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AULA 10 - RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL

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DISCIPLINA: PROTEÇÃO 
RADIOLÓGICA 
AULA 10 – RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
Profa. Danielle Filipov 
2013 
ORGANIZAÇÃO DA AULA 
• REQUISITOS BÁSICOS DE RADIOPROTEÇÃO (NORMA 
CNEN NN 3.01 – 2011) 
 
• CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS 
 
• SISTEMA DE MONITORAÇÃO INDIVIDUAL 
 
• DOSES TÍPICAS EM PROFISSIONAIS EM 
RADIODIAGNÓSTICO 
 
• IMPLEMENTAÇÃO DA PROTEÇÃO EM PROFISSIONAIS 
 
• ROTINA OPERACIONAL DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA 
 
 
 
• REQUISITOS BÁSICOS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA 
 
• JUSTIFICAÇÃO 
• A prática deve produzir benefícios, para os indivíduos expostos ou 
para a sociedade, suficientes para compensar o detrimento 
correspondente, tendo-se em conta fatores sociais e econômicos ou 
outros. 
 
• As exposições médicas de pacientes devem ser justificadas, 
ponderando-se os benefícios diagnósticos ou terapêuticos que elas 
venham a produzir em relação ao detrimento correspondente, 
levando-se em conta os riscos e benefícios de técnicas alternativas 
disponíveis, que não envolvam exposição. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• Com exceção das práticas com exposições médicas justificadas, as 
seguintes práticas não são justificadas, sempre que resultem em 
aumento de atividade radioativa nas mercadorias ou produtos 
associados: 
 
• a) as práticas que envolvam alimentos, bebidas, cosméticos ou 
quaisquer outras mercadorias ou produtos destinados a ingestão, 
inalação, incorporação percutânea ou aplicação no ser humano; 
• b) as práticas que envolvam o uso de radiação ou substâncias 
radioativas em mercadorias ou produtos, estando incluídos, desde 
já, brinquedos e objetos de joalheria ou de adorno pessoal; 
• c) exposições de pessoas para fins de demonstração ou 
treinamento. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• LIMITAÇÃO DE DOSE INDIVIDUAL 
 
• A exposição dos indivíduos ocupacionalmente 
expostos (IOEs – trabalhadores) deve ser restringida 
de tal modo que nem a dose efetiva nem a dose 
equivalente nos órgãos ou tecidos, excedam o limite 
de dose especificado na tabela a seguir, salvo em 
circunstâncias especiais, autorizadas pela CNEN. 
• Esses limites de dose não se aplicam às exposições 
médicas (exposições aos pacientes). 
 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• [a] O termo dose anual deve ser considerado como dose no ano calendário, 
isto é, no período decorrente de janeiro a dezembro de cada ano. 
• [b] Média aritmética em 5 anos consecutivos, desde que não exceda 50 mSv 
em qualquer ano. 
• [c] Em circunstâncias especiais, a CNEN poderá autorizar um valor de dose 
efetiva de até 5 mSv em um ano, desde que a dose efetiva média em um 
período de 5 anos consecutivos, não exceda a 1 mSv por ano. 
• [d] Valor médio em 1 cm2 de área, na região mais irradiada. 
• Para mulheres grávidas ocupacionalmente expostas, 
suas tarefas devem ser controladas de maneira que, 
a partir da notificação da gravidez, o feto não receba 
dose efetiva superior a 1 mSv durante o resto do 
período de gestação. 
 
• Indivíduos com idade inferior a 18 anos não podem 
estar sujeitos a exposições ocupacionais. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• Os limites de dose estabelecidos não se aplicam a exposições médicas de 
acompanhantes e voluntários que eventualmente assistem pacientes. As 
doses devem ser restritas de forma que algum desses acompanhantes ou 
voluntários não receba mais de 5 mSv durante o período de exame 
diagnóstico ou tratamento do paciente. 
• A dose para crianças em visita a pacientes em que foram administrados 
materiais radioativos deve ser restrita de forma que ela não exceda a 1 
mSv. 
 
