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ATPS_Fundamentos II

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Serviço Social
Fundamentos Históricos e Teórico - Metodológicos do Serviço Social II
Denise Barbosa de Jesus			RA 5322984127
Diane Aparecida de Oliveira Silva	RA 5560122067
Janete Monteiro				RA 5530101691
Lucila Roberta Vieira de Paula		RA 5528111376
	 Salma Gauzelia dos Santos		 RA 5544125517
“Sem Movimento não há História!”
Tutora à distância: Luciana F. Nakamura Zacarin
São José dos Campos
Abril de 2013
Movimento de Reconceituação do Serviço Social no Brasil
O Serviço Social é uma categoria que como algumas outras se uniram formando grupos entre si, com objetivo de mudarem o rumo de sua história. Para conquistar o direito de renovação e o fim da forma tradicional assistencialista em que os profissionais eram obrigados a atuarem.
Os agentes eram recrutados pela Igreja Católica, dentre os membros da classe dominante para atuarem com propósitos na caridade e na repressão ao mesmo tempo. Satisfazendo os interesses da oligarquia de se manter como classe dominante. As agentes sociais eram moças da sociedade que prestavam auxílios junto ás classes menos favorecidas, através de entrevistas, visitas domiciliares, ajuda material direta ou indireta, aconselhamento, e com a finalidade de apaziguar conflitos sociais gerados pela exploração do trabalho e crescimento da pobreza, gerando profundas desigualdades sociais. 
A Igreja Católica teve grande influência no Serviço Social, tinha domínio sobre a caridade praticando assim o assistencialismo, destinados á classe trabalhadora e agindo de comum acordo com a burguesia. Essa prática assistencialista como eram tratadas as pessoas e a não perspectiva de uma vida digna, que abrangesse de fato todos de maneira uniforme, fez com que assistentes sociais contrários á prática tradicional da profissão, começassem a questionar o trabalho social meramente assistencialista.
	Foi no início da década de 60, que vários encontros foram realizados por assistentes sociais contrários as formas de atuação que a eles eram impostas. Dois blocos foram formados; reformistas democratas (propunham projetos desenvolvimentistas) e os radicais democratas (propunham uma ruptura radical com o conservadorismo profissional). Esse movimento também toma forças nos países Latino Americano (Chile, Argentina, Peru e Uruguai).
“O Movimento de Reconceituação do Serviço Social na América Latina constituiu-se numa expressão de ruptura com Serviço Social tradicional e conservador; e na possibilidade de uma nova identidade profissional com ações voltadas ás demandas da classe trabalhadora.” (Faleiros, 1981; p. 133).
	Durante a Ditadura Militar no Brasil e em outros países da América Latina, o movimento teve suas ações limitadas, e o Serviço Social nessa época teve somente a função de amenizar os impactos causados com a exploração do capitalismo e pela concentração de renda das classes burguesas, fazendo com que os trabalhadores se conformassem e, não se rebelassem na tentativa de mudar todo aquele contexto. E por outro lado, o governo ditador se impunha com autoritarismo massacrando qualquer tipo de reivindicação. Foi nesse período que surgiu a necessidade de Reconceituação do Serviço Social, motivado pelas pressões sociais, desigualdades de classes e das questões sociais. Assistentes sociais passam a investir na organização da categoria profissional como na formação acadêmica, durante esse período, alguns seminários são realizados para tratar da teorização do Serviço Social. Os documentos realizados foram em Araxá (19 a 26 de março de 1967) - Teorização do Serviço Social; em Teresópolis (10 a17 de janeiro de 1970) - Metodologia do Serviço Social; Sumaré e Alto da Boa Vista (20 a 24 de novembro de 1978) - Cientificidade do Serviço Social. Os documentos utilizados nestas discussões são considerados como marcos histórico na profissão. O Movimento de Reconceituação foi um marco decisivo para a ruptura com o conservadorismo tradicional do Serviço Social, fortalecendo a categoria levando os profissionais a lutarem pela conscientização política-social e a valorização da profissão. Várias transformações ocorreram entre as décadas de 1960 até 1990. O Serviço Social é uma profissão que avançou muito, vários direitos foram conquistados através de muita luta, mas mesmo assim, nos dias atuais o Serviço Social ainda convive com suas ações limitadas.
	A profissão de assistente social é reconhecida por sua atuação junto á sociedade, desempenhando suas funções nas áreas da educação, saúde, trabalho, justiça e segurança, abrangendo empresas, comunidades, grupos, famílias e indivíduos. Independente de classe social, crença, raça, religião, nacionalidade, sexo, idade, cor, opção sexual, etc.
