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AULA 7 - GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO

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DISCIPLINA: PROTEÇÃO 
RADIOLÓGICA 
AULA 7 – GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
Profa. Danielle Filipov 
2013 
ORGANIZAÇÃO DA AULA 
• GRANDEZAS FÍSICAS 
 
• GRANDEZAS DE PROTEÇÃO 
 
• GRANDEZAS OPERACIONAIS 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
• Os raios X foram descobertos por Roentgen em 1895 
e a radioatividade por Becquerel em 1896. 
• Iniciou-se, assim, o uso desenfreado das radiações 
ionizantes. 
• Haviam sido criadas fábricas de tubos de raios X sem 
nenhum controle, em garagens ou no fundo de 
quintais. 
• Não demorou muito para que pesquisadores 
percebessem que estavam diante de um agente 
extremamente potente, com grandes aplicações, mas 
que também poderia causar grandes danos à saúde. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
• Entretanto, decorreram 30 anos desde a descoberta 
dos raios X até a tomada da decisão para se criar uma 
comissão que tratasse das questões relativas às 
radiações ionizantes: desenvolvimento de 
equipamentos, protocolos para medir níveis de 
radiação e cuidados ao se trabalhar com ela. 
 
• A primeira comissão internacional a ser criada foi a 
“International Commission on Radiation Units and 
Measurements” (ICRU), em 1925, em Londres. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
• A demanda para a criação dessa comissão partiu 
da comunidade médica da área de radiologia. 
• Como o próprio nome diz, ela tinha por finalidade 
estabelecer grandezas e unidades de Física das 
Radiações, critérios de medida e efetuar sua 
divulgação. 
• Isso possibilitaria a comparação entre medidas 
feitas em diferentes laboratórios, clínicas e 
institutos de pesquisa, usando os mais variados 
equipamento. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
• Três anos depois, em 1928, uma segunda comissão 
internacional foi criada no Segundo Congresso 
Internacional de Radiologia, em Estocolmo, a 
“International Commission on Radiological Protection” 
(ICRP). 
• Essa comissão nasceu com a incumbência de elaborar 
normas de proteção radiológica e estabelecer limites 
de exposição à radiação a indivíduos ocupacionalmente 
expostos. 
• Ambas as comissões, ICRU e ICRP, reúnem-se 
regularmente, ainda hoje e publicam normas novas ou 
atualizam as já existentes. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
• As grandezas de Física das Radiações estão separadas em 
três principais categorias: grandezas físicas, grandezas de 
proteção e grandezas operacionais. 
• As duas últimas são empregadas, exclusivamente, para 
fins de proteção radiológica. 
– Grandezas de proteção: grandezas dosimétricas 
especificadas no corpo humano e foram introduzidas 
para o estabelecimento de limites de exposição à 
radiação, mas não podem ser medidas por nenhum 
equipamento. 
– Como saber se um profissional, que foi exposto à 
radiação, está dentro dos limites de exposição? 
• Para isso existem as grandezas operacionais. 
– Grandezas operacionais: são empregadas para 
monitoração de área e individual e podem ser usadas 
para se estimar o limite dos valores das grandezas de 
proteção nos tecidos ou órgão ou no corpo como um 
todo exposto à radiação externamente. 
– Elas estão correlacionadas com as respostas de 
instrumentos e de dosímetros, usados na monitoração. 
– Entretanto, essas grandezas não foram definidas para o 
caso de dosimetria interna (caso de um indivíduo ingerir 
um radionuclídeo), onde outros métodos são aplicados. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
• Para se relacionar as grandezas de proteção, com as 
operacionais, e ambas com as físicas, foram criados 
coeficientes de conversão, calculados pelo ICRU-57 de 1997. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
Grandeza Física: 
Dose Absorvida 
Grandezas de Proteção: 
Dose Absorvida no meio 
Dose Equivalente 
Dose Efetiva 
wr ou wt 
Grandeza Operacional: 
Equivalente de Dose 
Q = wr 
• GRANDEZAS FÍSICAS: Exposição, Atividade, Dose Absorvida e Kerma. 
– EXPOSIÇÃO (X): primeira grande grandeza relacionada à radiação, 
foi introduzida em 1928 no Segundo Congresso Internacional de 
Radiologia. 
– Ela é definida pela letra “X”, pois está relacionada somente para 
fótons (RX ou gama) interagindo com o ar. 
– É uma medida da capacidade de um fóton ionizar o ar, uma vez que 
ela verifica a quantidade de carga elétrica (de mesmo sinal) 
produzida em uma determinada massa de ar percorrida pela 
radiação. 
– Essa carga elétrica verificada é resultados das partículas carregadas 
emitidas pelos processo de interação dos fótons com a matéria (EC, 
EF, e PP). 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– A definição de exposição é dada por: 
 
