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Weberson Santiago
Design e ilustração digital
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A Série Universitária foi desenvolvida pelo Senac São Paulo 
com o intuito de preparar profissionais para o mercado de 
trabalho. Os títulos abrangem diversas áreas, abordando 
desde conhecimentos teóricos e práticos adequados às 
exigências profissionais até a formação ética e sólida.
Design e ilustração digital apresenta os fundamentos da 
linguagem gráfica digital e explora as etapas da construção 
da imagem empregando técnicas de desenvolvimento 
de ilustrações para diferentes áreas. O livro também 
contextualiza os processos técnicos e artísticos no decorrer 
da evolução tecnológica. O objetivo é proporcionar uma 
visão ampla do universo da imagem digital e apresentar 
ferramentas e técnicas para a prática da ilustração aplicada 
a projetos comerciais ou autorais. 
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Simone M. P. Vieira – CRB 8a/4771)
Santiago, Weberson
  Design e ilustração digital / Weberson Santiago. – São Paulo : 
Editora Senac São Paulo, 2025. (Série Universitária)
  Bibliografia.
  e-ISBN 978-85-396-5181-8 (ePub/2025)
  e-ISBN 978-85-396-5182-5 (PDF/2025)
  1. Design gráfico. 2. Computação gráfica. 3. Desenho digital.  
4. Ilustração como profissão. I. Título. II. Série.
24-2310c CDD – 741.6
 BISAC DES007040
Índice para catálogo sistemático:
1. Ilustração digital : Design gráfico 741.6
DESIGN E 
ILUSTRAÇÃO DIGITAL
Weberson Santiago
Administração Regional do Senac no Estado de São Paulo
Presidente do Conselho Regional
Abram Szajman
Diretor do Departamento Regional
Luiz Francisco de A. Salgado
Superintendente Universitário e de Desenvolvimento
Luiz Carlos Dourado
Editora Senac São Paulo
Conselho Editorial
Luiz Francisco de A. Salgado 
Luiz Carlos Dourado 
Darcio Sayad Maia 
Lucila Mara Sbrana Sciotti 
Luís Américo Tousi Botelho
Gerente/Publisher
Luís Américo Tousi Botelho 
Coordenação Editorial
Verônica Pirani de Oliveira
Prospecção
Andreza Passos 
Dolores Crisci Manzano 
Paloma Marques
Administrativo
Marina P. Oliveira
Comercial
Aldair Novais Pereira
Comunicação e Eventos
Tania Mayumi Doyama Natal
Coordenação de Arte
Antonio Carlos De Angelis
Coordenação de Revisão de Texto
Marcelo Nardeli
Acompanhamento Pedagógico
Mônica Rodrigues dos Santos
Designer Educacional
Lauro Tozetto Neto
Revisão Técnica
João Cesar Todelo Lopes 
Preparação e Revisão de Texto
Cibele Machado
Projeto Gráfico
Alexandre Lemes da Silva 
Emília Corrêa Abreu
Capa
Antonio Carlos De Angelis
Editoração Eletrônica e Ilustrações
Manuela Ribeiro 
Natália da Silva Nakashima
Imagens
Adobe Stock Photos e ilustrações do autor
Proibida a reprodução sem autorização expressa.
Todos os direitos desta edição reservados à
Editora Senac São Paulo
Av. Engenheiro Eusébio Stevaux, 823 – Prédio Editora
Jurubatuba – CEP 04696-000 – São Paulo – SP
Tel. (11) 2187 4450
editora@sp.senac.br
https://www.editorasenacsp.com.br
© Editora Senac São Paulo, 2025
Sumário
Capítulo 1
Fundamentos da 
observação visual, 7
1 Tradução de observações visuais 
em representações gráficas, 8
2 Estímulo da percepção visual, 10
3 Sensibilidade artística 
na ilustração, 12
Considerações finais, 15
Referências, 16
Capítulo 2
Ilustração digital, 17
1 Ilustração digital, 18
2 Criatividade na expressão 
artística, 21
3 Desenvolvimento de um 
estilo pessoal, 24
Considerações finais, 26
Referências, 26
Capítulo 3
Dominando os recursos 
gráficos, 29
1 Contrastes entre luz e sombra 
na ilustração digital, 30
2 Composição espacial para 
ilustração digital, 33
3 Profundidade e tridimensionalidade 
gráfica, 37
Considerações finais, 41
Referências, 41
Capítulo 4
História da arte na ilustração, 43
1 Elementos da história da arte na 
produção de ilustrações, 44
2 Linguagens gráficas 
na ilustração, 47
3 Adaptação e releitura artística, 52
Considerações finais, 53
Referências, 54
Capítulo 5
Aplicações profissionais 
na ilustração, 55
1 Ilustração em projetos editoriais, 56
2 Design de personagens 
e narrativa visual, 63
3 Mídias e suportes para ilustração, 67
Considerações finais, 69
Referências, 70
Capítulo 6
Ilustração digital e tecnologia, 71
1 Linguagens gráficas digitais, 72
2 Ferramentas digitais para 
ilustração, 75
3 Formatação e arte final na 
ilustração digital, 78
Considerações finais, 81
Referências, 82
Capítulo 7
Processo criativo e 
desenvolvimento de projetos, 83
1 Etapas do processo criativo 
na ilustração, 84
2 Desenvolvimento de projetos 
ilustrativos, 87
3 Experimentação e aplicação 
na ilustração, 89
Considerações finais, 91
Referências, 92
Capítulo 8
Práticas e aplicações 
profissionais, 93
1 Mercado e tendências na 
ilustração digital, 94
2 Estratégias profissionais 
em ilustração, 96
3 Portfólio, 98
Considerações finais, 101
Referências, 102
Sobre o autor, 105
M
aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo. 7
Capítulo 1
Fundamentos da 
observação visual 
A ilustração, arte de representar ideias, histórias e conceitos por meio 
de imagens, exige mais do que apenas habilidade técnica. É um processo 
que envolve a capacidade de observar o mundo, traduzir suas nuances 
para uma linguagem visual e, por fim, transmitir emoções e ideias. Neste 
texto, exploraremos os desafios e as possibilidades da representação 
gráfica, desde a importância da percepção visual até o papel da sensibi-
lidade artística.
Você já se frustrou ao tentar transformar suas ideias em uma ilustra-
ção? A sensação de que a arte finalizada nunca corresponde à sua visão 
inicial é comum, mesmo entre os profissionais mais experientes. A boa 
notícia é que essa dificuldade pode ser superada com a compreensão 
dos processos envolvidos na criação de uma ilustração digital.
8 Design e ilustração digital
Neste livro vamos refletir sobre algumas etapas que estão por trás de 
uma boa ilustração. Começaremos explorando como entendemos as 
imagens e aplicação das ilustrações em suas diferentes áreas. As eta-
pas que antecedem o primeiro traço, como a pesquisa visual, a criação 
de esboços e escolha de estilo. Vamos refletir sobre como simples ativi-
dades de observação e análise contribuem para a transformação do 
olhar. E como isso vai auxiliar você na criação de imagens únicas, signi-
ficativas com muito mais personalidade.
1 Tradução de observações visuais 
em representações gráficas
Um desafio recorrente aos produtores de imagem é a tentativa, mui-
tas vezes frustrante, de transportar a imagem do universo imaginativo 
para um suporte, seja uma tela, um papel ou qualquer outra superfície. 
Essa frustração é parte inerente ao processo criativo, faz parte do desen-
volvimento da imagem.
Para que possamos ter mais êxito na criação de ilustrações, é preciso 
desmembrar e refletir sobre alguns pensamentos comuns. Um deles é 
a ideia de que um bom desenho ou ilustração é aquele que melhor trans-
mite a realidade, com características mais realistas. Embora essas ima-
gens encantem, não é só isso que define uma boa ilustração.
Vamos seguir raciocinando sobre essa temática utilizando como ponto 
de reflexão o desenho. O que é um bom desenho? Um desenho realista? 
Depende da função e intenção da criação. Em alguns casos, o próprio 
processo de criação é o objetivo final, afastando a expectativa estética.
Quando uma criança desenha, ela não problematiza muito o ato da 
representação gráfica pois, para ela, desenharleitura diferenciada.
A tecnologia digital oferece aos ilustradores uma variedade de ferra-
mentas que facilitam o processo de criação, revisão e colaboração com 
editores e designers gráficos. Essas ferramentas também auxiliam na 
criação de elementos interativos em publicações digitais, como anima-
ções e gráficos que respondem ao toque ou cliques, ampliando a intera-
ção com o usuário.
O público-alvo e o contexto da publicação são dois elementos impor-
tantes, no entanto, não caia na armadilha de pensar que, por exemplo, 
um livro infantil pode exigir sempre ilustrações vibrantes e atraentes que 
cativem a imaginação das crianças, enquanto um texto acadêmico sem-
pre necessita de ilustrações mais sóbrias. Isso é discutível porque se o 
ilustrador ou diretor de arte fizer o contrário, pode gerar ainda mais aten-
ção e transmitir melhor o conceito da mensagem desejada. O profissio-
nal deve, portanto, ter a sensibilidade de interpretação de texto para criar 
imagens que atendam às necessidades específicas do conteúdo.
No campo editorial, as ilustrações podem assumir várias formas, cada 
uma adequada a um propósito específico. Por exemplo, a caricatura é 
usada frequentemente em publicações de humor ou políticas. A plurali-
dade temática editorial permite diversos estilos e linguagens gráficas. 
Há espaço para muitos tipos de imagens, por exemplo, em textos aca-
dêmicos e educativos, a ilustração científica sempre está presente. As 
figuras 1 e 2 apresentam exemplos de ilustração informativa: uma ilus-
tração científica e um infográfico.
58 Design e ilustração digital
Figura 1 – Ilustração científica
Figura 2 – Infográfico
O objetivo da ilustração informativa ou infográfico é simplificar, orga-
nizar dados complexos ou informações densas. A beleza gráfica é impor-
tante, mas, nesse caso, a questão estética tem que estar a serviço da 
informação. Obviamente, o encantamento também estará presente, como 
podemos observar nas figuras 3 e 4.
59Aplicações profissionais na ilustração
A mídia na qual a ilustração será publicada influencia diretamente o 
estilo e a técnica utilizados. Ilustrações para mídia impressa exigem con-
siderações sobre a resolução, o uso de cores (que pode variar depen-
dendo do processo de impressão) e a integração física com o material. 
Algumas questões da estrutura física e anatômica do material devem 
ser levadas em consideração.
Um exemplo disso é o tipo de encadernação que a publicação terá, 
pois o tipo de encadernação escolhido pode aumentar ou diminuir o 
espaço neutro que o ilustrador deverá controlar no meio da página, no 
que se conhece por “lombada” ou “espinha” do livro ou da revista. Nas 
figuras 3 e 4 estão dois exemplos de utilização do espaço para ilustrar. 
Preste atenção ao local em que o ilustrador desloca elementos impor-
tantes e mantém um determinado afastamento do centro da página, pois 
a ilustração pode se perder em função da encadernação do material. A 
figura 3 mostra uma ilustração dentro do grid, já a figura 4 apresenta uma 
solução com a imagem que se expande fora do grid, mas sempre pre-
servando a hierarquia do texto.
Figura 3 – Página dupla
60 Design e ilustração digital
Figura 4 – Ilustração expandida
Nas figuras 5 e 6 encontramos mais dois exemplos de composição 
e integração entre texto e imagem. Nos dois casos as ilustrações estão 
seguindo a estrutura do grid e funcionam muito bem. Na figura 5, a forma 
horizontal prevalece e fortalece a estrutura das colunas de texto. Na figura 
6, a ilustração está dentro de um box de página simples, mas ainda assim 
gera uma boa interação entre a relação texto e imagem. 
Figura 5 – Ilustração dupla
61Aplicações profissionais na ilustração
Figura 6 – Ilustração quadrada
Na sequência, um outro exemplo no qual podemos observar que a 
tipografia está em simbiose com a ilustração dentro do grid, com reforço 
das mesmas cores utilizadas gerando unidade, integração e harmonia. 
A figura 7 mostra a ilustração solta e a figura 8 apresenta a arte aplicada 
ao projeto gráfico.
Figura 7 – Ilustração solta
62 Design e ilustração digital
Figura 8 – Ilustração aplicada ao projeto
A ilustração não funciona isoladamente; ela deve estar em harmonia 
com todos os elementos do projeto gráfico, incluindo tipografia, layout e 
esquema de cores. O entendimento dessa interação é fundamental para 
criar uma composição coesa que não apenas atraia visualmente, mas 
também reforce o conteúdo e a usabilidade da publicação. Por exemplo, 
a escolha de uma ilustração muito detalhada pode conflitar com um 
fundo também detalhado, levando a uma percepção visual confusa.
Já a mídia digital oferece maior flexibilidade de cores e formatos, além 
da possibilidade de interatividade, como links embutidos e animações, 
que podem enriquecer a experiência do usuário. Essas facilidades podem 
ser muito úteis para a produção, porém há diversas características e par-
ticularidades que geram limitações. Essas questões merecem atenção.
Um dos problemas recorrentes gerados pela utilização de mídias digi-
tais para ilustração é a capacidade de utilizar as ferramentas de zoom para 
aproximar e trabalhar em detalhes da imagem. Porém, não se deve esque-
cer do tamanho, pois essa mesma imagem será visualizada em aparelhos 
diversos. Em muitos casos, quem vai visualizar a imagem não tem um 
equipamento de alta tecnologia. É sempre bom lembrar da mensagem que 
63Aplicações profissionais na ilustração
será transmitida. O papel do ilustrador é, em muitos aspectos, semelhante 
ao de um contador de histórias, para quem cada escolha de design tem o 
potencial de adicionar profundidade e significado ao texto. “Assim como 
na vida, um projeto é formatado pelas escolhas feitas durante o processo 
de criação” (Leal, 2020, p. 205).
O espaço flui da maneira que lemos, da esquerda para a direita, 
atravessando a dobra e passando para a página seguinte. Não é 
estático, embora o vejamos imóvel na tela ou nas cópias em papel. 
Explorar o potencial desse movimento subjacente nos ajudará a 
comunicar de maneira mais dinâmica e a deixar o produto mais 
vivo (White, 2003, p. 29).
Outra consideração importante para a ilustração digital é a plataforma 
de publicação. A arte pode ser criada para impressão, mas muitas obras 
digitais são destinadas exclusivamente para visualização online, o que 
pode afetar a escolha de cor (RGB ou CMYK), formato de arquivo e reso-
lução. Plataformas como redes sociais e portfólios online também ofe-
recem aos ilustradores maneiras de alcançar um público global sem os 
custos e as limitações da distribuição física.
2 Design de personagens e narrativa visual
O design de personagens é uma das áreas fascinantes da ilustração 
digital, que combina arte, psicologia e narrativa para criar figuras memo-
ráveis. Essencial em mídias como animação, games e cinema, o design 
de personagens não só dá vida a histórias, mas também ajuda a definir 
o tom e o estilo de projetos visuais.
O processo de criação de um personagem começa com um entendi-
mento profundo de sua finalidade dentro da história. Cada detalhe, desde 
a forma física até os traços de personalidade, deve ser pensado para ser-
vir a uma função narrativa. Por exemplo, um herói em uma aventura pode 
ser desenhado com linhas fortes e confiantes para transmitir coragem. 
64 Design e ilustração digital
Já um vilão pode ter características exageradas, sombrias, formas geo-
métricas triangulares, pontiagudas, para evocar medo ou desconfiança, 
como se pode observar na figura 9, que apresenta a imagem da perso-
nagem Malévola, da Disney.
Figura 9 – Malévola
A ilustração digital oferece uma variedade de ferramentas que facili-
tam a experimentação e a interação no design de personagens. A habili-
dade de ajustar cores, texturas e sombras rapidamente ajuda a experimentar 
várias versões de um personagem sem o comprometimento de técnicas 
tradicionais. Um importante aspecto do design de personagens é a capa-
cidade de expressar emoções e estados de espírito.Os personagens 
devem ser capazes de comunicar sentimentos e personalidades através 
de suas expressões faciais, posturas e gestos. Essa expressividade é 
importante para conectar o público com o personagem, tornando melhor 
a sua experiência. A figura 10 apresenta estudos de um personagem em 
diversas posições para ajudar na compreensão de seu visual.
65Aplicações profissionais na ilustração
Figura 10 – Personagem
Ao projetar personagens, é importante considerar o impacto cultural 
e ético de como eles são representados. Isso inclui evitar estereótipos e 
representar a diversidade de formas que respeitem as várias audiências. 
A responsabilidade do designer é grande, pois as representações podem 
influenciar percepções e comportamentos no mundo real. O design de 
personagens é um processo dinâmico que pode evoluir à medida que a 
história progride. Personagens podem passar por transformações visuais 
para refletir seu crescimento ou mudanças na narrativa. Esse desenvol-
vimento deve ser coerente e justificado no contexto da história, man-
tendo a consistência e a credibilidade do universo da narrativa.
Resumindo, o design de personagens na ilustração digital é uma dis-
ciplina complexa que exige uma combinação de habilidades artísticas e 
técnicas, uma compreensão profunda da narrativa e um compromisso 
com a representação ética.
O visual de um personagem ajuda a contar a história. A narrativa visual 
é um elemento central na criação de personagens, envolve a capacidade 
de contar histórias por meio de imagens. Esse processo é importante em 
diversas áreas da comunicação visual, desde livros infantis e histórias em 
66 Design e ilustração digital
quadrinhos até animações e jogos eletrônicos. Ao dominar as técnicas 
de narrativa visual, ilustradores podem transmitir emoções, construir ten-
sões e orientar o público através de um fluxo narrativo. Para criar uma 
narrativa visual eficaz, ilustradores devem considerar vários aspectos que 
compõem a linguagem visual. Elementos como composição, cor, ilumi-
nação e perspectiva não só estabelecem o cenário, mas também desem-
penham papéis importantes em como a história é percebida e interpretada. 
