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Parte_2_Alterações_comportamentais

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Distúrbios comportamentais em animais de companhia
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Casos mais frequentes de alterações comportamentais em animais de companhia:
 Coprofagia
 Síndrome de Ansiedade de Separação (SAS)
 Transtorno obsessivo-compulsivo (ex. dermatite de lambedura)
 Agressividade
 Fobia/Panico
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Estudo na Dinamarca (segundo Soares et al.)
De 4359 animais analisados:
 29% apresentaram 1 ou + problemas de comportamento;
 9,1% agressivos com outros cães;
 6,1% ansiedade de separação;
 6,1% com medo de tiros;
 5,5% agressão por dominância a pessoas da família.
OBS: do total de 4359, 2105 foram submetidos à eutanásia, em virtude de problemas comportamentais. 
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Síndrome de Ansiedade de Separação (SAS)
Transtorno comportamental que acomete, principalmente, os cães de companhia. 
Cerca de 14% dos cães atendidos
nos EUA apresentam sinais de SAS, 
acredita-se que este índice pode chegar a 20%.
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 Redução da qualidade de vida dos animais
 Perda econômica (destruição de objetos)
 Problemas sociais (reclamações de vizinhos)
 
 Abandonos ou eutanásia. 
Síndrome de Ansiedade de Separação
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Síndrome de Ansiedade de Separação
Padrão de comportamentos manifestados em SAS:
 vocalização excessiva; 
 destruição de objetos;
 micção e defecação fora do 
lugar determinado;
 vômitos;
 depressão.
Tentativa de restabelecer contato com o proprietário
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Síndrome de Ansiedade de Separação
OBSERVAÇÕES:
01. O cão pode focar seu apego em um único indivíduo e, na ausência deste, manifestará os sinais. Mas cães com um único proprietário apresentam maior predisposição.
02. Sinais de SAS são considerados normais em filhotes (separação da mãe, socialização com irmãos
e humanos)
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Síndrome de Ansiedade de Separação
Fatores predisponentes da SAS
 Vida em matilha
aspectos filogenéticos do grupo
2. Mudanças na rotina 
história de separação traumáticas; alocação em uma nova casa; adição de mais um animal; morte na família; novo trabalho...
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Síndrome de Ansiedade de Separação
Fatores predisponentes da SAS
3. Erros na educação
 Falha no período de socialização primária (até 16ª semana de vida).
 Donos que estimulam atitudes ansiosas.
 Falta de educação formal.
4. Proprietários ansiosos
às vezes recompensem, outras vezes punem pelo mesmo comportamento
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Síndrome de Ansiedade de Separação
Fatores predisponentes da SAS
5. Sexo, raça e origem dos animais
 Prevalência em animais mestiços, em machos (64%); os que vivem em apartamentos e animais que dormem com dono (distúrbio de eliminação) 
6. Idade
Média 1,5 ano para o surgimento dos sintomas.
Idosos + susceptíveis (alterações metabólicas)
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Síndrome de Ansiedade de Separação
Fatores predisponentes da SAS
7. Genética
Pode estar relacionada aos níveis de neurotransmissores e/ou à eficiência de seus receptores no SNC
8. Hipervinculação
Acredita-se ser o ponto chave do SAS.
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Síndrome de Ansiedade de Separação
Hipervinculação Primária: manutenção do apego primário a um indivíduo além da puberdade, e com permanência de outras características de imaturidade.
Hipervinculação Secundária: pode se desenvolver em qualquer idade, sendo descrita como dependência de 1 ou + pessoas do círculo familiar.
Tipos de Hipervinculação: 
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Síndrome de Ansiedade de Separação
Manifestação de hipervinculação:
organização do todas as atividades do animal em torno do alvo dos eu “apego” quando este está presente.
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Síndrome de Ansiedade de Separação
Tratamento e Prevenção do SAS
Terapia comportamental
+ 
Terapia medicamentosa
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Síndrome de Ansiedade de Separação
Terapia comportamental:
 não punição excessiva;
 aumento da rotina de exercícios/atividades;
 treinos de relaxamento,
 redução da excitação nas partidas e retornos;
 presença de outros animais, pode auxiliar no tratamento;
 Contra-indicado o uso de coleiras antilatidos (problemas de vocalizações excessivas), pois pode aumentar o estresse.
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Síndrome de Ansiedade de Separação
Terapia comportamental
O uso de repressão nos casos de transtornos de ansiedade é contra-indicado pois pode levar a quadros de transtorno neurótico clássico.
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Síndrome de Ansiedade de Separação
Terapia medicamentosa
Uso de ANTIDEPRESSIVOS (triciclicos ou inibidores de recaptação de serotonina) 
ou
Uso de ANSIOLÍTICOS (benzodiazepínicos ou buspirona),
 mas o uso prolongado pode levar a redução da capacidade cognitiva e de memória
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Síndrome de Ansiedade de Separação
Terapia medicamentosa
Clomipramina – pouco efeitos colaterais.
