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AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DOS SINAIS VITAIS Prof. Alexandre Carvalho alexandre-carvalho-inta@outlook.com SINAIS VITAIS • São os sinais das funções orgânicas básicas, sinais clínicos de vida, que refletem o equilíbrio ou o desequilíbrio resultante das interações entre os sistemas do organismo e uma determinada doença. • São medidas que nos fornecem dados fisiológicos indicando as condições de saúde da pessoa. Prof. Alexandre Carvalho OBJETIVOS • Auxiliar na coleta de dados e avaliação das condições de saúde do indivíduo. • Instrumentalizar o fisioterapeuta na tomada de decisões sobre intervenções específicas. Prof. Alexandre Carvalho ELEMENTOS QUE COMPÕEM OS SINAIS VITAIS • Temperatura; • Pulso ou Batimentos Cardíacos; • Respiração; • Pressão ou Tensão Arterial. Prof. Alexandre Carvalho MATERIAL • Termômetro de mercúrio/digital; • Esfigmomanômetro calibrado; • Estetoscópio; • Relógio. Prof. Alexandre Carvalho Prof. Alexandre Carvalho TEMPERATURA Prof. Alexandre Carvalho • Os receptores específicos do frio, que existem em maior quantidade, denominam- se corpúsculos de Krause. • Por sua vez, os corpúsculos de Ruffini são os receptores específicos do calor e existem em menor número. RECEPTORES TÉRMICOS Prof. Alexandre Carvalho • A temperatura central interna pode variar de 35ºC a 41ºC dependendo das condições. Locais habitualmente mensurados: • Axilar: temperatura normal entre 36,0 a 36,5°C. • Bucal: temperatura normal entre 36,0 a 37,4°C. Prof. Alexandre Carvalho TERMOS UTILIZADOS • Normotermia: temperatura corporal normal; • Afebril: ausência de elevação da temperatura; • Febrícula: 37,2°C a 37,8°C; • Febre ou Hipertermia: a partir de 37,8°C; • Hiperpirexia: a partir de 41°C • Hipotermia: temperatura abaixo do normal. Prof. Alexandre Carvalho MECANISMOS DE CONTROLE DA TEMPERATURA • O equilíbrio entre a perda e a produção de calor é o resultado de vários mecanismo internos de controle. • O hipotálamo, localizado entre os hemisférios cerebrais é o termostato corpóreo. Prof. Alexandre Carvalho PULSO Prof. Alexandre Carvalho • É o batimento que se percebe numa artéria e que corresponde, em condições fisiológicas, à sístole cardíaca (contração do ventrículo), momento onde o sangue é ejetado. • O pulso se dá devido à propagação de uma onda positiva que, das grandes artérias, chega até os capilares. Esta onda é provocada pela brusca penetração do sangue na aorta, a cada sístole ventricular. Prof. Alexandre Carvalho FATORES QUE AFETAM AS FREQUÊNCIAS CARDÍACAS • EXERCÍCIO: Exercício de curta duração aumenta a FC - Longa duração fortalece a musculatura cardíaca resultando na diminuição da FC. • FEBRE, CALOR: Aumenta a FC devido aumento do ritmo metabólico. Prof. Alexandre Carvalho • DOR: Aumenta a FC devido à estimulação simpática. • DROGAS: Determinadas drogas podem desacelerar ou acelerar a taxa de contrações cardíacas. EX. digitálicos e sedativos desaceleram, cafeína, nicotina, cocaína, aumentam as contrações cardíacas. FATORES QUE AFETAM AS FREQUÊNCIAS CARDÍACAS Prof. Alexandre Carvalho CARACTERÍSTICAS DO PULSO • Frequência; • Ritmo; • Intensidade/Volume. Prof. Alexandre Carvalho FREQUÊNCIA Corresponde ao número de pulsações por minuto e varia de acordo com a idade e o sexo. Valores Normais: • Recém-nascido: 120bpm • Adolescente/Adulto: 90bpm Prof. Alexandre Carvalho RITMO • Refere-se ao padrão das pulsações e das pausas entre elas. • Quando regulares são sucessivos. • Quando irregular é chamado de arritmia ou disritmia. Prof. Alexandre Carvalho INTENSIDADE OU VOLUME • Reflete o volume de sangue ejetado. • Pulso