• OTIMIZAÇÃO 
• Em relação às exposições causadas por uma determinada fonte associada a 
uma prática, salvo no caso das exposições médicas, a proteção radiológica 
deve ser otimizada de forma que a magnitude das doses individuais, o 
número de pessoas expostas e a probabilidade de ocorrência de exposições 
mantenham-se tão baixas quanto possa ser razoavelmente exeqüível, 
tendo em conta os fatores econômicos e sociais. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• O princípio da otimização corresponde ao ALARA (As Low As Reasonably 
Achievable – tão baixo quanto razoavelmente exequível) >> Objetivo de 
minimizar as doses a pacientes e trabalhadores. 
• A filosofia atual de segurança da radiação é baseada no pressuposto 
conservador de que a dose de radiação e seus efeitos biológicos sobre os 
tecidos vivos são modelados por uma relação conhecida como “hipótese 
linear”. Assim, cada dose de radiação de qualquer magnitude pode produzir 
algum nível de efeito prejudicial que pode se manifestar como um risco 
aumentado de mutações genéticas e câncer. 
• Os três princípios fundamentais para auxiliar na manutenção de doses ALARA 
são: 
– Tempo – minimizando o tempo de exposição direta, reduz-se a dose de 
radiação; 
– Distância – dobrando a distância entre o corpo e a fonte de radiação, a 
exposição à radiação será dividida por um fator quatro; 
– Blindagem – utilização de chumbo para raios X e raios gama são uma forma 
eficaz de reduzir a exposição à radiação. 
 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS 
 
• Para fins de gerenciamento da proteção radiológica, os 
titulares devem classificar as áreas de trabalho com radiação 
ou material radioativo em áreas controladas, áreas 
supervisionadas ou áreas livres, conforme apropriado. 
• Uma área deve ser classificada como área controlada quando 
for necessária a adoção de medidas específicas de proteção e 
segurança para garantir que as exposições ocupacionais 
normais estejam em conformidade com os requisitos de 
otimização e limitação de dose, bem como prevenir ou reduzir 
a magnitude das exposições potenciais. 
• Exemplo: sala de exames de uma clínica. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• Uma área deve ser classificada como área supervisionada 
quando, embora não requeira a adoção de medidas 
específicas de proteção e segurança, devem ser feitas 
reavaliações regulares das condições de exposições 
ocupacionais, com o objetivo de determinar se a classificação 
continua adequada. 
• As áreas controladas devem estar sinalizadas com o símbolo 
internacional de radiação ionizante, acompanhando um texto 
descrevendo o tipo de material, equipamento ou uso 
relacionado à radiação ionizante. 
• As áreas supervisionadas devem ser indicadas como tal, em 
seus acessos. 
• Exemplo: sala de comando para os exames. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• Deve ser classificada como área livre qualquer área da 
instalação que não seja classificada como área controlada ou 
área supervisionada. 
• Em condições normais de operação, a dose para indivíduos 
nas áreas livres não deve ultrapassar o limite previsto para 
indivíduos do público, isto é, 1 mSv/ano. 
• O titular e eventuais empregadores são responsáveis pelo 
controle dessas áreas, de modo a garantir sua classificação 
como área livre. 
• Para tal, deve ser estabelecido um programa de monitoração 
adequado, abrangendo todas as possíveis vias de exposição. 
• Exemplo: corredor da clínica até o local do exame. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• SISTEMA DE MONITORAÇÃO INDIVIDUAL 
 
