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HISTÓRIA ECONÔMICA GERAL Alice silva duarte CONTEÚDO 2º SEMESTRE COMPARAÇÕES ENTRE AS VISÕES DOS AUTORES PERRY ANDERSON, HENRY OURENNE E DOBB. (TEXTOS DE 1 AO 11) PERÍODO / AUTOR PERRY ANDERSON HENRY PIRENNE DOBB FIM DA ANTIGUIDADE 476 d.C - QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO -COLAPSO DA ESTRUTURA - SEM MODO DE OBTENÇÃO DE ESCRAVO - SÍNTESE FEUDAL - SURGIMENTO DO CAPITALISMO É CUMULATIVO, UMA SERIE DE ELEMENTOS SE CONFIGURA ATÉ ATINGIR UM SISTEMA CAPITALISTA MADURO SEC. Vll E Vlll - BLOQUEIO DO MAR MEDITERRÂNEO (AMEAÇA MILITAR DOS MUÇULMANOS) - FIM DO COMERCIO BASES DA ANTIGUIDADE (COMERCIO) - APOS A QUEDA DO IMPÉRIO ROMANO AINDA FOI MANTIDO O MODO DE PRODUÇÃO ATÉ QUE SEJA FOI O MAR MEDITERRÂNEO E IMPEDIDO O COMERCIO FEUDALISMO (RURALIZAÇÃO DA EUROPA) RECOMBINAÇÃO ENTRE DOIS MODOS DE PRODUÇÃO: O ESCRAVISTA EM DECOMPOSIÇÃO E O MODO DE PRODUÇÃO GERMÂNICO EM DIFUSÃO (COMITATUS: RELAÇÃO RECIPROCA ENTRE OS DONOS DE TERRAS) - EXPLORAÇÃO ECONÔMICA - Herança do modo de produção escravista: - Campo e a agricultura, que vão se tornando autossuficientes com a decadência do escravismo; - Passagem da escravidão ao colonato [regime no qual o trabalhador fica preso à terra, tendo que pagar tributos ao proprietário]; FENÔMENO ANOMALO - CONSEQUÊNCIA DO FIM DO COMERCIO - NECESSIDADE DE AUTOSSUFICIÊNCIA - BASE AGRÍCOLA SERVIDÃO -> LIGADA A TERRA AUSÊNCIA DE COMERCIO (SITUAÇÃO MONETÁRIA) O feudalismo “é a repercussão, na ordem política, do retorno da sociedade a uma civilização puramente rural” (13). FEUDALISMO (para Dobb): existência da servidão, relação direta do produtor com o seu superior imediato. → Jurídica: ênfase nas relações de suserania e vassalagem e nas formas de posse de terra; * Modo de produção feudal: ênfase na relação imediata entre o senhor e o servo, forma de como o senhor extrai o excedente do servo. A definição de relação de servidão e que uma parte do trabalho do servo vai para o senhor feudal (seja ela em dinheiro, em dias de trabalho ou em obrigações) SEX. X E XI SECULO X e XI– Restauração e paz - Crescimento da população (Oferta de mão de obra) - Fim das disputas entre os senhores feudais - Crescimento da produção agrícola - Retomada Militar de caráter ofensivo -> CRUZADAS -> REABERTURA DO MEDITERRÂNEO - Disputas pelo comercio, logo, se juntam para a expulsão do muçulmano. - Reconquista do mar mediterrâneo (sobre os muçulmanos – expulsão definitiva após tomada de Granada) Renascimento do comércio SEC XII SEC XII – DISSOLUÇÃO DOS LAÇOS FEUDAIS: O COMERCIO PASSA A SER SINÔNIMO DE LIBERDADE EM CONTRAPOSIÇÃO A SERVIDÃO - CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO - RENASCIMENTO DO COMERCIO (VENEZA E FLANDES) COM A ABERTURA DO MAR MEDITERRÂNEO (CRUZADAS), A EUROPA VOLTA AS SUAS BASES DA ANTIGUIDADE (BASEADA NO COMERCIO) - COMERCIO TERRESTRE (EM GRANDE ESCALA) - AS CIDADES PASSAM A TER UM PAPEL MAIOR DO QUE NA ANTIGUIDADE, DEIXAM DE SER PORTUÁRIA E PASSAM PARA O INTERIOR DO COMERCIO, CENTRO DE COMERCIO E DE ARTIGOS MANUFATURADOS -SURGE A BURGUESIA (RIQUEZA MÓVEL) E OS BURGOS (NOVAS CIDADES VOLTADAS AO COMÉRCIO) -COMERCIO: EPIDEMIA BENFAZEJA (ESPALHOU COMO EPIDEMIA DE FORMA BENEFICA) -BASE AGRÍCOLA PASSA A SER COMPLEMENTAR -PRODUÇÃO URBANA E AGRÁRIA ESPECIALIZADA COM DESTINO NO MERCADO (CIDADES) - FIM DA SERVIDÃO (SURGIMENTO DO CAPITALISMO) Ele admite o renascimento comercial do séc. XII, e a grande penetração das trocas, do comércio. Mas a prestação de serviço entre os senhores e os servos houve apenas uma alteração, por serviços com pagamento em dinheiro e a arrendar a propriedade senhorial por dinheiro e mão de obra assalariada. * Não é possível generalizar a relação entre desenvolvimento do comércio e o declínio da servidão. Segunda servidão: fortalecimento de laços feudais na Europa Ocidental para produzir cCere ais para o mercado (em alguns lugares quase escravidão) COMUTAÇÃO: → PRIMEIRA FASE (SEX XII – XIV) - muitos camponeses continuavam presos a terra - abundância de mão de obra → SEGUNDA FASE - enfraquecimento da ordem feudal - endividamento dos senhores- desorganização das propriedades SEC XIV - XVI Os sec. XIV XVI marcam um período de crise do feudalismo, devido a relações internas onde os senhores exigem mais de seus servos para um maior excedente CRISE DO MODO DE PRODUÇÃO FEUDAL → PRESSÃO SOBRE O SERVO E A SERVIDÃO PARA O AUMENTO DO EXCEDENTE baixa produtividade, solo produzindo menos devido ao abuso de uso. * subfeudação: multiplicação do numero de vassalos, das famílias e dos dependentes * fuga dos camponeses: lotação das cidades * banditismo (rebelamento dos servos sobre os senhores feudais) * Repressão aos camponeses * Cruzadas, Festas (pela força do servo) causa o endividamento dos senhores - MODIFICA O MODO DE PRODUÇÃO EXCEDENTE (AGORA ASSALARIADO) MAS MANTÉM A SERVIDÃO VISANDO AUMENTO DO EXCEDENTE AFROUXAMENTO DOS LAÇOS FEUDAIS COMO FORMA DE MANTER O SERVO PRESO A TERRA (ARRENDAMENTO, ASSALARIAMENTO E SEGUNDA SERVIDÃO) -> MANTER A RENDA FEUDAL, MELHORAR AS POSSIBILIDADES (NOVOS ARRENDAMENTOS), ATINGIU O EXCEDENTE DO CAMPONÊS SEC XVI → XVIII ACUMULO PRIMITIVO DE CAPITAL Forma a monarquia absolutista Para Anderson não é o fim da servidão que leva o fim do sistema feudal A classe dominante é a mesma da época medieval: a aristocracia. Estado Absolutista: aparelho de dominação feudal recolocado e com isso reforçado, destinado a sujeitar as massas camponesas em suas condições Estado era feudal (o que torna possível manter a - SEC XVI → XVIII: ACUMULO PRIMITIVO DE CAPITAL – RESERVA DE MÃO DE OBRA - (Desistegração avançada do feudalismo - > predomínio do trabalhador ainda sujeito ao senhor, servidão mas o Feudalismo tem o seu fim no sec. XVII (REVOLUÇÃO INGLESA) -> REVOLUÇÃO INGLESA: fim das obrigações feudais: supremacia do parlamento. Compra e venda de propriedades de terra e fim do monopólio das companhias de comércio, o fim do feudalismo causa uma baixa no preço dos bens e da terra facilitando a concentração da riqueza nas mãos da minoria. Surge o mercado de terras (organizado pelo estado) Mercado de terras: XVI: reforma protestante; XVII REV. Inglesa; XVIII Atos do Parlamento servidão apesar do poder agora não ser mais fragmentado) Estado absolutista mas a economia estava na mão dos burgueses Investimento na produção industrial Reserva de mão-de-obra Formação da classe operária Acesso a suprimentos e matérias-primas comércio colonial Produção de ferramentas e maquinarias aumento da demanda Comercio colonial: superlucros Melhoria na produtividade agrícola: agriculturas capitalistas MERCANTILISMO O estado está acentuando a crise feudal facilitando a execução da hipotecas dos novos endividados garantindo os lucros comerciais e pela criação da dívida pública. Concentração social da riqueza (classe reduzida da sociedade), separando os proprietários dos trabalhadoresassalariados (XVI) Queda do preço dos salários Acesso a matérias primas com baixo preço sobretudo o algodão. Ampliando a demanda interna (trabalhadores) e externa (colônia) Investimento e produção manufatureira e industrial (XVIII) – LUCROS CONSTANTES x (superlucro) Expansão do mercado interno e externo devido à queda no custo da mão de obra e no custo das matérias primas. MERCANTILISMO: noção de lucro, típico de mercados monopolistas, enfatiza que a riqueza e medida pela quantidade de ouro – criação de uma balança comercial favorável. A partir do século XVII começa a enfatizar a produção manufatureira (ESTADO BURGUÊS) SURGIMENTO DO CAPITALISMO CAPITALISMO: SURGIU A PARTIR DO SEC Xll (Porém já existem capitalistas no sec. XI) -> COM O SURGIMENTO DO CAPITAL (decorrente do conjunto de transformações: COMERCIO, CIDADES, LIBERDADE, SURGIMENTO DO CAPITAL RETOMADA DO COMÉRCIO RENASCIMENTO DAS CIDADES BURGUESIA (RIQUEZA MÓVEL) FIM DA SERVIDÃO : LIBERDADE MERCADO = LIBERDADE, OPORTUNIDADE (FIM DAS RESTRIÇÕES FEUDAIS QUE BARRARAM A NATUREZA HUMANA PROPICIA A COMERCIALIZAR), AMPLIAÇÃO DA PRODUÇÃO E A PRODUTIVIDADE DA SOCIEDADE - Dificuldade para localizar no tempo o surgimento do capitalismo → SURGIMENTO DO CAPITALISMO ( SEC. XVIII REV. INDUSTRIAL) REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1760 - 1780): transição para um estágio especifico do capitalismo: produção em grande escala e diferenciação entre capitalistas e assalariados (Esfera Econômica) PARA DOBB NÃO É O AGLOMERADO DE PRODUÇÃO QUE FAZ SURGIR O CAPITALISMO, MAS A ACUMULAÇÃO DE VALORES DE CAPITAL = ACUMULAÇÃO SOCIAL (CONCENTRAÇÃO DE RIQUEZA EM CLASSES ESPECÍFICAS) DOBB / WEBER: MODO DE PRODUÇÃO: FORÇAS PRODUTIVAS E RELAÇÕES SOCIAIS CAPITALISTAS MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA -> forças produtivas: indústria, grande escala de produtividade e diminuição de custo -> relações sociais: Trabalhadores: vendem sua força de trabalho por um salário, sem meios de produção Proprietários: donos dos meios de produção (equipamentos e recursos) ç- Diferenciação de classes (capitalista e proletário), relação de emprego MODO DE INTERPRETAR OS FATOS FATORES INTERNOS (ESCRAVIDÃO) FATORES EXTERNOS (FIM DO COMERCIO POR CAUSA EXTERNA – FECHAMENTO DO MEDITERRÂNEO FATORES INTERNOS (Para ele o renascimento do comércio não leva o modo de produção feudal a entrar em crise, mas sim a relação de pressão interna entre senhores e seus servos para um maior excedente comercial) TEXTO 3 – O MODO DE PRODUÇÃO ESCRAVISTA – PERRY ANDERSON Modo de produção se constitui de dois elementos: 1. Forças produtivas; - Relação do homem com a natureza - Meios de trabalho: ferramentas, construções, matérias-primas, terra, etc; - Força de trabalho: a inserção do homem no processo produtivo. Conhecimento, especializações, técnicas organizacionais, dependem do nível técnico de cada sociedade; 2. Relações sociais de produção - Interação social entre os homens num dado nível técnico da sociedade; - Regime de propriedade e sua distribuição social; Não existe um modo de produção puro em nenhum tipo de sociedade; Há diversas relações sociais de produção e forças produtivas é preciso encontrar o que predomina em uma dada sociedade Transição para capitalismo foi cumulativa; A compreensão do capitalismo pressupõe o conhecimento do feudalismo O modo de produção feudal derivou de um “colapso ‘catastrófico’ e convergente de dois modos de produção distintos e anteriores, e foi a recombinação dos seus elementos desintegrados que verdadeiramente libertou a síntese feudal, a qual, por isso, conservou sempre um caráter híbrido” (17). Modo de produção escravista: em decomposição Primitivos modos de produção dos germânicos: em difusão A compreensão da formação do modo de produção feudal exige o exame dessas sociedades que se desintegraram, seus elementos principais. BASE DA CIVILIZAÇÃO ANTIGA Originalidade do Modo de Produção Escravista Escravidão oriental: - Escravidão existiu em outras civilizações antigas de forma impura e convivia com outras formas de servidão; - Fenômeno residual à mão-de-obra rural; Modo de produção escravista - Forma jurídica absoluta; - Mão-de-obra dominante. “Na Grécia clássica, portanto, os escravos foram pela primeira vez regularmente empregados nos negócios, na indústria e na agricultura para além da escala doméstica” (23) Invasões Barbaras 406 d. C a 480 d. C Marco: 476 d. C.: Queda do Império Romano: Invasão de Roma - Século II: dificuldades para manter os exércitos, exceto por aumento de impostos; - Queda demográfica; - Ruralização da sociedade: declínio das cidades, e do comércio portuário; - Fragmentação do poder central; - Desenvolvimento de relações pessoais; - Privatização da defesa TEXTO 4 – O MODO DE PRODUÇÃO FEUDAL – PERRY ANDERSON O modo de produção feudal derivou de um “colapso ‘catastrófico’ e convergente de dois modos de produção distintos e anteriores, e foi a recombinação dos seus elementos desintegrados que verdadeiramente libertou a síntese feudal, a qual, por isso, conservou sempre um caráter híbrido” (17). Modo de produção escravista: em decomposição - Campo e a agricultura, que vão se tornando autossuficiente com a decadência do escravismo; - Passagem da escravidão ao colonato [regime no qual o trabalhador fica preso à terra, tendo que pagar tributos ao proprietário]; - Igreja cristã. Modo de produção dos germânicos após as invasões bárbaras - Economia baseada na troca natural; - Comitatus = relações de fidelidade e reciprocidades entre os proprietários de terra; Origem do modo de produção feudal Unidade complexa do trabalho eram bens. Não havia a separação do trabalhador dos meios de produção = o camponês era ligado à terra por uma “específica relação social” servidão; *Não era proprietário da terra, mas a utilizava compulsoriamente. *A propriedade da terra pertencia aos senhores feudais. *A relação dos senhores com os camponeses era uma relação “político-legal de coação” (143) Ou seja, “serviços, arrendamentos em espécies ou obrigações consuetudinárias do camponês para o senhor” = exploração econômica [entrega de uma parcela do trabalho] + autoridade política [as leis e os costumes legitimavam a entrega dos bens, em troca da terra]; A posse da terra pelo senhor, era uma posse “apenas de grau” suserania e vassalagem Unidade complexa As ligações se davam em graus diversos, marcando-se a especificidade da condição camponesa na base da pirâmide social. Nesse sentido, o camponês devia obediência ao senhorio, ou senhor feudal, que devia serviços a outro senhor, até chegar-se ao poder do monarca. Como decorrência, havia uma descentralização e uma pulverização do poder, está se constituindo como uma característica do modo de produção feudal. Baixa centralização política-> parcialização da soberania constitutiva de todo o modo de produção feudal. Herança do modo de produção escravista: Campo e a agricultura, que vão se tornando autossuficientes com a decadência do escravismo; Passagem da escravidão ao colonato [regime no qual o trabalhador fica preso à terra, tendo que pagar tributos ao proprietário]; TEXTO 5 – HISTÓRIA ECONOMICA GERAL DA IDADE MÉDIA – HENRY PIRENNE Final da Antiguidade “Para que bem se compreenda o renascimento econômico que teve lugar na Europa Ocidental, a partir do século XI, deve-se examinar,rapidamente, o período anterior”. Reinos bárbaros fundados a partir do século V conservaram seu caráter mediterrânico; da Antiguidade; Preservação do comércio, da moeda, e dos contatos comerciais com o Egito e a Ásia menor - PARA ELE O FEUDALISMO NÃO COMEÇOU COM AS INVASÕES BARBARAS E MUITO MENOS COM O FIM DA ESCRAVIDÃO, PARA PIRENNE A ANTIGUIDADE ACABA APENAS QUANDO É FECHADO O MAR MEDITERRÂNEO (QUE DE LAGO SE TRANSFORMA EM BARREIRA POIS É IMPEDIDO O COMERCIO ENTRE AS CIDADES. Com o fechamento do Mediterrâneo, o comércio europeu se extingue. Com isso, também e a vida urbana, a partir do século VII, desaparecem. - As cidades romanas, centros da administração da igreja católica, permaneceram enquanto centros administrativos, mas sem importância econômica. - Desaparecimento do ouro e adoção da prata carolíngia, indício de rompimento com a economia antiga PIRENE CONSIDERA O FECHAMENTO DO COMERCIO UM FATO ANÔMALO NA HISTÓRIA POIS O COMERCIO SERIA ALGO NATURAL QUE FOI REPELIDO POR FATORES EXTERNO, PORTANTO O FEUDALISMO FOI UMA ÉPOCA NÃO NATURAL NA HISTÓRIA DEVIDO A INEXISTÊNCIA DO COMERCIO DESAPARECIMENTO DO COMERCIO “Do século IX ao XI, o Ocidente, em verdade, permaneceu bloqueado” (10) “O movimento comercial não lhe sobreviveu, pois a navegação constituía sua artéria vital” (10); Até a conquista árabe, “uma classe de mercadores profissionais fora, em todas essas regiões [Itália, África, Espanha, Gália], o instrumento de um comércio de exportação e importação, cuja importância, mas não a existência, pode ser discutível”; Os mercadores mantiveram a importância das cidades do império romano como centros comerciais e de população; Desaparecimento dos mercadores a partir do século VIII; As cidades romanas permaneceram enquanto centros administrativos, mas sem importância econômica. Desaparecimento do ouro e adoção da prata carolíngia, indício de rompimento com a economia antiga, mediterrânica SURGIMENTO DO FEUDALISMO Aos finais do século VIII, a Europa se torna uma grande região “exclusivamente agrícola”; Todas as classes da população dependiam do solo enquanto lugar de trabalho, de riqueza e de sustento; “Os bens móveis já não tinham qualquer valor econômico”; Impossibilidade de manter exércitos profissionais; Toda a organização social deriva da posse da terra e, dessa forma, o poder se desintegra entre os