normal é cheio, facilmente palpável, não sendo facilmente interrompido pelos dedos. • Pulso intenso é facilmente palpável e difícil de ser interrompido. • Pulso fraco é de difícil palpação e facilmente interrompido. Prof. Alexandre Carvalho LOCAIS DE VERIFICAÇÃO • Na prática, faz-se a verificação do pulso na artéria radial (região do antebraço). • A medida deve ser feita a 2 cm da base do polegar utilizando dois dedos ao longo do curso vascular comprimindo-o contra o osso rádio. Prof. Alexandre Carvalho Prof. Alexandre Carvalho Prof. Alexandre Carvalho FREQUÊNCIA CARDÍACA Prof. Alexandre Carvalho • É medida auscultando-se o peito com um estetoscópio. • Área chamada de ponto de impulso máximo. Prof. Alexandre Carvalho TERMINOLOGIA • Normocardia: frequência normal: 60-100 bpm; • Bradicardia: frequência abaixo do normal: < 60 bpm • Taquicardia: frequência acima do normal: > 100 bpm • Taquisfigmia: pulso fino e taquicárdico; • Bradisfigmia: pulso fino e bradicárdico; Prof. Alexandre Carvalho RESPIRAÇÃO Prof. Alexandre Carvalho • RESPIRAÇÃO EXTERNA: movimento de ar entre o ambiente e os pulmões. • RESPIRAÇÃO INTERNA: troca de oxigênio e de dióxido de carbono entre o sangue e as células do organismo. • VENTILAÇÃO: composto pela inalação ou inspiração e a exalação ou expiração Prof. Alexandre Carvalho FATORES QUE INFLUENCIAM NA RESPIRAÇÃO • DOENÇA OU INDISPOSIÇÃO: Ex. enfisema ou bronquite, altera o estímulo natural. • ESTRESSE: ansiedade causa hiperventilação. • IDADE: frequência e capacidade pulmonar. Prof. Alexandre Carvalho • POSIÇÃO CORPÓREA: posição curvada ou abaixada reduz a amplitude respiratória. • DROGAS: narcóticos deprimem a habilidade de respiração, outras podem aumentar ou diminuir ou afetar o ritmo. • EXERCÍCIOS: O exercício aumenta a frequência e a amplitude respiratória. Prof. Alexandre Carvalho FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA • Valor normal : Eupnéia 16 a 20 incursões por minuto (ipm); • Valor alterado: Taquipnéia acima de 20 ipm Bradipnéia abaixo de 16 ipm Prof. Alexandre Carvalho TERMINOLOGIA • DISPNEIA: dificuldade de respirar, caracterizada por respiração rápida e curta. • EUPNEIA: presente em indivíduo que respira normalmente (eupneico). • TAQUIPNEIA: aumento da frequência respiratória. • BRADIPNEIA: redução da frequência respiratória. • APNEIA: ausência de movimentos respiratórios. Prof. Alexandre Carvalho • ORTOPNEIA: dispnéia em decúbito, aliviada pelo menos parcialmente ao sentar, ou pela elevação parcial do tronco. • HIPERPNÉIA: presente quando há respirações profundas, rápidas e anormais. • HIPERVENTILAÇÃO: respiração excessiva com ou sem a presença de dispnéia, muitas vezes presentes em quadros de ansiedade. TERMINOLOGIA Prof. Alexandre Carvalho TÉCNICA PARA VERIFICAÇÃO • Contar a frequência respiratória durante 30’’, multiplicando-se por 2, observar o tipo e as características da respiração. • Estando ainda verificando o pulso, deve-se observar o padrão da respiração do paciente. • Se os movimentos respiratórios são anormais, conta-se o número de movimentos durante um minuto completo. Prof. Alexandre Carvalho PRESSÃO ARTERIAL Prof. Alexandre Carvalho A pressão ou tensão arterial é um parâmetro de suma importância na investigação diagnóstica, sendo obrigatório em toda consulta de qualquer especialidade. É medida com a utilização do esfignomanômetro e do estetoscópio. Prof. Alexandre Carvalho • É a força exercida pelo sangue no interior das artérias. • Pessoas saudáveis, as paredes arteriais são elásticas e alongam-se e encolhem-se com facilidade; • Unidade padrão milímetros de mercúrio (mmHg) • O pico de pressão máxima ocorre durante