A composição orienta o olhar do espectador, a cor pode ser usada para 
evocar emoções específicas ou simbolizar ideias, enquanto a iluminação 
pode enfatizar momentos-chave ou alterar o tom de uma cena.
Assim como na escrita, em que a cadência das palavras afeta a leitura, 
no design de narrativa visual, o ritmo das imagens influencia a experiên-
cia do espectador. O ritmo pode ser gerenciado através da variação no 
tamanho e disposição das imagens, na intensidade das cores ou na com-
plexidade dos elementos visuais. A alternância entre cenas densamente 
detalhadas e outras mais simples ou entre sequências rápidas e lentas 
pode criar uma experiência dinâmica que mantém o público engajado. 
Em muitos projetos de ilustração digital, a interação entre texto e ima-
gem é essencial. Essa relação pode variar desde a integração sutil de 
texto na arte visual até o diálogo explícito entre texto e imagem, como 
encontrado em livros infantis ou histórias em quadrinhos. Cada aborda-
gem oferece diferentes oportunidades e desafios para o ilustrador, que 
deve equilibrar a legibilidade do texto com a expressividade das imagens. 
Segundo Sophie Van der Linden (2011, p. 115) “o tempo do texto e o 
tempo da imagem não se correspondem de modo obrigatório”.
Metáforas visuais e simbolismo são ferramentas poderosas na nar-
rativa visual, permitindo que ilustradores comuniquem camadas mais 
profundas de significado de maneira concisa. Por exemplo, a utilização 
de objetos ou cenários específicos pode servir como metáfora para temas 
mais amplos, enriquecendo a narrativa sem necessidade de explicações 
adicionais. 
67Aplicações profissionais na ilustração
A narrativa visual não é universal; ela é interpretada pelas lentes cul-
turais do público. Portanto, é importante que ilustradores estejam cien-
tes das diversas interpretações e respostas que suas imagens podem 
evocar. Compreender o contexto cultural do público-alvo pode ajudar a 
evitar mal-entendidos e reforçar a eficácia da comunicação visual.
3 Mídias e suportes para ilustração
As mídias tradicionais, como papel, tela e madeira, oferecem uma expe-
riência tátil e direta que muitos artistas valorizam. Cada material possui 
propriedades únicas que afetam a aplicação de diferentes técnicas, como 
aquarela, óleo, acrílico, carvão e lápis. Por exemplo, o papel para aquarela, 
com sua capacidade de absorver água, é ideal para técnicas que reque-
rem mistura de cores e transparências, enquanto telas são preferidas para 
pinturas a óleo ou acrílico devido à sua durabilidade e textura. 
Na ilustração digital, os “suportes” referem-se geralmente aos soft-
wares e dispositivos utilizados para criar e visualizar a arte. As ferramen-
tas, suportes e mídias simulam muitas características de técnicas 
analógicas, mas também têm suas particularidades e singularidades que 
variam de acordo com cada ferramenta e linguagem da computação grá-
fica. A revolução digital trouxe diversas novas mídias e suportes para 
ilustradores. Softwares como o Adobe Photoshop, o Illustrator e Pro-
create permitem criar ilustrações detalhadas sem a necessidade de mate-
riais físicos. Além disso, tablets gráficos e monitores interativos oferecem 
um nível de precisão e flexibilidade que as mídias tradicionais não podem 
igualar. A ilustração digital não só facilita a edição e alteração de traba-
lhos em progresso, mas também permite a integração de elementos mul-
timídia, como animação e interatividade.
Além das opções mais convencionais, muitos ilustradores exploram 
suportes alternativos, que podem incluir desde tecidos até objetos tridi-
mensionais que são digitalizados e utilizados como texturas em suas obras. 
68 Design e ilustração digital
Essas escolhas não convencionais podem transformar uma ilustração. 
Trabalhar com esses suportes requer uma compreensão das limitações 
e potencialidades do material escolhido, bem como técnicas adaptadas 
para garantir a durabilidade e a eficácia visual da obra. Ilustradores pre-
cisam considerar como diferentes suportes podem afetar a percepção 
da cor, a textura e o impacto geral da imagem. Além disso, fatores práti-
cos como custo, disponibilidade e facilidade de uso também são impor-
tante na escolha do suporte.
A ilustração digital também se estende para mídias interativas, nas 
quais as ilustrações podem ser parte de experiências de usuários em 
websites, aplicativos ou jogos, onde os ilustradores trabalham em con-
junto com designers UX/UI para criar interfaces que são ao mesmo tempo 
esteticamente agradáveis e funcionalmente intuitivas. A ilustração digi-
tal em ambientes web pode incluir animações, elementos clicáveis e 
outras interações que enriquecem a experiência do usuário.
A técnica de colagem, por exemplo, é uma das possibilidades que 
também podem ser utilizadas na ilustração digital. Ela oferece uma abor-
dagem para criar imagens que combinam diversos elementos visuais de 
múltiplas fontes em uma única composição. Utilizando softwares de edi-
ção de imagem como Adobe Photoshop, se consegue sobrepor textu-
ras, fotografias, desenhos e tipos gráficos, explorando contrastes e 
interações visuais que seriam impossíveis nas formas tradicionais de 
colagem. 
Figura 11 – Colagem
69Aplicações profissionais na ilustração
Tablets gráficos, como os produzidos pela Wacom, e tablets com dis-
play interativo, como o iPad com Procreate, permitem que os ilustrado-
res trabalhem diretamente na tela, o que oferece uma experiência intuitiva 
e imersiva. Esses dispositivos variam em sensibilidade à pressão, reso-
lução e tamanho, influenciando diretamente a precisão e o detalhe das 
obras.
Cada software vem com um conjunto único de ferramentas e oferece 
recursos exclusivamente digitais, como camadas infinitas, filtros e efei-
tos especiais. A escolha do software muitas vezes depende doestilo do 
artista e do resultado desejado, mas, sobretudo, essa escolha sempre 
vai ser guiada para quais ferramentas o ilustrador se sentirá mais con-
fortável. É importante conhecer os diferentes formatos e características, 
mas não se preocupe em querer dominar todas as ferramentas. Experi-
mente-as e divirta-se.
Considerações finais
É importante reconhecer as conexões entre as diversas áreas e cam-
pos de atuação em que o profissional de ilustração digital pode atuar. A 
ilustração em projetos editoriais complementa o texto e expande a nar-
rativa, oferecendo novas dimensões de interpretação e engajamento. Em 
paralelo, o design de personagens molda a conexão emocional e psico-
lógica dos espectadores com a história e é essencial para a imersão, 
identificação e conexão. A narrativa visual, através do uso estratégico de 
composição, cor e movimento, constrói e conduz a história visual e emo-
cional do público, fundamentando o ritmo e o impacto da história.
Além disso, a escolha adequada de mídias e suportes possibilita diver-
sas formas de aplicação técnica para transmitir efetivamente essas nar-
rativas artísticas. Cada suporte-meio oferece características únicas e 
desafios específicos que podem enaltecer ou limitar a expressão criativa 
do ilustrador. Ao compreender as ferramentas e tecnologias disponíveis, 
70 Design e ilustração digital
os ilustradores podem maximizar seu potencial criativo e adaptar suas 
obras às necessidades e expectativas de um público específico. Enten-
der essas dimensões não apenas aprimora as habilidades técnicas, mas 
também fortalece a narrativa e amplia sua capacidade de contar histó-
rias através de suas ilustrações.
Referências
LEAL, L. Processo de criação em design gráfico: Pandemonium. São Paulo: 
Editora Senac São Paulo, 2020.
LINDEN, S. V. Para ler o livro ilustrado. São Paulo: Cosac Naify, 2011.
MORAES, O. Traço e prosa. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
VIGNA, C. Ilustração digital. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2023.
WHITE, J. V. Edição e design. São Paulo: JSN Editora, 2003.
M
aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo. 71
Capítulo 6
Ilustração digital 
e tecnologia
Neste capítulo, vamos explorar aspectos essenciais da ilustração digi-
tal que são indispensáveis para qualquer artista ou designer. No tópico 
linguagens gráficas digitais, abordaremos linguagens específicas da ima-
gem digital, como Pixel Art, vetorização e modelagem 3D, destacando as 
características únicas de cada técnica e as possibilidades que elas ofe-
recem para a expressão criativa. Esses recursos visuais, embora distin-
tos, contribuem de maneira significativa para a flexibilidade e o impacto 
estético da ilustração digital.
Em ferramentas digitais para ilustração, vamos explorar as principais 
ferramentas e softwares que facilitam o processo criativo e a divulgação 
das ilustrações digitais. Desde programas amplamente utilizados, como 
Adobe Photoshop e Illustrator, até ferramentas de modelagem 3D. Este 
capítulo fornecerá uma visão geral das opções disponíveis que podem 
ajudá-lo a escolher os recursos mais adequados de acordo com suas 
necessidades artísticas e técnicas.
72 Design e ilustração digital
Por fim, em formatação e arte final na ilustração digital, estudaremos 
os processos finais, frequentemente negligenciados, mas que são de 
extrema importância para a qualidade e o impacto visual das obras. 
Vamos entender algumas práticas de formatação, escolha de cores, ajus-
tes finais, tipos de arquivo e exportação, garantindo que as ilustrações 
sejam finalizadas com precisão e estejam prontas para publicação ou 
impressão.
1 Linguagens gráficas digitais
Vamos agora conhecer algumas linguagens gráficas utilizadas em 
plataformas digitais, cada uma oferecendo diferentes possibilidades de 
expressão artística. Uma das mais reconhecíveis na ilustração digital é 
a Pixel Art, que utiliza unidades individuais de cor, ou pixels, para criar 
imagens detalhadas. Inspirada nos primórdios da computação gráfica, 
essa técnica remete à estética dos primeiros videogames e interfaces 
gráficas dos anos 80 e 90, tornando-se um estilo visual que continua a 
ser amplamente utilizado e apreciado até hoje.
A Pixel Art evoca uma sensação nostálgica ao mesmo tempo em que 
desafia o ilustrador a trabalhar dentro de um grid muito restrito, onde 
cada pixel conta. Devido a essa limitação, a criação de detalhes e a defi-
nição de formas e sombras requerem uma habilidade aguçada de sim-
plificação e abstração. A escolha cuidadosa de cores e a organização 
precisa dos pixels são essenciais para transmitir volume, profundidade 
e emoção em uma escala mínima.
Apesar de sua aparente simplicidade, a Pixel Art pode ser incrivel-
mente sofisticada, permitindo que os artistas criem obras com alto grau 
de complexidade e impacto visual. Muitos artistas utilizam essa lingua-
gem para criar ilustrações ricas e detalhadas, enquanto outros se espe-
cializam em animações com estilo pixelado.
73Ilustração digital e tecnologia
Atualmente, a Pixel Art transcendeu suas origens e não está limitada 
apenas a jogos. Ela é usada em uma variedade de projetos, incluindo inter-
faces de aplicativos, capas de álbuns, design de produtos e até mesmo 
como forma de expressão artística pura em galerias de arte. Com o renas-
cimento da estética retrô e a crescente popularidade de estilos minima-
listas, a Pixel Art continua a inspirar uma nova geração de ilustradores 
que exploram essa linguagem tanto por sua beleza nostálgica quanto por 
seu potencial inovador.
Figura 1 – Pixel Art
A ilustração vetorial, como abordado nos capítulos anteriores, é baseada 
em fórmulas matemáticas que criam linhas, curvas e formas geométri-
cas. Diferente das imagens rasterizadas, que são compostas por pixels, 
o vetor utiliza equações para definir os elementos gráficos, o que permite 
que sejam escalados infinitamente sem perda de qualidade. Isso faz com 
que a ilustração vetorial seja ideal para projetos em que a resolução pre-
cisa ser ajustada com frequência, como logotipos, gráficos, ícones e info-
gráficos. Esse tipo de ilustração é muito utilizado em design gráfico e 
comunicação visual devido à sua flexibilidade e precisão, sendo uma 
escolha especialmente eficaz para aplicações que exigem clareza e legi-
bilidade em diversos tamanhos e formatos.
74 Design e ilustração digital
Softwares como Adobe Illustrator, CorelDraw e Affinity Designer são 
as ferramentas principais para criar ilustrações vetoriais. Eles oferecem 
a capacidade de manipular formas, linhas e cores com precisão milimé-
trica. Além de sua escalabilidade, a ilustração vetorial é especialmente 
eficaz na criação de imagens com cores sólidas e contornos nítidos, 
como demonstrado na imagem a seguir. Essa técnica é particularmente 
útil para ilustrações que precisam manter uma aparência consistente 
tanto em mídias digitais quanto impressas. O uso de camadas e a pos-
sibilidade de personalizar traços, preenchimentos e efeitos permitem ao 
designer explorar a simplicidade visual e, ao mesmo tempo, adicionar 
profundidade e sofisticação aos seus trabalhos.
Figura 2 – Ilustração vetorial
A modelagem 3D representa outra linguagem gráfica fundamental na 
ilustração digital. Utilizando softwares como Blender ou Autodesk Maya, 
é possível criar objetos e cenas com profundidade, sombras e texturas 
realistas, que são depois renderizados em imagens 2D. A capacidade de 
simular ambientes realistas ou fantasiosos faz da 3D uma escolha popu-
lar para jogos, filmes, visualizações arquitetônicas e simulações educa-
cionais. Apesar de ser um processo demorado, a ilustração 3D permite 
facilidade de alterações de luminosidade e composição.
75Ilustração digital e tecnologia
Figura 3 – Ilustração 3D
Além de técnicas estáticas, as linguagens gráficas digitaistambém 
incluem componentes dinâmicos como interatividade e animação. Usando 
softwares de animação como Adobe After Effects ou ferramentas web 
como HTML5 e CSS3, os ilustradores podem trazer movimento às suas 
criações, oferecendo novas formas de narrativa visual. À medida que a 
tecnologia avança, também evoluem as novas possibilidades de criação 
dos artistas. 
2 Ferramentas digitais para ilustração 
Há uma imensa diversidade e integração entre as ferramentas digitais 
para a ilustração. Muitos artistas utilizam uma combinação de softwares 
durante o processo criativo, aproveitando os pontos fortes de cada ferra-
menta em diferentes etapas da produção de uma imagem. É importante, 
no entanto, que o ilustrador conheça as principais características de cada 
programa e escolha aquele com o qual se sinta mais confortável e que 
melhor atenda às suas necessidades específicas e estilo pessoal.
76 Design e ilustração digital
Cada ferramenta digital apresenta funcionalidades distintas, permitindo 
otimizar o processo criativo e aprimorar a produção de ilustrações visual-
mente impactantes. Entre as mais utilizadas no mercado, destacam-se:
 • Adobe Photoshop: líder mundial em edição de imagens, o Pho-
toshop é usado tanto para ilustração digital quanto para o trata-
mento de fotos e criação de texturas. Suas funcionalidades vão 
além da pintura digital e retoque, oferecendo recursos para com-
posições complexas através da manipulação de camadas.
 • Adobe Illustrator: concentrado em gráficos vetoriais, o Illustrator 
é ideal para a criação de logotipos, ilustrações escaláveis e design 
gráfico de alta precisão. Suas ferramentas permitem controle total 
sobre formas, cores e tipografia, sem perda de qualidade ao redi-
mensionar imagens, sendo essencial para projetos que exigem fle-
xibilidade e clareza em diversos tamanhos e formatos.
 • Procreate: popular entre artistas que usam o iPad, o Procreate ofe-
rece uma experiência intuitiva de desenho com uma vasta biblio-
teca de pincéis e ferramentas customizáveis. A fluidez de seu sis-
tema, combinada com a capacidade de animar dentro do próprio 
aplicativo, faz dele uma ferramenta poderosa para ilustradores que 
buscam mobilidade sem sacrificar a qualidade.
Figura 4 – Pincéis digitais
77Ilustração digital e tecnologia
Além das ferramentas bidimensionais, a ilustração digital também se 
expande para o campo tridimensional com softwares especializados em 
modelagem e animação 3D:
 • Blender: um software de código aberto para modelagem, anima-
ção e renderização 3D, o Blender oferece uma solução completa 
para artistas que desejam criar desde modelos básicos até anima-
ções detalhadas. Sua flexibilidade e o fato de ser gratuito fazem 
dele uma escolha popular entre ilustradores e animadores 
independentes.
 • Autodesk Maya: amplamente utilizado nas indústrias de cinema 
e jogos, Maya é renomado por suas avançadas capacidades de 
animação, modelagem e efeitos visuais. Seu sistema de anima-
ção robusto o torna uma ferramenta indispensável para produções 
em larga escala que exigem complexidade e realismo.
Além das ferramentas de criação, plataformas digitais como Behance, 
ArtStation e Instagram são muito importantes para a divulgação e pro-
moção do trabalho dos ilustradores. Essas plataformas não apenas aju-
dam na construção de redes profissionais, mas também oferecem aos 
artistas a oportunidade de compartilhar suas obras com um público mais 
amplo, receber feedback direto e construir uma base de seguidores. Ter 
uma presença ativa nessas plataformas é uma parte da vida profissio-
nal de um ilustrador digital, já que elas facilitam a troca de ideias e a visi-
bilidade no mercado.
