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Aula 07 e 08

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INSS 2014 
Direito Previdenciário 
Frederico Amado 
1 
ACIDENTE DE TRABALHO 
 
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo 
exercício do trabalho a serviço da empresa ou 
pelo exercício do trabalho dos segurados 
referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, 
provocando lesão corporal ou perturbação 
funcional que cause a morte ou a perda ou 
redução, permanente ou temporária, da 
capacidade para o trabalho. 
 
 § 1º A empresa é responsável pela adoção e 
uso das medidas coletivas e individuais de 
proteção e segurança da saúde do trabalhador. 
 
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com 
multa, deixar a empresa de cumprir as normas 
de segurança e higiene do trabalho. 
 
§ 3º É dever da empresa prestar informações 
pormenorizadas sobre os riscos da operação a 
executar e do produto a manipular. 
 
§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência 
Social fiscalizará e os sindicatos e entidades 
representativas de classe acompanharão o fiel 
cumprimento do disposto nos parágrafos 
anteriores, conforme dispuser o Regulamento. 
 
ELEMENTOS CARACTERIZADORES 
 
- Evento decorrente de trabalho a serviço da 
empresa, de atividade campesina ou pesqueira 
artesanal individualmente ou em regime de 
economia familiar para a subsistência, 
desenvolvida pelo segurado especial; 
- Causação de lesão corporal ou funcional 
(psíquica); 
- Ocorrência de morte do segurado, redução ou 
perda temporária ou definitiva da capacidade 
laboral. 
 
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, 
nos termos do artigo anterior, as seguintes 
entidades mórbidas (MOLÉSTIAS 
OCUPACIONAIS): 
 
I - doença profissional, assim entendida a 
produzida ou desencadeada pelo exercício do 
trabalho peculiar a determinada atividade e 
constante da respectiva relação elaborada pelo 
Ministério do Trabalho e da Previdência Social 
(TECNOPATIA); 
 
II - doença do trabalho, assim entendida a 
adquirida ou desencadeada em função de 
condições especiais em que o trabalho é 
realizado e com ele se relacione diretamente, 
constante da relação mencionada no inciso I 
(MESOPATIA). 
 
§1º Não são consideradas como doença do 
trabalho: 
 
a) a doença degenerativa; 
b) a inerente a grupo etário; 
c) a que não produza incapacidade laborativa; 
d) a doença endêmica adquirida por segurado 
habitante de região em que ela se desenvolva, 
salvo comprovação de que é resultante de 
exposição ou contato direto determinado pela 
natureza do trabalho. 
 
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que 
a doença não incluída na relação prevista nos 
incisos I e II deste artigo resultou das condições 
especiais em que o trabalho é executado e com 
ele se relaciona diretamente, a Previdência 
Social deve considerá-la acidente do trabalho. 
(rol exemplificativo) 
 
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente 
do trabalho, para efeitos desta Lei: 
 
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora 
não tenha sido a causa única, haja contribuído 
diretamente para a morte do segurado, para 
redução ou perda da sua capacidade para o 
trabalho, ou produzido lesão que exija atenção 
médica para a sua recuperação; 
 
II - o acidente sofrido pelo segurado no local 
e no horário do trabalho, em conseqüência 
de: 
 
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo 
praticado por terceiro ou companheiro de 
trabalho; 
 
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, 
por motivo de disputa relacionada ao trabalho; 
 
c) ato de imprudência, de negligência ou de 
imperícia de terceiro ou de companheiro de 
trabalho; 
d) ato de pessoa privada do uso da razão; 
 
 
 
 
 
 
 
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INSS 2014 
Direito Previdenciário 
Frederico Amado 
2 
e) desabamento, inundação, incêndio e outros 
casos fortuitos ou decorrentes de força maior; 
III - a doença proveniente de contaminação 
acidental do empregado no exercício de sua 
atividade; 
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que 
fora do local e horário de trabalho: 
 
a) na execução de ordem ou na realização de 
serviço sob a autoridade da empresa; 
b) na prestação espontânea de qualquer serviço 
à empresa para lhe evitar prejuízo ou 
proporcionar proveito; 
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive 
para estudo quando financiada por esta dentro 
de seus planos para melhor capacitação da 
mão-de-obra, independentemente do meio de 
locomoção utilizado, inclusive veículo de 
propriedade do segurado; 
d) no percurso da residência para o local de 
trabalho ou deste para aquela, qualquer que 
seja o meio de locomoção, inclusive veículo de 
propriedade do segurado. 
 
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou 
descanso, ou por ocasião da satisfação de 
outras necessidades fisiológicas, no local do 
trabalho ou durante este, o empregado é 
considerado no exercício do trabalho. 
 
§ 2º Não é considerada agravação ou 
complicação de acidente do trabalho a lesão 
que, resultante de acidente de outra origem, 
se associe ou se superponha às 
conseqüências do anterior. 
 
Art. 21-A. A perícia médica do INSS considerará 
caracterizada a natureza acidentária da 
incapacidade quando constatar ocorrência de 
nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e 
o agravo, decorrente da relação entre a 
atividade da empresa e a entidade mórbida 
motivadora da incapacidade elencada na 
Classificação Internacional de Doenças - CID, 
em conformidade com o que dispuser o 
regulamento 
 
§ 1o A perícia médica do INSS deixará de 
aplicar o disposto neste artigo quando 
demonstrada a inexistência do nexo de que trata 
o caput deste artigo. 
 
§ 2o A empresa poderá requerer a não 
aplicação do nexo técnico epidemiológico, de 
cuja decisão caberá recurso com efeito 
suspensivo, da empresa ou do segurado, ao 
Conselho de Recursos da Previdência Social. 
 
Art. 22. A empresa deverá comunicar o acidente 
do trabalho à Previdência Social até o 1º 
(primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, 
em caso de morte, de imediato, à autoridade 
competente, sob pena de multa variável entre o 
limite mínimo e o limite máximo do salário-de-
contribuição, sucessivamente aumentada nas 
reincidências, aplicada e cobrada pela 
Previdência Social. 
 
§1º Da comunicação a que se refere este artigo 
receberão cópia fiel o acidentado ou seus 
dependentes, bem como o sindicato a que 
corresponda a sua categoria. 
 
