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Aula 11 - Artigos 42-58

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c) O pedido da revisão, nos termos do art. 58 da ADCT, deve ser considerado improcedente, 
independente da época em que o benefício foi concedido.
d) O segurado está impedido de ajuizar ação contra a instituição previdenciária na vara federal 
do município em que reside.
e) Antônio não tem legitimidade para propor ação contra o INSS por estar recebendo benefí-
cio.
05. (CESPE/TRF 5ª Região/Juiz Federal/2006) Luciano, aposentado por tempo de contribui-
ção, tem sua renda mensal no valor de um salário mínimo. Em maio de 2006, o governo 
federal reajustou o salário mínimo em 20% e, por intermédio de decreto do Poder Executivo, 
reajustou os benefícios mantidos pela previdência social em 7,93%. Nessa situação, o valor 
do benefício de Luciano será reajustado em 27,93%.
GAB 01 C 02 E 03 E 04 A 05 E
` SEÇÃO V – DOS BENEFÍCIOS
` SUBSEÇÃO I –DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carên-
cia exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for 
considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe 
garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
§ 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da con-
dição de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da Previdência Social, 
podendo o segurado, às suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.
§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral 
de Previdência Social não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a 
incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
1. COMENTÁRIOS
A aposentadoria por invalidez será devida ao segurado incapaz e in-
susceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a 
subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
Deveras, o pagamento da aposentadoria por invalidez é condicionada ao 
afastamento de todas as atividades laborativas do segurado.
Em regra, para a concessão deste benefício, será imprescindível que o se-
gurado esteja incapacitado de maneira total e permanente para o exercício 
do trabalho, bem como não haja possibilidade plausível de ser reabilitado 
para outra atividade laborativa, compatível com as suas restrições físicas 
ou psíquicas decorrentes do acidente ou enfermidade.
Essa análise normalmente é bastante difícil e casuística. Além das condições 
clínicas do segurado, será preciso analisar a sua idade e condições sociais, pois 
em alguns casos a baixa escolaridade e a idade avançada tornam inviável a rea-
bilitação profissional, sendo necessário se conceder a aposentadoria por invali-
dez ao segurado.
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A invalidez pode ser definida como a incapacidade laborativa total, indefini-
da e multiprofissional, insuscetível de recuperação ou reabilitação profissional, 
que corresponde à incapacidade geral de ganho, em consequência de doença 
ou acidente.
Em regra, a concessão da aposentadoria por invalidez pressupõe a reali-
zação de carência de 12 contribuições mensais, que será excepcionalmente 
dispensada nas hipóteses de invalidez decorrente de acidente de qualquer 
natureza, doença profissional, do trabalho ou das moléstias graves listadas 
em ato regulamentar.
De acordo com o artigo 153, III, da IN INSS PRES 45/2010, dispensam a carên-
cia às seguintes enfermidades: a) tuberculose ativa; b) hanseníase; c) alienação 
mental; d) neoplasia maligna; e) cegueira; f) paralisia irreversível e incapacitante; 
g) cardiopatia grave; h) doença de Parkinson; i) espondiloartrose anquilosante; j) 
nefropatia grave; l) estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante); 
m) Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS; n) contaminação por radia-
ção com base em conclusão da medicina especializada; ou o) hepatopatia grave.
Insta lembrar que para o segurado especial a carência será integralizada 
com a comprovação do exercício da atividade campesina ou pesqueira artesanal 
para fins de subsistência, sem a utilização de empregados permanentes, no pe-
ríodo imediatamente anterior ao infortúnio que o tornou inválido.
A condição de inválido dependerá de apreciação da perícia médica do INSS, 
sendo obrigado o segurado a se submeter a exames médicos periódicos (a 
cada dois anos), reabilitação profissional (se eventualmente indicada) e tra-
tamento dispensado gratuitamente, na forma do artigo 101, da Lei 8.213/91.
Neste ponto a Lei 8.213/91 é aparentemente contraditória. O artigo 42 colo-
ca a impossibilidade de reabilitação profissional como condição para a conces-
são da aposentadoria por invalidez, ao passo que o artigo 101 determina que 
o aposentado por invalidez se submeta a processo de reabilitação profissional, 
sob pena de suspensão do benefício.
A atual redação do artigo 101 foi dada pela Lei 9.032/95, ao passo que o arti-
go 42 possui redação originária. Logo, em tese, na hipótese de antinomia direta 
e inconciliável entre os dispositivos, deve prevalecer a lei posterior que revoga a 
anterior (artigo 101).
No entanto, entende-se que esta não é uma solução adequada (revogação 
tácita). Após alguns anos de reflexão, crê-se ser possível compatibilizar os dis-
positivos. Na concessão da aposentadoria por invalidez, além da prova da inca-
pacidade permanente para o trabalho, é necessário que não haja possibilidade 
naquele momento de reabilitação profissional, pois, se cabível, o benefício cor-
reto seria o auxílio-doença.
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Daí que a aplicação do artigo 101, que abre a possibilidade de o INSS en-
caminhar o aposentado por invalidez à reabilitação profissional, é restrita aos 
casos em que o segurado evoluiu no seu estado clínico. Aplica-se às situações 
em que na concessão da aposentação não era cabível reabilitação, mas que por 
ocasião da perícia bienal o serviço previdenciário tornou-se viável, ante a melho-
ria nas condições do segurado.
Logo, apenas neste caso o INSS poderá encaminhar o aposentado por in-
validez à reabilitação profissional, sob pena de suspensão do pagamento do 
benefício.
Não é da competência do médico do SUS ou da empresa a constatação da 
invalidez, e sim do perito-médico previdenciário, servidor efetivo dos quadros 
do INSS.
Constatada a capacidade para o trabalho, o segurado ou seu representante 
legal deverá ser notificado por escrito para, se não concordar com a decisão, 
requerer novo exame médico-pericial no prazo de trinta dias, que será realizado 
por profissional diferente daquele que efetuou o último exame32.
Todavia, a realização de cirurgia e de transfusão de sangue é facultativa, 
sendo defeso que o INSS condicione o pagamento do benefício à sujeição a 
esses procedimentos.
Vale ressaltar que a aposentadoria por invalidez não é definitiva, devendo 
cessar a qualquer tempo caso o segurado recupere a sua capacidade laborativa, 
a exemplo de cura após tratamento cirúrgico que se submeteu espontaneamen-
te.
O artigo 55, do RPS, admitia a transformação da aposentadoria por invalidez 
em aposentadoria por idade, a pedido do segurado, desde que contasse com a 
carência e idade mínima, mas este dispositivo foi estranhamente revogado pelo 
Decreto 6.722/2008, não se vislumbrando base legal para tanto.
Inclusive, o entendimento administrativo expresso do INSS é pela vedação 
da transformação de aposentadoria por invalidez ou auxílio-doença em aposen-
tadoria por idade para requerimentos efetivados a partir de 31 de dezembro de 
2008, data da publicação do Decreto nº 6.722, de 2008, haja vista a revogação 
do art. 55 do RPS33.
Certamente o que motivou a autarquia previdenciária a editar essa vedação 
é o fato de não aceitar o período de gozo de auxílio-doença ou aposentadoria 
por invalidez para o cômputo da carência da aposentadoria por idade,ante a au-
sência do pagamento das contribuições previdenciárias, existindo jurisprudência 
32 Artigo 210, § 1º, da Instrução Normativa INSS PRES 45/2010.
33 Artigo 212, da Instrução Normativa INSS PRES 45/2010.
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dominante nos Tribunais Regionais Federais em sentido contrário, conforme ex-
plicitado no estudo da carência.
Vale destacar que a jurisprudência do STJ é firme no sentido da impos-
sibilidade da conversão da aposentadoria por invalidez em aposentadoria 
por idade sob a vigência da Lei 8.213/91, que não previu expressamente esta 
possibilidade.
Neste ponto, diverge-se da posição do INSS e do STJ. Conquanto a Lei 
8.213/91 não tenha previsto a referida conversão, ao contrário da legislação an-
terior, esta também não foi vedada. Assim, desde que o segurado possua a ida-
de mínima e a carência para a concessão da aposentadoria por idade, esta de-
verá ser concedida via conversão da aposentadoria por invalidez, a fim de livrar 
o segurado de se submeter às perícias bienais da Previdência Social. Ademais, é 
possível que a renda da aposentadoria por idade seja superior a da aposentado-
ria por invalidez, caso o fator previdenciário seja superior a 1,0, a depender do 
tempo de contribuição do segurado.
Até o advento da Lei 9.032/95, por força da redação originária do artigo 101, 
da Lei 8.213/91, o aposentado por invalidez era dispensado de comparecer ao 
exame pericial, reabilitação profissional e tratamento de saúde após completar 
os 55 anos de idade.
Outrossim, a anterior percepção de auxílio-doença não é condição para 
a concessão da aposentadoria por invalidez, pois poderá este benefício ser 
concedido diretamente, quando o INSS constatar que a enfermidade ou o aci-
dente é tão grave que já tornou o segurado inválido, sem possibilidade de rea-
bilitação profissional.
Na hipótese de o segurado ter se filiado ao RGPS já inválido não haverá 
cobertura securitária, inexistindo direito à percepção da aposentadoria por in-
validez, pois a lesão ou enfermidade preexistiam à cobertura securitária.
Todavia, caso a lesão ou enfermidade preexistiam à filiação, mas não 
ao ponto de tornar o segurado incapaz para o trabalho, tendo a invalidez 
se realizado após a filiação e em decorrência da progressão da doença ou 
lesão, fará jus o segurado à percepção da aposentadoria por invalidez, uma 
vez realizada a carência de 12 contribuições mensais, exceto nas hipóteses em 
que esta é dispensada.
Impende salientar que apenas o médico possui habilitação legal para atestar 
judicialmente, na condição de perito, a incapacidade laboral, não tendo validade 
os laudos lavrados por outros profissionais da saúde, como os fisioterapeutas.