	A Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, 1993; as Políticas Nacionais de Assistência Social - PNAS; e o Sistema Único de Assistência Social - SUAS, são alguns dos avanços e conquistas do Movimento de Reconceituação.
	Sem luta não há vitória e com união se adquire mais força. Os professores e alunos se uniram, juntaram forças com outras categorias que também lutavam contra as opressões e desigualdades, causadas pelo acúmulo de poder da classe burguesa, para alcançar essas conquistas. Foram anos de perseguições, torturas e mortes. Muito se tem ainda por fazer, pois a desigualdade entre as classes sociais ainda é uma realidade em diversos países.
Seminários do Serviço Social
	A Teorização do Serviço Social busca mostrar como ocorreu o processo de construção teórica do Serviço Social e a prática da profissão, como modelo tradicional conservador, desde os tempos que era vista como forma de fazer caridade. Com forte base moral e religiosa até a atualidade, em que o profissional de Serviço Social precisa ter formação técnica-científica para poder atuar nos diversos setores da sociedade, enfrentando situações cada vez mais desafiadoras. 
	Marx teve uma grande influência nesse processo, pois observou a sociedade, interpretou e descreveu, trazendo um mundo da história real e concreta: a das necessidades econômicas e sociais dos seres humanos.
	O Seminário de Teorização do Serviço Social, promovido pelo Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais (CBCISS), tem por finalidade o estudo do Serviço Social nos seus aspectos teóricos e práticos, para avaliar o progresso feito no sentido de um caminhar para cientificidade. Os documentos que resultaram desses encontros refletem o pensamento dos profissionais naquele período, constituindo em um marco histórico do Serviço Social.
	O Documento de Araxá, o Documento de Teresópolis e o Documento de Sumaré constituem uma importante fonte de pesquisa, que trata dos níveis da microatuação e da macroatuação do Serviço Social. O nível de microatuação discute a prática profissional voltada	 para a prestação de serviços diretos. Serviço Social como técnica, dispõe de uma metodologia de ação que utiliza diversos processos, como o de caso, grupo, comunidade e trabalho com a população. Na macroatuação, o Serviço Social está voltado para a política e o planejamento, melhorando a utilização da infraestrutura social, para as finalidades básicas, programas para saúde, educação, habitação e serviços sociais fundamentais.
	A ditadura exigia que o profissional fosse preparado para atuar nas instituições que foram adaptadas ao projeto da autocracia burguesa, vinculado ao capital internacional. Nos Seminários, o assistente social é situado como um funcionário do desenvolvimento. A profissão é neutra, busca a integração do homem ao meio e tem como base o equilíbrio das tensões na unificação social de todos.
Positivismo no Serviço Social
O positivismo, obra de Auguste Comte, considerado o “pai” desse movimento filosófico, que surgiu no século XIX, dominou parte da cultura europeia, influenciando a filosofia, as artes, a cultura e a educação. Suas ideias se divulgaram no Brasil e se relacionam diretamente com o Serviço Social. Foi o fundador da Sociologia, descobriu a lei dos Três Estados de acordo com a história humana, classificou a evolução do pensamento nas seguintesfases: o teológico, o metafísico e o positivo. A moral positivista é baseada na realidade do altruísmo, em que ações de um indivíduo e ações coletivas beneficiam a outrem. 
Augusto Comte influenciou nos problemas da assistência social, fundou a sua doutrina, organizou como uma previsão de futuro, sua intenção era fazer uma reforma social. O Positivismo chegou ao Brasil no século XIX com ideias filosóficas de brasileiros que estudaram na França, alguns discípulos do próprio Comte, participaram ativamente do movimento abolicionista e movimento pró-república. As ideias positivistas encontraram boa receptividade entre os militares que tomaram uma atitude evolucionista em conflito com o governo, resultando na proclamação da República. 
O Apostolado Positivista foi um núcleo dos adeptos dessa filosofia que apresentou ao Estado propostas de proteção ao trabalho da mulher; ao trabalho dos homens; ao trabalho dos menores e aos empregados doentes, quando nada disso existia, hoje essas idéias fazem parte da nossa legislação trabalhista. Mais algumas medidas influenciadas pelo positivismo: decreto dos feriados; o estabelecimento do casamento civil; o exercício da liberdade religiosa e profissional; o fim do anonimato na imprensa; “Ordem e Progresso” na bandeira nacional; a reforma educacional proposta por Benjamin Constant; separação da Igreja e do Estado. 
