Elementos Constitutivos do Estado

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ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO ESTADO
GEORGE JELLINEK – O ESTADO CONSISTE NA CORPORAÇÃO DE UM POVO,
ASSENTADAS EM UM DETERMINADO TERRITÓRIO E DOTADA DE UM PODER
ORIGINÁRIO DE MANDO.
- POPULAÇÃO
ELEMENTOS - POVO
CONSTITUTIVOS - NAÇÃO
DO ESTADO - TERRITÓRIO
- SOBERANIA
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO
ESTADO
1) POPULAÇÃO - Abrange todas as pessoas presentes no território do
Estado, num determinado momento, inclusive ESTRANGEIROS e
APÁTRIDAS (aspecto quantitativo que independe de qualquer laço
jurídico-político de sujeição de um certo indivíduo com o poder estatal).
- TEORIA DE THOMAS MALTHUS E O CRESCIMENTO POPULACIONAL (um
dos grandes desafios do Estado Moderno).
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO
ESTADO
NO ANO DE 1798, MALTHUS PUBLICOU O ENSAIO SOBRE A
POPULAÇÃO E NELE APRESENTOU SUA TEORIA DEMOGRÁFICA,
BASEADA EM DOIS ARGUMENTOS PRINCIPAIS:
a) a) As guerras, epidemias e desastres naturais atuariam como controladores do
crescimento populacional. Se caso eles não existissem, a população tenderia a
duplicar a cada 25 anos. Seu crescimento obedeceria a uma progressão
geométrica (2, 4, 8, 16, 32, 64...) ininterruptamente;
b) Já a produção de alimentos cresceria em progressão aritimética (2, 4, 6, 8, 10...) e
sua produção seria limitada em função dos limites territoriais dos continentes.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO
ESTADO
TEORIA NEOMALTHUSIANA (pós 2a. Guerra Mundial)
- Segundo essa teoria, quanto maior o número de habitantes de um país, menor
a renda per capita e a disponibilidade de capital a ser investido em setores
agrícolas e industriais. Assim, os países subdesenvolvidos, cujas taxas de
natalidade eram elevadas, acabavam tendo grandes gastos com a população
jovem e adulta, inviabilizando a canalização de gastos em outros setores.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO
ESTADO
2) POVO - termo que designa o vínculo jurídico-político do
indivíduo com um determinado Estado através da nacionalidade e
cidadania. É possível ainda entendê-lo a partir de 3 pontos de vista:
a) Político: o quadro humano sufragante, que se politizou ou que assumiu
uma capacidade decisória, ou seja, o denominado CORPO ELEITORAL;
CF/1988. Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e
pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei (...).
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ESTADO
b) Jurídico: o conjunto de pessoas vinculadas de forma institucional e
estável a um certo sistema de poder ou ordenamento jurídico;
c) Sociológico: toda continuidade do elemento humano, projetado
historicamente no decurso de várias gerações e dotado de valores e
aspirações comuns. Nesse mesmo sentido, a palavra “POVO” pode ser
entendida como “NAÇÃO” (construção de uma CONSCIÊNCIA NACIONAL).
CIDADANIA (identidade) direitos políticos e deveres perante o Estado.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO
ESTADO
FRIEDRICH MÜLLER: Mas que povo é esse?
F. Müller analisa o conceito de “povo” partindo da seguinte divisão:
- “povo” como povo ativo (titulares da nacionalidade)
-“povo” como instância global de atribuição de legitimidade; (textos de
normas, que, em regra, vinculam as ações e interesses do próprio povo);
- “povo” como ícone (imagem abstrata e discursivamente construída como una
e indivisível);
- “povo” como destinatário das prestações civilizatórias do Estado.
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ESTADO
ESPÉCIES DE AQUISIÇÃO DA NACIONALIDADE: 
a) Originária (Nascimento);
b) Secundária (Naturalização) BRASILEIRO 
NATO
Ius solis – Local do 
nascimento
Ius sanguinis + 
serviço do Brasil
Ius sanguinis + registro 
em repartição 
brasileira competente
Ius sanguinis + opção 
confirmativa depois 
de atingida a 
maioridade
Art. 12, I, a Art. 12, I, b Art. 12, I, c , 
1ª parte
Art. 12, I, c, 
2ª parte
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• Ius solis – Local do nascimento(Art. 12, I, a) - os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda
que de pais estrangeiros, desde que estes NÃO estejam a serviço de seu país;
• Ius sanguinis + serviço do Brasil (Art. 12, I, b) - os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe
brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
• Ius sanguinis + registro (art. 12, I, c, 1ª parte) - os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de
mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente
• Ius sanguinis + opção confirmativa (art. 12, I, c, 2ª parte) - que venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira
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 PONTOS INTERESSANTES
Art. 5º, CF/1988.
