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Unidade V - Agentes Ambientais no Trabalho

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Faculdade 7 de Setembro – FA7 
Engenharia de Produção 
Ergonomia e Qualidade de Vida no Trabalho | 80 h/a | 5º sem 
Unidade V – Agentes Ambientais no Trabalho 
 
 Profº Flávio Souza - Fortaleza-Ce 1 de 43 
 
Unidade V – Agentes Ambientais no Trabalho 
 
UNIDADE V – Agentes ambientais no trabalho 
 Agentes ambientais 
 - agentes físicos 
 - agentes químicos 
 - agentes biológicos 
 - agentes ergonômicos e 
 - agentes de acidentes ou mecânicos 
 Equipamentos de medição 
 - dosímetro de ruído 
 - calibrador acústico 
 - medidor de stress térmico 
 - luxímetro 
 - vibrômetro e acelerômetro 
 - bombas de amostragem (vapor e poeira) 
 - medidor de gases 
 CIPA 
 - objetivo e obrigatoriedade 
 - elaboração do mapa de riscos 
 
AGENTES AMBIENTAIS 
A maioria dos processos pelos quais o homem modifica os materiais extraídos da natureza, para 
transforma-los em produtos segundo as necessidades tecnológicas atuais, capazes de dispensar no 
ambiente dos locais de trabalho substâncias que, ao entrarem em contato com o organismo dos 
trabalhadores, podem acarretar moléstias ou danos a sua saúde. 
Assim, também estes processos poderão originar condições físicas de intensidade inadequada para o 
organismo humano, sendo que ambos os tipos de riscos (físicos e 
químicos) são geralmente de caráter acumulativo e chegam, às vezes, a produzir graves danos aos 
trabalhadores. 
Riscos Ambientais são os agentes físicos, químicos e biológicos presentes nos ambientes de 
trabalho capazes de produzir danos à saúde, quando superados os respectivos limites de tolerância. 
Estes limites são fixados em razão da natureza, concentração ou intensidade do agente e tempo de 
exposição. 
 
Faculdade 7 de Setembro – FA7 
Engenharia de Produção 
Ergonomia e Qualidade de Vida no Trabalho | 80 h/a | 5º sem 
Unidade V – Agentes Ambientais no Trabalho 
 
 Profº Flávio Souza - Fortaleza-Ce 2 de 43 
 
 Os riscos ambientais são decorrentes das condições precárias, 
inerentes ao ambiente ou ao próprio processo operacional das 
diversas atividades profissionais. São, portanto, as condições 
inseguras do trabalho, capazes de afetar a saúde, a segurança e 
o bem estar do trabalhador. 
 As condições inseguras relativas ao processo operacional, 
como por exemplo, máquinas desprotegidas, pisos escorregadios, 
empilhamentos precários, etc., são chamados de riscos de 
operação. 
 As condições inseguras relativas ao ambiente de trabalho, 
como por exemplo, a presença de gases e vapores tóxicos, o ruído 
e o calor intensos etc., são chamados de riscos do ambiente. 
 Os riscos profissionais dividem-se em dois grupos, os riscos de operação e de riscos de 
ambiente. 
 
 Tradicionalmente, dedica-se a Segurança do Trabalho à prevenção e controle dos riscos de 
operação e a Higiene do Trabalho aos riscos de ambiente. 
 
Para facilitar o estudo dos riscos ambientais, vimos que classificam-se em três grupos: 
a) Riscos químicos; 
b) Riscos físicos; 
c) Riscos biológicos. 
Por sua vez, cada um destes grupos subdivide-se de acordo com as conseqüências fisiológicas que 
podem provocar, quer em função das características físico-químicas dos agentes, quer segundo sua 
ação sobre o organismo, etc. 
a) Riscos químicos 
As substancias ou produtos químicos que podem contaminar um ambiente de trabalho classificam-se, 
segundo as suas características físico-químicas, em: 
1. Aerodispersoides; 
2. Gases e vapores. 
Ambos comportam-se de maneira diferente, tanto no que diz respeito ao período de permanência no 
ar, quanto às possibilidades de ingresso no organismo. 
Por sua vez, ao Aerodispersoides podem ser sólidos ou líquidos, atendendo ao seguinte esquema geral 
de classificação: sólidos em pós e fumos e os líquidos em névoas e neblinas. 
Os Aerodispersoides sólidos e líquidos são classificados em relação ao tamanho da partícula e a sua 
forma de origem. 
São poeiras e névoas os Aerodispersoides originados por ruptura mecânica de sólidos e líquidos, 
respectivamente; e são fumos e neblinas aqueles formados por condensação ou oxidação de vapores, 
 
 
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Engenharia de Produção 
Ergonomia e Qualidade de Vida no Trabalho | 80 h/a | 5º sem 
Unidade V – Agentes Ambientais no Trabalho 
 
 Profº Flávio Souza - Fortaleza-Ce 3 de 43 
 
provenientes respectivamente, de substancias solidas ou líquidos a temperatura e pressão normais 
(25o C à 1 atmosfera de pressão-atm). 
b) Riscos físicos 
Ordinariamente, os riscos físicos representam um intercâmbio brusco de energia entre o organismo e 
o ambiente, em quantidade superior àquela que o organismo é 
capaz de suportar, podendo acarretar uma doença profissional. 
Entre os mais importantes podemos citar: 
 temperaturas extremas: 
 calor; 
 frio; 
 ruído; 
 vibrações; 
 pressões anormais; 
 radiações ionizantes 
 radiações não ionizantes. 
 
 
c) Riscos biológicos 
Neste último grupo estão classificados os riscos que representam os organismos vivos, tais como: 
 vírus; 
 bactérias; 
 fungos; 
 parasitas. 
 
 
De tudo quanto se tem exposto, podemos concluir que a presença de agentes agressivos nos 
locais de trabalho representam um risco, mas isto não quer dizer que os trabalhadores expostos 
venham a contrair alguma doença. 
Para que isso aconteça, devem concorrer vários fatores, que são: 
 Tempo de exposição 
Quanto maior o tempo de exposição, maiores serão as possibilidades de se produzir uma doença do 
trabalho. 
 
 
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 Profº Flávio Souza - Fortaleza-Ce 4 de 43 
 
 Concentração ou intensidade dos agentes ambientais 
Quanto maior a concentração ou intensidade dos agentes agressivos presentes no ambiente de 
trabalho, tanto maior a possibilidade de danos à saúde dos trabalhadores expostos: 
 Características dos agentes ambientais 
As características específicas de cada agente também contribuem para a definição de seu potencial 
de agressividade. 
O estudo do ambiente de trabalho, visando estabelecer relação entre esse ambiente e possíveis danos 
à saúde dos trabalhadores que devem efetuar seus serviços normais nesses locais, constituí o que 
chamamos de um levantamento de condições ambientais de trabalho. 
O levantamento pode dividir-se em duas partes: 
1. estudo qualitativo; 
2. estudo quantitativo. 
O estudo qualitativo das condições de trabalho visa coletar o maior numero possível de informações 
e dados necessários, a fim de fixar as diretrizes a serem seguidas no levantamento quantitativo. 
O estudo quantitativo completará o reconhecimento preliminar dos ambientes de trabalho, através 
de medições adequadas que nos dirão no final quais são as possibilidades de os trabalhadores serem 
afetados pelos diferentes agentes agressivos presentes nos locais de trabalho, 
1 - Levantamento qualitativo 
Normas gerais de procedimento 
Deve-se iniciar o reconhecimento qualitativo do ambiente de trabalho com um estudo minucioso de 
uma planta atualizada do local, assim como de um fluxograma dos processos a fim de estabelecer a 
forma correta de proceder o levantamento: saber o que fazer e como fazer nos diferentes locais de 
trabalho. 
O estudo qualitativo deve darinformação detalhada de aspectos como: 
 
 numero de trabalhadores; 
 horários de trabalho; 
 matérias-primas usadas, incluindo nome comercial e nome científico das substancias; 
 maquinarias e processos; 
 tipos de energia usada para transformação de materiais; 
 produtos semí-elaborados; 
 produtos acabados; 
 substancias complementares usadas nos processos; 
 existência ou não de equipamentos de controle, tais como: ventilação local, estado em que 
se encontram os equipamentos, etc.; 
 tipo de iluminação e estado das luminárias; 
 presença de poeiras, fumos, névoas e ponto de origem da dispersão; 
 