Conceitos positivistas: a Paz Mundial; a humanização; o ecumenismo; os movimentos ligados a questão social; a socialização e reforma moral do capitalista para compreender o seu dever; a religião estabelecendo a moral e a felicidade com predomínio do amor e da fé; a felicidade sobre a Terra, filosofia tirada da ciência e com base na realidade. Essa tese é a religião da humanidade, teoria de reforma da sociedade e uma religião, conhecimento positivo coletivo em busca da fraternidade universal e da convivência em comum. 
Esses valores positivistas servem como guia, pois nos baseamos a partir dos conceitos dos mesmos em nossa futura prática profissional e na nossa vida como seres em evolução. Ter uma concepção de vida, do homem e do mundo é base indispensável de todo enfoque teórico. É preciso compreender o homem a partir da realidade do mundo em que ele vive e integrar as correntes do pensamento dentro de uma concepção geral e ampla, adaptando-as com as necessidades do meio em que vivemos. O Positivismo fala do amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim. Uma sociedade com esses valores alcança a felicidade sobre a Terra, a evolução do homem está na reforma moral visando melhorar a cada dia. O egoísmo que é o contrário ao altruísmo impede que o ser humano alcance a felicidade. Se a nossa nação tivesse esses princípios do positivismo, não haveria tanta corrupção, desonestidade, não haveria tanto desamor, as pessoas se dedicariam mais as outras. Acreditamos que existem muitas pessoas com esses valores positivistas mesmo não conhecendo essa filosofia, elas fazem a diferença no mundo, se tornam melhores a cada dia ajudando o próximo e reformando a sua moral. São princípios fundamentais para o profissional do Serviço Social e caminho a ser seguido pela humanidade. 
Fenomenologia no Serviço Social
A fenomenologia é o estudo dos fenômenos. Como tudo o que aparece é fenômeno, o domínio da fenomenologia é praticamente ilimitado e não poderíamos confiná-la numa ciência particular. Em nossa análise, referente ao texto da Dra. Telma Donzelli - Método fenomenológico e ciências humanas, percebemos que a fenomenologia descreve os fatos, eles não são analisados e nem explicados, mas estuda o indivíduo de forma isolada, dando a oportunidade do assistente social abordar os problemas sociais do indivíduo, do grupo, das instituições com maneiras especificas de compreender e não explicar tais comportamentos e atuações sociais.
O texto também aborda o método científico que pode ser definido como uma maneira segura de se chegar a fatos através de experiências empíricas, esse método vivencia o mundo a partir de processos lógicos e mediante fatos que são testados e aprovados.
Os métodos fenomenológicos e científicos possuem um saber paralelo, da mesma maneira que o científico, a fenomenologia parte da experiência, mas não a concreta e sim a que não é possível estudar o homem sem vivenciar seu próprio mundo, na instância do que origina a experiência, portanto, o principal alvo é compreender o mundo do fenômeno por inteiro, ou seja, como ele aparece para o pesquisador nas suas múltiplas formas.
A fenomenologia não apresenta uma proposta finalística para os problemas sociais nem para os problemas humanos, mas considera que a solução dos problemas está na prática, valorizando a consciência e buscando encontrar a essência através da experiência, assim o método fenomônico seria um caminho que nos possibilitaria entender antes de julgar ou explicar, que nos ajudaria a acolher o outro e com ele buscar o crescimento através do diálogo e da reflexão.
A partir desse entendimento poderemos entender a pessoa através de nós mesmos, utilizando a intencionalidade de nossa consciência, percepção, sentimentos e nosso pensamento para experimentar a significação que o outro vivencia.
Mediante esse breve resumo, é evidente que ao enfrentar toda uma construção do saber lógico e metodológico, sabemos que o profissional do Serviço Social deverá ser preparado sistematicamente e cuidadosamente quanto é para o exercício da pesquisa científica. 
Dialética no Serviço Social
Inicialmente a Dialética é tida como a arte de dialogar, o “caminho entre as ideias”, sua origem é na Grécia antiga, porém não se sabe ao certo sobre seu fundador; praticada a partir da afirmação de uma tese que vem a ser discutida, e logo depois há uma negação dessa mesma tese, sendo assim, na contradição dessas ideias busca-se uma purificação da tese proposta. O Serviço Social passou a ter a dialética, como uma forma de aproximação das mudanças sociais a partir dos anos 60.
