Buscar

alfacon_marcos_policial_rodoviaria_federal_prf_nocoes_de_direito_processual_penal_varios_professores_1o_enc_20150120012221.pdf

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
1º BLOCO ......................................................................................................................................................................................2 
I. Papel do Estado .................................................................................................................................................................2 
2º BLOCO ......................................................................................................................................................................................9 
I. Características Inquérito Policial.........................................................................................................................................9 
3º BLOCO .................................................................................................................................................................................... 13 
I. Prazo para Conclusão do Inquérito Policial ....................................................................................................................... 13 
4º BLOCO .................................................................................................................................................................................... 16 
I. Procedimentos ................................................................................................................................................................. 16 
5º BLOCO .................................................................................................................................................................................... 21 
I. Arquivamento ................................................................................................................................................................... 21 
 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
 
I. PAPEL DO ESTADO 
O Estado é o guardião da paz social. Sendo democrático, ou seja, com existências de liberdades individuais e 
coletivas, respeito à dignidade da pessoa humana, permitindo o acesso ao poder e existindo para promover o bem 
estar da maioria, o Estado, para garantir a paz social, por meio de representantes do povo, define quais condutas são 
consideradas inaceitáveis, ou seja, quais não são socialmente aceitas. Para tanto cabe ao Estado por meio de lei 
elencar: 
 Quais os bens jurídicos mais importantes, aqueles que devem ser protegidos com mais rigor: vida, incolumidade 
física, honra, liberdade, patrimônio, dignidade sexual etc. 
 Descrição das condutas que são consideradas agressões insuportáveis a esses bens jurídicos: 
 “Matar alguém” (homicídio, art. 121); 
 “Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça”; 
 “Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado”; 
 “Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel”. 
Descrição de todos os outros fatores que podem agravar ou atenuar essa conduta, como atenuantes, agravantes 
causas de redução e aumento de pena, ou ainda, situações que venham a justificar a agressão, desqualificando-a 
como crime ou excluindo a pena: 
 Excludentes de ilicitude: 
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: 
I. Em estado de necessidade; 
II. Em legítima defesa; 
III. Em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. 
 Excludente de culpabilidade: 
É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao 
tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de 
acordo com esse entendimento. 
 Caso de diminuição de pena: 
Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta 
emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
 Qualificadora: 
Se o homicídio é cometido: 
I. Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; 
II. Por motivo fútil; 
III. Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou 
de que possa resultar perigo comum; 
IV. À traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne 
impossível a defesa do ofendido; 
V. Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: 
Em função de ofender bens jurídicos mais importantes, algumas dessas condutas são classificadas com maior 
gravidade, denominadas de crimes. Para fazer valer a vontade social, inibindo a prática dessas condutas, os 
representantes do povo por meio de leis atribuem punições a quem às praticas, que no Brasil chegam à restrição 
total do direito de ir e vir, a pena de prisão. 
 Estabelecimento de punições específicas para aqueles que incorrerem nas condutas descritas agredindo 
bens jurídicos protegidos: 
Art.32 - As penas são: 
I. Privativas de liberdade; 
II. Restritivas de direitos; 
III. De multa. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
DIREITO PENAL 
É o ramo do direito público que tem por função selecionar os bens mais relevantes para a sociedade proíbe 
determinadas condutas definindo crimes e cominando as respectivas sanções. 
CRIME 
Segundo doutrina majoritária, pode-se definir crime como fato típico, antijurídico e culpável: 
 Tipicidade: conduta humana que se enquadra perfeitamente na descrição legal do tipo penal. É a concretização 
do fato abstratamente descrito na norma legal e classificado como crime. 
Exemplo: 
 Homicídio simples: 
Art.121. Matar alguém: 
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
Terá tipicidade a conduta humana que matar alguém: 
 Antijuridicidade: 
É a afronta da conduta ao ordenamento jurídico. Aparente mente toda conduta criminosa teria o condão de 
afrontar o ordenamento jurídico. Porem, se essa conduta ocorrer sob condições específicas, definidas pela norma, 
ela passa a ser tolerada pela sociedade o que lhe retira a classificação como crime. 
No Brasil, segundo o Art.23 do código penal, não há crime quando o agente pratica o fato: 
 Em estado de necessidade; 
 Em legítima defesa; 
 Em estrito cumprimento de dever legal ou; 
 No exercício regular de direito. 
 Culpabilidade: 
Culpabilidade pode-se resumir pelo juízo de reprovabilidade da conduta típica e antijurídica praticada. É o juízo de 
censura social. 
Assim, mesmo uma pessoa tendo praticado uma conduta típica e antijurídica, para que ocorra o crime, essa 
conduta deve ainda ser socialmente reprovável, ou seja, a ela deve ser atribuída a culpabilidade. 
Segundo corrente majoritária (teoria normativa pura da culpabilidade, que se relaciona coma teoria finalista da ação), 
a culpabilidade possui o seguinte elementos: 
 Imputabilidade: 
São condições pessoais do agente denominado capaz. Essas condições tornam possível que lhes seja imputado 
o fato punível. 
Considera-se imputável o agente com capacidade mental plena, desenvolvida, capaz de entender o caráter ilícito 
do fato e determinar-se de acordo com esse entendimento.O art. 26 do Código Penal estabelece as causas de exclusão da imputabilidade: 
• Doença mental (art. 26, caput ); 
• Desenvolvimento mental incompleto (art. 26, caput); 
• Desenvolvimento mental retardado (art. 26, caput); 
• Embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior (art. 28, § 1º). 
Art.26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto 
ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter 
ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984). 
Redução de pena: 
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de 
perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era 
inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
Menores de dezoito anos: 
Art.27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às 
normas estabelecidas na legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984). 
 Potencial consciência da ilicitude da conduta: 
Potencial conhecimento de que a conduta afronta ao ordenamento jurídico, de que conduta é um crime. É uma 
condição intelectual e também denominada erro de proibição. 
 Exigibilidade de conduta diversa: 
Quando não é possível para autor realizar conduta de forma diversa, restando-lhe cometer o fato típico e 
antijurídico. Assim, não haverá aplicação da pena se, nas circunstâncias, não era possível agir de outra forma. 
Segundo o art. 21 do CPP, o desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, 
isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. Considera-se evitável o erro se o agente atua 
ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa 
consciência. 
JUS PUNIENDI 
Por ser atividade de interesse público, sensível à paz social, é atribuída ao Estado a responsabilidade de fazer 
cumprir a aplicação da pena às pessoas que praticam crimes. Assim, cometido o crime, surge para o Estado o Jus 
Puniendi Estatal, o direito de punir a pessoa que cometeu o crime. Em realidade é um poder dever, já que não há 
facultatividade no desenvolvimento dessa atividade, ou seja, comprovada existência do crime é obrigação do Estado 
punir. 