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 uso de EPI por parte dos trabalhadores. 
Essas informações devem ser acrescidas de comentários escrito, que permitem esclarecer a situação 
real do ambiente de trabalho. 
A empresa deve assessorar-se de um elemento técnico que esteja familiarizado com os processos 
industriais, métodos de trabalho e demais atividades que são efetuadas normalmente no local, a fim 
de obter dados fidedignos e esclarecer as duvidas que possam surgir durante o levantamento. 
Para maior facilidade na coleta da informação podem ser utilizadas fichas padronizadas, que tenham 
condições de reunir as informações mais importantes e necessárias. 
Não existe um modelo único para fichas desse tipo, já que seu formato e tamanho, bem como os itens 
constantes das mesmas podem variar em função do tipo de empresa e dos objetivos e finalidades do 
levantamento. Portanto, o engenheiro de segurança deve elaborar seu próprio material auxiliar 
cuidando para que tais formulários sejam simples e completos, a fim de que representem um poderoso 
instrumento que venha a facilitar o levantamento e nunca interferir negativamente em sua qualidade. 
2 - Levantamento quantitativo 
Uma vez realizado o levantamento qualitativo, já reunimos as condições necessárias para traçar os 
rumos a serem seguidos no levantamento quantitativo. Este por sua vez, deve ser minucioso e 
completo, para que represente as condições reais em que se encontra o ambiente de trabalho. 
Deve-se, portanto verificar a intensidade ou concentração dos agentes físicos e químicos existentes 
no local analisado. Dessa forma, são colhidos subsídios para definir as medidas de controle 
necessárias. 
Uma vez adotadas as medidas de controle que alteram as condições de exposição inicialmente 
avaliadas, será necessário um novo levantamento quantitativo, para se verificar a eficácia das 
medidas implantadas. 
Periodicamente, deverão ser realizada novas quantificações, a fim de detectar possíveis alterações, 
que exijam a adoção de novas medidas de controle ou a adequação das já existentes. 
Os critérios de avaliação e controle de cada agente serão estudados dentro dos itens específicos. 
3 - Suscetibilidade individual 
A complexidade do organismo humano implica em que a resposta do organismo a um determinado 
agente pode variar de indivíduo para indivíduo, Portanto, a suscetibilidade individual é um fator 
importante a ser considerado. 
Todos estes fatores devem ser estudados quando se apresenta um risco potencial de doença do 
trabalho e, na medida em que este seja claramente estabelecido, podendo planejar a implementação 
de medidas de controle, que levarão à eliminação ou à minimização do risco em estudo. 
O tempo real de exposição será determinado considerando-se a análise da tarefa desenvolvida pelo 
trabalhador. Essa análise deve incluir estudos, tais como: 
 
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 tipo de serviço; 
 movimento do trabalhador ao efetuar o seu serviço; 
 período de trabalho e descanso, considerando todas as suas possíveis variações durante a 
jornada de trabalho. 
A concentração dos poluentes químicos ou a intensidade dos agentes físicos devem ser avaliadas, 
mediante amostragem nos locais de trabalho, de maneira tal que essas amostragens sejam o mais 
representativas possível da exposição real do trabalhador a esses agentes agressivos. Este estudo deve 
considerar também as características físico-químicas dos contaminantes e as características próprias 
que distinguem o tipo de risco físico. 
Junto a este estudo ambiental terá de ser feito o estudo médico do trabalhador exposto, a fim de 
determinar possíveis alterações no seu organismo, provocadas pelos agentes agressivos, que 
permitirão a instalação de danos mais importantes, se a exposição continuar. 
No que se refere à Higiene do Trabalho, em um sentido amplo, deverá o profissional de segurança, 
estar apto a: 
 reconhecer os riscos profissionais capazes de ocasionar alterações na saúde do trabalhador, ou 
afetar o seu conforto e eficiência; 
 avaliar a magnitude desses riscos, através da experiência e treinamento, e com o auxílio de 
técnicas de avaliação quantitativa; 
 prescrever medidas para eliminá-los ou reduzí-los a níveis aceitáveis. 
 
Lembrando-se de que: 
 
 Antecipar é trabalhar com equipes de projeto, modificações ou ampliações, visando à 
detecção precoce de fatores de risco ligados a agentes ambientais e adotando opções de 
projeto que favoreçam sua eliminação ou controle; é ditar normas preventivas a fim de evitar 
exposições inadvertidas a agentes ambientais causadas pela má seleção de produtos, 
materiais e equipamentos. Por exemplo, um dispositivo para espantar roedores de galerias de 
cabos elétricos parece ótimo, mas é necessário saber que é um emissor de ultra-som. 
 Reconhecer é conhecer de novo! Isso significa que se deve ter conhecimento prévio dos 
agentes do ambiente de trabalho, ou seja, saber reconhecer os riscos presentes nos processos, 
materiais, operações associadas, manutenção, subprodutos, rejeitos, produto final, insumos; 
estudar o processo, atividades e operações associadas e processos auxiliares, conhecendo a 
literatura ocupacional específica a respeito deles; transitar e observar incessantemente o 
local de trabalho (não se faz higiene sem ir a campo), observando o que lhe é mostrado e o 
que não é. 
 Avaliar é emitir um juízo de tolerabilidade sobre uma exposição a um agente ambiental. 
Comparar a informação de exposição ambiental (que pode ter vários graus de confiabilidade) 
com um critério adequado, para obter o juízo de tolerabilidade. O critério é genericamente 
denominado de “limite de exposição ambiental”, ou limite de exposição (legalmente falando, 
“limite de tolerância”; este conceito será detalhado adiante). 
 Controlar é adotar medidas de engenharia sobre as fontes e trajetória do agente, atuando 
sobre os equipamentos e realizando ações específicas de controle, como projetos de 
 
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ventilação industrial; intervir sobre operações, reorientando-as para procedimentos que 
possam eliminar ou reduzir a exposição; definir ações de controle no indivíduo, o que inclui, 
é claro — mas não está limitado —, a proteção individual. 
Podemos concluir que a Higiene do Trabalho é umaciência multidisciplinar, que tem por objetivo 
fundamental a preservação da saúde do trabalhador, o patrimônio mais importante. 
RUÍDO 
O ruído é um dos principais agentes físicos presentes nos ambientes de trabalho, em diversos tipos de 
instalações ou atividades profissionais. Por sua enorme ocorrência e visto que os efeitos à saúde dos 
indivíduos expostos são consideráveis, é um dos maiores focos de atenção dos higienistas e 
profissionais voltados para a segurança e saúde do trabalhador. 
SOM 
Qualquer vibração ou ondas mecânicas que se propagam pelo meio e podem ser ouvidas pelo ser 
humano. 
Também podemos afirmar que o som é uma variação da pressão atmosférica capaz de sensibilizar 
nossos ouvidos. 
Para a higiene do trabalho, o ruído é uma interpretação subjetiva e desagradável do som. 
CARACTERISTICAS DO RUÍDO 
O ruído é classificado em três modalidades conforme suas características físicas: 
- contínuo: é aquele cujas freqüências se situam nas faixas mais elevadas da audiofreqüência, não 
permitindo a audição humana a fácil identificação de picos de energia. Ex.: sirene, motor elétrico ... 
- intermitente: é aquele na qual as freqüências estão situadas nas faixas inferiores da 
audiofreqüência, fazendo com que a audição humana perceba a variação de pico de energia 
permitindo a fácil identificação da descontinuidade. Ex.: matelete ... 
- impacto: São picos de energia cuja duração seja menor que um segundo e intervalos superiores a 
um segundo. Ex: guilhotinas, prensas, forjas ... 
 
Nível de Pressão Sonora — Decibel 
Como o ouvido humano pode detectar uma gama muito grande de pressão sonora, que vai de 20 μ Pa 
até 200 Pa (Pa = Pascal), seria totalmente inviável a construção de instrumentos para a medição da 
pressão sonora. 
Para contornar esse problema, utiliza-se uma escala logarítimica de relação de grandezas, o decibel 
(dB). 
O decibel não é uma unidade, e sim uma relação adimensional definida pela seguinte equação: L = 20 
log (P/Po). 
Onde: 
L = nível de pressão sonora (dB). 
 
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Po = pressão sonora de referência, por convenção, 20 μPa. 
P= Pressão sonora encontrada no ambiente (Pa). 
 