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2. SÚMULAS
 ` TNU, Súmula 47 – “Uma vez reconhecida a incapacidade parcial para o trabalho, o juiz deve analisar as 
condições pessoais e sociais do segurado para a concessão de aposentadoria por invalidez”.
 ` TNU, Súmula 53 – “Não há direito a auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez quando a inca-
pacidade para o trabalho é preexistente ao reingresso do segurado no Regime Geral de Previdência 
Social”.
3. JURISPRUDÊNCIA
 ` “Segundo a jurisprudência deste Colegiado, é possível a verificação do contexto socioeconômico do 
segurado com a finalidade de concessão da aposentadoria por invalidez sem ofensa à norma do art. 42 
da Lei de Benefícios” (STJ, AgRg no Ag 1270388, de 24/04/2010).
 ` “PREVIDENCIÁRIO. CONVERSÃO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ EM APOSENTADORIA POR IDA-
DE. Lei nº 8.213/91. NÃO CABIMENTO. I – A concessão de benefício previdenciário rege-se pela norma 
vigente ao tempo em que o beneficiário preencheu as condições exigidas para tanto. II – Se a condição 
fática necessária à concessão do benefício da aposentadoria por idade, qual seja, ter o autor, no míni-
mo, 65 anos, sobreveio à vigência da Lei nº 8.213/91, norma que não contemplou a questão acerca da 
conversão de aposentadoria por invalidez em aposentadoria por idade, o pedido não merece provi-
mento” (5ª Turma, STJ, REsp 493.470, de 23.09.2003).
 ` “AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. 
CONVERSÃO EM APOSENTADORIA POR IDADE. IMPOSSIBILIDADE. CONDIÇÃO FÁTICA IMPLEMENTA-
DA NA VIGÊNCIA DA LEI 8.213/91. A concessão de benefício previdenciário rege-se pela lei vigente 
ao tempo em que o beneficiário preencheu as condições exigidas. Se a condição fática, ter o autor 65 
anos, sobreveio à vigência da Lei nº 8.213/91, o pedido não merece guarida, visto que a lei vigente não 
contemplou a conversão de aposentadoria por invalidez em aposentadoria por idade” (STJ, 6ª Turma, 
AgRg no REsp 441.779, de 31.08.2005).
4. INFORMATIVOS
 ` STJ, INFORMATIVO 520 – DIREITO PREVIDENCIÁRIO. ANÁLISE DOS ASPECTOS SOCIOECONÔMI-
COS, PROFISSIONAIS E CULTURAIS DO SEGURADO PARA CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR 
INVALIDEZ. Para a concessão de aposentadoria por invalidez, na hipótese em que o laudo pe-
ricial tenha concluído pela incapacidade parcial para o trabalho, devem ser considerados, além 
dos elementos previstos no art. 42 da Lei 8.213/1991, os aspectos socioeconômicos, profissio-
nais e culturais do segurado. Precedentes citados: AgRg no Ag 1.425.084-MG, Quinta Turma, DJe 
23/4/2012; AgRg no AREsp 81.329-PR, Quinta Turma, DJe 1º/3/2012, e AgRg no Ag 1.420.849-PB, Sexta 
Turma, DJe 28/11/2011. AgRg no AREsp 283.029-SP, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 9/4/2013.
5. QUESTÕES DE CONCURSOS
01. (CESPE – 2013 – SEGER-ES – Analista Executivo – Direito) A aposentadoria por invalidez, 
uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, será devida, sem ressalvas, ao 
segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insus-
cetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, ainda que 
a incapacidade decorra de doença ou lesão anterior à sua filiação ao RGPS.
02. (FCC/PERITO DO INSS/2012) Conforme prevê a legislação previdenciária, em relação ao 
benefício da aposentadoria por invalidez é correto afirmar que
a) a sua concessão dependerá da verificação da condição de incapacidade mediante exame 
médico-pericial a cargo da Previdência Social.
b) por sua natureza em nenhuma situação dependerá de período de carência.
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c) será devida apenas se o segurado estiver em gozo de auxílio-doença.
d) não é devida ao segurado empregado doméstico.
e) durante os primeiros trinta dias de afastamento da atividade por motivo de invalidez, caberá 
à empresa pagar ao segurado empregado o salário.
03. (CESPE/TRF 2ª Região/Juiz Federal/2011) A jurisprudência do STJ reconhece que a conces-
são desse benefício (aposentadoria por invalidez) deve considerar tão somente os elementos 
jurídicos previstos na Lei n.º 8.213/1991 e abster-se da análise dos aspectos socieconômicos, 
profissionais e culturais do segurado.
04. (CESPE/AGU/Procurador Federal-Curso de Formação/2010) Quando o segurado, ao se 
filiar ao sistema previdenciário, já for portador de doença ou lesão, fará jus à aposentadoria 
por invalidez apenas se a incapacidade decorrer de agravamento ou progressão dessa do-
ença ou de lesão posterior à filiação.
05. (CESPE/BACEN/Procurador/2009) A doença ou lesão de que o segurado já era portador 
ao filiar-se ao RGPS não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, ainda quando a 
incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
06. (CESPE/BACEN/Procurador/2009) A aposentadoria por invalidez é benefício de pagamen-
to continuado, de risco imprevisível, razão pela qual, conforme a legislação, não se exige 
período de carência para concedê-la.
07. (FCC/DPE-PA/Defensor/2009) Constitui condição legal ao recebimento de aposentadoria 
por invalidez por segurado do regime geral de previdência social:
a) a verificação do estado de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo do SUS 
(Sistema Único deSaúde).
b) ter havido a reunião de pelo menos 12 (doze) contribuições mensais, ressalvadas hipóteses 
excepcionais, entre as quais aquelas em que a incapacidade tenha decorrido de acidente de 
qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho.
c) não se tratar de incapacidade decorrente de doença ou lesão de que o segurado já era por-
tador ao filiar-se à previdência social, mesmo que tal incapacidade tenha decorrido de mera 
progressão ou agravamento daquela doença ou lesão.
d) a consolidação de lesões que resultem em sequelas que impliquem redução da capacidade 
para o trabalho que habitualmente exercia o segurado.
e) a verificação do estado de incapacidade mediante exame médico-pericial a cargo da empre-
sa, nos casos em que esta disponha de serviço médico próprio ou em convênio.
GAB 01 E 02 A 03 E 04 C 05 E 06 E 07 B
Art. 43. A aposentadoria por invalidez será devida a partir do dia imediato ao da ces-
sação do auxílio-doença, ressalvado o disposto nos § § 1º, 2º e 3º deste artigo.
§ 1º Concluindo a perícia médica inicial pela existência de incapacidade total e defini-
tiva para o trabalho, a aposentadoria por invalidez será devida:
a) ao segurado empregado, a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade 
ou a partir da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requeri-
mento decorrerem mais de trinta dias;
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b) ao segurado empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual, es-
pecial e facultativo, a contar da data do início da incapacidade ou da data da entrada do 
requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de trinta dias.
§ 2º Durante os primeiros quinze dias de afastamento da atividade por motivo de in-
validez, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário.
§ 3º. (Revogado pela Lei nº 9.032, de 1995).
1. COMENTÁRIOS
Em regra, a data de início do benefício (DIB) será a data da incapacidade, 
marco inicial do pagamento a ser promovido pelo INSS. Contudo, se entre a data 
da incapacidade e a data de entrada do requerimento (DER) se passar mais de 
30 dias, a data de início do benefício será a data de entrada do requerimento na 
Previdência Social.
Apenas no caso do segurado empregado a regra será diferente, tendo em 
vista a obrigação legal da empresa de pagar ao segurado o seu salário durante 
os 15 primeiros dias do afastamento.
Logo, para o segurado empregado, a data de início do benefício não será 
a data da incapacidade, e sim o 16º dia seguinte. Excepcionalmente, se entre a 
data da incapacidade e a data de entrada do requerimento se passar mais de 30 
dias, a data de início do benefício também será a data de entrada do requeri-
mento na Previdência Social.
No caso de concessão judicial, em decorrência do INSS ter negado o be-
nefício na esfera administrativa, se por questões clínicas a perícia judicial não 
conseguir definir a data de início da incapacidade, a data de início do benefício 
será a data de juntada do laudo pericial aos autos.
Vale registrar que a jurisprudência vem sendo bastante flexível no que con-
cerne ao pedido de concessão de benefícios previdenciários, podendo o Poder 
Judiciário deferir benefício diverso do requerido.
Nesse sentido, se o segurado requereu apenas a aposentadoria por invali-
dez, mas por ocasião da instrução processual a perícia médica judicial atestou 
apenas a incapacidade temporária para trabalho, poderá o magistrado conceder 
o auxílio-doença, conforme pacificado na jurisprudência do STJ.
2. JURISPRUDÊNCIA
 ` “O termo inicial do benefício pretendido de aposentadoria por invalidez será da data da apresentação 
do laudo pericial em juízo, quando inexistir requerimento administrativo” (STJ, AgRg no Ag 1.045.599, 
de 17.02.2009).
 ` “PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. DEFERIDO AUXÍLIO-DOENÇA EM 
VEZ DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. DECISÃO EXTRA PETITA. NÃO-OCORRÊNCIA. AGRAVO 
IMPROVIDO. 1. A sentença, restabelecida pela decisão em sede de recurso especial, bem decidiu a 
571
espécie, quando, reconhecendo o preenchimento dos requisitos necessários à concessão do benefício 
de auxílio-doença, deferiu-o ao segurado, não obstante ter ele requerido aposentadoria por invalidez. 
