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* * * Princípios de Ciências dos Materiais EET310 – Eng. Mecânica Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais Prof. Sérgio Camargo Bloco F, 2°andar, sala 204 camargo@metalmat.ufrj.br * * Discordâncias Aumento de Resistência Discordâncias em monocristal de LiF, polido e atacado quimicamente * * Discordâncias Porque estudar isso? Movimento das discordâncias – mecanismos de deformação e ruptura Mecanismos de endurecimento !! Projeto de ligas e novos materiais * * Discordâncias O que vamos aprender? Movimento da discordâncias em aresta e em espiral Como a deformação plástica se relaciona com o movimento das discordâncias Sistemas de escorregamento Alteração da estrutura de grão induzida pela deformação Contorno de grão afeta movimento das discordâncias Endurecimento por solução sólida Processo de encruamento Recristalização e recuperação Crescimento do tamanho de grão * * Movimento de discordância * * Movimento de discordância A discordância muda progressivamente de posição, plano a plano * * Movimento de discordâncias * * Movimento de discordâncias * * Movimento de discordâncias Aresta Hélice * * Característica das discordâncias * * Característica das discordâncias * * Discordâncias x classes de materiais • Metais: Movimento de discordâncias é fácil - ligações não direcionais - escorregamento em planos e direções densos nuvem de elétrons Núcleo dos íons • Cerâmicas covalentes (Si, diamante): Movimento difícil - ligações direcionais (angulares) • Cerâmicas iônicas (NaCl): Movimento difícil - necessário evitar vizinhos ++ e - - * * Planos de escorregamento Monocristal de zinco após ser submetido à tração * * Sistemas de escorregamento - Planos de escorregamento - Direção de escorregamento SISTEMAS DE ESCORREGAMENTO Planos e direções densos * * Sistemas de escorregamento Alguns sistemas de escorregamento * * Observar que: - em cada grão há uma direção de deslizamento preferencial - há mais de uma direção de deslizamento em cada grão Grãos de cobre deformados Sistemas de escorregamento * * Discordância x estrutura cristalina • Comparação entre diferentes estruturas: CFC: muitos planos e direções compactos HC: somente um plano, 3 direções CCC: nenhum • Estrutura: planos e direções com empacotamento compacto são preferidos * * Tensão e Movimento de Discordâncias • Cristais escoam devido à tensão cisalhante resultante, tR • Tração pode produzir tensão cisalhante * * Tensão cisalhante crítica • Condição para a discordância se mover: • Orientação do cristal pode facilitar ou dificultar o movimento das discordâncias * * • Planos e direções de escorregamento (l, f) variam de um cristal para outro. • tR varia de um cristal para o outro. • Cristal com maior tR escorrega primeiro • Outros cristais (com orientação menos favorável) escorregam depois 300 mm Movimento de discordâncias em materiais policristalinos * * • Contorno de grão é barreira para o escorregamento. • Eficiência da barreira depende do grau de desalinhamento. • Tamanho de grão pequeno = mais fronteiras para ultrapassar. • Hall-Petch Equation: Reduzindo o Tamanho de Grão: endurecendo os materiais * * 11 • 70% Cu - 30% Zn latão • Dados: Tamanho de grão: um exemplo * * • Anisotropia pode ser conseqüência da laminação -antes da laminação -depois da laminação 235 mm -isotrópico pois os grão são aprox. esféricos e orientados randomicamente anisotrópico pois a laminação afeta a orientação e a forma dos grãos direção de laminação Efeito da Anisotropia * * Anisotropia na deformação * * • Átomos de impurezas distorcem a rede cristalina e geram tensões • Tensões internas podem ser uma barreira para as discordâncias. • Impureza pequena • Impureza grande Endurecendo os Materiais: soluções sólidas * * Impurezas pequenas tendem a se concentrar nas discordâncias Reduzem a mobilidade das discordâncias – aumentam a resistência Endurecendo os Materiais: soluções sólidas * * Impurezas grandes tendem a se concentrar nas