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CCoonnccrreettoo AArrmmaaddoo ddaa UUFFPPRR 22001155 Agradeço a colaboração prestada pelos Professores Carlos E. N. L. Michaud, Jorge L. Ceccon, Marco A. Argenta, Mauro T. Kawai e Miguel F. Hilgenberg Neto na elaboração deste texto. Agradecimento especial ao Professor Roberto Dalledone Machado que além de colaborar na elaboração do texto, permitiu que sua publicação LAJES USUAIS DE CONCRETO ARMADO fosse incorporada ao Capítulo 8 desta edição. M. A. Marino Universidade Federal do Paraná Departamento de Construção Civil (41) 3361-3001 marino@ufpr.br 2015 1-1 ufpr/tc037 1111 1ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO 1.1 Introdução Basicamente, as estruturas de concreto armado apresentam bom desempenho porque, sendo o concreto de ótima resistência à compressão, este ocupa as partes comprimidas ao passo que o aço, de ótima resistência à tração, ocupa as partes tracionadas. É o caso das vigas de concreto armado (Figura 1.1). Figura 1.1 - Viga de concreto armado Sendo o aço também de boa resistência a compressão, o mesmo pode colaborar com o concreto em regiões comprimidas. É o caso dos pilares de concreto armado (Figura 1.2). Figura 1.2 - Pilar de concreto armado Os projetos de obras de concreto estrutural, no Brasil, são regidos, basicamente, pela Norma Brasileira ABNT NBR 6118 Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento, terceira edição de 29 de abril de 2014, validade a partir 29 de maio de 2014. Esta Norma estabelece os requisitos básicos exigíveis para o projeto de estruturas de concreto simples, armado e protendido, excluídas aquelas em que se empregam concreto leve, pesado ou outros especiais (ABNT NBR 6118 - 1.1). A ABNT NBR 6118 é aplicada às estruturas de concretos normais, identificados por massa específica seca maior do que 2 000º kg/m3, não excedendo 2 800 kg/m3, do grupo I de resistência (C20 a C50) e do grupo II de resistência (C55 a C90), conforme classificação da ABNT NBR 8953. Entre os concretos especiais excluídos desta Norma estão o concreto-massa e o concreto sem finos (ABNT NBR 6118 - 1.2). Por outro lado, a ABNT NBR 6118 não inclui requisitos exigíveis para evitar os estados-limites gerados por certos tipos de ação, como sismos, impactos, explosões e fogo. Para A A M M armadura tracionada concreto comprimido Corte AA A A N Corte AA concreto comprimido armadura comprimida N armadura comprimida 2015 1-2 ufpr/tc037 ações sísmicas, consultar a ABNT NBR 15421; para ações em situação de incêndio, consultar a ABNT NBR 15200 (ABNT NBR 6118 - 1.4). No caso de estruturas especiais, como de elementos pré-moldados, pontes e viadutos, obras hidráulicas, arcos, silos, chaminés, torres, estruturas off-shore, ou estruturas que utilizam técnicas construtivas não convencionais, como formas deslizantes, balanços sucessivos, lançamentos progressivos e concreto projetado, as condições da ABNT NBR 6118 ainda são aplicáveis, devendo, no entanto, ser complementadas e eventualmente ajustadas em pontos localizados por Normas Brasileiras específicas (ABNT NBR 6118 - 1.5). 1.2 Histórico É atribuída ao francês Lambot a primeira construção de concreto armado: um barco que foi construído em 1855. Outro francês, Coignet, publicou em 1861 o primeiro trabalho descrevendo aplicações e uso do concreto armado1. 1.3 Viabilidade do concreto armado O sucesso do concreto armado se deve, basicamente, a três fatores: − aderência entre o concreto e a armadura; − valores próximos dos coeficientes de dilatação térmica do concreto e da armadura; e − proteção das armaduras feita pelo concreto envolvente. O principal fator de sucesso é a aderência entre o concreto e a armadura. Desta forma, as deformações nas armaduras serão as mesmas que as do concreto adjacente, não existindo escorregamento entre um material e o outro. É este simples fato de deformações iguais entre a armadura e o concreto adjacente, associado à hipótese das seções planas de Navier, que permite quase todo o desenvolvimento dos fundamentos do concreto armado. A proximidade de valores entre os coeficientes de dilatação térmica do aço e do concreto torna praticamente nulo o deslocamento relativo entre a armadura e o concreto envolvente, quando existe variação de temperatura. Este fato permite que se adote para o concreto armado o mesmo coeficiente de dilatação térmica do concreto simples. Finalmente, o envolvimento das barras de aço por concreto evita a oxidação da armadura fazendo com que o concreto armado não necessite cuidados especiais como ocorre, por exemplo, em estruturas metálicas. 