senhores feudais. O feudalismo “é a repercussão, na ordem política, do retorno da sociedade a uma civilização puramente rural” (13). OBS: Feudo x Latifúndio: o latifundiário produzia para o comércio com as cidades e já o feudo produzia para ser autossuficiente SOCIEDADE FEUDAL Uma sociedade essencialmente rural e na qual o intercâmbio e a circulação dos bens se restringiram ao grau mais baixo a que podiam atingir” (17) Desaparecimento da circulação de mercadorias e de comerciantes; Os homens são definidos pela sua relação com a terra Proprietários leigos e eclesiásticos; Servos e rendeiros: “a servidão é a condição normal da população agrícola, isto é, de todo o povo” (18); “O fato essencial não é a condição jurídica, mas a condição social, e esta reduz à condição de dependentes e de explorados, ao mesmo tempo que protege os que vivem na terra senhorial” (18) IGREJA NO PERÍODO FEUDAL “Nesse mundo rigorosamente hierárquico, o primeiro lugar, e o mais importante, pertence à Igreja” (18) Ascendência Econômica [extensão territorial] Ascendência Moral [cultural]; - Possibilidade de receber doações, heranças e esmolas Acumulação de riqueza monetária - Prestamista em épocas de crise; - Conservação da leitura e da escrita; - Ocupação dos postos administrativos seculares [laicos] e temporais [religiosos] * Ordem social adaptada à vida agrícola e feudal: “a finalidade do trabalho não é enriquecer, mas conservar-se na condição em que cada um nasceu, até que, desta vida mortal, passe à vida eterna” (19); - Pobreza tem origem divina; - Os ricos devem aliviá-la pela caridade exemplo dos mosteiros - Proibição da usura; - homo mercator vix aut nunquam potest deo placere “Um comerciante por conduzir sua vida sem pecado, mas nunca irá agradar a Deus” TEXTO 6 – INFLUENCIA DAS CIDADES NA IDADE MÉDIA – HENRY PIRENNE SECULO X e XI– Restauração e paz Crescimento da população (Oferta de mão de obra) Fim das disputas entre os senhores feudais Crescimento da produção agrícola Retomada Militar de caráter ofensivo -> CRUZADAS -> REABERTURA DO MEDITERANEO Disputas pelo comercio, logo, se juntam para a expulsão do muçulmano. Reconquista do mar mediterrâneo (sobre os muçulmanos – expulsão definitiva após tomada de Granada) Renascimento do comércio OBS: Possibilidade da preocupação religiosa em retomar os territórios sagrados para a religião cristã só foi possível nos lugares onde o comercio se fortificou O princípio religioso organizou as primeiras Cruzadas VENEZA (SUL) FLANDES (NORTE) CIDADE COMERCIAL POR EXELÊNCIA LIGADA A CONSTANTINOPLA ABSORVEU OS ELEMENTOS POSITIVOS COMERCIO DE GRANDES DISTANCIA CONTABILIDADE EQUILIBRADA DO COMERCIO PASSA A ABASTECER CONSTANTINOPLA COM PRODUTOS EUROPEUS IMPORTAVA TECIDOS E ESPECIARIAS DA ASIA TRATADOS DE COMERCIO COMERCIO DE TECIDOS INTENSO COMERCIO PRODUÇÃO DE LÃ EM GRANDE ESCALA MONOPÓLIO DE TRASPORTE DE MERCADORIAS NO ORIENTE SEC XII – DISSOLUÇÃO DOS LAÇOS FEUDAIS: O COMERCIO PASSA A SER SINÔNIMO DE LIBERDADE EM CONTRAPOSIÇÃO A SERVIDÃO CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO RENASCIMENTO DO COMERCIO (VENEZA E FLANDES) COM A ABERTURA DO MAR MEDITERRÂNEO (CRUZADAS), A EUROPA VOLTA AS SUAS BASES DA ANTIGUIDADE (BASEADA NO COMERCIO) COMERCIO TERRESTRE (EM GRANDE ESCALA) AS CIDADES PASSAM A TER UM PAPEL MAIOR DO QUE NA ANTIGUIDADE, DEIXAM DE SER PORTUÁRIA E PASSAM PARA O INTERIOR DO COMERCIO, CENTRO DE COMERCIO E DE ARTIGOS MANUFATURADOS SURGE A BURGUESIA (RIQUEZA MÓVEL) COMERCIO: EPIDEMIA BENFAZEJA (ESPALHOU COMO EPIDEMIA DE FORMA BENEFICA) BASE AGRÍCOLA PASSA A SER COMPLEMENTAR PRODUÇÃO URBANA E AGRÁRIA ESPECIALIZADA COM DESTINO NO MERCADO (CIDADES) FIM DA SERVIDÃO (SURGIMENTO DO CAPITALISMO – PIRENNE) CAPITALISMO: EXISTÊNCIA DE CAPITAL, CAPITAL ESTE LOCALIZADO NAS CIDADES E QUE SURGIU GRAÇAS AO COMERCIO TEXTO 7 – A INFLUÊNCIA DAS CIDADES NA CIVILIZAÇÃO EUROPEIA – HENRY PIRENNE CIDADES: Ponto de comercio entre a população rural e urbano BURGUESIA (ordem privilegiada): classe livre (sem obrigações aos senhores e ao clero) o Sem querer a burguesia promoveu a liberdade das classes camponesas ao fazer o comercio. o BURGOS: lugares de hibernada para os mercadores-> reforço das fortaleza -> se tornam “cidades novas” (Pirenne) o Riqueza móvel, amoedável RELAÇÃO DA CIDADE COM O CAMPO: SURGIMENTO DE CORPORAÇÕES (locais) E GUILDAS (regionais) E HANSAS (exterior) o Ex. Produção de lã em Flandes = HANSA (reunia diversos ofícios para cada etapa, grandes mercadores) o União de artesãos: Proteção das caravanas Evitar concorrentes estrangeiros Estabelecer monopólios Obter cartas de franquia ou formação de comunas -> liberdade da intervenção dos senhores ou da igreja -> fugir da tributação e da justiça feudal OBS: ADAM SMITH CRITICA ESSES MONOPOLIOS POR FERIR O LIVRE MERCADO LOCAL DE CONFLITOS o PUTTINGOUT SYSTEM: grandes mercadores buscavam sair das corporações, fugir das regulamentações. CAMPO E CIDADE SE TORNAM COMPLEMENTARES, AS CIDADE SE TORNAM AUTONOMAS E INDEPENDENTES, PASSAM A ATRAIR CAMPONESES QUE TEM A POSSBILIDADE DAD PELOS MESTRE DE OFICIO PARA TER A SUBSISTENCIA GARANTIA PELA OFICINA PODENDO ABRIR EM ALGUNS ANOS A SUA PROPRIA OFICINA A FORMAÇÃODOS NUCLEOS URBANOS (BUGUESIA) ABALOS A ESTRUTURA ECONOMICA DOS CAMPOS FIM DA AUTOSSUFICIENCIA DOS CAMPOS -> ESPECIALIZAÇÃO PRODUTIVA DO COMERCIO “CIDADES NOVAS”: CIDADES LIVRES (SURGE O NOVO CAMPONES VOLTADO DE LIBERDADE) FIM DA SERVIDÃO LIBERDADE: Mesmo as cidades antigas, deixam “prescrever” os antigos direitos feudais, pondo fim a servidão Fim da necessidade de autossuficiência e a liberação do camponês pois agora o comercio fornece os gêneros necessários Desaparecimento do antigo sistema senhorial NOVA FORMA DE RIQUEZA Capital mobiliário, móvel, a riqueza da “terra” A riqueza da terra garantia a liberdade e a posição social de seus proprietários: os senhores e o clero A riqueza da burguesia não estava associada a terra mas sim ao comercio O dinheiro passou a ser um elemento necessário pra medir a riqueza, passou a circular Substituição dos pagamentos em gênero para os de espécie RIQUEZA MOVEL (MONETÁRIA) Surgimento de banqueiros (flandes e na Itália) Endividamento dos senhores feudais HENRY PIRENNE CAPITALISMO: SURGIU APARTIR DO SEC Xll (Já existem capitalistas no sec. XI -> COM O SURGIMENTO DO CAPITAL (decorrente do conjunto de transformações: COMERCIO, CIDADES, LIBERDADE ALTERAÇÕES NA VIDA POLÍTICA Quebra do equilíbrio de poder entre Senhores e Clero CONSEQUENCIA DAS CIDADES Importância Econômica e Política Formação de exércitos Tendência para tornarem-se republicas municipais (Gênova e Veneza); Liberdade e seus domínios, mas submetidas ao governo territorial ou monárquico Estados dependiam financeiramente dos burgueses Incorporação dos burgueses nos conselhos de Estado. SEC XIV – Capitalismo -> COMERCIO, CIDADES, LIBERDADE RELAÇÃO FEITA DO SURGIMENTO DO CAPITALISMO NO SEC. XVIII (REV. INDUSTRIAL) DEVIDO AOS SEGUINTES FATORES: PRODUÇÃO INDUSTRIAL-> GRANDE PRODUÇÃO-> REDUÇÃO DE CUSTO -> AUMENTO DE PRODUTIVIDADE -> TRABALHO ASSALARIADO -> TRABALHADOR PROLETÁRIO -> VENDE A FORÇA DE TRABALHO - >PROPRIETÁRIO DOS MEIOS DE PRODUÇÃO (DONOS DE INDUSTRIAS) -> “A FORÇA DE TRABALHO SE TORNOU MERCADORIA” – Relações Sociais de Produção TEXTO 08 E 09 – A EVOLUÇÃO DO CAPITALISMO - DOBB - O CAPITALISMO (DOBB) Não há consenso sobre o termo capitalismo -> subtendido mas não explicado Dificuldade para localizar no tempo o surgimento do capitalismo “Três significados com destaque para capitalismo, se associando de forma distinta: 1- Weber: 2- Henri Pirenne: “o capitalismo poderia ser considerado como já presente assim que os atos de produzir e vender a varejo se separam no espaço e no tempo pela intervenção de um comerciante atacadista que adiantava dinheiro para a compra de artigos com o fito de subsequente venda com lucro” -> organização e produção voltada para mercados distantes, organização focada para o comercio e surgiu com o Renascimento do Comercio ainda no sec. XII. -> Venda de mercados distantes. ->Procura pelo lucro 3- Karl Marx: “modo de produção capitalista” Forças produtivas -> nível técnico -> produção em larga escada, alta produtividade Forma de trabalho se torna mercenária Modo de produção Capitalista: -> forças produtivas: indústria, grande escala de