PERSECUÇÃO PENAL (PERSECUTIO CRIMINIS) 
Persecução Penal é o conjunto de atividades estatais destinadas a fazer cumprir em concreto a lei penal, ou seja, 
elucidar os acontecimentos relacionados a um crime, processar os acusados e aplicar a pena aquele que comete 
conduta criminosa levando em consideração todas as circunstâncias. 
É a Busca pelo Estado da punição para aquele comete o crime, compreendendo desde a busca da verdade sobre 
os acontecimentos e sua autoria até a aplicação da pena ao criminoso, se houver. 
Levando-se em consideração a existência de um estado democrático, o desenvolvimento dessa atividade deve 
buscar: 
 A aplicação da lei penal; 
 A paz social; e 
 A dignidade da pessoa humana. 
Pode-se entender a persecução penal em duas partes distintas: 
 Pré-processual, investigativa. 
 Processo, a Ação Penal. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
Em um país democrático, a persecução penal deve primar pela garantia ao exercício dos direitos humanos, 
individuais e coletivos, balizada por normas, preferencialmente de ordem legal, que sejam previamente estabelecidas 
democraticamente e que e garantam: 
 Aplicação efetiva da lei penal aos culpados pelo cometimento de um crime, contribuindo para a manutenção 
da paz social; 
 Garantia a todos acusados de um devido processo legal, ou seja, um processo justo, onde se poderá exercer 
o contraditório e a ampla defesa em sua plenitude, sem distinções, balizado por normas constitucionais e 
legais previamente estabelecidas. 
 Culminação de uma pena previamente estabelecida e compatível com a conduta criminosa e com todas as 
circunstâncias que a envolveram. 
 Conceito de Direito Processual Penal: 
É o ramo do Direito Público formado por um conjunto de princípios, normas e procedimentos que tem por 
finalidade disciplinar a persecução penal, desde os procedimentos investigatórios (Inquérito Policial), o seu processo 
(Ação Penal), até a aplicação da pena, visando a solução das lides de natureza penal. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
Também pode ser definido como o conjunto de princípios, normas e procedimentos legais que regulam a 
aplicação jurisdicional do Direito Penal, cuja finalidade é determinar o modo, meio; e responsáveis pela persecução 
penal. 
 Fontes do Direito Processual Penal: 
As principais fontes do Direito Processual penal Brasileiro são: 
 A constituição Federal de 1988; 
 O Decreto-Lei Nº 3.689, de 3 de outubro de 1941, CPP (Código de Processo Penal); 
 Leis esparsas que tratam de matérias específicas; 
 Outros regramentos. 
 
FORMAS DE OBTENÇÃO DE MEIOS DE INFORMAÇÃO 
Dentre outras funções, o Direito Processual Penal é voltado então para a produção de provas, de forma que, 
diante de um fato delituoso, se possa encontrar a “Verdade Real” e assim aplicar a pena mais justa, absolver ou 
sequer processar, conforme o caso. Nesse aspecto, o Processo Penal Difere de outros ramos do direito, como o 
direito Civil, por exemplo, onde se busca uma verdade formal, processual. 
Diante da ocorrência da infração penal, iniciando-se um processo, surge uma lide onde de um lado está o Estado 
“acusador”, na pessoa do Ministério Público ou particular, buscando provar a responsabilidade e as circunstâncias 
que agravem a conduta, e de outro o acusado, buscando provar a inocência ou, pelo menos, circunstâncias que 
reduzam a gravidade da conduta que lhe é imputada. Importante estar atendo ao fato de que, apesar de ser o órgão 
titular da ação penal e assim responsável pela acusação, o MP também tem por função buscar a verdade dos fatos, 
tanto que nada impede que ele peça a absolvição do réu se chegar a conclusão de que o mesmo é inocente. 
“Entre” as partes está o Estado “julgador” na pessoa do juiz de direito que tem o poder de, diante das provas 
apresentadas e com a devida justificativa, sentenciar o acusado, condenando-o ou inocentando-o, estabelecendo 
ainda a pena a ser aplicada em caso de condenação. 
Para que o Magistrado chegue as suas conclusões sobre a verdade dos fatos, a Verdade Real, ele necessita de 
provas para a formação de sua opinião. As provas são obtidas por intermédio do processo judicial, onde, diante do 
Juiz e acobertadas pelo contraditório e ampla defesa, elas são produzidas com o fim de convencer o magistrado 
sobre o ocorrido. Porém, para que o Estado se movimente e se inicie o processo, deve haver condições mínimas de 
admissibilidade da ação penal, que se materializa com provas da materialidade da infração penal e indícios de 
autoria, afinal, sem se ter certeza se a conduta é delituosa e sem se ter idéia de quem a cometeu, torna-se 
impossível continuar com a persecução penal. 
Para tanto, na maioria dos casos, faz-se necessário a realização de um procedimento preliminar de natureza 
administrativa que possa produzir elementos de informação, munindo o Estado de elementosmínimos necessário ao 
início da Ação Penal. 
No que foi visto, para que se possa chegar à verdade dos fatos, a dita “verdade real”, o Estado necessita de um 
processo. Porém, como atividade preparatória, é possível o desenvolvimento de atividades preparatórias no 
levantamento de elementos que indiquem a existência (materialidade) do fato criminoso, sua autoria, além de as 
circunstâncias em que o mesmo ocorreu. Tais formas de obtenção, que podem ocorrer paralelamente, tem por objeto 
o fato e podem ser: 
 Policial: Inquérito Policia 
 Parlamentar: CPI 
 Militar: IPM 
 Ministerial: inquérito presidido pelo Ministério público (sumula 714) 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
 Processo administrativo. 
Importante estar atento ao fato de que participação de membro do MP na fase investigatória criminal não acarreta 
seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia. 
 
INQUÉRITO POLICIAL 
O IP (Inquérito Policial) é o procedimento mais com na apuração de fatos criminosos e o estudo mais aprofundado 
faz-se necessário para que se possa entender estar faze tão importante da persecução criminal. 
 Conceito: 
O conceito de inquérito policial pode ser descrito de várias formas, com vários elementos distintos. Por esse 
motivo, ao invés de decorar conceitos, é imprescindível entender os elementos fundamentais na formação desse 
conceito. 
 Natureza jurídica: 
Procedimento administrativo que antecede a fase processual. 
Importante entender que Inquérito é administrativo, não sendo assim judicial. Os órgãos responsáveis pela 
condução do IP, polícia judiciária, não guardam subordinação com o Poder Judiciário, estando dentro da estrutura do 
Poder Executivo. 
 Titularidade: 
Delegado de polícia de carreira. 
Quando se fala em titularidade do IP, importante fazer a distinção entre polícia judiciária e polícia administrativa. 
 Polícia administrativa: 
Órgão policial de natureza ostensiva, preventiva, que tem por função exercer um papel preventivo no combate ao 
crime com ações ostensivas (PM, PRF e PFF). 
 Polícia Judiciária: 
Polícia de natureza investigativa, repressiva, velada, que tem por função exercer um papel repressor no combate 
ao crime, investigando crimes já ocorridos por intermédio do IP. 