Abaixo temos uma ilustração que compara algumas situações práticas de ruído e seus níveis. 
 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS DO RUÍDO 
Dentre dos efeitos do ruído sobre o ser humano podemos destacar: 
- perda temporária da audição; 
- perda permanente da audição; 
- efeitos sobre outros órgãos. 
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO 
 
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Os instrumentos empregados na avaliação de ruído são o decibelimetro, o dosimetro, analisador de 
freqüência e registrador gráfico. 
Medidor de N.P.S. – Decibelímetro 
Instrumento que mede os níveis instantâneos de ruído, sendo este de qualquer natureza, ou seja, 
continuo, intermitente ou de impacto. 
Para poder medir os vários tipos de sons o decibelímetro é dotado de circuitos de compensação” A”, 
”C” e “D”. Compensação A é utilizado em ruído continuo e intermitente, e o ruído de impacto é 
utilizado a compensação “C” e já a compensação “D” é utilizado para avaliação em área de alta 
freqüência como turbina de avião. 
Dosímetro de Ruído (audiodosímetro) 
Instrumento útil para avaliar exposição ao ruído por trabalhadores itinerantes, ou seja trabalhadores 
que durante a jornada de trabalho estão sujeitos a diferentes NPS devido a ambientes diferentes. 
Calibradores 
Os calibradores de NPS são instrumentos sonoros cujo som é um tom puro, padronizado em 94 db ou 
114 dB e em freqüência de 1000Hz. 
A calibração é utilizada para garantir a confiabilidade das medições e deve ser efetuada a cada 
período de 4 horas de medição com o decibelimetro, e no início e ao final da amostragem com o 
dosímetro. 
AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO 
Primeiramente para que tenhamos uma avaliação com resultados confiáveis devemos ter: 
- instrumental de boa qualidade e calibrado; 
- ética profissional; 
- legislação que norteia os critérios de avaliação; 
- metodologia de avaliação. 
LEGISLAÇÃO 
Lei 6514/77, portaria 3214/78, NR 15, anexo 1 e 2. 
ANEXO N.º1 
Limites de Tolerância para exposição a ruído contínuo ou intermitente. 
1. Entende-se por Ruído Contínuo ou Intermitente, para os fins de aplicação de Limites de Tolerância, 
o ruído que não seja ruído de impacto. 
2. Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento 
de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito de resposta lenta 
(SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. 
 
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3. Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites de tolerância fixados no 
Quadro deste anexo. 
4. Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada a máxima exposição 
diária permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado. 
5. Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam 
adequadamente protegidos. 
6. Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruído de 
diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados, de forma que, se a soma das 
seguintes frações: 
C1/T1 + C2/T2 + C3/T3 + …. + Cn/Tn 
exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância. 
Na equação acima, Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto a um nível de ruído 
específico, e Tn indica a máxima exposição diária permissível a este nível, segundo o Quadro deste 
Anexo. 
7. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou 
intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente. 
Limites de Tolerância 
Nivel de ruído dB(A) Max. Exposição diária permissível 
85 8 h 
86 7 h 
87 6 h 
88 5 h 
89 4 h 30 
90 4 h 
91 3 h 30 
92 3 h 
93 2 h 40 
94 2 h 15 
95 2 h 
96 1 h 45 
98 1 h 15 
100 1 h 
102 45 min 
104 35 min 
105 30 min 
106 25 min 
108 20 min 
110 15 min 
112 10 min 
114 8 min 
115 7 min 
 
 
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AVALIAÇÃO DE RUIDO CONTINUO OU INTERMITENTE 
MÉTODO DOS EFEITOS COMBINADOS 
A avaliação deverá ser feito no posto de trabalho usando o medidor de NPS, devendo estar 
previamente calibrado, com o microfone orientado no sentido de receber a incidência principal das 
ondas sonoras, estando no plano auditivo do operador próximo ao seu ouvido. 
Este método consiste em calcular o somatório das frações resultantes dos tempos de duração do NPS 
medido em relação aos limites de tolerânciadeterminados pelo anexo 1, conforme a seguinte 
equação: 
EC = C1/T1 + C2/T2 + C3/T3 + ... + CN/TN 
Onde: 
C=tempo de duração de determinado NPS; 
T=máxima exposição permissível a esse NPS; 
EC= Efeitos Combinados. 
O resultado será interpretado conforme o item 6 do anexo 1. Circuito A, resposta slow. 
Assim temos: 
EC > 1, a exposição é insalubre. 
EC ≤ 1, a exposição é permissível. 
 
MÉTODO DE DOSE ACUMULADA 
É utilizado para trabalhadores itinerantes, ou sejam aqueles que não tem posto de trabalho fixo, e 
que em suas atividades estejam sujeitos a variadas situações acústicas, com o uso do dosimetro de 
ruido. 
Na impossibilidade do uso de dosimetro, poderá ser utilizado a mesma formula dos EC com uma 
pequena correção conforme formula abaixo: 
Dose diária (D) = ( C1/T1 + C2/T2 + C3/T3 + ... + CN/TN) X 100 (%). 
NEQ – Equação do dosímetro de ruído 
Através de uma equação transforma-se a dose em percentual em níveis equivalentes de som “NEQ”. 
NEQ = 16,61 x Log( D/100 x 8/T) + 85 
 
AVALIAÇÃO DE RUIDO DE IMPACTO 
As medidas são efetuadas com o medidor de NPS operando no circuito de compensação C ou linear. 
Para o circuito C a legislação estipula o LT de 120 dB(C). 
 
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A técnica de medição é a mesma utilizada para medição do ruído contínuo ou intermitente. 
 
ANEXO N.º 2 – NR-15 
LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDOS DE IMPACTO 
 1. Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração 
inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo. 
2. Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de pressão 
sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto. As leituras devem ser feitas 
próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 dB 
(linear). Nos intervalos entre os picos, o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo. 
3. Em caso de não se dispor de medidor do nível de pressão sonora com circuito de resposta para 
impacto, será válida a leitura feita no circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação 
"C". Neste caso, o limite de tolerância será de 120 dB(C). 
4. As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada, a níveis de 
ruído de impacto superiores a 140 dB(LINEAR), medidos no circuito de resposta para impacto, ou 
superiores a 130 dB(C), medidos no circuito de resposta rápida (FAST), oferecerão risco grave e 
iminente. 
 
CALCULO DO TEMPO DE EXPOSIÇÃO 
Nota-se que em alguns NPS não existem os tempos de máxima exposição permissível. Neste caso usa-
se a seguinte formula: 
T = 8 / 2 { (NPS-85) / 5 } 
MEDIDAS DE CONTROLE 
As medidas de controle de ruído podem ser consideradas basicamente de tres maneiras distintas, na 
fonte, no meio e no homem. 
Controle na Fonte 
 Substituição do equipamento por outro mais silencioso; 
 Balancear e equilibrar partes móveis; 
 Lubrificar eixos, mancais etc; 
 Atenuar as vibrações etc. 
 
Controle no Meio 
 Evitar propagação por meio de isolamento acústico; 
 Conseguir o Maximo de perda energética por absorção. 
 
O isolamento acústico poderá ser feito da seguinte forma: 
1 – evitando que o som se propague a partir da fonte. 
 
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2 – evitando que o som chegue ao receptor. 
Isolar a fonte – significa a construção de barreira que separe a fonte de ruído do meio que a rodeia, 
para evitar que este som se propague. 
Isolar o receptor – construção de barreira que separem a fonte e o meio do indivíduo exposto ao ruído. 
Controle no Homem 
Não sendo possível o controle do ruído na fonte ou no meio deve-se como último recurso adotar 
medidas de controle no trabalhador. 
 Limitação do tempo de exposição: consiste em reduzir o tempo de exposição aos níveis de 
ruído superiores a 85 dB(A) 
 Protetores auriculares: deverão ser usados de forma correta e obedecer os requisitos mínimos 
de qualidade representada pela capacidade de atenuação. Isso não implica na eliminação, 
porém o uso constante é importante para garantir a eficácia da proteção. 
 
SUBTRAÇÃO DE dB 
Determinação de nível de ruído de fonte em presença de ruído de fundo 
Ruído de Fundo — é o ruído de todas as fontes secundárias, ou seja, quando estamos estudando o 
ruído de uma determinada fonte num ambiente, o ruído emitido pelas demais é considerado ruído 
de fundo. 
A maneira natural de se realizar tal determinação seria desativar as demais fontes, ou seja, eliminar 
todo o ruído de fundo e fazer a medição apenas da fonte de interesse. Contudo, tal procedimento 
nem sempre é simples ou viável, na prática. Sendo assim, pode ser utilizado o conceito da “subtração” 
de dB, por meio da qual se determina o nível da fonte a partir do conhecimento do “decréscimo” 
global advindo da desativação da fonte de interesse. São utilizadas as terminologias e o gráfico abaixo: 
Ls+n= ruído total (fonte e fundo) 
Ln= ruído de fundo 
Ls= ruído da fonte 
Ls = Ls+n - ΔL 
Exemplo: Ls+n=60 dB e Ln=53 dB 
Ls+n-Ln=7 dB - ΔL=1 dB 
Ls=Ls+n-ΔL = 60-1 = 59 
 
 
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ADIÇÃO de dB 
Consiste em dividir em pares 
as fontes de ruídos. Subtrai o 
maior do menor e em seguida 
no gráfico acha-se o valor 
que será adicionado ao maior 
dB. Segue o mesmo 
raciocínio do que é feito na 
subtração de dB. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CALOR 
A exposição ao calor ocorre em muitos tipos de indústria. Prevalecem aquelas que implicam alta carga 
radiante sobre o trabalhador, e essa é a parcela freqüentemente dominante na sobrecarga térmica 
que vem a se instalar; todavia, muitas atividades com carga radiante moderada, porém acompanhadas 
de altas taxas metabólicas (trabalhos extenuantes ao ar livre), também podem oferecer sobrecargas 
inadequadas. Deve-se lembrar ainda que pode haver situações críticas em ambientes em que 
predomina o calor úmido, praticamente sem fontes radiantes importantes, como nas lavanderias e 
tinturarias. 
Mecanismos de Trocas Térmicas 
A sobrecarga térmica no organismo humano é resultante de duas parcelas de carga térmica: uma 
carga externa (ambiental) e outra interna (metabólica). 
A carga externa é resultante das trocas térmicas com o ambiente e a carga metabólica é resultante 
da atividade física que exerce. 
Tipos de trocas térmicas 
CONDUÇÃO: Troca térmica entre dois corpos em contato, de temperaturas diferentes, ou que ocorre 
dentro de um corpo cujas extremidades encontram-se a temperaturas diferentes. Para o trabalhador, 
essas trocas são muito pequenas, geralmente porcontato do corpo com ferramentas e superfícies. 
 