produtividade e diminuição de custo -> relações sociais: trabalhadores: vendem sua força de trabalho por um salário Proprietários: donos dos meios de produção (equipamentos e recursos) Diferenciação de classes (capitalista e proletário), relação de emprego SURGIMENTO DO CAPITALISMO SEC XIV: CRISE DO MODO DE PRODUÇÃO FEUDAL SEC XVI → XVIII: ACUMULO PRIMITIVO AO ACUMULO DE CAPITAL → PRESSÃO SOBRE O SERVO E A SERVIDÃO PARA O AUMENTO DO EXCEDENTE Baixa produtividade, solo produzindo menos devido ao abuso de uso. * subfeudação: multiplicação do número de vassalos, das famílias e dos dependentes * fuga dos camponeses: lotação das cidades * banditismo (rebelamento dos servos sobre os senhores feudais) * Repressão aos camponeses * Cruzadas, Festas (pela força do servo) causa o endividamento dos senhores RESULTADO: ARRENDAMENTO (muitos trabalhadores), ASSALARIAMENTO (pastoreio = poucos trabalhadores), SEGUNDA SERVIDÃO (onde a rebelião foi reprimida) → Arrendamento: afrouxamento dos laços servis, com propósito de manter a servidão com as novas características desse sistema feudal. Vantagens: o senhor feudal diminuía o custo, pois o camponeses que faz a manutenção; o camponês arca com os custos o arrendamento e o assalariamento o camponês retém um excedente melhor do que havia na servidão, mantendo a renda feudal, garantindo o excedente do camponês e produz uma melhora da produtividade * Pré-condições 1- existência ou não de reserva de mão de obra 2- nível de produtividade permite o pagamento dos salários e o excedente do senhor. MODIFICA A FORMA DE EXTRAÇÃO DO EXCEDENTE PORÉM MANTÉM A SERVIDÃO Surgimento de uma classe de camponeses prósperos que melhoram a produtividade inovando seus equipamentos para maior produção 1640 - > REVOLUÇÃO INGLESA: fim das obrigações feudais: supremacia do parlamento. Compra e venda de propriedades de terra e fim do monopólio das companhias de comércio. Resultado de um longo processo de transição (EQUILÍBRIO DE ELEMENTOS DISCRETOS) SEC. XVII – REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1760 - 1780): transição para um estágio especifico do capitalismo: produção em grande escala e diferenciação entre capitalistas e assalariados (Esfera Econômica) Quando acaba o feudalismo? Para Dobb os sec. XVI e XVII marcam um período de crise do feudalismo (Desintegração avançada do feudalismo - > predomínio do trabalhador ainda sujeito ao senhor, servidão mas o Feudalismo tem o seu fim no sec. XVII (REVOLUÇÃO INGLESA) RELAÇÕES INTERNAS Os senhores passam a exigir um maior excedente dos servos para manter o comércio, FEUDALISMO (para Dobb): existência da servidão, relação direta do produtor com o seu superior imediato. → Jurídica: ênfase nas relações de suserania e vassalagem e nas formas de posse de terra; * Modo de produção feudal: ênfase na relação imediata entre o senhor e o servo, forma de como o senhor extrai o excedente do servo. A definição de relação de servidão e que uma parte do trabalho do servo vai para o senhor feudal (seja ela em dinheiro, em dias de trabalho ou em obrigações) - O papel do Comércio (para Dobb) ele admite o renascimento comercial do séc. XVII, e a grande penetração das trocas, do comércio. Mas a prestação de serviço entre os senhores e os servos houve apenas uma alteração, por serviços com pagamento em dinheiro e a arrendar a propriedade senhorial por dinheiro e mão de obra assalariada. * Não é possível generalizar a relação entre desenvolvimento do comércio e o declínio da servidão. Segunda servidão: fortalecimento de laços feudais na Europa Ocidental para produzir cereais para o mercado (em alguns lugares quase escravidão) COMUTAÇÃO: → PRIMEIRA FASE (SEX XII – XIV) Muitos camponeses continuavam presos a terra Abundância de mão de obra → SEGUNDA FASE Enfraquecimento da ordem feudal Endividamento dos senhores Desorganização das propriedades TEXTO 08 - A ÉTICA PROTESTANTE – MAX WEBER PARA WEBER É DIFÍCIL ENTENDER ESSA ÉTICA CITADA POR BENJAMIN FRANKLIN CUJO OBJETIVO PRINCIPAL E A BUSCA ILIMITADA PELO GANHO COMO FORMA DE CONDUZIR A VIDA E COMO FINALIDADE AO INVÉS DE COMO MEIO PARA ATINGIR SEUS OBJETIVOS (GESTÃO DOS LUCROS DE FORMA ILIMITADA-RACIONALIZAÇÃO EXTREMA) TEXTO 10 - A ACUMULÇÃO DE CAPITAL E O MERCANTILISMO – DOBB • A principal consequência do fim do feudalismo deserção das propriedades senhoriais a lotação das cidades aumento do banditismo e da vadiagem • séculos XIV-XVI: crise do feudalismo – Séculos XVI=XVII: origem, inícios do capitalismo, penetração na produção – Final do XVIII: Capitalismo pleno: Revolução Industrial • Valores classe social posição na sociedade. ACUMULAÇÃO DE TÍTULOS E A CAPACIDADE DE TRANSFORMA-LOS EM MEIOS REAIS DE PRODUÇÃO. ACUMULAÇÃO SOCIAL DA RIQUEZA -> CONCENTRAÇÃO DA RIQUEZA NAS MÃO DE UM CLASSE REDUZIDA (CONCENTRADA, CONSTRUÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS DE PRODUÇÃO), DEPOIS TRANSFERIDA PARA A PRODUÇÃO INDUSTRIAL (CONSTRUÇÃO DAS FORÇAS PRODUTIVAS DE PRODUÇÃO) COM OS BAIXOS PREÇOS DAS PROPRIEDADES DEVIDO AO DECLÍNIO DO MODO DE PRODUÇÃO FEUDAL E O ENDIVIDAMENTO DOS SENHORES FEUDAIS, TENDE A CONCENTRAR AS PROPRIEDADES NAS MÃOS DE UMA CLASSE, COMPRAR EM ÉPOCA DE CRISE E VENDER POSTERIORMENTE FEZ ISTO SER POSSÍVEL RIQUEZA CONVERTIDA EM INVESTIMENTO INDUSTRIAL A cumulação de capital no momento mercantilista para a expansão dos mercados foi uma pré- condição para o desenvolvimento da produção e do investimento. Para Adam Smith era imperioso uma regulação do preço de compra dos bens com o preço de venda. O conceito central era praticar a acumulação primitiva do capital que seria empregado para financiar o crescimento e desenvolvimento da indústria. De um lado os lucros fáceis com a exploração do monopólio de mercado, de outro a exploração da mão-de-obra industrial assalariada. SEC XVI → XVIII: ACUMULO PRIMITIVO DE CAPITAL – RESERVA DE MÃO DE OBRA - (Desistegração avançada do feudalismo - > predomínio do trabalhador ainda sujeito ao senhor, fim da servidão mas o Feudalismo tem o seu fim no sec. XVII (REVOLUÇÃO INGLESA) -> REVOLUÇÃO INGLESA: fim das obrigações feudais: supremacia do parlamento. Compra e venda de propriedades de terra e fim do monopólio das companhias de comércio, o fim do feudalismo causa uma baixa no preço dos bens e da terra facilitando a concentração da riqueza nas mãos da minoria. Surge o mercado de terras (organizado pelo estado) Mercado de terras: XVI: reforma protestante; XVII REV. Inglesa; XVIII Atos do Parlamento Comercio colonial: superlucros Melhoria na produtividade agrícola: agriculturas capitalistas MERCANTILISMO O estado está acentuando a crise feudal facilitando a execução da hipotecas dos novos endividados garantindo os lucros comerciais e pela criação da dívida pública. - PRECONDIÇÕES PARA O INVESTIMENTO INDUSTRIAL: Concentração social da riqueza (classe reduzida da sociedade), separando os proprietários dos trabalhadores assalariados (XVI) Queda do preço dos salários Acesso a matérias primas com baixo preço sobretudo o algodão. Ampliando a demanda interna (trabalhadores) e externa (colônia) Investimento e produção manufatureira e industrial (XVIII) – LUCROS CONSTANTES x (superlucro) Expansão do mercado interno e externo devido à queda no custo da mão de obra e no custo das matérias primas. MERCANTILISMO: noção de lucro, típico de mercados monopolistas, enfatiza que a riqueza e medida pela quantidade de ouro – criação de uma balança comercial favorável. A partir do século XVII começa a enfatizar a produção manufatureira (ESTADO BURGUÊS) Mercantilismo foi a teorização da importância dos mercados externos para a expansão econômica e os investimentos manufatureiros. Teoria que enfatiza o lucro oriundo da regulamentação do comercio • “O Sistema Mercantil foi um sistema de exploração regulamentada pelo Estado e executado por meio do comércio, que desempenhou papel importantíssimo na adolescência da indústria capitalista: foi essencialmente a política econômica de uma era de acumulação primitiva” (149). • Contradição vital na história do capitalismo entre livre-comércio e intervenção estatal: • “Para expandir-se, para encontrar lugar para acumulações sempre novas de capital, a indústria precisa de uma expansão contínua do mercado (e, em última análise, do consumo). No entanto, para preservar