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Liberalismo, Welfare State, Neoliberalismo e Globalização

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Liberalismo, Welfare State, Neoliberalismo e Globalização
IARA DE ANDRADE BENTO 
Curso de Direito
9º período – UNILESTE/MG
Prof: João Costa Aguiar Filho
Liberalismo
 O liberalismo é herdeiro do pensamento iluminista do século XVIII e defende o capitalismo. Tem como fundador Adam Smith, e algumas de suas ideias estão ligadas à não intervenção do Estado, liberdade e individualismo econômico, sendo objetivo do governo apenas preservar a liberdade individual. O Estado deveria apenas harmonizar interesses individuais com vistas ao bem estar coletivo.
 Revoltas inspiradas no capitalismo transformaram as terras comunais em propriedades particulares gerando a liberdade dos servos, que conseqüentemente tornaram-se asssalariados.
 Para Smith, o elemento essencial para o crescimento da produção e do mercado era a divisão do trabalho e sua aplicação eficaz dependia da livre concorrência. Não eram necessárias intervenções na economia, visto que o mercado dispunha de mecanismos próprios de regulação da mesma: a chamada “mão invisível”, que seria responsável por trazer benefícios para toda a sociedade, além de promover a evolução generalizada.
 O movimento social liberal afirma que a falta de oportunidades econômicas, educação, saúde, entre outros, pode ser tão prejudicial para a liberdade como um Estado opressor. 
Welfare State
 Conhecido como o Estado do Bem Estar, o Welfare State designa o Estado assistencial que garante padrões mínimos de educação, saúde, habitação, renda, seguridade social, entre outros.
 Surgiu após a segunda guerra mundial, e desenvolvimento está intimamente relacionado ao processo de industrialização e aos problemas sociais gerados a partir dele.
 A diferença do Welfare State para os outros Estados não está na intervenção estatal na economia e sim nas condições sociais com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população.
 No século XVIII, países como Áustria, Rússia, e Espanha colocaram em prática uma série de políticas assistenciais que eram consideradas como dádivas oferecidas pelos governantes.
 Paralelamente à prestação de serviços sociais, passou o Estado a intervir na economia regulando praticamente todas as atividades produtivas, com o objetivo de gerar riquezas juntamente com a diminuição das desigualdades sociais. O grau de intervenção variou de país para país.
 A partir dessa intervenção, houve uma crescente tensão e conflitos sociais gerados pela economia capitalista de caráter "liberal", que, por sua vez, pregava a não-intervenção do Estado nas atividades produtivas.
 Crises mundiais provaram que a economia capitalista livre de controle e regulamentação gerava profundas desigualdades e provocavam conflitos que ameaçavam a estabilidade política. Surgem então os direitos sociais para assegurar o não comprometimento ao exercício pleno dos direitos civis e políticos.
 O fato de a economia ser socialista ou capitalista e se o regime é democrático ou ditatorial, não tem relevância pois as estruturas do Estado de Bem-estar estão relacionadas ao grau de desenvolvimento econômico de um país.
 O modelo que emergiu nos anos 60, entrou em crise em 70, e os primeiros sinais da crise do Welfare State estão relacionados à crise fiscal provocada pela dificuldade cada vez maior de harmonizar os gastos públicos com o crescimento da economia capitalista.
 Os governos democráticos que se sucederam a partir de 1985 adotaram inúmeras políticas, chamadas de neoliberais, cujos desdobramentos mais evidentes foram as privatizações de inúmeras empresas estatais.
Neoliberalismo
 É um conjunto de ideias políticas e econômicas capitalistas que defende a não participação do Estado na economia. Afirma que deve haver total liberdade de comércio porque é através deste princípio que o crescimento econômico e social de um país estará garantido. 
 Surgiu na década de 1970, através da Escola Monetarista do economista Milton Friedman, como uma solução para a crise que atingiu a economia mundial em 1973.
 As suas principais características são a mínima participação estatal na economia de um país, a pouca intervenção do governo no mercado de trabalho, uma política de privatização de empresas estatais, livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização, entre outros.
 Os críticos ao sistema afirmam que essa economia só beneficia as grandes potências. Já os defensores acreditam que esse sistema é capaz de proporcionar o desenvolvimento econômico e social de um país.
Globalização
 A globalização é responsável por quase tudo o que acontece na economia e a expressão “Aldeia Global” é usada para conceituar a globalização, por estar diretamente ligada à ideia de uma rede de conexões que acaba cada vez mais com as distâncias. É um processo econômico e social que estabelece uma integração entre os países e as pessoas de todo o mundo, no qual é possível realizar transações financeiras e comerciais, o que facilita as relações culturais e econômicas, de forma rápida e eficiente. 
 Uma das vantagens da globalização é a chamada “compressão espaço-tempo” que diminuiu a distancia e o tempo, permitindo a difusão de notícias e conhecimentos de forma mais rápida, transpondo barreiras físicas e políticas em todo o mundo.
 Com relação às desvantagens, na visão de seus críticos, está a forma desigual com que a globalização se expande, beneficiando quase sempre as localidades mais desenvolvidas e chegando “atrasada” ou de forma “incompleta” a outras regiões, tornando-as dependentes economicamente.
 Há também desvantagens com relação ao meio ambiente e quanto ao desemprego e dívidas públicas. Existem muitos  movimentos antiglobalização que centram suas críticas a essas desvantagens apresentadas e também a outros aspectos, como o protecionismo comercial e o imperialismo político-econômico dos países desenvolvidos.

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