1.4 Termos e definições2 1.4.1 Concreto estrutural Concreto estrutural: termo que se refere ao espectro completo das aplicações do concreto como material estrutural. Elementos de concreto simples estrutural: elementos estruturais elaborados com concreto que não possuem qualquer tipo de armadura, ou que a possuem em quantidade inferior ao mínimo exigido para o concreto armado. Elementos de concreto armado: aqueles cujo comportamento estrutural depende da aderência entre concreto e armadura, e nos quais não se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes da materialização dessa aderência. Armadura passiva: qualquer armadura que não seja usada para produzir forças de protensão, isto é, que não seja previamente alongada. Armadura ativa (de protensão): armadura constituída por barras, fios isolados ou cordoalhas, destinada à produção de forças de protensão, isto é, na qual se aplica um pré-alongamento inicial. Junta de dilatação: qualquer interrupção do concreto com a finalidade de reduzir tensões internas que possam resultar em impedimentos a qualquer tipo de movimentação da estrutura, principalmente em decorrência de retração ou abaixamento de temperatura. 1 Para melhor conhecimento da história do concreto armado, ver O CONCRETO NO BRASIL, Vol. 1, A. C. Vasconcelos, edição patrocinada por Camargo Corrêa S.A., 1985. 2 Como apresentados na ABNT NBR 6118 - 3. 2015 1-3 ufpr/tc037 Junta de dilatação parcial: redução de espessura igual ou maior que 25% da seção de concreto. 1.4.2 Estados-limites Estado-limite último - ELU: estado-limite relacionado ao colapso, ou qualquer outra forma de ruína estrutural, que determine a paralisação do uso da estrutura. Estado-limite de formação de fissuras - ELS-F: estado em que se inicia a formação de fissuras. Admite-se que este estado-limite é atingido quando a tensão de tração máxima na seção transversal for igual a fct,f. Estado-limite de abertura das fissuras - ELS-W: estado em que as fissuras se apresentam com aberturas iguais aos máximos especificados. Estado-limite de deformações excessivas - ELS-DEF: estado em que as deformações atingem os limites estabelecidos para a utilização normal. Estado-limite de vibrações excessivas - ELS-VE: estado em que as vibrações atingem os limites estabelecidos para a utilização normal da construção. 1.5 Propriedades do concreto O concreto, assim como outro material, tem coeficiente de dilatação térmica, pode ser representado por um diagrama tensão-deformação, possui módulo de elasticidade (módulo de deformação), etc. Apresenta, também, duas propriedades específicas: retração e fluência (deformação lenta). 1.5.1 Concretos da ABNT NBR 6618 Segundo a ABNT NBR 8953, os concretos a serem usados estruturalmente estão divididos em dois grupos, classificados de acordo com sua resistência característica1 à compressão (fck), como apresentado na Tabela 1.1. A letra C representa classe de concreto seguida da resistência característica à compressão, em MPa2. A dosagem do concreto, para obtenção da sua resistência característica(fck) e conseqüente definição da sua classe (C__x), deverá ser feita de acordo com a ABNT NBR 12655. A composição de cada concreto deve ser definida em dosagem racional e experimental, com a devida antecedência em relação ao início da obra. O controle tecnológico deve ser feito de acordo com a ABNT NBR 12654. A ABNT NBR 6118 é aplicada a concretos compreendidos nas classes de resistência dos grupos I e II da ABNT NBR 8953, até a classe C90. A classe C20, ou superior, se aplica ao concreto com armadura passiva3 e a classe C25, ou superior, ao concreto com armadura ativa4. A classe C155 pode ser usada apenas em obras provisórias ou concreto sem fins estruturais, conforme ABNT NBR 8953 (ABNT NBR 6118 - 8.2.1). 1.5.2 Massa específica A ABNT NBR 6118 se aplica aos concretos de massa específica normal, que são aqueles que, depois de secos em estufa, têm massa específica (ρc) compreendida entre 2 000 kg/m3 e 2 800 kg/m3. Se a massa específica real não for conhecida, para efeito de cálculo, pode-se adotar para o concreto simples o valor 2 400 kg/m3 e para o concreto armado, 2 500 kg/m3 (ABNT NBR 6118 - 8.2.2). 1 Resistência característica do concreto como apresentada em 3.8.1.1, página 3-27. 2 Equivalência: 1 MPa = 0,1 kN/cm2 = 10 kgf/cm2. 3 Armadura passiva como apresentada em 1.4.1, página 1-2 (armadura para concreto armado). 4 Armadura ativa como apresentada em 1.4.1, página 1-2 (armadura para concreto protendido). 5 Classe C15 não mostrada na Tabela 1.1 (página 1-3). Grupo I fck Grupo II fck C20 20 MPa C55 55 MPa C25 25 MPa C60 60 MPa C30 30 MPa C70 70 MPa C35 35 MPa C80 80 MPa C40 40 MPa C90 90 MPa C45 45 MPa C50 50 MPa Tabela 1.1 - Classes de concreto estrutural 2015 1-4 ufpr/tc037 1.5.3 Coeficiente de dilatação térmica Para efeito de análise estrutural, o coeficiente de dilatação térmica pode ser admitido como sendo igual a 10-5/ºC (ABNT NBR 6118 - 8.2.3). 