ou aumentar a rentabilidade do capital já investido, tem-se de recorrer de quando em vez a medidas de restrição monopolistas, cujo efeito é aguilhoar o mercado e impedir as possibilidades de nova expansão” (156) A burguesia passa a ter influência na política do estado - ACUMULO DE CAPITAL 1º MOMENTO: FOI POSSÍVEL COMPRAR TERRAS E BENS A PREÇOS BAIXOS QUE SE FEZ POSSÍVEL PELA CRISE DO MODO DE PRODUÇÃO FEUDAL 2º MOMENTO: CONJUNTO DE CARACTERÍSTICAS TORNOU RENTÁVEL ABRIR MAO DE FORMAS DE INVESTIMENTOS PARA SE INVESTIR EM INDUSTRIA, INDICANDO SER LUCRATIVO INVESTIR NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL. TEXTO 11 – LINHAGENS DO ESTADO ABSOLUTISTA DO OCIDENTE – PERRY ANDERSON Para Anderson a crise do sistema feudal proporciona à burguesia uma oportunidade de ganhar certa medida de poder político, graças ao qual poderia influenciar a política econômica do Estado Após a queda do feudalismo, temos o surgimento do Estado Absolutista. Na crise do feudalismo o poder é fragmentado nas mãos de muitos, depois torna-se propriedade do reis. Os antigos senhores feudais se juntam ao rei formando a nobreza, os camponeses vão em direção a quem possui o poder e para isso eles se reorganizam. Forma a monarquia absolutista Para Anderson não é o fim da servidão que leva o fim do sistema feudal A classe dominante é a mesma da época medieval: a aristocracia. Estado Absolutista: aparelho de dominação feudal recolocado e com isso reforçado, destinado a sujeitar as massas camponesas em suas condições Estado era feudal (o que torna possível manter a servidão apesar do poder agora não ser mais fragmentado) Estado absolutista mas a economia estava na mão dos burgueses Investimento na produção industrial Reserva de mão-de-obra Formação da classe operária Acesso a suprimentos e matérias-primas comércio colonial Produção de ferramentas e maquinarias -> aumento da demanda; • Essencialmente, o absolutismo era apenas isto: um aparelho de dominação feudal recolocado e reforçado, destinado a sujeitar as massas camponesas à sua posição social tradicional – não obstante e contra os benefícios que elas tinham conquistado com a comutação generalizada de suas obrigações... ele, [o Absolutismo] era a nova carapaça política de uma nobreza atemorizada” (18); • Ponto de vista econômico: “Concepção de propriedade privada absoluta e incondicional” propriedade territorial / Direito comercial cidades • Correspondia aos “interesses vitais da burguesia comercial e manufatureira” (26); • Propriedade escalonada e condicional da Idade Média • Ponto de vista político: centralização dos poderes X parcialização e relações pessoais diretas direitos de Império: poder de classe aristocrático num aparelho de Estado centralizado que constituía a reação da nobreza àquele processo [de mercantilização das trocas]” (27); • Vontade do príncipe tem força de lei; • Poder absoluto (ausência de restrições legais anteriores) • “À intensificação da propriedade privada na base contrapôs-se o incremento da autoridade pública no topo, corporificada no poder discricionário do monarca” (27); REVOLUÇÃO BURGUESA: quando começa a entrar em conflito os interesses entre a nobreza e a burguesia, a burguesia sai em prejuízos por isso foi necessário essa revolução Inglaterra 1534 -> Reforma protestante: gera o fim da jurisdição papel nas terras da Inglaterra e as terras da igreja são confiscadas, o Rei Henrique VIII casou-se e teve a filha Elisabethque foi sua sucessora no terno, Rainha Turdor, ela não teve filhos e isso gerou um problema de sucessão para o trono inglês. Faleceu em 1603 colocando fim a dinastia dos Turdos, nascendo a dinastia dos Stuart (Reis Escocês com influencias catolicistas) - Escócia, pais com guerras entra católicos e protestante nesta época. O Rei Stuart cria na Inglaterra o estado absolutista aumentando os impostos e ampliando a justiça real, Este rei governa com ajuda do Parlamento, este foi um parlamento composto pela burguesia em ascensão nos séculos XVI e XVII (muitos protestantes), para a ampliação dos impostos deveria haver o consenso do parlamento. Em 1628 a Inglaterra entra em guerra para a França e isso se faz necessário a ampliação dos impostos para financiar a guerra, para isso convoca-se o parlamento. O parlamento apresenta a proposta de ampliação dos impostos na condição de que possa também convocar o exercício, colocando em cheque o absolutismo. O rei fecha o parlamento e começa a governar, agora sim, de forma absoluta, resolve-se a guerra com a França e ocorre uma guerra civil na Escócia entre protestantes e católicos em 1640. Retoma a convocar o parlamento devido a extrema necessidade de arrecadação tributária. Criando o Cheap Money: imposto sobre as mercadorias que chegam pelos navios ingleses (recairia sobre os grandes comerciantes). O Parlamento se contrapõe ao rei em uma assembleia não aceitando este imposto e vota uma nova lei que tira do rei a prerrogativa de reunir os exércitos – novamente o parlamento e fechado-. O parlamento criou o New Modern Army, esse exército é um exército formado por diversos extratos sociais que remunera os seus soldados muito bem e pontualmente, oferecendo uma oportunidade de ascensão social ao contrário do exército dos nobres. Instaurando como forma de ascensão o mérito pessoal. O parlamento entra em guerra com os exércitos com o rei absolutista (Revolução Inglês – ou Puritana-) tendo como resultado a derrota dos exercícios do rei Carlos II, a captura do mesmo e o julgamento do mesmo por ter governado contra os interesses da nação e é executado pelo exército. A BURGUESIA TOMOU O PODER NA INGLATERRA, se implantou uma republica comandada por Oliver Crow criando a liberdade de imprensa e crença, surgindo dezenas de ceitas protestantes e movimentos sociais e isso só foi resolvido com um golpe interno que tirou Crow do poder implementando uma monarquia parlamentarista. Essas diversas ceitas são proibidas banindo esses religiosos para um colônia inglesa que futuramente será os EUA Commonwaalth (riqueza comum). Primeiras medidas desse novo estado são os atos de navegação buscando ampliar o exclusivismo do comercio inglês. Ampliando os interesses da burguesia dentro do estado inglês. TEXTO 12 – A ORIGEM DO CAPITALISMO – ELLEN WOOD Sociedade com mercado x Sociedade de mercado Sociedade com mercado Sociedade de mercado A troca e o comercio eram subsidiários de dinâmica social Mercados complementares e não competitivos Ausência de aumento de produtividade Ausência de competição Domínio nas relações comerciais Mercados competitivos Aumento de produtividade para obtenção de lucro O capitalismo agrário inglês: as transformações agrarias, relações sociais de produção são o principal elemento para o surgimento de um mercado capitalista, baseado na compulsão a produção visado aumento da produtividade, lucratividade e redução dos custos. Setor agrícola se torna produtivo e em grande escala e impulsionou o processo de industrialização. Mercado Capitalista: trabalhadores e capitalistas dependem do mercado (para vender seus serviços – trabalhadores- para vender suas manufaturas – capitalistas) Duas correntes que se repetem; 1- crescimento demográfico 2 – mercado internacional DOBB ELEN WOOD Ênfase nas transformações agrarias e estão ligadas ao papel da Inglaterra quanto a uma grande nação comercial TEXTO 14 – A GRANDE REVOLUÇÃO INGLESA – José Robson de Andrade Arruda. Mudança brusca na taxa de crescimento de diversos setores com a produção industrial Inglês. Com isso é possível dizer que isto não era um simples processo financeiro mas sim uma revolução pois assim que essas taxas começaram a crescer interruptamente fica impossível para a Inglaterra voltar ao estado anterior. Revolução Industrial: Liberalismo econômico -> substituição das regulamentações típicas dos sistema de produção pela implantação da competição entre os agentes econômicos, sem a qual nenhum progresso poderia ser atingido Duas correntes que se repetem; 1- crescimento demográfico 2 – expansão do mercado internacional. O aumento populacional melhora a agricultura e a mobilidade social alterando os padrões de consumo permitindo um aumento dos salários e do mercado em si. Mercado internacional: expansão do mercado e acumulo de capital; expansão do comercio e do