A eficiência na ilustração digital também está profundamente ligada 
à integração de diferentes ferramentas e plataformas em um fluxo de 
trabalho coeso. Programas como Adobe Creative Cloud permitem uma 
transição suave entre diversos aplicativos Adobe, garantindo que a con-
sistência e a qualidade do trabalho sejam mantidas durante todo o pro-
cesso criativo, desde o esboço inicial até a arte final.
78 Design e ilustração digital
Familiarizar-se com essas ferramentas e aprender a integrá-las de 
maneira eficiente colabora com o sucesso no campo da ilustração digi-
tal. Com a tecnologia em constante evolução, é fundamental que os ilus-
tradores se mantenham atualizados sobre as novas ferramentas e técnicas 
que surgem. Segundo Leal (2020, p. 151), “Atualmente, o computador é 
a principal ferramenta do designer gráfico, sendo utilizado por todos os 
profissionais da área”. 
3 Formatação e arte final na ilustração digital
A fase de formatação e arte final é um dos estágios que pedem muita 
atenção no processo de ilustração digital. É nesse momento que a obra 
ganha os toques finais e é preparada para sua apresentação definitiva, 
seja para impressão ou para exibição em plataformas digitais. Esse pro-
cesso envolve uma série de cuidados que garantem que a ilustração 
atinja sua mais alta qualidade e eficácia visual, assegurando que o resul-
tado esteja de acordo com as expectativas do público ou cliente.
Um dos primeiros fatores a considerar é a resolução e as dimensões 
da imagem. Dependendo do meio em que a ilustração será exibida, as 
exigências variam. Para impressões, a recomendação é trabalhar com 
uma resolução mínima de 300 dpi (dots per inch ou pontos por polegada), 
que oferece um nível de detalhe suficiente para garantir clareza e nitidez 
na impressão. Já para mídias digitais, como websites, redes sociais ou 
aplicativos, a resolução pode ser consideravelmente mais baixa, geral-
mente em torno de 72 dpi, uma vez que telas de dispositivos eletrônicos 
não exigem tanto detalhamento e a resolução menor ajuda a reduzir o 
tamanho do arquivo, melhorando o tempo de carregamento sem perda 
significativa de qualidade visual.
As cores influenciam a nossa percepção. Aristóteles (384 a.C.- 332 
a.C.) foi o precursor do estudo da teoria das cores, mas havia limi-
tações quanto ao que se sabia na época que, para efeitos práticos, 
79Ilustração digital e tecnologia
podemos considerar os estudos feitos a partir de Leonardo da Vinci 
(1452-1519) ou de Isaac Newton (1643-1727) (Vigna, 2023, p.55).
Outro aspecto essencial durante a arte final é a seleção de cores. É 
preciso estar atento às diferenças entre os sistemas de cores RGB (red, 
green, blue; em português: vermelho, verde e azul) e CMYK (cyan, magenta, 
yellow, key/black; em português: ciano, magenta, amarelo e preto), utili-
zados para exibição digital e impressão, respectivamente. O sistema RGB, 
que utiliza a combinação de luzes para criar cores, é ideal para telas, 
enquanto o CMYK, que mistura pigmentos de tinta, é necessário para 
impressão. A conversão de um sistema para o outro pode resultar em 
alterações significativas na aparência das cores. Cores vibrantes, que 
parecem intensas no monitor em RGB, podem se tornar opacas ou per-
der o brilho quando convertidas para o CMYK. Portanto, é imprescindí-
vel ajustar a paleta de cores na fase de arte final, garantindo que a 
ilustração impressa corresponda à expectativa visual inicial. A figura 5 
mostra como algumas cores vibrantes podem perder o brilho quando 
convertidas de RGB para CMYK. 
Figura 5 – Sistemas de cor
Além disso, ao trabalhar com projetos que serão exibidos digitalmente 
e impressos, o ilustrador deve estar preparado para fazer ajustes de con-
versão nos dois sentidos. Quando uma arte originalmente concebida em 
CMYK, para impressão, precisa ser exibida em telas, a conversão para RGB 
80 Design e ilustração digital
é essencial para evitar distorções cromáticas ou perda de qualidade visual 
ao postar nas redes sociais, enviar por e-mail ou exibir em websites.
Uma prática recomendada durante a arte final é a realização de tes-
tes ou provas, especialmente em trabalhos que envolvem impressões de 
grande formato ou de alta qualidade. Provas físicas de cor permitem veri-
ficar se as cores estão adequadamente reproduzidas e seo nível de deta-
lhe corresponde ao esperado. Para trabalhos digitais, é aconselhável 
testar a exibição da ilustração em diferentes dispositivos e plataformas 
(como smartphones, tablets e computadores) para garantir que a ima-
gem mantenha sua consistência visual independentemente da tela em 
que será vista.
O processo de refinamento da ilustração é igualmente fundamental 
nessa etapa. Aqui, o ilustrador deve se concentrar na limpeza e precisão 
dos detalhes, ajustando linhas, removendo manchas ou elementos inde-
sejados, e refinando a textura e a profundidade da obra. Pequenos ajus-
tes, como o uso de filtros e efeitos, podem aprimorar significativamente 
a qualidade visual da ilustração, conferindo mais vida e expressividade 
à obra.
A escolha do formato de arquivo para exportação também é uma deci-
são crítica na fase de arte final. Dependendo do objetivo da ilustração, 
diferentes formatos podem ser mais ou menos adequados. Por exem-
plo, TIFF e PDF são amplamente usados para impressões de alta quali-
dade devido à sua capacidade de preservar todos os detalhes da imagem. 
Já formatos como PNG e JPEG são ideais para uso digital, sendo com-
patíveis com a maioria das plataformas online e oferecendo um bom 
equilíbrio entre qualidade visual e tamanho de arquivo. 
A arte final, portanto, não é apenas uma etapa de polimento ou reto-
que, mas uma fase integral no processo de criação. Ela garante que a 
ilustração digital seja apresentada da melhor forma possível, respeitando 
as especificidades de cada meio de exibição. Quando realizada com 
81Ilustração digital e tecnologia
atenção aos detalhes e ao propósito da obra, a arte final assegura a qua-
lidade, a integridade visual e a consistência cromática.
IMPORTANTE 
O planejamento sempre é seu melhor aliado na criação de ilustrações 
digitais. Criar um arquivo com a resolução adequada para cada projeto 
é extremamente importante. Uma boa dica é que, na dúvida, faça a ilus-
tração com resolução suficiente para que seja impressa, mesmo que a 
princípio vá utilizá-la apenas em meios digitais.
Considerações finais
É evidente que cada um dos aspectos abordados contribui para a prá-
tica da ilustração digital. Compreender as linguagens gráficas digitais 
expande seu repertório técnico e enriquece suas expressões criativas, 
permitindo transitar entre diferentes estilos e técnicas. As ferramentas 
digitais, como discutido, são o alicerce dessa prática, oferecendo aos 
ilustradores a liberdade e a flexibilidade para experimentar e inovar.
Por fim, o capítulo sobre formatação e arte final destaca a importân-
cia de finalizar as obras com precisão, assegurando que cada detalhe 
contribua para a qualidade geral da ilustração. Este processo não é ape-
nas uma etapa técnica, mas uma parte crítica da criação artística, influen-
ciando como a obra é percebida e recebida pelo público. O domínio dessas 
etapas finais é fundamental para garantir que as ilustrações não apenas 
atendam às expectativas estéticas, mas também funcionem correta-
mente nos diversos meios de comunicação visual.
Esses conhecimentos são indispensáveis para qualquer profissional 
do campo da ilustração digital. Eles equipam os artistas com as compe-
tências necessárias para não somente seguir tendências, mas definir 
novos padrões e explorar novas possibilidades na arte digital. 
82 Design e ilustração digital
Referências
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LEAL, L. Processo de criação em design gráfico: Pandemonium. São Paulo: 
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MARTINS, S. A imagem digital na editoração: ajustes, conversão e fechamento 
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VIGNA, C. Ilustração digital. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2023.
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https://www.blender.org/
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https://procreate.com/
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M
aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo. 83
Capítulo 7
Processo criativo 
e desenvolvimento 
de projetos
A ilustração digital é uma área dinâmica que combina técnica, criati-
vidade e experimentação. A seguir, exploraremos três tópicos sobre o 
processo de criação de ilustrações, começando pelas etapas do pro-
cesso criativo, em que discutiremos como a pesquisa, esboço e refina-
mento formam a base para a construção de uma imagem. Cada fase 
desse processo é importante para que o artista desenvolva uma visão 
clara sobre a totalidade de cada projeto.
Em seguida, em desenvolvimento de projetos ilustrativos, vamos enten-
der como estruturar e gerenciar um projeto do início ao fim, seja para um 
cliente específico, uma publicação editorial ou um trabalho pessoal. O 
planejamento, a escolha de técnicas e a organização são essenciais para 
garantir que o ilustrador atinja o resultado esperado, mantendo coerên-
cia e qualidade em todas as etapas do projeto.
84 Design e ilustração digital
Por fim, discutiremos a importância da experimentação e suas apli-
cações na ilustração, um aspecto essencial para o crescimento e inova-
ção dentro da prática artística. Através da experimentação, os ilustradores 
podem descobrir novas maneiras de se expressar, testar técnicas, mate-
riais, estilos e aplicar esses novos conhecimentos em seus projetos. Esse 
ciclo de aprendizado e inovação é o que mantém a ilustração sempre em 
evolução.
1 Etapas do processo criativo na ilustração
O processo criativo na ilustração é composto por várias etapas que 
ajudam a estruturar e guiar o desenvolvimento de umaobra, desde a con-
cepção inicial até sua finalização. Cada ilustrador pode personalizar esse 
processo de acordo com seu estilo e prática, mas existem etapas comuns 
que são seguidas para garantir que a ilustração atenda aos objetivos 
desejados.
Um importante documento para início de qualquer projeto é chamado 
de briefing, nele são reunidas todas as diretrizes e informações essenciais 
para o desenvolvimento do projeto. Um briefing detalhado é essencial, 
pois define o propósito da ilustração, o público-alvo, o tom a ser transmi-
tido e os requisitos específicos do cliente ou do projeto. Nesse momento, 
o ilustrador e o cliente discutem expectativas, prazos e o estilo visual mais 
adequado. O briefing é a base para todo o desenvolvimento posterior, 
guiando as decisões criativas e técnicas ao longo do processo.
A primeira etapa do processo criativo é compreender o objetivo do 
projeto, momento em que o ilustrador concebe as ideias iniciais e deter-
mina sua direção geral. Esse estágio envolve brainstormings, anotações 
e esboços conceituais. Durante essa fase, a pesquisa é muito importante. 
O ilustrador investiga referências visuais e conceituais, explora estilos e 
analisa o contexto da ilustração: livro, projeto editorial, animação ou mate-
rial promocional. A pesquisa contribui para uma compreensão mais clara 
dos temas e do público-alvo, além de fornecer inspiração para o 
85Processo criativo e desenvolvimento de projetos
desenvolvimento visual. No entanto, é bom compreender que a etapa de 
pesquisa não é apenas coleta de imagens, desenhar também faz parte 
desse processo.
Com o conceito e as referências em mãos, o próximo passo é a cria-
ção de esboços iniciais. Esses esboços servem para explorar diferentes 
composições e possibilidades visuais, testando o layout dos elementos 
e como eles se relacionam no espaço da ilustração. A fase de rascunhos 
e esboços permite experimentação sem o compromisso de detalhes refi-
nados, ajudando o ilustrador a visualizar o fluxo da imagem e ajustar a 
composição antes de avançar para a produção detalhada. Esse planeja-
mento é essencial, especialmente em projetos de maior escala, nos quais 
múltiplas ilustrações precisam ser harmonizadas. Nessa fase é impor-
tante trabalhar na composição geral da imagem, definindo distribuição 
dos elementos, uso de espaços positivos e negativos, perspectiva e a 
direção do olhar do observador. A figura 1 mostra algumas etapas da 
produção de uma ilustração para a caixa desenhada especialmente para 
os dois volumes do livro Os Miseráveis que produzi para a editora Com-
panhia das Letras.
Figura 1 – Esboços 
86 Design e ilustração digital
Com o esboço aprovado, a fase de definição de cores e do estilo 
visual começa. O ilustrador decide a paleta de cores que melhor se 
adapta ao projeto, levando em consideração fatores como emoção, nar-
rativa e público. O estilo visual para finalização também é decidido nessa 
fase, desde uma abordagem mais minimalista até uma representação 
realista. 
Na etapa seguinte, o ilustrador começa a desenvolver o trabalho com 
base no esboço inicial e nas escolhas de cor e estilo. Nessa etapa, o tra-
balho é feito com mais detalhamento e precisão, adicionando texturas, 
sombras e luzes para criar profundidade e tridimensionalidade. Essa 
fase pode ser demorada, pois envolve a lapidação de cada elemento 
gráfico. Na figura 2 é possível observar testes de cores para produção 
de iluminação e finalização da ilustração apresentada em esboços 
anteriormente.
Figura 2 – Finalização e cor 
A etapa de revisão é importante para garantir que a ilustração esteja 
pronta para sua apresentação final. O ilustrador faz uma avaliação crite-
riosa, revisando aspectos técnicos e visuais, como nitidez, cores, propor-
ções e coerência estilística. Se o projeto envolve um cliente ou equipe de 
design, esse é o momento de coletar feedbacks. O feedback é uma parte 
87Processo criativo e desenvolvimento de projetos
importante do processo, pois oferece uma perspectiva externa sobre a 
clareza e o impacto da ilustração, permitindo ao artista fazer ajustes 
necessários. Na figura 3 podemos observar a ilustração finalizada e apli-
cada ao projeto final com a tipografia e logotipo da editora.
Figura 3 – Aplicação 
A última etapa é a finalização da ilustração, quando os últimos ajus-
tes são feitos antes da entrega ou publicação. O ilustrador prepara a arte 
final, que inclui ajustes finos e a formatação para o destino final da ima-
gem. Nessa fase, o cuidado com resolução, formato de arquivo e confi-
gurações de cores é essencial. Esse passo garante que a ilustração será 
exibida da melhor forma possível, independentemente do meio em que 
será usada.
2 Desenvolvimento de projetos ilustrativos
O desenvolvimento de projetos de ilustração vai além do processo 
criativo e envolve uma gestão cuidadosa para garantir que o projeto seja 
concluído com sucesso dentro dos prazos estabelecidos e atenda aos 
88 Design e ilustração digital
requisitos do cliente ou do público-alvo. A organização, o planejamento 
e o monitoramento de cada fase são fundamentais para evitar atrasos, 
controlar a qualidade e garantir a entrega da ilustração final dentro das 
expectativas. 
Como vimos anteriormente, o primeiro passo é um planejamento claro, 
que começa com a coleta de informações por meio de um briefing deta-
lhado. O briefing estabelece os objetivos e bases do projeto, o público-
-alvo, os prazos e os requisitos técnicos. Após essa etapa, é necessário 
criar um cronograma, dividindo o projeto em fases. Aqui, o ilustrador ou 
gestor do projeto define as metas e prazos específicos para cada etapa, 
como pesquisa, esboço, refinamento e entrega.
Um cronograma bem-estruturado é importante para acompanhar o 
progresso e garantir que todas as fases sejam cumpridas dentro dos pra-
zos estipulados. O cronograma deve ser dividido em etapas, com datas 
de início e conclusão para cada uma delas. O cronograma pode variar de 
acordo com a complexidade de cada projeto e serve também para con-
trolar o andamento e manter o cliente atualizado sobre o progresso. No 
quadro 1 há um exemplo de cronograma que você pode criar para acom-
panhar o desenvolvimento de cada etapa.
Quadro 1 – Cronograma 
ESBOÇO TRAÇO COR ENTREGA
Capa 
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
A gestão de projetos é o gerenciamento eficiente do tempo e dos 
recursos. Garantir que cada etapa seja realizada dentro do prazo exige 
um planejamento cuidadoso das horas de trabalho e a alocação de 
89Processo criativo e desenvolvimento de projetos
recursos, como softwares, ferramentas e colaboração de outros profis-
sionais, se necessário. Não deixe de considerar possíveis imprevistos – 
como revisões inesperadas ou atrasos na aprovação do cliente – e inclua 
margens de segurança no cronograma.
Manter uma comunicação clara e aberta com o cliente ao longo do 
projeto é essencial. Estabelecer pontos de contato regulares, como reu-
niões ou envio de prévias das ilustrações, ajuda a evitar mal-entendidos 
e garante que o cliente esteja satisfeito com o andamento do projeto. 
Além disso, o processo de revisão deve ser bem definido, com prazos cla-
ros para o feedback do cliente e para a implementação das correções.
É importante saber o tempo que se leva em cada etapa, há ilustrado-
res que precisam de mais tempo para os esboços e são mais rápidos na 
finalização. Outros necessitam de mais tempo para refinar o traço, enfim, 
cada trabalho tem suas especificidades e características particulares.
Deve-se sempre planejar um tempo de maturação e reflexão do tra-
balho, e não apenas pensar no tempo de produção. Obviamente, cada 
projeto já vem com indicações de prazo, o que o ilustrador precisa fazer 
é uma boa gestão do tempo das etapas levando em conta o prazo dis-
ponível para a realização do projeto. Ao implementar um cronograma 
claro, manter uma comunicação constante e gerenciar adequadamente 
os recursos e o tempo, o ilustrador pode garantir que suas criaçõesaten-
dam às expectativas e sejam entregues dentro do prazo.