Duas polícias judiciárias: 
 Polícia estadual: polícia judiciária dos estados membros, subordinadas ao Governador. 
 Polícia Federal: polícia judiciária da União, subordinada ao Presidente da República. 
Art.144 da Constituição Federal. 
§1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e 
estruturado em carreira, destina-se a: 
(...) 
IV. Exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
(...) 
§4º - às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a 
competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto 
as militares. 
Delegado de polícia de carreira é um cargo dentro da estrutura da polícia judiciária responsável pela presidência 
do IP, ou seja, é o seu titular que juntamente com agentes, investigadores e escrivães realizam o IP. 
Importante ficar atento ao fato de que, apesar da divisão apresentada acima, tendo em vista que o objetivo de 
ambas é o combate ao crime, muitas vezes as funções das polícias administrativas e judiciárias se confundem. 
Assim, para bem desempenhar seu papel preventivo, pode a polícia administrativa desenvolver atividades 
investigativas, veladas. Da mesma forma, nada impede que a polícia judiciária desenvolva atividades ostensivas e 
preventivas. 
 Atribuições do titular do IP: 
Autoridade policial não tem jurisdição (capacidade para julgar) tem atribuição para investigar a existência de fatos 
com o fim de determinar materialidade e autoria. No desenvolvimento dessa atividade é essencial a delimitação 
dessas atribuições e das responsabilidades a elas inerentes, pode ocorrer segundo dois critérios: 
 Territorial: 
Na determinação da atribuição de cada autoridade policial utilizou-se como regra a Teoria do Resultado onde 
será responsável pela apuração de determinada infração a autoridade pela circunscrição houve a consumação. 
O art. 4º do CPP estabelece que a polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas 
respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria. 
Como exceção a essa regra adota-se a Teoria da Atividade, quando a atribuição é definida pela circunscrição onde 
ocorreram os atos executórios. Essa regra é aplicada nos seguintes casos: 
 Crimes tentados; 
 Homicídio doloso (STJ). 
 Material: 
De forma subsidiária, ou seja, quando já se definiu a atribuição de investigar em razão do local do crime, havendo 
dentro de uma mesma circunscrição mais de uma delegacia, a divisão de competências será determinada pela 
natureza do fato delituoso ou por outro fator que classifique o crime em determinada classe. 
Por exemplo: Delegacia da mulher, delegacia de furtos e roubos, delegacia de repreensão a entorpecentes, 
delegacia de homicídios e proteção à pessoa humana, delegacia antissequestro. 
Obs.: a desobediência aos critérios acima apresentados não invalidam o IP. Assim, se um roubo for investigado pela 
delegacia da mulher não haverá invalidação do inquérito. 
 Finalidade: 
A finalidade do IP é auxiliar na formação da opinião deletiva do titular da ação penal, Ministério Públicos, nos 
casos de crimes de ação penal pública, ou o particular, nos casos de ação penal privada. 
 Valor probatório: 
Segundo o art. 155 do CPP, o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em 
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na 
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. Isso quer dizer que, em regra, o IP tem 
valor probatório relativo, ou seja, não servirá sozinho de base para a condenação. 
Isso porque o IP é inquisitivo, não estando sujeito à ampla defesa e, em regra, não produzindo prova, produzindo 
somente elementos de informação, que assim são classificados por não passarem pelo crivo do contraditório judicial. 
Tecnicamente, elementos de informação são diferentes das provas, estas são elementos de informação que 
passaram por contraditório judicial que, em regra, somente acontecerá no processo. Por esse motivo, desde que 
possível, é obrigatória a repetição no processo de todos os elementos produzidos no IP, como interrogatórios, oitiva 
de testemunhas etc. 
Exceções a essa regra são provas cautelares, não repetíveis e antecipadas que, dependendo da necessidade, 
serão produzidas ainda durante o IP e poderão servir de base para condenação. Essas provas são assim 
consideradas por que ou passaram por um contraditório judicial antecipado, em procedimento acompanhado do Juiz, 
ou passaram por contraditório diferido, ou seja, em momento diverso da produção, durante o processo. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
Detalhe importante a ser observado é que, apesar de ter valor relativoquanto a sua força probatória, o IP 
acompanha a o a peça inicial do processo a que se refere para auxiliar o juiz na formação de sua opinião sobre os 
fatos e, apesar de não fundamenta sozinho uma sentença condenatória por não contemplar o contraditório e a ampla 
defesa, poderá fundamentar sozinho uma sentença de absolvição em função do princípio indubio pro reo ou “favor 
rei”, onde, diante da incerteza, o juiz deve optar pela absolvição. 
EXERCÍCIOS 
1. O valor probatório do inquérito policial, como regra, é considerado relativo, entretanto, nada obsta que o juiz 
absolva o réu por decisão fundamentada exclusivamente em elementos informativos colhidos na investigação. 
2. A participação de membro do MP na fase investigatória criminal não acarreta seu impedimento ou suspeição 
para o oferecimento da denúncia. 
GABARITO 
1 - CORRETO 
2 - CORRETO 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
 
I. CARACTERÍSTICAS INQUÉRITO POLICIAL 
 Inquisitivo: 
No inquérito policial, como regra, não há contraditório e ampla defesa. Porém, essa afirmação é mitigada, pelo 
menos com relação ao contraditório, pela possibilidade de o defensor do indiciado poder ter acesso aos autos com o 
fim de resguardar os direitos de seu cliente. Exceção a essa regra é o IP instaurado para expulsão de estrangeiro 
pois, quanto a este, o Decreto 86.715/1981, regulamentando os dispositivos da Lei 6.815/1980 (Estatuto do 
Estrangeiro), estabeleceu uma sequência de etapas que, abrangendo a possibilidade de defesa, devem ser 
observadas visando a concretizar o ato de expulsão (arts. 102 a 105).” 
 Sigiloso: 
Visa o bom andamento das investigações e a preservação da intimidade da vítima e do investigado. 
Reza o art. 20 do CPP que a autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou 
exigido pelo interesse da sociedade. 
Em regra o sigilo não atinge o: 
 O delegado; 
 Juiz 
 Ministério Público; e 
 Advogado segundo dois mandamentos: 
Art.7º da Lei 8906 (Estatuto da OAB): 
Art.7º São direitos do advogado: 
(...) 
XIV. Examinar em qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de 
inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar 
peças e tomar apontamentos; 
14ª Súmula Vinculante (STF): 
“É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova 
que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de 
polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”. 
Caso o advogado seja impedido de acessar os autos de IP poderá interpor: 
 MS em nome do advogado; 
Em função da previsão no Estatuto da OAB que é direito liquido e certo do advogado ter acesso aos autos do IP o 
advogado poderá entrar com: 
Como tenho uma súmula vinculante do STF, poderá entrar com uma: 
 Reclamação ao Supremo; 
Em função da súmula vinculante: 
 Habeas Corpus em favor do acusado, pois a sua liberdade está ameaçada, esteja ele preso ou não. 