• Os objetivos da monitoração individual, para a exposição 
externa, são: 
– Obter um registro da dose efetiva e, quando 
apropriado, da dose equivalente de modo a 
demonstrar conformidade com os limites de dose. 
– Contribuir para o controle das operações e para o 
projeto das instalações. 
– No caso de sobrexposições, fornecer informações para 
o planejamento, acompanhamento e tratamento. 
• Mas, antes de mais nada, é preciso saber quais 
trabalhadores serão monitorados. 
• O critério a ser aplicado é para que todos os 
trabalhadores ocupacionalmente expostossejam 
monitorados. 
• A monitoração deve ser considerada para quem trabalha 
em áreas controladas(técnicos ou tecnólogos) e para 
quem eventualmente trabalha (médicos e enfermeiros). 
• Em geral, grupos em que seja possível prever que 
receberão doses efetivas anuais menores que 1 mSv não 
precisam ser monitorados. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• O serviço de monitoração individual é regulamentado e 
controlado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) 
e existem, no Brasil, cerca de 15 laboratórios credenciados 
que realizam esse serviço de monitoramento. 
• A contratação desse serviço é uma obrigação do empregador, 
assim como ele deve manter um controle de doses dos 
funcionários. 
• Todo indivíduo ocupacionalmente exposto deve estar 
submetido a um programa de controle da saúde. 
• Por outro lado, é obrigação do funcionário usar o monitor 
individual corretamente, segundo as instruções recebidas 
pelo empregador. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• Devem ser observados os seguintes pontos, acerca da monitoração 
individual: 
– O dosímetro (monitor) deve ser usado única e exclusivamente na 
instituição onde o funcionário trabalha. Ele não pode usá-lo em outro 
serviço, nem levá-lo para outro local. 
– O usuário deve pegar o dosímetro no início de suas atividades e guardá-
lo no final do expediente. 
– No local de trabalho, os dosímetros devem ser guardados em local 
específico (juntos ao dosímetro padrão – não exposto), distante do 
calor, da baixa umidade e afastados das fontes de radiações ionizantes. 
– O dosímetro deverá ser portado na parte superior do tórax, com a 
identificação para frente, sem que haja quaisquer objetos à frente dele. 
– Se o usuário estiver usando um avental de Pb, o dosímetro deve estar 
por fora do avental e portado da mesma forma. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• A monitoração é feita mensalmente. Decorrido o período de uso, a 
instituição receberá uma nova remessa de dosímetros; então, os 
dosímetros do período anterior serão substituídos e enviados ao 
laboratório para a leitura e emissão do relatório de doses individuais. 
• Os relatórios devem ser avaliados pelo supervisor de proteção 
radiológica e os trabalhadores serão informados da sua dose no 
período. 
• Muitas vezes, os valores medidos na monitoração individual são tão 
pequenos que não são de interesse. 
• Para isso, define-se um valor chamado de nível de registro: acima 
desse nível, os valores são registrados; abaixo, são considerados 
como zero. 
• Dependendo do valor, algumas providências podem ser tomadas: 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
Níveis de referência de dose aplicados na monitoração individual Nível de Referência Característica Valor (mSv/mês) 
Nível de Registro Valor acima do qual os valores serão registrados e 
abaixo do qual as medidas serão consideradas 
iguais a zero 
 
0,2 
 
Níveis de 
Investigação 
Quando se excede esse valor, deve-se investigar e 
os resultados serão guardados na instituição 
 
Quando se excede esse valor, deve-se investigar e 
elaborar um relatório de providências 
 
1,5 
 
 
6,0 
 
 
Investigação Especial 
Quando se excede esse valor, deve-se 
providenciar uma investigação especial e, 
havendo confirmação da exposição do usuário, 
este deve ser submetido a uma avaliação de 
dosimetria citogenética 
 