credito, aumento da demanda sendo necessário maquinas para atende-se. Criação de impérios coloniais: América Índia e África. Rev. Industrial: tem origem nas transformações sociais que ocorreram no século XVII; * Rev. Inglesa e mercado internacional Capitalismo: Necessidade de se ter maquinas para satisfazer a demanda do mercado, produção industrial Significado da Revolução Inglesa: era uma revolução burguesa com a necessidade de destravou seu crescimento econômico, um conflito entra o Parlamento e o Rei. Foi feita pelas classes burguesas em ascensão, recrutou elementos do campo, pequenos produtores que estavam perdendo as suas terras e meios de produção e viram a revolução como forma de manter as suas terras. Depois da revolução, todos esses radicais. A revolução não foi feita pela burguesia mas pode ser considerada uma revolução burguesa pois o resultado dela foi a permissão de expansão da burguesia e dos métodos de expansão capitalista Pos revolução: criação dos atos de navegação (com objetivo de ampliar o comercio da Inglaterra com as suas colônias e os outros países europeus com a frota de navios ingleses) -> Ampliação das colônias -> desarmamento e taxação da aristocracia (aboliu os direitos feudais). Fortalece os interesses burgueses. Medidas Mercantilistas: PRODUÇÃO SUBSTITUI O CONSUMO COMO PRINCIPAL PREOCUPAÇÃO Liberação da exportação de tecidos e proibição de importação Exportações de cereais Proibição de produção de bens manufaturados pelas colônias Proteção à indústria de lã Estimulo a construção naval. Expansão dos cercamentos de terras comunais, retirada de pequenos produtores para concentrar a terra em grandes propriedades, ampliando a produtividade. Fundação do banco da Inglaterra e surgimento da dívida publica Transformações agrarias: sistema jurídico deixa de proteger os camponeses contra os cercamentos, a propriedade se torna absoluta desde que ela seja vinculada ao uso produtivo da terra Cercamentos: pôs revolucionários Cercamentos (Inicio XVI – XVII)-> apropriação de terras camponesas para ser pastagem gerando o êxodo urbano Alargamento de áreas de cultivo, aumento populacional Cercamentos no séculos XVIII: aceleração dos cercamentos, atos parlamentais incidem cada vez mais, aumento da produtividade agrícola, confinamento do gado, melhora sanitária e canalização do aumento populacional, este estimula aumentos maiores de produtividade. Agricultura e Revolução Industrial: agricultura supre a indústria, favorece os capitalistas agrários TEXTO 15 – A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL INGLESA DO SECULO XVIII – PAUL MANTOUX Revolução Industrial e Grande Industria: implica na concentração e multiplicação dos meiosde produção e pressupõe uma grande concentração de capital e pressupõe a produção em grande escala, utiliza maquinas trazendo uma maior rapidez e precisão maior do que a força humana: SUBSTITUI A FORÇA MUSCULAR PELA FORÇA MOTRIZ, o que a diferencia das outras formas de produção é a independência da força humana (limitada), isso a difere de todas as formas de produção anteriores. Concentrada nas fabricas: meta final: venda. Criação de novos mercados para vender a grande quantidade de mercadoria dando um grande impulso para a produção possibilitando a comunicação direta com os produtos, grande escala, aumento de produtividade, redução de custos e do preço dos produtos, ampliação do consumo e da concorrência, carreira ampla de transporte e se estende para perseguir seus interesses materiais. A grande indústria está por traz do conjunto de transformações econômicas políticas e sociais. A produção pode se tornar infinita (o homem tem limite) Manufatura: baseada na divisão do trabalho, modifica a propriedade dos meios e a forma como ela é organizada, agora concentrando os trabalhadores no ambiente de trabalho onde ele está sob a observação de um supervisor. Surge com o objetivo de ampliar a produção. (Ex: fabrica de alfinetes de Adam Smith), mas ainda depende do homem e da capacidade dele de trabalhar por mais tempo possível reunião de diversos ofícios para produzir apenas um produto. Representa a simplificação de diversos estágios e ferramentas de um produto final impossibilitando o trabalhador de obter as suas formas de subsistências. Organiza o tempo de trabalho e instaura a conectividade entre o tempo de trabalho. Maquinismo: surge na metade do sec. XVIII, o uso de maquinas aumentou a quantidade de capital investindo tornando cada vez mais inacessível do operário deter os meios de produção. Maquinismo e Produção Industrial: condições necessárias para o surgimento da revolução industrial: compreender o surgimento de necessidades de produção baseada na mesma indústria. Ainda depende das habilidade do indivíduo, porem a produção é dividida e com isso o indivíduo se especializa em apenas uma parte criando uma classe de trabalhadores não qualificados impedindo assim os trabalhadores completos de trabalhar pois eles não podem competir com as maquinas e o trabalhado não qualificado não necessita de muitas informações e saem mais baratos do que o artesão que domina o processo todo. Com a maquinaria se altera o emprego da força de trabalho possibilitando esse aumento na produção caracterizando assim uma mudança no sistema, A Revolução Industrial. Cooperação: forma de trabalho em que muitos trabalham planejadamente lado a lado no mesmo processo de produção ou diferentes mas conectados. Obriga a cada indivíduo a empregar só o tempo necessário da sua função intensificando o trabalho de forma diferenciada do ofício independente. Trabalhador parcial: o trabalhador passa a se especializar e assim ele despoja o trabalhador de seus meios por duas formas, tirando os seus meios de produção e perdendo a sua habilidade de produzir pois ele se especializa em apenas algumas coisas deixando outras de lado, aumentando a produtividade por meio da repetição de mesma tarefa, Limites da Manufatura: contradição entre as relações sociais de produção: divisão do trabalho e separação do trabalhador de seus meios de produção; e as orças produtivas: nível técnico de produção que impõe limites a expansão da produção. Efeitos imediatos da produção mecanizada sobre o trabalhador: prolongamento da jornada de trabalho para uma maior produção, concorrência. Fabrica: dependência da necessidade de ampliar a produção para além dos limites físicos impostos para além das forças humanas e necessidade de superar os limites físicos da produção como visto no período de aceleração da produção e exportação inglesa e a maquinaria para revolucionar os meios de produção para coração de um trabalhador que por meio dos meios de subsistência deveria vender a sua força de trabalho por um salário sem requerer nenhum tipo de necessidade técnica e nenhum tipo de necessidade prevista. Essa passagem só pode acontecer quando os recursos já estava concentrados não mãos dos capitalistas e os trabalhadores já não tinham suas formas de produção e as necessidade de dominar os processos produtivos em conjuntos, permitindo uma expansão sem limite se chocando com a produção manufatureira cujo limite e a força humana, vencendo a última barreira para o surgimento do capitalismo. TEXTO 16 – DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL INGLESA AO IMPERIALISMO – ERIC HOBSBAWM Tese: a revolução industrial não pode ser intendida como processo econômico mas sim como processo social, que nada mais é do que o processo de acumulação primitiva de capital e acumulação de capital nas mãos de uma minoria privilegiada por um conjunto de leis(mercantilistas) que permitiam acesso ao capital privilegiado Revolução Industrial: aceleração da atividade econômica em virtude de transformações econômicas e sociais, não decorre de uma inovação tecnologias mas sim um conjunto de transformações sociais e econômicas que em determinado momento gerou inovações tecnológicas. A revolução industrial inglesa foi a primeira por isso ela se difere das outras, nenhum outro pais vai se industrializar da mesma forma de que a industrialização inglesa, ocorreu quando nenhuma outra nação tinha se industrializado gerando exemplo técnico e recursos que a Inglaterra usou como modelo. “As revoluções posteriores puderam utilizar a experiência, o exemplo e os recursos britânicos; • Outras industrializações contaram com “a imitação das técnicas mais avançadas, a importação de capital, o impacto de uma economia mundial já industrializada” (34); • Revolução industrial inglesa foi precedida de 200 anos de desenvolvimento econômico ´’contínuo” (200 anos de acumulo de capital) - PRECONDIÇÕES PARA O INVESTIMENTO INDUSTRIAL: Concentração social da riqueza (classe reduzida da sociedade), separando os proprietários dos trabalhadores assalariados (XVI) Queda do preço dos salários Acesso a matérias primas com baixo preço sobretudo o algodão. Ampliando a demanda interna (trabalhadores) e externa (colônia) Investimento e produção manufatureira e industrial (XVIII) – LUCROS CONSTANTES x (superlucro) Expansão do mercado interno e externo devido à queda no custo da mão de obra e no custo das matérias primas. ESSE CONJUNTO DE FATORES TORNOU O INVESTIMENTO INDUSTRIAL RELATIVAMENTE BARATO. OCORREU SOMENTE NA INGLATERRA POIS ELA REUNIU AS CONDIÇÕES PARA ESSA INDUSTRIALIZAÇÃO AO LONGO DO SÉCULO XVIII E SE TRATA NA ACUMULAÇÃO DE RECURSOS E EM COMO ELES SE TRANSFORMAM EM UMA REVOLUÇÃO. 