1.5.4 Resistência à compressão As prescrições da ABNT NBR 6118 referem-se à resistência à compressão obtida em ensaios de corpos de prova cilíndricos moldados segundo a ABNT NBR 5738 e rompidos como estabelece a ABNT NBR 5739 (ABNT NBR 6118 - 8.2.4). Quando não for indicada a idade, as resistências referem-se à idade de 28 dias. A estimativa da resistência à compressão média, fcmj, correspondente a uma resistência fckj especificada, deve ser feita conforme indicado na ABNT NBR 12655. A evolução da resistência à compressão com a idade deve ser obtida através de ensaios especialmente executados para tal. Na ausência desses resultados experimentais pode-se adotar, em caráter orientativo, os valores indicados em 3.8.2.2, página 3-28. 1.5.5 Resistência à tração A resistência à tração indireta fct,sp e a resistência à tração na flexão fct,f devem ser obtidas de ensaios realizados segundo a ABNT NBR 7222 e a ABNT NBR 12142, respectivamente (ABNT NBR 6118 - 8.2.5). A resistência à tração direta fct pode ser considerada igual a 0,9 fct,sp ou 0,7 fct,f ou, na falta de ensaios para obtenção de fct,sp e fct,f, pode ser avaliado o seu valor médio (fct,m) ou característico (fctk) por meio das equações seguintes: a. para concretos de classes até C50: 3 2 ckmct,supctk, 3 2 ckmct,infctk, 3 2 ckmct,ctk f0,39f 1,3f MPa em valoresf0,21f 0,7f f0,3ff ×== ×== ×== Equação 1.1 b. para concretos de classes C55 até C90: ( ) ( ) ( )ckmct,supctk, ckmct,infctk, ckmct,ctk f11,01ln756,2f 1,3f MPa em valoresf11,01ln484,1f 0,7f f11,01ln12,2ff +== +== +== Equação 1.2 Sendo fckj ≥ 7MPa, estas expressões podem também ser usadas para idades diferentes de 28 dias. O fctk,sup é usado para a determinação de armaduras mínimas. O fctk,inf é usado nas análises estruturais. 1.5.6 Módulo de elasticidade O módulo de elasticidade (Eci) deve ser obtido segundo ensaio estabelecido na ABNT NBR 8522, sendo considerado nesta Norma o módulo de deformação tangente inicial, obtido aos 28 dias de idade. Quando não forem realizados ensaios, pode-se estimar o valor do módulo de elasticidade inicial usando as expressões a seguir (ABNT NBR 6118 - 8.2.8). a. para fck de 20 MPa a 50 MPa: ( ) MPa em valoresf 600 5E ckEci α= Equação 1.3 b. para fck de 55 MPa a 90 MPa: MPa em valores25,1 10 f50021E 3 ckEci +α= Equação 1.4 2015 1-5 ufpr/tc037 sendo: αE = 1,2 para basalto e diabásio αE = 1,0 para granito e gnaisse αE = 0,9 para calcário αE = 0,7 para arenito O módulo de deformação secante (Ecs) pode ser obtido segundo método de ensaio estabelecido na ABNT NBR 8522, ou estimado pela expressão: MPaemvalores E E 80 f2,08,0 minE ci ci ck cs + = Equação 1.5 A deformação elástica do concreto depende da composição do traço do concreto, especificamente da natureza dos agregados. Na avaliação do comportamento de um elemento estrutural ou seção transversal, pode ser adotado módulo de elasticidade único, à tração e à compressão, igual ao módulo de deformação secante Ecs. O módulo de elasticidade em uma idade menor que 28 dias pode ser avaliado pelas expressões a seguir: a. para concreto com fck de 20 MPa a 45 MPa: ci 5,0 c c ci Ef )t(f)t(E = Equação 1.6 b. para concretos com fck de 50 MPa a 90 MPa: ci 3,0 c c ci Ef )t(f)t(E = Equação 1.7 onde: Eci(t) é a estimativa do módulo de elasticidade do concreto em uma idade entre 7 dias e 28 dias; fc(t) é a resistência à compressão do concreto na idade em que se pretende estimar o módulo de elasticidade; fc é a resistência à compressão do concreto na idade de 28 dias, na mesma unidade de fc(t); e Eci é o módulo de elasticidade do concreto na idade de 28 dias. 1.5.7 Coeficiente de Poisson e módulo de elasticidade transversal Para tensões de compressão menores que 0,5 fc e tensões de tração menores que fct, o coeficiente de Poisson ν pode ser tomado como igual a 0,2 e o módulo de elasticidade transversal Gc igual a Ecs/2,4 (ABNT NBR 6118 - 8.2.9). 1.5.8 Diagrama tensão-deformação - compressão Para tensões de compressão menores que 0,5 fc, a ABNT NBR 6118 - 8.2.10, admite uma relação linear entre tensões e deformações, adotando-se para módulo de elasticidade o valor secante como apresentado em 1.5.6, página 1-4. 