 
100 
• DOSES TÍPICAS EM 
PROFISSIONAIS DE 
RADIODIAGNÓSTICO 
• É visível, no gráfico à esquerda, 
que a quantidade de 
profissionais na área da 
radiologia aumentou nos 
últimos 20 anos e, no gráfico à 
direita percebe-se que as doses 
diminuíram praticamente pela 
metade. 
• A radiografia simples é a 
técnica mais empregada, sendo 
a responsável pela maior 
exposição aos pacientes. Mas, 
exames empregados com 
menor frequência, como a 
fluoroscopia, geram doses 
ocupacionais mais elevadas. 
 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
Doses Pequenas Doses Médias Grandes Doses 
• Exames gerais de 
radiologia convencional 
• Exames em aparelhos 
móveis 
• Tomografia 
Computadorizada, na sala 
de comando 
• Mamografia 
• Exames de fluoroscopia 
gerais, em 
telecomandadas 
• Exames de fluoroscoia tipo 
“arco em C” 
• Tomografia 
Computadorizada, na sala 
de exames 
• Hemodinâmica 
• Angiografia 
• Procedimentos 
Intervencionistas 
– PEQUENAS DOSES: durante a radiografia simples, o 
profissional fica na cabine de comando e, se a instalação 
estive adequada, estará protegido da radiação espalhada. 
– Nesta condição, a dose efetiva recebida pelo técnico é menor 
que 1 micro-Sv por exposição, para exames feitos com 80 kV 
e 40 mAs. 
– Os aparelhos móveis são projetados para atendimento de 
pacientes em leitos, UTIs e centro cirúrgico. 
– Medições do nível de radiação espalhada por esses 
equipamentos indicam uma dose efetiva (a 1 m de distância 
do paciente) entre 0,4 e 1 micro-Sv, por exposição (feitas com 
80 kV e 4 mAs). 
– Todas as pessoas dentro de um raio de 2 m em torno do 
paciente devem usar equipamentos de proteção. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
– Embora a exposição do paciente em exames de tomografia 
computadorizada seja elevada, para os profissionais, que 
ocupam a sala de controle de tomografia, esta é uma fonte 
de exposição de pouca importância, pois a exposição é 
muito baixa. 
– No entanto, se for exigida a presença do profissional 
dentro da sala, junto ao paciente, a dose recebida passa a 
ter importância e é indispensável o uso de vestimentas de 
proteção. 
– Os níveis de exposição variam muito, dependendo da 
técnica, mas são encontrados valores de dose no ar, 
próximo ao aparelho, de 5 a 20 micro-Gy, por imagem. 
– Nesse caso, a dose efetiva pode chegar a 0,4 mSv por 
exame, sem o uso de vestimentas. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
– Na mamografia, a baixa energia (na ordem de 20 
keV) e o feixe altamente colimado fazem com que 
o operador seja exposto apenas à radiação 
secundária, facilmente controlada por uma 
barreira protetora de espessura de 2 mm de 
chumbo. 
 
– Assim, a exposição ocupacional em mamografia é 
tão baixa que não se distingue da radiação 
natural. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
–DOSES MÉDIAS: o uso de fluoroscopia 
representa a maior fonte de exposição 
ocupacional em medicina. 
–Sem o uso de qualquer acessório de proteção, 
a taxa de dose no ar próximo ao paciente pode 
ultrapassar 2 mGy/h. 
–O uso de equipamento telecomandado (que 
possui comandos de movimentação da 
estativa, do cabeçote e da mesa, acionados 
remotamente no painel de controle, com o 
cabeçote sobre a mesa) possibilita que o 
profissional realize os exames a partir da 
cabine de comando, quase não ficando 
exposto à radiação. 
–Contudo, se o procedimento exigir a presença 
do profissional junto ao paciente, o uso de 
vestimentas de proteção é indispensável. 
–Existem, também, as unidades de fluoroscopia tipo 
Arco C, usadas em procedimentos cirúrgicos 
(colocação de próteses). 
–Nesses procedimentos, sempre há a presença de 
um profissional durante a cirurgia. 
–Nesse aparelho, pode-se apontar o feixe em 
qualquer direção, pois o aparelho rotaciona, 
podendo o tubo ficar sob ou sobre o paciente. 
–A exposição ocupacional é maior quando o tubo 
estiver acima do paciente. 
–Durante procedimentos fluoroscópios, a taxa de 
dose no ar, típica, na equipe é de 0,5 a 2 mGy/h a 
50 cm do paciente (empregando 110 kV e 2,5 mA, 
com o tempo de fluoroscopia podendo chegar a 20 
minutos). 
–As exposições no paciente e nos profissionais 
podem ser minimizadas com o uso de fluoroscopia 
pulsada, ao invés da contínua, além de outras 
técnicas: 
RADIOPROTEÇÃO 
DO PROFISSIONALRADIOPROTEÇÃO DO 
PROFISSIONAL 
• Avisar aos membros da equipe a 
eminência do disparo 
 
 
• Manter mínimo o tempo de feixe ligado 
 
 
• Usar sempre as vestimentas de proteção 
 
 
• Posicionar o detector o mais próximo do 
paciente e o tubo o mais distante 
possível 
• Ficar ao lado do detector, quando o feixe for horizontal 
• Manter o tubo sob o paciente quando o feixe for vertical 
• Manter as mãos fora do feixe primário (quando for necessário 
conter o paciente ou administrar o contraste 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
– GRANDES DOSES: nesta categoria estão agrupados 
procedimentos de angiografia, além das aplicações na 
neurorradiologia e radiologia vascular. 
– Nesses procedimentos os tempos de fluoroscopia são 
longos. 
– O paciente requer muita atenção, o que, além do médico, 
faz com que estejam outros profissionais durante o 
procedimento. 
– Para exames de hemodinâmica, existem equipamentos 
com intensificador de imagem montados em arcos. 
– As taxas de dose no ar dependem da orientação do arco 
em C. 
– A taxa de dose ocupacional, no tampo da mesa, pode 
chegar de 200 a 1000 mGy/min. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• Durante exames de angiografia, mielografia e broncografia, 
são registradas doses equivalentes na região do cristalino e 
da tireoide da equipe médica que variam de 60 a 270 
micro-Sv por procedimento. 
 