§2º Na falta de comunicação por parte da 
empresa, podem formalizá-la o próprio 
acidentado, seus dependentes, a entidade 
sindical competente, o médico que o assistiu ou 
qualquer autoridade pública, não prevalecendo 
nestes casos o prazo previsto neste artigo. 
 
§ 3º A comunicação a que se refere o § 2º não 
exime a empresa de responsabilidade pela falta 
do cumprimento do disposto neste artigo. 
 
§ 4º Os sindicatos e entidades representativas 
de classe poderão acompanhar a cobrança, 
pela Previdência Social, das multas previstas 
neste artigo. 
 
§ 5o A multa de que trata este artigo não se 
aplica na hipótese do caput do art. 21-A. 
 
 Art. 23. Considera-se como dia do 
acidente, no caso de doença profissional ou do 
trabalho, a data do início da incapacidade 
laborativa para o exercício da atividade habitual, 
ou o dia da segregação compulsória, ou o dia 
em que for realizado o diagnóstico, valendo para 
este efeito o que ocorrer primeiro. 
 
15-(PERITO 2012) Por motivo de disputa 
relacionada ao trabalho, o empregado 
Antunes sofre agressão física intencional de 
terceiro, Marcos, no refeitório da empresa 
durante o seu horário de almoço. Em razão 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Previdenciário 
Frederico Amado 
3 
da desavença Antunes fraturou um dedo da 
mão direita, o que lhe ocasionou uma 
redução temporária da capacidade de 
trabalho. Nesta situação, nos termos dalegislação previdenciária, pode-se afirmar 
que Antunes 
 
(A) não sofreu acidente de trabalho por estar em 
horário de refeição, portanto não estar 
trabalhando. 
(B) não sofreu acidente de trabalho porque a 
agressão foi provocada por terceiro e não 
colega de trabalho ou outro empregado da 
empresa. 
(C) é portador de doença profissional que se 
equipara a acidente de trabalho. 
(D) sofreu evento equiparado a acidente de 
trabalho para os efeitos da Lei nº 8.213/91. 
(E) não sofreu acidente de trabalho porque a 
lesão foi pequena e a redução da capacidade de 
trabalho foi temporária. 
 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE 
BENEFÍCIOS E SERVIÇOS DO RGPS 
 
 DEPENDENTES DO RGPS: 
 
 Art. 16. São beneficiários do Regime 
Geral de Previdência Social, na condição de 
dependentes do segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e 
o filho não emancipado, de qualquer condição, 
menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou 
que tenha deficiência intelectual ou mental que 
o torne absoluta ou relativamente incapaz, 
assim declarado judicialmente (LEI 12.470, DE 
31.08.2011); 
II - os pais; 
 
III - o irmão não emancipado, de qualquer 
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou 
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou 
mental que o torne absoluta ou relativamente 
incapaz, assim declarado judicialmente (LEI 
12.470, DE 31.08.2011);; 
 
 § 1º A existência de dependente de qualquer 
das classes deste artigo exclui do direito às 
prestações os das classes seguintes. 
 
§ 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-
se a filho mediante declaração do segurado e 
desde que comprovada a dependência 
econômica na forma estabelecida no 
Regulamento. (Redação dada pela Lei nº 9.528, 
de 1997) 
 
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro 
a pessoa que, sem ser casada, mantém união 
estável com o segurado ou com a segurada, de 
acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição 
Federal. 
 
§ 4º A dependência econômica das pessoas 
indicadas no inciso I é presumida e a das 
demais deve ser comprovada. 
 Existia uma quarta classe composta pelo 
menor de 21 anos de idade designado ou maior 
de 60 anos ou inválido, que foi revogada pela 
Lei 9.032/95. Sobre o tema, vale colacionar a 
Súmula 04, da TNU: 
“Súmula 04- Não há direito adquirido à condição 
de dependente de pessoa designada, quando o 
falecimento do segurado deu-se após o advento 
da Lei 9.032/95”. 
 
CONCUBINATO 
 
STF, RE 590.779/2009. COMPANHEIRA E 
CONCUBINA - DISTINÇÃO. Sendo o Direito 
uma verdadeira ciência, impossível é confundir 
institutos, expressões e vocábulos, sob pena de 
prevalecer a babel. UNIÃO ESTÁVEL - 
PROTEÇÃO DO ESTADO. A proteção do 
Estado à união estável alcança apenas as 
situações legítimas e nestas não está incluído o 
concubinato. PENSÃO - SERVIDOR PÚBLICO 
- MULHER - CONCUBINA - DIREITO. A 
titularidade da pensão decorrente do 
falecimento de servidor público pressupõe 
vínculo agasalhado pelo ordenamento jurídico, 
mostrando-se impróprio o implemento de 
divisão a beneficiar, em detrimento da família, a 
concubina. 
 
STJ, 2. As situações de concomitância, isto é, 
em que há simultânea relação matrimonial e de 
concubinato, por não se amoldarem ao modelo 
estabelecido pela legislação previdenciária, não 
são capazes de ensejar união estável, razão 
pela qual apenas a viúva tem direito à pensão 
por morte” (STJ, REsp 1.104.316, 6ª Turma, de 
28.04.2009). 
 Sobre o tema, o STJ decidiu não ser 
possível a configuração simultânea de duas 
uniões estáveis, devendo um dos 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Previdenciário 
Frederico Amado 
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relacionamentos ser tratado como sociedade de 
fato, pois também existe o dever de lealdade 
entre os companheiros: 
REsp 1.157.273, de 18.05.2010. 
Súmula 63, TNU - A comprovação de união 
estável para efeito de concessão de pensão por 
morte prescinde de início de prova material. 
 
SÚMULA 336 DO STJ 
 
“A mulher que renunciou aos alimentos na 
separação judicial tem direito à pensão 
previdenciária por morte do ex-marido, 
comprovada a necessidade econômica 
superveniente”. 
 