2015 1-6 ufpr/tc037 Uma característica do concreto é não apresentar, para diferentes dosagens, um mesmo tipo de diagrama tensão-deformação. Os concretos mais resistentes têm um "pico" de resistência em torno da deformação 2‰. Já os concretos menos resistentes apresentam um "patamar" de resistência que se inicia entre as deformações 1‰ e 2‰ Observa-se, também, que os concretos mais resistentes apresentam deformações de ruptura inferiores às dos concretos menos resistentes (Figura 1.3). Figura 1.3 - Diagramas tensão-deformação de concretos diversos Para análises no estado-limite último (ELU)1, podem ser empregados o diagrama tensão-deformação idealizado, como apresentado na Figura 1.4 (ABNT NBR 6118 - 8.2.10.1). A resistência de cálculo2 fcd corresponde ao valor da resistência característica fck minorada por um coeficiente de segurança; εc2 é a deformação específica de encurtamento do concreto no início do patamar plástico; e εcu é a deformação específica de encurtamento do concreto na ruptura. Figura 1.4 - Diagrama tensão-deformação da ABNT NBR 6118 - ELU Os valores de n, εc2 e εcu correspondem a: a. para concretos de classes até C50: ‰5,3 ‰0,2 2ncu 2c =ε =ε = b. para concretos de classes C55 até C90: ( ) ( ) ( ) 4ck cu ck 53,0 ck2c 4 ck 100 f-9035‰‰6,2 MPaemf50f0,085‰‰0,2 100 f904,234,1n +=ε −+=ε − += 1 Estado-limite último (ELU) como apresentado em 1.4.2, página 1-3. 2 Resistência de cálculo do concreto como apresentada em 3.8.2.2, página 3-28. εc σc 1‰ 2‰ 3‰ 4‰ ε ε −−=σ n 2c c cdc 11f85,0 σc εc εc2 εcu 0,85 fcd 2015 1-7 ufpr/tc037 A Tabela 1.2 apresenta os valores de n, εc2 e εcu para diferentes classes de concreto. Pode ser observado que os concretos do grupo II (C55 a C90) têm seus patamares (εcu - εc2) diminuídos à medida que aumenta a classe, chegando ao limite da inexistência deste patamar para o C90 (εcu - εc2 = 2,6‰ -2,6‰ = 0‰). Classe 20 25 30 35 40 45 50 55 60 70 80 90 n 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 1,75 1,59 1,44 1,40 1,40 εc2 (‰) 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,20 2,29 2,42 2,52 2,60 εcu (‰) 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 3,13 2,88 2,66 2,60 2,60 Tabela 1.2 - Valores de n, εc2 e εcu para diferentes classes de concreto A Figura 1.5 mostra diagramas tensão-deformação idealizados para alguns concretos dos grupos I e II da ABNT NBR 8953. Observar que o diagrama do concreto classe C90 não apresenta patamar. Figura 1.5 - Diagramas idealizados 1.5.9 Diagrama tensão-deformação - tração Para o concreto não fissurado, pode ser adotado o diagrama tensão-deformação bilinear de tração, indicado na Figura 1.6 (ABNT NBR 6118 - 8.2.10.2). Figura 1.6 - Diagrama tensão-deformação (tração) da ABNT NBR 6118 C50 C20 C90 εc σc 1‰ 2‰ 3‰ 4‰ σct εct 0,15‰ fctk 0,9 fctk Eci 2015 1-8 ufpr/tc037 1.5.10 Fluência e retração 1.5.10.1 Fluência A fluência é uma deformação que depende do carregamento. Corresponde a uma contínua (lenta) deformação do concreto, que ocorre ao longo do tempo, sob ação de carga permanente. Um panorama do comportamento das deformações de peças de concreto, carregadas e descarregadas, é mostrado na Figura 1.7. Figura 1.7 - Deformação de bloco de concreto carregado e descarregado 1.5.10.2 Retração A retração do concreto é uma deformação independente de carregamento. Corresponde a uma diminuição de volume que ocorre ao longo do tempo devido à perda d'água que fazia parte da composição química da mistura da massa de concreto. A curva que representa a variação da retração ao longo do tempo tem o aspecto mostrado na Figura 1.8. Figura 1.8 - Retração do concreto 1.5.10.3 Deformação total A deformação total do concreto, decorrido um espaço de tempo após a aplicação de um carregamento permanente, corresponde a: )t,t()t,t()t(E )(t )t(E )t()t( 0cs )t,t( 0 0ci 0c )t( 0ci 0c c 0cc0c ε+ϕσ+σ=ε εε 44 344 21321 [ ] )t,t()t,t(1)t(E )t()t( 0cs0 0ci 0c c ε+ϕ+ σ =ε Equação 1.8 onde: εc(t) é a deformação (encurtamento) específica total do concreto no instante t; εc(t0) é a deformação específica imediata (t0) do concreto devida ao carregamento; εcc(t,t0) é a deformação específica do concreto devida à fluência no intervalo de tempo t - t0; εcs(t,t0) é a deformação específica do concreto devida à retração no intervalo de tempo t - t0; ∆ls εcs(t,t0) l = l ∆ls εcs t t t0 εc t fluência - εcc(t,t0) recuperação deformação elástica recuperação da fluência deformação elástica inicial - εc(t0) sem carga carga εc(t0) εcc(t,t0) ∆lc ∆l0 l ∆l0 l = t0 ∆lc l−∆l0 = t 2015 1-9 ufpr/tc037 σc(t0) é a tensão atuante no concreto no instante (t0) da aplicação da carga permanente (negativa para compressão); Eci(t0) é o módulo de elasticidade (deformação) inicial no instante t0; e ϕ(t,t0) é o coeficiente de fluência correspondente ao intervalo de tempo t - t0. Em casos onde não é necessária grande precisão, os valores finais (t∞) do coeficiente de fluência ϕ(t∞,t0) e da deformação específica de retração εcs(t∞,t0) do concreto, submetidos a tensões menores que 0,5 fc quando do primeiro carregamento, podem ser obtidos, por interpolação linear, a partir da Tabela 1.3. A Tabela fornece o valor do coeficiente de fluência ϕ(t∞,t0) e da deformação específica de retração εcs(t∞,t0) em função da umidade ambiente e da espessura equivalente 2 (Ac/u), onde: Ac: área da seção transversal u: perímetro da seção em contato com a atmosfera Umidade ambiente (%) 40 55 75 90 Espessura fictícia 