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Extensivo OAB Semanal – Direito Penal – Cristiano Rodrigues 
Material de Apoio elaborado pela monitora Ingrid 
EXTENSIVO OAB SEMANAL 
Disciplina: Direito Penal 
Prof.:Cristiano Rodrigues 
Aula nº: on line 
 
 
 
MATERIAL DE APOIO - MONITORIA 
 
Crimes em espécie 
Crimes contra a honra 
 
Calúnia (artigo 138 do CP) = mentir sobre a pratica de um crime. 
 
 1) Ofende a honra objetiva, ou seja, afeta a imagem, a reputação do agente e por ser sinônimo de 
mentira pressupõe publicidade, ou seja, chegar a um terceiro para que o crime esteja consumado. 
 
 2) Admite-se em falar em tentativa quando por motivo alheio a vontade do agente não chega a 
ocorrer a publicidade, ou seja, terceiros não ficam sabendo, sendo que isso ocorre, na maioria das vezes, 
através do meio escrito. 
 
Observação 1: 
 Por ser sinônimo de mentira, a calúnia admite a prova da verdade, exceção de verdade como 
causa de exclusão da própria tipicidade do fato. Porém, há certas hipóteses em que não se admite a prova 
da verdade prevista no artigo 138, § 3º do CP. 
 
 Observação 2: 
Nada impede que se puna a calúnia contra os mortos já que estes possuem imagem e reputação, 
podendo ser sua honra objetiva afetada. 
 
Difamação (artigo 139 do CP) = fofoca 
 
 É sinônimo de fofoca, caracterizando, assim, fato desonroso para a vítima que não seja um crime, 
mas que ofenda sua honra objetiva. 
 
 Observação 1: 
 A difamação pressupõe a publicidade para se consumar, sendo plenamente admitida a forma 
tentada, principalmente por escrito. 
 
Observação 2: 
 Por ser sinônimo de fofoca, a difamação não admite a prova da verdade, salvo em uma hipótese 
em que esta poderá ocorrer afastando a tipicidade da difamação. 
 
 Observação 3: 
 A única hipótese em que se admite a prova da verdade no crime de difamação é quando esta se 
refere a um funcionário público e quando é feita a respeito ou em razão do exercício da função. 
 
 
 
Extensivo OAB Semanal – Direito Penal – Cristiano Rodrigues 
Material de Apoio elaborado pela monitora Ingrid 
 Para que haja difamação é preciso que a “fofoca” se refira a fatos concretos, específicos, 
desonrosos e não, apenas, a atribuições genéricas. 
 
Injúria (Artigo 140 do CP) = xingamento 
 
 Injúria é sinônimo de xingamento e, portanto, basta ser proferida para a própria vítima para o 
crime se consumar. Sendo plenamente admitida a tentativa, principalmente na forma escrita. 
 
 Observação: 
 Por ser xingamento ofende a honra subjetiva, ou seja, o sentimento pessoal de decoro, de orgulho 
próprio, e por isso não importa se é verdade ou mentira. Logo, não se admite a exceção de verdade. 
 
2) Injúria Real (artigo 140, § 2º do CP) 
 
 É aquela que se relaciona com meios físicos, vias de fato, mas com o objetivo de ofensa a honra, 
sendo mais grave e punida com pena maior e nada impede que lesões produzidas em face da violência 
sejam punidas em concurso com o crime contra a honra. 
 
3) Injúria Preconceituosa (artigo 140, § 3º do CP) 
 
 É mais grave e punida com pena maior e se refere a elementos de raça, cor, etnia, religião, origem 
ou condição de idoso ou deficiente. 
 
 Observação: 
 Não se confunde a injúria preconceituosa que é xingamento com base no preconceito como crime 
de racismo que é sinônimo de segregação com base no preconceito que é imprescritível e muito mais 
grave. 
 
 Observação geral a respeito do crime de injúria: 
 Os crimes contra a honra em geral e, principalmente, a injúria terão a tipicidade afastada quando 
proferidos em tom de brincadeira, é o famoso animus jocandi. 
 