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum,
praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei (não importa o momento da prática do fato típico);
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;
IMAGINEMOS que um indivíduo praticou no Estado Estrangeiro crime, que seja punido com
prisão perpétua ou pena de morte, e tenha se refugiado no Brasil. Diante de um pedido de
extradição ao governo brasileiro, poderá este proceder à entrega daquele INDIVÍDUO?
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO
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A extradição somente será deferida pelo Supremo Tribunal Federal, tratando-se de fatos 
delituosos puníveis com prisão perpétua, se o Estado requerente assumir, formalmente, 
quanto a ela, perante o Governo brasileiro, o compromisso de comutá-la em pena não 
superior à duração máxima admitida na lei penal do Brasil (CP, art. 75), eis que os 
pedidos extradicionais - considerado o que dispõe o art. 5º, XLVII, "b" da Constituição da 
República, que veda as sanções penais de caráter perpétuo - estão necessariamente 
sujeitos à autoridade hierárquico-normativa da Lei Fundamental brasileira;
(Ext 855, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado em 26/08/2004, DJ 01-
07-2005 PP-00005 EMENT VOL-02198-1 PP-00029 RB v. 17, n. 501, 2005, p. 21-22)
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 Poderá o BRASILEIRO NATO perder a nacionalidade, isto é, o vínculo jurídico-político com o Estado?
SIM. No momento em que, VOLUNTARIAMENTE, adquirir outra nacionalidade.
Exceção: Não implicará a perda da nacionalidade brasileira nestas hipóteses (Art. 12, § 4º, II):
Hipóteses
RECONHECIMENTO DE NACIONALIDADE
ORIGINÁRIA PELA LEI ESTRANGEIRA (alínea “a”)
IMPOSIÇÃO DE NATURALIZAÇÃO PELA NORMA
ESTRANGEIRA (Condição de permanência no país) (alínea“ b”)
A perda da nacionalidade, será
decretada pelo Presidente da
República, apuradas as causas em
processo que, iniciado de ofício,
ou mediante representação
fundamentada, correrá no
Ministério da Justiça e Negócios
Interiores, ouvido sempre o
interessado. (Art. 23, Lei 818/1949)
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3) NAÇÃO – expressão que remete à definição de
Pasquale Stanislao Mancini: “uma sociedade natural de
homens, com unidade de território, costumes e língua,
estruturados numa comunhão de vida e consciência
social”. Por outro lado, pode-se dizer que o Estado se
converte na “ORGANIZAÇÃO JURÍDICA DA NAÇÃO”.
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ESTADO
Quais as características para que se reconheça um grupo
humano como nação?
- Concepção objetiva - funda a comunidade nacional em elementos
de fato, determinados pela etnologia, raça, língua, religião, cultura...
- Concepção subjetiva - produto de uma consciência comum a
todos os membros que compõem um grupo determinado.
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4)TERRITÓRIO - É a base geográfica onde o Estado exerce o
seu poder coercitivo sobre os indivíduos. Nessa perspectiva, a
área onde incide o poder estatal é composta pela terra firme,
incluindo o subsolo e as águas internas (rios, lagos e mares
internos); além de extensões como: embaixadas, mar
territorial, plataforma continental, bem como o espaço aéreo.
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“O território é a parte do globo sobre a qual um determinado governo
pode exercer seu poder de compulsão (ou mando), organização e
também fazer funcionar os diversos serviços públicos.” (León Duguit)
“O território é o espaço ao qual circunscreve a VALIDADE DA ORDEM
JURÍDICA ESTATAL, pois, embora a eficácia de suas normas possa ir além
dos limites territoriais, sua validade como ordem jurídica depende de
um espaço certo, ocupado com exclusividade.” (Hans Kelsen)
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TEORIAS SOBRE A NATUREZA JURÍDICA DO ELEMENTO TERRÍTORIO
 TERRITÓRIO-PATRIMÔNIO – concebe o poder do Estado sobre o seu
território equivalente ao DIREITO DE UM PROPRIETÁRIO sobre o seu imóvel;
 TERRITÓRIO-OBJETO – Explica que a relação do Estado com o seu
território é sempre e tão só uma relação baseada na noção de DOMÍNIO.