Crê-se que o enunciado do STJ deverá ser 
interpretado da seguinte forma: “A pessoa que 
não exerceu o direito à prestação alimentícia na 
separação judicial, no divórcio, na dissolução de 
união estável ou de relação homoafetiva, terá 
direito à pensão por morte em decorrência do 
falecimento do respectivo segurado, desde que 
demonstrada a necessidade econômica 
superveniente, até a data do óbito, através da 
prestação de alimentos in natura ou de qualquer 
outro auxílio substancial que conduzisse à 
dependência econômica”. 
 Na hipótese de separação de fato, resta 
afastada a presunção de dependência 
econômica, devendo o cônjuge ou companheiro 
(a) que postular benefício comprová-la, na 
forma do artigo 76, §1º, da Lei 8.213/91. 
 
HOMOAFETIVIDADE 
 
O STJ admite o parceiro homossexual como 
dependente (RESP 395.904/2006), existindo 
liminar nacional nesse sentido na ACP 
2000.71.00.009347-0, Porto Alegre-RS. 
Recentemente, o STJ estendeu este 
entendimento à previdência privada (REsp 
1.026.981-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado 
em 4/2/2010). 
 
SÚMULA 37 DA TNU 
 
Súmula 37- A pensão por morte, devida ao filho 
até os 21 anos de idade, não se prorroga pela 
pendência do curso universitário. 
 
MENOR SOB GUARDA 
 
O menor sob guarda era dependente até a MP 
1523, de 11.10.1996, convertida na Lei 9528/97. 
A Terceira Seção do STJ entende não ser mais 
dependente após essa data (ERESP 
801.214/2008), apesar de existirem decisões 
contrárias, fundamentadas no art. 33, §3º, do 
ECA. 
 
 Por sua vez, o filho inválido persiste 
como dependente mesmo quando realiza a 
maioridade previdenciária aos 21 anos de idade, 
desde que a invalidez tenha ocorrido antes. 
Alíneas do artigo 17, inciso III, do RPS, incluído 
pelo Decreto 6.939/2009. 
 Logo, de acordo com a atual redação do 
artigo 17, do RPS, dada pelo Decreto 6.939/09, 
para se enquadrar como dependente do 
segurado, é indispensável que a invalidez tenha 
ocorrido antes dos 21 anos de idade ou, se 
houver, antes das causas de emancipação. 
 Entretanto, em 11 de outubro de 2010, 
em reunião em Recife, ao julgar incidente de 
uniformização no processo 2005.71.95.001467-
0, a TNU decidiu que o maior de 21 anos 
inválido continua como dependente do 
segurado, mesmo sendo a invalidez posterior à 
maioridade previdenciária, mas com presunção 
relativa de dependência econômica, cabendo ao 
INSS desconstituí-la, como foi feito no processo 
em questão. 
 A condição do dependente inválido 
independe de qualquer ato judicial de interdição 
judicial, bastando a manifestação positiva da 
perícia do INSS. Por outro lado, a interdição 
judicial não dispensa o exame médico a cargo 
da Previdência Social, pois o INSS sequer foi 
parte no processo que tramitou na Justiça 
Estadual, sendo-lhe ineficaz a coisa julgada. 
 Por força de inovação inaugurada pela 
Lei 12.470/2011, o filho do segurado que tenha 
deficiência intelectual ou mental que o torne 
absoluta ou relativamente incapaz, assim 
declarado judicialmente, também manterá a sua 
qualidade mesmo após completar os 21 anos de 
idade. 
 Com propriedade, nos moldes dos 
artigos 3º e 4º, do Código Civil, são 
absolutamente incapazes para prática dos atos 
da vida civil os que, por enfermidade ou 
deficiência mental, não tiverem o necessário 
discernimento para a sua prática. Já aqueles 
que, por deficiência mental, tiverem o 
 
 
 
 
 
 
 
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INSS 2014 
Direito Previdenciário 
Frederico Amado 
5 
discernimento reduzido, enquadrar-se-ão como 
relativamente incapazes. 
 
 
 
16- (PERITO 2012) Os beneficiários do 
Regime Geral de Previdência Social 
classificam-se como segurados e 
dependentes.Nos termos da legislação 
previdenciária é correto afirmar que 
 
(A) é segurado obrigatório o maior de 12 (doze) 
anos que se filiar ao Regime Geral da 
Previdência Social, mediante contribuição. 
(B) dependentes são pessoas que, por 
contribuírem para a previdência social, podem 
ser beneficiários. 
(C) os filhos e a esposa, por serem dependentes 
da classe diferente, não concorrem em 
igualdade para o benefício. 
(D) o segurado facultativo mantém a qualidade 
de segurado, independente de contribuições, 
até 12 (doze) meses após a cessação das 
contribuições. 
(E) A existência de dependentes de uma classe 
exclui do benefício os das classes seguintes. 
 
17-(TÉCNICO 2012) João fora casado com 
Maria, com quem teve três filhos, João 
Junior, de 22 anos e universitário; Marília, 
com 18 anos e Renato com 16 anos, na data 
do óbito de João, ocorrido em dezembro de 
2011. João se divorciara de Maria que 
renunciou ao direito a alimentos para si. 
Posteriormente, João veio a contrair novas 
núpcias com Norma, com quem manteve 
união estável até a data de seu óbito. Norma 
possui uma filha, Miriam, que mora com a 
mãe e foi por João sustentada. Nessa 
situação, são dependentes de João, 
segundo a legislação previdenciária: 
 
(A) João Junior, Marília e Renato. 
(B) João Junior, Maria, Marília, Renato e Norma. 
(C) Marília, Renato, Miriam e Norma. 
(D) Maria, João Junior, Marília, Renato e Norma. 
(E) João Junior, Marília, Renato, Maria, Norma 
e Miriam. 
 
PERÍODO DE GRAÇA: 
 
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, 
independentemente de contribuições: 
 
 I - sem limite de prazo, quem está em gozo de 
benefício; 
 II - até 12 (doze) meses após a cessação das 
contribuições, o segurado que deixar de exercer 
atividade remunerada abrangida pela 
Previdência Social ou estiver suspenso ou 
licenciado sem remuneração; 
 III - até 12 (doze) meses após cessar a 
segregação, o segurado acometido de doença 
de segregação compulsória; 
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o 
segurado retido ou recluso; 
 V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o 
segurado incorporado às Forças Armadas para 
prestar serviço militar; 
 VI - até 6 (seis) meses após a cessação das 
contribuições, o segurado facultativo. 
 
