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Processo Penal I

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�Caderno de Processo Penal I (2014)
	
	Caderno de Processo Penal I- (2014)
	Professora Beatriz Lopez de Oliveira
	
	
	
	Andrielly Ribeiro
	
	
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Caderno de Processo Penal 1
Profª Beatriz Lopez de Oliveira
Aula 1
Noções Introdutórias
1) Direito de Punir
1.1) Conflito de Interesses
O homem, vivendo em sociedade, tem que resolver diversos conflitos de interesse. No processo penal, as formas de eliminação de conflitos são variadas. 
1.2) Formas de eliminação de conflitos
1.2.1) Autotutela: A autotutela consiste no uso da força bruta para a satisfação de interesses.
1.2.2) Autocomposição: A autocomposição consiste em quando uma das partes conflitantes abre mão do seu interesse em prol da outra ou quando ambas renunciam à parcela de suas pretensões para solucionar suas divergências. Ex. Jecrim.
1.2.3) Processo/ Jurisdição: Era preciso que a solução dos conflitos se fizesse por alguém que fosse mais forte do que os litigantes, a fim de ver a decisão respeitada. Esse "alguém" só poderia ser o Estado.
Jurisdição é uma das funções do Estado mediante a qual este se substitui aos titulares dos interesses em conflito para, imparcialmente, aplicar o direito ao caso concreto, solucionando pacificamente os conflitos. 
O processo é a sucessão de atos processuais com os quais se busca dirimir o conflito de interesses. 
Os bens jurídicos são tutelados através de normas, que uma vez violadas fazem surgir ao estado o direito de punir (pretensão punitiva).
2) Jus puniendi e Jus Persequendi
Jus Puniendi: direito que o estado possui de aplicar uma Sanção a quem contraria a lei. 
Jus puniendi em Abstrato: leis abstratamente previstas que devem ser obedecidas. 
Jus puniendi concreto: surge no instante em que alguém efetivamente realiza a conduta proibida. 
O Estado, diante do direito de punir, deve fazê-lo através do processo que deve observar diversos preceitos e limites materiais e formais. 
Jus persequendi: direito que confere ao estado o poder de promover a perseguição do autor do delito. É o direito de investigar a infração penal e postular o julgamento da pretensão punitiva. 
Cometido o crime, para que seja possível a aplicação da pena, é necessário o devido processo previsto em lei. 
Persecutio criminis: o exercício do jus puniendi e jus persequendi. Que consiste na atividade de buscar aplicar a sanção ao infrator. Possuindo a fase de investigação criminal e da ação penal. 
Direito Processual penal: É um conjunto de normas jurídicas voltadas a regular o modo, os meios e os órgãos encarregados de punir do Estado, realizando-se por meio do poder judiciário, sendo regido por um conjunto de princípios e normas que regulam o processo. 
É uma ciência autônoma porque possui objetos e princípios próprios. 
O caráter instrumental: o direito processual penal é um instrumento para fazer valer o direito material. 
Finalidade: reestabelecer a paz social.
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3) Princípios do Direito Processual Penal
3.1) Princípio da Imparcialidade do Juiz
Capacidade subjetiva do órgão jurisdicional. Garantias- art 95 CF e vedações
3.2) Princípio da isonomia processual ou igualdade das partes.
Mesmas oportunidades para acusação e defesa. 
As partes devem ter o mesmo tratamento e oportunidades. O réu não pode defender a si mesmo porque ficaria em desvantagem (a menos que seja advogado, assim, poderá advogar em causa própria).
3.3) Princípio do contraditório 
Art. 5.o, LV, CF
Consiste na necessidade de se permitir a exposição das razões e produção de provas no processo. 
3.4) Princípio da ampla defesa
Art. 5.o, LV, CF
Art. 5.o, LVXXIV, CF
Implica no dever do Estado de proporcionar a todo acusado a mais completa defesa, seja técnica ou pessoal e no dever de prestar assistência jurídica gratuita aos necessitados. 
3.5) Princípio da indisponibilidade
O crime é uma lesão irreparável ao interesse coletivo e o Estado tem o dever de aplicar as regras jurídico-punitivas. Ex: O delegado não pode recusar-se a investigar um crime que foi cometido, o Ministério Público, por sua vez, não pode desistir da ação penal. 