3 Experimentação e aplicação na ilustração
A experimentação na ilustração permite que os artistas saiam da zona 
de conforto e descubram novas maneiras de expressar suas ideias, seja 
experimentando novas ferramentas digitais, testando combinações inu-
sitadas de cores ou misturando estilos e técnicas. Muitos dos grandes 
avanços na arte surgiram justamente quando os artistas desafiaram as 
90 Design e ilustração digital
convenções e adotaram abordagens não convencionais. A experimenta-
ção também é uma forma de aprendizado contínuo que ajuda o ilustra-
dor a desenvolver um estilo mais pessoal e visão mais crítica de seu 
próprio trabalho.
A experimentação pode ocorrer tanto no âmbito tradicional quanto 
no digital. Ferramentas digitais, como Procreate e Adobe Photoshop ofe-
recem aos artistas uma variedade de pincéis, texturas e efeitos que podem 
ser manipulados de inúmeras maneiras. Misturar essas técnicas com 
abordagens tradicionais, como colagem ou pintura manual digitalizada, 
pode criar resultados únicos e inovadores. Testar diferentes modos de 
uso, alterar as propriedades das ferramentas ou explorar novas funcio-
nalidades dos softwares é uma excelente maneira de expandir as possi-
bilidades visuais. A figura 4 mostra uma ilustração digital com elementos 
de pintura analógica.
Figura 4 – Pintura 
Uma das formas mais ricas de experimentação na ilustração é brin-
car com estilos e formatos. Um artista que tradicionalmente trabalha 
com ilustrações minimalistas, por exemplo, pode optar por explorar um 
estilo mais detalhado ou texturizado, experimentando com sombrea-
mento complexo ou paletas de cores mais ousadas. A mudança de for-
mato também pode levar a descobertas significativas. Passar de 
ilustrações estáticas para animações ou explorar ilustrações tridimen-
sionais pode ampliar os horizontes e abrir novas oportunidades de expres-
são artística.
91Processo criativo e desenvolvimento de projetos
A experimentação não é somente um exercício técnico ou estético, 
ela também representa uma oportunidade de aplicar novos métodos dire-
tamente em projetos práticos. Projetos editoriais, publicitários, de design 
gráfico ou até mesmo ilustrações para mídia social podem se beneficiar 
da introdução de elementos experimentais. A aplicação prática desses 
testes permite que o ilustrador adapte suas descobertas a diferentes 
contextos, oferecendo um diferencial criativo que pode destacar seu tra-
balho no mercado.
Na experimentação, o erro deve ser visto como parte essencial do 
processo criativo. Quando um traço ou técnica não sai como planejado, 
isso pode abrir caminho para soluções inesperadas ou novas aborda-
gens que o artista não havia considerado. A aceitação do erro como parte 
do desenvolvimento é fundamental para o crescimento do ilustrador, per-
mitindo que ele se sinta à vontade para correr riscos e expandir seus 
limites.
Além de técnicas e estilos, a experimentação pode envolver a explo-
ração de diferentes formatos e suportes. Em vez de se limitar a uma tela 
digital ou folha de papel, o ilustrador pode expandir seu trabalho para 
murais, ilustrações em objetos tridimensionais, moda, design de produ-
tos ou até mesmo arte interativa. Trabalhar com diferentes suportes desa-
fia o ilustrador a adaptar suas habilidades e abordagens criativas a novos 
contextos, resultando em obras que podem ter um impacto físico ou sen-
sorial diferente no público.
Considerações finais
A experimentação é uma ferramenta poderosa para qualquer ilustra-
dor que deseja continuar evoluindo e inovando em sua prática. Testar 
novos métodos, brincar com diferentes estilos e aplicar essas descober-
tas em projetos reais é um caminho seguro para o crescimento artístico. 
A abertura para experimentar e explorar novas possibilidades pode ser 
92 Design e ilustração digital
o que diferencia um ilustrador criativo de um ilustrador inovador, que está 
constantemente reinventando suas obras e expandindo os limites do que 
é possível na ilustração.
Após o período de experimentação, a aplicação dessas descobertas 
em projetos reais é essencial para consolidar o aprendizado. Projetos de 
ilustração autorais oferecem oportunidades para aplicar novas técnicas, 
estilos e formatos em um ambiente controlado. É nesse momento que o 
ilustrador testa como essas experimentações funcionam na prática. A apli-
cação prática permite que o ilustrador refine suas habilidades e se torne 
mais confiante ao explorar abordagens inovadoras em seu trabalho.
Referências
ADOBE. Adobe Photoshop. Adobe, c2024. Disponível em: https://www.adobe.
com/products/photoshop.html. Acesso em: 4 nov. 2024. 
ILUSTRAR Magazine. Homepage. Ilustrar Magazine, [2022?]. Disponível em: 
https://revistailustrar.com.br/. Acesso em: 4 nov. 2024.
LEAL, L. Processo de criação em design gráfico: Pandemonium. São Paulo: 
Editora Senac São Paulo, 2020.
PROCREATE. Homepage. Procreate, c2024. Disponível em: https://procreate.
com/. Acesso em: 5 nov. 2024.
RUBIN, R. O ato criativo. Rio de Janeiro: Sextante, 2023. 
VIGNA, C. Ilustração digital. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2023.
YUKOART. Yuko Shimizu. Yukoart, [2024?]. Disponível em: https://yukoart.com/. 
Acesso em: 4 nov. 2024. 
https://www.adobe.com/products/photoshop.html
https://www.adobe.com/products/photoshop.html
https://yukoart.com/
M
aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo. 93
Capítulo 8
Práticas 
e aplicações 
profissionais
O sucesso como ilustrador não depende apenas da qualidade artís-
tica, mas também de uma abordagem estratégica que englobe promo-
ção pessoal, gestão de projetos e adaptação ao mercado. Ao combinar 
essas estratégias profissionais com o desenvolvimento contínuo de suas 
habilidades, os ilustradores podem se destacar em um mercado compe-
titivo e construir uma carreira sólida e sustentável a longo prazo.
O mercado da ilustração digital está em constante transformação, 
ilustradores que desejam se destacar precisam estar atentos e adaptar 
suas habilidades às novas tendências, seja através da adoção de novas 
ferramentas ou da utilização de plataformas digitais para alcançar um 
público global.
94 Design e ilustração digital
Uma das principais ferramentas de divulgação do trabalho de um ilus-
trador é o portfólio. Fique atento porque um portfólio eficaz é mais do 
que uma simples coleção de trabalhos: ele é uma ferramenta estratégica 
que pode abrir portas e consolidar a carreira de um ilustrador. Desde a 
curadoria cuidadosa de trabalhos até a escolha entre versões digitais e 
impressas, um portfólio bem planejado e atualizado constantemente 
reflete a habilidade, versatilidade e profissionalismo do artista. Ao inves-
tir tempo e esforço na construção de um portfólio sólido, o ilustrador 
aumenta suas chances de se destacar em um mercado competitivo e 
atrair as oportunidades certas.
1 Mercado e tendências na ilustração digital 
O mercado da ilustração digital está em constante transformação, 
impulsionado por novas tecnologias, demandas sociais e o crescimento 
das plataformas digitais. Ilustradores que desejam se destacar precisam 
estar atentos e adaptar suas habilidades às novas oportunidades que 
surgem. 
Desde publicidade e design editorial até animação e videogames, a 
ilustração digital se tornou uma área ampla e diversificada, com oportu-
nidades de trabalho em diversas indústrias criativas. O surgimento de 
novas ferramentas e plataformas também tem redefinido as formas de 
criação, distribuição e consumo de ilustrações, abrindo espaço para ten-
dências inovadoras que moldam o futuro desse mercado.
Com a digitalização de muitas indústrias, a demanda por ilustradores 
digitais cresceu significativamente. Empresas de tecnologia, startups e 
grandes corporações buscam ilustradorespara desenvolver conteúdo 
visual personalizado para campanhas de marketing, redes sociais, web-
sites e até para aprimorar a experiência do usuário em interfaces de apli-
cativos e plataformas digitais. Outro ponto importante de destaque foi o 
95Práticas e aplicações profissionais
aumento das publicações digitais, como e-books, blogs e revistas online, 
que ampliaram ainda mais o alcance da ilustração digital.
Hoje, ilustradores têm a oportunidade de promover e vender seu tra-
balho em uma variedade de plataformas digitais, como Behance, ArtS-
tation e Instagram. Essas plataformas oferecem não apenas visibilidade 
global, mas também a possibilidade de interagir diretamente com um 
público interessado e potencialmente vender ilustrações ou ser contra-
tado para projetos personalizados. Além disso, marketplaces como Etsy 
permitem que ilustradores vendam produtos impressos ou digitais, como 
pôsteres, adesivos e camisetas, ampliando ainda mais as possibilidades 
de divulgação e comercialização de ilustrações.
Com o surgimento de novas tecnologias, a realidade aumentada (AR) 
e a realidade virtual (VR) também começam a fazer parte do repertório 
dos ilustradores. Ferramentas como essas permitem a criação de expe-
riências imersivas e interativas, ampliando o papel da ilustração digital 
para além das imagens estáticas. Ilustradores podem agora participar 
de projetos que envolvem interfaces de realidade aumentada, design para 
ambientes virtuais e até mesmo criações interativas que envolvem o 
espectador de maneira mais direta.
Uma tendência crescente no mercado de ilustração digital é a ênfase 
em temas como sustentabilidade e inclusão. Empresas estão cada vez 
mais buscando ilustradores que possam traduzir esses valores em ima-
gens visuais que comuniquem responsabilidade social, diversidade e 
preocupação ambiental. Ilustrações que refletem a pluralidade de iden-
tidades e culturas, bem como práticas sustentáveis, estão sendo ampla-
mente demandadas, especialmente em campanhas publicitárias, materiais 
institucionais e projetos editoriais.
Em um mercado saturado de imagens visuais, marcas e empresas 
buscam ilustradores capazes de desenvolver estilos únicos que se des-
taquem e representem sua identidade visual de forma autêntica. Em uma 
carreira de ilustrador é importante saber que desenvolver e produzir algum 
96 Design e ilustração digital
trabalho autoral oxigena seu trabalho profissional. A produção de um 
livro, um quadrinho, animação ou apenas a criação de uma série temá-
tica ajuda a experimentar coisas novas e você pode ter mais controle 
estético e trabalhar com o prazo que se sentir mais confortável. 
2 Estratégias profissionais em ilustração
Para se destacar no competitivo mercado da ilustração, não basta 
dominar as técnicas artísticas. É importante adotar estratégias profis-
sionais que ajudem a construir uma carreira sólida e garantir a visibili-
dade necessária para atrair clientes e oportunidades. Desenvolver uma 
abordagem estratégica envolve mais do que criar belas imagens; inclui 
planejamento, gestão e autopromoção. 
Um portfólio bem estruturado é a base da carreira de qualquer ilus-
trador. Ele deve ser mais do que uma simples coleção de trabalhos: deve 
mostrar a diversidade de habilidades, estilos e técnicas do artista, des-
tacando projetos que demonstrem seu melhor trabalho e o tipo de ilus-
tração que deseja continuar a produzir. Para tornar o portfólio ainda mais 
eficaz, é importante personalizá-lo para o tipo de mercado ou cliente que 
você deseja atrair. 
Ter uma presença online é fundamental para qualquer ilustrador que 
busca se estabelecer profissionalmente. Além de plataformas específi-
cas para ilustradores, como Behance e ArtStation, manter perfis ativos 
em redes sociais como Instagram, LinkedIn e Twitter pode ajudar a aumen-
tar a visibilidade. A promoção pessoal utilizando postagens regulares 
sobre o processo de trabalho, bastidores e finalização de projetos ajuda 
a engajar o público e construir uma base de seguidores interessados no 
trabalho.
Fazer networking é outra parte essencial da estratégia profissional. 
Participar de eventos, workshops e feiras de arte pode ser uma excelente 
97Práticas e aplicações profissionais
maneira de conhecer outros profissionais do mercado, construir parce-
rias e descobrir novas oportunidades. A colaboração com outros artis-
tas, designers ou empresas pode também abrir portas para novos projetos 
e aumentar a visibilidade, além de oferecer oportunidades de aprendi-
zado e crescimento.
A gestão eficiente de projetos é vital para construir uma boa reputa-
ção no mercado. Manter uma comunicação clara e consistente com os 
clientes durante todo o processo de desenvolvimento da ilustração, desde 
o briefing até a entrega final, ajuda a evitar mal-entendidos e garante que 
o projeto atenda às expectativas. Estabelecer prazos realistas, ser orga-
nizado e gerir bem o tempo são fatores que contribuem para uma expe-
riência positiva tanto para o ilustrador quanto para o cliente.
Uma das questões mais delicadas para muitos ilustradores é a defi-
nição de preços justos para seus trabalhos. Conhecer o valor de mer-
cado e entender como precificar suas ilustrações de acordo com o tipo 
de projeto, cliente e nível de experiência é importante para manter uma 
carreira sustentável. Pesquisar o que outros profissionais da área estão 
cobrando e adaptar os valores ao seu nível de habilidade e experiência 
pode ajudar a definir uma estratégia de preços que seja competitiva e ao 
mesmo tempo lucrativa.
Diversificar as fontes de renda é uma estratégia inteligente para ilus-
tradores. Além de trabalhar em projetos comissionados, muitos artistas 
exploram outras formas de gerar receita, como a venda de produtos pró-
prios (pôsteres, camisetas, adesivos), ilustrações em marketplaces digi-
tais e até a criação de conteúdo educacional, como cursos online ou 
tutoriais. Esses trabalhos aumentam as oportunidades de ganhos finan-
ceiros além de contribuir para expandir a presença e influência dos artis-
tas no mercado. 
98 Design e ilustração digital
3 Portfólio
Um portfólio bem elaborado é a peça central de uma carreira bem-su-
cedida para qualquer ilustrador. Ele funciona como uma vitrine do traba-
lho do artista, exibindo suas habilidades, versatilidade e estilo pessoal. 
Mais do que uma simples coleção de trabalhos, o portfólio é uma ferra-
menta estratégica para atrair novos clientes, fechar parcerias e expandir 
a presença profissional no mercado. 
A curadoria cuidadosa do portfólio é o primeiro passo para criar uma 
apresentação impactante. Em vez de incluir todos os trabalhos já realiza-
dos, o ideal é selecionar projetos que demonstrem as melhores habilida-
des e que representem o tipo de trabalho que o ilustrador deseja continuar 
a produzir. Focar na qualidade, e não na quantidade, é fundamental. O 
portfólio deve destacar uma variedade de técnicas e estilos, mas também 
deve ser coerente e mostrar o domínio de habilidades específicas. 
A organização do portfólio deve ser clara e intuitiva. Dividir os proje-
tos por categorias ou tipos de ilustração facilita a navegação para o 
público, que pode ser composto por potenciais clientes, empregadores 
ou colaboradores. Um layout limpo permite que as obras falem por si 
sem distrações. Para quem trabalha com ilustração digital, a qualidade 
das imagens é fundamental: cada projeto deve ser apresentado com alta 
resolução e seu contexto pode ser explicado de maneira breve, mencio-
nando o propósito, o processo criativo e os resultados obtidos.
Cada cliente ou empresa tem necessidades específicas, personalizar 
o portfólio para diferentes oportunidades é uma estratégia eficaz. Se o 
ilustrador está concorrendo a uma vaga em design editorial, por exem-
plo, faz sentido destacar trabalhos relacionados a essa área. Adaptar o 
portfólio de acordo com o público-alvo demonstra profissionalismo e 
foco, aumentando as chances de causar uma impressão positiva.
99Práticase aplicações profissionais
É importante ter em suas amostras de trabalhos peças direcionadas 
para a área em que deseja mostrar suas ilustrações. Se for procurar estú-
dios de animação ou jogos, separe suas artes em temas de departamen-
tos de produção, por exemplo, storyboards, criação de personagens e 
cenários. Cada departamento demanda particularidades e, em alguns 
casos, elementos bem específicos. Foque na área que lhe interessa para 
criar coerência e unidade entre as peças.
Um outro exemplo é para quem tem interesse em livros ilustrados, o 
mais importante é destacar suas habilidades de interpretação e narra-
tiva gráfica. Sempre mantendo a unidade entre as imagens. Já para quem 
tem interesse em apresentar o trabalho para agências de publicidade, 
vale a pena demonstrar versatilidade entre estilos, já que cada campa-
nha irá ter uma abordagem diferenciada.
Fique atento para não incluir imagens que podem até impressionar, 
mas com as quais você não se sente confortável para trabalhar devido 
à técnica requerida ou até à complexidade de detalhes porque algum 
cliente pode encomendar justamente esse estilo que você não domina. 
Seja honesto com suas limitações, será benéfico para você e para o con-
tratante. Alguns estilos e ilustrações podem servir para diversas áreas, 
como podemos observar na figura 1 e na figura 2. A figura 1 apresenta 
características tanto para o mercado de animação, jogos ou até para 
publicações impressas. O mesmo acontece com a figura 2 que inicial-
mente foi produzida para atender a área de criação de personagem, mas 
o traço permite aplicação também em outras áreas. É importante enten-
der que não é o estilo que irá definir sua aplicação, mas sim a estrutura 
de composição. Porém, alguns estilos são mais adequados do que outros 
em projetos específicos.
100 Design e ilustração digital
Figura 1 – Cenário e personagem 
Figura 2 – Personagens 
Ter um portfólio digital é imprescindível no mercado atual. Platafor-
mas como Behance e ArtStation são amplamente utilizadas por ilustra-
dores e permitem que os trabalhos sejam facilmente compartilhados e 
visualizados por um público global. Sites pessoais também são uma 
excelente forma de controlar a apresentação do portfólio, permitindo 
maior personalização e integração de conteúdos adicionais, como blogs, 
vídeos ou tutoriais. Além de manter o portfólio atualizado, é importante 
incluir links de contato direto, redes sociais e até mesmo uma seção de 
depoimentos ou feedback de clientes anteriores.
