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Resenha - Cidade de Deus

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UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA
LUCILENE ENARE PEREIRA SILVA
RESENHA CRÍTICA
CIDADE DE DEUS
São Francisco do Conde
2015
LUCILENE ENARE PEREIRA SILVA
RESENHA CRÍTICA
CIDADE DE DEUS
Trabalho apresentado para avaliação parcial do componente curricular COM0002– Leitura e Produção de Texto I.
Docente: Profª Míriam Samica 
São Francisco do Conde
2015
 RESENHA CRÍTICA
MEIRELLES, Fernando, LUND, Kátia, Cidade de Deus. Rio de Janeiro, 2002
Filme dirigido por Fernando Meirelles e codirigido por Kátia Lund, Cidade de Deus estreou em 2002 chocando público e a crítica da época por retratar de forma crua e direta a realidade de muitas periferias brasileiras, levando a conscientização de quem assistia acerca das dificuldades enfrentadas por aqueles que não tem poder aquisitivo e vivem à margem de uma sociedade excludente e genocida.
Na história narrada e protagonizada por Buscapé (RODRIGUES, Alexandre), um rapaz de família humilde que tinha um desejo simples de ser fotógrafo e sair da favela, nos é apresentado a vida de diversos moradores da perigosa Cidade de Deus. Lá conhecemos a história de Dadinho, personagem interpretado por Douglas Silva, a quem gira toda a trama. Sem muita expectativa acerca de uma vida digna e por influência do meio em que vivia, desde a infância Dadinho sonhava em ser um bandido famoso e respeitado dentro de sua comunidade e consequentemente na cidade do Rio de Janeiro, iniciando sua vida criminosa ainda muito cedo e carregando consigo inúmeras mortes – incluindo a morte de Marreco, irmão mais velho de Buscapé e membro do famoso Trio Ternura a qual Dadinho sempre quis fazer parte juntamente com Bené (GOMES, Michel), seu fiel amigo e irmão de Cabeleira (HAAGENSEN, Jonathan), também membro do Trio.
Tomado pelo ódio e desejo de vingança por não ter sido chamado para efetuar o assalto que ele mesmo havia elaborado, Dadinho promove uma chacina dentro de um motel, saciando assim sua vontade de matar e lavando suas mãos com sangue inocente sem o menor remorso. A culpa recai sobre o Trio Ternura que sofre perseguição policial e acaba chegando ao fim com a morte de Marreta – pelas mãos de Dadinho – e Cabeleira. Alicate, o terceiro membro, acaba voltando para a igreja.
Anos mais tarde, cresce com o garoto também sua vontade de dominar a favela, fazendo-o largar os pequenos assaltos e a vida de bandido amador, passando assim a traficar. Bené (agora interpretado por Phillipe Haagensen) continuava a ser seu braço direito e tinha como papel frear e conscientizar seu amigo que sempre fora uma pessoa impulsiva e de poucas palavras. Após uma consulta com um bruxo o rapaz muda seu nome para Zé Pequeno (DA HORA, Leandro Firmino) largando assim a vida de menino e sua ambição de menino, idealizando no tráfico uma forma fácil e rápida de conseguir poder, fama e dinheiro, coisas pelas quais ele sempre almejara. A história de Zé Pequeno tem um final esperado e trágico quando o mesmo morre em combate com outros traficantes levando consigo seus sonhos não realizados e a crença de que um dia todos conheceriam seu nome. 
Cidade de Deus, filme com a direção espetacular de Fernando Meirelles, transmite a quem assiste a realidade de um Rio de Janeiro que não está nos cartões postais e pouco interessa a mídia, ao Estado e as grandes empresas. A realidade de uma gente que já nasce com seu caminho traçado pela violência e falta de oportunidade - ambos advindos dos locais em que vivem - que batalha todo dia para que o alimento chegue a mesa de sua família; uma gente que também trabalha, que tem dívidas, que também festeja e que se diverte como qualquer outra gente; uma gente que por falta de opção muitas vezes acaba tendo seu destino roubado pelo crime e a essa gente pouco resta a não ser continuar sonhando e lutando.
Lucilene Enare Pereira Silva

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