CONVECÇÃO: Troca térmica realizada geralmente entre um corpo e um fluido, ocorrendo 
movimentação do último por diferença de densidade provocada pelo aumento da temperatura. 
Portanto, junto com a troca de calor existe uma movimentação do fluido, chamada de corrente 
natural convectiva. Se o fluido se movimenta por impulso externo, diz-se que se tem uma convecção 
forçada. 
Para o trabalhador, essa troca ocorre com o ar à sua volta. 
RADIAÇÃO: Todos os corpos aquecidos emitem radiação infravermelha, que é o chamado “calor 
radiante”. Assim como emitem, também recebem, havendo o que se chama de troca líquida radiante. 
O infravermelho, sendo uma radiação eletromagnética 
não ionizante, não necessita de um meio físico para se propagar. O ar é praticamente transparente à 
radiação infravermelha. As trocas por radiação entre o trabalhador e seu entorno, quando há fontes 
radiantes severas, serão as preponderantes no balanço 
térmico e podem corresponder a 60% ou mais das trocas totais. 
EVAPORAÇÃO: Evaporação é a mudança de fase de um líquido para vapor, ao receber calor. É a troca 
de calor produzida pela evaporação do suor, por meio da pele. O suor recebe calor da pele, 
evaporando e aliviando o trabalhador. Grandes trocas de calor podem estar envolvidas. O mecanismo 
da evaporação pode ser o único meio de perda de calor para o ambiente, na indústria. Porém, a 
quantidade de água que já está no ar é um limitante para a evaporação do suor; ou seja, quando a 
umidade relativa do ambiente é de 100%, não é possível evaporar o suor, e a situação pode ficar 
crítica. 
Equilíbrio Térmico 
 
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O organismo ganha ou perde calor para o meio ambiente segundo a equação do equilíbrio térmico: 
M ± C ± R – E = Q 
em que: 
M - Calor produzido pelo metabolismo, sendo um calor sempre ganho (+) 
C - Calor ganho ou perdido por condução/convecção 
R - Calor ganho ou perdido por radiação (+/-) 
E - Calor sempre perdido por evaporação (-) 
Q - Calor acumulado no organismo (sobrecarga) 
Q>0 acúmulo de calor (sobrecarga térmica) 
Q<0 perda de calor (hipotermia) 
 
Reações do Organismo ao Calor 
À medida que ocorre a sobrecarga térmica, o organismo dispara certos mecanismos para manter a 
temperatura interna constante, sendo os principais a vasodilatação periférica e a sudorese. 
VASODILATAÇÃO PERIFÉRICA: A vasodilatação periférica permite o aumento de circulação de sangue 
na superfície do corpo, aumentando a troca de calor para o meio ambiente. O fluxo sangüíneo 
transporta calor do núcleo do corpo para a periferia. 
Como a rede de vasos aumenta, pode haver queda de pressão. 
SUDORESE: A sudorese permite a perda de calor por meio da evaporação do suor. O número de 
glândulas ativadas pelo mecanismo termorregulador é proporcional ao desequilíbrio térmico 
existente. 
A quantidade de suor produzido pode, em alguns instantes, atingir o valor de até dois litros por hora. 
A evaporação de um litro por hora permite uma perda de 590 kcal nesse período. 
Principais Efeitos do Calor 
O calor pode produzir efeitos que vão desde a desidratação progressiva e às cãibras até ocorrências 
bem mais sérias, como a exaustão por calor e o choque térmico. Os grandes candidatos a incidentes 
mais sérios são as pessoas não aclimatadas, ou seja, os “novatos” no ambiente termicamente severo. 
Golpe de Calor (Hipertermia ou Choque Térmico) 
Quando o sistema termorregulador é afetado pela sobrecarga térmica, a temperatura interna aumenta 
continuamente, produzindo alteração da função cerebral, com perturbação do mecanismo de 
dissipação do calor, cessando a sudorese. O golpe de calor produz sintomas como: confusão mental, 
colapsos, convulsões, delírios, alucinações e coma, sem aviso prévio, parecendo-se o quadro com uma 
convulsão epiléptica. 
Os sinais externos do golpe de calor são: pele quente, seca e arroxeada. A temperatura interna sobe 
a 40,5°C ou mais, podendo atingir 42°C a 45°C no caso de convulsões ou coma. O golpe de calor é 
 
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freqüentemente fatal e, no caso de sobrevivência, podem ocorrer seqüelas devido aos danos causados 
ao cérebro, rins e outros órgãos. 
O golpe de calor pode ocorrer durante a realização de tarefas físicas pesadas em condições de calor 
extremo, quando não há a aclimatação e quando existem certas enfermidades, como o diabetes 
mellitus, enfermidades cardiovasculares e cutâneas ou obesidade. 
O médico deve ser chamado imediatamente e o socorrismo prevê que o corpo do trabalhador deve 
ser resfriado imediatamente. 
Exaustão pelo Calor 
A síncope pelo calor resulta da tensão excessiva do sistema circulatório, com perda de pressão e 
sintomas como enjôo, palidez, pele coberta pelo suor e dores de cabeça. 
Quando a temperatura corpórea tende a subir, o organismo sofre uma vasodilatação periférica, na 
tentativa de aumentar a quantidade de sangue nas áreas de troca. Com isso, há uma diminuição de 
fluxo sangüíneo nos órgãos vitais, podendo ocorrer uma deficiência de oxigênio nessas áreas, 
comprometendo particularmente o cérebro e o coração. 
Essa situação pode ser agravada quando há a necessidade de um fluxo maior de sangue nos músculos 
devido ao trabalho físico intenso. 
A recuperação é rápida e ocorre naturalmente se o trabalhador deitar-se durante a crise ou sentar-
se com a cabeça baixa. A recuperação total é complementada por repouso em ambiente frio. 
Prostração Térmica por Desidratação 
A desidratação ocorre quando a quantidade de água ingerida é insuficiente para compensar a perda 
pela urina ou sudação e pelo ar exalado. 
Com a perda de 5% a 8% do peso corpóreo ocorre a diminuição da eficiência do trabalho, sinais de 
desconforto, sede, irritabilidade e sonolência, além de pulso acelerado e temperatura elevada. 
Uma perda de 10% do peso corpóreo é incompatível com qualquer atividade, e com uma perda de 15% 
pode ocorrer o choque térmico ou golpe pelo calor. 
O tratamento consiste em colocar o trabalhador em local frio e fazer a reposição hídrica e salina. 
Prostração Térmica pelo Decréscimo do Teor Salino 
Se o sal ingerido for insuficiente para compensar as perdas por sudorese, podemos sofrer uma 
prostração térmica. As pessoas mais suscetíveis são as não aclimatizadas. 
A prostração térmica é caracterizada pelos sintomas: fadiga, tonturas, falta de apetite, náuseas, 
vômitos e cãibras musculares. 
Cãibras de Calor 
Apresentam-se na forma de dores agudas nos músculos, em particular os abdominais, coxas e aqueles 
sobre os quais a demanda física foi intensa. Elas ocorrem por falta de cloreto de sódio, perdido pela 
sudorese intensa sem a devida reposição e/ou aclimatação. 
O tratamento consiste no descanso em local fresco, com a reposição salina por meio de soro fisiológico 
(solução a 1%). 
 