	Para Friedrich Hegel a dialética é formada pela tese, antítese e síntese que é a superação da contradição; três momentos formados por um constante devir. Aplicando esses momentos a realidade, Hegel explicou a história da humanidade, em que os momentos posteriores só acontecem com a negação dos momentos anteriores, ocorrendo o avanço na história. Conhecida como uma dialética idealista e abordando o movimento relacionado ao espírito, a dialética proposta por Hegel foi alvo de várias críticas. Karl Marx foi um pensador da corrente filosófica chamada esquerda hegeliana, na qual alguns aspectos da filosofia proposta por Hegel eram defendidos enquanto outros eram criticados. Se opondo a dialética idealista de Hegel, Marx coloca a dialética como materialista, rejeitando a ideia de uma sociedade dada a partir da mistificação, da religião ou apenas do pensamento, e passa a se fundar em bases materiais, pela forma de produção da vida material, que surge nos meios encontrados para se produzir. A dialética marxista compreende a história como algo que é transformado pela ação humana, e não como algo imóvel e decisivo, a história está em movimento e a realidade é contraditória.
	Na prática teórica, o marxismo influencia o Serviço Social através dos estudos de Louis Althusser. O esquema das três generalidades foi usado por Althusser para a prática teórica, o processo consiste em: Generalidades I, a matéria-prima ideológica; Generalidades II, a teoria; Generalidades III, o conhecimento novo produzido. Para uma ideologia passar de uma relação imaginária e ser transformada em práticas, e logo estabelecer as relações de produção em vigência, foram colocadas quatro categorias por Althusser: a interpelação, o reconhecimento, a sujeição e os Aparelhos Ideológicos de Estado. Em seu discurso sobre ideologia, Althusser mostra certa preocupação em encontrar o lugar da submissão espontânea, o seu funcionamento e suas consequências para o movimento social; uma vez que o Estado é quem planeja, organiza e faz suas definições com rigidez, e a sociedade se vê sem alternativas anão ser sua completa sujeição à organização social do Estado. A prática teórica só seria aplicada no Serviço Social, segundo uma referência à prática ideológica proposta por Althusser; e o diagnóstico se construiria na dialética da teoria e da prática, na ação do profissional do Serviço Social em uma determinada totalidade social, para fins de transformação nas relações sociais.
	A intenção de ruptura com as práticas tradicionais do Serviço Social, que estavam vinculadas aos interesses da classe dominante, foi baseada no marxismo durante a crise da Ditadura Militar no Brasil. O Serviço Social tem como objeto de trabalho as questões sociais que resultam dos conflitos entre capital e trabalho, tendo em vista que o profissional iria trabalhar em prol dos trabalhadores, sendo eles empregados ou desempregados, e as classes subalternas, partindo da teoria marxista. O materialismo dialético foi uma teoria desenvolvida por Marx e Engels com bases na filosofia hegeliana, e adota quatro leis: primeira lei – mudança dialética ou “tudo se transforma”; segunda lei – ação recíproca ou “tudo se relaciona”; terceira lei – interpretação dos contrários ou “luta dos contrários”; quarta lei – passagem da quantidade à qualidade ou “mudança qualitativa”. Focado na luta de classes da sociedade, o materialismo dialético mostra que é o mundo material quem dá condições para que surjam as ideias e a consciência, sendo assim a sociedade só evoluiu com a ação do homem e com as mudanças em seu pensamento, a respeito do modo de ver o mundo. 
	Ao aproximar-se dos trabalhadores para sua ação, o Serviço Social baseia-se na teoria social indicada por Marx, e a aplicação da dialética foi essencial na comunicação das relações sociais que ao desenrolar da história mostram-se dinâmicas e contraditórias. Realizar a crítica das ideias expostas na sociedade, seguindo a orientação da dialética é fundamental, pois o homem não é um ser pronto, mas é constituído das relações sociais, como relata Marx no livro “O 18 de Brumário de Luís Bonaparte” (1978, p. 329), que “Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado”.
Conclusão
Aconteceram grandes transformações no meio social desde o processo de industrialização e urbanização, promovendo mudanças na percepção e atuação profissional.
O Serviço Social é uma profissão de caráter sócio político e crítico, que se utiliza de instrumentos científicos multidisciplinar das Ciências Humanas e Sociais para análise nas diversas questões sociais.
Os movimentos realizados desde a época da ditadura até os dias atuais são de valor inestimável, e foram as bases necessárias para atender a demanda da sociedade e o desejo do assistente social que buscava uma profissão com feições próprias, que possuísse técnicas e métodos para trabalharem com demandas reais.