3.6) Princípio da verdade real ou material 
O juiz, no processo penal, deve se valer dos meios necessários a buscar a verdade com relação à prática de um crime. Considerando que a prática de um delito pode implicar em restrição da liberdade (um direito indisponível), poderá determinar a produção de provas, extrapolando aquelas trazidas pelas partes. 
3.7) Princípio da publicidade
Assegura o dever de transparência dos atos processuais e só pode ser restringido nos casos em que o decoro ou interesse social aconselhem sua restrição. Ex. Art 201, §6º CPP
3.8) Princípio do duplo grau de jurisdição
Possibilidade de revisão em via de recurso, das causas julgadas pela instância inferior. 
 	3.9) Princípio da identidade física do juiz *pergunta em prova
O juiz fica vinculado aos processos cuja colheita de provas de instrução promoveu e encerrou. Art 399, § 2º.
3.10) Princípio da inadmissibilidade de provas obtidas por meios ilícitos
As provas produzidas por meios ilícitos são inadmissíveis conforme disposto no artigo 5.o, LVI, CF. As provas derivadas da prova ilícita também são ilícitas. "Teoria dos frutos da árvore envenenada".
3.11) Princípio da presunção de inocência
Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória. Art 5.o, LVII, CF.
 	3.12) Princípio do “favor rei” * pode cair na prova
A dúvida sempre beneficiará o acusado
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4) Sistemas Processuais
4.1) Acusatório - separação entre órgão acusador e julgador. É contraditório e imparcial. (nosso – maioria da doutrina)
4.2) Inquisitivo - identidade entre órgão acusador e julgador. Não há contraditório, nem imparcialidade e, por isso, não há publicidade. 
4.3) Misto- Há uma fase inquisitiva e outras acusatória. (nosso – minoria da doutrina entende que a fase inquisitiva é a do inquérito policial e a acusatória é a fase judicial)
5 ) Fontes do Direito Processual Penal
5.1) Conceito
Origem de onde o Direito Provém. 
5.2) Fonte material
União: à união compete privativamente legislar sobre matéria penal. 
Estados e municípios: Lei complementar federal pode autorizar Estados e municípios a legislar sobre questões de interesse local em processo penal. 
Outros: súmulas vinculantes, regimentos internos dos tribunais, jurisprudência. 
5.3) Fontes Formais ou de cognição
Imediata: Lei
Mediata: Costumes e princípios gerais. Ex: sustentação oral com roupa forense, beca. Ninguém pode se valer da sua própria Torpeza. Ex: testemunhas no Brasil todo com manifesto propósito dilatório.
6) Interpretação da lei processual penal
6.1) Conceito- Extrair da norma processual o seu exato alcance e o seu real significado. 
6.2) Espécies
- Autêntica: aquela feita pelo próprio órgão encarregado da elaboração da lei. O próprio órgão dá o conceito, "explica" o que ele quis dizer. Ex. 150, par 4, CP.
- Doutrinária: aquela feita pelos estudiosos
- Judicial
"Quanto ao modo”
Gramatical: leva-se em conta o sentido literal da norma. 
Teleológica: busca-se a vontade da lei, tentando descobrir o significado da norma mediante análise dos fins a que se destina o dispositivo. 
"Quanto ao resultado"
Declarativa: o intérprete conclui que a letra da lei correspondente exatamente àquilo que o legislador pretendia regulamentar.
Restritiva: o texto legal abrangeu mais do que o legislador pretendia, de modo que o intérprete restringe o seu alcance no caso concreto. 
Extensiva: a letra da lei ficou aquém da sua vontade e o intérprete amplia o seu significado. 
"Interpretação analógica" # analogia
A interpretação analógica ocorre quando a lei, após uma enumeração casuística, traz uma formulação genérica que deve ser interpretada com os casos anteriormente descritos. Ex: homicídio qualificado "ououtro meio insidioso ou cruel". E art. 80 CPP
Analogia é uma forma de auto integração da lei na qual aplica-se a uma hipótese não regulada por lei, uma disposição relativa a um caso semelhante. Ex: carta precatória por fax, e arrolamento de testemunhas em caso de suspeição do juiz. 