Embora o portfólio online seja essencial, em algumas situações, como 
reuniões presenciais, feiras ou entrevistas de emprego, ter uma versão 
101Práticas e aplicações profissionais
impressa pode fazer a diferença. O portfólio impresso deve ser cuidado-
samente montado, com papéis de alta qualidade e impressão profissio-
nal. Ele pode incluir uma seleção mais concisa de trabalhos, com foco 
em apresentações diretas. Para projetos editoriais ou design gráfico, o 
portfólio impresso pode ser uma forma de mostrar como as ilustrações 
funcionam em um contexto físico.
Um portfólio nunca está “finalizado”. Manter o conteúdo atualizado é 
importante para mostrar a evolução do trabalho do ilustrador e garantir 
que as melhores peças estejam sempre em destaque. Periodicamente, 
é necessário revisar e renovar o portfólio, removendo trabalhos antigos 
que não representam mais o nível atual de habilidade ou estilo e substi-
tuindo alguns projetos por outros mais recentes e relevantes.
Considerações finais
Ao explorarmos os assuntos mercado e tendências na ilustração digi-
tal, estratégias profissionais em ilustração e portfólio, fica evidente que 
o sucesso na carreira de ilustrador vai muito além da técnica artística. A 
ilustração digital, inserida em um mercado em constante transformação, 
exige que os profissionais estejam atentos às novas tecnologias, ferra-
mentas e demandas sociais para que possam adaptar suas habilidades 
e se manterem competitivos. Compreender as tendências do mercado, 
como a crescente valorização de temas relacionados à sustentabilidade 
e inclusão, permite que os ilustradores se posicionem de forma estraté-
gica e criem trabalhos relevantes e atuais.
Além disso, as estratégias profissionais, como a construção de uma 
forte presença online, o networking eficaz e a gestão de projetos, são 
essenciais para a construção de uma carreira sólida e sustentável. A defi-
nição de preços justos, a diversificação das fontes de renda e o aprimo-
ramento contínuo são aspectos que garantem não só o sucesso imediato, 
mas também a longevidade no mercado de ilustração.
102 Design e ilustração digital
Por fim, o portfólio desempenha um papel fundamental na represen-
tação do trabalho e do valor de um ilustrador. Um portfólio bem-organi-
zado, atualizado e adaptado a diferentes oportunidades é a ferramenta 
que abre portas e demonstra o verdadeiro potencial de um artista. Ao 
investir na criação de um portfólio que reflita suas melhores habilidades 
e projetos, o ilustrador fortalece sua imagem profissional e maximiza 
suas chances de conquistar novas oportunidades.
Combinando esses três assuntos — entendimento do mercado, estra-
tégias profissionais e um portfólio sólido — os ilustradores estão bem 
equipados para construir uma carreira de sucesso no dinâmico e cres-
cente campo da ilustração digital.
Referências
ADOBE. Adobe Photoshop. Adobe, c2024. Disponível em: https://www.adobe.
com/products/photoshop.html. Acesso em: 4 nov. 2024. 
ARTSTATION. Homepage. ArtStation, [2024?]. Disponível em: https://www.
artstation.com/. Acesso em: 6 nov. 2024. 
BEHANCE. Homepage. Behance, [2024?]. Disponível em: https://www.behance.
net/. Acesso em: 6 nov. 2024.
ETSY. Homepage. Etsy, c2024. Disponível em: https://www.etsy.com/. Acesso 
em: 6 nov. 2024.
ILUSTRAR Magazine. Homepage. Ilustrar Magazine, [2022?]. Disponível em: 
https://revistailustrar.com.br/. Acesso em: 4 nov. 2024.
LEAL, L. Processo de criação em design gráfico: Pandemonium. São Paulo: 
Editora Senac São Paulo, 2020.
PROCREATE. Homepage. Procreate, c2024. Disponível em: https://procreate.
com/. Acesso em: 5 nov. 2024.
VIGNA, C. Ilustração digital. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2023.
https://www.adobe.com/products/photoshop.html
https://www.adobe.com/products/photoshop.html
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 Editora Senac São Paulo. 105
Sobre o autor
Weberson Santiago é ilustrador, autor e professor universitário. For-
mado em design gráfico pela Universidade de Mogi das Cruzes, é espe-
cialista em design gráfico pela FAAP (São Paulo) e em ilustração pela 
Universidade Autônoma de Lisboa e mestre em desenho pela Universi-
dade de Lisboa. 
Atua como professor no Centro Universitário Senac na cidade de São 
Paulo. Em Portugal, foi coordenador do curso de ilustração da Etic, em 
Lisboa, e professor universitário na Esec, em Coimbra. No Brasil foi pro-
fessor da Universidade de Mogi das Cruzes e professor-coordenador da 
Quanta Academia de Artes. 
Participou de exposições e teve trabalhos publicados em diversos paí-
ses, como: Inglaterra, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Itália, 
Espanha, Chile, Colômbia, México, Brasil, Portugal, Rússia, Angola, China, 
Polônia, Holanda, Tailândia e Japão.
Tem dois cursos na plataforma de cursos on-line Domestika: Livro 
infantil ilustrado e Laboratório gráfico de ilustração. Atualmente, também 
faz ilustrações para livros, revistas e boardgames.
	DES_ILU_DIG_01_ACE_2024
	Capítulo 1
	Fundamentos da observação visual 
	1	Tradução de observações visuais em representações gráficas
	2	Estímulo da percepção visual
	3	Sensibilidade artística na ilustração
	Considerações finais
	Referências
	Capítulo 2
	Ilustração digital
	1	Ilustração digital
	2	Criatividade na expressão artística
	3	Desenvolvimento de um estilopessoal
	Considerações finais
	Referências
	Capítulo 3
	Dominando os recursos gráficos
	1	Contrastes entre luz e sombra na ilustração digital
	2	Composição espacial para ilustração digital
	3	Profundidade e tridimensionalidade gráfica
	Considerações finais 
	Referências
	Capítulo 4
	História da arte na ilustração
	1	Elementos da história da arte na produção de ilustrações
	2	Linguagens gráficas na ilustração
	3	Adaptação e releitura artística
	Considerações finais
	Referências
	Capítulo 5
	Aplicações profissionais na ilustração
	1	Ilustração em projetos editoriais
	2	Design de personagens e narrativa visual
	3	Mídias e suportes para ilustração
	Considerações finais
	Referências
	Capítulo 6
	Ilustração digital e tecnologia
	1	Linguagens gráficas digitais
	2	Ferramentas digitais para ilustração 
	3	Formatação e arte final na ilustração digital
	Considerações finais
	Referências
	Capítulo 7
	Processo criativo e desenvolvimento de projetos
	1	Etapas do processo criativo na ilustração
	2	Desenvolvimento de projetos ilustrativos
	3	Experimentação e aplicação na ilustração
	Considerações finais
	Referências
	Capítulo 8
	Práticas e aplicações profissionais
	1	Mercado e tendências na ilustração digital 
	2	Estratégias profissionais em ilustração
	3	Portfólio
	Considerações finais
	Referências
	Sobre o autor
	DES_ILU_DIG_02_ACE_2024
	DES_ILU_DIG_03_ACE_2024
	DES_ILU_DIG_04_ACE_2024
	DES_ILU_DIG_05_ACE_2024
	DES_ILU_DIG_06_ACE_2024
	DES_ILU_DIG_07_ACE_2024
	DES_ILU_DIG_08_ACE_2024é uma forma de pensar. 
O ato de fazer o desenho é o mais importante e, mesmo não criando 
expectativas, o resultado costuma ter um valor estético surpreendente. 
O ato de criar pode ser natural e simples.
9Fundamentos da observação visual 
Após essa reflexão, voltamos ao questionamento inicial: a dificuldade 
em transpor nossas ideias imagéticas para a ilustração. A resposta é 
simples: às vezes caímos na armadilha de pensar que um bom desenho 
exige um nível técnico altíssimo, esquecendo que a ilustração pode ser-
vir a vários propósitos além do encantamento visual. 
O campo de atuação da ilustração é vasto e abrange desde livros e 
revistas até games, moda, publicidade, arquitetura, animação, manuais 
e estudos científicos. Em cada ramo de atividade a ilustração desenvolve 
um papel. Por exemplo, uma ilustração em um manual para montagem 
de um móvel é completamente diferente de uma ilustração para a capa 
de um livro de fantasia literária. 
Nem sempre a ilustração será o objeto final. No mercado de anima-
ção, por exemplo, muitos artistas produzem artes para o desenvolvi-
mento da história que não farão parte do filme finalizado, mas que são 
fundamentais para a criação de um universo imagético. Ainda no mer-
cado cinematográfico, a ilustração é utilizada no planejamento de cria-
ção de cenários, figurinos ou movimentos de câmera.
O tempo dedicado à criação de uma obra de arte é outro fator que 
influencia significativamente o processo artístico. Comumente, valoriza-
mos obras que exigem um longo período de produção, acreditando que 
o tempo investido é diretamente proporcional à qualidade final. No entanto, 
essa premissa nem sempre é verdadeira.
Algo por vezes ignorado por muitos estudantes, mas que é fundamen-
tal para quem estuda ilustração, é valorizar cada uma das etapas da cons-
trução da imagem. Uma ilustração ou um desenho não nascem prontos, 
não é de primeira que iremos obter o resultado desejado, mesmo que em 
alguns casos a espontaneidade possa trazer resultados positivos. Por 
isso é importante experimentar ideias e composições por meio dos rabis-
cos durante a etapa da criação de esboços. Esboços no plural, pois não 
se deve ficar preso ao primeiro estudo. Muitas soluções gráficas serão 
10 Design e ilustração digital
encontradas quando pensamos que erramos um traço, e esse equívoco 
nos revela novos caminhos interessantes.
No livro Disegno. Desenho. Desígnio, organizado por Edith Derdyk, o 
pintor Paulo Pasta escreveu algo que nos faz pensar sobre esses acon-
tecimentos durante o processo de construção da imagem: “Se execu-
tasse algo em que tivesse pensando, e esse algo saísse exatamente igual 
ao concebido, certamente eu não trabalharia mais” (Derdyk, 2017, p. 86).
PARA SABER MAIS 
Muitas vezes, uma fotografia icônica é resultado de um único clique, mas 
esse clique é precedido por um profundo conhecimento da linguagem 
visual e uma sensibilidade aguçada para capturar o momento exato. Foto-
jornalistas como a brasileira Wania Corredo demonstram a capacidade 
de registrar momentos históricos com rapidez e precisão, desafiando a 
noção de que a arte precisa ser demorada para ser eficaz. Conheça o tra-
balho dessa fotojornalista em seu site, cujo link está nas referências do 
presente capítulo. 
Por outro lado, artistas como o francês JR, constroem obras grandiosas 
que exigem um tempo de produção considerável. Em ambos os casos, 
geram imagens que fazem pensar, com estética elevada. Acompanhe o 
trabalho do artista no link da Agence Vu, nas referências deste capítulo. 
2 Estímulo da percepção visual
Percepção visual é o processo pelo qual nosso cérebro interpreta as 
informações captadas pelos olhos. A luz refletida pelos objetos forma 
uma imagem na retina, que é transformada em impulsos nervosos e 
enviada ao cérebro. Lá, esses impulsos são decodificados e transforma-
dos em uma representação mental daquilo que vemos. No entanto, o 
que percebemos não é um reflexo direto da realidade, mas uma constru-
ção mental influenciada por nossas experiências e expectativas.
11Fundamentos da observação visual 
Somos bombardeados por imagens diariamente, o que pode sobre-
carregar nossa capacidade de processar informações visuais. Para criar 
imagens impactantes, é preciso ir além da simples visualização. Desen-
volver essa habilidade é fundamental para qualquer profissional da comu-
nicação visual.
A simples visualização não nos torna bons observadores. Observar 
envolve mais do que ver: exige atenção aos detalhes, análise e interpre-
tação. Podemos observar algo com outros sentidos, tateando, experimen-
tando e desenhando. Um bom exemplo para entender esse assunto é 
quando vemos uma fotografia, filme ou pintura de algum lugar que conhe-
cemos. É comum pensarmos que não é o lugar que conhecemos, mas é. 
Através da visão de outra pessoa conseguimos detectar sutilezas que, 
por vezes, passam por nós despercebidas. O contrário também ocorre, 
quando vemos imagens turísticas e ficamos um pouco decepcionados 
quando chegamos ao destino. Tudo está relacionado a como construí-
mos as imagens. Diferentes pontos de vista, ângulo, cores, texturas... 
Podemos contar diferentes histórias com os mesmos elementos da lin-
guagem visual, tudo depende de como misturamos esses ingredientes.
Compreender os mecanismos da percepção visual é essencial para 
criar mensagens visuais eficazes. Ao conhecer como as pessoas inter-
pretam imagens, cores e formas, podemos direcionar o olhar do público, 
destacar elementos importantes e criar experiências visuais memorá-
veis. Buscar e treinar nosso olhar nos faz aprimorar a visão do todo e ter 
atenção aos detalhes que vão ajudar a aumentar nosso repertório visual 
e colaborar diretamente com nosso processo criativo para representa-
ções gráficas.
Para construir esse olhar mais atento, é necessário exercitar, buscar 
treinos para estimular nossa percepção visual. O desenho de observa-
ção é uma ferramenta poderosa para aprimorar a percepção visual. Ao 
representar o mundo ao nosso redor em um sketchbook, desenvolvemos 
12 Design e ilustração digital
a capacidade de identificar nuances e detalhes que passariam desper-
cebidos. Essa prática também estimula a criatividade e a resolução de 
problemas visuais. Usar constantemente um caderno de estudos vai 
ampliar sua capacidade de enxergar nuances que irão alimentar direta-
mente seu trabalho digital. Afinal, desenhar é uma forma de pensar.
Observe o mundo ao seu redor com um olhar crítico e analítico. O filó-
sofo grego Platão dizia que a contemplação leva à inspiração e esta à 
criação (Sousa, 2017). Experimente, pratique e refine suas habilidades 
de comunicação visual. E, acima de tudo, lembre-se: a percepção visual 
é a chave para criar mensagens visuais que realmente conectam, emo-
cionam e transformam. 
PARA PENSAR 
 Considere as seguintes frases sobre fazer ilustrações: “Uma folha em 
branco é uma pausa para reflexão” e “Desenhar é uma forma de pensar”. 
O que elas significam para você?
3 Sensibilidade artística na ilustração
Um dos maiores desafios da representação gráfica é a curadoria do 
olhar: escolher o que representar. Com um pouco de reflexão sobre alguns 
assuntos podemos esclarecer um pouco do processo de construção de 
imagens e transformar essa tarefa em algo mais simples, mais fluido. É 
um processo simples e complexo. Complexo porque envolve etapas. 
Duas importantes etapas são: observação e análise.
A sensibilidade artística na ilustração é fundamental para transformar 
a observação do mundo em representações visuais. Observar é selecio-
nar e interpretar os elementos visuais que compõem uma cena: formas, 
13Fundamentos da observação visual 
linhas, texturas, cores, luzes e sombras, além de analisar os elementos grá-
ficos, principalmente as relações entre as formas, os limites e pontos de 
conexões entre os elementos gráficos para compreender as relações entre 
os elementos visuais. A análise desses elementos nos permite compreen-
der as relações entreeles e construir uma composição harmoniosa.
Rabiscos e esboços são ferramentas essenciais nesse processo. Ao 
registrar nossas primeiras impressões, conseguimos analisar com mais 
atenção, identificamos os pontos fortes e fracos da nossa composição 
e refinamos nossas ideias. Durante esse processo de construção da ima-
gem nossa sensibilidade artística se manifestará e servirá de guia na 
condução dos traços e manchas para a formatação da arte final. 
É importante destacar a importância dos rabiscos e esboços para 
encontrar uma solução gráfica. “Problema é tudo aquilo que não tem 
uma resposta imediata a partir de um conhecimento preexistente” (Leal, 
2020, p. 19).
A sensibilidade artística é influenciada por diversos fatores, como nos-
sas experiências, conhecimentos e emoções. Estar em sintonia com mate-
riais, suportes e temática ajuda e fortalece as conexões e pensamentos 
para se criar algo único, por isso a importância de experimentar e explo-
rar maneiras diferentes do que estamos acostumados a fazer. A questão 
da criatividade será abordada nos capítulos seguintes, porém é impor-
tante compreender que podemos abastecer nossa capacidade de criar.
Visitar museus, assistir a uma peça de teatro, presenciar um espetá-
culo circense, ir ao cinema, são programas culturais que aguçam nossa 
capacidade de reflexão sobre temas diversos e nos colocam em contato 
com diferentes visões de mundo. Porém, uma ida ao supermercado, à 
feira de rua e a outros eventos do cotidiano também são importantes para 
fortalecer nosso olhar. O sketchbook é uma ferramenta valiosa para regis-
trar essas experiências e desenvolver nossa capacidade de observação. 
14 Design e ilustração digital
IMPORTANTE 
“É mais importante compreender a lógica da ilustração digital do que 
decorar o funcionamento de ferramentas específicas. Até porque estas 
mudam” (Vigna, 2023, p. 17).
Observe o mundo ao seu redor com olhar atento e curioso. Aprecie a 
beleza da natureza, a arquitetura das cidades, as expressões das pes-
soas e os detalhes do cotidiano. Explore suas próprias memórias e per-
mita que elas se manifestem em suas obras. Experimente diferentes 
técnicas, materiais e estilos. Busque novas formas de expressão apenas 
para experimentar. Quanto mais você experimentar, mais rico e autên-
tico será seu trabalho.