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para 
até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já 
tiver pago mais de 120 (cento e vinte) 
contribuições mensais sem interrupção que 
acarrete a perda da qualidade de segurado. 
 
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão 
acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado 
desempregado, desde que comprovada essa 
situação pelo registro no órgão próprio do 
Ministério do Trabalho e da Previdência Social. 
 
Súmula 27, TNU: “a ausência de registro em 
órgão do Ministério do Trabalho não impede 
a comprovação do desemprego por outros 
meios admitidos em Direito”. 
A 3ª Seção do STJ aderiu ao entendimento da 
TNU ao admitir que a comprovação do 
desemprego seja feita por outros meios de 
prova além do registro em órgão do Ministério 
do Trabalho e Emprego, para fins de 
prorrogação do período de graça do segurado 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Previdenciário 
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6 
obrigatório em 12 meses (Pet 7.115, DE 
10.03.2010). 
 
Por outro lado, a 3ª Seção entendeu que a 
ausência de anotação laboral na CTPS do 
segurado não é suficiente para comprovar a 
sua situação de desemprego, já que não 
afasta a possibilidade do exercício de 
atividade remunerada na informalidade. 
 
§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado 
conserva todos os seus direitos perante a 
Previdência Social. 
 
§ 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá 
no dia seguinte ao do término do prazo fixado no 
Plano de Custeio da Seguridade Social para 
recolhimento da contribuição referente ao mês 
imediatamente posterior ao do final dos prazos 
fixados neste artigo e seus parágrafos. 
 
 O início do prazo para definir o momento 
da perda da qualidade ocorrerá no dia seguinte 
ao término do prazo do recolhimento da 
competência do mês anterior. O RPS, no seu 
artigo 14, fixou uma data única para todos os 
segurados, que é o dia seguinte à data final de 
recolhimento do contribuinte individual, que se 
operará até o dia 15 do mês seguinte ao da 
competência, ou, se não houver expediente 
bancário, no dia útil posterior, na forma do artigo 
30, inciso II, da Lei 8.212/91. 
 
Logo, o termo inicial do período de graça não 
será a data de cessação do exercício de 
atividade laborativa remunerada, e sim o dia 
seguinte à data máxima de recolhimento de 
contribuição previdenciária não promovida. 
 
 Como exemplo, suponha-se o caso de 
um segurado contribuinte individual que tenha 
deixado de trabalhar em 31.03.2007. Nesta 
hipótese, partindo da premissa que a 
competência de março foi recolhida até o dia 15 
de abril, conforme determina a legislação 
previdenciária, o dies a quo do período de graça 
será 16 de maio, pois a competência de abril 
não foi recolhida até o dia 15 de maio. 
 
 
 
 De arremate, excepcionalmente, vale 
lembrar que a concessão da aposentadoria por 
idade, especial ou por tempo de contribuição 
não mais exige a manutenção da qualidade de 
segurado, desde que o segurado preencha 
todos os requisitos legais, mesmo que não 
simultaneamente, a teor do artigo 3º, da Lei 
10.666/2003. 
 
18-(TÉCNICO 2012) Maria trabalhou de 02 de 
janeiro de 1990 até 02 de fevereiro de 2005 
como empregada de uma empresa, 
desligando-se do emprego para montar um 
salão de beleza. 
Apesar de ter passado à categoria de 
contribuinte individual, deixou de recolher 
contribuições para a Previdência Social 
durante dois anos, até fevereiro de 2007. 
Nessa situação, o período de graça de Maria 
é de 
 
(A) 12 (doze) meses 
(B) 24 (vinte e quatro) meses. 
(C) 36 (trinta e seis) meses. 
(D) 48 (quarenta e oito) meses. 
(E) 60 (sessenta) meses. 
 
PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS 
 
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social 
compreende as seguintes prestações, devidas 
inclusive em razão de eventos decorrentes de 
acidente do trabalho, expressas em benefícios e 
serviços: 
 
I - quanto ao segurado: 
 
a) aposentadoria por invalidez; 
b) aposentadoria por idade; 
 
 
 
 
 
 
 
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c) aposentadoria por tempo de contribuição; 
d) aposentadoria especial; 
e) auxílio-doença; 
f) salário-família; 
 g) salário-maternidade; 
h) auxílio-acidente; 
 
II - quanto ao dependente: 
 
a) pensão por morte; 
b) auxílio-reclusão; 
 
III - quanto ao segurado e dependente: 
a) (Revogada pela Lei nº 9.032, de 1995) 
 b) serviço social; 
c) reabilitação profissional. 
 
CARÊNCIA 
 
Art. 24. Período de carência é o número mínimo 
de contribuições mensais indispensáveis para 
que o beneficiário faça jus ao benefício, 
consideradas a partir do transcurso do primeiro 
dia dos meses de suas competências. 
 
Parágrafo único. Havendo perda da 
qualidade de segurado, as contribuições 
anteriores a essa data só serão computadas 
para efeito de carência depois que o 
segurado contar, a partir da nova filiação à 
Previdência Social, com, no mínimo, 1/3 (um 
terço) do número de contribuições exigidas 
para o cumprimento da carência definida 
para o benefício a ser requerido 
 
 Neste ponto, andou melhor o artigo 26 do 
RPS, que define carência como o tempo 
correspondente ao número mínimo de 
contribuições mensais indispensáveis para que 
o beneficiário faça jus ao benefício, 
consideradas a partir do transcurso do primeiro 
dia dos meses de suas competências, ou, para 
o segurado especial, o tempo mínimo de efetivo 
exercício de atividade rural, ainda que de forma 
descontínua, igual ao número de mesesnecessário à concessão do benefício requerido. 
 