X = Q / m 
 
– Onde, Q é o valor absoluto da carga total de íons de 
mesmo sinal, produzidos no ar, quando todos os elétrons 
e pósitrons liberados ou criados por fótons, num 
elemento de volume de ar com massa m, forem freados 
no ar. 
– Pósitrons e elétrons liberados no volume de interesse 
podem sair dele e depositar energia fora do volume; mas, 
ainda assim devem ser contabilizados em Q. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– O ar foi o meio escolhido como padrão, porque: 
• É muito mais fácil coletar íons produzidos em 
gases do que em meios líquidos ou sólidos. 
• Há correspondência de usar o ar como gás em 
uma câmara de ionização (um tipo de detector). 
• O ar pode ser considerado equivalente à água e 
ao tecido mole em termos de absorção de 
energia da radiação, porque os números 
atômicos efetivos do ar, da água, do tecido mole 
e do músculo são, respectivamente, 7,64; 7,42; 
7,22 e 7,46. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– Na época em que foi estudada a exposição, a unidade 
aplicada era o Roentgen (R), mas no SI a unidade é 
C/kg (de ar), de modo que: 
1 R = 2,58 x 10-4 C/kgar 
– Podemos, também, calcular a quantidade de íons 
formados em um volume de ar; basta usarmos a 
fórmula: 
 
N = carga de íons / carga do elétron 
 
– Onde, a carga do elétron é, sempre, igual a 1,6 x 10-19 C 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– A grandeza exposição (X) só é definida para os raios X 
e gama e para o ar. Além disso, ela é indefinida para 
feixes de fótons com energias acima de 3 MeV, em 
razão das limitações técnicas de detecção de todas as 
cargas produzidas, e o alcance dos elétrons 
produzidos com essa energia é de 1,26 m. 
– Ao relacionarmos a exposição a uma unidade de 
tempo, teremos uma taxa de exposição. 
– Por exemplo: a radiação de fundo de um local tem 
uma taxa de exposição de 0,03 mR / h. Ou seja, em 1 
hora, o local é exposto a 0,03 mR. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
 
 
• Exemplo 1: Um volume de ar, de 1 kg de 
massa, foi ionizado pela passagem de fótons 
de raios X. Verificou-se uma quantidade de 4,5 
x 1012 íons produzidos por essa ionização. 
Qual a exposição (em R) a esse volume? 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– ATIVIDADE (A): referência a um elemento radioativo. 
– Se refere ao número de desintegrações (decaimentos 
radioativos) por unidade de tempo. 
 
A = N / t 
 
– Onde, N é a quantidade de desintegrações de um radionuclídeo. 
– A unidade de atividade, no SI, é o Becquerel (Bq), que equivale a 
1 desintegração/segundo. 
– Mas, a unidade comumente utilizada é o Curie (Ci). 
– Relação entre as duas unidades: 
1 Ci = 3,7 x 1010 Bq 
• Exemplo 2: Um radionuclídeo realiza 14,8 x 
108 desintegrações em 20 segundos. Qual a 
atividade desse radionuclídeo, em Ci? 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– RELAÇÃO ENTRE “A” E “X”: a exposição devida a raios 
gama emitidos por uma fonte radioativa de atividade 
conhecida, pode ser dada por: 
 
X = Γ . A . t / d2 
 
– Onde, X é a exposição (em R), A é a atividade de um 
radionuclídeo (em Ci), t é o tempo de exposição (em h), 
d é a distância entre o radionuclídeo (em m) e o 
medidor (em m) e Γ é a constantede taxa de exposição, 
característico de cada radionuclídeo (em R.m2/h.Ci). 
 