• Nesses estudos, aproximadamente 90% das exposições 
ocorrem durante a injeção de contraste; se a injeção for 
remota, esperam-se doses menores. 
 
• O cateterismo cardíaco apresenta potencial de doses 
ocupacionais muito elevado. A taxa de dose no ar no tampo 
da mesa é de 0,9 mGy/min. 
 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• Portanto, a dose decorrente de cada 
procedimento em uma instalação depende muito 
do procedimento, da conduta do médico em 
relação à realização dos procedimentos, das 
características do paciente, da conduta de 
segurança, do treinamento e da experiência do 
pessoal envolvido. 
• A proteção indicada para a equipe deve ser a 
mesma para doses médias. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• IMPLEMENTAÇÃO DA PROTEÇÃO DE PROFISSIONAIS 
• Um nível adequado de proteção é alcançado quando a 
infraestrutura física e a sua operação são adequadamente 
planejadas e instaladas. 
• Assim como a infraestrutura, todos os equipamentos 
radiológicos e acessórios devem ser aceitos formalmente de 
acordo com métodos estabelecidos por legislação, normas ou 
recomendações, para então entrar em funcionamento. 
• A partir daí, a rotina de trabalho deve ser bem conhecida 
pelos profissionais, com procedimentos claros e os 
equipamentos devem passar por uma manutenção 
preventiva e corretiva. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• O planejamento adequado de uma sala de exames 
deve levar em consideração quais procedimentos serão 
realizados e sua quantidade (relacionada à carga de 
trabalho), a disposição do equipamento de raios X e 
acessórios de apoio dentro da sala. 
 