 O período de carência será 
computado: 
 
I- para o segurado empregado, o trabalhador 
avulso e o contribuinte individual que presta 
serviços a pessoa jurídica (este a partir da 
competência 04/2003), da data de filiação ao 
Regime Geral de Previdência Social, ou seja, a 
partir do exercício de atividade laborativa 
remunerada; 
 
II- para o segurado empregado doméstico, o 
contribuinte individual que não presta serviços à 
pessoa jurídica, o facultativo e o segurado 
especial que contribui da mesma forma que o 
contribuinte individual, da data do efetivo 
recolhimento da primeira contribuição sem 
atraso, não sendo consideradas para esse fim 
as contribuições recolhidas com atraso 
referentes a competências anteriores; 
III- para o segurado especial, a partir do efetivo 
exercício da atividade rural ou pesqueira 
artesanal para fins de subsistência sem o auxílio 
de empregados permanentes. 
 
. 1. É da data do efetivo pagamento da primeira 
contribuição sem atraso que se inicia a 
contagem do período de carência quando se 
tratar de contribuinte individual. 2. As 
contribuições previdenciárias recolhidas em 
atraso, em período anterior ao primeiro 
pagamento sem atraso, não podem ser 
consideradas para o cômputo do período de 
carência, nos termos do art. 27, II, da Lei n. 
8.213/1991. Precedentes. 3.Recurso especial” 
(STJ, 2ª Turma, REsp 1376961, de 28/05/2013). 
 
Dependem de carência (artigo 25, Lei 
8213/91): 
 
A) auxílio-doença e aposentadoria por invalidez 
(12 contribuições mensais); 
B) salário maternidade para a contribuinte 
individual, segurada especial e facultativa (10 
meses, devendo ser reduzida em caso de parto 
antecipado); 
C) aposentadoria por idade, por tempo de 
contribuição e especial (180 contribuições 
mensais, observada a regra de transição do 
artigo 142 para quem já era segurado no 
advento da Lei 8213/91, pois antes eram 60 
meses). 
 
Independem de carência (artigo 26, Lei 
8213/91): 
 
I - pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-
família e auxílio-acidente; 
 
 
 
 
 
 
 
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II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez 
nos casos de acidente de qualquer natureza ou 
causa e de doença profissional ou do trabalho, 
ou moléstia grave lista em ato do MPS; 
III- serviço social e reabilitação profissional; 
IV- salário-maternidade para as seguradas 
empregada, trabalhadora avulsa e empregada 
doméstica 
 
REGRA DE TRANSIÇÃO 
 
Art. 142. Para o segurado inscrito na 
Previdência Social Urbana até 24 de julho de 
1991, bem como para o trabalhador e o 
empregador rural cobertos pela Previdência 
Social Rural, a carência das aposentadorias por 
idade, por tempo de serviço e especial 
obedecerá à seguinte tabela, levando-se em 
conta o ano em que o segurado implementou 
todas as condições necessárias à obtenção do 
benefício: 
 
1991 
60 meses 
1992 
60 meses 
1993 
66 meses 
1994 
72 meses 
1995 
78 meses 
1996 
90 meses 
1997 
96 meses 
1998 
102 meses 
1999 
108 meses 
2000 
114 meses 
2001 
120 meses 
2002 
126 meses 
2003 
132 meses 
2004 
138 meses 
2005 
144 meses 
2006 
150 meses 
2007 
156 meses 
2008 
162 meses 
2009 
168 meses 
2010 
174 meses 
2011 
180 meses 
 
 Para a concessão da aposentadoria por 
idade, vale ressaltar que o entendimento da 
Previdência Social para a incidência da 
transcrita tabela tem sido mais favorável aos 
segurados, pois está sendo considerado o ano 
em que o segurado completou a idade mínima 
para o deferimento do benefício, mesmo que a 
carência tenha sido integralizada 
posteriormente (“congelamento” da carência), 
conforme explicitado na questão 21, do Parecer 
CONJUR/MPS 616/2010. 
 
Esse também é o posicionamento da TNU, que 
no dia 24 de novembro de 2011 aprovou a 
Súmula 44: 
 
“Súmula 44 - Para efeito de aposentadoria por 
idade urbana, a tabela progressiva de carência 
prevista no art. 142 da Lei nº 8.213/91 deve ser 
aplicada em função do ano em que o segurado 
completa a idade mínima para concessão do 
benefício, ainda que o período de carência só 
seja preenchido posteriormente” (precedente: 
PEDILEF 0022551-92208.4.01.3600”. 
 
19-(TÉCNICO 2012) Maria trabalhou de 02 de 
janeiro de 2006 a 02 de julho de 2006 como 
empregada de uma empresa, vindo a contrair 
moléstia não relacionada ao trabalho, com 
prejuízo do exercício de suas atividades 
habituais. Nessa situação, Maria 
 
(A) não terá direito ao recebimento do auxílio-
doença, por ausência do cumprimento da 
carência. 
(B) terá direito à aposentadoria por invalidez, 
que independe do cumprimento de carência. 
(C) terá direito ao auxílio-acidente, que não 
exige carência. 
(D) terá direito ao auxílio-doença, que 
independe de carência. 
 
 
 
 
 
 
 
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(E) poderá receber aposentadoria por invalidez, 
se recolher mais duas contribuições. 
 
SALÁRIO DE BENEFÍCIO 
 
 É um instituto previdenciário utilizado para 
a definição do valor do benefício de prestação 
continuada, inclusive o regido por norma 
especial e o decorrente de acidente do trabalho, 
exceto o salário-família e o salário-maternidade, 
na forma do artigo 28, da Lei 8.213/91, 
correspondendo à média aritmética simples dos 
80% maiores salários de contribuição do 
segurado. 
 No caso da aposentadoria por idade 
(facultativamente) e na aposentadoria por 
tempo de contribuição (obrigatoriamente), a 
referida média aritmética ainda deverá ser 
multiplicada pelo fator previdenciário. 
 
O salário de contribuição corresponderá à 
remuneração do segurado, variando de um 
salário mínimo ao teto (R$ 4.390,24 – 2014). 
 
O fator previdenciário é um coeficiente validado 
pelo STF (ADI-MC 2110 e 2111) e criado pela 
Lei 9.876/99 que busca inibir aposentadorias 
precoces. É composto pelo tempo de 
contribuição, pela expectativa de vida (tábua do 
IBGE vigente na data do requerimento, não se 
diferenciando homens e mulheres, não 
prejudicando estas, pois no cálculo são 
colocados mais cinco anos) e idade da pessoa, 
sendo obrigatório para a aposentadoria por 
tempo de contribuição e facultativo na por idade. 
 