2(Ac/u) (cm) 20 60 20 60 20 60 20 60 ϕ(t∞,t0) Concreto das classes C20 a C45 t0 (dias) 5 4,6 3,8 3,9 3,3 2,8 2,4 2,0 1,9 30 3,4 3,0 2,9 2,6 2,2 2,0 1,6 1,5 60 2,9 2,7 2,5 2,3 1,9 1,8 1,4 1,4 ϕ(t∞,t0) Concreto das classes C50 a C90 5 2,7 2,4 2,4 2,1 1,9 1,8 1,6 1,5 30 2,0 1,8 1,7 1,6 1,4 1,3 1,1 1,1 60 1,7 1,6 1,5 1,4 1,2 1,2 1,0 1,0 εcs(t∞,t0) (‰) 5 -0,53 -0,47 -0,48 -0,43 -0,36 -0,32 -0,18 -0,15 30 -0,44 -0,45 -0,41 -0,41 -0,33 -0,31 -0,17 -0,15 60 -0,39 -0,43 -0,36 -0,40 -0,30 -0,31 -0,17 -0,15 Tabela 1.3 - Valores característicos superiores da deformação específica de retração εcs(t∞,t0) e do coeficiente de fluência ϕ(t∞,t0) 1.6 Propriedades do aço - armadura passiva O aço, assim como outro material, tem coeficiente de dilatação térmica, pode ser representado por um diagrama tensão-deformação, possui módulo de elasticidade, etc. Apresenta, também, uma propriedade específica, que é o coeficiente de aderência. 1.6.1 Categoria dos aços de armadura passiva Nos projetos de estruturas de concreto armado deve ser utilizado aço classificado pela ABNT NBR 7480, com o valor característico da resistência de escoamento nas categorias CA-25, CA-50 e CA-601 (ABNT NBR 6118 - 8.3.1). Estes aços, e respectivas resistências características à tração (fyk), estão mostrados na Tabela 1.4. Os diâmetros e seções transversais nominais devem ser os estabelecidos na ABNT NBR 7480. 1 CA corresponde a concreto armado e o número associado representa 1/10 da resistência característica em MPa. Categoria fyk CA-25 250 MPa CA-50 500 MPa CA-60 600 MPa Tabela 1.4 - Aços de armadura passiva 2015 1-10 ufpr/tc037 1.6.2 Coeficiente de aderência Os fios e barras podem ser lisos ou providos de saliências ou mossas. A capacidade aderente entre o aço e o concreto está relacionada ao coeficiente η1, cujo valor é apresentado na Tabela 1.5 (ABNT NBR 6118 - 8.3.2). 1.6.3 Massa específica Pode-se adotar para massa específica do aço de armadura passiva o valor de 7 850 kg/m3 (ABNT NBR 6118 - 8.3.3). 1.6.4 Coeficiente de dilatação térmica O valor 10-5/ºC pode ser considerado para o coeficiente de dilatação térmica do aço, para intervalos de temperatura entre -20ºC e 150ºC (ABNT NBR 6118 - 8.3.4). 1.6.5 Módulo de elasticidade Na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, o módulo de elasticidade do aço pode ser admitido igual a 210 GPa (ABNT NBR 6118 - 8.3.5). 1.6.6 Diagrama tensão-deformação, resistência ao escoamento e à tração O diagrama tensão-deformação do aço e os valores característicos da resistência ao escoamento fyk, da resistência à tração fstk e da deformação na ruptura εuk devem ser obtidos de ensaios de tração realizados segundo a ABNT NBR ISO6892-1. O valor de fyk para os aços sem patamar de escoamento é o valor da tensão correspondente à deformação permanente de 2‰ (ABNT NBR 6118 - 8.3.6). Para o cálculo no estado-limite último (ELU), pode-se utilizar o diagrama simplificado mostrado na Figura 1.9, para os aços com ou sem patamar de escoamento. Este diagrama é válido para intervalos de temperatura entre - 20ºC e 150ºC e pode ser aplicado para tração e compressão (ABNT NBR 6118 - 8.3.6). O valor da resistência de cálculo1 fyd corresponde ao valor da resistência característica fyk minorada por um coeficiente de segurança. Figura 1.9 - Diagrama tensão-deformação do aço 1.6.7 Características de dutilidade Os aços CA-25 e CA-50, que atendam aos valores mínimos de fst/fy e εuk indicados na ABNT NBR 7480, podem ser considerados de alta dutilidade. Os aços CA-60 que obedeçam também às especificações dessa Norma podem ser considerados como de dutilidade normal (ABNT NBR 6118 - 8.3.7). 1.6.8 Soldabilidade Para que um aço seja considerado soldável, sua composição deve obedecer aos limites estabelecidos na ABNT NBR 8965. A emenda de aço soldada deve ser ensaiada à tração segundo a ABNT NBR 8548. A força de ruptura mínima, medida na barra soldada, deve satisfazer o especificado na ABNT NBR 7480 e o alongamento sob carga deve ser tal que não comprometa a dutilidade da armadura. O 1 Resistência de cálculo do aço como apresentada em 3.8.2.3, página 3-30. Tipo de superfície η1 Lisa 1,00 Entalhada 1,40 Nervurada 2,25 Tabela 1.5 - Coeficiente de aderência Es σs εs fyd 2015 1-11 ufpr/tc037 alongamento total plástico medido na barra soldada deve atender a um mínimo de 2% (ABNT NBR 6118 - 8.3.9). 