2. Agravo regimental improvido” (STJ, AGREsp 868.911, de 16.10.2008).
 ` “PREVIDENCIÁRIO. AUXÍLIO-ACIDENTE. INCAPACIDADE PARA O TRABALHO. JULGAMENTO EXTRA PE-
TITA. INOCORRÊNCIA. – Em tema de benefício previdenciário decorrente de acidente de trabalho, é 
lícito ao juiz, de ofício, enquadrar a hipótese fática no dispositivo legal pertinente à concessão do bene-
fício cabível, em face da relevância da questão social que envolve o assunto. – Não ocorre julgamento 
extra petita na hipótese em que o órgão colegiado a quo, em sede de apelação, mantém sen-
tença concessiva do benefício da aposentadoria por invalidez, ainda que a pretensão deduzida 
em juízo vincule-se à concessão de auxílio-acidente, ao reconhecer a incapacidade definitiva da 
segurada para o desempenho de suas funções. – Recurso especial não conhecido” (STJ, REsp 412.676, 
de 03.02.2002).
3. INFORMATIVOS
 ` STJ, INFORMATIVO 522 – DIREITO PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. CONCESSÃO DE BE-
NEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO DIVERSO DO REQUERIDO NA INICIAL. O juiz pode conceder ao autor 
benefício previdenciário diverso do requerido na inicial, desde que preenchidos os requisitos 
legais atinentes ao benefício concedido. Isso porque, tratando-se de matéria previdenciária, deve-
-se proceder, de forma menos rígida, à análise do pedido. Assim, nesse contexto, a decisão proferida 
não pode ser considerada como extra petita ou ultra petita. AgRg no REsp 1.367.825-RS, Rel. Min. 
Humberto Martins, julgado em 18/4/2013.
4. QUESTÕES DE CONCURSOS
01. (CESPE/TRF 2ª Região/Juiz Federal/2011) Para o segurado empregado, o termo inicial do 
benefício (aposentadoria por invalidez), caso não haja requerimento administrativo, é a data 
do início da incapacidade.
02. (CESPE/Caixa Econômica/Advogado/2010) André, segurado da previdência social na con-
dição de trabalhador avulso portuário, sofreu acidente de trabalho do qual resultou lesão em 
sua coluna vertebral. A ocorrência desse sinistro foi comunicada no primeiro dia útil seguinte 
ao fato. A perícia médica inicial concluiu pela existência de incapacidade total e definitiva 
para o trabalho. Nessa situação, a aposentadoria por invalidez será devida a partir da data 
em que ocorreu o acidente.
GAB 01 E 02 E
Art. 44. A aposentadoria por invalidez, inclusive a decorrente de acidente do trabalho, 
consistirá numa renda mensal correspondente a 100% (cem por cento) do salário-de-
-benefício, observado o disposto na Seção III, especialmente no art. 33 desta Lei.
§ 1º (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997).
§ 2º Quando o acidentado do trabalho estiver em gozo de auxílio-doença, o valor da 
aposentadoria por invalidez será igual ao do auxílio-doença se este, por força de reajus-
tamento, for superior ao previsto neste artigo.
1. COMENTÁRIOS
A renda mensal inicial da aposentadoria por invalidez será de 100% do sa-
lário de benefício em qualquer caso, inclusive no caso de acidente de trabalho 
(desde a Lei 9.032/95), não podendo ser inferior a um salário mínimo.
572
O § 2º perdeu a sua aplicabilidade após a Lei 9.032/95, pois a aposentadoria 
por invalidez decorrente de acidente de trabalho passou a ter a mesma renda da 
não acidentária, sendo ambas de 100% do salário de benefício.
Logo, considerando que o auxílio-doença é de 91% do salário de benefício, 
não há como o valor da aposentadoria por invalidez ser inferior, pois o mesmo 
salário de benefício será manejado com a elevação do coeficiente de 91% para 
100% com a incidência do reajustamento anual.
Saliente-se que o empregado que for aposentado por invalidez terá suspen-
so o seu contrato de trabalho durante o prazo fixado pelas leis de previdênciasocial para a efetivação do benefício, assegurado o direito à função que ocupa-
va ao tempo da aposentadoria, facultado, porém, ao empregador, o direito de 
indenizá-lo por rescisão do contrato de trabalho, na forma do artigo 475, da CLT.
2. QUESTÕES DE CONCURSOS
01. (CESPE/TRF 5ª Região/Juiz Federal/2011) O salário de benefício da aposentadoria por 
invalidez será igual a 91% do valor do salário de benefício do auxílio-doença anteriormente 
recebido, reajustado pelos índices de correção dos benefícios previdenciários.
GAB 01 E
Art. 45. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assis-
tência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento).
Parágrafo único. O acréscimo de que trata este artigo:
a) será devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal;
b) será recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado;
c) cessará com a morte do aposentado, não sendo incorporável ao valor da pensão.
1. COMENTÁRIOS
O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da 
assistência permanente de outra pessoa será acrescido de 25% (auxílio-
-acompanhante), se assim comprovado em perícia médica do INSS.
Vale lembrar que esse acréscimo poderá extrapolar o teto de pagamen-
to dos benefícios do RGPS, sendo um valor fixo recalculado juntamente com 
o reajuste da aposentadoria por invalidez, tendo índole personalíssima, vez que 
o seu valor não será incorporado na pensão por morte eventualmente instituída 
pelo aposentado.
Esse acréscimo deverá ser pago desde a data de início do benefício, caso o 
aposentado por invalidez já necessitasse do auxílio permanente de outra pessoa 
naquele momento ou, sendo superveniente, a partir da data de entrada do 
requerimento administrativo, não gerando efeitos financeiros antes da provo-
cação administrativa.
O anexo I, do RPS, traz um rol das situações que ensejam o acréscimo:
573
“1 – Cegueira total.
2 – Perda de nove dedos das mãos ou superior a esta.
3 – Paralisia dos dois membros superiores ou inferiores.
4 – Perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese for im-
possível.
5 – Perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível.
6 – Perda de um membro superior e outro inferior, quando a prótese for 
impossível.
7 – Alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgâ-
nica e social.
8 – Doença que exija permanência contínua no leito.
9 – Incapacidade permanente para as atividades da vida diária”.
Considerando que o artigo 45, da Lei 8.213/91, não lista as hipóteses em que 
o aposentado por invalidez fará jus ao acréscimo, entende-se que o referido rol 
é exemplificativo, pois não poderá o Regulamento prever todas as hipóteses que 
ensejem a necessidade de assistência permanente de outra pessoa.
Vale frisar que, antes do advento da Lei 8.213/91, o auxílio-acompanhante 
apenas era pago na hipótese de acidente de trabalho, conforme previsto na le-
gislação previdenciária pretérita.
2. JURISPRUDÊNCIA
 ` “PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. ADICIONAL DE 25%. REQUERIMENTO ADMINIS-
TRATIVO. APLICAÇÃO RETROATIVA. DATA DO AGRAVAMENTO DA CONDIÇÃO DO SEGURADO. IMPOS-
SIBILIDADE. 1. Pretensão do autor para seja reconhecida a retroação dos efeitos da decisão que lhe 
conferiu o direito ao acréscimo de 25%, em virtude da necessidade de assistência permanente, à data 
do agravamento da incapacitação, decorrente, in casu, de um derrame cerebral. 2. A regra geral firmada 
para a concessão da aposentadoria por invalidez deve prevalecer, também, no que toca ao acréscimo 
previsto no art. 45 da Lei de Benefícios. À evidência, a percepção do benefício pressupõe a demonstra-
ção da necessidade de assistência permanente, aferível, tão somente, com a postulação administrativa 
e o consequente exame médico-pericial”. (STJ, REsp 897.824, de 20.09.2011).
 ` “PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. ADICIONAL DE 25%. INOVAÇÃO DA Lei nº 
8.213/1991. NECESSIDADE DE REQUERIMENTO. APLICAÇÃO RETROATIVA. IMPOSSIBILIDADE. 1. Nos 
termos do artigo 45 da Lei de Benefícios, o segurado aposentado por invalidez que necessitar de assis-
tência permanente de outra pessoa, fará jus a um acréscimo de 25%. 2. Se na época em que concedida 
a aposentadoria ao recorrente não havia previsão legal de acréscimo, somente a partir do surgimento 
da nova regra, mediante requerimento da parte interessada e comprovada a necessidade, nasce para o 
segurado o direito ao complemento. 3. O advento da norma autorizativa, por si, não impõe à Previdên-
cia o dever de revisar as aposentadorias em manutenção, haja vista a exigência de que o beneficiado 
necessite de assistência de outrem. Com efeito, a aferição de tal circunstância depende, sem dúvida, 
da iniciativa do próprio interessado. 4. Recurso especial improvido” (STJ, REsp 1104004, de 19/11/2009).
3. QUESTÕES DE CONCURSOS
01. (CESPE/TRF 2ª Região/Juiz Federal/2009) Nos casos de aposentadoria por invalidez em 
que o segurado necessite de assistência permanente de outra pessoa, o valor do benefício 
previdenciário não pode ser superior ao limite máximo do salário-de-contribuição na data 
inicial do benefício.
574
02. (CESPE/TRF 5ª Região/Juiz Federal/2009) O valor da aposentadoria por invalidez de se-
gurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de valor 
específico pago em parcela fixa, que não será recalculada quando o benefício que lhe deu 
origem for reajustado.
 O acréscimo de 25% sobre a aposentadoria por invalidez do segurado que necessite de as-
sistência permanente de outra pessoa será reajustado quando o benefício sofrer acréscimo, 
por força do artigo 45, parágrafo único, “b”, da Lei 8.213/91.
03. (CESPE/Município de Natal/Procurador/2008) O valor da aposentadoria por invalidez do 
segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa deve ser acrescido de 
25%, desde que não ultrapasse o limite máximo legal.
 É previsto um acréscimo de 25% sobre a aposentadoria por invalidez do segurado que ne-
cessite de assistência permanente de outra pessoa, que poderá ultrapassar o teto do RGPS, 
por autorização do artigo 45, da Lei 8.213/91.
04. (CESPE/TRT. 5ª Região/Juiz do Trabalho/2006) Considere a seguinte situação hipotética.