Dispositivo importante sobre sigilo de inquérito em situações que envolvam organização criminosa e a 
investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal referente 
a elas tratados na lei 12.850/12 e transcritos a baixo. 
At. 7º (...) 
§2º. O acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao delegado de polícia, como 
forma de garantir o êxito das investigações, assegurando-se ao defensor, no interesse do 
representado, amplo acesso aos elementos de prova que digam respeito ao exercício do direito de 
defesa, devidamente precedido de autorização judicial, ressalvados os referentes às diligências 
em andamento. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
Ação controlada: 
§3º Até o encerramento da diligência, o acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério 
Público e ao delegado de polícia, como forma de garantir o êxito das investigações. 
Art.23. O sigilo da investigação poderá ser decretado pela autoridade judicial competente, para 
garantia da celeridade e da eficácia das diligências investigatórias, assegurando-se ao defensor, 
no interesse do representado, amplo acesso aos elementos de prova que digam respeito ao 
exercício do direito de defesa, devidamente precedido de autorização judicial, ressalvados os 
referentes às diligências em andamento. 
Parágrafo único. Determinado o depoimento do investigado, seu defensor terá assegurada a 
prévia vista dos autos, ainda que classificados como sigilosos, no prazo mínimo de 3 (três) dias 
que antecedem ao ato, podendo ser ampliado, a critério da autoridade responsável pela 
investigação. 
 É possível entender o sigilo como sendo: 
 Natural: 
Da natureza do procedimento. 
CPP 
Art.20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido 
pelo interesse da sociedade. 
 Sigilo Judicial. 
Decretado pelo juiz em razão de necessidade por ele assim entendida. 
Por fim, resta importante saber que o parágrafo único do artigo citado anteriormente há a determinação de que 
nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer 
anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes. 
 Escrito: 
Todos os atos produzidos devem ser reduzidos a termo e rubricados pela autoridade policial. 
CPP 
Art.9º Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou 
datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. 
 Indisponível: 
Uma vez instaurado, o delegado não poderá desistir voluntariamente do IP. 
Segundo o art. 17 do CPP, a autoridade policial não poderá arquivar autos de inquérito. Isto significa que, uma 
vez instaurado o inquérito policial, o delegado de polícia deverá deve chagar à sua conclusão final, sendo o Juiz a 
autoridade com competência para arquivamento. 
Art.28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, re-querer o 
arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de 
considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação 
ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público 
para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a 
atender. 
 Dispensável: 
A ação não depende de IP, desde que o titular, Ministério público ou particular, tenha elementos suficientes para 
instauração que permita apurar materialidade e autoria. Se tais elementos surgirem por outras forma, a ação será 
proposta mesmo sem a instauração de Inquérito Policial. Tais formas de obtenção, que podem ocorrer 
paralelamente, podem ser: 
• Parlamentar: CPI; 
• Militar: IPM; 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
• Ministerial: inquérito presidido pelo Ministério público (sumula 714); 
• Processo administrativo. 
Outro ponto a ser considerado e que os vícios do inquérito não contaminam a ação penal, desde que as provas 
que sirvam de base para a ação sejam colhidas de outras formas. Isso porque o Inquérito Policial tem valorprobatório relativo, não se justificando decisão condenatória apoiada exclusivamente em inquérito policial, pois 
segundo STF, viola-se o principio constitucional do contraditório. 
STF: "Eventuais vícios concernentes ao inquérito policial não têm o condão de infirmar a validade 
jurídica do subsequente processo penal condenatório. As nulidades processuais concernem, tão 
somente, aos defeitos de ordem jurídica que afetam os atos praticados ao longo da ação penal 
condenatória" (1ª Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJU 4 de outubro de 1996). 
Os vícios, se descobertos, devem ser combatidos com remédios constitucionais (Habeas Corpus, Mandado de 
Segurança). 
 Discricionariedade: 
Discricionariedade é a margem de conveniência e oportunidade (margem de liberdade nos limites legais) para 
condução do inquérito, escolhendo quais diligências serão realizadas e como essas diligências serão realizadas. 
Observações: 
Elenco de ações previstas no art. 6º d o CPP é meramente exemplificativo e não vincula a autoridade policial: 
Art.6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
I. Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das 
coisas, até a chegada dos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994) 
(Vide Lei nº 5.970, de 1973). 
II. Apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; 
(Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994). 
III. Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
IV. Ouvir o ofendido; 
V. Ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título 
Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe 
tenham ouvido a leitura; 
VI. Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; 
VII. Determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras 
perícias; 
VIII. Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar 
aos autos sua folha de antecedentes; 
IX. Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua 
condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e 
quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e 
caráter. 
Art.7º Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a 
autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não 
contrarie a moralidade ou a ordem pública. 
 Os envolvidos poderão solicitar diligências que poderão ou não a ser atendas pelo delegado. 
 É obrigatória a realização de exame de corpo de delito, ou seja, quando as infrações deixem vestígios. 
No caso da dos juizados especiais, o exame de corpo de delito é dispensável caso a vítima tenha boletim médico, 
conforme artigo 77, §1° da lei 9.099/95, a saber: 
Art.77§1º - Para o oferecimento da denúncia, que será elaborada com base no termo de 
ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do inquérito policial, prescindir-se-á do 
exame do corpo de delito quando a materialidade do crime estiver aferida por boletim médico ou 
prova equivalente. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
 O MP e Juiz poderão requisitar diligência que, não sendo ilegais, deverão ser cumpridas. 
 Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não 
podendo supri-lo a confissão do acusado. 
 Mesmo depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a 
denúncia, a autoridade policial poderá prosseguir com as investigações, se tiver notícia de outras provas. 
 Oficialidade: 
O inquérito policial é uma atividade investigatória feita por órgãos oficiais, não podendo ficar a cargo de 
particulares. É presidido pela autoridade pública, no caso a autoridade policial. 
 Autoritariedade: 
O delegado de polícias é autoridade pública e o único que tem atribuição de presidir o Inquérito Policial. 
 Oficiosidade: 
Tendo conhecimento da ocorrência de um crime o delegado estará obrigado a agir de ofício, ou seja, sem 
necessidade de autorização, em regra. 
Sendo assim, seus procedimentos devem ser impulsionados de ofício, sem necessidade de provocação da parte 
ofendida ou de outros interessados, até sua conclusão final. A oficiosidade é consequência do princípio da 
obrigatoriedade da ação penal pública (legalidade). 
No que concerne à instauração, todavia, somente haverá oficiosidade relativamente aos inquéritos instaurados 
para apuração de crimes sujeitos a ação pública incondicionada. A instauração do inquérito, destarte, não pode ser 
efetivada de ofício nos crimes de ação penal pública condicionada à representação do ofendido ou requisição do 
Ministro da Justiça e nos de ação penal privada. Uma vez instaurado o inquérito, entretanto, os atos nele praticados o 
serão por iniciativa da autoridade competente, de ofício. 
Art.5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 
I. De ofício; 
II. Mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do 
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
§4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem 
ela ser iniciado. 
