacerbado. Na religião, um neofranciscanismo esteticizante, levando às vidas dos santos (O Maravilhoso Mundo das Lendas de Santos, Eça de Queirós), aos mitos e lendas como refúgio de uma era já decadente e temerosa. 
Também, alguns suícidios famosos como, Manuel Laranjeira, Mouzinho de Albuquerque, Antero de Quental, levam Unamuno a iterrofar.se sobre “un pueblo de suicidas”
Em contrapartida, com final do século e início do fim do reinado de D.Carlos I, surge uma carga de Simbolismo posteriormente, que se projeta numa viajem ao Brasil ao comércio externo, aquando a Invasão Francesa visita algumas sombras portuguesas. Para além disso D.Amélia sentia repúdio a tal nação enquanto o rei esperava uma filha bastarda de uma brasileiro. A D. Carlos,apenas ficamvam-lhe o entusiasmo pela ciência oceanográfica em vez da política. Luzes e sombras debruçavam-se sobre a nação portuguesa: cacusações de desinterese do rei, comentários irónicos ao país, insinuações sobre D. Amélia e um crescente número de clubes republicanos.
Em Portugal, começa a surgir luz elétrica, primeiramente, nos teatros , fazendo depois triunfar a noite sobre o dia, permintindo trabalho a qualquer hora abrindo a porta para a civilização da eletricidade. Isto também debruçou-se sobre a pintura, na qual deixava de ser realista para captar impressoes e a luz dominante. Os impressionistas começam a dar maior valor à luz, à impressão. No mesmo seguemento, surgiu uma das grandes escritas iluminadores como a de Raúl Brandão. De facto, a luz, natural ou provocada artificialmente, é um tema emblemático na literatura e na vida. Sobre uma perspetiva otimista,a civilização, apesar de alguns dos seus excessos, criava uma luz que derrotava a noite multissecular.
Todo este culto, faz-nos lembrar o Decadentismo e as ousadias do Modernismo, absorvendo num caos de vida interior.
Conseguimos perceber que r nos finais do séxulo XIX como no percurso do século XX, são bem a síntese de uma turbulenta caminhada numa busca eufórica e frustrada de felicidade e saber ilusoricamente difinitivos. Findava sérias dúvidas sobre a Ciencia, sobre a Democracia, sobre a civilização material. Ainda era posto o maior problema de todos tempos (A felicidade humana) que em cada avanço enorme de luz deixava adivinhar a sombra de dúvidas e a necessidade de saber mais e melhor. Assim, em vez do final do século XIX continuar cientificista, positivista comtiano e naturalista, torna-se por reaçao espiritualista, simbolista, neocristão e místico-socialista.

Outros materiais