Cabe aqui uma observação importante. Ao estudar o trabalho de 
outros artistas, tente variar, não olhar sempre as mesmas referências, 
tentar se afastar de um pré-conceito visual. Obviamente, é impossível 
não sofrer influências de artistas que gostamos, nascemos e somos cria-
dos em um mundo organizado por outras pessoas, automaticamente, 
somos influenciados pelas pessoas e ambientes em que vivemos. 
PARA SABER MAIS 
A obra da artista plástica Tomie Ohtake é um bom exemplo de traba-
lhos que comunicam, encantam e emocionam. Boa parte de sua produ-
ção não é figurativa, ela compõe pinturas, murais e esculturas em que 
explora cor, textura visual, escala e outros elementos da linguagem visual 
de forma abstrata. Suas obras são bons exemplos para compreender 
principalmente os elementos composição e equilíbrio gráfico. Conheça 
mais dessa artista no link da Enciclopédia Itaú Digital nas referências 
deste capítulo. 
15Fundamentos da observação visual 
Muitos artistas buscam incessantemente um estilo único, porém, fre-
quentemente desperdiçam energia excessiva no estudo técnico. Na ver-
dade, o estilo está mais ligado às nossas limitações do que às nossas 
virtudes. As imperfeições de nossos trabalhos é que tornam nossas ilus-
trações únicas.
Observe como os artistas utilizam a sensibilidade para criar obras 
que emocionam e inspiram. As grandes obras de arte carregam uma 
carga significativa de conhecimento e técnica ao revelar detalhes que 
passam despercebidos, as relações e conexões entre conceito e ideias. 
Busque desenvolver um olhar crítico sobre seu próprio trabalho e o tra-
balho dos outros.
Lembre-se: a sensibilidade artística é um processo contínuo de apren-
dizado e aprimoramento. Ao explorar diferentes materiais, técnicas e 
estilos, você expandirá seus horizontes, descobrindo novas formas 
de expressão.
PARA PENSAR 
Já parou para pensar que após o período de alfabetização escrevemos 
sem dificuldade? Ao escrever, estamos desenhando letras. É importante 
pensar nisso para entender que o ato de desenhar ou ilustrar pode ser 
assim também.
Considerações finais
A ilustração digital é um campo em constante evolução e é muito 
mais do que apenas a habilidade de desenhar em um software, ela é um 
processo criativo, que envolve percepção visual, sensibilidade artística e 
capacidade de traduzir ideias em imagens. Ela nos oferece uma infini-
dade de possibilidades, mas também nos apresenta desafios únicos. 
16 Design e ilustração digital
Aprender a dominar as ferramentas digitais é importante, mas não é sufi-
ciente. É preciso desenvolver um olhar crítico, capaz de identificar as 
nuances da realidade e transformá-las em elementos visuais ricos e 
expressivos.
Referências
AGENCE Vu. JR. Agence Vu, c2022. Disponível em: https://agencevu.com/en/
serie/tehachapi-california-usa-2019. Acesso em: 2 out. 2024.
DERDYK, E. (org.). Disegno. Desenho. Desígnio. São Paulo: Editora Senac São 
Paulo, 2017.
LEAL, L. Processo de criação em design gráfico: Pandemonium. São Paulo: Editora 
Senac São Paulo, 2020. 
SOUSA, A. B. Educação pela arte e artes na educação. Lisboa: Edições Piaget, 
2017.
TOMIE Ohtake. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São 
Paulo: Itaú Cultural, 2024. Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/
obra43842/sem-titulo. Acesso em: 2 out. 2024.
VIGNA, C. Ilustração digital. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2023.
WANIA Corredo. Homepage. Wania Corredo, c2018. Disponível em: https://
waniacorredo.com.br/. Acesso em: 2 out. 2024.
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Capítulo 2
Ilustração digital
Diferentemente das técnicas tradicionais, a ilustração digital permite 
uma experimentação praticamente ilimitada, seja na escolha de cores, 
texturas ou estilos. A flexibilidade do meio digital possibilita ao artista 
revisitar e modificar suas obras sem a limitação imposta pelos materiais 
físicos, como tinta ou papel. Além disso, o uso de camadas e a capaci-
dade de desfazer ações conferem um maior controle sobre o processo 
criativo, abrindo espaço para inovações e explorações contínuas.
No contexto acadêmico, a ilustração digital tem se tornado uma área 
de estudo relevante, não apenas pela sua aplicabilidade nas indústrias 
criativas – como editorial, publicidade, cinema, jogos e design de inter-
faces –, mas também por seu impacto na forma como percebemos e 
interagimos com a arte contemporânea. A integração entre arte e tecno-
logia redefine os limites do que é possível e desafia os artistas a repen-
sarem o papel da arte na era digital.
18 Design e ilustração digital
1 Ilustração digital
Para entender a ilustração digital como conhecemos atualmente é 
necessário um breve contexto histórico. As ferramentas que utilizamos 
são uma mistura de avanço tecnológico com a interação de linguagens 
artísticas. Nas décadas de 1960 e 1970, já havia experimentos gráficos 
digitais, mas algo parecido com o que vemos hoje em dia surgiu com a 
chegada dos computadores pessoais entre os anos 1980 e 1990. No iní-
cio, a computação gráfica criava imagens e animações de forma rudi-
mentar em função das limitações tecnológicas. John Whitney foi um dos 
pioneiros da arte digital utilizando computadores para criação de anima-
ções com formas geométricas e abstratas. Whitney é considerado por 
muitos como o pai do Motion Graphic1.
A grande virada na ilustração digital ocorreu com o lançamento de 
dois softwares da Adobe: o Illustrator, em 1987, e o Photoshop,em 1990. 
Essas ferramentas democratizaram o acesso à criação digital, permi-
tindo que artistas de diversas áreas experimentassem com a ilustração 
em plataformas digitais. O Photoshop, em particular, tornou-se um padrão, 
oferecendo diversos recursos para manipulação de imagens e criação 
de arte digital. É interessante observar que o Photoshop foi concebido 
primordialmente para atender mais às necessidades dos fotógrafos, com 
o objetivo de tratamento e ajuste de imagens. No entanto, devido à sua 
ampla adoção por artistas gráficos para a criação de ilustrações, o soft-
ware evoluiu gradualmente, incorporando cada vez mais ferramentas 
específicas para desenho e ilustração.
Outras pessoas e empresas também contribuíram significativamente 
para a evolução da computação gráfica por meio de experimentos e pes-
quisas. A Industrial Light Magic (ILM), fundada por George Lucas para 
1 Motion Graphic é uma técnica de animação que usa elementos gráficos como ilustrações, ícones e texto 
para criar vídeos curtos e dinâmicos.
19Ilustração digital
criar os efeitos especiais de Star Wars, foi uma das pioneiras no uso da 
computação gráfica. A Pixar, originalmente uma divisão da Lucasfilm, 
outra empresa de George Lucas, foi adquirida por Steve Jobs em 1986 
e renomeada como Pixar. A empresa rapidamente se tornou sinônimo 
de inovação na animação digital. Toy Story (1995) foi o primeiro longa 
metragem totalmente animado por computador, representando um marco 
na história do cinema e da animação.
Figura 1 – Toy Story
As inovações tecnológicas impulsionadas por essas empresas trans-
cendem o cinema, impactando profundamente a ilustração digital. Fer-
ramentas de software desenvolvidas ou aprimoradas para atender às 
demandas dessas indústrias foram rapidamente adotadas por artistas 
digitais em diversas áreas correlatas. A contribuição de George Lucas, 
ILM e Pixar para a computação gráfica e a ilustração digital é inegável. 
Eles não apenas impulsionaram a tecnologia para novos patamares, mas 
também estabeleceram padrões criativos e técnicos que continuam a 
moldar a indústria até os dias de hoje. As inovações dessas empresas 
possibilitaram que artistas digitais explorassem novas formas de expres-
são, revolucionando a maneira como o público interage com o entrete-
nimento e a arte visual.
20 Design e ilustração digital
IMPORTANTE 
É importante ressaltar que a criação de ilustrações digitais, apesar de 
oferecer grandes possibilidades, exige tempo e dedicação. A ideia de que 
a ilustração digital é mais fácil ou rápida pode ser enganosa, pois os recur-
sos de edição podem levar a um processo criativo iterativo e, por vezes, 
infinito. O domínio dos fundamentos da linguagem visual é essencial, 
independentemente da mídia utilizada.
Para entender a fundo a criação de ilustrações digitais, é fundamen-
tal compreender os pilares da computação gráfica: pixel, vetor e 3D. Na 
ilustração digital, encontramos três pilares essenciais que definem sua 
linguagem: o pixel, o vetor e o 3D. O pixel é a unidade mínima de uma ima-
gem digital, em que cada ponto de cor contribui para a formação da ima-
gem como um todo. Já o vetor utiliza fórmulas matemáticas para criar 
imagens escaláveis, permitindo a criação de ilustrações que mantêm sua 
qualidade em qualquer tamanho, sem perda de resolução. Por fim, o 3D 
agrega uma nova dimensão ao trabalho artístico, oferecendo profundi-
dade e realismo ao possibilitar a modelagem e manipulação de objetos 
em um espaço tridimensional. 
Figura 2 – Pilares da computação gráfica
Pixel Vetor Grid 3D
É importante ressaltar que o universo digital, apesar de virtual, se ali-
menta dos recursos materiais. Uma ilustração pode iniciar no papel, tela 
ou qualquer outro suporte e ser posteriormente digitalizada, ampliando 
as possibilidades criativas e permitindo o desenvolvimento de um estilo 
pessoal mais autêntico.
21Ilustração digital
PARA SABER MAIS 
Motion Graphic é uma técnica de animação que usa elementos gráficos, 
como ilustrações, ícones e texto, para criar vídeos curtos e dinâmicos. 
John Whitney foi um dos pioneiros da arte digital utilizando computado-
res para criação de animações com formas geométricas e abstratas. 
Whitney é considerado por muitos como o pai do Motion Graphic. Para 
conhecer um pouco mais do trabalho de John Whitney, leia o artigo “John 
Whitney e o grafismo em movimento”, de Marina Reis (2015), cujo link se 
encontra nas referências deste capítulo. 
2 Criatividade na expressão artística
A evolução das tecnologias de computação gráfica, aliada ao surgi-
mento de tablets e softwares especializados, proporcionou aos artistas 
novas ferramentas para expressar sua criatividade de forma mais fluida 
e acessível. Ao contrário das técnicas tradicionais, a ilustração digital ofe-
rece um leque praticamente ilimitado de possibilidades, permitindo a expe-
rimentação com cores, texturas e estilos. A flexibilidade do meio digital 
possibilita ao artista revisitar e modificar suas obras sem as limitações 
impostas pelos materiais físicos. Vale sempre lembrar que os softwares 
e aplicativos gráficos digitais, em sua maioria, emulam as ferramentas 
analógicas. Podemos observar isso pelos nomes das ferramentas e recur-
sos como pincel, paleta de cores, tela de pintura, entre outros. 
Por isso a importância de fazer experimentos com material físico, tes-
tar para entender um pouco como funcionam. Uma alternativa sempre 
viável para dar mais personalidade é editar as ferramentas, por exemplo, 
personalizar os pincéis. Cada ferramenta pode ser explorada de manei-
ras únicas. O universo da ilustração digital é bom para explorar a criati-
vidade. Aliadas às técnicas tradicionais, as possibilidades tecnológicas 
abrem um vasto campo para a experimentação.
22 Design e ilustração digital
Estudar obras de outros artistas, tanto digitais quanto tradicionais é 
fundamental para ampliar o repertório visual. Além de observar técnicas 
e estilos, é importante analisar como esses artistas solucionam proble-
mas visuais e expressam conceitos. Essa prática ajuda a alimentar a cria-
tividade e oferece inspiração para novos projetos.
Um método eficaz para estimular a criatividade é trabalhar com desa-
fios ou limitações autoimpostas. Por exemplo, definir um conjunto res-
trito de cores, um tema específico ou um estilo particular pode forçar o 
estudante a encontrar soluções criativas dentro dessas restrições, resul-
tando em obras inovadoras e expressivas.
As limitações, sejam de tempo, financeiras ou tecnológicas, em vez 
de restringir a criatividade, podem estimulá-la, dando origem a soluções 
inovadoras e estilos únicos. Ao se deparar com obstáculos, os artistas 
são levados a desenvolver técnicas e abordagens específicas, que podem 
gerar novas tendências e movimentos artísticos caracterizados por qua-
lidades técnicas particulares.
A prática constante é fundamental para o crescimento criativo. Dedi-
car tempo regular à criação, mesmo que seja para esboços rápidos ou 
experimentos sem compromisso, ajuda a manter a fluidez criativa. Além 
disso, é importante manter uma mente aberta e receptiva a novas ideias, 
críticas construtivas e feedbacks, que podem revelar novas direções e 
possibilidades.
Reflexão e análise de resultados têm suma importância para a criati-
vidade e evolução. Embora a prática repetitiva seja importante, ela deve 
ser acompanhada de uma análise crítica para evitar a perpetuação de 
erros e garantir o avanço. A analogia com os exercícios físicos é perti-
nente: a repetição de movimentos incorretos pode causar lesões e pre-
judicar os resultados. Da mesma forma, na criação, a repetição de 
processos ineficazes pode limitar o potencial criativo.
23Ilustração digital
A criatividade também se beneficia de momentos de reflexão e análise 
crítica. Revisitar trabalhos anteriores, identificar pontos fortes e áreas de 
melhoria e pensar sobre as decisões criativas tomadas durante o processo 
são práticas que ajudam a refinar a expressão artísticae a evoluir como 
ilustrador. Fazer algo repetidas vezes não garante que a prática esteja evo-
luindo. É preciso realizar uma autocrítica do que é um executado e reco-
nhecer os erros como oportunidades de crescimento (Leal, 2020).
IMPORTANTE 
“O acerto nos mantém no mesmo lugar. O erro nos força a explorar” 
(Johnson, 2011, p. 114 apud Leal, 2020, p. 42).
Para uma evolução sólida é necessário incluir a pausa para reflexão 
e análise de resultados sempre que possível. Essa prática deve fazer 
parte do treinamento. É comum que estudantes iniciantes se sintam pres-
sionados a acompanhar as constantes inovações tecnológicas. No 
entanto, é fundamental dominar as ferramentas com as quais se sente 
mais à vontade para explorar todo o seu potencial. Inicialmente, a prá-
tica repetitiva é essencial para o desenvolvimento da intuição e da flui-
dez na execução. 
NA PRÁTICA 
Um exemplo de criatividade com a utilização de materiais alternativos, 
analógicos e digitais na ilustração é o trabalho do ilustrador Christoph 
Niemann. 
24 Design e ilustração digital
3 Desenvolvimento de um estilo pessoal
É comum a errônea classificação da ilustração digital como um estilo 
em si. A diversidade de possibilidades oferecidas pelas ferramentas digi-
tais gera diversidade para aplicabilidade em diversos gêneros e estilos 
gráficos. Embora características estéticas comuns possam surgir do uso 
de ferramentas e materiais similares, a personalidade do artista é o fator 
determinante para a singularidade de uma obra. Em vez de buscar um 
estilo predefinido, é mais produtivo focar em fortalecer a própria identi-
dade visual em cada projeto. A singularidade reside nas imperfeições e 
particularidades que conferem autenticidade ao trabalho.
IMPORTANTE 
O estilo pessoal se desenvolve ao longo do tempo por meio da prática 
constante e da reflexão sobre o próprio trabalho.
O desenvolvimento de um estilo pessoal é o que realmente permite 
que o artista crie uma identidade única e reconhecível. Uma das manei-
ras mais eficazes de alcançar isso é integrando as ricas tradições do dese-
nho e da ilustração analógica ao processo digital. É importante aprender, 
pesquisar e se inspirar em outros artistas, essa prática irá colaborar com 
seus estudos e ampliar seu repertório visual. Isso envolve experimentar 
e misturar influências até que o estudante descubra uma voz única, que 
reflita sua visão artística. O estilo pessoal se desenvolve ao longo do tempo 
pela prática constante e reflexão sobre o próprio trabalho.
Interagir com outros artistas e participar de comunidades on-line ou 
locais pode ser uma fonte rica de inspiração e aprendizado. A troca de 
ideias e a colaboração com outros criativos pode abrir novas perspecti-
vas e incentivar o estudante a sair da sua zona de conforto, explorando 
novas técnicas e abordagens.
25Ilustração digital
Trabalhar com materiais físicos como lápis, tinta, carvão ou aquarela 
oferece uma conexão direta e tátil com a arte. Essas técnicas proporcio-
nam uma experiência sensorial que muitas vezes falta no ambiente digi-
tal. Ao trazer essas experiências para o digital – seja através da 
digitalização de esboços ou da emulação de texturas tradicionais em 
software – o artista pode incorporar características orgânicas e imper-
feições que dão autenticidade ao seu trabalho.
Ao explorarmos a ilustração digital, não estamos apenas aprendendo 
uma nova técnica, mas também nos engajando em uma reflexão sobre 
como a arte evolui e se adapta às inovações tecnológicas, e como essas 
transformações influenciam a nossa cultura visual e a maneira como 
comunicamos ideias.