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 TERRITÓRIO-ESPAÇO - O território é a EXTENSÃO ESPACIAL DA
SOBERANIA DO ESTADO. Tal concepção parte da premissa de que o
Estado tem um direito de caráter pessoal, implícito na ideia de império;
 TERRITÓRIO-COMPETÊNCIA - O território é considerado o ÂMBITO DE
VALIDADE DA ORDEM JURÍDICA DO ESTADO. (Hans Kelsen)
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO
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CONCLUSÕES IMPORTANTES:
 Não existe Estado sem território. OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: a PERDA
TEMPORÁRIA DO TERRITÓRIO não desnatura o Estado. No entanto, a
existência deste fica condicionada à possibilidade de REINTEGRAÇÃO
DEFINITIVA DO TERRITÓRIO COM OS DEMAIS ELEMENTOS;
 O território estabelece a delimitação da ação soberana do Estado;
 O território é objeto de direitos do Estado.
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Composição do Território do Estado
 Domínio terrestre – solo (ilhas oceânicas, fluviais ou lacustres) e subsolo;
 Domínio Fluvial – rios nacionais, rios internacionais, rios sucessivos (cortam mais de um
Estado), rios contíguos (separam Estados);
 Domínio Marítimo – Águas interiores (Portos e Baias), Mar Territorial (12 milhas marítimas
– Lei nº 8.617/1993), Zona Contígua (24 milhas marítimas – Lei nº 8.617/1993),
Plataforma continental, Mares internos e lagos, Estreitos e Canais;
 Espaço aéreo;
 Território ficto: Embaixadas; Navios e Aeronaves - públicas (civis/militares)/ privadas
(comerciais/particulares).
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ESTADO
CP. Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras
de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional
as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do
governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as
embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de
aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se
aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
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QUESTÃO (DELEGADO-AP, FGV, 2010):
- Assinale a alternativa que apresenta local que não é considerado como extensão do território
nacional para os efeitos penais:
a) As aeronaves e embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em
território estrangeiro, desde que o crime figure entre aqueles que, por tratado ou convenção, o Brasil
se obrigou a reprimir;
b)As aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se
achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar;
c) As embarcações e as aeronaves brasileiras, de natureza pública, onde quer que se encontrem;
d)As aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em
pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar
territorial do Brasil;
e) As embarcações e aeronaves brasileiras a serviço do governo brasileiro, onde quer que se
encontrem.
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5) SOBERANIA- “Negação de toda subordinação ou limitação do Estado por qualquer
outro poder. Poder soberano de um Estado é aquele que não reconhece nenhum outro
superior, ou seja, é o poder supremo e independente.” (George Jellinek)
“O poder (supremo, exclusivo e não derivado) de mando de última instância de uma
sociedade política. Este conceito está relacionado com o poder político; de fato, a
soberania pretende ser a racionalização jurídica do poder no sentido da transformação da
força em poder legítimo, isto é, no poder de fato em poder de direito.” (Nicola Matteucci)
“O poder de organizar-se juridicamente e de fazer valer dentro de seu território a
universalidade de suas decisões nos limites dos fins éticos de convivência.” (Miguel Reale)
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A FORMAÇÃO HISTÓRICA DE UM CONCEITO (SOBERANIA)
A primeira obra teórica a desenvolver o conceito de SOBERANIA foi “Les Six
Livres de la République” (Os seis livros da República), de Jean Bodin (1576).
Esclarece J. Bodin que a soberania é o poder absoluto e perpétuo de uma
República, palavra que se usa tanto em relação aos particulares quanto em
relação aos que manipulam todos os negócios de estado de uma República.
(Dallari)
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO
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Notas características sobre o conceito soberania
I. Una: não se admite num mesmo Estado a convivência de DUAS soberanias. Com
isso, é inviável a convivência de mais de um poder superior no mesmo território.
II. Indivisível: se aplica a universalidade dos fatos ocorridos no interior do próprio
Estado, o que impede a existência de várias partes de uma mesma soberania.