 
 
 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
• Exemplo 3: 
• Um técnico entrou numa sala de irradiação e 
não percebeu uma fonte de Cs-137. Essa fonte 
estava com atividade de 0,3 Ci e, foi estimado 
que, o técnico permaneceu a 150 cm dela 
durante 2 minutos. Qual a exposição na 
entrada da pele do corpo do técnico? 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– DOSE ABSORVIDA (D): a grandeza física mais importante na 
radiobiologia, radiologia e proteção radiológica é a dose absorvida 
(D), a qual se relaciona com a energia da radiação absorvida. 
– Ela é definida como: 
 
D = Eab / m 
 
– Onde, Eab é a energia média depositada pela radiação em um 
volume elementar de massa m. 
– Ela foi introduzida em 1950 para ser usada, principalmente, em 
radioterapia para o tratamento de tumores. 
– Precisava-se saber a quantidade de energia a ser fornecida ao 
tumor para matar as células malignas. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– Originalmente, sua unidade era o rad, mas a unidade no 
SI é o J/kg, sendo que a relação entre elas é dada por: 
1 J/kg = 100 rad 
– Essa grandeza, ao contrário da exposição: 
• Vale para qualquer meio. 
• Vale para qualquer tipo de radiação. 
• Vale para qualquer geometria de irradiação. 
– A partir de 1975, foi recomendada a substituição dessa 
unidade pelo gray (Gy), no sistema internacional (SI), 
onde: 
1 Gy = 1 J/kg = 100 rad 
 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– Relação entre dose absorvida no ar e exposição: 
– Quando fótons interagem com a matéria, partículas 
carregadas são liberadas no meio, e essas interagirão com 
outros átomos através de colisões, depositando energia 
nesses átomos. 
– A dose entregue ao meio por essas partículas é dada por: 
 
D ar = W N / 1 kg ar 
 
– Onde, W é a energia média para formar uma ionização no ar 
(para elétrons e fótons, essa energia é de 54,35 x 10-19 J), e N 
é o número de íons produzidos no volume de ar com massa 
de 1 kg. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– Se a irradiação é com fótons que produzem uma exposição de 1 R, N = 
1,6 x 1015 íons. 
– Substituindo na equação da dose, temos: 
 
D = W N / 1 kg = 54,35 x 10-19 x 1,6 x 1015 / 1 kg 
D = 0,008764 J/kg = 0,008764 Gy = 8,764 mGy 
 
– Assim, uma exposição de 1R no ar equivale a uma deposição de uma 
dose de 8,764 mGy no ar: 
1 R = 8,764 mGy 
– Para outras exposições, basta fazer: 
 
D ar (mGy) = 8,764 . X (R) 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
• Exemplo 4: 
• Um técnico entrou numa sala de irradiação e 
não percebeu uma fonte de Na-24. Essa fonte 
estava com atividade de 0,5 Ci e, foi estimado 
que, o técnico permaneceu a 0,5 m dela 
durante 20 minutos. Calcule: 
• A) A exposição na entrada da pele do técnico. 
• B) A dose absorvida no ar na entrada da pele do 
corpo do técnico. 
 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– Podemos, também, determinar a dose absorvida em um 
meio material a partir da dose absorvida no ar. 
– Basta empregar um fator de conversão, chamado de fator 
“fm”: 
 
D meio = D ar x fm 
 
 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
• Tabela do fator f para alguns meios, em 
função da energia do fóton. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
Energia do Fóton f (água) f (músculo) f (gordura) f (osso) 
10 keV ou 0,01 MeV 1,04 1,05 0,62 5,65 
30 keV ou 0,03 MeV 1,01 1,05 0,62 6,96 
50 keV ou 0,05 MeV 1,03 1,06 0,75 5,70 
100 keV ou 0,1 MeV 1,10 1,09 1,05 1,97 
200 keV ou 0,2 MeV 1,11 1,10 1,11 1,12 
600 keV ou 0,6 MeV 1,11 1,10 1,11 1,03 
1250 keV ou 1,25 MeV 1,11 1,10 1,11 1,03 
• Exemplo 5: 
• A radiação gama emitida por uma fonte de Co-
57, com atividade de 5 kCi, é usada para irradiar 
um tumor na superfície do paciente durante 2 
minutos, posicionando-o a 100 cm da fonte. 
Sendo a energia média do raio gama emitido 
pelo Co-60 igual a 1,25 MeV, qual a dose 
absorvida pelo tumor? Considere o tumor como 
um músculo. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– KERMA (K): é uma grandeza com a mesma unidade que a dose 
absorvida (Gy). Kerma significa Kinetic Energy Released per Unit 
of Mass (Energia Cinética Transferida a uma Certa Massa). 
– É representada pelo quociente: 
 
