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QUÍMICA FORENSE UTILIZADA COMO PROPOSTA DE SITUAÇÃO- PROBLEMA NO ENSINO DE QUÍMICA SOUZA, H. Y. S. (IC); SILVA, C. K. O. (IC); MARTINS, I. S. B. (IC) Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN E-mail: hialesouza@yahoo.com.br INTRODUÇÃO Nos dias atuais vem sendo muito discutido a respeito de como melhorar o processo de ensino-aprendizagem de química, a partir do conhecimento cientifico e do conhecimento cotidiano. No campo educacional, uma das propostas que tem subsidiado o ensino- aprendizagem em Química tem sido a resolução de problemas, pelo fato de se constituir um recurso que auxilia a construção de conceitos, procedimentos e atitudes relacionados a esta disciplina. É importante destacar como condição básica para utilizar os problemas, com êxito no ensino de Química, o exercício de criatividade que é de fundamental importância para resolução de problemas e que implica idéias novas e originais (Garret, 1998). Portanto, a partir dessa perspectiva, buscou-se com base epistemológica à Química Forense (QF), ou seja, é o ramo da química que se ocupa da investigação Forense do campo da química especializada, a fim de atender aspectos de interesse judiciário, trabalhista e relativo ao meio ambiente. Sendo utilizada em várias áreas de atuação: Pericias policias, Pericias Trabalhistas, Pericias Industriais, Perícias Ambientais, Doping desportivo, entre outros. OBJETIVOS OBJETIVO GERAL Propor uma metodologia complementar de ensino-aprendizagem em Química no Ensino Médio, a partir de uma situação-problema tendo por base a Química Forense. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Identificar os pontos de maior deficiência na compreensão no assunto de Solubilidade; Possibilitar a utilização de recursos didáticos para o aluno dentro do seu cotidiano; Instigar a curiosidade do aluno pela disciplina de química. METODOLOGIA Em um primeiro momento foi explicitado, por meio de discussão, o conceito de Solubilidade e seus assuntos envolvidos como polaridade, misturas homogêneas e heterogêneas, e quais das amostras são orgânicas ou inorgânicas e a partir dessa discussão abordando assim a importância da Química Forense na sociedade. Em um outro momento, a sala foi dividida em grupos de 5 alunos e foi entregue a cada grupo uma ficha contendo, os analitos e os solventes para cada ensaio, bem como espaço destinado as observações experimentais. O experimento realizou-se no período de 2 aulas consecutivas. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL IDENTIFICAÇÃO DE CRACK E COCAÍNA Uma vez refinada, a cocaína constitui-se um sólido cristalino branco que possui baixa solubilidade em água, sendo solúvel em etanol, éter e clorofórmio. Esta análise também é válida para o crack. Como não é possível a utilização desses analitos elencados acima em um ambiente escolar, utilizou-se, para este fim a substituição de analitos sólidos de mesma coloração, a fim de simular a solubilidade do crack e da cocaína em diferentes solventes. MATERIAIS E REAGENTES • Copos de vidro • Colheres • Água • Etanol • Acetona comercial • Giz • Talco • Amido de milho • AAS RESULTADOS E DISCUSSÃO Os alunos realizaram os testes de solubilidade, demonstrando interesse e curiosidade durante a prática. Os resultados dos experimentos foram avaliados pelo professor a partir das anotações dos grupos, já que se tratava de uma simulação de identificação de crack e cocaína. A turma, em geral, não apresentou dificuldade na compreensão dos resultados dos ensaios, pois os materiais utilizados já fazem parte do seu dia-a-dia. CONCLUSÃO A partir dos resultados obtidos, percebeu-se que as observações e as conclusões dos alunos durante o experimento mostraram-se satisfatórias do ponto de vista científico como também de ensino-aprendizagem. Os alunos conseguiram relacionar o tema gerador Química Forense com o assunto solubilidade e seus assuntos envolvidos, anteriormente discutidos em sala de aula. Conclui-se desta forma que os objetivos foram atingidos, uma vez que o conhecimento científico foi relacionado com o saber cotidiano do aluno. Fazendo com que esta prática forneça subsídio para a compreensão do conteúdo, ou seja, pode ser considerado como um método facilitador para reforçar a aprendizagem desta temática. REFERÊNCIAS FARIAS, R. F. Introdução à química forense. Editora Átomo: Campinas, SP, 2007. GARRET, R. M. Resolucion de problemas y creatividad: implicaciones para El currículo de ciencias. Enseñanza de las Ciências. Barcelona, v.6, n.2, 1988. NUÑEZ, I. B.; RAMALHO, B. L. Fundamentos do Ensino-aprendizagem das Ciências Naturais e da Matemática: O Novo Ensino Médio. Editora Sulina: Porto Alegre, 2004.
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