Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DNA e Proteínas o ovo e a galinha… Profa.Suzana T. Cunha Lima Instituto de Biologia (IBIO) Universidade Federal da Bahia (UFBA) DNA Conteúdo: Constituição dos nucleotídeos Estrutura do DNA Replicação Síntese protéica Transcrição Tradução Noções de Biologia Molecular 2 Princípios Clássicos da Genética Estabelecido por Gregor Mendel (1865), trabalhando com ervilhas. Concluiu que cada caractere era determinado por um par de fatores herdados (genes). Cada cópia deste fator (alelo) é herdada de um dos pais. O papel dos cromossomos Logo após os experimentos iniciais de Mendel descobriu-se: Papel dos cromossomos como carregadores de genes. Maioria das células vegetais e animais são diplóides (2 cópias de cada cromossomo). Células germinativas são aplóides e formadas por meiose. Cromossomos Humanos Drosophila melanogaster Fundamentos de mutação, linkage genético e a relação entre genes e cromossomos foram amplamente estabelecidas com esta mosca de fruta. São facilmente mantidas em laboratório e reproduzem a cada 2 semanas, uma vantagem para experimentos genéticos. Em 1900 diversas mutações foram encontradas em Drosophila afetando características observáveis como a cor do olho e o formato da asa. Experimentos indicaram que: alguns destes genes são herdados independentemente, por estarem em diferentes cromossomos. outros são associados ao mesmo cromossomo (genes linked) http://academictree.org/flytree/drosophila.jpg (A) Segregação independente de 2 genes hipotéticos para forma (A/a = quadrado/redondo) e cor (B/b = vermelho/azul) localizados em diferentes cromossomos. (B) Segregação dependente de 2 genes localizados no mesmo cromossomo. Recombinação Linkage entre genes não é completo devido ao processo de recombinação. A frequência de recombinação de um gene pode ser determinada por sua posição relativa no cromossomo, permitindo a construção de mapas genéticos. Deduzida em 1953 por James Watson e Francis Crick: base da biologia molecular. Encontrado em todos os seres vivos, incluindo os vírus. “Escada espiral”. corrimão: pentoses e grupamentos fosfato degraus: bases nitrogenadas. As bases do DNA são: adenina, guanina, citosina e timina. A se liga com T (2) e C com G ( 3)por ligações de hidrogênio Quando transcrito em RNA, tem a capacidade de codificar proteínas. Recebe a ação de histonas e se enovela para formar a cromatina. Estrutura do DNA = ácido desoxirribonucéico 9 Estrutura detalhada do DNA Histonas REPLICAÇÃO A hereditariedade ocorre devido a capacidade de replicação do DNA. Mutações podem ocorrer durante a replicação e são responsáveis pela variabilidade. A variabilidade capacita os organismos à se adaptarem melhor ao meio ambiente. DUPLICAÇÃO Uma fita de DNA serve de molde para síntese de outra. Ocorre no núcleo 12 TRANSCRIÇÃO Início da síntese do mRNA Ocorre no núcleo Cadeias de DNA são abertas por RNA polimerase. Informação genética transcrita de DNA para mRNA a partir de nucleotídeos livres. Sequência de finalização indica onde parar. Cadeia de mRNA se desprende DNA volta a se enrolar novamente. Introns (que não codificam aminoácido) serão removidos do mRNA. mRNA deixa o núcleo e passa para o citoplasma. 13 O ribossomo se liga ao mRNA, e desliza até códon de iniciação , tRNA liga seu anticódon ao códon complementar do mRNA. Na sua extremidade encontra-se um aminoácido. A medida que o próximo tRNA se liga ao códon seguinte, o aminoácido anterior se liga ao primeiro da cadeia, formando pouco a pouco um “colar” de aminoácidos _peptídeos TRADUÇÃO Início da síntese protéica Ocorre no citoplasma 14 Quando se chega ao códon de finalização, acaba a tradução. O último tRNA abandona o ribossomo e o peptídeo é libertado. Modificações Pós transducionais podem ocorrer no RE, Golgi ou citoplasma 15 Biologia Molecular Conjunto de técnicas que usam das regras da genética clássica para manipular o DNA e o RNA com fins científicos. É usada por diferentes áreas, incluindo a medicina, a agronomia e até mesmo a física. Na medicina, para estudar doenças causadas por mutações genéticas, na agronomia para modificar plantas geneticamente e na física, para determinação de estruturas de proteínas. DOGMA REAÇÃO EM CADEIA DA POLIMERASE (PCR) Método de amplificação (criação de múltiplas cópias) do DNA sem o uso de um organismo . Função de amplificação do DNA Usado em biologia molecular, forênsica e em testes de paternidade. A máquina de PCR controla o tempo e a temperatura. Processo consiste de vários ciclos compostos pelos seguintes passos : Denaturação. DNA é separado em duas cadeias simples. Emparelhamento (annealing) Iniciadores (Primers ) se ligam-se ao DNA de cadeia simples. Alongamento DNA polimerase cria a cadeia de DNA complementar. 