K = Etr / m 
 
– Onde, Etr é a energia transferida ao meio (soma das energias 
cinéticas de todas as partículas carregadas liberadas a partir das 
interações dos fótons com o meio – Compton, Fotoelétrico ou 
Produção de Pares). 
– Essas partículas carregadas, liberadas por uma dessas formas de 
interação, vão transferir energia ao meio através de colisões, 
ionizações ou excitações. 
 
 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– O kerma refere-se à energia que é transferida ao meio no ponto de 
interação (ou seja, quando o fóton incidir na matéria). 
– Muitas vezes, ele é confundido com dose absorvida, devido ao fato das 
duas grandezas terem a mesma unidade. 
– Mas, o kerma se refere à energia do fóton que foi transferida ao meio 
no momento da interação, enquanto que a dose se refere à energia que 
foi absorvida pelo meio, a partir da liberação de partículas carregadas. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– O kerma é válido para fótons e para qualquer meio, e 
podemos relacioná-lo com a exposição da mesma 
forma que a dose absorvida: 
 
K ar (mGy) = 8,764 . X (R) 
 
– Exemplo 6: Um tecnólogo entrou numa sala de 
irradiação e não percebeu que uma fonte de Ir-192 
estava exposta. Essa fonte possuía atividade de 32 Ci, 
e foi estimado que o tecnólogo permaneceu a 3,7 m 
da fonte durante 9 minutos. Avalie o valor do kerma 
no ar. 
 
 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
• GRANDEZAS DE PROTEÇÃO: dose equivalente 
no tecido ou órgão e a dose efetiva. 
• Elas são usadas para limitar a dose no tecido 
ou órgão (no primeiro caso) ou no corpo todo 
(segundo caso). 
• Não são medidas, mas podem ser calculadas. 
• As unidades de ambas é o Sievert (Sv). 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– DOSE EQUIVALENTE NO TECIDO OU ÓRGÃO (Ht): ela é definida para 
qualquer tipo de radiação e o meio é o tecido ou o órgão em 
questão. 
– A unidade original de dose equivalente era o rem, mas no SI a 
unidade é o Sv ou J/kg, de modo que: 
1 Sv = 1 J/kg = 100 rem 
– Ela é obtida a partir da dose absorvida média D no tecido ou órgão 
exposto a alguma forma de radiação. 
– É definida como: 
 
Ht = wr . D 
 
– Onde, wr é o fator de ponderação da radiação, listado na tabela a 
seguir. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– Os valores de wr são referentes a cada tipo de 
radiação e energia representando a efetividade 
biológica efetiva (RBE) da radiação em induzir efeitos 
estocásticos (câncer ou hereditários). 
– Essa grandeza é válida para limitar a exposição do 
cristalino, da pele, das mãos e dos pés, e também 
serve para o cálculo da dose efetiva. 
 
 
TIPOS DE RADIAÇÃO wr (ICRP-2007) 
Fótons de todas as energias 1 
Elétrons de todas as energias 1 
Prótons 2 
Partículas Alfa 20 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– A dose absorvida se refere à energia transferida a 
um ponto qualquer da matéria. 
– Entretanto, para a dose equivalente, precisamos 
saber da energia transferida a um órgão como um 
todo. 
– Logo, definimos a dose absorvida média no órgão 
ou tecido como: 
 