 Ao contrário do que ocorreu nos 
Regimes Próprios de Previdência Social com o 
advento da promulgação da Emenda 20/98, no 
RGPS continua sendo possível a concessão de 
aposentadoria sem a exigência de idade mínima 
do segurado, a exemplo da aposentadoria por 
tempo de contribuição, vez que não restou 
aprovada a reforma constitucional integral 
pretendida no final dos anos 90 
 
 Diante desse preocupante quadro 
previdenciário, a Lei 9.876/99, publicada em 
29.11.1999, instituiu o fator previdenciário, 
agora previsto no artigo 29, da Lei 8.213/91, que 
objetiva inibir aposentadorias precoces, sendo 
obrigatório no cálculo da aposentadoria por 
tempo de contribuição e facultativo para a 
definição da renda mensal inicial da 
aposentadoria por idade. 
 
No caso do segurado especial, a legislação 
previdenciário fixou o salário de benefício em 
um salário mínimo. 
 
O salário de benefício não será inferior a um 
salário mínimo nem superior ao teto do salário 
de contribuição. 
 
 Ademais, lembrando das parcelas 
integrantes do salário de contribuição, serão 
considerados para cálculo do salário de 
benefício os ganhos habituais do segurado 
empregado, a qualquer título, sob forma de 
moeda corrente ou de utilidades, sobre os quais 
tenha incidido contribuições previdenciárias, 
exceto o décimo terceiro salário (gratificação 
natalina). 
 
Súmula 60, da TNU - O décimo terceiro salário 
não integra o salário de contribuição para fins de 
cálculo do salário de benefício, 
independentementeda data da concessão do 
benefício previdenciário. 
 
 Ou seja, apesar de incidir contribuição 
previdenciária em separado sobre a parcela 
paga a título de décimo terceiro salário, a 
legislação previdenciária excluiu essa verba do 
cálculo do salário de benefício. 
 
Art. 29-A. O INSS utilizará as informações 
constantes no Cadastro Nacional de 
Informações Sociais – CNIS sobre os vínculos e 
as remunerações dos segurados, para fins de 
cálculo do salário-de-benefício, comprovação 
de filiação ao Regime Geral de Previdência 
Social, tempo de contribuição e relação de 
emprego. 
 
§ 1o O INSS terá até 180 (cento e oitenta) dias, 
contados a partir da solicitação do pedido, para 
fornecer ao segurado as informações previstas 
no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 
10.403, de 8.1.2002) 
§ 2o O segurado poderá solicitar, a qualquer 
momento, a inclusão, exclusão ou retificação de 
informações constantes do CNIS, com a 
apresentação de documentos comprobatórios 
dos dados divergentes, conforme critérios 
 
 
 
 
 
 
 
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definidos pelo INSS. (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 128, de 2008) 
 
§ 3o A aceitação de informações relativas a 
vínculos e remunerações inseridas 
extemporaneamente no CNIS, inclusive 
retificações de informações anteriormente 
inseridas, fica condicionada à comprovação dos 
dados ou das divergências apontadas, 
conforme critérios definidos em regulamento. 
§ 4o Considera-se extemporânea a inserção de 
dados decorrentes de documento inicial ou de 
retificação de dados anteriormente informados, 
quando o documento ou a retificação, ou a 
informação retificadora, forem apresentados 
após os prazos estabelecidos em regulamento. 
 
5o Havendo dúvida sobre a regularidade do 
vínculo incluído no CNIS e inexistência de 
informações sobre remunerações e 
contribuições, o INSS exigirá a apresentação 
dos documentos que serviram de base à 
anotação, sob pena de exclusão do período. 
 
Art. 29-B. Os salários-de-contribuição 
considerados no cálculo do valor do benefício 
serão corrigidos mês a mês de acordo com a 
variação integral do Índice Nacional de Preços 
ao Consumidor - INPC, calculado pela 
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e 
Estatística - IBGE. 
 
20-(TÉCNICO 2012) Para fins de cálculo do 
salário de benefício, é correto afirmar que 
 
(A) o trabalhador doméstico está dispensado de 
provar os recolhimentos à Previdência Social. 
(B) poderão ser utilizados os salários de 
contribuição constantes do CNIS − Cadastro 
Nacional de Informações Sociais para os 
segurados em geral. 
(C) o empregado deve apresentar os recibos de 
pagamento para fins de cálculo do valor do 
benefício. 
(D) o contribuinte individual não poderá valer-se 
das informações constantes do CNIS − 
Cadastro Nacional de Informações Sociais. 
(E) o segurado especial deverá comprovar o 
recolhimento das contribuições para fins de 
cálculo do salário de benefício. 
 
RENDA MENSAL INICIAL DOS BENEFÍCIOS 
 A RMI do benefício não será menor que um 
salário mínimo (exceto no auxílio-acidente e no 
salário-família, pois não se destinam a substituir 
a remuneração) nem maior que o maior salário 
de contribuição (exceto aposentadoria por 
invalidez com o acréscimo de 25% e o salário-
maternidade das empregadas e trabalhadoras 
avulsas). 
Salvo o salário-maternidade e família, os 
benefícios são calculados através da aplicação 
de um percentual sobre o salário de benefício. 
 
 EXEMPLOS: 
 
Aposentadoria por invalidez: 100% do salário de 
benefício; 
auxílio-doença: 91% do salário de benefício; 
 auxílio-acidente: 50% do salário de benefício; 
 
 REAJUSTAMENTO DOS BENEFÍCIOS 
 
 Art. 41-A. O valor dos benefícios em 
manutenção será reajustado, anualmente, na 
mesma data do reajuste do salário mínimo, pro 
rata, de acordo com suas respectivas datas de 
início ou do último reajustamento, com base no 
Índice Nacional de Preços ao Consumidor - 
INPC, apurado pela Fundação Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE 
 
DESCONTOS LEGALMENTE AUTORIZADOS 
NOS BENEFÍCIOS 
 
 Art. 115. Podem ser descontados dos 
benefícios: 
I - contribuições devidas pelo segurado à 
Previdência Social; 
II - pagamento de benefício além do devido (o 
desconto será feito em parcelas, conforme 
dispuser o regulamento, salvo má-fé); 
III - Imposto de Renda retido na fonte; 
IV - pensão de alimentos decretada em 
sentença judicial; 
V - mensalidades de associações e demais 
entidades de aposentados legalmente 
reconhecidas, desde que autorizadas por seus 
filiados. 
VI - pagamento de empréstimos, financiamentos 
e operações de arrendamento mercantil 
concedidos por instituições financeiras e 
sociedades de arrendamento mercantil, 
públicas e privadas, quando expressamente 
 
 
 
 
 
 
 
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autorizado pelo beneficiário, até o limite de trinta 
por cento do valor do benefício. 
 