7) Aplicação da lei processual penal no tempo
7.1) Em regra, uma lei começa a viger (produzir efeitos) 45 dias após a sua publicação, salvo se houver disposição em contrário.
7.2) Princípio do efeito imediato. Art. 2º CPP
Ao entrar em vigor, a lei processual penal se aplicará desde logo, sem prejuízo dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. A lei processual penal não tem efeito retroativo para alcançar atos anteriores validamente praticados. Se uma nova lei processual criar novas regras para a citação, se esse ato já ocorreu no processo, ele continuará válido.
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7.3) Princípio do tempus reget actum
Por esse princípio, os atos praticados sob a égide da lei anterior são considerados válidos, e as normas processuais terão aplicação imediata regulando o desenrolar do processo, pouco importando se o fato que deu origem ao processo é anterior à sua entrada em vigor. 
Normas de conteúdo misto: são aquelas que contêm disposições de direito penal material e direito processual penal. A regra que envolve normas de conteúdo misto, isto é, que contenham regras de direito penal e processual penal, é a de que a irretroatividade da norma penal desfavorável ao acusado deve prevalecer sobre os comandos de natureza processual. Ex: suspensão da prescrição. 
“Não é possível cindir a aplicação de uma norma de conteúdo misto sob pena de se criar uma outra regra jurídica.”
8) Aplicação da lei processual penal no espaço
8.1) Princípio da territorialidade- Art. 1º, CPP:
Art 6º, CP ~> Teoria da ubiquidade: A lei processual penal aplica-se a todas as infrações cometidas no território brasileiro ressalvadas convenções e regras de direito internacional. O CP adota no art. 6º a teoria da ubiquidade, pela qual se considera praticado o crime em território brasileiro quando a ação ou omissão ou quando o resultado, no todo ou em parte, ocorrer em território nacional. 
Território nacional= envolve não apenas as terras brasileiras, mas também o conceito trazido no art. 5º, §1º, CP.
8.2) Exceções:
a) Tratados, Convenções e regras de direito internacional. 
Ex: diplomatas a serviço de seu país de origem e cônsules nas infrações relativas ao exercício das funções, não serão processados pelo CPP quando cometerem crimes no Brasil, de acordo com a convenção de Viena; o Tribunal Penal Internacional que tem competência para processar e julgar crimes de genocídio e crimes contra a humanidade. 
b) Prerrogativas do Presidente da República, Ministros do Estado (crimes conexos) e Ministros do STF (crimes de responsabilidade)- arts. 86, 89, par. 2* e 100 CF.
Nessas hipóteses, tais pessoas são julgadas pelo legislador no que tange às infrações político-administrativas (crimes de responsabilidade).
c) Processos da justiça militar
Não são regidos pelo CPP, pois existe um CPP militar que é o Decreto-lei 1002/69.
d) Processos de competência do Tribunal Especial
Esse dispositivo não tem aplicação, pois fazia referência à CF de 1937 que previa a criação de tribunais de exceção. 
e) Processos por crime de imprensa 
A lei de imprensa (5.250/67) não foi recepcionada pela CF de 88, conforme a ADPF (ação de descumprimento de preceito fundamental 130/7/DF).
9) Aplicação da lei processual em relação às pessoas
"Imunidades"
9.1) Conceito de imunidade: 
Certas categorias de pessoas, no exercício de determinadas funções, são excluídas da aplicação da lei processual penal brasileira e da própria autoridade do poder judiciário. 
As imunidades são estabelecidas em razão das funções que elas exercem.
A) Imunidades diplomáticas- Art. 1º, CPP.
Agentes diplomáticos são chefes de Estado e representantes dos governos estrangeiros que estão excluídos da jurisdição do outro país onde estão exercendo suas funções. Essa imunidade se estende a familiares, pessoal técnico e administrativo, e funcionários de organismos internacionais. 
Agentes consulares e empregados consulares estão imunes à jurisdição brasileira apenas no que diz respeito a atos oficiais realizados no exercício das funções consulares.
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Aula 5 
9) Imunidades
A) Imunidades diplomáticas
- Agentes diplomáticos
- agentes consulares
B) Imunidades parlamentares
São garantias que incidem no âmbito do Poder legislativo e representam para deputados federais e senadores, a segurança de que poderão exercer plenamente suas atribuições, livres de ameaças e pressões. 