1.6.9 Classificação - armadura ativa Os aços a serem usados em estruturas de concreto armado serão classificados (ABNT NBR 7480 - 4.1): − como barras, se possuírem diâmetro nominal igual ou superior a 5 mm e forem obtidos exclusivamente por laminação à quente; e − como fios, se possuírem diâmetro nominal igual ou inferior a 10 mm e forem obtidos por trefilação ou processo equivalente. De acordo com a categoria, as barras e fios de aço serão classificados conforme mostrado na Tabela 1.6. As características das barras (CA-25 e CA-50) e fios (CA-60), definidas pela ABNT NBR 7480, estão mostradas na Tabela 1.7 e na Tabela 1.8. Barras Diâmetro Nominal (mm) Massa Nominal1 (kg/m) Área da Seção (cm2) Perímetro (cm) 5 0,154 0,196 1,57 6,3 0,245 0,312 1,98 8 0,395 0,503 2,51 10 0,617 0,785 3,14 12,5 0,963 1,227 3,93 16 1,578 2,011 5,03 20 2,466 3,142 6,28 22 2,984 3,801 6,91 25 3,853 4,909 7,85 32 6,313 8,042 10,05 40 9,865 12,566 12,57 Tabela 1.7 - Características das barras de aço para concreto armado 1 A densidade linear de massa, em kg/m, é obtida pelo produto da área da seção nominal em m2 por 7 850 kg/m3. Categoria Classificação CA-25 Barras CA-50 CA-60 Fios Tabela 1.6 - Barras e fios de aço 2015 1-12 ufpr/tc037 Fios Diâmetro Nominal (mm) Massa Nominal (kg/m) Área da Seção (cm2) Perímetro (cm) 2,4 0,036 0,045 0,75 3,4 0,071 0,091 1,07 3,8 0,089 0,113 1,19 4,2 0,109 0,139 1,32 4,6 0,130 0,166 1,45 5,0 0,154 0,196 1,57 5,5 0,187 0,238 1,73 6,0 0,222 0,283 1,88 6,4 0,253 0,322 2,01 7,0 0,302 0,385 2,22 8,0 0,395 0,503 2,51 9,5 0,558 0,709 2,98 10,0 0,617 0,785 3,14 Tabela 1.8 - Características dos fios de aço para concreto armado 1.7 Referências normativas1 Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação da ABNT NBR 6118. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 5674 Manutenção de edificações - Requisitos para o sistema de gestão de manutenção ABNT NBR 5732 Cimento Portland comum - Especificação ABNT NBR 5733 Cimento Portland de alta resistência - Especificação ABNT NBR 5735 Cimento Portland de alto-forno - Especificação ABNT NBR 5736 Cimento Portland pozolânico - Especificação ABNT NBR 5737 Cimento Portland resistente a sulfatos - Especificação ABNT NBR 5738 Concreto - Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova ABNT NBR 5739 Concreto - Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos ABNT NBR 6004 Arames de aço - Ensaio de dobramento alternado - Método de ensaio ABNT NBR 6120 Cargas para cálculo de estruturas de edificações - Procedimento ABNT NBR 6123 Forças devidas ao vento em edificações - Procedimento ABNT NBR 6153 Produtos metálicos - Ensaio de dobramento semi-guiado - Método de ensaio ABNT NBR 6349 Barras, cordoalhas e fios de aço para armaduras de protensão - Ensaio de Tração ABNT NBR 7222 Concreto e argamassa - Determinação da resistência à tração por compressão diametral de corpos de prova cilíndricos ABNT NBR 7480 Aço destinados a armaduras para concreto armado - Especificação ABNT NBR 7481 Tela de aço soldada - Armadura para concreto - Especificação 1 Como apresentadas na ABNT NBR 6118 - 2. 2015 1-13 ufpr/tc037 ABNT NBR 7482 Fios de aço para concreto protendido - Especificação ABNT NBR 7483 Cordoalhas de aço para concreto protendido - Especificação ABNT NBR 7484 Barras, cordoalhas e fios de aço destinados a armaduras de protensão - Método de ensaio de relaxação isotérmica ABNT NBR 8522 Concreto - Determinação do módulo estático de elasticidade à compressão ABNT NBR 8548 Barras de aço destinadas a armaduras para concreto armado com emenda mecânica ou por solda - Determinação da resistência à tração - Método de ensaio ABNT NBR 8681 Ações e segurança nas estruturas - Procedimento ABNT NBR 8953 Concreto para fins estruturais - Classificação pela massa específica, por grupos de resistência e consistência ABNT NBR 8965 Barras de aço CA 42S com características de soldabilidade destinadas a armaduras para concreto armado - Especificação ABNT NBR 9062 Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado ABNT NBR 11578 Cimento Portland composto - Especificação ABNT NBR 12142 Concreto - Determinação da resistência à tração na flexão de corpos de prova prismáticos ABNT NBR 12654 Controle tecnológico de materiais componentes do concreto - Procedimento ABNT NBR 12655 Concreto de cimento Portland - Preparo, controle e recebimento - Procedimento ABNT NBR 12989 Cimento Portland branco - Especificação ABNT NBR 13116 Cimento Portland de baixo calor de hidratação - Especificação ABNT NBR 14859-2 Laje pré-fabricada - Requisitos - Parte 2: Lajes bidirecionais ABNT NBR 14931 Execução de estruturas de concreto - Procedimento ABNT NBR 15200 Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio ABNT NBR 15421 Projeto de estruturas resistentes a sismos - Procedimento ABNT NBR 15577-1 Agregados - Reatividade álcali-agragado - Parte 1: Guia para avaliação da reatividade potencial e medidas preventivas para uso de agregados em concreto ABNT NBR ISO 6892-1 Materiais metálicos - Ensaio de tração - Parte 1: Método de ensaio à temperatura ambiente ABNT NBR NM 67 Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone 1.8 Simbologia1 A simbologia adotada na ABNT NBR 6118, no que se refere a estruturas de concreto, é constituída por símbolos-base (mesmo tamanho e no mesmo nível do texto corrente) e símbolos subscritos. Os símbolos-base, utilizados com mais freqüência, encontram-se estabelecidos em 1.8.1 e os símbolos subscritos em 1.8.2 (página 1-16). As grandezas representadas pólos símbolos devem sempre ser expressas em unidades do SistemaInternacional (SI) (ABNT NBR 6118 - 4.1). 