D = Eórg / m 
 
– Onde, Eórg é a energia total transferida a um órgão 
ou tecido de massa m. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
• Exemplo 7: 
• A radiação gama emitida por uma fonte de Co-60, com 
atividade de 500 mCi, é usada para irradiar um tumor na 
superfície do paciente durante 5 minutos, posicionando-
o a 100 cm da fonte. Sendo a energia média do raio 
gamaemitido pelo Co-60 igual a 1,25 MeV, responda: 
• A) Qual a dose absorvida pelo tumor? Considere como 
músculo. 
• B) Qual a dose equivalente recebida pela superfície do 
paciente? 
• C) Esta dose ultrapassa o limite recomendado? 
 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– DOSE EFETIVA (E): serve para estabelecer limites de exposição do 
corpo todo à radiação, a fim de limitar a ocorrência de efeitos 
cancerígenos e hereditários. 
– É a soma das doses equivalentes nos tecidos ou órgãos (H) 
multiplicada pelo fator de ponderação de um tecido ou órgão wt, 
e a sua unidade, também, é o Sievert (Sv). 
– É definida como: 
 
E = Σ wt . Ht 
 
– Os fatores de ponderação wt de um tecido ou órgão estão listados 
na tabela a seguir e estão relacionados com a sensibilidade um 
dado tecido ou órgão à radiação, no que se refere à indução de 
câncer e efeitos hereditários. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
TECIDO OU ÓRGÃO Wt (ICRP-103 DE 2007) 
Gônadas 0,08 
Medula Óssea 0,12 
Cólon 0,12 
Pulmão 0,12 
Estômago 0,12 
Mama 0,12 
Bexiga 0,04 
Esôfago 0,04 
Fígado 0,04 
Tireoide 0,04 
Superfície do Osso 0,01 
Cérebro 0,01 
Glândulas Salivares 0,01 
Pele 0,01 
Restante (Suprarrenais, Intestinos G e D, rins, músculo, pâncreas, baço, timo e útero) 0,12 
Soma Total 1,00 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
Wt 1 
Wt 2 
 Wt 3 
E = (Ht . Wt1) + (Ht . Wt2) + (Ht . Wt3) 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
APLICAÇÃO DOSE LIMITE OCUPACIONAL 
DOSE EFETIVA 20 mSv por ano (média 
definida pelas doses nos 
últimos 5 anos) 
50 mSv em um único ano 
 
DOSE EQUIVALENTE ANUAL EM: 
CRISTALINO 150 mSv 
PELE 500 mSv 
EXTREMIDADES (MÃOS E PÉS) 500 mSv 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
• Exemplo 8: 
• Suponha que uma pessoa seja exposta, a um 
campo homogêneo de raios X com uma exposição 
total de 19 R, responda (unidades do SI): 
• A) Qual o valor da dose absorvida? 
• B) Qual o valor da dose equivalente? 
• C) Qual o valor da dose efetiva? (irradiação do 
corpo inteiro wT = 1) 
• D) Qual o valor da dose efetiva, caso somente as 
gônadas fossem expostas? 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
• GRANDEZAS OPERACIONAIS: existem as recomendações 
internacionais e nacionais de limitação de dose de 
radiação, e as pessoas ocupacionalmente expostas 
devem obedecer a essa limitação. 
• As grandezas utilizadas na limitação, porém, não são 
mensuráveis. 
• Como é possível saber, então, se uma pessoa exposta 
ocupacionalmente à radiação está obedecendo às 
recomendações? 
• Para correlacionar essas grandezas ao campo de radiação 
o ICRU e o ICRP introduziram as grandezas operacionais 
para medidas de exposição à radiação externa. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
• A principal grandeza introduzida é o equivalente de 
dose pessoal (Hp = Q . D), a uma certa profundidade 
para os casos de irradiação com fontes externas ao 
corpo. 
• Para fótons acima de 20 keV, adota-se a profundidade 
de 10 mm e o valor obtido pode ser usado como 
estimativa da dose efetiva. 
• Para fótons com energia abaixo de 20 keV (pouco 
penetrantes), adota-se a profundidade de 0,07 mm e o 
valor obtido pode ser usado pra estimar a dose 
equivalente na pele e extremidades. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
• Hp é usado, em último caso, para avaliar a exposição 
ocupacional quando as pessoas que estão num dado 
ambiente não utilizam monitores individuais (ex.: 
pilotos e comissários de bordo). 
• Teoricamente, essas grandezas são correlacionadas 
com as grandezas de proteção. 
• A unidade dessas grandezas, também, é o Sv. 
• Essas grandezas operacionais utilizam fatores de 
qualidade da radiação Q como fator de peso. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
• Esses fatores de qualidade da radiação são dados em 
função da transferência linear de energia (LET), uma vez 
que o LET depende do tipo de radiação e de sua energia. 
• Para feixes aos quais estamos potencialmente mais 
expostos (RX, gama e elétrons), o fator de qualidade Q é 
1, o que faz com que a dose absorvida D (Gy) e o 
equivalente de dose H (Sv) tenham o mesmo valor 
numérico. 
• Por exemplo: uma dose absorvida de 1 mGy corresponde 
a um equivalente de dose de 1 mSv. 4 Gy correspondem 
a 4 Sv, e assim por diante (quando a radiação for de 
fótons ou elétrons). 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
• Na prática, para avaliar os potenciais efeitos 
biológicos, usam-se para Q os mesmos valores 
de wr. 
 