discordâncias, no lado oposto das pequenas. Reduzem a mobilidade das discordâncias – aumentam a resistência Adaptado da Fig. 7.18, Callister 7ed. Endurecendo os Materiais: soluções sólidas * * • Aumento da resistência à tração e do limite de escoamento com a percentagem em peso de Ni. • Relação empírica: • A formação da liga aumenta sy e LRT. Exemplo: Endurecimento do Cobre por solução sólida * * • Deformação à temperatura ambiente. • A conformação comum muda a seção transversal -Forjamento -Trefilação Endurecendo: deformação a frio * * • Liga de Ti após trabalho a frio • As discordâncias enroscam umas com as outras durante a deformação a frio • O movimento das discordâncias se torna mais difícil Discordâncias na deformação a frio * * • Tração horizontal sobre um metal CFC com entalhes • Mais de 1 bilhão de átomos modelados em bloco 3D • Observar o aumento da densidade de discordâncias Simulação: geração e movimento de discordâncias Simulação: cortesia de Farid Abraham. Sob permissão da IBM Co. * * Efeito do Encruamento • Limite de escoamento (se) cresce • Resistência à tração (RT) cresce • Ductilidade (%Al or %RA) decresce. * * • Resultados para ferro policristalino • sy e RT decrescem com aumento da temperatura • %Al aumenta com o aumento da temperatura • Motivos? Vacâncias ajudam as discordâncias a ultrapassarem obstáculos e temperatura facilita difusão das vacâncias Adaptado da Fig. 6.14, Callister 6ed. s-e: Efeito da Temperatura * * • Qual o limite de escoamento, resistência à tração e a ductilidade do cobre após sofrer deformação a frio Metals Handbook: Properties and Selection: Nonferrous Alloys and Pure Metals, Vol. 2, 9th ed., H. Baker (Managing Ed.), American Society for Metals, 1979, p. 276 and 327.) Ex.: Efeito da deformação a frio * * Efeito do aquecimento após a deformação a frio • 1 hora de tratamento à T diminui o LRT e aumenta a %Al • Efeitos da deformação a frio são revertidos • 3 estágios a serem discutidos: recuperação recristalização crescimento de grão RECOZIMENTO * * Recuperação Energia armazenada na deformação é utilizada para movimentar discordâncias (sem tensão externa aplicada) – força motriz Maior velocidade de difusão Ocorre redução no número de discordâncias, alinhamento de discordâncias Condutividade térmica e elétrica aumentam Limite de alongamento cai, ductilidade aumenta * * • Mecanismo 1 • Mecanismo 2 Recuperação anulação reduz a densidade de discordâncias * * • Mecanismo 3: alinhamento de discordâncias formando contornos de baixo ângulo Recuperação Discordâncias em monocristal de LiF, polido e atacado quimicamente * * • Novos cristais são formados: menor densidade de discordâncias e menor tamanho de grão os cristais deformados a frio são “consumidos” e desaparecem. Latão deform. 33% a frio Novos cristais surgem após 3 seg. a 580oC Adapted from Fig. 7.19 (a),(b), Callister 6e. (Fig. 7.19 (a),(b) are courtesy of J.E. Burke, General Electric Company.) 0,6 mm 0,6 mm Recristalização: o início * * Recristalização: continuação • Todos os cristais encruados desaparecem Após 4 segundos Após 8 segundos Adaptado da Fig. 7.19 (c),(d), Callister 6ed. 0,6 mm 0,6 mm * * • Tempo: grãos maiores crescem consumindo os menores • Força motriz: menor área de contorno = menor energia Crescimento dos Grãos * * • Preciptados duros são difíceis de cisalhar Ex: Cerâmicos em metais (SiC em Ferro ou Alumínio). • Resultado: Endurecimento por precipitação Parte do plano que não escorregou * * Endurecimento por precipitação * * Endurecimento por precipitação * * • Estrutura interna da asa de um avião • O alumínio é endurecido por precipitados formados por elementos de liga. Adaptado da Fig. 11.26, Callister 7ed. Adaptado da figura de abertura do Cap. 11, Callister 5ed. Endurecimento por precipitação * * Discordâncias Aumento de Resistência Discordâncias em monocristal de LiF, polido e atacado quimicamente * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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