 Geraldo é aposentado por invalidez pela previdência social e, em função do grau de sua 
incapacidade, necessita que uma pessoa lhe preste assistência permanente, auxiliando-o em 
uma série de situações. Nessa situação, seu benefício, mesmo sendo equivalente ao valor 
máximo permitido pela lei, será acrescido de 25% a fim de auxiliá-lo no pagamento das des-
pesas de assistência.
GAB 01 E 02 E 03 E 04 C
Art. 46. O aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade terá sua 
aposentadoria automaticamente cancelada, a partir da data do retorno.
1. COMENTÁRIOS
O benefício de aposentadoria por invalidez é condicionado à incapacida-
de permanente e total do segurado para trabalho que lhe garanta a subsis-
tência.
Logo, caso o segurado se recupere, o benefício será cancelado, observado o 
Princípio do Contraditório, máxime quando o segurado voltar a exercer ativida-
de laboral, devendo ser cessado desse o retorno ao trabalho, salvo nos casos do 
artigo 47 desta Lei.
Crê-se que o exercício de mandato eletivo deve gerar o cancelamento da 
aposentadoria por invalidez, pois se trata de exercício de atividade laboral remu-
nerada. Isso porque as atividades políticas exigem uma capacidade de trabalho 
bastante similar a uma série de profissões. No entanto, o tema é polêmico no 
STJ.
Entende-se que mesmo que a concessão da aposentadoria por invalidez seja 
judicial, poderá a Previdência Social revê-la na via administrativa, caso se cons-
tate a recuperação da capacidade laboral por perícia médica, pois a decisão ju-
dicial está sujeita à cláusula rebus sic stantibus(enquanto as coisas estão assim). 
No entanto, existem precedentes do STJ que exigem autorização judicial.
575
2. JURISPRUDÊNCIA
 ` “PREVIDENCIÁRIO. VEREADOR. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. CUMULAÇÃO.POSSIBILIDADE. 1. É 
possível a percepção conjunta dos subsídios da atividade de vereança com os proventos de aposenta-
doria por invalidez, por se tratar de vínculos de natureza diversa, uma vez que, a incapacidade para o 
trabalho não significa, necessariamente, invalidez para os atos da vida política” (STJ, 6ª Turma, AgRg no 
Ag 1027802, de 15/09/2009).
 ` “PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. CUMULAÇÃO COM SUB-
SÍDIO DECORRENTE DO EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO. POSSIBILIDADE. 1. É possível a percepção 
conjunta do subsídio decorrente do exercício de mandato eletivo (vereador), por tempo determinado, 
com o provento de aposentadoria por invalidez, por se tratarem de vínculos de natureza diversa, uma 
vez que a incapacidade para o trabalho não significa, necessariamente, invalidez para os atos da vida 
política” (1ª Turma, REsp 1377728, de 18/06/2013).
 ` “PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. CANCELAMENTO. RETOR-
NO DO SEGURADO AO TRABALHO. EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO (PREFEITO). 1. De acordo com o 
art. 46 da Lei 8.213/91, o retorno do segurado ao trabalho é causa de cessação da aposentadoria por 
invalidez, devendo ser respeitado, entretanto, o devido processo legal, com a garantia da ampla de-
fesa e do contraditório. 2. Na hipótese de o segurado voltar ao trabalho para desempenhar atividade 
diversa da que exercia, a aposentadoria será gradualmente mantida, até o cancelamento definitivo, nos 
termos descritos no inciso II do art. 47 da Lei 8.213/91. 3. A aposentadoria por invalidez é uma garantia 
de amparo ao Trabalhador Segurado da Previdência Social que, em virtude de incapacidade laborativa 
total e definitiva, não possa prover suas necessidades vitais básicas. No caso, não mais subsistem as 
causas que ampararam a concessão do benefício, já que o recorrente possui condições de manter sua 
subsistência por meio de atividade remunerada, exercendo, inclusive, o cargo de Prefeito Municipal. 4. 
Recurso Especial do particular improvido” (STJ, 5ª Turma, REsp 966736, de 23/08/2007).
 ` “PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. CONCESSÃO POR ATO JUDICIAL. CANCELAMEN-
TO ADMINISTRATIVO. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE AÇÃO JUDICIAL PARA REVISÃO DE BENE-
FÍCIO CONCEDIDO JUDICIALMENTE. ANÁLISE DE VIOLAÇÃO DE MATÉRIA CONSTITUCIONAL. COMPE-
TÊNCIA DO STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Deferida a aposentadoria por 
invalidez judicialmente, pode a autarquia previdenciária rever a concessão do benefício, uma vez tratar-
-se de relação jurídica continuativa, desde que por meio de ação judicial, nos termos do art. 471, inciso I, 
do Código de Processo Civil, e em respeito ao princípio do paralelismo das formas. (REsp 1201503 / RS, 
Relatora Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, Data do Julgamento 19/11/2012, 
DJe 26/11/2012)”. (STJ, AgRg no REsp 1267699, de 16/05/2013).
3. QUESTÕES DE CONCURSOS
01. (CESPE/TRF 2ª Região/Juiz Federal/2011) Considere que, cinco anos depois de ser aposen-
tada por invalidez pelo RGPS, uma segurada seja eleita prefeita de determinado município, 
tomando posse e passando a exercer as funções do cargo. Nessa situação hipotética, o be-
nefício previdenciário deve ser cancelado.
02. (CESPE/Município de Aracaju/Procurador/2007) Considere que Carlos, segurado do 
RGPS, após sofrer acidente de trabalho, tenha sido, naquele momento, considerado incapaz 
e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade profissional que lhe garanta a 
subsistência. Nessa situação, Carlos não terá seu benefício revertido ou suspenso, dada a 
natureza permanente de sua incapacidade.
GAB 01 C 02 E
Art. 47. Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por inva-
lidez, será observado o seguinte procedimento:
576
I – quando a recuperação ocorrer dentro de 5 (cinco) anos, contados da data do início 
da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a antecedeu sem interrupção, 
o benefício cessará:
a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que 
desempenhava na empresa quando se aposentou, na forma da legislação trabalhista, va-
lendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela Previ-
dência Social; ou
b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença ou da 
aposentadoria por invalidez, para os demais segurados;
II – quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período do inciso I, ou ainda 
quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habi-
tualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade:
a) no seu valor integral, durante 6 (seis) meses contados da data em que for verificada 
a recuperação da capacidade;
b) com redução de 50% (cinqüenta por cento), no período seguinte de 6 (seis) meses;
c) com redução de 75% (setenta e cinco por cento), também por igual período de 6 
(seis) meses, ao término do qual cessará definitivamente
1. COMENTÁRIOS
A recuperação da capacidade laborativa pelo aposentado por invalidez po-
derá gerar o pagamento de um “prêmio” por seu esforço, pois o segurado ainda 
receberá algumas parcelas do benefício por alguns meses, sendo intitulado pela 
doutrina de mensalidades de recuperação.
De efeito, quando a recuperação ocorrer dentro de 05 anos, contado da 
data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a ante-
cedeu sem interrupção, o benefício cessará após tantos meses quantos forem 
os anos de duração do auxílio-doença ou da aposentadoria por invalidez, para 
segurado empregado doméstico, trabalhador avulso, segurado especial, contri-
buinte individual e segurado facultativo.
No caso do segurado empregado, a cessação do pagamento será imediata, 
caso ele tenha direito a retornar à função que desempenhava na empresa quan-
do se aposentou, na forma da legislação trabalhista.
Por outro lado, quando a recuperação ocorrer após os referidos 05 anos, 
ou, mesmo antes, se for parcial ou se o segurado for declarado apto para o 
exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentado-
ria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade, da seguinte forma:
A) no seu valor integral, durante 06 meses contados da data em que for verifi-
cada a recuperação da capacidade;
B) com redução de 50%, no período seguinte de 06 meses;
C) com redução de 75%, também por igual período de 06 meses, ao término do 
qual cessará definitivamente.
577
QUADRO SINTÉTICO – APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
Cabimento segurado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência.
Beneficiários: todos os segurados.
Carência: 
12 contribuições mensais (segurado especial 12 meses de atividade rurícola ou 
pesqueira em regime de economia familiar para a subsistência), salvo acidente 
de qualquer natureza, doença profissional ou do trabalho e doenças graves 
listadas em ato regulamentar.
Valor: 100% do salário de benefício.
Outras 
informações:
• não é definitiva;
• é possível um acréscimo de 25%, inclusive extrapolando o teto, se o segu-
rado necessitar de assistência permanente de outra pessoa;
• o segurado é obrigado a se submeter a exames médicos periódicos (a 
cada 02 anos) e reabilitação profissional, mas não a cirurgia e transfusão 
de sangue;
• será devida desde a incapacidade (salvo empregado), se requerida até 30 
dias. Se após, a data de início será a data do requerimento; no caso do se-
gurado empregado, o empregador deve arcar com os salários por quinze 
dias antes da concessão da aposentadoria.
2. QUESTÕES DE CONCURSOS
01. (CESPE/PGE CE/Procuradordo Estado/2007) Considere que José, segurado empregado, 
aposentado por invalidez há quatro anos, após reabilitação, obteve êxito e recuperou inte-
gralmente sua capacidade para o exercício de atividade laboral, recebendo alta da perícia 
médica do INSS. Nessa situação, considerando a existência do direito de retornar ao trabalho 
na empresa em que desempenhava sua função antes da aposentadoria, cessará, de imediato, 
o benefício de José por invalidez.
02. (FCC/AL-SP/Procurador/2010) Com relação ao benefício previdenciário da aposentadoria 
por invalidez, quando a recuperação for parcial, sem prejuízo da volta à atividade, a aposen-
tadoria será mantida
a) no seu valor integral, durante seis meses contados da data em que for verificada a recupera-
ção da capacidade.
b) com redução de 50%, durante seis meses contados da data em que for verificada a recupe-
ração da capacidade.
c) com redução de 75%, durante seis meses contados da data em que for verificada a recupe-
ração da capacidade.
d) no seu valor integral, durante um ano contado da data em que for verificada a recuperação 
da capacidade.
e) com redução de 50%, durante um ano contado da data em que for verificada a recuperação 
da capacidade.