 
 
 
• Assim, uma dose absorvida de 1 mGy, no 
casso de irradiação por partículas alfa, 
equivale a um equivalente de dose de 20 mSv. 
TIPOS DE RADIAÇÃO wr (ICRP-2007) 
Fótons de todas as energias 1 
Elétrons de todas as energias 1 
Prótons 2 
Partículas Alfa 20 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– EQUIVALENTE DE DOSE PESSOAL (Hp): é uma 
grandeza operacional para monitoração individual 
externa (radiação que incide num indivíduo de fora 
para dentro). 
– A grandeza Hp é obtida pelo produto da dose 
absorvida (em um determinado ponto), em uma 
certa profundidade, pelo fator de qualidade Q da 
radiação (Hp = Q . D). 
– O valor de Hp é obtido por meio do monitor 
individual que o indivíduo ocupacionalmente 
exposto (trabalhador) utiliza no local do corpo, 
geralmente o tórax. 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
– Na rotina, a dose é acumulada durante um mês 
para, em seguida, haver o processamento do 
dosímetro. 
– O valor obtido deve fornecer uma estimativa 
conservadora da dose efetiva. 
– Para a verificação do cumprimento das 
recomendações, em relação aos limites de dose 
efetiva E, deve-se medir o Hp a 10 mm e para a 
dose equivalente no cristalino, na pele e nas 
extremidades o Hp deve ser verificado a 0,07 mm. 
• Exemplo 9: Uma pesquisadora ingeriu, acidentalmente, 
uma solução contendo Po-210, que é uma fonte emissora 
de partículas alfa com energia de 5,3 MeV. Essa fonte 
entregou uma dose de 5,56 x 10-5 Gy no corpo da 
pesquisadora. Responda: 
• A) Qual o equivalente de dose? 
• B) Se ela tivesse ingerido uma fonte de partículas beta 
(como o S-35, por exemplo), que tivesse entregue a mesma 
dose ao corpo, qual teria sido o equivalente de dose? 
• C) Comparando os dois valores calculados, como são os 
potenciais efeitos biológicos produzidos pelos 2 elementos 
radioativos mencionados? 
GRANDEZAS DE RADIOPROTEÇÃO 
RESUMINDO 
Grandeza Equação Meio Tipo de 
Radiação 
Unidade 
SI 
Unidade 
Original 
Conversão 
Exposição X = dQ / dm ar X e gama C/kg R 1R = 2,58 x 10-4 C/kg 
Dose 
Absorvida 
D = dE / dm qualquer qualquer Gy (J/kg) rad 1 Gy = 100 rad 
Kerma K = dEtr / dm qualquer X, gama e 
nêutrons 
Gy (J/kg) rad 1 Gy = 100 rad 
Dose 
Equivalente 
Ht = wr . D órgão ou 
tecido 
qualquer Sv rem 1 Sv = 100 rem 
Dose Efetiva E = Σ wt . Ht corpo 
todo 
qualquer Sv rem 1 Sv = 100 rem 
Equivalente 
de Dose 
Pessoal 
H = Q . D corpo 
todo 
qualquer Sv rem 1 Sv = 100 rem

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