Fluoxetina tb é indicada em tratamento de SAS em cães.
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Síndrome de Ansiedade de Separação
Prevenção da SAS
A socialização primária e a orientação correta dos proprietários, enquanto o cão ainda é filhote, são as melhores maneiras de evitar os diversos problemas de comportamento.
Bem como a qualidade de vida
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Coprofagia
http://www.saudeanimal.com.br 
Comportamento de ingerir fezes.
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Coprofagia
Possíveis causas Patológicas:
 Dieta rica em proteína e/ou fibras;
 Deficiência de enzimas digestivas;
 Pancreatite crônica;
 Fêmeas com alimentação insuficiente para nutrir as crias;
 Alimentação insuficiente (fome);
 Doença inflamatória intestinal;
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Coprofagia
Possíveis causas Patológicas:
 Excesso de alimentação, especialmente uma única vez ao dia, leva a uma má digestão = fezes c/ alto grau de produtos alimentares não digeridos;
Induzida por drogas (corticóides, barbitúricos) e outras que levam ao aumento do apetite;
 Megaesôfago e/ou estenose esofágica (dilatação ou estreitamento de parte do esôfago); 
 Hipertireoidismo.
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Coprofagia
Faz necessário distinguir se faltam enzimas digestivas ou se a dieta está exagerada em proteínas = mudança de ração para outra com menores teores protéicos 
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Coprofagia
Causas Comportamentais:
 punições excessivas relacionada a eliminações (evitar que os donos os punam);  
 imitar o dono limpando; 
 para receber atenção; 
 cães confinados são + propensos que aqueles que estão em companhia humana na maior parte do tempo. 
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Coprofagia
Causas Comportamentais
 cães entediados que manipulam fezes como passatempo (brincadeira/comportamento lúdico); 
 distribuição errônea do espaço de dormir, alimentar, defecar e urinar (territorio); 
 ansiedade de separação.
Cães jovens podem comer fezes para estabelecer uma flora bacteriana intestinal apropriada. 
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Coprofagia
IMPORTANTE:
Tratamento das patologias (endócrinas, pancreáticas ou gastroentéricas).
2. Suspender uso de drogas que possa causar polifagia.
3. Corrigir deficiências dietéticas.
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Coprofagia
4. Impedir o acesso às fezes (remoção imediata).
5. Oferecer uma recompensa alimentar ao cão quando defeca e, com isso, contra condicioná-lo para esperar alimento (reforço positivo).
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Coprofagia
6. Borrifar substâncias de gosto/cheiro nocivos, substâncias amargas e picantes como quinino e pimenta do reino.
7. Condicionamento: tratar as fezes com algum agente emético (que induz a náuseas e vômitos) que possua uma duração de curta ação. 
(coprofagia, seguido náusea e vômitos, o cão poderá aprender a evitar as fezes)
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Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)
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Transtorno obsessivo-compulsivo 
Sinais de Transtorno obsessivo-compulsivo: 
 movimentos excessivos da cabeça;
 ato imaginário de perseguir a cauda; 
 morder/engolir o ar (aerofagia); 
 caçar objetos imaginários;
 permanecer na mesma posição por longos periodos; 
 apetite alterado (em excesso ou escasso); 
 auto-mutilação.
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Transtorno obsessivo-compulsivo 
Dermatite por Lambedura Psicogênica
 Causas Patológicas: quando o animal tem algum traumatismo ou outro tipo de agressão em uma área do corpo.
 Causas Comportamentais: de fundo psicológico, o animal cria uma obsessão de lamber o local. 
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Dermatite de 
lambedura
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Transtorno obsessivo-compulsivo
Os tratamentos tópicos não são eficazes, quando o problema é de origem psicológica. 
Coleira elizabetana
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Transtorno obsessivo-compulsivo 
A dermatite por lambedura pode levar a casos de Tricobezoar
Ingestão de materiais que não são
digeríveis (ex. plásticos, panos, papeis, pêlos)
Bezoar:
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Sintomas: indigestão, mal estar estomacal e vômitos.
	O animal pode apresentar um nódulo no abdome (estômago) palpável pelo médico veterinário, no exame físico. 
Diagnostico: visualização pelo raio X, de uma massa no estômago.
Tratamento: remoção por procedimentos cirúrgicos, ou quando pequenos, podem ser retirados por instrumentos introduzidos pela boca até o estômago. 
Bezoar:
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Transtorno obsessivo-compulsivo 
TRICOBEZOAR :
Massa de pêlos que se acumula no estômago e não consegue passar pelo intestino.
Em humanos
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Transtorno obsessivo-compulsivo 
Tricobezoar em humanos
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Agressividade
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Aspectos filogenéticos da Agressividade:
Entre os lobos, ancestrais dos cães, ao atingir a adolescência, um filho pode disputar com seu pai a liderança da matilha. 