Em um ambiente onde os filtros e os efeitos digitais são amplamente 
disponíveis e usados, o toque pessoal que vem da experiência analógica 
pode ser o que diferencia o trabalho de um artista. Incorporar traços de 
imperfeição, variação de linhas e a “impressão digital” única que cada 
artista traz de seu trabalho analógico pode evitar que a obra digital se 
torne genérica. Segundo Teixeira Neto (2022, p. 155), “no campo artís-
tico, o criador tem de se destacar por seu estilo e pelos conceitos de suas 
obras, buscando formas que sejam únicas e que, consequentemente, 
valorizem seu trabalho”. 
PARA PENSAR 
A ilustração digital abre um universo de possibilidades gráficas que desa-
fiam e expandem os limites tradicionais da arte visual. Através de suas 
ferramentas e tecnologias, artistas têm à sua disposição uma infinidade 
de estilos e gêneros gráficos, cada um oferecendo novas formas de expres-
são e comunicação, mas sempre, o mais importante será a visão, a sen-
sibilidade e o pensamento humano para o desenvolvimento artístico.
26 Design e ilustração digital
Considerações finais
A jornada pela ilustração digital revela-se como uma exploração fas-
cinante de como a tecnologia pode ampliar as fronteiras da criatividade. 
Nesse percurso, o estudante não apenas domina ferramentas digitais, 
mas também mergulha em um processo contínuo de descoberta e expres-
são artística.
Entendemos que a ilustração digital, embora enraizada na inovação 
tecnológica, é, em essência, uma extensão da arte tradicional, em que a 
criatividade ocupa um papel central. É essa criatividade que permite ao 
artista transformar ideias em imagens poderosas explorando infinitas 
possibilidades dentro do espaço digital.
Desenvolver um estilo pessoal, por sua vez, é o ápice dessa jornada. 
Ao integrar experiências analógicas com técnicas digitais, o artista não 
apenas cria uma identidade única, mas também resgata a essência tátil 
e emocional da arte, preservando sua singularidade em meio a tantas 
opções tecnológicas.
Em última análise, a ilustração digital é uma ponte entre o passado e 
o futuro da arte, em que cada pincelada – seja real ou digital – conta uma 
história única. É por meio da contínua prática, experimentação e reflexão 
que o estudante de arte pode não apenas dominar essa forma de expres-
são, mas também deixar sua marca indelével no mundo criativo.
Referências
DERDYK, E. (org.). Disegno. Desenho. Desígnio. São Paulo: Editora Senac São 
Paulo, 2017.
JENNY, P. Técnicas de desenho. São Paulo: Editorial Gustavo Gili, 2018.
LEAL, L. Processo de criação em design gráfico: Pandemonium. São Paulo: 
Editora Senac São Paulo, 2020.
27Ilustração digital
MANGUEL, A. Lendo imagens. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
REIS, Marina dos. John Whitney e o grafismo em movimento. Arte & Multimédia, 
2015. Disponível em: https://digartdigmedia.wordpress.com/2015/04/25/john-
withney-e-o-grafismo-em-movimento/. Acesso em: 4 out. 2024.
RUBIN, R. O ato criativo: uma forma de ser. Rio de Janeiro: Sextante, 2023.
TEIXEIRA NETO, O. M. Ilustração. Curitiba: Intersaberes, 2022.
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Capítulo 3
Dominando os 
recursos gráficos
Neste capítulo vamos explorar conceito e aplicação de técnicas essen-
ciais para o entendimento de algumas etapas de construção de ilustra-
ções digitais. Vamos começar com o contraste entre luz e sombra, que 
mostrará como essas técnicas podem auxiliar e transformar um dese-
nho, acrescentando volume, profundidade e dramaticidade. 
Em seguida, será abordado um dos temas mais importantes do curso: 
composição espacial. Iremos entender a importância da organização dos 
elementos visuais para criar harmonia visual e trabalhar na condução do 
olhar do observador. Com alguns conceitos como simetria e assimetria 
podemos desenvolver uma boa hierarquia visual e, com isso, acentuar e 
destacar os aspectos mais importantes da obra. Além da organização, 
uma boa composição também colabora com a narrativa gráfica.
30 Design e ilustração digital
Ampliaremos os temas profundidade e tridimensionalidade gráfica 
explorando como simular realidades tridimensionais em uma superfície 
bidimensional.Além de demonstrar maneiras e possibilidades para explo-
ração de algumas técnicas da perspectiva. 
1 Contrastes entre luz e sombra 
na ilustração digital
Compreender o básico de como a luz se comporta e gera sombras 
vai ajudar em diversos momentos na criação da ilustração digital, como 
dar volume a seus desenhos e principalmente criar ambiência em suas 
composições. A utilização de técnicas de iluminação é um dos funda-
mentos na criação gráfica, independentemente do meio utilizado. Com 
a manipulação da luz, seu trabalho terá mais profundidade, além de guiar 
o olhar do observador e destacar áreas específicas da composição.
A iluminação de uma cena ilustrada vai além da definição de formas, 
pois cria ambiência para comunicar e transmitir emoções através das 
cores e estabelece o ritmo de leitura visual de uma imagem. Uma das 
vantagens da ilustração digital em relação às técnicas analógicas é a 
possibilidade de testes e ajustes precisos para manipular luz e sombra. 
É importante ressaltar que quando se pensa em luz e sombra na ilus-
tração é comum associar a técnica apenas à pintura. Porém, os concei-
tos de volume estão presentes em ilustrações finalizadas apenas no traço. 
Na prática, luz e sombra operam juntas para criar volume e planos. Observe 
o exemplo da figura 1, que mostra como alterar a espessura do traço e 
aplicar pequenas áreas de sombra altera o resultado da ilustração.
31Dominando os recursos gráficos
Figura 1 – Espessura de traço 
A técnica de maior contraste é conhecida como chiaroscuro. De ori-
gem renascentista, essa técnica enfatiza o contraste acentuado entre 
áreas iluminadas e escuras, perfeita para criar cenas dramáticas. Um 
dos pintores mais famosos por utilizar essa técnica foi o holandês Rem-
brandt. Observe, na figura 2, um de seus inúmeros autorretratos.
Figura 2 – Autorretrato Rembrandt
32 Design e ilustração digital
Utilizar o contraste é perfeito para conferir dramaticidade a uma cena, 
como é possível observar na figura 3.
Figura 3 – Sombras
O equilíbrio e controle de iluminação também é utilizado para definir 
o clima de uma cena, como o calor de uma luz alaranjada ou a frieza de 
uma iluminação azulada em uma cena noturna. A simples escolha entre 
cor quente e cor fria pode alterar completamente a atmosfera de uma 
ilustração, como demonstra a figura 4.
Figura 4 – Cores 
Uma das qualidades da ilustração digital é a capacidade de testar dife-
rentes configurações de cores. Fazer uso dos modos de mesclagem dos 
pincéis e camadas é um convite à experimentação. Explore também alte-
rar a opacidade das ferramentas e camadas para transições graduais e 
sutis entre luz e sombra, todas essas alterações são possíveis sem com-
prometer o trabalho já realizado. 
33Dominando os recursos gráficos
PARA SABER MAIS 
Conheça mais o trabalho do pintor holandês Rembrandt no site do Museu 
Rembrandt Huis. Utilize o recurso de tradução do seu browser para tra-
duzir os textos para o português caso seja necessário. No site WikiArt 
também há uma grande quantidade de obras de Rembrandt. 
2 Composição espacial para 
ilustração digital
Este é um dos tópicos mais importantes desta disciplina porque a 
composição espacial é o principal aspecto na criação de uma ilustração. 
A composição é responsável por organizar os elementos visuais na trans-
missão da mensagem pretendida. Com técnicas de composição, é pos-
sível guiar o olhar do observador e desenvolver narrativas, pois a maneira 
como os elementos são posicionados pode influenciar a interpretação 
da imagem.
Inicialmente pode ser um pouco abstrato pensar em composição grá-
fica, mas nós compomos imagens todos os dias. Quando guardamos as 
compras no armário ou na geladeira estamos organizando elementos 
gráficos, agrupamos objetos semelhantes, separamos por tamanho, for-
mato ou cores para deixar tudo mais prático e criar harmonia estética. 
Outro exemplo de composição que fazemos diariamente é quando 
escolhemos roupas para nos vestirmos. Escolhemos e fazemos combi-
nações de peças de forma prática sem esquecer uma combinação de 
funcionalidade e harmonia visual. Nos vestimos de maneira diferente para 
ocasiões diferentes. Cores, formatos, texturas, tudo influencia a transmis-
são da imagem que criamos ao fazer a escolha de roupas. Na criação de 
ilustrações é semelhante, por isso a importância de prestar atenção a 
quanto a composição espacial é fundamental ao criar imagens. 
34 Design e ilustração digital
A composição espacial também é narrativa, pois a maneira como os 
elementos são posicionados pode influenciar a interpretação da imagem. 
Uma das técnicas básicas para uma boa composição é conhecida como 
regra dos terços. Você já deve ter percebido a estrutura dessa técnica 
nos smartphones ou tablets quando foi fotografar algo e a tela ficou divi-
dida em partes iguais como mostra a figura 5.
Figura 5 – Grid
A regra dos terços sugere que o quadro seja dividido em nove partes 
iguais, com os elementos mais importantes posicionados ao longo das 
linhas ou nos pontos de interseção, criando uma composição mais dinâ-
mica e equilibrada. Na figura 6 foi criada apenas uma ilustração para 
representar a história da Branca de Neve, pensada para representar o 
momento em que os sete anões a encontram desmaiada. Era importante 
destacar a maçã vermelha, que foi o motivo de tudo, por isso escolhi 
posicioná-la em um dos pontos de interseção da regra dos terços.
Figura 6 – Composição
35Dominando os recursos gráficos
O equilíbrio visual pode ser simétrico ou assimétrico, é importante pen-
sar na mensagem que se pretende transmitir na imagem, seja uma foto-
grafia, pintura ou ilustração. O uso de espaço negativo ou o espaço vazio 
ao redor dos elementos principais é outra técnica importante que pode adi-
cionar ênfase, clareza e respiro à composição, evitando que ela fique sobre-
carregada. Observe na figura 7 um exemplo simples de duas imagens com 
os mesmos elementos utilizando composição simétrica e assimétrica.
Figura 7 – Simetria e assimetria
A combinação de elementos de luz e sombra, como vimos no capí-
tulo anterior, pode ser uma grande aliada para estruturar uma composi-
ção e desenvolver tridimensionalidade em uma cena. Juntando técnicas 
como a sobreposição de elementos é possível conseguir mais eficácia 
de planos, trazendo mais definição do espaço e profundidade, como 
demonstra a figura 8.
Figura 8 – Planos
36 Design e ilustração digital
Entre as vantagens de se trabalhar com ilustração digital está a pos-
sibilidade de construir as imagens em camadas, podendo manipular ele-
mentos, redimensionando ou alterando a opacidade sem comprometer 
o restante da composição. As camadas permitem experimentar diferen-
tes formatações espaciais e efeitos de profundidade até que o resultado 
seja satisfatório. Além disso, as ferramentas de software digital, como 
guias e grades, ajudam a manter a precisão na composição espacial. 
Essas ferramentas são especialmente úteis ao trabalhar com designs 
complexos ou quando se busca um alto nível de simetria e alinhamento.
É importante entender como observamos ou fazemos a “leitura” das 
imagens no Ocidente. Escrevemos e fazemos leitura da esquerda para 
a direita, de cima para baixo. Com isso criamos uma leitura diagonal, isso 
acontece com textos e com imagens e nos ajuda a pensar no ritmo de 
leitura no momento de criar composições gráficas.
Figura 9 – Direção de leitura
A direção do olhar pode ser controlada pelo posicionamento dos ele-
mentos, manipulação de linhas e formas e uso do contraste de luzes e 
sombras. Por exemplo, linhas diagonais ou curvas podem ser usadas 
para criar movimento e direcionar a atenção para pontos focais impor-
tantes na ilustração.
37Dominando os recursos gráficos
Figura 10 – Estrutura de composição
A forma como os elementos são dispostos dentro do espaço pode 
reforçar a narrativa da ilustração. Um personagem colocado em primeiro 
plano com elementos de fundo que recuam em perspectiva pode suge-
rir proximidadeemocional ou protagonismo, enquanto uma composição 
centrada pode transmitir estabilidade e equilíbrio.
PARA PENSAR 
O uso do espaço vazio em uma composição espacial é como se fosse o 
silêncio em uma música ou discurso oral, é com a pausa que criamos 
ritmo.
3 Profundidade e tridimensionalidade gráfica
Diversas técnicas permitem que você possa transformar um desenho 
bidimensional em algo que simula a realidade ou explora dimensões ima-
ginárias, dando mais dinamismo à ilustração. Existem diversas técnicas 
de uso da perspectiva. Antes de exemplificar algumas abordagens é 
necessário compreender o que é perspectiva. 
A perspectiva é uma técnica artística que permite criar a ilusão de 
profundidade e espaço tridimensional em uma superfície bidimensional 
que pode ser uma tela ou uma folha de papel. Desenvolvida durante o 
Renascimento, a perspectiva revolucionou a maneira como os artistas 
38 Design e ilustração digital
representavam o espaço, proporcionando uma forma de simular a visão 
humana de maneira mais realista.
No século XV, artistas como Filippo Brunelleschi e Leon Battista Alberti 
formalizaram os princípios da perspectiva baseando-se em observações 
geométricas e matemáticas para criar imagens mais convincentes. 
Simplificando, utilizamos a perspectiva para criar ilusão de tridimen-
sionalidade em uma superfície bidimensional, ampliando a sensação de 
profundidade. Na figura 11 vemos duas imagens: uma com duas esfe-
ras lado a lado e outra com as mesmas esferas sobrepostas. Isso ajuda 
a entender o conceito básico de profundidade gráfica.
Figura 11 – Perspectiva
Uma das técnicas mais comuns é o uso de perspectiva linear, em que 
linhas paralelas convergem à medida que se afastam do observador, encon-
trando-se em um ponto único no horizonte, conhecido como ponto de 
fuga. A perspectiva pode ser ajustada para criar diferentes níveis de pro-
fundidade, seja em uma cena urbana, com linhas horizontais convergen-
tes, ou em paisagens onde a profundidade se estende para o horizonte.
Pode existir mais de um ponto de fuga em uma imagem, desde que 
estejam posicionados na mesma linha do horizonte. Cada variação tem 
suas características particulares e aplicações. Na figura 12, construída 
com um ponto de fuga, é possível observar diversas possibilidades ape-
nas alterando o posicionamento dos cubos. Em alguns casos nos quais 
o objeto fica mais próximo da linha do horizonte é possível observar duas 
faces do cubo: frontal e lateral. Com os objetos posicionados acima ou 
abaixo da linha do horizonte é possível também ver as faces superiores 
ou inferiores.
39Dominando os recursos gráficos
Figura 12 – Um ponto de fuga
Na figura 13 se observa mais uma forma de aplicação da perspectiva, 
dessa vez com dois pontos de fuga aplicados nas extremidades opos-
tas da linha do horizonte. Essa é uma boa opção para cenas que envol-
vem ângulos e arestas, como edifícios vistos de canto.
Figura 13 – Dois pontos de fuga
Além da perspectiva linear, a perspectiva atmosférica é outra aborda-
gem técnica que envolve a manipulação de cores, contrastes e nitidez 
para simular a distância. Elementos mais distantes na composição podem 
ser suavizados, com cores menos saturadas e menos detalhes, enquanto 
elementos em primeiro plano são mais nítidos. Isso não só cria uma sen-
sação de espaço, mas também direciona o olhar do espectador, desta-
cando as partes mais importantes da ilustração. A figura 14 exemplifica 
esses conceitos.
40 Design e ilustração digital
Figura 14 – Perspectiva atmosférica 
Outra maneira de trabalhar a criação de profundidade e tridimensio-
nalidade gráfica é fazer uso de texturas e detalhamento. Superfícies tex-
turizadas, quando aplicadas de forma coerente com a iluminação, reforçam 
a sensação de materialidade e volume. Por exemplo, rugosidades, rele-
vos e padrões de superfície podem ser manipulados para parecerem 
mais realistas, aumentando a percepção de tridimensionalidade. A com-
binação de texturas detalhadas com iluminação adequada resulta em 
uma experiência visual mais rica e envolvente.
Na ilustração digital, os conceitos de perspectiva podem ser aplica-
dos com precisão e flexibilidade graças às ferramentas digitais. Softwa-
res e aplicativos de ilustração incluem guias e grids de perspectiva que 
ajudam a desenhar em perspectiva correta sem a necessidade de traçar 
todas as linhas manualmente.
IMPORTANTE 
Lembre-se de que para visualizar a parte superior de um objeto, ele deve 
estar abaixo da linha do horizonte. Para visualizar a parte inferior, ele deve 
estar acima da linha do horizonte.
41Dominando os recursos gráficos
Considerações finais 
Ao explorar os contrastes entre luz e sombra, a composição espacial, 
a profundidade e tridimensionalidade gráfica na ilustração digital, vimos 
como esses elementos são importantes para criar imagens envolventes 
e expressivas. A habilidade de manipular luz e sombra permite ao ilus-
trador dar vida às formas, enquanto uma composição bem planejada 
organiza o espaço de maneira que, através da hierarquia visual, guie o 
olhar e conte uma história. A compreensão da profundidade e da tridi-
mensionalidade, por sua vez, amplia as possibilidades de criar atmosfe-
ras visuais que transcendem a bidimensionalidade da tela.
Esses princípios, embora técnicos, são também profundamente artís-
ticos, pois servem como ferramentas que o ilustrador utiliza para expres-
sar suas ideias e emoções. Ao dominar esses fundamentos, o ilustrador 
não só aperfeiçoa suas habilidades técnicas, mas também enriquece 
sua capacidade de comunicação visual. 