GAB 01 C 02 A
578
` SUBSEÇÃO II – DA APOSENTADORIA POR IDADE
Art. 48. A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência 
exigida nesta Lei, completar 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessen-
ta), se mulher.
§ 1º Os limites fixados no caput são reduzidos para sessenta e cinqüenta e cinco anos 
no caso de trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres, referidos na alínea 
a do inciso I, na alínea g do inciso V e nos incisos VI e VII do art. 11.
§ 2º Para os efeitos do disposto no § 1º deste artigo, o trabalhador rural deve com-
provar o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período 
imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número de 
meses de contribuição correspondente à carência do benefício pretendido, computado o 
período a que se referem os incisos III a VIII do § 9º do art. 11 desta Lei.
§ 3º Os trabalhadores rurais de que trata o § 1º deste artigo que não atendam ao dis-
posto no § 2º deste artigo, mas que satisfaçam essa condição, se forem considerados pe-
ríodos de contribuição sob outras categorias do segurado, farão jus ao benefício ao com-
pletarem 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 60 (sessenta) anos, se mulher.
§ 4º Para efeito do § 3º deste artigo, o cálculo da renda mensal do benefício será apu-
rado de acordo com o disposto no inciso II do caput do art. 29 desta Lei, considerando-se 
como salário-de-contribuição mensal do período como segurado especial o limite míni-
mo de salário-de-contribuição da Previdência Social.
1. COMENTÁRIOS
Em regra, a aposentadoria por idade será devida ao segurado homem que 
completar 65 anos de idade e a mulher com 60 anos de idade, desde que com-
provem a carência de 180 contribuições mensais pagas tempestivamente.
Há previsão de concessão da aposentadoria por idade a todas as classes 
de segurados do RGPS, uma vez realizados os requisitos legais.
Conforme determinação constitucional, haverá redução de idade em 05 
anos para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam 
suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor 
rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.
Assim, serão agraciados os segurados especiais, o garimpeiro (contribuinte 
individual) e produtor rural também enquadrado como contribuinte individual, 
bem como o empregado rural e o trabalhador avulso rural.
Contudo, para a integralização da carência, caso o trabalhador rural tenha 
que computar período no qual se enquadrava em outra categoria, não será 
aplicada a redução de idade em 05 anos na forma do § 3º.
Trata-se da chamada aposentadoria por idade híbrida, que passou a ser 
prevista com o advento da Lei 11.718/2008, com a soma de carência urbana e 
rural, mas sem o redutor de 05 anos na idade.
Neste caso, para calcular a renda mensal inicial do benefício, o período de 
carência como segurado especial irá considerar o salário de contribuição no va-
lor de um salário mínimo.
579
Tendo em vista que o regime jurídico anterior previa a carência de apenas 
60 contribuições mensais, há uma regra de transição esculpida no artigo 142, da 
Lei 8.213/91, para o segurado “inscrito” na Previdência Social Urbana até 24 de 
julho de 1991, bem como para o trabalhador e o empregador rural cobertos pela 
Previdência Social Rural, pontificando que a carência da aposentadoria por ida-
de obedecerá à seguinte tabela, levando-se em conta o ano em que o segura-
do implementou todas as condições necessárias à obtenção do benefício:
Ano de implementação das condições Meses de contribuição exigidos
1991 60 meses
1992 60 meses
1993 66 meses
1994 72 meses
1995 78 meses
1996 90 meses
1997 96 meses
1998 102 meses
1999 108 meses
2000 114 meses
2001 120 meses
2002 126 meses
2003 132 meses
2004 138 meses
2005 144 meses
2006 150 meses
2007 156 meses
2008 162 meses
2009 168 meses
2010 174 meses
2011 180 meses
A regra de transição do artigo 142, da Lei 8.213/91, é imperfeita. Ao se referir 
à inscrição, quis o legislador tratar da filiação, pois é com este instituto que a 
condição de segurado ocorrerá, vez que a inscrição é o mero ato de cadastro do 
segurado ou dependente no INSS.
580
Logo, para a incidência da tabela de transição, valerá a data da filiação, pois 
esse dispositivo deverá ser interpretado sistematicamente, consoante todo o 
ordenamento previdenciário.
Todavia, para a concessão da aposentadoria por idade, vale ressaltar que o 
entendimento da Previdência Social para a incidência da transcrita tabela tem 
sido mais favorável aos segurados, pois está sendo considerado o ano em que 
o segurado completou a idade mínima para o deferimento do benefício, mes-
mo que a carência tenha sido integralizada posteriormente (“congelamento” 
da carência), conforme explicitado na questão 21, do Parecer CONJUR/MPS 
616/2010.
Logo, como a aposentadoria por idade para os homens será concedida aos 
65 anos de idade, em regra, se um segurado completou essa idade em 1993 terá 
que realizar a carência de 66 contribuições mensais, mesmo que apenas em 1995 
integralize a carência, não sendo necessário atingir 78 contribuições mensais.
Convém advertir que mesmo para os segurados filiados até o dia 24.07.1991, 
caso tenham perdido posteriormente a sua condição e se refiliado posterior-
mente, incidirá o novo regramento, que exige a carência de 180 contribuições 
mensais, vez que houve a extinção da relação jurídico-previdenciária, conforme 
já decidiu o próprio STJ (vide julgado abaixo).
A carência para os trabalhadores rurais de 180 contribuições mensais, mor-
mente para os enquadrados como segurados especiais, será demonstrada pelo 
exercício da atividade campesina em regime de economia familiar para a subsis-
tência, observada a tabela de transição.
De efeito, essa atividade deverá ser comprovada através do início de prova 
material (documentos) produzido contemporaneamente ao período pro-
bando, mesmo que de maneira descontínua, no período de 180 meses ime-
diatamente anterior ao requerimento do benefício ou na data do implemento da 
idade mínima para a concessão do benefício.
Por outro lado, não se exige que o trabalhador rural tenha documentos cor-
respondentes a todo o período de carência. Ademais, a jurisprudência vem ad-
mitindo o manejo da certidão de nascimento do cônjuge como início de prova 
material.
No caso do segurado especial trabalhador rural, o exercício de curtos perío-
dos de trabalho urbano intercalados com o serviço campesino não irá descarac-
terizar a sua condição, especialmente porquedesde a Lei 11.718/2008 a lex pre-
videnciária passou a permitir literalmente que durante a entressafra o segurado 
especial pode trabalhar em outra atividade por até 120 dia no ano, sem perder 
a sua filiação.
É que o tempo de serviço ou de contribuição não poderá ser livremente 
comprovado através do meio de prova testemunhal, por força do artigo 
581
55, § 3º, desta Lei, salvo configuração concreta de força maior, sendo uma 
exceção ao Princípio do Livre Convencimento Motivado, se constituindo em res-
quício do sistema da tarifação da prova, diante do elevado número de testemu-
nhos falsos que lamentavelmente ocorrem na prática administrativa e judicial 
previdenciária.
Com propriedade, de acordo com o artigo 106, da Lei 8.213/91, a compro-
vação do exercício de atividade rural será feita, alternativamente, por meio de:
“I – contrato individual de trabalho ou Carteira de Trabalho e Previdência 
Social;
II – contrato de arrendamento, parceria ou comodato rural;
III – declaração fundamentada de sindicato que represente o trabalhador 
rural ou, quando for o caso, de sindicato ou colônia de pescadores, desde 
que homologada pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS;
IV – comprovante de cadastro do Instituto Nacional de Colonização e Refor-
ma Agrária – INCRA, no caso de produtores em regime de economia familiar;
V – bloco de notas do produtor rural;
VI – notas fiscais de entrada de mercadorias, de que trata o § 7º do art. 30 
da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, emitidas pela empresa adquirente da 
produção, com indicação do nome do segurado como vendedor;
VII – documentos fiscais relativos a entrega de produção rural à cooperati-
va agrícola, entreposto de pescado ou outros, com indicação do segurado 
como vendedor ou consignante;
VIII – comprovantes de recolhimento de contribuição à Previdência Social 
decorrentes da comercialização da produção;
IX – cópia da declaração de imposto de renda, com indicação de renda pro-
veniente da comercialização de produção rural; ou
X – licença de ocupação ou permissão outorgada pelo Incra”.
Considera-se início de prova material, para fins de comprovação da atividade 
rural, documentos que contêm a profissão ou qualquer outro dado que evidencie 
o exercício da atividade rurícola e seja contemporâneo ao fato nele declarado.
Na prática previdenciária, o mais comum é a certidão de casamento em que 
conste a profissão de lavrador; atestado de frequência escolar em que conste a 
profissão e o endereço rural; declaração do Tribunal Regional Eleitoral; declara-
ção de ITR; contrato de comodato etc.
Não é necessária a plena prova documental da condição de rurícola, mas 
apenas o início de prova material em boa parte do período de carência, que 
poderá ser complementada pelo meio de prova testemunhal. A respeito deste 
tema, é conveniente transcrever passagem do Parecer 3.136/2003, da lavra da 
Consultoria Jurídica do Ministério da Previdência Social:
“52. Com efeito, se o que exige a lei é apenas um início de prova material, que 
servirá de base para outros elementos – já não mais necessariamente mate-
riais – de prova, parece-nos não ser próprio enxergar na lei a obrigatoriedade 
582
de estreita vinculação entre esse início de prova material e o período de 
atividade anterior ao requerimento no mesmo número de meses que seria 
exigido a título de carência para a aposentadoria por idade. Afinal, se o que 
se busca é um início, apenas, de prova material, tal início de prova – a ser 
sempre corroborado por robustos elementos extraídos de outra natureza – 
bem poderia dizer respeito a qualquer momento anterior (não posterior) ao 
dos períodos de atividade rural a serem comprovados”.