1.8.1 Símbolos base 1.8.1.1 Letras minúsculas a distância ou dimensão menor dimensão de um retângulo deslocamento máximo (flecha) 1 Como apresentada na ABNT NBR 6118 - 4. 2015 1-14 ufpr/tc037 b largura dimensão ou distância paralela à largura menor dimensão de um retângulo bw largura da alma de uma viga c cobrimento da armadura em relação à face do elemento d altura útil dimensão ou distância e excentricidade de cálculo oriunda dos esforços solicitantes MSd e NSd distância f resistência h dimensão altura hora i raio de giração mínimo da seção bruta de concreto da peça analisada k coeficiente l altura total da estrutura ou de um lance de pilar comprimento vão n número número de prumadas de pilares r raio de curvatura interno do gancho rigidez s espaçamento entre barras da armadura t comprimento do apoio paralelo ao vão da viga analisada tempo u perímetro w abertura de fissura x altura da linha neutra z braço de alavanca distância 1.8.1.2 Letras maiúsculas A área da seção cheia Ac área da seção transversal de concreto As área da seção transversal da armadura longitudinal de tração A's área da seção transversal da armadura longitudinal de compressão D diâmetro dos pinos de dobramento das barras de aço E módulo de elasticidade EI rigidez F força ações G ações permanentes Gc módulo de elasticidade transversal do concreto H altura altura total da estrutura Ic momento de inércia da seção de concreto K coeficiente M momento momento fletor M1d momento fletor de 1ª ordem de cálculo 2015 1-15 ufpr/tc037 M2d momento fletor de 2ª ordem de cálculo MRd momento fletor resistente de cálculo MSd momento fletor solicitante de cálculo Nd força normal de cálculo NRd força normal resistente de cálculo NSd força normal solicitante de cálculo Q ações variáveis R reação de apoio Rd esforço resistente de cálculo Sd esforço solicitante de cálculo T temperatura momento torçor TRd momento torçor resistente de cálculo TSd momento torçor solicitante de cálculo VRd força cortante resistente de cálculo VSd força cortante solicitante de cálculo 1.8.1.3 Letras gregas α ângulo parâmetro de instabilidade coeficiente fator que define as condições de vínculo nos apoios αc parâmetro de redução da resistência de cálculo na compressão αE parâmetro em função da natureza do agregado que influencia o módulo de elasticidade β ângulo Coeficiente γc coeficiente de ponderação da resistência do concreto γf coeficiente de ponderação das ações γm coeficiente de ponderação das resistências γp coeficiente de ponderação das cargas oriundas da protensão γs coeficiente de ponderação da resistência do aço δ coeficiente de redistribuição deslocamento ε deformação específica εc deformação específica do concreto εp deformação específica da armadura ativa εs deformação específica do aço da armadura passiva θ rotação ângulo de inclinação desaprumo λ índice de esbeltez µ coeficiente momento fletor reduzido adimensional ν coeficiente de Poisson força normal reduzida adimensional ρ taxa geométrica de armadura longitudinal de tração ρc massa específica do concreto ρmín taxa geométrica mínima de armadura longitudinal de vigas e pilares 2015 1-16 ufpr/tc037 ρp taxa geométrica da armadura de protensão ρs taxa geométrica de armadura aderente passiva σc tensão à compressão no concreto σct tensão à tração no concreto σp tensão no aço de protensão σRd tensão normal resistente de cálculo σs tensão normal no aço de armadura passiva σSd tensão normal solicitantes de cálculo τRd tensão de cisalhamento resistente de cálculo τSd tensão de cisalhamento de cálculo usando o contorno adequado ao fenômeno analisado τTd tensão de cisalhamento de cálculo, por torção τwd tensão de cisalhamento de cálculo, por força cortante φ diâmetro das barras da armadura φl diâmetro das barras de armadura longitudinal de peça estrutural φn diâmetro equivalente de um feixe de barras φp diâmetro nominal de fio ou cordoalha φt diâmetro das barras de armadura transversal φvibr diâmetro da agulha do vibrador ϕ coeficiente de fluência 1.8.2 Símbolos subscritos 1.8.2.1 Letras minúsculas apo apoio c concreto cor corrigido d valor de cálculo e equivalente ef efetivo eq equivalente f feixe fad fadiga fic fictícia g ações permanentes h horizontal i número seqüencial inf inferior j idade (referente à cura do concreto) k valor característico número seqüencial lim limite m média máx máximo mín mínimo nec necessário