 Imparcialidade: 
Busca o esclarecimento sobre o fato seu objeto e não a incriminação de alguém. Isso não impede que haja a 
indicação daquele que é o suspeito pelo cometimento. Essa indicação formal é denominada indiciamento. 
GABARITO 
1. Tanto o acompanhamento do inquérito policial por advogado quanto seus requerimentos ao delegado 
caracterizam a observância do direito ao contraditório e à ampla defesa, obrigatórios na fase inquisitorial e 
durante a ação penal. 
2. Em que pese a previsão constitucional de publicidade dos atos processuais, isso não ocorre no inquérito policial 
que, por ser procedimento administrativo informativo, é acobertado pelo sigilo. 
3. Na hipótese de comprovada inexistência de crime, a autoridade policial poderá arquivar o inquérito policial. 
4. O Ministério Público pode oferecer a denúncia ainda que não disponha do inquérito relatado pela autoridade 
policial. 
GABARITO 
1 - ERRADO 
2 - CORRETO 
3 - ERRADO 
4 - CORRETO 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
 
I. PRAZO PARA CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL 
O estabelecimento do prazo é estabelecido em lei e varia em razão da infração cometida, competência para julgar 
o crime, tipo de crime, se o réu está preso ou solto, dentre outros. 
 CPP: Regra geral (Justiça Estadual): 
 Preso: 10 dias improrrogável; 
 Solto: 30 dias, prorrogáveis, autorizada por juiz em casos de difícil elucidação. 
CPP 
Art.10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em 
flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em 
que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fiança 
ou sem ela. 
 Lei 5.010/66: Justiça Federal: 
 Preso: 15 dias prorrogáveis por uma vez de 15 dias autorizada por juiz, pressupondo requerimento da autoridade 
policias; 
Art.66. O prazo para conclusão do inquérito policialserá de quinze dias, quando o indiciado 
estiver preso, podendo ser prorrogado por mais quinze dias, a pedido, devidamente 
fundamentado, da autoridade policial e deferido pelo Juiz a que competir o conhecimento do 
processo. 
Parágrafo único. Ao requerer a prorrogação do prazo para conclusão do inquérito, a autoridade 
policial deverá apresentar o preso ao Juiz. 
 Solto: 30 dias, prorrogáveis, autorizada por juiz, em casos de difícil elucidação. 
Outros: 
 Crimes contra economia popular (lei 1521/51): 
10 dias. 
Art.10. Terá forma sumária, nos termos do Capítulo V, Título II, Livro II, do Código de Processo 
Penal, o processo das contravenções e dos crimes contra a economia popular, não submetidos ao 
julgamento pelo júri. (Vide Decreto-lei nº 2.848, de 1940). 
§1º. Os atos policiais (inquérito ou processo iniciado por portaria) deverão terminar no prazo de 10 
(dez) dias. 
 Lei de tóxicos (11343/06): 
 Preso: 30 dias duplicados por juiz de direito ouvido o MP; 
 Solto: 90 dias duplicados por juiz de direito ouvido o MP. 
Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 30 (trinta) dias, se o indiciado estiver 
preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto. 
Parágrafo Único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, ouvido o 
Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia judiciária. 
 Contagem do prazo: 
 Preso: 
Cumpre-se o art. 10 do CPP, conta-se o primeiro dia e exclui-se o último. 
Art.10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em 
flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em 
que se executar a ordem de prisão... 
 Solto: 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
Forma processual, conforme art. 798 do CPP, excluindo-se o primeiro dia e incluindo-se o último. 
Art.798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não se 
interrompendo por férias, domingo ou dia feriado. 
§1º Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento. 
 Incomunicabilidade: 
A despeito do art. 21 do CPP prever que a incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos 
autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir e que 
não excederá de três dias, será decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade 
policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do 
Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil, esse dispositivo não encontra mais guarida constitucional no atual 
ordenamento jurídico brasileiro não sendo admissível no Brasil. 
 Notícia do crime (notitia criminis): 
É o conhecimento pela autoridade policial da ocorrência de uma infração penal, podendo ser espontânea ou por 
terceiros. 
 Classificação: 
• Direta ou de cognição Imediata: 
O conhecimento do fato delituoso ocorre por meios próprios, investigação ou por imprensa. 
• Indireta ou de cognição mediata: 
O conhecimento do fato delituoso ocorre por noticia dada por terceira pessoa: 
• Requerimento: prestado pela vítima ou representante legal (menor, impossilitado de comunicar sua 
vontade, ausente etc.). 
Em caso de recusa por parte da autoridade policial, a vítima ou seu representante legal poderá recorrer ao 
“delegado chefe” (delegado geral, secretário de segurança pública). 
• Requisição: noticia crime prestada por juiz ou MP (ofício requisitório) que será obrigatoriamente 
cumprida, ou ainda do Ministro da Justiça. 
• Delação: por qualquer do povo que não seja nenhuma das anteriores, desde que seja um crime de ação 
pública incondicionada. 
A delação pode ser: 
 Qualificada: pessoa identificada; ou 
 Apócrifa ou inqualificada: denuncia anônima, sem identificação do noticiante. É possível o início de 
investigação devendo a instauração do IP ocorrer se forem encontrados outros indícios da ocorrência do 
crime. 
• Representação: da vítima para crimes de ação pública condicionada; 
• Requisição do ministro da justiça: 
• Prisão em flagrante: Delatio criminis com força coercitiva que pode ser direta quanto indireta. Se pela 
autoridade policial direta, se por qualquer do povo indireta. 
 Destinatários da noticia criminis: 
• Autoridade policial: regra; 
• Ministério Público; 
• Juiz. 
Observação importante: 
Delatio criminis é a comunicação de um fato feita pela vítima ou qualquer do povo com identificação. Tem como 
espécies a delatio criminis postulatória e a delatio criminis simples. 
A delatio criminis postulatória é aquela em que a vítima ou qualquer do povo comunica o fato a autoridade policial 
e pede a instauração do inquérito. 
Já a delatio criminis simples é aquele em que a vítima ou qualquer do povo só comunica o fato à autoridade. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
EXERCÍCIOS 
1. O delegado de polícia, mediante despacho nos autos do inquérito policial, poderá determinar a 
incomunicabilidade do indiciado sempre que o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o 
permitir. 
2. O delegado de polícia não pode determinar a instauração de inquérito policial exclusivamente com base na 
denúncia anônima recebida. 
3. A comunicação de uma ocorrência policial só deve ser realizada por escrito. 
GABARITO 
1 - ERRADO 
2 - CORRETO 
3 - ERRADO 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
 
I. PROCEDIMENTOS 
 Instauração: 
A Peça inaugural do IP em regra é a Portaria, podendo também ocorrer por outros documentos desde que 
idôneos, como a requisição ou Termo de prisão em flagrante. 
Segundo o art. 5º do CPP, nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 
 De ofício; 
 Mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público; 
 A Requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo que deverá conter: 
a) A narração do fato, com todas as circunstâncias; 
b) A individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou 
de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; 
c) A nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência. 
Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia. 
Art.5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: 
I. De ofício; 
II. Mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do 
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
§1o O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível: 
a) A narração do fato, com todas as circunstâncias; 
b) A individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou 
de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer; 
c) A nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência. 
§2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o 
chefe de Polícia. 
 Comunicação de qualquer do povo, verbalmenteou por escrito. 
§3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que 
caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, 
verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito. 
Segundo o § 4º do art. 5º do CPP, o inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não 
poderá sem ela ser iniciado. 
§4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem 
ela ser iniciado. 
Já nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem 
tenha qualidade para intentá-la. 
§5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a 
requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. 
Algumas Situações em que não instaura o inquérito Policial: 
 Em casos de crime de menor potencial ofensivo ou contravenções penais (Lei 9.099) casos em que será 
lavrado um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência); 
 Crimes cometidos por membro do Poder Judiciário ou membro do Ministério público, quando a investigação 
será conduzido por membros dessas instituições; 
 Crimes cometidos por pessoas com foro por prerrogativa de função, caso em que o indiciamento será 
autorizado e o Inquérito conduzido pelo tribunal na qual essa autoridade tem a prerrogativa. É entendimento 
do STF, por exemplo, que, nos casos de Senadores ou Deputados Federais, para se iniciar uma investigação 
de tais autoridades é necessário autorização do próprio STF. 
 Crime militar caso em que é instaurado um Inquérito Policial Militar presidido por oficial da Polícia Militar ou 
Forças Armadas, conforme a pessoa do Infrator seja integrante de uma dessas forças. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
 Providências da autoridade policial: 
O artigo 6º elenca um rol exemplificativo de ações que devem ser desempenhadas pela autoridade policial assim 
que esta tiver conhecimento da ocorrência de um fato delituoso. 
Importante salientar que, por ser um procedimento discricionário, a autoridade policial só cumprirá essas 
determinações se assim o convier diante do fato concreto, estando livre para tomar as medidas que julgar mais 
eficientes e eficazes para a elucidação da situação e na ordem que melhor for para o deslinde da causa. 
Art.6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
I. Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das 
coisas, até a chegada dos peritos criminais; 
II. Apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; 
III. Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
IV. Ouvir o ofendido; 
V. Ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título 
Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe 
tenham ouvido a leitura; 
VI. Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações; 
VII. Determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras 
perícias; 
VIII. Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar 
aos autos sua folha de antecedentes; 
IX. Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua 
condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e 
quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e 
caráter. 
 Reconstituição: 
O CPP também prevê a possibilidade de reconstituição dos fatos para elucidar dúvidas, desde que contrarie a 
moralidade ou a ordem pública. Nessa situação o acusado não será obrigado a participar da reprodução, em função 
do princípio nemo tenetur non detegere (ninguém será obrigado a produzir prova contra si), mas deverá acompanhar. 
Art.7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a 
autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não 
contrarie a moralidade ou a ordem pública. 
 Procedimentos específicos previstos em leis esparsas: 
Existem ainda leis que prevêem situações específicas para investigação de determinados crimes. Serve de 
exemplo a lei 12.850/13 que define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal, os meios de 
obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal. 
Em seu art. 3o está estabelecido que em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de 
outros já previstos em lei, os seguintes meios de obtenção da prova: 
a) Colaboração premiada; 
b) Captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos; 
c) Ação controlada; 
d) Acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes 
de bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais; 
e) Interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas, nos termos da legislação 
específica; 
f) Afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos termos da legislação específica; 
g) Infiltração, por policiais, em atividade de investigação, na forma do art. 11; 
h) Cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na 
busca de provas e informações de interesse da investigação ou da instrução criminal. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
 Indiciamento: 
Outro ponto importante a ser explanado é o indiciamento. É certo que, visando resguardar a imagem das pessoas, 
a autoridade policial deve revestir o inquérito policial de todas as cautelas necessárias, seja no aspecto formal, seja 
no material, no sentido de evitar falhas e propiciar a segurança jurídica da pessoa investigada. Após a instauração do 
inquérito policial e havendo base para tanto é possível formalizar o indiciamento do averiguado. Tal providência tem 
como principal finalidade tornar público o fato do indivíduo estar sujeito à investigação criminal. A partir desse ato, o 
averiguado tornar-se oficialmente suspeito de ter cometido uma infração criminal. 
Diante do exposto, é possível definir o indiciamento como ato pelo qual o Delegado de Polícia manifesta sua 
convicção jurídica motivada ao imputar a uma pessoa a condição de provável autor ou partícipe da infração penal 
investigada no inquérito policial. Essa é a acepção do indiciamento sob o enfoque material, é o indiciamento 
propriamente dito (“indiciamento material”). 
Vale lembrar que, segundo o CPP, nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial 
não poderá mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes. 
Havendo alguma irregularidade, é possível o desindiciamento por via judicial. 
 Encerramento: 
O IP se encerra com minucioso relatório de tudo que tiver sido apurado durante as investigações. Esse relatório, 
com todas as provas colhidas, inclusive instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, 
acompanharão os autos do inquérito que serão enviados ao juiz competente. O inquérito policial acompanhará a 
denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. No relatório o delegado poderá a autoridade indicar 
testemunhas que não tiverem sido inquiridas,mencionando o lugar onde possam ser encontradas. 
Art. 10 
(...) 
§1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz 
competente. 
§2o No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, 
mencionando o lugar onde possam ser encontradas. 
Art.11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, acompanharão 
os autos do inquérito. 
Art.12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma 
ou outra. 
Importante citar que o relatório deve, em regra, ser imparcial, abstendo-se a autoridade policial de emitir opinião 
pessoal. 
Exceção a essa regra se encontra no inciso I do art. 52 da lei 11.343 onde há a exigência de justificativa para o 
enquadramento do indiciado entre os crimes de porte ou tráfico de drogas. 
Art.52. Findos os prazos a que se refere o art. 51 desta Lei, a autoridade de polícia judiciária, 
remetendo os autos do inquérito ao juízo: 
I. Relatará sumariamente as circunstâncias do fato, justificando as razões que a levaram à 
classificação do delito, indicando a quantidade e natureza da substância ou do produto 
apreendido, o local e as condições em que se desenvolveu a ação criminosa, as 
circunstâncias da prisão, a conduta, a qualificação e os antecedentes do agente; ou 
II. Requererá sua devolução para a realização de diligências necessárias. 
 Destino do Inquérito Policial: 
O destinatário imediato do IP é o titular da Ação Penal MP , nos crimes de ação penal pública, ofendido nos 
crimes de ação penal privada. O destinatário mediato é o Juiz que recebe o IP e abre vistas ao destinatário imediato. 
Apresentado o inquérito ao juiz devidamente relatado, poderá ocorrer duas situações em função da natureza da 
ação, se crime de ação pública ou privada: 
 Crime de ação pública: 
Sendo crime de ação penal pública o juiz abrirá vistas ao MP que poderá. 