TEMPO DE SERVIÇO/CONTRIBUIÇÃO 
 
EXTINÇÃO DO TEMPO DE SERVIÇO COM A 
EMENDA 20/1998. 
Por força do artigo 4º, da Emenda 20, exceto no 
que concerne às contagens fictícias (a exemplo 
do cômputo em dobro), o tempo de serviço 
considerado pela legislação vigente para efeito 
de aposentadoria, cumprido até que a lei 
discipline a matéria, será contado como tempo 
de contribuição, não tendo sido editada até hoje 
a referida norma jurídica. 
 
RPS - Art. 59. Considera-se tempo de 
contribuição o tempo, contado de data a data, 
desde o início até a data do requerimento ou do 
desligamento de atividade abrangida pela 
previdência social, descontados os períodos 
legalmente estabelecidos como de suspensão 
de contrato de trabalho, de interrupção de 
exercício e de desligamento da atividade. 
 
CONTAGEM RECÍPROCA 
 
O direito à contagem recíproca do tempo de 
serviço já era previsto na Lei 6.226/75, sendo 
estampado expressamente na Constituição 
Federal de 1988 no seu artigo 201, §9º, ao 
dispor que, “para efeito de aposentadoria, é 
assegurada a contagem recíproca do tempo de 
contribuição na administração pública e na 
atividade privada, rural e urbana, hipótese em 
que os diversos regimes de previdência social 
se compensarão financeiramente, segundo 
critérios estabelecidos em lei”. 
 
Art. 94. Para efeito dos benefícios previstos no 
Regime Geral de Previdência Social ou no 
serviço público é assegurada a contagem 
recíproca do tempo de contribuição na atividade 
privada, rural e urbana, e do tempo de 
contribuição ou de serviço na administração 
pública, hipótese em que os diferentes sistemas 
de previdência social se compensarão 
financeiramente. 
 
§ 1o A compensação financeira será feita ao 
sistema a que o interessado estiver vinculado ao 
requerer o benefício pelos demais sistemas, em 
relação aos respectivos tempos de contribuição 
ou de serviço, conforme dispuser o 
Regulamento. 
§ 2o Não será computado como tempo de 
contribuição, para efeito dos benefícios 
previstos em regimes próprios de previdência 
social, o período em que o segurado contribuinte 
individual ou facultativo tiver contribuído na 
forma do § 2o do art. 21 da Lei no 8.212, de 24 
de julho de 1991, salvo se complementadas as 
contribuições na forma do § 3o do mesmo artigo 
 
Não será admitida a contagem recíproca do 
tempo de contribuição do segurado facultativo e 
do contribuinte individual que optem por 
recolher 11% sobre o salário de contribuição de 
um salário mínimo , bem como no caso de 
recolhimento de 5% (MEI e segurado facultativo 
com atividades domésticas BAIXA RENDA), 
conforme faculta § 2o do artigo 21 da Lei no 
8.212/91, exceto se recolhida retroativamente a 
qualquer tempo a complementação de 9%ou 
15%, com os respectivos encargos legais. 
Na forma do artigo 123, parágrafo único, do 
RPS, para fins de contagem recíproca, o tempo 
de serviço prestado pelo trabalhador rural 
anteriormente à competência novembro de 
1991 será reconhecido apenas de houver 
indenização. 
 
 Art. 96. O tempo de contribuição ou de serviço 
de que trata esta Seção será contado de acordo 
com a legislação pertinente, observadas as 
normas seguintes (CONTAGEM RECÍPROCA): 
 
I - não será admitida a contagem em dobro ou 
em outras condições especiais; 
II - é vedada a contagem de tempo de serviço 
público com o de atividade privada, quando 
concomitantes; 
III - não será contado por um sistema o tempo 
de serviço utilizado para concessão de 
aposentadoria pelo outro; 
IV - o tempo de serviço anterior ou posterior à 
obrigatoriedade de filiação à Previdência Social 
só será contado mediante indenização da 
contribuição correspondente ao período 
respectivo, com acréscimo de juros moratórios 
de zero vírgula cinco por cento ao mês, 
capitalizados anualmente, e multa de dez por 
cento 
 
 Art. 97. A aposentadoria por tempo de serviço, 
com contagem de tempo na forma desta Seção, 
 
 
 
 
 
 
 
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será concedida ao segurado do sexo feminino a 
partir de 25 (vinte e cinco) anos completos de 
serviço, e, ao segurado do sexo masculino, a 
partir de 30 (trinta) anos completos de serviço, 
ressalvadas as hipóteses de redução previstas 
em lei. DESATUALIZADO (EMENDA 20/1998) 
 
Art. 98. Quando a soma dos tempos de serviço 
ultrapassar 30 (trinta) anos, se do sexo feminino, 
e 35 (trinta e cinco) anos, se do sexo masculino, 
o excesso não será considerado para qualquer 
efeito. 
Art. 99. O benefício resultante de contagem de 
tempo de serviço na forma desta Seção será 
concedido e pago pelo sistema a que o 
interessado estiver vinculado ao requerê-lo, e 
calculado na forma da respectiva legislação. 
 
INDENIZAÇÃO AO INSS 
 
Regulamentação: Artigo 45-A, da Lei 8.212/91 
(LC 126); artigo 96, IV, da Lei 8.213/91. 
É a quantia devida ao INSS como condição 
inafastável para o cômputo de período de 
exercício de atividade laborativa remunerada, 
exceto para fins de carência, visando à 
concessão de benefício do RGPS ou 
consideração em outro regime previdenciário 
(contagem recíproca), quer pelo não pagamento 
de contribuições previdenciárias já decaídas, 
quer pela atividade na época não se enquadrar 
como de filiação obrigatória. 
 