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A reposição hídrica e salina deve ser feita com orientação e acompanhamento médico. 
Enfermidadesdas Glândulas Sudoríparas 
A exposição ao calor por um período prolongado e, particularmente, em clima muito úmido pode 
produzir alterações das glândulas sudoríparas, que deixam de produzir o suor, agravando o sistema 
de trocas térmicas e levando os trabalhadores à intolerância ao calor. Esses trabalhadores devem 
receber tratamento dermatológico e em alguns casos devem ser transferidos para tarefas em que não 
haja a necessidade de sudorese para a manutenção do equilíbrio térmico. 
Edema pelo Calor 
Consiste no inchaço das extremidades, em particular os pés e os tornozelos. Ocorre comumente em 
pessoas não aclimatizadas, sendo muito importante a manutenção do equilíbrio hídrico-salino. 
Aclimatação 
A aclimatação é a adaptação do organismo a um ambiente quente. 
Quando um trabalhador se expõe ao calor intenso pela primeira vez, tem sua temperatura interna 
significativamente elevada, com um aumento do ritmo cardíaco e baixa sudorese. Além de suar pouco, 
pode perder muito cloreto de sódio nesse suor. O indivíduo aclimatizado sua mais, consegue manter 
a temperatura do núcleo do corpo em valores mais baixos e perde menos sal no suor, mantendo 
também os batimentos cardíacos. A aclimatação ocorre por intermédio de três fenômenos: 
• Aumento da sudorese; 
• Diminuição da concentração de sódio no suor (4,0 g/l para 1,0 g/l), sendo que a quantidade de sódio 
perdido por dia passa de 15 a 25 gramas para 3 a 5 gramas; 
• Diminuição da freqüência cardíaca, por meio do aumento do volume sistólico, devido ao aumento 
da eficiência do coração no bombeamento em valores mais aceitáveis. A aclimatação é iniciada após 
quatro a seis dias e tende a ser satisfatória após uma a duas semanas. É o médico que deve avaliar se 
a aclimatação está satisfatória O afastamento do trabalho por vários dias pode fazer com que o 
trabalhador perca parte da aclimatação; após três semanas a perda será praticamente total. 
Parâmetros do Ambiente e da Tarefa 
Como vimos, devemos obter: 
• Temperatura do ar; 
• Velocidade do ar; 
• Carga radiante do ambiente; 
• Umidade relativa do ar; 
• Metabolismo, por meio da atividade física da tarefa. 
 
Finalmente, para chegarmos a um índice de sobrecarga térmica, necessitamos de sensores que sejam 
capazes de “sentir” os parâmetros acima, pois vimos que eles se relacionam com as trocas térmicas 
que influem na sobrecarga térmica do trabalhador. 
 
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Os termômetros que compõe para formação do índice do IBUTG são: 
Termômetro de Bulbo Seco — é um termômetro comum, cujo bulbo fica em contato com o ar. 
Teremos, dele, portanto, a temperatura do ar. 
Termômetro de Bulbo Úmido Natural — é um termômetro cujo bulbo é recoberto por um pavio 
hidrófilo, o qual tem sua extremidade imersa em água destilada. Outros arranjos de sensores, pavios 
e reservatórios são possíveis, desde que se preserve uma boa aeração do bulbo e pelo menos 25 mm 
de pavio livre de qualquer obstáculo, a partir do início da parte sensível do termômetro. 
Termômetro de Globo — é um aparato que possui um termômetro (ou sensor equivalente) posicionado 
no centro de uma esfera oca de cobre de diâmetro de seis polegadas. A esfera é preenchida 
naturalmente com ar e a abertura é fechada pela rolha do termômetro. A esfera é pintada 
externamente de preto fosco, um acabamento altamente absorvedor da radiação infravermelha. 
Os Termometros e seus Parâmetros ambientais que Afetam sua Leitura 
SENSOR PRINCIPIO PARAMETRO 
Termômetro de bulbo seco Estabiliza com a temperatura 
do ar que circunda o bulbo. 
 Temperatura do ar 
Termômetro de bulbo 
úmido natural 
A evaporação da água destilada 
presente no pavio refrigera o 
bulbo. 
 Temperatura do ar 
 Velocidade do ar 
 Umidade relativa do ar 
Termômetro de globo A absorção da radiação 
Infravermelha aquece o globo, 
que aquece o ar interno, que 
aquece o bulbo. 
Possui um tempo de 
estabilização de 20 a 30 
minutos por essa razão. 
 Calor radiante no 
ambiente (fontes 
radiantes) 
 Temperatura do ar 
 Velocidade do ar 
 
Avaliação Ambiental 
Índice de Bulbo Úmido – Termômetro de Globo (IBUTG) 
A sobrecarga térmica pode ser avaliada, entre outros, pelo índice chamado IBUTG (Índice de Bulbo 
Úmido — Termômetro de Globo), que também é o índice legal, conforme previsto na NR-15. 
Esse índice deve ser medido pelos termômetros que discutimos. 
Tbs - Termômetro de bulbo seco 
Tbn - Termômetro de bulbo úmido natural 
Tg - Termômetro de globo 
O IBUTG para ambientes internos ou externos sem carga solar é calculado a partir da medição de duas 
temperaturas: Tbn e Tg 
IBUTG = 0,7 Tbn + 0,3 Tg 
Para ambientes externos com carga solar, o IBUTG é calculado a partir de três medições: Tbs, Tbn e 
Tg 
IBUTG = 0,7 Tbn + 0,2 Tg + 0,1 Tbs 
 
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O IBUTG leva ainda em consideração o tipo de atividade desenvolvida (LEVE, MODERADA e PESADA), 
que pode ser avaliada por classe ou por tarefa (quantificando a tarefa em kcal/h), como veremos. 
A legislação prevê um regime de trabalho (Trabalho/Descanso) em função do valor do IBUTG e do tipo 
de atividade para duas situações: regime de trabalho intermitente com períodos de descanso no 
próprio local e regime de trabalho intermitente com descanso em outro local. 
Os tempos de descanso são períodos trabalhados para todos os fins legais. 
A determinação dos tipos de atividade por classes ou a quantificação de calor metabólico são dadas 
pelo quadro 3. 
Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com períodos 
de descanso no próprio local de prestação de serviço. 
REGIME DE TRABALHO INTERMITENTE COM 
DESCANSO NO PRÓPRIO LOCAL DE TRABALHO 
TIPO DE ATIVIDADE 
LEVE MODERADA PESADA 
Trabalho contínuo Até 30,0 Até 26,7 Até 25,0 
45 min trabalho 
15 min descanso 
30,1 a 30,6 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9 
30 min trabalho 
30 min descanso 
30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9 
15 min trabalho 
45 min descanso 
31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0 
Não é permitido o trabalho sem a adoção de 
medidas adequadas de controle 
Acima de 
32,2 
Acima de 
31,1 
Acima de 
30,0 
Fonte NR-15 – anexo 3 – quadro 1 
É importante esclarecer que, utilizando-se o Quadro 1 do Anexo 3 da NR-15, temos: 
• A aplicabilidade para “descanso no próprio local” deve ser entendida como esse descanso ocorre no 
MESMO PONTO FÍSICO EM QUE OCORRE O TRABALHO, e não no “mesmo recinto”. Significa que o 
trabalhador estará submetido ao “mesmo IBUTG” de quando trabalha. Quando há fontes radiantes, 
diferenças pequenas de posição (0,5 m a 1,0 m) podem mudar dramaticamente a temperatura de 
globo e o IBUTG. 
• Se houver alteração do IBUTG, por alteração da posição física do trabalhador, o quadro 1não se 
aplica. 
• São poucos os casos em que realmente seria aplicável o quadro 1. 
Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente com período 
de descanso em outro local (local de descanso). 
Nesse caso, calculamos o IBUTG do ambiente de trabalho e o IBUTG do ambiente de descanso e, com 
esses valores, calculamos o IBUTG médio da atividade analisada, ponderado no tempo. Os tempos detrabalho e de descanso devem sempre somar 60 minutos, isto é, todas as considerações do índice se 
referem a análises sobre períodos de uma hora corrida, devendo ser essa hora a mais crítica da 
jornada. Calcula-se também o metabolismo médio e usa-se a Quadro 2, que nos fornece o máximo 
valor do IBUTG médio ponderado admissível correspondente ao metabolismo médio ponderado da 
situação. 
 
 
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M (Kcal/h) MÁXIMO IBUTG 
175 30,5 
200 30,0 
250 28,5 
300 27,5 
350 26,5 
400 26,0 
450 25,5 
500 25,0 
NR-15 – anexo 3 – quadro 2 
Onde: 
M é a taxa de metabolismo média ponderada para uma hora, determinada pela seguinte fórmula: 
M = (Mt x Tt) + (Md x Td) / 60 
Sendo: 
Mt - taxa de metabolismo no local de trabalho. 
Tt - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de trabalho. 
Md - taxa de metabolismo no local de descanso. 
Td - soma dos tempos, em minutos, em que se permanece no local de descanso. 
_____ 
IBUTG é o valor IBUTG médio ponderado para uma hora, determinado pela seguinte fórmula: 
IBUTG = (IBUTGt x Tt) + (IBUTGd xTd) / 60 
Sendo: 
IBUTGt = valor do IBUTG no local de trabalho. 
IBUTGd = valor do IBUTG no local de descanso. 
Tt e Td = como anteriormente definidos. 
Os tempos Tt e Td devem ser tomados no período mais desfavorável do ciclo de trabalho, sendo Tt + 
Td = 60 minutos corridos. 
 