Ação Penal nos crimes contra a honra 
 
 Via de regra, é privada somente se procedendo através da queixa promovida pela própria vítima 
ou seu representante, exceto: 
a) Na injuria real que resulte em lesão corporal em que a ação penal será pública condicionada a 
representação, se a lesão for leve e pública incondicionada, se a lesão for grave. 
 
b) Será pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça quando o crime contra a honra se refira 
ao presidente da República ou Chefe de governo estrangeiro. 
 
c) Nos crimes contra a honra do funcionário público quanto ao exercício da função e nas hipóteses de 
injúria preconceituosa as ações serão públicas condicionadas a representação. 
 
Crimes patrimoniais 
 
Escusas Absolutórias (artigos 181, 182 e 183 do CP + artigo 348, § 2º do CP) 
 
 
 
Extensivo OAB Semanal – Direito Penal – Cristiano Rodrigues 
Material de Apoio elaborado pela monitora Ingrid 
 São causas pessoais de isenção de pena que irão afastar o crime patrimonial não violento realizado 
contra ascendente, descendente, cônjuge na constância do matrimônio. Não sendo cabível para qualquer 
crime com violência. Exemplo: roubo, extorsão. 
 
 Requisitos: 
a) A escusa absolutória não se comunica aos demais coautores e partícipes, sendo, portanto, 
personalíssima. Só isentando de pena aquele que possua as características exigidas. 
 
b) Não se aplica a escusa absolutória quando a vítima possui 60 anos ou mais. 
 
 Observação: 
 Ação penal nos crimes patrimoniais, via de regra, é pública incondicionada. Porém, será pública 
condicionada à representação quando preenchido os requisitos das escusas absolutórias, o crime for 
praticado contra irmão, contra cônjuge separado ou, ainda, tio ou sobrinho com quem o autor coabite. 
 
 Observação: 
 Por se tratar de norma benéfica não incriminadora, aplica-se a escusa absolutória para a união 
estável e, também, para os avós e netos mutuamente. 
 
Diferença entre furto mediante fraude (artigo 155, § 4º, II do CP) e estelionato (artigo 171 do CP) 
 
 No furto mediante fraude, esta é um meio para desviar a atenção do agente e facilitar, propiciar 
subtração do bem, ou seja, a vítima não percebe a retirada do bem da sua posse em face da fraude. Já no 
estelionato, a fraude é utilizada para enganar a vítima que entrega voluntariamente o bem ou a vantagem 
por acreditar nesta fraude promovida pelo autor. 
 
 Observação 1: 
 O furto de uso não configura furto e o fato será atípico, já o “roubo de uso” não configura roubo, 
mas o agente poderá responder por outros crimes, como constrangimento ilegal (artigo 146 do C) ou 
mesmo lesão corporal. 
 
 Observação 2: 
 O roubo possui a qualificadora do emprego de arma (artigo 157, § 2º, I do CP), porém não se 
aplica a esse aumento de pena quando a arma é de brinquedo ou desmuniciada. 
 
 Observação 3: 
 O roubo não poderá ser “qualificado”, não terá o aumento de pena quando não for feita perícia que 
comprove a existência da arma e sua eficácia, salvo de houver outra prova, (por exemplo, testemunhal) 
que demonstre isso. 
 
Crimes contra a vida 
 
Homicídio (artigo 121, § 6º do CP) 
 
 O homicídio praticado através de milícia ou grupo de extermínio terá sua pena aumentada de 1/3 
até a 1/2. 
 
 Observação (artigo 121, § 4º do CP): 
 A pena será aumentada de 1/3 se a vítima for menor de 14 anos ou menor de 60 anos. 
 
 
Extensivo OAB Semanal – Direito Penal – Cristiano Rodrigues 
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Induzimento ao suicídio (artigo 122 do CP) 
 
 No crime de induzimento ao suicídio é condição objetiva de punibilidade que a vítima morra ou que 
da tentativa de suicídio resulte lesão corporal grave. 
 