Referências
CHING, F. D. K. Desenhos para arquitetos. Porto Alegre: Bookman. 2012.
LEAL, L. Processo de criação em design gráfico: Pandemonium. São Paulo: 
Editora Senac São Paulo, 2020.
VIGNA, C. Ilustração digital. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2023.
M
aterial para uso exclusivo de aluno m
atriculado em
 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo. 43
Capítulo 4
História da arte 
na ilustração
A ilustração transita entre o passado e o presente, absorvendo influên-
cias históricas e culturais enquanto se adapta às novas linguagens e tec-
nologias. Nos capítulos seguintes, exploraremos como os elementos da 
história da arte influenciaram e influenciam a produção contemporânea 
de ilustrações. 
Discutiremos as linguagens gráficas na ilustração, tratando de como 
diferentes estilos e abordagens visuais podem ser utilizados para trans-
mitir conceitos e informações. O conhecimento de características e recur-
sos que algumas linguagens gráficas contemplam permite ao ilustrador 
ter pluralidade de possibilidades na criação de imagens que atendam às 
necessidades e contextos específicos.
No tópico sobre adaptação e releitura artística vamos explorar a capa-
cidade de reinterpretar e transformar obras e conceitos existentes, tra-
zendo novas perspectivas e relevância para obras clássicas. Essa prática, 
com a utilização de ferramentas digitais, pode ser um excelente exercí-
cio para reflexão e evolução contínua da arte da ilustração.
44 Design e ilustração digital
1 Elementos da história da arte 
na produção de ilustrações
A ilustração é uma das formas mais antigas de comunicação visual. 
Para entender um pouco sobre o surgimento das ilustrações como as 
conhecemos atualmente é necessário fazer uma breve contextualização 
histórica. As imagens, desenhos, rabiscos e outras formas de expressão 
artística visual estão presentes na vida dos seres humanos desde os 
tempos das cavernas. Essas representações visuais serviam como arte 
e também como ferramentas de comunicação e registro de histórias, 
demonstrando a necessidade humana de transmitir conhecimentos e 
experiências.
Durante a Idade Média os manuscritos religiosos e literários eram pro-
duzidos de forma artesanal, um a um. Era comum ter desenhos intera-
gindo com os textos,que eram utilizados como elementos educativos e 
decorativos. O nome que se dá a essas imagens é iluminura, pelo aspecto 
de respiro ao texto, de iluminar no sentido decorativo e iluminar no sen-
tido físico. Muitas dessas imagens realmente brilhavam em função dos 
pigmentos dourados aplicados às letras e desenhos, como vemos na 
figura 1.
Figura 1 – Iluminura
45História da arte na ilustração
No século XV surgiu a imprensa, o principal responsável foi Johannes 
Gutenberg, criador dos tipos móveis, um método mecânico de reprodu-
ção de textos. Com esse advento teve início a utilização da tipografia e 
imagens para reprodução em massa. Nesse contexto, a ilustração entrou 
em uma nova fase, com a produção de livros, jornais e outros impres-
sos. Curioso que, mesmo com o novo sistema de reprodução, a aparên-
cia das primeiras publicações de Gutenberg mantinha características 
das iluminuras, como vemos na figura 2. Apesar do sistema mecânico 
de reprodução, algumas páginas continham interferência manual na apli-
cação de alguns pigmentos. 
Figura 2 – Página da Bíblia de Gutemberg
Essa democratização da arte visual foi importante durante períodos 
como a Revolução Científica, quando ilustrações eram usadas para dis-
seminar ideias e conhecimento a um público mais amplo.
O século XIX viu a ilustração ser influenciada por movimentos como 
o Romantismo e o Realismo, que trouxeram uma abordagem mais 
46 Design e ilustração digital
emocional e verossímil à arte, refletindo a complexidade da experiência 
humana. No mesmo século aconteceu a Revolução Industrial e, com ela, 
foram introduzidas novas técnicas de impressão, como a litografia. Desse 
momento em diante a ilustração tornou-se ainda mais acessível, abrindo 
caminho para novos estilos e experimentações. Dois estilos artísticos 
surgiram nesse período, trazendo mais espaço para as ilustrações: Art 
Nouveau e Art Deco. As principais características visuais do Art Nouveau 
são as linhas curvas e orgânicas, já o Art Deco utiliza linhas geométri-
cas. Ambos os estilos inovaram e criaram uma estética que influencia 
diversos seguimentos da comunicação visual até os dias atuais. Um dos 
artistas mais influentes do movimento Art Nouveau foi Alphonse Mucha. 
Com o avanço tecnológico digital do século XXI a ilustração passou por 
outra grande transformação. A ilustração digital surgiu como uma nova 
forma de expressão, e assim como em outros tempos, as limitações téc-
nicas foram o combustível criativo para que artistas desenvolvessem 
uma nova linguagem. Algumas particularidades das características dessa 
nova linguagem ainda são utilizadas atualmente, especialmente em ilus-
trações de games e animações, como se pode observar na figura 3.
Figura 3 – Game
47História da arte na ilustração
Contudo, a história da arte na ilustração e a ilustração digital não são 
campos isolados, mas sim aspectos complementares do mesmo con-
teúdo artístico e criativo. O domínio das técnicas tradicionais aliado às 
novas ferramentas digitais oferece aos ilustradores contemporâneos a 
possibilidade de desenvolver novas linguagens para o futuro bem como 
um imenso repertório para se expressarem graficamente criando obras 
que dialogam com a herança do passado.
IMPORTANTE 
A Revolução Industrial trouxe muitos avanços de técnicas para reprodu-
ção de imagens e foi um período importante para a ilustração. Percebe-
mos a influência de estilos desse período até hoje. Porém, o movimento 
Arts and Crafts, que também surgiu na Inglaterra no final do século XIX, 
queria dar uma resposta à industrialização e à produção em massa, pro-
movendo um retorno ao fazer artesanal e ao design de qualidade. Lide-
rado por William Morris, o movimento valorizava o trabalho manual, o uso 
de materiais naturais e a integração entre arte e funcionalidade. Seus 
adeptos acreditavam que a beleza e o cuidado com o design poderiam 
elevar o cotidiano das pessoas e rejeitavam a estética mecânica e impes-
soal das máquinas. O Arts and Crafts teve grande influência no design 
de interiores, na arquitetura e nas artes decorativas e deixou um legado 
de respeito pela habilidade artesanal e pelo valor da criatividade no design.
2 Linguagens gráficas na ilustração
A ilustração, como forma de comunicação visual, utiliza diversas lin-
guagens gráficas para expressar ideias, emoções e narrativas. Essas lin-
guagens são as ferramentas que o ilustrador utiliza para dar forma ao 
seu trabalho, cada uma com características e possibilidades únicas que 
contribuem para a construção de significados. 
Algo muito comum entre estudantes e iniciantes na profissão de ilus-
trador é pensar em ter um estilo próprio. Aqui vai uma dica: melhor do 
48 Design e ilustração digital
que pensar em desenvolver um estilo pessoal é entender as linguagens, 
suas aplicações e desenvolver personalidade em suas obras. O estilo, ou 
personalidade, está muito mais conectado com suas limitações e imper-
feições do que com suas habilidades e virtudes. Vimos em vários momen-
tos que diversas linguagens gráficas surgiram de limitações tecnológicas 
de seus períodos. 
Vamos passear por algumas dessas linguagens, suas aplicações e 
características. Vamos começar pela linguagem realista, que tenta repre-
sentar o mundo com precisão e detalhe utilizando técnicas de luz e som-
bra para modelar e demonstrar volume em cenas, objetos, cenários e 
personagens. Essa abordagem é frequentemente utilizada em ilustra-
ções científicas, editoriais, educacionais em que a clareza e a fidelidade 
à realidade são essenciais. É muito utilizada também na publicidade e 
propaganda e em embalagens de produtos alimentícios. A figura 4 mos-
tra uma ilustração com cores vibrantes, porém com tratamento de volume 
e representação realista dos elementos.
Figura 4 – Frutas realistas
A linguagem abstrata na ilustração envolve a simplificação ou a dis-
torção das formas orgânicas ou abstratas, valorizando elementos como 
linha, cor e textura na composição. Muito utilizada na indústria têxtil e 
fabril para desenvolvimento de padrões para roupas, calçados, enxovais 
e elementos decorativos. As figuras 5 e 6 apresentam características 
dessa linguagem: a primeira com predominância de formas geométri-
cas, e a segunda com formas orgânicas.
49História da arte na ilustração
Figura 5 – Padrão geométrico
Figura 6 – Padrão orgânico 
A linguagem minimalista na ilustração é muito utilizada para repre-
sentar e demonstrar informações de forma visual, ela costuma ser apli-
cação em trabalhos arquitetônicos e manuais para montagem de produtos 
por sua clareza de linhas e capacidade de demonstração do espaço e 
suas funcionalidades. 
Figura 7 – Ilustração arquitetônica
50 Design e ilustração digital
A linguagem simbólica se afasta da representação literal utilizando 
formas, cores e linhas para transmitir ideias, sensações ou conceitos. 
Algumas linguagens são mais abrangentes e permitem maior diversi-
dade técnica para aplicação de seus conceitos. Vale sempre lembrar a 
importância do conhecimento dos fundamentos da linguagem visual 
para o desenvolvimento artístico, que pode estar a serviço da informa-
ção, decoração ou contemplação visual. 
A linguagem simbólica é amplamente utilizada em ilustrações que bus-
cam comunicar mensagens de forma mais subjetiva, como em obras de 
fantasia, capas de livros e pôsteres. Os símbolos visuais, carregados de 
significado cultural e psicológico, permitem ao ilustrador comunicar com 
profundidade e sutileza, muitas vezes deixando espaço para a interpreta-
ção do público. A figura 8 é um exemplo de uso de linguagem simbólica. 
Figura 8 – Ilustração simbólica
A linguagem narrativa é central para a ilustração, especialmente em 
mídias como quadrinhos, livros infantis e storyboards. Aqui, a ênfase está 
na sequência e na progressão visual, com o ilustrador utilizando técni-
cas gráficas para guiar o leitor através de uma história. A composição, o 
ritmo visual e a interação entre texto e imagem são todos elementos crí-
ticosdessa linguagem, que atrai o observador e conduz uma narrativa 
51História da arte na ilustração
através da sequência entre as imagens. Nas figuras 9 e 10 apresenta-
mos dois exemplos de linguagem narrativa sequencial na ilustração. A 
primeira imagem mostra uma página de história em quadrinhos. O segundo 
exemplo é um storyboard, um guia visual para planejar sequências e 
enquadramentos para filmagem. É importante destacar que nessa lin-
guagem é possível trabalhar uma diversidade de estilos e técnicas. 
Figura 9 – Página de história em quadrinhos
Figura 10 – Storyboard
52 Design e ilustração digital
Muitas dessas linguagens podem ter variações técnicas ou se fundir 
em determinadas obras dependendo do objetivo almejado. É fundamen-
tal ter conhecimento de características gerais e pensamento crítico para 
aplicações específicas sobre a demanda de cada projeto.
3 Adaptação e releitura artística
Uma prática que pode colaborar com os estudos para reflexão e desen-
volvimento técnico da construção de ilustrações é a releitura de obras. O 
processo de fragmentação e estudo de obras produzidas pelos grandes 
mestres ajuda no entendimento de particularidades e nuances técnicas. 
Em algumas áreas do conhecimento é uma investigação mais com-
pleta, com o processo de desconstrução para um olhar mais analítico. 
No universo imagético é um pouco mais complicado fazer uso desses 
recursos, principalmente porque não há muitos registros de etapas de 
construção de grande parte das obras de arte já produzidas.
Quando se estuda mecânica automotiva por exemplo, o entendimento 
do funcionamento de sistemas e estruturas se torna mais fácil quando 
se desmonta um automóvel. Poder visualizar os componentes separa-
dos que fazem parte de um conjunto ajuda a ver com facilidade as cone-
xões de um sistema complexo. 
No universo visual, temos o desenho como ferramenta de estudo e 
melhor compreensão das etapas de desenvolvimento gráfico, quando 
começamos a fragmentar elementos gráficos de maneira separada. 
Alguns conceitos podem ser reproduzidos por meio da observação e 
adaptação de obras clássicas. O desenho pode ser um aliado que nos 
ajuda a “desmontar” metaforicamente algumas peças e fazer uma aná-
lise mais detalhada refletindo sobre pormenores que, sem esse olhar 
mais apurado, não seria possível enxergar. Esse pode ser um exercício 
muito produtivo, pois representa uma experiência empírica onde o pas-
sado e o presente se encontram.
53História da arte na ilustração
A prática da adaptação artística no contexto da ilustração digital pode 
envolver a transformação de uma pintura clássica em uma animação, a 
criação de uma versão digital de uma escultura ou a reinterpretação de 
uma obra literária em uma série de ilustrações digitais. O processo de 
adaptação exige compreensão profunda da obra original, bem como a 
habilidade de preservar seus elementos-chave ao mesmo tempo que se 
incorpora inovação e criatividade.
A adaptação e a releitura na ilustração digital não precisam ser apenas 
exercícios técnicos, pois podem ser também práticas que têm profundo 
impacto cultural e artístico. Essas práticas incentivam a experimentação 
e a inovação e permitem que obras clássicas e estilos tradicionais sejam 
acessíveis a novas audiências, muitas vezes trazendo essas obras para 
um novo contexto, sendo um convite para refletir questões e sensibilida-
des contemporâneas. 
Considerações finais
Explorar os elementos da história da arte na produção de ilustrações 
nos permite entender a profundidade que o passado artístico oferece ao 
trabalho contemporâneo. Ao mesclar técnicas e estilos históricos, o ilus-
trador não apenas reverencia tradições consagradas, mas também encon-
tra novas formas de expressão, enriquecendo suas criações com 
elementos adicionais de significado cultural.
As linguagens gráficas discutidas demonstram a versatilidade da ilus-
tração, em que diferentes abordagens podem ser combinadas para comu-
nicar de maneira mais eficaz. Entender essas linguagens é importante 
para que os ilustradores possam adaptar suas obras a diferentes con-
textos e demandas, expandindo suas possibilidades criativas.
A prática da adaptação e releitura artística reforça a importância de 
reinterpretar para compreender o que já foi feito. Através da releitura, o 
ilustrador digital pode dialogar com o passado e o presente, criando obras 
54 Design e ilustração digital
que carregam fundamentos clássicos, mantendo a arte da ilustração em 
constante evolução.
Referências
LEAL, L. Processo de criação em design gráfico: Pandemonium. São Paulo: 
Editora Senac São Paulo, 2020.
VIGNA, C. Ilustração digital. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2023.
M
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 curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com
partilham
ento digital, sob as penas da Lei. ©
 Editora Senac São Paulo. 55
Capítulo 5
Aplicações 
profissionais na 
ilustração
A ilustração em projetos editoriais é uma ferramenta poderosa que 
enriquece a comunicação visual e textual. Por isso, neste capítulo vamos 
explorar de que forma as ilustrações transformam materiais como livros, 
revistas, jornais e conteúdos digitais, seja decorando, complementando 
o texto ou ajudando a narrar histórias, explicar conceitos complexos e 
envolver o leitor em níveis mais profundos de entendimento. Discutire-
mos os diversos estilos e técnicas de ilustração, a importância da inte-
gração visual com o conteúdo textual e como os ilustradores podem 
adaptar suas obras às especificidades dos diferentes formatos editoriais, 
garantindo que cada projeto alcance seu potencial máximo de comuni-
cação e expressão artística.
56 Design e ilustração digital
O segundo tópico que vamos abordar explora o mundo do design de 
personagens e narrativa visual, fundamentais para dar vida e profundi-
dade às histórias em diversas mídias. O design de personagens define o 
aspecto visual dos protagonistas de nossas histórias e também insere 
e representa traços de suas personalidades. A narrativa visual utiliza ele-
mentos visuais para contar histórias de maneira clara e emocionante. 
Vamos estudar de que forma combinar esses aspectos criativos pode 
criar experiências ricas e envolventes para o público, detalhando técni-
cas para desenvolver personagens.
Em mídias e suportes para ilustração, vamos refletir e compreender 
de que forma explorar as diversas mídias e suportes disponíveis para 
ilustração é importante para entender como cada escolha pode influen-
ciar o resultado final de um trabalho artístico. Aqui veremos as principais 
mídias e suportes utilizados na ilustração, destacando suas caracterís-
ticas, vantagens e desafios, além de como a escolha adequada pode 
ampliar as possibilidades criativas dos ilustradores.
1 Ilustração em projetos editoriais
Em projetos editoriais, a ilustração pode servir a vários propósitos, 
seja em livros ou periódicos, ela pode informar, decorar, despertar aten-
ção e curiosidade do leitor, pode capturar a essência de um tema ou his-
tória, fornecendo uma representação visual que complementa e amplifica 
o texto.
Cada função, estilo, tipo de traço ou técnica pode variar para se ade-
quar à mensagem que se pretende transmitir. O mais importante é enten-
der que a ilustração aplicada a projetos editoriais faz parte de um conjunto 
maior de imagens: o projeto gráfico. Com isso, ela vai interagir direta-
mente com outros elementos como tipografia, cor, grid e principalmente 
na hierarquia gráfica.
57Aplicações profissionais na ilustração
Em muitas publicações como revistas, livros didáticos e livros infan-
tis, além de decorar o texto, as imagens ajudam a explicar conceitos com-
plexos ou a narrar uma história. Na era digital, a ilustração também se 
adapta às necessidades de formatos variados, como e-books e publica-
ções online, nas quais o dinamismo e a interatividade podem ser incor-
porados para criar uma experiência de

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