1. O autor compara a Revolução Industrial com uma explosão, onde é preciso combustível a faísca e oxigênio. Metaforicamente o combustível seria as precondições faísca resiste na relação entre obtenção de lucro e inovação tecnológica e se da pela busca do lucro e nesse momento essa busca foi obtida através da inovação tecnológica que so ocorreu no final do SEC XVIII pois havia uma expectativa de lucros. Condições da revolução (oxigênio) são as seguintes: Mercado Interno - Crescimento da população (aumento do mercado consumidor); Transferência para atividades monetizadas (pessoas que não vendiam a sua força de trabalho passam a vender) [pouco relevante]; Aumento da renda per capita. Mercado interno com dimensão nacional e constante, esse aumento da população e da renda gerou demanda para a produção dentro da Inglaterra em uma dimensão maior do que em outras nações e constante. Esse mercado proporciona constância no mercado e protege a exportação em períodos de crise. Mercado Externo; Caracterizado por violentas flutuações e grandes margens de lucro, crescendo em velocidade maior do que o comercio interno, produção de algodão é o primeiro ramo a se industrializar, tornou a revolução viável e até automática. Governo. Subordinou a política externa, protegeu as industrias manufatureiras internas e buscou garantir mercados consumidores e fornecedores de forma que ao longo de segulo XVIII a Inglaterra tem o virtual monopólio entre as potências europeias, de colônias externas e o virtual monopólio de poder naval em escala mundial, favorece os interesses industriais, garante mercados para a produção interna e a própria demanda de produtos. METÁFORA DO AUTOR: Centelha: setor externo: melhorar do transporte marítimo, demanda externa aumenta constantemente. Combustível: setor interno: deu a base geral para a economia industrializada, pois o Mercado interno com dimensão nacional e constante, esse aumento da população e da renda gerou demanda para a produção dentro da Inglaterra em uma dimensão maior do que em outras nações e constante. Esse mercado proporciona constância no mercado e protege a exportação em períodos de crise. Oxigênio: Governo: apoio sistemático a comerciantes e manufatureiros; incentivos para inovação técnica e desenvolvimento da indústria de bens de capital • REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: ocorreu em uma manufatura de tecelagem, pois o algodão era o principal produto de comercio, portanto a revolução surge em maquinas que facilitam a produção de tecidos: Invenções na fiação • Spinning Jenny [filatório] = trabalhar com vários fios de uma só vez; • Water frame [força hidráulica] = combinação de rolos e fusos; • Mule [mula] = aplicação da energia a vapor; • Duas últimas, energia hidráulica e a vapor, implicavam produção industrial; Manufatura ≠ produção industrial devido as diferentes forças motrizes A novidade não estava nas inovações, e sim na presteza com que homens práticos se dispunham a utilizar a ciência e a tecnologia desde muito disponíveis e a seu alcance; e no amplo mercado que se abria às mercadorias, à medida que os preços e os custos caíam rapidamente. Não estava no florescimento do gênio inventivo individual, e sim na situação prática que fazia voltar o pensamento humano para problemas solúveis Surgiam com pequenas diferenças para facilitar problemas para ampliar a produção REVOLUÇÃO FOI UM PROCESSO ECONÔMICO E SOCIAL, PARA ISSO FOI NECESSÁRIO CONJUNTO DE PRÉ - CONDIÇÕES (ACUMULAÇÃO PRIMITIVA DE CAPITAL). A TECNOLOGIA FOI UM ELEMENTO SUBORDINADO POIS SURGE PARA ATENDER A UM CONJUNTO DE TRANSFORMAÇÕES DO ESTADO DO MERCADO INTERNO E EXTERNO CRIADO AO LONGO DE SEC XVIII QUE EXIGIU UM MEIO DE PRODUZIR MAIS PARA OBTER MAIORES LUCROS. Consequências do rápido avanço da produção industrial do algodão • Atividades descentralizadas, sem planejamento: “complexo de firmas altamente especializadas de médio porte” (60) • Fios, tecelagem, tinturaria, decoradores, estampadores, acabamento, etc.; • Mercado intersetorial, que unificava a produção especializada; • Surgimento de movimento sindical: trabalhador proletário como um agente social definido dentro de um ramo produtivo: • Divisão da população entre capitalistas e trabalhadores despossuídos de meios de produção; • Fábrica e maquinaria, regulando o trabalho dos homens; • Economia dominada pelo lucro capitalista O INICIO DA REVOLUÇÃO OCORRE NO SETOR TÊXTIL, SETOR DE BENS DE CONSUMO, ESSA PRODUÇÃO NÃO ESTIMULOU AS INDUSTRIAS DE BENS DE CAPITAL, INDUSTRIAS QUE PRODUZEM MAQUINAS E PRODUTOS QUE SÃO UTILIZADOS EM OUTRAS INDUSTRIAS. A REVOLUÇÃO NÃO ESTIMULOU ESSA PRODUÇÃO EM GRANDE ESCALA. (não estimulou outras atividades, sobretudo indústrias de bens de capital: carvão, ferro e aço) Instabilidade da Industrialização 1780-1840 • A economia atravessou uma grave crise nos anos 1830; • Insatisfação social, rebeliões, movimentos de sindicalistas, ludistas, socialistas, etc; • Relação entre a pobreza crescente dos trabalhadores e a limitações ao mercado interno de consumo; • Crescentes déficits comercias e de serviços da Grã-Bretanha [concorrência com países em processo de industrialização; • Houve, durante esse período, um conjunto de rebeliões sociais, conjugadas a uma desaceleração do consumo e a superprodução que pode ensejar a possibilidade de crise do modo de produção capitalista TEXTO 17 E 18 – O CAPITALISMO ATRASADO – CARLOS ALONSO BARBOSA DE OLIVEIRA INDUSTRIALIZAÇÃO ATRASADA Externamente: fase concorrencial do capitalismo mundial (fim dos monopólios coloniais, Inglaterra industrializada) Internamente: passado feudal dos países Os demais países deveriam fazer sua industrialização sem um mercado monopolizado e com a concorrência da Inglaterra. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (1760 – 1780) 1ª Fase : INDUSTRIA TÊXTIL (Setor de Bens de Consumo) – Baixa exigência de capital, pequenos e médios camponeses, alta lucratividade, sistema comercial (Interno e Externo) -> DISPONIBILIDADE DE RECURSOS PARA NOVOS INVESTIMENTOS 2ª Fase: INDUSTRIA FERROVIÁRIA (Setor de bens de produção) - demanda de ferro e aço, as transformações da indústria ferroviária não dependeu de nenhuma inovação tecnológica. 