Conforme transcrito no artigo 106, inciso III, da Lei 8.213/91, a declaração 
sindical de atividade rural homologada pelo INSS poderá ser utilizada para 
a comprovação da condição de rurícola. Todavia, essa declaração, por si só, não 
dispensa o início de prova material por documentos contemporâneos à carên-
cia, máxime quando a declaração sindical foi produzida ao final da carência do 
benefício.
Nesse sentido, mais uma vez, é interessante colacionar passagem do Parecer 
3.136/2003, da lavra da Consultoria Jurídica do Ministério da Previdência Social:
“27. Em suma, não poderiam ser aceitas como início de prova material as 
simples declarações (i. é, as produzidas sem base em outros dados concreta-
mente aferíveis), mesmo que emanadas de autoridades (sindicais ou mesmo 
estatais), pois, em essência, elas equivalem à transcrição de testemunhos (e, 
pior, testemunhos tomados por pessoas não compromissadas nem adverti-
das sobre deveres de não faltar com a verdade, longe da presença de qual-
quer agente de Administração ou da Justiça, em prejuízo do contraditório, da 
imediação e dos demais princípios que cercam de garantias as audiências de 
inquirição de testemunhas)”.
O INSS também fará uma entrevista para verificar a condição de rurícola, 
sendo elemento indispensável à comprovação do exercício da atividade rural e 
da forma como ela foi exercida, inclusive para confirmação dos dados contidos 
em declarações sindicais e de autoridades, com vistas ao reconhecimento ou 
não do direito ao benefício pleiteado, sendo obrigatória a sua realização, inde-
pendente dos documentos apresentados.
Por força do artigo 3º, § 1º, da Lei 10.666/2003, a perda da qualidade de se-
gurado não será considerada para a concessão da aposentadoria por idade, 
desde que o segurado conte com, no mínimo, o tempo de contribuição correspon-
dente ao exigido para efeito de carência na data do requerimento do benefício.
Logo, não mais é preciso que uma pessoa mantenha a qualidade de segura-
da para se aposentar por idade, desde que preencha os demais requisitos legais, 
a exemplo de um homem que trabalhou como empregado apenas dos 30 aos 45 
anos de idade, tendo, destarte, 180 contribuições mensais previdenciárias pagas 
tempestivamente.
Essa pessoa, ao completar 65 anos de idade, fará jus à aposentadoria por 
idade, mesmo não sendo mais segurada há mais de uma década. Logo, é des-
necessário o implemento simultâneo das condições para a aposentadoria 
por idade.
583
No entanto, a jurisprudência do STJ nega a aplicação do artigo 3º, da 
Lei 10.666/03 à aposentadoria por idade do segurado especial, dado ao 
regime fictício de sua contribuição previdenciária que torna incompatível 
a aplicação.
2. SÚMULAS
 ` STJ, Súmula 149, STJ – “A prova exclusivamente testemunhal não basta à comprovação da atividade 
rurícola, para efeito da obtenção de benefício previdenciário”.
 ` TNU, Súmula 05 – “A prestação de serviço rural por menor de 12 a 14 anos, até o advento da Lei 8.213, 
de 24 de julho de 1991, devidamente comprovada, pode ser reconhecida para fins previdenciários”.
 ` TNU, Súmula 06 – “A certidão de casamento ou outro documento idôneo que evidencie a condição de 
trabalhador rural do cônjuge constitui início razoável de prova material da atividade rurícola”.
 ` TNU, Súmula 14 – “Para a concessão de aposentadoria rural por idade, não se exige que o início de 
prova material, corresponda a todo o período equivalente à carência do benefício”.
 ` TNU, Súmula 30 – “Tratando-se de demanda previdenciária, o fato de o imóvel ser superior ao módulo 
rural não afasta, por si só, a qualificação de seu proprietário como segurado especial, desde que com-
provada, nos autos, a sua exploração em regime de economia familiar”.
 ` TNU, Súmula 34 – “Para fins de comprovação do tempo de labor rural, o início de prova material deve 
ser contemporâneo à época dos fatos a provar”.
 ` TNU, Súmula 46 – “O exercício de atividade urbana intercalada não impede a concessão de benefício 
previdenciário de trabalhador rural, condição que deve ser analisada no caso concreto”.
 ` TNU, Súmula 54 – “Para a concessão de aposentadoria por idade de trabalhadorrural, o tempo de 
exercício de atividade equivalente à carência deve ser aferido no período imediatamente anterior ao 
requerimento administrativo ou à data do implemento da idade mínima”.
 ` AGU, Súmula 32 – “Para fins de concessão dos benefícios dispostos nos artigos 39, inciso I e seu pa-
rágrafo único, e 143 da Lei 8.213, de 24 de julho de 1991, serão considerados como início razoável de 
prova material documentos públicos e particulares dotados de fé pública, desde que não contenham 
rasuras ou retificações recentes, nos quais conste expressamente a qualificação do segurado, de seu 
cônjuge, enquanto casado, ou companheiro, enquanto durar a união estável, ou de seu ascendente, 
enquanto dependente deste, como rurícola, lavrador ou agricultor, salvo a existência de prova em 
contrário”.
3. JURISPRUDÊNCIA
 ` “PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE. TRABALHADOR URBANO. LIMITES NORMATIVOS. 
APRECIAÇÃO DE MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. ARTIGOS 48, 25, II E 142 
DA LEI 8.213/91. QUALIDADE DE SEGURADO. MANUTENÇÃO. ARTIGO 15 DA LEI 8.213/91. PERÍODO DE 
CARÊNCIA DE CONTRIBUIÇÕES. EXIGIBILIDADE. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO. DESAMPARO 
DA REGRA DE TRANSIÇÃO DO ART. 142 DA LEI 8.213/91. SEGUNDA FILIAÇÃO APÓS PERDA DA QUALI-
DADE. NOVA SISTEMÁTICA LEGAL. ARTIGO 24 DA LEI 8.213/91. APLICABILIDADE. ARTIGO 102, § 1º DA 
LEI 8.213/91. SIMULTANEIDADE. PRESCINDIBILIDADE. REQUISITO DA CARÊNCIA. 180 CONTRIBUIÇÕES. 
DESCUMPRIMENTO. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. I – É vedado a esta Corte, em sede de recurso es-
pecial, adentrar ao exame de pretensa violação a dispositivos constitucionais, cuja competência encon-
tra-se adstrita ao âmbito do Supremo Tribunal Federal, conforme prevê o art. 102 da Carta Magna, ao 
designar o Pretório Excelso como seu guardião. Neste contexto, a pretensão trazida no especial exorbi-
ta seus limites normativos, que estão precisamente delineados no art. 105, III da Constituição Federal. 
II – A aposentadoria por idade, consoante os termos do artigo 48 da Lei 8.213/91, é devida ao segurado 
que, cumprida a carência exigida nesta lei, completar 65 anos de idade, se homem, e 60, se mulher. III 
584
– O art. 25 da Lei 8.213/91 estipula a carência de 180 (cento e oitenta) meses de contribuição para 
obtenção da aposentadoria por idade para o trabalhador urbano. IV – O art. 142 da Lei 8.213/91, 
por sua vez, estabelece regra transitória de cumprimento do período de carência, restrito aos 
segurados urbanos inscritos na Previdência Social até 24 de julho de 1991, data da vigência da 
Lei, conforme tabela inserta no referido dispositivo. V – A teor do art. 15 da Lei 8.213/91, da 
análise dos autos, verifica-se que a autora perdeu a qualidade de segurado, não estando, assim, 
amparada pela carência prevista na regra de transição do art. 142 da Lei 8.213/91, aplicável tão-
-somente aos segurados urbanos inscritos até 24 de julho de 1991, data da publicação desta Lei. 
VI – Cumpre registrar que a segunda filiação, consolidada após a perda da qualidade de segura-
do, ocorreu após a publicação da Lei 8.213/91, sujeitando-se, portanto, à nova sistemática legal. 
Neste sentido, o art. 24 da Lei de Benefícios fixou regra acerca do aproveitamento das contri-
buições anteriores em caso de perda da qualidade de segurado. VII – Com a perda da qualidade 
de segurado, há a extinção da relação jurídica com o Instituto Previdenciário. Ocorre que a Lei 
de Benefícios da Previdência Social favoreceu o segurado que retome a condição de segurado 
com a nova filiação, podendo, dessa forma, utilizar-se das contribuições vertidas antes da perda 
dessa condição. Entretanto, deverá, a partir da nova filiação à Previdência, contar com o míni-
mo de 1/3 (um terço) do número de contribuições previdenciárias exigido para a concessão do 
benefício requerido. VIII – Os requisitos exigidos pela legislação previdenciária não precisam 
ser preenchidos, simultaneamente, no caso de aposentadoria por idade. Interpretação do artigo 
102, § 1º da Lei 8.213/91. Precedentes. IX – In casu, verificado que a parte-autora perdeu a qualidade 
de segurado, passando a contribuir novamente para a Previdência Social na vigência da Lei 8.213/91, 
é necessária a comprovação do recolhimento de 180 (cento e oitenta) contribuições mensais para ob-
tenção do benefício aposentadoria por idade urbana, o que não ocorreu no caso em tela. X – Agravo 
interno desprovido (STJ, AgRg no REsp 794128, de 21/03/2006).
 ` “AÇÃO RESCISÓRIA. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE. RURAL. COMPROVAÇÃO DA ATI-
VIDADE AGRÍCOLA NO PERÍODO DE CARÊNCIA. INÍCIO DE PROVA MATERIAL AMPLIADO POR PROVA 
TESTEMUNHAL. PEDIDO PROCEDENTE. 1. É firme a orientação jurisprudencial desta Corte no sen-
tido de que, para concessão de aposentadoria por idade rural, não se exige que a prova material 
do labor agrícola se refira a todo o período de carência, desde que haja prova testemunhal apta 
a ampliar a eficácia probatória dos documentos, como na hipótese em exame. 2. Pedido julgado 
procedente para, cassando o julgado rescindendo, dar provimento ao recurso especial para restabele-
cer a sentença” (STJ, AR 4094, de 26/09/2012).