Agressividade 
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Fatores que induzem o aumento da Agressividade:
 educação dos filhotes;
 medo;
 criação;
 ciúme;
 treinamento errado de ataque.
Agressividade 
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O comportamento lúdico (brincar de brigar) do filhote 
dono pode confundir com agressividade
Agressividade 
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Comportamento social: 
a agressividade determina a hierarquia, 
através da dominância e da subordinação entre os indivíduos. 
Agressividade 
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Funções da agressividade:
 defesa individual
 defesa territorial
 defesa alimentar
 por reprodução (fêmea)
 defesa da cria
Agressividade 
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A agressividade é indicada por posturas e sinais de dominância.
Agressividade 
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Agressão
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Manifestação de comportamento agressivo aparentemente sem motivo
Grande parte da agressão de um cão depende da sua educação. 
Agressividade 
Fatores: desmame antecipado e isolamento dos demais membros da ninhada = redução do contato social com outros cães.
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Agressividade 
Um condicionamento adequado pode reduzir a agressividade
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Domesticação 
seleção genética, alteração do ambiente social e ecológico
 pode ao longo da história filogenética e/ou ontogenética, causar:
Como a seleção artificial pode atuar na determinação da agressividade?
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 atrofia ou hipertrofia na resposta a estímulos comportamentais;
 omitir, reordenar ou exagerar um ou + componentes de uma seqüência comportamental;
 desenvolver ritualização de um padrão;
 desenvolver novos padrões comportamentais.
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Agressividade em gatos:
Domesticados há cerca de 4 mil anos;
os antigos egípcios foram os primeiros a usá-los no controle de pragas-roedores.
 Respeitam territórios e não especificamente um líder. 
 Sem dominância completa, com hierarquia linear.
 Demarcam território pela urina.
 Vivem em sociedade matriarcal. 
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Fatores da agressividade em gatos
1) Instinto de caça: agressão redirecionada (ataca o dono sem razão aparente), sendo atraído pelo movimento. 
O gato pode atacar o dono ou outro animal mais próximo por não poder revidar imediatamente a quem ou o que colocou-o em perigo.
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2) Insegurança em relação ao contato com humanos: agressão induzida por medo (ele foge ou ataca). 
3) Agressão por dor ou doença (tumores, isquemias, problemas neurológicos...)
4) Agressão provocada por acariciaas: morde ou arranha a mão de quem o está acariciando, porque sente-se vulnerável quando relaxa. 
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A agressividade entre gatos ocorre, principalmente, por disputa de território (ou ciúmes) .
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Possibilidades para o tratamento da Agressividade
 conscientização do proprietário;
 identificar situações que desencadeiam; 
 assumir atitude dominante (inverter dominância);
 dessensibilização e/ou contra condicionamento;
 treino para obediência; 
 considerar a castração; 
 o uso de medicamentos isolados da modificação comportamental na maioria dos casos resulta em fracasso; 
 vigilância continuada.
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Quadros de Fobia 
Possíveis causas: ruídos intensos (rojões, fogos, trovões, tiros...)
Fator: Audição 4x mais acurada que a de humanos.
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Medo: 
sentimento de apreensão associado a presença ou proximidade de um objeto, indivíduo ou situação social de risco. 
Medo e fobia 
O medo é parte do comportamento normal e é uma resposta adaptativa de sobrevivência. 
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Medo normal ou anormal 
depende do contexto e da intensidade da resposta.
Medo e fobia 
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Fobia: 
uma resposta súbita, de tudo ou nada, profunda, que resulta num comportamento de medo extremo (catatonia, pânico, desespero). 
Medo e fobia 
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Riscos aos animais:
 óbitos, por enforcamento nas coleiras, quando não conseguem se soltar;
 acidentes ao tentar fugir: atiram-se pelas janelas e/ou correm para rua; batem a cabeça contra paredes ou grades;
 os que fogem tornando-se perdidos ou são atropelados;
 traumas, com mudanças de temperamento para agressividade; 
 crises convulsivas.
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Tratamento da Fobia:
Muitas reações de medo são aprendidas e podem ser desaprendidas com exposições graduais. 
Desviar a atenção do animal para uma brincadeira, ou um local que ele se sinta protegido.
Fobia 
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Tratamento da Fobia:
CD’s de dessensibilização.
Fobia 
Sons de fogos ou trovões + música relaxante.
Inicio de volume baixo, que aumenta lentamente.
Uso frequente.
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Tratamento da Fobia:
Muitas reações de medo são aprendidas e podem ser desaprendidas com exposições graduais. 
Fobia 
Importante: uma vez o evento fóbico tenha sido experimentado, qualquer evento associado a ele é suficiente para gerar a resposta.

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