1ª Fase : (Setor de Bens de Consumo) INDUSTRIA TÊXTIL 2ª Fase: (Setor de bens de produção) INDUSTRIA FERROVIÁRIA Baixa exigência de capital pequenos e médios camponeses alta lucratividade, sistema comercial (Interno e Externo) DISPONIBILIDADE DE RECURSOS PARA NOVOS INVESTIMENTOS Grande número de pequenas e medias empresas concorrendo entre si mantendo o preço, para isso e fundamental que elas aumentem a produtividade incorporando melhorias técnicas. Demanda de carvão, ferro e aço, as transformações da indústria ferroviária não dependeu de nenhuma inovação tecnológica. Novas formas de financiamento Mercado de ações Mercado financeiro S/AS (sociedade anônimas) Surgimento de um sistema financeiro que captou recursos de outras atividades Necessidade de centralização de grandes recursos. Concorrência de grandes empresas Com a conjunto desses dois setores (bens de consumo e de bens de produção e das suas industriais a economia começou a funcionar com a interdependência desses dois setores, tanto na demanda quanto na crise. Com a implantação dessa dinâmica capitalista as empresas passam a concorrer entre si e a Inglaterra começa a lutar no comercio internacional pela livre troca de mercadorias e de capitais para ampliar a venda de seus produtos e as suas possibilidades de comprar (alimentos, matérias primas, etc...) para viabilizar essa ampliação do comercio internacional a Inglaterra lutou pelo fim dos monopólios, fim dos pactos coloniais, fim da proteção tarifaria e das proteções comerciais impostas pelas outras nações e se implementou um sistema monetário internacional cujo padrão monetário era a moeda da Inglaterra Capitalismo concorrencial Inglês: decorrência da primeira fase da revolução industrial com a sua segunda fase, tem como característica estrutura industrial integrada (um setor de bens de consumo e um setor de bens de produção). Surgimento do liberalismo econômico e do estado liberal, o estado que deixa de intervir na esfera econômica mas isto acontece após a esfera econômica estar implementada e funcionando na Inglaterra. Estrutura industrial Integrada (a demanda de um setor depende e alimenta o outro setor) o Setor de bens de produção o Setor de bens de consumo Mobilidade de Capitais o Grande número de empresasconcorrentes Nivelação da taxas de juros Expansão da indústria de bens de produção integrando a economia da Inglaterra que agora difunde sua produção para o resto do mundo. ATRAVÉS DO LIVRE COMERCIO o PADRÃO OURO Incentivar as trocas internacionais (livre cambismo). Criou a divisão internacional do trabalho. Estimulou a circulação de capital. Imigração internacional. Nova Ordem Internacional: baseada no livre comercio, no livre cambismo Criação de um novo padrão comercial financeiro e monetário internacional A nova ordem trazia benefícios para todos os países pois os países cuja pacto colonial não permitia a compra direto de produtos da Inglaterra passaram a comprar e agora há a possibilidade de eles mesmos produzirem os seus produtos industrializadas, modificou o comercio em geral Barreiras internas ao livre cambismo: choque de interesses industriais e interesses agrários INGLATERRA DA UM GOLPE NO TRAFICO DE ESCRAVOS FORÇANDO A QUEBRA DO PACTO COLONIAL, AMPLIANDO ASSIM SUA POSSIBILIDADE DE VENDER SEUS PRODUTOS INDUSTRIAIS A UM MERCADO MAIOR E DE COMPRAR SEUS BENS DE UM MERCADO MAIOR. A impossibilidade do monopólio tecnológico. TEXTO 19 E 20 – GLOBALIZAÇÃO DO CAPITAL – BARRY EICHENGREEN Sistema Monetário Internacional: o Nova ordem nacional: livre comercio, livre cambismo, ampliação das trocas internacionais, ampliação dos fluxos/circulação de capital e uma divisão internacional do trabalho, isso se tornou possível quando todo esse comercio se viabilizou de forma unificada, por meio do padrão ouro – Padrão ouro-libra o Tem função de dar ordem e estabilidade aos mercados cambiais, propícia acesso a credito internacional, mantem ligada as economias dos diferentes países. o Revolução industrial e supremacia comercial e depois financeira da Inglaterra sobre o mundo impôs o padrão ouro ao resto do mundo Pré-História dos sistemas monetários: o Moedas cunhadas em metais preciosos e tinha relação com o seu peso -> libra, prata o Ouro: grandes transações o Deficit -> envio de moedas o Superavit - > entrada de moeda O fim do Bimetalismo está associado a disseminação da revolução industrial Adoção do padrão ouro: relação entre o padrão ouro e o movimento da economia internacional, a generalização do padrão ouro torna as transações comerciais mais viáveis. TEXTO 21 E 22 – A ERA DOS IMPÉRIOS – HOBSBAWN Era dos Impérios = Capitalismo monopolista (1870 - 1890 / 1890 - 1914) 1870 – 1890: Grande Depressão Mundial 1890 – 1914: Belle Época Período Imperialista Expansão da indústria (significativamente) 2ª Revolução Industrial: pois as bases técnicas, produtivas e financeiras são radicalmente diferentes da 1ª revolução Empresas concentradas Proteção tarifaria Não há mais tanta concorrência devido a diferenças tecnológicas Crise: Ampliação da produção (fenômenos reais) Ausência de mercado consumidor Falta de Ouro (padrão monetário) Economia sob o capitalismo monopolista: Existência de monopólios e trustes Economia sob o capitalismo monopolista: Existência de monopólios e trustes, volta do protecionismo, surgimento de grandes empresas monopolistas, resultado de uma grande concentração do capital. Esse processo de concentração requer uma modificação na forma de gerenciamento das empresas (modifica a administração para atender a necessidade de operação a nível nacional dessas empresas).] Economia na Era dos Impérios: revolução tecnológica, transformação do mercado de bens de consumo que amplia para as massas (carro, fogão...), crescimento e expansão do setor terciário. Era dos Impérios: Surgimento de muitos imperadores IMPERIALISMO: forma especifica de expansão colonial AMÉRICA: Doutrina Monroe -> a américa para os americanos, após a guerra civil e a eliminação da escravidão o presidente Monroe disse essa frase para induzir os americanos a incentivarem a liberdade, repudiando intervenções de outros estados nas américas, estabelecendo uma barreira que impediu que os países da Europa colonizassem essa área, qualquer ameaça a soberania dos povos americanos seria combatida pelos povos americanos que se torna a maior potência mundial do período. o A América permaneceu independente mas apresenta uma grande dependência econômica dos EUA. o HOBSBAWN: o mais espetacular (número de impérios) não e necessariamente o mais importante. O importante e que os impérios são apenas uma fase do desenvolvimento nacional e internacional, se opondo ao mundo de livre comercio e livre concorrência. Divisão do globo em dimensão econômica Expansão de rede ferroviária Criação de economia global TEXTO 23 – A ERA DA GUERRA TOTAL – HOBSBAWN A GRANDE GUERRA (1914 – 1945) o Marcado pelas guerras, sendo elas mundiais (2) e as guerras pontuais (localizadas). 1ª Guerra Mundial: Envolvendo todas as grandes potencias As tropas coloniais foram enviadas para lutar, o que implicou o reconhecimento das colônias e dos colonizados como cidadãos ao ponto de correr o risco de armar populações dominadas para eles lutarem pelos seus dominadores Aliados: França- Grã Bretanha e Rússia (EUA participação decisiva) Potencias Centrais: Alemanha e Império Austro Húngaro Causas: o Característica da Era dos Impérios: fusão entre economia e política, rivalidade internacional, competição econômica (sem limites) o Expansão e competição Imperialista (política e econômica) e concentração industrial sem limites específicos O mundo após a 1ª Guerra Mundial o Ainda guardado pela rivalidade, concentrada na decisão dos países europeus em colocar a Alemanha em posição subordinada (A Alemanha foi a principal responsável e o tratado de Versalhes impunha que a Alemanha assumisse a responsabilidade da guerra impondo uma punição para a Alemanha repor a situação financeira dos países afetados, além de limitação do exército e da marinha). o Fim dos Impérios o Reconhecimento da Revolução Russa mas isolando a URSS das decisões. o Acordo de paz que evitasse novas guerras (apesar da punição da Alemanha e a isolação da URSS), o Criação da Liga das Nações porem não surtiu efeito pois não havia a participação das principais potências (EUA, Alemanha, URSS) 2ª Guerra Mundial: Envolvimento da maioria dos estados independentes Alemanha sofreu hiperinflação por não conseguia reparar a guerra com a moeda do pais, aumentando a produção de moeda A Alemanha começou a se recuperar mas com grande ressentimento em relação as perdas e as reparações de guerras que teve que pagar, começa o surgimento de grupos paramilitares com espíritos de rivalidade, a Alemanha amplia seus exércitos e seu poder militar rompendo com o tratado de Versalhes, por volta de 1930, esses grupos conseguem poder militar e a Alemanha se torna novamente uma potência militar, Adolf Hitler entra no poder e começa a tomar impérios ao seu redor (por meio da guerra relâmpago). A Alemanha conquista cada vez mais território e torna-se necessário uma intervenção militar. Causas: insatisfação da Alemanha com a situação punitiva imposta pelo tratado de Versalhes.
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