• A sala deve ter dimensões e disposições de 
equipamentos, móveis e acessórios compatíveis com 
os procedimentos, deve possibilitar fácil acesso a 
macas e cadeiras de roda à mesa de exames e 
possibilitar fluxo adequado para a realização de tarefas. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• Um dos meios mais elementares de proteção radiológica é 
usar a distância como meio de proteção. 
• A intensidade da radiação diminui com o quadrado da 
distância à fonte. 
• Esta relação é válida para uma fonte pontual, porém é, 
também, válida para o espalhamento resultante da 
irradiação de um paciente. 
• Portanto, se as dimensões da sala permitirem uma 
distância muito diferente de 1,5 m entre as bordas da mesa 
de exame e as barreiras mais próximas, a necessidade de 
blindagem sobre as paredes será menor. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• Os exames cuja execução é de maior complexidade, 
frequentemente, requerem a permanência de um 
profissional próximo ao paciente durante o 
procedimento e maior a quantidade de radiografias. 
• Assim, é imprescindível o planejamento cuidadoso 
de todas as etapas de realização do procedimento, 
dispondo-se os materiais e acessórios em 
quantidade adequada e na sequência certa de 
utilização. 
• A repetição desses exames por erro de 
planejamento é inaceitável. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• A carga de trabalho para radiografias é, de forma 
simplificada, a soma do mAs de todos os exames realizados 
por semana. 
• Como resulta em um número grande, em geral da ordem de 
6000 mAs por semana, esse valor é convertido em mAmin, 
resultando em 1000 mAmin por semana. 
• A carga de trabalho é usada para o cálculo de blindagens de 
uma instalação: quanto maior a carga de trabalho, maior a 
necessidade de proteção. 
• Mas, a carga de trabalho pode aumentar ou diminuir depois 
que a sala entra em funcionamento; por isso, as blindagens 
devem ser verificadas periodicamente para sua adequação. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• Muita atenção deve ser dada às especificações dos 
aparelhos de raios X que serão utilizados. 
• São as necessidades clínicas que definem as 
características do aparelho de raios X; por exemplo, 
se for prevista uma grande quantidade de exames 
de tórax, o aparelho deve ser capaz de operar com 
alto kV e pequeno mAs e supor de um suporte 
vertical para os chassis. 
• Do mesmo jeito que um mamógrafo opera, 
necessariamente, a baixo kV e alto mAs. 
 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• Outro ponto que requer atenção permanente é manter 
os receptores de imagem em condições adequadas de 
uso, pois, no caso dos écrans, os materiais se 
desgastam com o tempo e devem ser trocados 
periodicamente. 
• As quantidades devem ser compatíveis com os 
procedimentos realizados, seja em tamanho, seja em 
resposta à radiação. 
• Chassis com écrans desgastados, misturados com 
outros de écrans novos, sem a devida identificação, 
podem acarretar retomadas devidas a diferenças nas 
respostas e devem ser evitados. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• As vestimentas plumbíferas de proteção são os aventais, 
luvas, óculos e outras blindagens de contato utilizadas 
para a proteção dos pacientes, de acompanhantes ou de 
profissionais durante às exposições. 
• Em todas as salas devem estar disponíveis vestimentas 
em quantidade e em condições adequadas. 
• Os aventais diferem bastante quanto ao feitio; existem 
diversos fabricantes que conferem aos seus produtos 
alguma característica que os diferencie. 
• Em geral, a camada protetora é feita de borracha 
plumbífera e a camada externa é de revestimento 
sintético. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• Quanto à proteção, são fabricados aventais com 
equivalência de 0,25 ou 0,5 mm de chumbo, enquanto os 
aventais fabricados no exterior são de 0,35 mm, em vez de 
0,25 mm. 
• As vestimentas não possuem validade estabelecida, mas, se 
forem manipuladas com cuidado, podem durar vários anos. 
• A maneira como são guardados influi diretamente na sua 
durabilidade. 
• O ideal é que sejam mantidas em um suporte apropriado, 
do tipo toalheiro. 
• O critério é para que a camada protetora seja íntegra, não 
apresentando quebras ou fissuras. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• O avental deve cobrir 
toda a extensão dos 
ombros e frontal de 
uma pessoa adulta até 
próximo ao joelho. 
• Existem diversos tipos, 
sendo os mais comuns 
os de proteção frontal, 
frontal e dorsal e os 
conjuntos do tipo saiote 
e colete. 
RADIOPROTEÇÃO 
DO PROFISSIONAL 
• Em uma sala de exames gerais, devem estar disponíveis, pelo 
menos, um avental e um protetor de tireoide; já nos locais em 
que há ênfase em exames pediátricos, deve haver, pelo 
menos, duas unidades de cada e, pelo menos, um par de 
luvas. 
• Se,por motivo justificável, for necessário ficar fora da cabine 
de comando ou do biombo, o profissional deve usar avental 
plumbífero e protetor de tireoide. 
• Quando for necessário conter ou amparar o paciente durante 
o exame, esta tarefa deve ser confiada, preferencialmente, ao 
parente ou responsável que o acompanha, o qual deverá usar 
avental, protetor de tireoide e luvas (casos as mãos estejam 
próximas ao feixe primário). 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• Nas salas em que é usada fluoroscopia, os 
profissionais que permanecem próximos ao 
paciente devem usar um avental com proteção 
frontal e dorsal, protetor de tireoide e óculos 
plumbíferos. 
 