a sístole. • A pressão diastólica é sempre a pressão mínima exercida sobre as paredes arteriais. Prof. Alexandre Carvalho Normalidade de acordo com a IDADE • 4 anos = 85/60 mmHg;• 12 anos = 108/67 mmHg; • Adulto = 120/80 mmHg; • Idoso = 140-160/ 90-100 mmHg; Prof. Alexandre Carvalho • DROGAS: Podem aumentar ou diminuir a pressão sanguínea. • HORMÔNIOS: As variações da pressão podem se manifestar com o passar dos anos. • COTIDIANO: mais baixa pela manhã, aumentando durante o dia no final da tarde ou começo da noite atinge o pico e diminuindo a seguir; as variações individuais são significativas. FATORES QUE INFLUENCIAM NA PA Prof. Alexandre Carvalho • EXERCÍCIO: Aumenta a pressão sanguínea ; • EMOÇÕES E DOR: ela se eleva devido à estimulação do sistema nervoso simpático. • Ansiedade, medo, dor e estresse emocional aumentam a PA devido ao aumento da FC e resistência vascular periférica. FATORES QUE INFLUENCIAM NA PA Prof. Alexandre Carvalho HIPERTENSÃO • Existe quando a pressão sistólica ou a diastólica ou ambas permanecem acima dos limites normais se for levada em conta a idade do indivíduo. > 140/90 mmHg • Uma elevação ocasional na pressão do sangue não significa necessariamente hipertensão. • Geralmente estão associadas a: ansiedade, obesidade, doenças vasculares, AVC, falência cardíaca, doenças renais. Prof. Alexandre Carvalho HIPOTENSÃO • Ocorre quando as medidas da pressão situam- se abaixo do normal tanto sistólica e diastólica < 120/80 mmHg • A permanência da pressão sanguínea baixa parece não prejudicar, mas, devem fazer o controle. • Pressão baixa geralmente associada a: choques, hemorragias e efeitos secundários de drogas. Prof. Alexandre Carvalho NÍVEIS DE PRESSÃO ARTERIAL • Normal: 120 / 80 • Normal limítrofe: 130-139/ 85-90 • Hipertensão leve: 140-159/ 90-99 • Hipertensão moderada: 160-179/ 100-109 • Hipertensão grave: > 179/ >109 Prof. Alexandre Carvalho TÉCNICA • O braço selecionado deve estar livre de vestimentas, relaxado e mantido ao nível do coração (aproximadamente no quarto espaço inter-costal); • Quando o paciente está sentado, coloca-se o braço por sobre uma mesa; a pressão arterial poderá estar falsamente elevada caso a artéria braquial fique abaixo do nível do coração. Prof. Alexandre Carvalho • A bolsa inflável deve ser centralizada por sobre a artéria braquial; • prende-se o manguito e posiciona-se o braço de modo que fique levemente fletido; • O pulso braquial deve ser palpado; TÉCNICA Prof. Alexandre Carvalho • Insufla-se o manguito, fechando-se a válvula e apertando-se a “pera” rapidamente até o desaparecimento do pulso radial, verifica-se o valor e acrescenta-se 30 mmHg. MÉTODO PALPATÓRIO Prof. Alexandre Carvalho • Após, desinsufla-se lenta e completamente o manguito até o aparecimento do pulso, o que é considerado a pressão arterial máxima. O método palpatório só permite a verificação da pressão arterial máxima. MÉTODO PALPATÓRIO Prof. Alexandre Carvalho MÉTODO AUSCULTATÓRIO • Coloca-se o diafragma do estetoscópio suavemente por sobre a artéria braquial; insufla-se o manguito suavemente até o nível previamente determinado (30 mmHg acima da pressão arterial máxima verificada pelo método palpatório) e em seguida desinsufla-se lentamente, à uma velocidade de 2 a 3mmHg por segundo. Prof. Alexandre Carvalho • Verifica-se o nível no qual os ruídos são auscultados, o que corresponde à pressão arterial máxima. Continua-se baixando a pressão até o abafamento das bulhas, a seguir o desaparecimento completo dos ruídos, o que corresponde à pressão arterial mínima. MÉTODO AUSCULTATÓRIO Prof. Alexandre Carvalho
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