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Caso Concreto 1 resolvido

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DIREITO Penal II - CCJ0032 - 18/02/16 SEMANA 1 Descrição – Concurso de Crimes
Caso Concreto 1
Leia o caso concreto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu professor.
Ricardo, menor inimputável, com 14 anos de idade, disse para Lúcio, maior de idade, que pretendia subtrair aparelhos de som (CD player) do interior de um veículo. Para tanto, Lúcio emprestou-lhe uma chave falsa, plenamente apta a abrir a porta de qualquer automóvel. Utilizando a chave, Ricardo conseguiu seu intento. Na situação acima narrada, quem é partícipe de furto executado por menor de idade responde normalmente por esse crime? Fundamente sua resposta de acordo com teoria adotada pelo Código Penal quanto à natureza jurídica da participação.(135° Exame de Ordem/SP – 2ª Fase. Cespe/UnB).
R: SIM. Ainda que o crime venha a ser praticado por inimputável, o partícipe responderá normalmente, em razão da teoria da acessoriedade limitada que segundo a qual, para a caracterização da participação, exige-se que a conduta principal reúna as qualidades da tipicidade e ilicitude. 
Fundamentação Legal: 
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
 2)Caio, com a intenção de matar , coloca na xícara de chá servida a Tício certa dose de veneno. Mévio, igualmente interessado na morte de Tício, desconhecendo a ação de Caio, também coloca certa dose de veneno na mesma xícara. Tício vem a falecer por efeito combinado das duas doses ingeridas, já que cada uma delas, isoladamente, seria insuficiente para produzir a morte, segundo conclusão da perícia. Caio e mévio agiram individualmente, cada um desconhecendo o plano, a intenção e a conduta do outro.(MPFProcurador da República. 1ª Fase. XII Concurso)
 a) Caio e Mévio respondem, como co-autores, por homicídio doloso, qualificado, consumado.
 b) Caio e Mévio respondem por lesão corporal dolosa, seguida de morte. 
c) Caio e Mévio respondem, cada um, por homicídio culposo. 
d) Caio e Mévio respondem por tentativa de homicídio dolosos, qualificado. 
R: Como não houve Liame subjetivo ou biológico, ou seja, um não soube da conduta do outro, cada um responderá por tentativa de homicídio doloso, qualificado. Tentativa, pois, sem a combinação das duas doses ingeridas, isoladamente, seria insuficiente para causar a morte, então, não tem como saber por qual dose Tício veio a óbito.
3) Bruno, previamente ajustado com Eduardo, subtrai dinheiro de entidade paraestatal, valendo-se da facilidade que lhe proporciona o cargo que nela exerce, circunstancia entretanto desconhecida de Eduardo. Mais tarde, em local seguro, dividem o produto do crime, quando são surpreendidos pela Polícia e presos em flagrante, sendo apreendido todo o dinheiro subtraído, enfim devolvido à vítima. Entende-se que: (Promotor de Justiça/SP) 
a) Bruno e Eduardo cometeram peculato consumado. 
b) Bruno cometeu peculato e Eduardo cometeu furto, consumados. 
c) Bruno e Eduardo cometeram furto tentado. 
d) Bruno e Eduardo cometeram furto consumado. 
e) Bruno cometeu apropriação indébita e Eduardo cometeu furto.
R: No caso, Bruno se utilizou da facilidade que o cargo lhe ofereceu para subtrair tal objeto, cometendo peculato, porém, Eduardo desconhecia a situação e responderá por furto, ambos consumados. Por Eduardo desconhecer a condição de funcionário público de Bruno, faltou Liame subjetivo para o crime de peculato, respondendo assim, cada um por um crime diferente.

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