• Concluir pela materialidade delitiva pela indicação da autoria: propositura da denuncia. 
• Concluir que o inquérito é deficitário, ou seja, não apurou satisfatoriamente a materialidade delitiva e a 
autoria: requisita novas diligências. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
Como forma de evitar abusos ou procedimentos meramente protelatórios, o art. 16 do CPP estabelece que o 
Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, 
imprescindíveis ao oferecimento da denúncia. 
Art.16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, 
senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia. 
• Conclusão pela insistência de crime ou qualquer outra causa que impossibilite de dar início à ação penal: 
o MP requer ao juiz o arquivamento do inquérito. 
 Crime de ação privada: 
Nos crimes de ação penal privada, o inquérito devidamente relatado será remetidos ao juízo competente, onde 
aguardará a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, 
mediante traslado. 
 Atividades complementares: 
Mesmo após o encerramento, é possível que autoridade policial venha requerer ao juiz a devolução dos autos, 
para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz. Tal situação poderá ocorrer se o fato for 
de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto. 
Art.10 
(...) 
§3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá 
requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo 
marcado pelo juiz. 
O art. 13 do CPP traz ainda algumas atividades complementares que deverão se desenvolvidas pela autoridade 
policial sempre que houver necessidade. São e alas: 
 Fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos; 
Pelo fato de ter investigado o fato, a polícia passa a ser fonte valiosa de informação, fonte que o magistrado deve 
se utilizar para esclarecimento dos fatos e formação das suas convicções. 
 Realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo ministério público; 
Sendo os grandes interessados na ação penal e conseguintemente em informações que possam auxiliar na 
elucidação dos fatos, o juiz e o ministério público poderão requisitar diligências que deverão ser cumpridas pela 
autoridade policial. 
 Cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias; 
Com exceção da prisão em flagrante, somente autoridade judicial pode expedir mandado de prisão que serão 
cumpridos pela polícia. 
 Representar acerca da prisão preventiva. 
Estando diante dos pressupostos e requisitos da prisão preventiva, deve a autoridade policial representar acerca 
da prisão preventiva. 
Art.13. Incumbirá ainda à autoridade policial: 
I. Fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos 
processos; 
II. Realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público; 
III. Cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias; 
IV. Representar acerca da prisão preventiva. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
EXERCÍCIOS 
1. Um delegado da Polícia Federal instaurou inquérito policial, mediante portaria, para investigar a conduta de 
deputado federal suspeito da prática de crimes contra a administração pública. Intimado para oitiva nos autos, o 
parlamentar impetrou habeas corpus contra o ato da autoridade policial, sob o argumento de usurpação de 
competência originária do STF. Nessa situação hipotética, assiste razão ao impetrante, visto que, para a 
instauração do procedimento policial, é necessário que a autoridade policial obtenha prévia autorização da 
Câmara dos Deputados ou do STF. 
2. A instauração de inquérito policial para apuração de infrações penais, de competência da justiça estadual, 
imputadas a prefeito municipal condiciona-se à autorização do Tribunal de Justiça, órgão responsável pelo 
controle dos atos de investigação depois de instaurado o procedimento apuratório. 
3. O princípio que rege a atividade da polícia judiciária impõe a obrigatoriedade de investigar o fato e a sua autoria, 
o que resulta na imperatividade da autoridade policial de instaurar inquérito policial em todos os casos em que 
receber comunicação da prática de infrações penais. 
4. O despacho que indefere o requerimento de abertura de inquérito é irrecorrível. 
GABARITO 
1 - ERRADO 
2 - CORRETO 
3 - ERRADO 
4 - ERRADO 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
 
I. ARQUIVAMENTO 
Por ser indisponível, a autoridade policial nunca arquivara o IP. O MP, titular da ação penal, chegando â 
conclusão de não há possibilidade ingressar com o processo por falta da materialidade ou indícios de autoria, poderá 
pedir o arquivamento do IP. 
O juiz é a autoridade que arquivará o inquérito, pressupondo requerimento do MP. Os motivos para rejeição da 
denuncia são também motivos para arquivamento do IP. O art. 43 CP, revogado pela lei 11719/08, afirmava que a 
denúncia ou queixa será rejeitada quando: 
 O fato narrado evidentemente não constituir crime: Se Atípico; 
 Excludente de ilicitude; 
 Exclui a culpabilidade; 
 Princípio da insignificante. 
 Já estiver extinta a punibilidade, pela prescrição ou outra causa (Art. 107 do código Penal): 
Art.107 - Extingue-se a punibilidade: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I. Pela morte do agente; 
II. Pela anistia, graça ou indulto; 
III. Pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; 
IV. Pela prescrição, decadência ou perempção; 
V. Pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada; 
VI. Pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; 
IX. Pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. 
 For manifesta a ilegitimidade da parte ou faltar condição exigida pela lei para o exercício da ação penal. 
 Quando faltar: 
 Legitimidade de causa; 
 Interesse de agir; 
 Possibilidade jurídica do pedido; 
 Justa causa; 
 Qualquer condição de procedibilidade. 
Diante do requerimento de arquivamento feito pelo MP poderá ocorrer uma das situações a seguir: 
 Juiz concorda e homologa o pedido. 
 O juiz discorda: atuando como fiscal do princípio da obrigatoriedade da propositura da denuncia, o juiz enviará os 
autos do inquérito ao procurador geral de justiça para reexame. Este poderá tomar uma das decisões abaixo: 
 Solicitar novas diligências à autoridade policial se achar conveniente para dirimir dúvidas; 
 Entende que é caso de denuncia devendo então: 
• Apresentar denuncia pessoalmente; ou 
• Designar outro procurador que terá que apresentar a denuncia obrigatoriamente. 
 Discorda do juiz e insistir no arquivamento estando o juiz obrigado a homologar. 
 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
Sendo o requerimento de arquivamento oriundo do próprio procurador geral em processo de competência 
originária, o pedido deve ser homologado pelo tribunal, pois não há a quem recorrer. 
Porém, segundo a lei 8.625/ 93, Lei Orgânica Nacional do MP, o legitimamente interessado pode pedir 
administrativamente a reanálise ao Colégio de Procuradores que poderá designar outro membro do MP. 
O Colégio de Procuradores de Justiça é composto por todos os Procuradores de Justiça, competindo-lhe dentre 
outros rever, mediante requerimento de legítimo interessado, nos termos da Lei Orgânica, decisão de arquivamento 
de inquérito policial ou peças de informações determinada pelo Procurador-Geral de Justiça, nos casos de sua 
atribuição originária. 
 Efeitos do arquivamento: 
A decisão que homologa o arquivamento tem natureza administrava/processual e não resolve lide. Sendo assim, 
como regra não faz coisa julgada material (sumula 524). Porém, a depender do motivo exposto no requerimento, o 
arquivamento poderá produzir os seguintes efeitos: 
 Coisa julgada material, impedindo reabertura do IP e oferecimento posterior da denuncia, desde que haja 
prova da atipicidade. 