1. Para os fins deste item, considera-se como local de descanso ambiente termicamente mais ameno, 
com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade leve. 
2. Os limites de tolerância são dados segundo o Quadro nº 2. 
3. As taxas de metabolismo Mt e Md serão obtidas consultando-se o Quadro n º 3. 
4. Os períodos de descanso serão considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais. 
 
Taxas de Metabolismo por tipo de atividade 
TIPO DE ATIVIDADE Kcal/h 
Sentado em repouso 100 
TRABALHO LEVE 
Sentado, movimentos moderados com braços e tronco (ex.: datilografia). 
Sentado, movimentos moderados com braços e pernas (ex.: dirigir). 
De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, principalmente com os 
braços. 
 
125 
150 
150 
 
TRABALHO MODERADO 
Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas. 
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, com alguma movimentação. 
 
180 
175 
 
 
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De pé, trabalho moderado em máquina ou bancada, com alguma 
movimentação. 
Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar. 
220 
 
300 
TRABALHO PESADO 
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar pesos (ex.: remoção 
com pá). 
Trabalho fatigante 
 
440 
 
550 
NR-15 – anexo 3 – quadro 3 
 
Tabela Detalhada do Limite de Tolerância do Calor 
M (kcal/h) Max IBUTG (ºC) M (kcal/h) Max IBUTG (ºC) 
125 
128 
132 
136 
139 
143 
146 
150 
154 
157 
162 
165 
169 
173 
176 
181 
184 
188 
192 
196 
200 
204 
209 
213 
218 
222 
227 
231 
236 
240 
244 
247 
250 
259 
263 
32,0 
31,9 
31,8 
31,7 
31,6 
31,5 
31,4 
31,3 
31,2 
31,1 
31,0 
30,9 
30,8 
30,7 
30,6 
30,5 
30,4 
30,3 
30,2 
30,1 
30,0 
29,9 
29,8 
29,7 
29,6 
29,5 
29,4 
29,3 
29,2 
29,1 
29,0 
28,9 
28,8 
28,6 
28,5 
268 
272 
277 
282 
286 
290 
295 
299 
303 
307 
311 
316 
321 
327 
333 
338 
344 
350 
356 
361 
367 
373 
379 
385 
391 
397 
400 
406 
416 
425 
434 
443 
454 
470 
 
28,4 
28,3 
28,2 
28,1 
28,0 
27,9 
27,8 
27,7 
27,6 
27,5 
27,4 
27,3 
27,2 
27,1 
27,0 
26,9 
26,8 
26,7 
26,6 
26,5 
26,4 
26,3 
26,2 
26,1 
26,0 
25,9 
25,8 
25,7 
25,6 
25,5 
25,4 
25,3 
25,2 
25,1 
 
Fonte: Fundacentro – NHO-6 
 
 
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Generalização da Fórmula de Cálculo 
A fórmula básica apresentada na legislação pode ser generalizada para uma seqüência de situações 
térmicas ao longo de um ciclo, e não apenas duas situações (trabalho e descanso). 
Cada ciclo pode ter “n” situações térmicas e “m” taxas metabólicas (atividades) distintas, e o cálculo 
do IBUTG médio ponderado, assim como do metabolismo médio ponderado, se dará da mesma 
maneira. 
Estudamos sempre o pior intervalo de 60 minutos corridos que pode ocorrer na jornada. 
Desaparece o conceito de trabalho/descanso: cada fase do ciclo ou do período de 60 minutos estudado 
vai agravar ou atenuar a fase anterior, resultando ao final o par de parâmetros médio ponderado, a 
ser verificado contra o Quadro II ou a tabela mais completa da Fundacentro. 
 
Definições 
Ciclo de exposição: conjunto de situações térmicas ao qual o trabalhador é submetido, conjugado às 
diversas atividades físicas por ele desenvolvidas, em uma sequência definida, e que se repete de 
forma contínua no decorrer da jornada de trabalho. 
 
 
ILUMINAÇÃO 
 
INTRODUÇÃO 
As avaliações de iluminação têm por objetivo quantificar a iluminância nos postos de trabalho, 
visando à sua posterior comparação com os valores mínimos estabelecidos pela legislação brasileira, 
bem como fornecer recomendações gerais, para se obter a adequação das condições de iluminação 
às atividades desenvolvidas nesses locais. 
A partir da teoria da relatividade de Albert Einsten pode-se estabelecer as seguintes definições 
relacionadas à luz. 
 A luz é constituída de variados comprimentos de ondas ou de partículas que são os fótons, ou 
seja, tem comportamento ondulatório ou corpuscular, manifestando-se conforme o caso. 
 A luz é uma forma de energia radiante (não ionozante) que se manifesta pela capacidade de 
produzir a sensação da visão. 
No caso da Higiene Industrial, basta o estudo da luz em seu comportamento ondulatório, já que 
trataremos da forma de como vamos iluminar os ambientes de trabalho. 
 
VISÃO HUMANA 
Em princípio toda radiação eletromagnética emitida ou refletida por qualquer corpo, desde que esteja 
entre 380 nm e 780 nm é factível de ser percebida como luz e tais valores mínimos devem ser 
superiores aos limiares da percepção visual. 
 
Os limiares da percepção visual variam para cada comprimento de onda e se relacionam 
fisiologicamente com a percepção das diferentes cores e tipos de visões correspondentes que podem 
ser: 
a) Visão fotóptica ou diurna: está relacionada com o comprimento de onda em torno de 555 nm, 
que corresponde a cor amarela-limão. 
 
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b) Visão escotópticaou noturna: percebem-se as diferentes luminosidades mas não as cores, 
compreende comprimento de onda da ordem de 500 nm. 
c) Visão mesóptica: intermediária entre a fotóptica e a escotóptica. 
 
FATORES FISIOLÓGICOS DA VISÃO EM RELAÇÃO COM A ILUMINAÇÃO INDUSTRIAL 
Os fatores fisiológicos abaixo citados são aqueles nos quais a visão humana de relaciona com a 
iluminação a fim de esta possa contribuir para um melhor desempenho do trabalhador em seu 
ambiente de trabalho. 
a) Acomodação visual: é a capacidade que tem os olhos para focar os objetos a diferentes 
distancias. 
b) Adaptação visual: processo pelo qual os olhos se adaptam a diferentes níveis de iluminação. 
c) Acuidade visual: é a capacidade de perceber e discriminar visualmente pequenos detalhes de 
objetos e ambientes. 
DEFINIÇÃO DA LUZ 
 Segundo a ABNT, a luz é definida como a potência radiante que estimulando o olho humano, 
produz sensação visual. 
PROPRIEDADES FUNDAMENTAIS DA LUZ 
 A luz apresenta as seguintes propriedades: 
 Propaga-se no vácuo através de ondas; 
 Propaga-se em todas direções do espaço; 
 Transmite-se à distancia. 
 
FENÔMENOS QUE OCORREM COM A LUZ 
 
Reflexão: 
Consiste na mudança de direção de um raio luminoso ao incidir em determinada superfície de 
separação de dois meios homogêneos, e é devolvido ao meio originário. 
A reflexão da luz depende das condições da superfície refletora e do ângulo de incidência dos 
raios luminosos. 
 
Refração: 
 Consiste na modificação da direção dos raios luminosos ao passar de um meio para outro de 
densidade diferente. Isso se dá pelo fato de que a velocidade da luz é tanto menor quanto maior for 
a densidade do meio que atravessa. 
 
Absorção: 
 Se dá quando uma parte do raio luminoso que incide sobre uma superfície é absorvido em 
maior ou menor grau, dependendo das características do material de que é constituído o corpo. A 
conseqüência mais importante deste fenômeno é a cor dos corpos. 
 
Transmissão: 
 É uma característica de deixar passar a luz dos corpos transparentes ou translúcidos. Os três 
fenômenos reflexão – absorção – transmissão estão intimamente ligados. 
 
TIPOS DE ILUMINAÇÃO 
Existem duas formas básicas de iluminação: 
•Natural — quando existe o aproveitamento direto (incidência) ou indireto (reflexão/dispersão) da 
luz solar através de portas, janelas, telhas etc. 
•Artificial — quando é utilizado um sistema de iluminação como lâmpadas elétricas, lampiões a gás 
etc. 
 
 
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MÉTODOS DE ILUMINAÇÃO 
 Iluminação geral — para se obter o aclaramento de todo um recinto ou ambiente, não 
objetivando uma determinada tarefa. 
 Suplementar ou Adicional — para se reforçar o aclaramento de determinada superfície ou 
tarefa. 
 