- Material (imunidade penal/absoluta)- art. 53, caput, CF.
Garante a prerrogativa de não ser responsabilizado por suas manifestações escritas ou orais no exercício de suas funções. Não abrange o parlamentar que está licenciado nem o suplente. Ainda, a imunidade parlamentar não alcança o co-autor. 
Há necessidade de nexo de causalidade entre a manifestação, em tese, ofensiva, e o exercício do mandato? 
R: Se a manifestação do parlamentar for feita em plenário, ele estará protegido pela imunidade parlamentar haja ou não conexão com o exercício do mandato. 
Se a manifestação ofensiva foi feita em um local diverso, haverá imunidade desde que haja nexo de causalidade com o exercício da função. 
A imunidade parlamentar é irrenunciável e excludente da tipicidade. 
- Processual (imunidade formal/relativa)
Deputados federais e senadores não podem ser presos em flagrante salvo em casos de crimes inafiançáveis.
Direito de não ser preso- Art. 53, par 2º, CP.
Possibilidade de sustação de processos criminais instaurados mediante deliberação da casa legislativa- art. 53, par 3º a 5º.
Se o crime foi praticado após a diplomação, instaurado o processo contra o parlamentar, o STF deve cientificar a câmara ou o senado, que pelo voto da maioria dos seus membros, poderá determinar a sustação da ação penal. Suspende-se também a prescrição. 
Direito de não ser obrigado a depor como testemunha- art. 53, par 6º, CF.
Prerrogativa de foro "foro privilegiado"- 53, par 7º, CF e 102, I, b, CF.
Encerrada a função, cessa o foro privilegiado e essa prerrogativa é irrenunciável. 
~> Outras autoridades <~
Os deputados estaduais têm todas as imunidades, materiais e formais- art. 27 CF.
O vereador somente possui imunidades materiais, não possuem imunidades processuais. – art. 29, VIII, CF.
"O foro por prerrogativa de função prevalece sobre a competência do júri em razão da especialidade da norma constitucional - súmula 721 STF"
Persecução Penal - Persecutio criminis
1) Conceito
Persecução penal é conjunto de atividades que o Estado desenvolve no sentido de tornar realizável sua atividade repressiva em sede penal. 
O Estado-administração, diante de um crime, deve levar a notícia do fato criminoso ao Estado-juiz, para que, o juiz, apreciando-o, declare se a pretensão punitiva procede ou não. Essa atividade, denominada Persecutio criminis, é desenvolvida, primeiro pela polícia judiciária ou civil (Inquérito policial), e após pelo MP(denúncia e ação penal).
- Fase de investigação criminal = polícia judiciária/civil
A investigação criminal busca preparar a acusação por meio de um procedimento preliminar, que é o inquérito policial ou termo circunstanciado. É realizada pela polícia judiciária/civil visando apurar o fato criminoso. 
A ação penal tem como objetivo invocar a tutela jurisdicional do Estado juiz, para julgar a acusação apresentada através da propositura de uma ação penal. É de responsabilidade do MP que através da denúncia dá início à ação penal. Excepcionalmente, a vítima poderá dar início à ação penal por meio de queixa crime.
Inquérito policial- art. 5º a 23 CPP.
1) Conceito
O IP é um procedimento administrativo, inquisitório e preparatório, consistente em um conjunto de diligências realizadaspela polícia investigativa, para apuração da infração penal e de sua autoria, presidido pela autoridade policial a fim de fornecer elementos de informação para que o titular da ação penal possa ingressar em juízo com a ação. 
Nas infrações de menor potencial ofensivo, entendidas como todas as contravenções penais e os crimes cuja pena máxima não seja superior a dois anos, será lavrado o termo circunstanciado, e não o inquérito policial. 
2) Natureza
3) Presidência do IP
4) Principais características do IP.
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Inquérito policial
1) Conceito
2) Natureza Jurídica
A natureza jurídica do inquérito é de procedimento administrativo. Eventuais vícios existentes no IP não afetarão a ação penal que dele originar.
Ex: Se o delegado prende alguém em flagrante e esquece de comunicar o juiz, a prisão poderá ser relaxada mas em nada afetará a propositura de ação contra o réu. 