 Coisa julgada meramente formal, pemitindo reabertura do IP e oferecimento posterior da denuncia, desde 
que surjam novas provas e que o crime não esteja prescrito. Esse tipo de arquivamento ocorre por falta de 
lastro probatório, ou seja, não foram levantadas provas suficientes. 
 Arquivamento implícito: 
Ocorre o arquivamento implícito quando o membro do Ministério Público deixa de incluir um dos envolvidos 
(arquivamento subjetivo) ou deixa de citar algum crime cometido (arquivamento objetivo) e não pede arquivamento 
expresso. Esse procedimento condiciona aditamento para inclusão do réu ao surgimento de novas provas. 
O juiz poderia invocar o art. 28, remeter ao PG. 
Art.28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o 
arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de 
considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação 
ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público 
para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a 
atender. 
O arquivamento implícito pode ser: 
 Subjetivo: exclusão de réu sem especificar situação de quem ficou de fora. 
 Objetivo: exclusão de algumas infrações sem se manifestar sobre as infrações que ficaram de fora. 
Esse tipo de arquivamento não aceita no ordenamento jurídico. 
 Arquivamento indireto: 
Questionamento por parte do Ministério Público sobre competência do juízo não aceito pelo magistrado. 
Mais uma vez, para resolver o conflito é possível invocar o art. 28 remetendo os autos ao procurador PG para 
solução, pois o pedido é encarado como se fosse pedido de arquivamento. 
Não é tecnicamente um arquivamento, pois o MP quer que a denuncia seja oferecida, a discordância ocorre sobre 
a competência. 
 Arquivamento provisório: 
O arquivamento provisório é provocado pela ausência da vítima no Juizado Especial Criminal nos casos de crimes 
de menor potencial ofensivo de ação pública condicionada a representação. 
Lei dos juizados especiais criminais, infração de menor potencial ofensivo: 
 Crime cuja pena não ultrapassa dois anos; 
 Contravenção penal. 
Nos crimes de ação pública condicionada a representação deve ser apresentada na audiência preliminar. Se a 
vitima aceita a indenização extingue-se a punibilidade. Sem a vítima presente não há possibilidade da composição 
penal e o MP deve pedir o arquivamento provisório, já que não há representação para transação penal ou denúncia. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
Se a vítima vier a representar haverá o desarquivamento. A provisoriedade se da em razão do comparecimento 
da vítima para representação cujo desarquivamento se dará sem novas provas. Se a vítima não representar em seis 
meses não poderá mais fazê-lo, fazendo desse arquivamento definitivo. Não há objeção na elaboração do IP nos 
crimes de menor potencial ofensivo quando, por exemplo, não for conhecida a autoria ou conexa com infração de 
maior gravidade. 
 Desarquivamento: 
Segundo o art. 18 do CPP, depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de 
base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. 
Tal dispositivo é corroborado pela súmula 524 STF que assim estabelece “arquivado o inquérito policial, por 
despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas 
provas”. 
O desarquivamento se materializa pelo oferecimento de nova denuncia por parte do titular da ação penal, caso 
sejam apresentadas novas provas. Isso quer dizer que a atuação do delegado não necessita de desarquivamento 
pois, mesmo depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a 
denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. 
 Trancamento ou correção de IP: 
É possível o trancamento do Inquérito Policial por via de Habeas Corpus em que a autoridade coatora é aquele 
responsável por dar início ao inquérito policial. 
Portanto, se for impetrado HC para trancamento de IP, o juízo competente para julgamento do habeas corpus 
dependerá da autoridade coatora: 
Se o IP foi instaurado de oficio pelo delegado, em regra no juízo comum (1° grau); 
Se for o MP ou o Juiz a autoridade coatora, será impetrado HC no tribunal de justiça competente. Poisrequisição tem 
o sentido de ordem. 
Assim, sempre que o IP puder resultar, sem justa causa, ainda que de modo potencial, prejuízo à liberdade de 
locomoção, será cabível Habeas Corpus. O trancamento do IP trata-se de medida excepcional, admitida em 
hipóteses como: 
 Manifesta atipicidade, formal ou material, da conduta delituosa; 
 Quando presente alguma causa extintiva da punibilidade; 
 Quando houver instauração de IP em crimes de ação penal privada ou pública condicionada à representação 
sem prévia manifestação de vontade do ofendido ou de seu representante legal. 
Para o STJ, a falta de justa causa a ensejar o trancamento de inquérito policial só pode ser reconhecida quando, 
de plano, sem um juízo de valoração das provas, se evidencie a atipicidade da conduta, a ocorrência de causa 
extintiva da punibilidade, ou, ainda, a ausência de elementos mínimos de autoria e materialidade. 
O HC não é uma medida apenas contra ato atentatório direto à liberdade de locomoção, tem aplicação para o 
trancamento ou correção do inquérito ou de ação penal despidas de justa causa, ou com atos defeituosos que 
clamem por interferência imediata. 
O habeas corpus para o trancamento da ação penal é cabível quando há atipicidade manifesta do fato ou da 
presença de qualquer causa extintiva de punibilidade, como a prescrição. 
Segundo o CPP, dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou 
coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar. A coação considerar-se-á ilegal: 
a) Quando não houver justa causa; 
b) Quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei; 
c) Quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo; 
d) Quando houver cessado o motivo que autorizou a coação; 
e) Quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza; 
f) Quando o processo for manifestamente nulo; 
g) Quando extinta a punibilidade. 
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins 
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 
 
 
EXERCÍCIOS 
1. O juiz poderá discordar do pedido de arquivamento do inquérito policial requerido pelo MP, oportunidade em que 
encaminhará os autos ao procurador-geral e, caso este insista no pedido de arquivamento, o juiz será obrigado a 
arquivar o inquérito. 
2. O juiz pode requisitar de ofício novas diligências probatórias a despeito de manifestação do promotor de justiça 
pelo arquivamento do inquérito policial. 
3. A ausência de instauração do procedimento investigativo policial enseja a responsabilidade da autoridade e dos 
demais agentes envolvidos, nos termos da legislação de regência, vez que resultará em arquivamento indireto de 
peça informativa. 
4. Se o titular da ação penal deixa, sem expressa manifestação ou justificação do motivo, de incluir na denúncia 
algum fato investigado ou algum dos indiciados e o juiz recebe a denúncia, ocorre arquivamento indireto. 
5. Nos crimes de ação penal privada, o inquérito policial só poderá ser instaurado a requerimento da vítima ou do 
MP. 
GABARITO 
1 - CORRETO 
2 - ERRADO 
3 - ERRADO 
4 - ERRADO 
5 - ERRADO 
	1º BLOCO
	I. Papel do Estado
	2º BLOCO
	I. Características Inquérito Policial
	3º BLOCO
	I. Prazo para Conclusão do Inquérito Policial
	4º BLOCO
	I. Procedimentos
	5º BLOCO
	I. Arquivamento

Outros materiais