III. Inalienável: não se aliena e tampouco se transfere a soberania a outrem.
IV. Imprescritível: Não possui prazo de duração. Se assim fosse, não seria superior.
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ESTADO
Observação: Aos traços característicos anteriormente comentados, o italiano
Marco Tullio Zanzucchi acrescenta que a “soberania” é considerada um poder:
- ORIGINÁRIO: nasce com o Estado e é atributo inseparável deste.
- EXCLUSIVO: somente o Estado o possui.
- INCONDICIONADO: só encontra os limites impostos pelo próprio Estado.
- COATIVO: o Estado não somente tem o poder de ordenar, como também
dispõe de meios para fazer CUMPRIR AS SUAS ORDENS de maneira coativa.
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Teorias que tratam acerca da justificação e da titularidade do poder soberano 
(titular no qual se acha investida a soberania):
 TEORIAS TEOCRÁTICAS – apresentam-se sob 3 perspectivas: a) Direito Divino - Deus (entidade
divina) concedera o poder à pessoa do príncipe (Deus vivo); b) Investidura Divina - aos
monarcas eram delegados diretos imediatos de Deus, dele recebendo sua investidura e só
perante a ele poderiam ser responsabilizados; e, por último, c) Direito Divino Providencial - A
soberania vem de Deus, como todas as coisas terrenas, mas o governante seria escolhido pelo
povo. Obs.: Em todas as 3 teorias acima, a titularidade do poder soberano situa-se no PRÍNCIPE.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO
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 TEORIAS DEMOCRÁTICAS: Apresenta três concepções, nitidamente distintas:
1) SOBERANIAPOPULAR: a soma das distintas frações de soberania, que pertencem
como atributo a cada indivíduo, o qual, membro da comunidade estatal e detentor
dessa parcela do poder soberano fragmentado, participa ativamente na escolha
dos governantes. (J.J. Rousseau – O contrato Social).
“ Se o Estado for composto por dez mil cidadãos, cada um deles terá a décima 
milésima parte da autoridade soberana.” 
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2) SOBERANIA NACIONAL – Para alguns teóricos da Revolução Francesa, a imagem do indivíduo
titular de uma fração da soberania, com milhões de soberanos em cada coletividade – tal como
apresentou Rousseau, cede lugar a concepção de povo concebido numa ordem integrativa e
superior às vontades individuais que o compõe. Deste modo, a nação surge como um corpo
político vivo, real, atuante, que detém a soberania e a exerce através de seus representantes.
Diferenças entre as 2 doutrinas: faculdade de participação política do eleitorado.
Art. 3º. O princípio de toda a soberania reside, essencialmente, na nação. Nenhuma operação, 
nenhum indivíduo pode exercer autoridade que dela não emane expressamente
(Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão)
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A SOBERANIA NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos:
I - a soberania;
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
I - independência nacional;
III - autodeterminação dos povos (artigo 1º, § 2º, da Carta da ONU)
IV - não-intervenção (art. 2º, alínea 7ª, da Carta da ONU)
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O INSTITUTO DA PENA DE MORTE E A SOBERANIA DO ESTADO:
O CASO DO BRASILEIRO MARCO ARCHER
A presidente Dilma Rousseff se disse consternada e indignada com a execução do brasileiro
Marco Archer, condenado a pena de morte por tráfico de drogas na Indonésia. Contudo,
cabe perguntar: a) o país não possuiria o direito de exercer a sua jurisdição no seu território
com relação as pessoas que ali se encontram e aos fatos que ali ocorrem?; E mais, b) não
seria razoável respeitar o sistema normativo decorrente da valoração da sociedade indonésia
(livre e independente) quanto a gravidade do delito relacionado ao tráfico de drogas?
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A CONSTITUIÇÃO EUROPEIA E OS DILEMAS DE CONSOLIDAÇÃO DE 
UMA SOBERNIA SUPRANACIONAL
A possibilidade de existência de uma CONSTITUIÇÃO EUROPEIA apresenta dificuldades no
tocante à legitimação desse projeto comunitário, bem como diante da aceitação e do
consenso de todos os Estados envolvidos. Entre essas dificuldades, pode-se citar as possíveis
incompatibilidades da proposta de implementação de uma constituição supranacional
com as normas internas dos países e o receio de que venha a afetar as suas SOBERANIAS.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO
ESTADO
“Não vos aconselho o trabalho, mas a luta. Não vos 
aconselho a paz, mas a vitória! Seja o vosso trabalho uma 
luta! Seja a vossa paz uma vitória!”
Friedrich Nietzsche
(Assim falou Zaratustra)