 ` “É sedimentado o entendimento das Turmas que integram a Egrégia Terceira Seção no sentido de 
que as atividades desenvolvidas em regime de economia familiar, podem ser comprovadas atra-
vés de documentos em nome do pai de família, que conta com a colaboração efetiva da esposa e 
filhos no trabalho rural." (REsp 386.538/RS, Quinta Turma, DJ de 07/04/2003).
 ` “Para fins previdenciários, embora seja admissível a comprovação de atividade rural mediante 
a qualificação de lavrador do marido na certidão de casamento, é inaceitável a utilização desse 
documento como início de prova material quando se constata, como no caso em apreço, que o 
cônjuge, apontado como rurícola, vem a exercer posteriormente atividade urbana aposentando-
-se, inclusive, nessa condição” (STJ, AgRg no REsp 947.379/SP, STJ, Min. LAURITA VAZ, Quinta Turma, 
DJ 26.11.2007).
 ` “A certidão de cadastro de imóvel rural perante o INCRA expedida em nome do pai do requeren-
te serve como início de prova material da atividade rural em regime de economia familiar” (TNU, 
PEDILEF 200771640000720, de 29.02.2012).
 ` “PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA RURAL POR IDADE. REQUISITOS: IDADE E COMPROVAÇÃO DA 
ATIVIDADE AGRÍCOLA NO PERÍODO IMEDIATAMENTE ANTERIOR AO REQUERIMENTO. ARTS. 26, I, 39, I, 
E 143, TODOS DA Lei nº 8.213/1991. DISSOCIAÇÃO PREVISTA NO § 1º DO ART. 3º DA Lei nº 10.666/2003 
DIRIGIDA AOS TRABALHADORES URBANOS. PRECEDENTE DA TERCEIRA SEÇÃO. 1. A Lei nº 8.213/1991, 
ao regulamentar o disposto no inc. I do art. 202 da redação original de nossa Carta Política, assegurou 
ao trabalhador rural denominado segurado especial o direito à aposentadoria quando atingida a idade 
de 60 anos, se homem, e 55 anos, se mulher (art. 48, § 1º). 2. Os rurícolas em atividade por ocasião da Lei 
de Benefícios, em24 de julho de 1991, foram dispensados do recolhimento das contribuições relativas 
ao exercício do trabalho no campo, substituindo a carência pela comprovação do efetivo desempenho 
585
dolabor agrícola (arts. 26, I e 39, I). 3. Se ao alcançar a faixa etária exigida no art. 48, § 1º, da Lei nº 
8.213/91, o segurado especial deixar de exercer atividade como rurícola sem ter atendido a regra 
de carência, não fará jus à aposentação rural pelo descumprimento de um dos dois únicos crité-
rios legalmente previstos para a aquisição do direito. 4. Caso os trabalhadores rurais não atendam 
à carência na forma especificada pelo art. 143, mas satisfaçam essa condição mediante o cômputo de 
períodos de contribuição em outras categorias, farão jus ao benefício ao completarem 65 anos de ida-
de, se homem, e 60 anos, se mulher, conforme preceitua o § 3º do art. 48 da Lei de Benefícios, incluído 
pela Lei nº 11.718, de 2008. 5. Não se mostra possível conjugar de modo favorável aotrabalhador 
rural a norma do § 1º do art. 3º da Lei nº 10.666/2003, que permitiu a dissociação da comprova-
ção dos requisitos para os benefícios que especificou: aposentadoria por contribuição, especial e 
por idade urbana, os quais pressupõem contribuição. 6. Incidente de uniformização desprovido” 
(STJ, 3ª Seção, de 13.12.2010, no julgamento da PET 7.476).
 ` “A jurisprudência do STJ não é favorável ao pleito, na medida que firmou entendimento no sen-
tido de que para caracterizar o devido atendimento à condição de implementação da carência, 
deve o autor demonstrar o retorno às atividades campesinas, bem como a permanência no meio 
rural pelo prazo exigido, imediatamente anterior ao requerimento do benefício, nos termos do 
art. 48, § 2º, da Lei nº 8.213/1991” (STJ, REsp 1.302.997/SP, publicado em 15.03.2012, 1ª Seção).
 ` “A Terceira Seção deste Superior Tribunal, no âmbito da Quinta e da Sexta Turma, uniformizou 
seu entendimento no sentido de ser desnecessário o implemento simultâneo das condições para 
a aposentadoria por idade, visto que não exigida esta característica no art. 102, § 1º, da Lei 
8.213/91. Assim, não há óbice à concessão do benefício previdenciário, mesmo que, quando 
do implemento da idade, já se tenha perdido a qualidade de segurado” (STJ, AGA 802467, de 
23.08.2007).
4. QUESTÕES DE CONCURSOS
01. (CESPE – 2012 – TCE-ES – Auditor de Controle Externo – Direito) Via de regra, para a con-
cessão da aposentadoria por idade no RGPS, é necessário, além de ter completado a idade 
mínima exigida, que o requerente comprove o recolhimento efetivo de cento e oitenta con-
tribuições mensais; no caso de o requerente ser segurado especial, ele deve provar tempo 
mínimo de efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período 
imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número de meses 
de contribuições mensais exigido dos segurados não especiais.
02. (FCC/TÉCNICO DO INSS/2012) José exerceu atividade rural em regime de parceria com 
João, não tinha empregados, contava com a ajuda de seus familiares para o cultivo de sub-
sistência e pretende aposentar-se por idade, em 2011, no valor mínimo. Nessa situação, José 
deve
a) comprovar o exercício de atividade rural no período de 36 meses que antecedem o requeri-
mento do benefício.
b) comprovar o exercício de atividade rural por contrato de parceria firmado em 2011, por seu 
parceiro, João.
c) comprovar o exercício de atividade rural no período de 180 meses que antecedem o benefí-
cio, por prova testemunhal.
d) requerer o processamento de justificação administrativa, acompanhada de início de prova 
documental.
e) apresentar declaração de duas testemunhas com firma reconhecida em cartório.
03. (CESPE/TRF 1ª Região/Juiz Federal/2011) Tratando-se de aposentadoria de trabalhador 
rurícola por idade, o tempo de serviço rural fica descaracterizado pelo exercício de atividade 
urbana, ainda que por curtos períodos e de forma intercalada com a atividade rural, dentro 
do período de carência.
586
04. (CESPE/TRF 2ª Região/Juiz Federal/2011) Para a concessão desse benefício (aposentado-
ria por idade), o tamanho da propriedade rural não é capaz, por si só, de descaracterizar o 
regime de economia familiar do segurado especial, se preenchidos os demais requisitos.
05. (CESPE/TRF 2ª Região/Juiz Federal/2011) Conforme pacífica jurisprudência do STJ, para a 
concessão da aposentadoria por idade, é necessária a implementação simultânea dos requi-
sitos legais.
06 – – (CESPE/TRF 2ª Região/Juiz Federal/2011) Para concessão desse benefício (aposentado-
ria por idade), o rol de documentos descrito na Lei nº 8.213/1991 é meramente exemplifica-
tivo, mas não devem ser aceitas como início de prova material do tempo de serviço rural as 
certidões de óbito e de casamento.
07. (CESPE/TRF 5ª Região/Juiz Federal/2011) Para fins de aposentadoria por idade, é necessá-
rio que o trabalhador rural comprove atividade rurícola contínua, no período imediatamente 
anterior ao requerimento administrativo ou judicial, por período equivalente à metade do 
prazo de carência legalmente exigido aos demais trabalhadores.
08. (CESPE/Caixa Econômica/Advogado/2010) Marcone pagou 180 contribuições mensais, 
sendo 140 delas na condição de trabalhador rural e as demais na condição de trabalhador 
avulso. Nessa situação, Marcone poderá requerer sua aposentadoria por idade quando com-
pletar 60 anos de idade.
09. (FCC/AL-SP/Procurador/2010) Joana, João, Janaina e Daniel são segurados do regime geral 
de previdência social. Joana possui 57 anos de idade e é trabalhadora rural. João possui 60 
anos de idade e exerce atividade em regime de economia familiar. Janaina possui 60 anos de 
idade e trabalha na empresa privada urbana WD e Daniel possui 65 anos e é produtor rural. 
Nestes casos, de acordo com a Constituição Federal brasileira, com relação ao requisito legal 
de idade mínima para obtenção do benefício previdenciário da aposentadoria, preenchem 
este requisito
a) apenas Joana, Janaina e Daniel.
b) nenhuma das pessoas mencionadas.
c) apenas Joana e Janaina.
d) todas as pessoas mencionadas.
e) apenas Janaina e Daniel.
10. (CESPE/TRF 5ª Região/Juiz Federal/2009) A aposentadoria por idade será devida ao segu-
rado que, cumprida a carência exigida pela lei, completar 65 anos de idade, se homem, e 60, 
se mulher, reduzindo-se tal prazo em 5 anos para os professores que pretendam receber o 
referido benefício e comprovem exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de 
magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.
11. (CESPE/DPU/Defensor Público da União/2007) Para a concessão de aposentadoria rural 
por idade, não se exige que o início de prova material corresponda a todo o período equiva-
lente à carência do benefício, sendo que, para a comprovação de tempo de serviço rural, é 
imprescindível documento em nome do próprio interessado.
12. (CESPE/Município de Aracaju/Procurador/2007) Considere que Pedro, com 62 anos de 
idade, perdeu o emprego há seis anos e não conseguiu retornar ao mercado de trabalho, 
perdendo, por isso, a qualidade de segurado do RGPS, apesar de ter contribuído por mais de 
vinte anos. Nessa situação hipotética, Pedro poderá requerer o benefício de aposentadoria 
por idade pelo fato de ter contribuído por tempo superior à carência.