Fatores que influenciam numa boa iluminação 
a) Quantidade de luminárias – deve ser instalado o número adequado de luminárias a fim de 
atingir o nível de iluminamento necessário. 
b) Distribuição e localização das luminárias – devem estar dispostas no ambiente de forma a 
proporcionar uma iluminação homogênea, atendendo ao arranjo físico do local. 
c) Manutenção – periodicamente deve ser feita a limpeza das luminárias para evitar acumulo de 
poeiras, reduzindo o fluxo luminoso. Também deve-se atentar para a substituição das 
lâmpadas queimadas ou com defeito. 
d) Cores adequadas – as cores das superfícies existentes nos locais de trabalho, como tetos, 
paredes, máquinas, mesas de trabalho, pisos etc, devem ser escolhidas de forma a possuírem 
uma refletância adequada. 
e) Variação brusca do nível de iluminamento – a diferença acentuada entre os níveis de 
iluminamento de dois locais de trabalho vizinhos pode ocasionar riscos de acidentes. 
f) Idade do trabalhador – quanto maior a idade do trabalhador maior será o nível de 
iluminamento exigido em seu posto de trabalho. 
g) Incidência direta da luz – janelas, clarabóias ou lanternins deverão ser dispostas de maneira 
que o sol não venha incidir diretamente sobre o local de trabalho. 
 
REFLETANCIA 
 Refletância de uma superfície é a percentagem de luz refletida do total incidente sobre esta 
superfície. 
 
Superfície Refletância Recomendada 
Teto 80 % 
Parede 60% 
Mesa ou bancada 35% 
Máquinas e equipamentos 25% a 30% 
Pisos 15% 
 
Tonalidades Claras 
Tonalidades Médias Tonalidades Escuras 
Branco 85% Amarelo 65 % 
Cinza 30% 
Creme 75% Bege 63 % Vermelho 13% 
Amarelo 75% Cinza 55% Havânia 10% 
Bege 70% Camurça 52 % Azul 08% 
Verde 65% Verde 52% Verde 07% 
 
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Azul 55% 
Alumínio 41% Preto 02% 
Rosa 50% Azul 35% Preto Absoluto 0% 
 
Caracteristicas das lâmpadas 
Lâmpada Características Emprego 
Incandescente Baixo rendimento luminoso, 
pequena vida útil, existe em 
diversas potência, baixo 
custo de aquisição e 
instalação. 
Locais onde os níveis de 
iluminancia é inferior a 200 
lux, e o número é inferior 
2000 horas anuais. 
 
Fluorescente 
Elevada eficiência luminosa, 
vida útil prolongada, custo 
inicial maior que a da 
lâmpada incandescente, 
emite luz próxima do branco, 
baixa iluminancia, porisso 
oferece pouca possibilidade 
de ofuscamento, apresenta o 
inconveniente do efeito 
estroboscópio 
 
Iluminação interna, comercial 
ou industrial, onde se deseja 
auto rendimento ou longa 
vida, indicada para locais de 
pouca altura onde seja 
necessária grande 
iluminancia. 
Vapor de Mercúrio Bom rendimento luminoso e 
boa duração, apresenta luz 
monocromática de tom 
amarelado 
Normalmente não é usada em 
iluminação de interiores, 
usada em pátios, depósitos e 
fundições 
Vapor de sódio Bom rendimento e boa 
duração. Apresenta luz 
monocromática de tom 
amarelo. 
Normalmente não é usada em 
iluminação de interiores. 
Usadas em pátios, depósitos e 
fundições. 
 
 
Conseqüências de uma Iluminação Inadequada 
A iluminação, ou seja, a luz visível, não é, a exemplo de outros parâmetros levantados em 
higiene ocupacional, propriamente um “agente agressivo” do ponto de vista de desencadeamento 
certo de doenças ocupacionais. 
Esse é o caso geral, pois ordinariamente a iluminância deixa a desejar. 
Quando a iluminância está inadequada, e, na maioria das vezes, a inadequação se refere à 
deficiência da iluminação, poderemos perceber algumas conseqüências, tais como: 
• Maior fadiga visual e geral; 
• Maior risco de acidentes; 
• Menor produtividade/qualidade; 
• Ambiente psicologicamente negativo. 
 
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Todavia, existem casos especiais de “excesso” que requerem limitaçãoenergética, como no uso de 
fontes especiais e lasers, e há limites de tolerância na ACGIH para a luz visível. 
Riscos Associados 
Além das conseqüências diretas mencionadas acima, podemos verificar alguns riscos associados aos 
aspectos de iluminação, como: 
• Maior probabilidade de acidentes, quando ocorre uma variação brusca da iluminância (para mais ou 
para menos) 
• Efeito estroboscópico, que é um fenômeno que pode resultar da combinação de: 
máquinas com partes girantes ou com movimento alternado + fonte piscante (60 Hz) não percebida 
(ex.: lâmpada fluorescente). 
Isso pode resultar numa falsa impressão de que a máquina está parada, ou se movendo lentamente, 
sendo causa importante de acidentes em máquinas. 
Tarefa Visual e Campo de Trabalho 
Nas atividades de avaliação da iluminação, para evitar avaliações inexpressivas (tão poucos pontos 
que não se conclui o estudo) ou exageradas (muitos pontos sem importância adicional), será 
importante ter em mente os conceitos de tarefa visual e campo de trabalho. 
Entende-se por CAMPO DE TRABALHO toda a região do espaço onde, para qualquer superfície aí 
situada, exigem-se condições de iluminação apropriadas à TAREFA VISUAL a ser realizada. 
Sendo assim, os pontos que realmente interessam ser avaliados em um estudo de iluminação são 
aqueles em que são realizadas as tarefas visuais principais/habituais. 
Unidades, Grandezas e Relações Fotométricas 
A seguir, serão explanados alguns conceitos necessários para as avaliações de iluminação: 
• INTENSIDADE LUMINOSA — É a emissão em uma particular direção de uma fonte que emite 1 Candela 
(Cd) — radiação monocromática de freqüência 540 x 1012 Hz – cuja intensidade energética naquela 
direção é 1/683 Watt/sr. 
Nota: 1 sr (esferorradiano) – ângulo sólido que subentende uma área = r2 em uma esfera de raio r. 
Todoo espaço corresponde a um ângulo de 4 sr. 
• FLUXO LUMINOSO — Fluxo emitido por uma fonte puntiforme isotrópica (mesmo valor em todas as 
direções), dentro de 1 sr, de 1 Cd. É expresso em lúmen (lm). 
• ILUMINÂNCIA — Fluxo luminoso recebido por unidade de área. É expressa em lux. 
1 lux = 1 lm/m2 
• LUMINÂNCIA — Intensidade recebida por unidade de área, na direção de observação. É expressa em 
cd/m2. 
Critério da Avaliação do Agente Iluminação 
Metodologia da Avaliação 
 
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As medições foram efetuadas no campo de trabalho, preferencialmente com o trabalhador a postos e 
no plano horizontal a 0,75 m do piso, quando o referido campo não estava definido, utilizando-se o 
luxímetro. 
Aspectos Legais 
Os níveis mínimos de iluminancia a serem observados nos locais de trabalho são aqueles 
estabelecidos na NBR 5413, da ABNT registrada no INMETRO. 
A legislação brasileira (Portaria nº 3.214, NR-17) dispõe sobre condições ambientais de 
trabalho no item 17.5.3, do qual seguem trechos de importância quanto a aspectos de iluminação de 
locais de trabalho. 
17.5.3 — Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, natural ou artificial, geral 
ou suplementar, apropriada à natureza da atividade. 
17.5.3.1 — A iluminação geral deve ser uniformemente distribuída e difusa. 
17.5.3.2 — A iluminação geral ou suplementar deve ser projetada e instalada de forma a evitar 
ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e contrastes excessivos. 
17.5.3.3 — Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os 
valores de iluminância estabelecidos na NBR 5.413, norma brasileira registrada no Instituto Nacional 
de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). 
17.5.3.4 — A medição dos níveis de iluminamento previstos no subitem 17.5.3.3 deve ser feita no 
campo de trabalho em que se realiza a tarefa visual, utilizando-se de luxímetro com fotocélula 
corrigida para a sensibilidade do olho humano e em função do ângulo de incidência. 
17.5.3.5 — Quando não puder ser definido o campo de trabalho previsto no subitem 17.5.3.4, este 
será um plano horizontal a 0,75 m do piso. 
No artigo 2º, parágrafo único, da Portaria que alterou a NR-17 (Portaria nº 3.435, de 19/06/1990), 
foram revogados o subitem 15.1.2, o anexo 4 e o item 4 do Quadro de Graus de Insalubridade, todos 
da Norma Regulamentadora nº 15. 
Seguem trechos da NBR 5.413/1992, a qual dispõe de valores definidos tanto para grupos de tarefas 
visuais quanto para tipo de atividade exercida. 
 