Art. 45-A. O contribuinte individual que 
pretenda contar como tempo de 
contribuição, para fins de obtenção de 
benefício no Regime Geral de Previdência 
Social ou de contagem recíproca do tempo 
de contribuição, período de atividade 
remunerada alcançada pela decadência 
deverá indenizar o INSS. 
 
§ 1o O valor da indenização a que se refere o 
caput deste artigo e o § 1o do art. 55 da Lei no 
8.213, de 24 de julho de 1991, corresponderá a 
20% (vinte por cento): 
I – da média aritmética simples dos maiores 
salários-de-contribuição, reajustados, 
correspondentes a 80% (oitenta por cento) de 
todo o período contributivo decorrido desde a 
competência julho de 1994; ou 
 
II – da remuneração sobre a qual incidem as 
contribuições para o regime próprio de 
previdência social a que estiver filiado o 
interessado, no caso de indenização para fins 
da contagem recíproca de que tratam os arts. 94 
a 99 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, 
observados o limite máximo previsto no art. 28 
e o disposto em regulamento. 
§ 2o Sobre os valores apurados na forma do § 
1o deste artigo incidirão juros moratórios de 
0,5% (cinco décimos por cento) ao mês, 
capitalizados anualmente, limitados ao 
percentual máximo de 50% (cinqüenta por 
cento), e multa de 10% (dez por cento). 
§ 3o O disposto no § 1o deste artigo não se 
aplica aos casos de contribuições em atraso não 
alcançadas pela decadência do direito de a 
Previdência constituir o respectivo crédito, 
obedecendo-se, em relação a elas, as 
disposições aplicadas às empresas em geral. 
 As prestações previdenciárias abarcam 
os benefícios e os serviços devidos aos 
beneficiários do Regime Geral (segurados e 
seus dependentes), uma vez realizadas as 
hipóteses legais para a sua concessão. 
 Enquanto os benefícios previdenciários 
constituem obrigações de pagar quantia certa, 
os serviços são obrigações de fazer devidas 
pela Previdência Social. 
 O plano de prestações do RGPS 
aprovado pela Lei 8.213/91 prevê atualmente 
oito benefícios previdenciários em prol dos 
segurados: aposentadoria por invalidez, 
aposentadoria por idade, aposentadoria por 
tempo de contribuição, aposentadoria especial, 
auxílio-doença, salário-família, salário-
maternidade e auxílio-acidente. 
 De sua vez, os dependentes farão jus a 
dois benefícios: pensão por morte e auxílio-
reclusão. 
 Demais disso, existem dois serviços 
devidos tanto aos segurados quanto aos seus 
dependentes: serviço social e reabilitação 
profissional. 
 
Classificação das prestações 
previdenciárias: 
 
Consoante a natureza da utilidade, as 
prestações são classificadas em: 
 
 A) Benefícios - obrigações de pagar 
quantia certa; 
 
 
 
 
 
 
 
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 B) Serviços - obrigações de fazer. 
 
 Com relação aos beneficiários, 
classificam-se as prestações em: 
 
A) Dos segurados; 
 
B) Dos dependentes; 
 
C) Mistas - dos segurados e dependentes. 
 
 No que concerne à programação, são 
divididas em: 
 
A) Programáveis - quando as prestações são 
objeto de uma prévia programação 
previdenciária, pois o evento futuro é previsível 
e não será adiantado por um infortúnio, a 
exemplo da aposentadoria por tempo de 
contribuição, que pressupõe período mínimo de 
recolhimento; 
 
B) Não-programáveis – são prestações 
previdenciárias devidas quando ocorre um 
infortúnio que enseja a sua concessão que, 
apesar de possível, não integra uma 
programação específica do regime, a exemplo 
da aposentadoria por invalidez. 
 
 Outrossim, conforme a 
temporariedade, as prestações podem ser 
divididas: 
 
A) Vitalícias - não possuem prazo ou limite 
máximo de tempo para a sua manutenção, a 
exemplo da aposentadoria por idade; 
 
B) Temporárias - há uma prévia limitação de 
tempo pela legislação previdenciária, como o 
salário-maternidade, que, em regra, será pago 
durante 120 dias às seguradas. 
 
 Por sua vez, no que concerne à 
exigência de carência (número mínimo de 
contribuições mensais prévias), classificam-
se as prestações em: 
 
 A) Sem carência - pensão por morte, 
auxílio-acidente, auxílio-reclusão, salário-
família, serviço social e reabilitação profissional; 
 B) Com carência - aposentadoria por 
idade, aposentadoria por tempo de contribuição 
e aposentadoria especial; 
 C) Mistas - poderão ou não ter carência, 
a depender dos eventos ensejadores ou do 
enquadramento dos beneficiários, como o 
salário-maternidade, o auxílio-doença e a 
aposentadoria por invalidez. 
 
 Ainda é possível classificar os 
benefícios de acordo com a sua função 
substitutiva ou não da remuneração do 
segurado, pois no primeiro caso não poderá 
ser inferior a um salário mínimo: 
 
 A) Substitutivos da remuneração ou do 
salário de contribuição – aposentadorias, 
auxílio-doença, salário-maternidade, pensão 
por morte e auxílio-reclusão; 
 B) Não substitutivos – salário-família e 
auxílio-acidente, pois estes benefícios não irão 
substituir a renda do segurado, e sim agregar-
se a ela. 
 
 Com relação à submissão ao teto do 
Regime Geral de Previdência Social, os 
benefícios classificam-se em: 
 
 A) Limitados ao teto - sendo a regra geral 
para os benefícios, que não poderão ter renda 
mensalsuperior ao valor máximo do salário de 
contribuição; 
 B) Não limitados ao teto – são as 
exceções, ocorrendo no salário-maternidade 
das empregadas e trabalhadoras avulsas, assim 
como no acréscimo de 25% sobre a 
aposentadoria por invalidez se o segurado 
necessitar da assistência permanente de outra 
pessoa, conforme será estudado no momento 
oportuno.

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