 Observação: 
 Se a vítima é menor de 14 anos ou doente mental haverá, na verdade, crime de homicídio através 
de autoria mediata. 
 
Aborto (artigos 124, 125 e 126 do CP) 
 
 Permite falar em exceção a teoria monista imputando-se o auto aborto para a mãe (artigo 124 do 
CP) e o aborto com consentimento (artigo 126 do CP) para seu coautor. Já o crime do artigo 125, mais 
grave, será imputado a quem realizar o aborto sem consentimento da gestante. 
 
 Observação: 
 Aborto autorizado artigo 128 do CP + STF: De acordo com o Código Penal, o aborto está 
autorizado para a gravidez decorrente de estupro e, ainda, quando for a única forma de salvar a vida da 
gestante. Porém, o STF reconhece como autorizado o aborto do anencefálo. 
 
_________________________________________________________________________________II. SIMULADO 
 
2.1. Prova OAB - Prova Unificada - Exame de Ordem - Fevereiro/2012 (VI Exame Unificado - 
Caderno Branco - Gabarito Definitivo) - Elaboração: FGV 
Ana Maria, aluna de uma Universidade Federal, afirma que José, professor concursado da instituição, trai 
a esposa todo dia com uma gerente bancária. 
A respeito do fato acima, é correto afirmar que Ana Maria praticou o crime de 
a) calúnia, pois atribuiu a José o crime de adultério, sendo cabível, entretanto, a oposição de exceção da 
verdade com o fim de demonstrar a veracidade da afirmação. 
b) difamação, pois atribuiu a José fato desabonador que não constitui crime, sendo cabível, entretanto, a 
oposição de exceção da verdade com o fim de demonstrar a veracidade da afirmação, uma vez que José é 
funcionário público. 
c) calúnia, pois atribuiu a José o crime de adultério, não sendo cabível, na hipótese, a oposição de 
exceção da verdade. 
d) difamação, pois atribuiu a José fato desabonador que não constitui crime, não sendo cabível, na 
hipótese, a oposição de exceção da verdade. 
 
 
 
Extensivo OAB Semanal – Direito Penal – Cristiano Rodrigues 
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2.2. Prova OAB - Prova Unificada - Exame de Ordem - Setembro/2010 - Elaboração: FGV 
Assinale a alternativa que preencha corretamente as lacunas do texto: 
“para a ocorrência de __________, não basta a imputação falsa de crime, mas é indispensável que em 
decorrência de tal imputação seja instaurada, por exemplo, investigação policial ou processo judicial. A 
simples imputação falsa de fato definido como crime pode constituir __________, que, constitui infração 
penal contra a honra, enquanto a __________ é crime contra a Administração da Justiça”. 
a) denunciação caluniosa, calúnia, denunciação caluniosa. 
b) denunciação caluniosa, difamação, denunciação caluniosa. 
c) comunicação falsa de crime ou de contravenção, calúnia, comunicação falsa de crime ou de 
contravenção. 
d) comunicação falsa de crime ou de contravenção, difamação, comunicação falsa de crime ou de 
contravenção. 
 
2.3. Prova OAB – Prova Unificada – Exame de Ordem – Outubro/2011 (Segundo) - V Exame 
Unificado - Caderno Branco – Elaboração: FGV 
 
Ao tomar conhecimento de um roubo ocorrido nas adjacências de sua residência, Caio compareceu à 
delegacia de polícia e noticiou o crime, alegando que vira Tício, seu inimigo capital, praticar o delito, 
mesmo sabendo que seu desafeto se encontrava na Europa na data do fato. Em decorrência do exposto, 
foi instaurado inquérito policial para apurar as circunstâncias do ocorrido. 
 
A esse respeito, é correto afirmar que Caio cometeu 
 
a) delito de calúnia. 
 
b) delito de comunicação falsa de crime. 
 
c) delito de denunciação caluniosa. 
 
d) crime de falso testemunho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO: 
 
 
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2.1. D 
2.2. A 
2.3. C

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