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TABELA 1 – Iluminância por classe de tarefas visuais: 
Classe Iluminância (Lux) Tipo de Atividade 
 
A 
 
Iluminação geral para 
áreas usadas 
interruptamente ou com 
terefas visuais simples. 
 
20 – 30 - 50 
 
Área pública com arredores escuros. 
 
 
50 – 75 - 100 
 
Orientação simples para permanência 
curta. 
 
 
100 – 150 - 200 
 
Recintos não usados para trabalho 
contínuo, depósitos. 
 
 
200 – 300 – 500 
 
 
Tarefas com requisitos visuais limitados, 
trabalho bruto de maquinaria, auditório. 
B 
 
Iluminação geral para área 
de trabalho. 
 
500 – 750 - 1000 
 
Tarefas com requisitos visuais normais, 
trabalho médio de maquinaria, 
escritórios. 
 
 
1000 – 1500 - 2000 
 
Tarefas com requisitos especiais, 
gravação manual, inspeção, industria de 
roupas. 
C 
 
 
 
Iluminação adicional para 
terefas visuais difíceis. 
 
2000 – 3000 - 5000 
 
Tarefas visuais exatas e prolongadas, 
eletrônica de tamanho pequeno. 
 
5000 – 7500 – 10000 
 
Tarefas visuais muito exatas, montagem 
de micro-eletrônica. 
 
10000 – 15000 - 20000 
 
Tarefas visuais muito especiais, cirurgia. 
 
 
Nota: As classes, bem como os tipos de atividades não são rígidos quanto às iluminancias limites 
recomendadas, ficando a critério do projetista avançar ou não nos valores das classes/tipos de atividade 
adjacentes, depedendo das caracteristicas do local/tarefa. 
 
2. Seleção de iluminância 
 
Para determinação da iluminância conveniente é recomendável considerar os procedimentos de 5.2.1 
a 5.2.4. 
 
 
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5.2.1 Da tabela 1 constam os valores de iluminâncias por classe de tarefas visuais. O uso adequado de 
iluminância específica é determinado por três fatores, de acordo com a tabela 2. 
 
TABELA 2 - Fatores determinantes de iluminância adequada: 
Característica da tarefa e do 
observador 
Peso 
- 1 0 +1 
Idade Inferior a 40 anos 40 a 55 anos Superior a 55 anos 
Velocidade e precisão Sem importância Importante Crítica 
Refletância do fundo da tarefa Superior a 70% 30 a 70% Inferior a 30% 
 
5.2.2 O procedimento é o seguinte: 
 
1. analisar cada característica para determinar o seu peso (-1, 0 ou +1); 
2. somar os três valores encontrados, algebricamente, considerando o sinal; 
3. usar a iluminância inferior do grupo, quando o valor total for igual a –2 ou –3; a iluminância 
superior, quando a soma for +2 ou +3; e iluminância média, nos outros casos. 
 
5.2.3 A maioria das tarefas visuaisapresenta pelo menos média precisão. 
 
5.2.4 Em 5.3 para cada tipo de local ou atividade, três iluminâncias são indicadas, sendo a seleção do 
valor recomendado feita da seguinte maneira. 
 
5.2.4.1 Das três iluminâncias, considerar o valor do meio, devendo este ser utilizado em todos os casos. 
 
5.2.4.2 O valor mais alto, das três iluminâncias, deve ser utilizado quando: 
 
1. a tarefa se apresenta com refletâncias e contrastes bastante baixos; 
2. erros são de difícil correção; 
3. o trabalho visual é crítico; 
4. alta produtividade ou precisão são de grande importância; 
5. a capacidade visual do observador está abaixo da média. 
 
Nota: Como exemplo de precisão, pode-se mencionar a leitura simples de um jornal versus a leitura de 
uma receita médica, sendo a primeira sem importância a segunda crítica. 
 
5.2.4.3 O valor mais baixo, das três iluminâncias, pode ser usado quando: 
1. Refletâncias ou contrastes são relativamente altos; 
2. A velocidade e/ou precisão não são importantes; 
3. A tarefa é executada ocasionamente. 
 
5.3 Iluminâncias em lux, por tipo de atividade (valores médios em serviço) 
 
5.3.1 Acondicionamento: 
 
- Engradamento, encaixotamento e empacotamento 100 – 150 – 200 
 
 
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Auditórios e anfiteatros: 
- Tribuna 300 – 500 – 750 
- Platéia 100 – 150 – 200 
- Sala de espera 100 – 150 – 200 
- Bilheterias 300 – 150 – 750 
 
5.3.2 Bancos: 
- Atendimento ao público 300 – 500 – 750 
- Máquinas de contabilidade 300 – 500 – 750 
- Estatísticas e contabilidade 300 – 500 – 750 
- Salas de datilógrafias 300 – 500 – 750 
- Salas de gerentes 300 – 500 – 750 
- Salas de recepção 100 – 150 – 200 
- Salas de conferências 150 – 200 – 300 
- Guichês 300 – 500 – 750 
- Arquivos (incluindo acomodações para trabalhos de menor importância) 200 – 300 – 500 
- Arquivos 200 – 300 – 500 
- Saguão 100 – 150 – 200 
- Cantinas 100 – 150 – 200 
 
 
COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES (CIPA) – NR 05 
Alterações/Atualizações D.O.U. 
Portaria SSMT n.º 33, de 27de outubro de 1983 - 31/10/83 
Portaria SSST n.º 25, de 29 de dezembro de 1994 - Rep. 15/12/95 
Portaria SSST n.º 08, de 23 de fevereiro de 1999 - Retf. 10/05/99 
Portaria SSST n.º 15, de 26 de fevereiro de 1999 - 01/03/99 
Portaria SSST n.º 24, de 27 de maio de 1999 - 28/05/99 
Portaria SSST n.º 25, de 27 de maio de 1999 - 28/05/99 
Portaria SSST n.º 16, de 10 de maio de 2001 - 11/05/01 
Portaria SIT n.º 14, de 21 de junho de 2007 - 26/06/07 
Portaria SIT n.º 247, de 12 de julho de 2011 – 14/07/11 
DO OBJETIVO 
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a prevenção de acidentes 
e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com 
a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. 
DA CONSTITUIÇÃO 
Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as empresas 
privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, 
 
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instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que 
admitam trabalhadores como empregados. 
As disposições contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos e às 
entidades que lhes tomem serviços, observadas as disposições estabelecidas em Normas 
Regulamentadoras de setores econômicos específicos. 
A empresa que possuir em um mesmo município dois ou mais estabelecimentos, deverá garantir a 
integração das CIPA e dos designados, conforme o caso, com o objetivo de harmonizar as políticas de 
segurança e saúde no trabalho. 
As empresas instaladas em centro comercial ou industrial estabelecerão, através de membros de CIPA 
ou designados, mecanismos de integração com objetivo de promover o 
desenvolvimento de ações de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do ambiente e 
instalações de uso coletivo, podendo contar com a participação da administração do mesmo. 
DA ORGANIZAÇÃO 
A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o 
dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos 
normativos para setores econômicos específicos. 
 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes serão por eles designados. 
 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, 
do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados 
interessados. 
 O número de membros titulares e suplentes da CIPA, considerando a ordem decrescente de 
votos recebidos, observará o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as 
alterações disciplinadas em atos normativos de setores econômicos específicos. 
 Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um responsável 
pelo cumprimento dos objetivos desta NR, podendo ser adotados mecanismos de participação 
dos empregados, através de negociação coletiva. 
 O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição. 
 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção 
de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um 
ano após o final de seu mandato. 
 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas atividades 
normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro estabelecimento sem a sua 
anuência, ressalvado o disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo 469, da CLT. 
 O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação necessária para a 
discussão e encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no trabalho 
analisadas na CIPA. 
 O empregador designará entre seus representantes o Presidente da CIPA, e os representantes 
dos empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente. 
 Os membros da CIPA, eleitos e designados serão empossados no primeiro dia útil após o 
término do mandato anterior. 
 Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu substituto, 
entre os componentes ou não da comissão, sendo neste caso necessária a concordância do 
empregador. 
 
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 Empossados os membros da CIPA, a empresa deverá protocolizar, em até dez dias, na unidade 
descentralizada do Ministério do Trabalho, cópias das atas de eleição e de posse e o calendário 
anual das reuniões ordinárias. 
Protocolizada na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, a CIPA não 
poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como não poderá ser desativada pelo 
empregador, antes do término do mandato de seus membros, ainda que haja redução do número de 
empregados da empresa, exceto no caso de encerramento das atividades do estabelecimento.

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