nom nominal p aço de armadura ativa 2015 1-17 ufpr/tc037 q ações variáveis r radial s aço de armadura passiva sec secante ser serviço sup superior t tração transversal tot total u último ruptura v vertical viga vig viga w alma transversal x direção ortogonal y direção ortogonal escoamento do aço 1.8.2.2 Letras maiúsculas R resistências S solicitações 1.8.3 Números 0 início instante de aplicação de carga 28 aos 28 dias 1.9 Simbologia específica desta seção fc resistência à compressão do concreto fcd resistência de cálculo à compressão do concreto fc(t) resistência à compressão do concreto aos t dias fck resistência característica à compressão do concreto fckj resistência característica à compressão do concreto aos j dias fcmj resistência média à compressão do concreto aos j dias fct resistência do concreto à tração direta fctk resistência característica à tração do concreto fctk,inf resistência característica inferior à tração do concreto fctk,sup resistência característica superior à tração do concreto fct,m resistência média à tração do concreto fct,f resistência do concreto à tração na flexão fct,sp resistência do concreto à tração indireta fst resistência à tração do aço da armadura passiva fstk resistência característica à tração do aço da armadura passiva fy resistência ao escoamento do aço da armadura passiva fyd resistência de cálculo do aço da armadura passiva fyk resistência característica ao escoamento do aço da armadura passiva l altura de bloco de concreto n potência de expressão matemática 2015 1-18 ufpr/tc037 t tempo t0 início de contagem de tempo t∞ final da contagem de tempo u perímetro da seção em contato com a atmosfera Ac área da seção transversal Eci módulo de elasticidade ou módulo de deformação tangente inicial do concreto Eci(t) módulo de elasticidade (deformação) do concreto aos t dias (7 ≤ t ≤ 28) Eci(t0) módulo de elasticidade (deformação) inicial do concreto Ecs módulo de elasticidade (deformação) secante do concreto Es módulo de elasticidade do aço da armadura passiva Gc módulo de elasticidade transversal do concreto M momento fletor N força normal αE parâmetro em função da natureza do agregado que influencia o módulo de elasticidade εc deformação específica do concreto εc2 deformação específica de encurtamento do concreto no início do patamar plástico εcu deformação específica de encurtamento do concreto na ruptura εc(t) deformação específica total do concreto no instante t εc(t0) deformação específica imediata do concreto devida à aplicação de carga εcc deformação específica do concreto devida à fluência εcc(t,t0) deformação específica do concreto devida à fluência entre os instantes t0 e t εcs deformação específica do concreto devida à retração εcs(t,t0) deformação específica do concreto devida à retração entre os instantes t0 e t εcs(t∞,t0) deformação específica do concreto devida à retração entre os instantes t0 e t∞ εct deformação específica do concreto à tração εcu deformação específica de encurtamento do concreto na rupturaεc2 deformação específica de encurtamento do concreto no início do patamar plástico εs deformação específica do aço da armadura passiva εuk deformação específica do aço na ruptura εyd deformação específica do aço no início do patamar plástico η1 coeficiente de aderência ϕ(t,t0) coeficiente de fluência no instante t, provocado por carregamento aplicado em t0 ϕ(t∞,t0) limite para o qual tende o coeficiente de fluência provocado por carregamento aplicado em t0 ν coeficiente de Poisson ρc massa específica do concreto σc tensão à compressão no concreto σc(t0) tensão no concreto devida ao carregamento aplicado em t0 σct tensão à tração no concreto σs tensão normal no aço da armadura passiva ∆lc encurtamento do concreto devido à fluência ∆ls encurtamento do concreto devido à retração ∆l0 encurtamento inicial do concreto devido à aplicação de carga 2015 1-19 ufpr/tc037 1.10 Exercícios Ex. 1.1: Complete o quadro abaixo. Considerar brita proveniente de rocha basáltica. Concreto fck (MPa) fctk,inf (MPa) fctk,sup (MPa) Eci (MPa) Ecs (MPa) C30 C60 C90 Ex. 1.2: Considerando estado-limite último (ELU), defina os diagramas tensão-deformação idealizados (compressão) para os concretos C25, C40, C55, C70 e C90. Complete o quadro abaixo e desenhe os diagramas usando as seguintes escalas: deformação: 1 cm = 1‰ tensão: 1 cm = 5 MPa εc σc (MPa) 0,00‰ 0,25‰ 0,50‰ 0,75‰ 1,00‰ 1,25‰ 1,50‰ 1,75‰ 2,0‰ εc2 εcu Ex. 1.3: Considerando estado-limite último (ELU), defina o diagrama tensão-deformação para o aço CA-50. Complete o quadro abaixo e desenhe o diagrama usando as seguintes escalas: deformação: 1 cm = 1‰ tensão: 1 cm = 100 MPa εs σs (MPa) 0,0‰ εyd 10,0‰ 4,1 ff ckcd = s yd yd yk yd E f 15,1 f f =ε =
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