• Os demais profissionais que circulam pela sala, 
desde que sua presença sejam imprescindível, 
devem usar pelo menos o avental com proteção 
frontal e protetor de tireoide. 
 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• Um componente de grande relevância para se alcançar um nível 
adequado de proteção radiológica é o comportamento pessoal de 
cada trabalhador nos cuidados com a proteção em cada momento 
da rotina de trabalho. 
• Neste sentido, a educação contínua tem a função de trazer novas 
informações e enfatizar como as tarefas, mesmo as mais cotidianas 
devem ser realizadas. 
• Frequentemente, a rotina intensa de trabalho faz com que deixem 
de ser tomados cuidados importantes, como, por exemplo: 
– observar atentamente o paciente no momento da exposição; 
– efetuar o correto posicionamento; 
– certificar-se de que a porta da sala de exames esteja 
completamente fechada no momento da exposição; 
– utilizar corretamente as vestimentas de proteção. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• ROTINA OPERACIONAL DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA 
1. Usar o dosímetro do início ao fim das atividades diárias; 
2. O dosímetro deve ser fixado no jaleco, de modo que 
não haja qualquer objeto à frente do dosímetro; 
3. Quando se usa um avental plumbífero, o dosímetro 
deve estar sobre o avental; 
4. Durante a ausência do usuário, o dosímetro deve ser 
mantido junto ao dosímetro padrão, no local designado; 
5. Em caso de exposição acidental pessoal ou do 
dosímetro, o supervisor deve ser comunicado 
imediatamente; 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
6. Todos os profissionais devem manter-se dentro da cabine 
de comando ou protegidos por biombo plumbífero, durante 
a realização de exames e observar o paciente durante o 
procedimento; 
7. As portas de acesso à sala de raios X devem permanecer 
fechadas durante as exposições; 
8. Durante a realização de procedimentos, só poderão 
permanecer na sala o paciente, o técnico/tecnólogo e o 
médico. Excepcionalmente, pode ser requerida a presença 
de outra pessoa, para conter o paciente, e essa pessoa deve 
estar devidamente protegida com vestimentas plumbíferas; 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
9. Identificar o paciente, se possível pedindo que 
ele fale seu nome completo; 
10. Ler atentamente a prescrição do exame; em 
caso de dúvidas ou incorreções, consultar o 
solicitante; 
11. Efetuar o preparo e o posicionamento do 
paciente, objetivando sempre evitar exposições 
desnecessárias. 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• REQUISITOS BÁSICOS DE RADIOPROTEÇÃO: 
– JUSTIFICAÇÃO 
– LIMITAÇÃO DE DOSE 
– OTIMIZAÇÃO 
 
• CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS 
– ÁREAS CONTROLADAS 
– ÁREAS SUPERVISIONADAS 
– ÁREAS LIVRES 
 
• SISTEMA DE MONITORAÇÃO INDIVIDUAL 
– ROTINA DE TULIZAÇÃO DO DOSÍMETRO 
– NÍVEL DE REGISTRO 
– NÍVEL DE INVESTIGAÇÃO 
– NÍVEL DE INVESTIGAÇÃO ESPECIAL 
 
 
• DOSES TÍPICAS EM PROFISSIONAIS EM RADIODIAGNÓSTICO 
– PEQUENAS DOSES 
– DOSES MÉDIAS 
– GRANDES DOSES 
 
• IMPLEMENTAÇÃO DA PROTEÇÃO EM PROFISSIONAIS 
– PLANEJAMENTO DA SALA (TIPO DE PROCEDIMENTOS, QUANTIDADE DE 
PROCEDIMENTOS E CARGA DE TRABALHO) 
– DIMENSÕES ADEQUADAS DA SALA 
– IMPLEMENTAÇÃO DO FATOR DISTÂNCIA 
– CONHECIMENTO DAS ETAPAS DE REALIZAÇÃO DO EXAME 
– EXISTÊNCIA DE VESTIMENTAS PLUMBÍFERAS NA SALA 
– BOAS CONDIÇÕES DOS RECEPTORES DE IMAGEM 
– EDUCAÇÃO DOS PROFISSIONAIS 
 
 
RADIOPROTEÇÃO DO PROFISSIONAL 
• ROTINA OPERACIONAL DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA 
 
– UTILIZAÇÃO DE DOSÍMETRO DA MANEIRA CORRETA, BEM 
COMO O SEU ARMAZENAMENTO APÓS O TRABALHO 
– LOCALIZAÇÃO DO PROFISSIONAL NA SALA DE COMANDO 
OU ATRÁS DE UM BIOMBO DE Pb 
– DEIXAR AS PORTAS DA SALA DE EXAME FECHADAS 
– RESTRINGIR A QUANTIDADE DE PESSOAS NA SALA 
– CERTIFICAR-SE DA IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE E DA 
PRESCRIÇÃO DO EXAME 
– CERTIFICAR-SE DO POSICIONAMENTO DO PACIENTE ANTES 
DA EXPOSIÇÃO 
 
 
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