Fazendo uma análise sobre as relações sociais em relação á prática do Serviço Social tendo como suporte o livro “Ditadura e Serviço Social” do autor José Paulo Netto, evidenciamos a erosão do Serviço Social, foi um momento de união profissional, seguido da importância da proposta Marxista com a intenção de ruptura do tradicionalismo. Seguindo esta linha de pensamento, o modo de produção capitalista traz a discussão sobre as desigualdades sociais e da luta de classes, é sobre esse viés que os assistentes sociais trabalham, tendo como o seu objeto de estudo a questão social, resultado das relações de conflito entre o capital e trabalho, se manifestando em várias expressões, tais como: o desemprego, a violência, a exclusão social e demais reproduções das contradições sociais e também em prol da classe trabalhadora. 
Diante das reflexões expostas nesse trabalho, podemos perceber o quanto a teoria crítica atribui ao assistente social um perfil crítico e inovador em sua prática profissional sendo perceptível a importância da Teoria Social no processo de formação dos mesmos que necessitava de uma teoria metodológica para conhecer e intervir na realidade social, a qual se apresentava diante de novas transformações que ocorriam na sociedade burguesa decorrente das várias fases que apresentaram e apresentam o sistema capitalista.
Não há liberdade sem movimento, devemos continuar fazendo o que nossos companheiros fizeram há 50 anos, lutar pelos nossos direitos, pelo reconhecimento da categoria, pelos direitos sociais e pela classe dominada, pois hoje o capitalismo não cria socialismo e sim mais capitalismo.
Referências
ASSISTENTE SOCIAL: UM PROFISSIONAL A SERVIÇO DOS DIREITOS, DA CIDADANIA E DA JUSTIÇA SOCIAL. Disponível em: <http://catolicaonline.com.br/revistadacatolica2/artigosv1n1/14_Assistente_Social.pdf>
MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL. Disponível em: <http://servicosocialss.blogspot.com.br/2008/07/movimento-de-reconceituao-do-servio.html>
O movimento de reconceituação do serviço social. Disponível em: <http://avitoriavemdaluta.spaceblog.com.br/433301/O-movimento-de-reconceituacao-do-servico-social/>
Movimento de Reconceituação. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABTOsAJ/movimento-reconceituacao>
DITADURA MILITAR, MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO E SERVIÇO SOCIAL. Disponível em: 
<http://servicosocialweb.xpg.uol.com.br/ditadura-militar-movimento-de-reconceituacao-e-servico-social.html>
CBCISS. Teorização do Serviço Social: Documento Alto de Boa Vista. Rio de Janeiro: Agir, 1988, p. 90 a 124, 26 a 37, 44 a 49.
NAUDIN, Jean; PRINGUEY, Dominique; AZORIN, Jean-Michel. Phénoménologie et analyse existentielle. Disponível em:
<http://la-clip.org/wp-content/uploads/2010/12/EMC-Ph%C3%A9nom%C3%A9nologie-et-analyse-existentielle.pdf>
SANTANA, Paulo Emilio de Assis. UMA BREVE ANÁLISE DIDÁTICA DOS MÉTODOS CIENTÍFICOS POSITIVISMO, MATERIALISMO HISTÓRICO E FENOMENOLOGIA. Disponível em:
<http://www.cesumar.br/pesquisa/periodicos/index.php/revcesumar/article/view/680/529>
MACEDO, Myrtes de Aguiar. Reconceituação do Serviço Social: Formulações 
Diagnósticas. São Paulo, Cortez, 1981.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia: história e grandes temas. São Paulo, Saraiva, 2010.
Dialética. Disponível em: 
< http://www.infoescola.com/filosofia/dialetica/>
Marx – Teoria da Dialética: Contribuição original à filosofia de Hegel. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/marx---teoria-da-dialetica-contribuicao-original-a-filosofia-de-hegel.htm>
A Sobredeterminação em Althusser. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/89903996/Sobredeterminacao-Althusser>
Louis Althusser. Disponível em: < http://www.marxists.org/portugues/althusser/>
Ideologia Marxista. Disponível em: 
< http://www.brasilescola.com/filosofia/ideologia-marxista.htm>
Movimento de Reconceituação. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABTOsAJ/movimento-reconceituacao>
Vertentes da Reconceituação, ruptura com o conservadorismo e a apropriação da teoria social de Marx. Disponível em: <http://trabajosocialbrasil.wordpress.com/category/fundamentos-historicos-e-teorico-metodologicos-do-servico-social/>

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