Buscar

Fichamento Tércio Sampaio Fontes do direito

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fichamento: FERRAZ JUNIOR, Tercio Sampaio. Introdução ao Estudo do Direito: Técnica, decisão e dominação 7ª Ed – São Paulo : Atlas 2013
O autor, Tércio Sampaio Ferraz Junior, em sua obra, Introdução ao estudo do direito, (2013, p.190), afirma que a questão central para a Teoria das Fontes é descobrir quais são os centros produtores, posto que o Direito não é essencialmente dado, mas elaborado no interior da cultura humana. Para o autor, o Direito como um produto cultural não incorpora a vivência material humana, visto que compreende a cultura também como fruto de uma concepção apriorística ideal.
“Se num sistema podem surgir conflitos normativos, há de se admitir que as normas entram no sistema a partir de diferentes canais, que com relativa independência, estabelecem suas prescrições. Se são admitidas lacunas, é porque se aceita que o sistema a partir de um centro unificado, não cobre o universo dos comportamentos, exigindo-se outros centros produtores. São estas as suposições que estão por detrás das discussões em torno das chamadas fontes do direito” (FERRAZ JUNIOR, 2013, p.190)
Segundo, Ferraz Junior, as fontes basicamente estão divididas em MATERIAIS e FORMAIS, conforme o jurista Francês François Geny (1925). De um lado, temos as fontes substanciais (MATERIAIS) que são dados (...) que contribuem para a formação do direito, dos elementos históricos (representados pela conduta humana no tempo) e outros. São fatores que conduzem às regras, como as fontes econômicas e históricas (a revolução industrial) ou filosóficas (o socialismo). De outro lado temos as fontes (FORMAIS), que seriam os mecanismos exteriores pelos quais as regras se revelam. (2013, p.190)
Assim, o autor, (2003, p.194), usando a dogmática analítica, que implica na compreensão da sociedade pelo jurista captando-a como ordem, tendo a norma como parâmetro, classifica as fontes no grau maior ou menor de objetividade conforme a seguir: a) FONTES ESTATAIS: Aparecem em primeiro lugar, por sua formalidade e formulação revertida de autoridade geral e reconhecida institucionalmente. b) COSTUMES e JURISPRUDÊNCIA: Aparecem como fontes menos objetivas, de menor grau de certeza e segurança. c) FONTES NEGOCIAIS: São próprias da atividade privada, por natureza múltipla e particularizada, variável de situação para situação e são fontes de baixo grau de certeza e segurança por sua subjetividade acentuada.
Baseado em conceitos técnicos Tércio Sampaio (2013, p.194) diz que, a Legislação na dogmática analítica, tem relevância especial, no que concerne as fontes. Isso ocorre sobretudo no direito de origem romanística, como é o caso do direito europeu continental e dos países latino-americanos de modo geral. O reconhecimento da legislação como fonte do direito baseia-se necessariamente numa hipótese racionalizadora: um ato fundante que produz um conjunto de normas primárias, a Constituição. (2013, p.194). A Constituição é lei fundamental. É um conjunto de normas articuladas, que tecnicamente viabilizam os procedimentos para que realmente a atividade organizada da sociedade possa se desenvolver. O reconhecimento racional desse conjunto é, então, a “fonte” da qual emana o direito constitucional. Ou seja, de um lado temos uma regra estrutural; de outro, um elemento do sistema do ordenamento. (2013, p.198). Lei: Com base na Constituição são elaboradas as leis, mas a noção de lei não é fácil de determinar, é preciso evitar a confusão entre lei e norma. A norma é uma prescrição. A lei é a forma que se reveste a norma ou um conjunto de normas dentro do ordenamento. Nesse sentido, a lei é fonte do direito, isto é, o revestimento estrutural da norma que lhe dá a condição de norma jurídica. (2013, p.199) Costumes: O costume é, conforme entendimento de Ferraz Jr. (2003), “uma forma típica de fonte do direito nos quadros da chamada dominação tradicional no sentido de Weber. Baseia-se, nesses termos na crença e na tradição, sob a qual está o argumento de algo deve ser feito, e deve sê-lo porque sempre o foi. Jurisprudência: No sistema romanístico, é, sem dúvida, “fonte” interpretativa da lei, mas não chega a ser fonte do direito. (2013, p.211) Os atos negociais derivam sua força de regras estruturais, ou seja, reportam-se, no fundo, à estrutura do sistema. (2003, p.214)
	Para Ferraz Jr. (2013, p.214), a expressão “Fonte” cabe com maior propriedade às fontes legislativas. Cabe ainda com menos objetividade de conteúdo, às fontes costumeiras. No caso das fontes negociais, estamos diante de processos de concretização de normas gerais e falar, nesse caso, em fonte é subtrair ao conceito seu sentido usual de centro emanador de normas gerais.

Outros materiais