587
13. (CESPE/TRF 5ª Região/Juiz Federal/2006) José tem 63 anos de idade e exerceu atividade 
rural, de forma descontínua, na condição de empregado. Acreditando ter direito ao benefício 
previdenciário denominado aposentadoria por idade, José o requereu no INSS. Para a com-
provação do tempo de carência, José apresentou a Carteira de Trabalho e Previdência Social, 
que continha anotações que demonstravam o exercício de atividade rural de janeiro de 1992 
até abril de 1998; a declaração expedida pelo sindicato dos produtores rurais da região, 
homologada pelo INSS, que demonstrava o exercício de atividade rural de julho de 1998 
até agosto de 2003; e declaração expedida pelo antigo empregador de José, extraída de seu 
livro de registro de pessoal, acessível ao INSS, que comprovava o exercício de atividade rural 
de novembro de 2003 a junho de 2006. Nessa situação, com base nos dados informados, é 
correto concluir que José tem direito à aposentadoria por idade.
14. (CESPE/TRT. 5ª Região/Juiz do Trabalho/2006) Considere a seguinte situação hipoté-
tica. Claudemir, durante doze anos e meio, contribuiu para a previdência social, contudo, 
amargou desemprego por 48 meses. Nessa situação, se Claudemir voltar a trabalhar como 
empregado, para fazer jus à aposentadoria por idade, caso preencha os demais requisitos, 
deverá contribuir durante mais 30 meses.
15. (CESPE/TRF 1ª Região/Juiz Federal/2011) Para fins de instrução do pedido de averbação 
de tempo de serviço rural, admite-se a apresentação de documentaçãopertinente e con-
temporânea à data dos fatos, desde que em nome do segurado, não se admitindo documen-
tos em nome de terceiros.
16. (CESPE/DPU/Defensor Público da União/2007) A prestação de serviço rural, por menor 
de 12 a 14 anos, até o advento da Lei nº 8.213/1991, devidamente comprovada, pode ser 
reconhecida para fins previdenciários.
17. (CESPE/AGU/Procurador Federal/2013) Para fazer jus à aposentadoria por idade prevista 
no RGPS, como trabalhador urbano, deve o requerente comprovar, além da carência exigida 
em lei, ter completado sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos, se mu-
lher.
GAB
01 C 02 D 03 E 04 C 05 E 06 E 07 E 08 E 09 D
10 E 11 E 12 E 13 E 14 E 15 E 16 C 17 C –
Art. 49. A aposentadoria por idade será devida:
I – ao segurado empregado, inclusive o doméstico, a partir:
a) da data do desligamento do emprego, quando requerida até essa data ou até 90 
(noventa) dias depois dela; ou
b) da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quan-
do for requerida após o prazo previsto na alínea "a";
II – para os demais segurados, da data da entrada do requerimento.
1. COMENTÁRIOS
Uma vez realizada a idade mínima e a carência, o benefício será devido des-
de a data de entrada do requerimento no INSS. No caso do segurado empre-
gado e do empregado doméstico, a data de início do benefício será a do 
desligamento do emprego, se requerida até 90 dias.
588
Caso não haja desligamento do emprego ou se requerida depois de trans-
corridos 90 dias da extinção do vinculo empregatício, o benefício será devido 
desde o requerimento administrativo.
2. QUESTÕES DE CONCURSOS
01. (CESPE/BACEN/Procurador/2009) A aposentadoria por idade será devida ao segurado 
empregado, exceto o doméstico, a partir da data do desligamento do emprego, quando 
requerida até essa data ou até 90 dias depois dela.
GAB 01 E
Art. 50. A aposentadoria por idade, observado o disposto na Seção III deste Capítulo, 
especialmente no art. 33, consistirá numa renda mensal de 70% (setenta por cento) do 
salário-de-benefício, mais 1% (um por cento) deste, por grupo de 12 (doze) contribuições, 
não podendo ultrapassar 100% (cem por cento) do salário-de-benefício.
1. COMENTÁRIOS
Em regra, a renda mensal inicial (RMI) da aposentadoria por idade será 
de 70% do salário de benefício, acrescida de 1% a cada grupo de 12 contri-
buições mensais, no máximo de 100% do salário de benefício, não poden-
do ser inferior a um salário mínimo.
Destarte, salvo no caso da tabela de transição, como a carência para o be-
nefício é de 15 anos de recolhimentos tempestivos, a RMI equivalerá a 85% do 
salário de benefício.
Vale lembrar que no cálculo do salário de benefício da aposentadoria por 
idade a multiplicação da média aritmética simples dos 80% maiores salários de 
contribuição do período básico de cálculo pelo fator previdenciário é faculta-
tiva, ou seja, esse índice somente será utilizado se benéfico ao segurado, para 
majorar o valor mensal da prestação, a teor do artigo 7º, da Lei 9.876/99.
No que concerne ao segurado especial, o valor da aposentadoria por 
idade é fixado em um salário mínimo, exceto se ele fez os recolhimentos 
como se fosse contribuinte individual, conforme faculdade do artigo 25, § 1º, 
da Lei 8.212/91, quando haverá o cálculo na forma acima descrita.
Uma questão controversa é saber se a averbação de tempo de serviço rural 
sem o recolhimento das contribuições previdenciárias prestado anteriormente à 
Lei 8.213/91 com base no artigo 55, § 2º, da citada norma, será considerado para 
fins de elevação da renda da aposentadoria por idade, à razão de 1% por ano de 
serviço rural prestado.
A despeito da controvérsia, entende-se que não, pois esse período é consi-
derado apenas para fins de cômputo de tempo de serviço, inexistindo autori-
zação legal para considerá-lo no cálculo da renda mensal da aposentadoria por 
589
idade, máxime porquanto não contributivo, sendo este o posicionamento do STJ 
e da TNU.
Isso no caso de incidência do artigo 48, § 3º, da Lei 8.213/91, que permite o 
cômputo de carência rural na concessão de aposentadoria por idade urbana, 
mas sem o redutor de cinco anos na idade do segurado.
2. SÚMULAS
 ` TNU, Súmula 76 – “A averbação de tempo de serviço rural não contributivo não permite majorar o 
coeficiente de cálculo da renda mensal inicial de aposentadoria por idade previsto no art. 50 da Lei nº 
8.213/91”.
3. JURISPRUDÊNCIA
 ` “PREVIDENCIÁRIO. IMPOSSIBILIDADE DE APROVEITAMENTO DE ATIVIDADE RURAL NÃO-CONTRI-
BUTIVA ANTERIOR À LEI 8.213/91 PARA CÁLCULO DO COEFICIENTE DA APOSENTADORIA URBA-
NA POR IDADE. RESTRIÇÃO DO ARTIGO 50 DA LEI 8.213/91. JURISPRUDÊNCIA DO STJ E DA TNU NO 
MESMO SENTIDO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. O autor da demanda buscava aproveitar 9 anos 
de atividades rurais não-contributivas anteriores à Lei 8.213/91 na revisão do coeficiente do salário-de-
-benefício de sua aposentadoria urbana por idade, que foi contemplada com 93%, quando, tendo um 
total de 32 anos de atividades em geral, esperava vê-lo majorado a 100%. Obteve êxito pela sentença 
do JEF, depois revertida na TR-SJPR, havendo pedido de uniformização à TRU da 4ª Região, onde foi 
novamente revista a decisão, retornando ao ditado na sentença, já que acompanhava a posição da TNU 
em precedente já superado, que acatava a possibilidade do tanto quanto pleiteado pelo autor da de-
manda, ora requerido. O requerente invoca o precedente do REsp 1.063.112, da 5ª Turma do STJ, relator 
o Ministro Jorge Mussi, também citado na decisão do Pedilef 5007085-45.2011.4.04.7201, da TNU, da 
relatoria da Juíza Federal Ana Beatriz Vieira da Luz Palumbo, do qual tive oportunidade de pedir vista, 
ao final concordando com suas conclusões, sendo concluído o julgamento em 17/04/2013, por unani-
midade, inclusive com o voto do Juiz Federal Rogério Moreira Alves, que relatara aquele outro julgado 
citado pela TRU da 4ªRegião, em sentido diverso. Tratou-se realmente de mudança de orientação da 
TNU para voltar a acompanhar a posição do STJ, e em momento posterior ao julgamento pela TRU da 
4ªRegião, o que os motivou à revisão de seu posicionamento, que, agora, espera-se volte ao anterior. 
Disse em minhas conclusões do voto-vista:“VOTO VISTA ACOMPANHANDO A RELATORA Pedi vista 
do presente processo, na última sessão desse nobre colegiado, porquanto a Excelentíssima Relatora 
apontava para uma linha de decisões do STJ e depois da TNU, que defendia fosse mantida, enquanto o 
Pedilef apontava para decisão não tão antiga, pois do ano de 2011 em sentido diverso, o que me levou à 
dúvida. Após estudar os autos e a matéria mais detidamente, não tenho dúvidas de que os argumentos 
da Relatora são mais fortes, especialmente por guardarem o respeito à norma escrita, à interpretação 
sistemática e porque em consonância com a Jurisprudência do STJ. De fato, o § 3º do artigo 48 da Lei 
8.213/91, em sua atual redação, permite que se aproveite o tempo em qualquer regime distinto 
do rural para completar a carência desse benefício, retirando-lhe o benefício da redução de 5 
anos na idade do beneficiário. Porém, aqui se trata de aproveitar tempo com contribuição para 
regime não necessariamente contributivo e não o inverso, e mesmo assim com a penalidade do 
acréscimo de idade mínima para gozo do benefício. O § 4º se refere ao § 3º do artigo 48 da Lei 
8.213/91, em sua atual redação, e, portanto, não se admite seja utilizado em situação distinta 
daquela, pois sua gênese guarda necessária relação de dependência com aquele outro dispositi-
vo, que trata da aposentadoria por idade rural, em que o tempo considerado na carência terá o 
salário-de-contribuição fictício no equivalente ao salário-mínimo. Assim, não vejo como aplicar 
a analogia para inverter o benefício utilizando-se o período rural no urbano e com distorção 
do sistema e do método adotado pelo Legislador,

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