17 Plasmídeo é recortado com enzimas de restrição e um DNA de interesse (cortado com as mesmas enzimas) Inserido no plasmídeo. (“colado”com enzima ligase) Técnica largamente utilizada para estudo de determinados gens importantes na medicina e agricultura. Outros vetores: leveduras e vírus. Permite a expressão de proteínas em larga escala para estudo cristalográfico. CLONAGEM EM BACTÉRIAS 18 PROTEÍNAS Conteúdo: Constituição Importância Estrutura primária Estrutura secundária Estrutura terciária Estrutura quaternária Grupos prostéticos Síntese protéica http://en.wikipedia.org 19 DEFINIÇÃO Estrutura complexa e massa molecular elevada. Aminoácidos associados por ligações peptídicas. Entre o grupo amina de um aminoácido e o grupo carboxilico de outro aminoácido. Síntese ocorre no citosol e retículo endoplasmático rugoso. 20 aa: 11 naturais e 9 essenciais COMPOSIÇÃO: Só de aa (ex. queratina). Ligadas à um radical diferente: grupos prostéticos. ex. Glicoproteínas é o glicídeo; cromoproteínas é um pigmento; fosfoproteinas éo ácido fosfórico. 20 Aminoácidos e ligações peptídicas 21 ESSENCIAIS Histidina Isoleucina Leucina Lisina Metionina Fenialanina Treonina Triptofano Valina 22 ESTRUTURA 4 TIPOS: Primária: sequência de aa. Específicas para cada proteína e geralmente determinados geneticamente. Secundária: Graças à capacidade de rotação das ligações peptídicas e de pontes de hidrogênio entre aa. 2 formas: alfa-hélice (mais comum) em espiral folha - beta: 2 ou mais polipeptídeos arranjados em paralelo ou anti-paralelo. Terciária: enrolamento da -hélice ou da folha (beta) mantidas por pontes de hidrogênio e dissulfeto. confere atividade biológica às proteínas. Quaternária: Possuem duas ou mais cadeias polipeptídicas. 23 24 AR TR ER RECEPTORES NUCLEARES RECEPTORES DE MEMBRANA Proteinas fibrosas: Moléculas distendidas e filamentosas, semelhantes a longos fios. Ex. colágeno e fibrina. Proteínas globulares: Enroladas como novelos. Solúveis em água formando micelas. Ex. enzimas, anticorpos, hemoglobina, clorofila e proteínas estruturais. CLASSIFICAÇÃO 26 Denaturação: Por ação de substâncias químicas ou do calor. Alteração da estrutura terciária ou quaternária. As proteínas perdem a sua conformação e, consequentemente, a sua funcionalidade. Pode ser: reversível ou irreversível. Renaturação: Em alguns casos, conformação nativa pode ser recuperada (renaturação) retirando-se lentamente o agente denaturante. ex. diálise contra água para retirar o agente desnaturante uréia. PROPRIEDADES 27 FUNÇÕES BIOLÓGICAS Estrutural : Dão rigidez, consistência e elasticidade aos tecidos. ex. colágeno (constituinte das cartilagens), actina e miosina (das fibras musculares), queratina (do cabelo). Hormonal: Exercem função específica sobre algum órgão. ex. Insulina. Defesa: Realizam a defesa dos organismos contra substâncias estranhas. Ex. os anticorpos. Energética: Obtenção de energia a partir dos aminoácidos que as compõemEnzimática: aceleram reações químicas. Ex: as lipases. Condutoras de gases: O transporte de gases (principalmente do oxigênio) realizado por proteínas como a hemoglobina. Moduladores de transcrição: controlam a ativação/inibição de genes específicos. Receptores nucleares. 28 Referências A célula. Uma abordagem molecular. Cooper, G.M. E Hausman, R.E. 3ª Edição. Editora Artmed. 2007. 716p. Biologia Celular e Molecular. De Robertis (Jr.) Editora Guanabara Koogan. 2003. 413p. Molecular Biology of the Cell (on line), Alberts, B.; Lewis, J.; Raff, M.; Walter,P. e Roberts, K. Ed. Taylor & Francis Group, 200p webhost.bridgew.edu/fgorga/proteins/default.htm www.bmb.uga.edu/wampler/tutorial/prot0.html www.friedli.com/herbs/phytochem/proteins.html http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/proteinas.html http://images.google.com/
Compartilhar