3) Presidência do IP
A autoridade policial exercendo funções de polícia judiciária. Essa será a autoridade do local da execução do crime
Alguns doutrinadores diferenciam o conceito de polícia judiciária de polícia investigativa dependendo do enfoque dado à atuação. 
Polícia judiciária é aquela que auxilia o poder judiciário no cumprimento de suas ordens. Exemplos: Policiais militares
Polícia investigativa é aquela que tem o escopo de investigar infrações penais.
A maioria da doutrina usa a expressão "polícia judiciária" para referir às duas funções. 
4) Características
4.1) Escrito- art. 9º- CPP
Alguns doutrinadores têm sustentado a possibilidade de utilização de meio audiovisual para registro de depoimentos com base no art. 504, par 1*, CPP.
4.2) Instrumental
O IP tem caráter instrumental porque ele é um instrumento para a colheita de elementos de informação de autoria e materialidade. 
Havendo elementos mínimos de autoria e materialidade, o delegado deverá instaurar IP. Se ele se recusa, diante de requerimento feito pela vítima ou qualquer pessoa, caberá recurso ao chefe de polícia, que em alguns estados é o secretário de segurança pública e em outros estados o delegado geral.
4.3) Dispensável
Haverá hipóteses em que o IP será dispensável para o início da ação penal, quando o titular da ação (MP), já tiver "peças de informação" contendo elementos de autoria e materialidade. Ex: Crimes tributários
A fazenda colhe informações e remete diretamente ao MP.
4.4) Sigiloso 
Apesar do sigilo, o juiz e o MP têm acesso ao inquérito policial. Quanto ao advogado, a Constituição garante no art. 5º CF que o preso será informado dos seus direitos, dentre eles o de permanecer calado, bem como, ter assistência de advogado. 
O art. 7º, XIV do estatuto da OAB assegura o acesso do advogado aos autos de inquérito policial. 
O acesso do advogado é restrito às informações já introduzidas no inquérito, não alcançando diligências em andamento. 
“Súmula vinculante 14 do STF.” 
4.5) Inquisitivo
Não existe contraditório no IP.
Obs: haverá contraditório real apenas nas hipóteses de prova antecipada. Haverá contraditório postergado nas provas cautelares.
4.6) Informativo
O IP tem por objetivo a colheita de elementos de informação quanto à autoria e materialidade da ação penal. 
Elementos de informação são colhidos na fase de informação, sem contraditório e sem ampla defesa. Visam formar a opinião ou convicção do titular da ação penal (MP) a respeito da prática do crime. Provas são aquelas produzidas, em regra, na fase judicial, com contraditório e ampla defesa, há provas que são produzidas na fase de inquérito policial, quais sejam, as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
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4.6) Informativo
Elementos de informação X Provas
Provas
- cautelares: aquelas produzidas antecipadamente
- não repetíveis: são aquelas impossíveis de serem feitas de novo. Ex: autópsia
- antecipadas: com contraditório.
4.7) Indisponível- 
Delegado não pode arquivar art. 17 CPP.
5) Formas de instauração do IP.
Depende do tipo de ação penal. 
5.1) Ação Penal Pública incondicionada 
- Ex officio pela autoridade policial através de uma "portaria". 
- Requerimento do interessado
- Requisição do juiz/MP
- Auto de prisão em flagrante
5.2) Ação penal pública condicionada à representação
- Representação da vítima ou representante da vítima (pai, mãe, responsável)
- Requisição juiz/MP com representação da vítima
- Requisição do Ministro da justiça nos casos de crimes contra à honra do Presidente da República. 
- Auto de prisão em flagrante com representação da vítima. 
5.3) Ação Penal Privada
- Requerimento da vítima ou rep
- Requisição do MP/ juiz com requerimento da vítima
- Auto de prisão em flagrante com requerimento da vítima. 
6) Notitia criminis é o conhecimento pela autoridade policial, espontâneo ou provocado, da prática de um crime ou fato delituoso. 
6.1) De cognição imediata/direta: é a notícia que a autoridade policial tem do fato por meio de suas atividades rotineiras. Ex: polícia fazendo ronda e se depara com um cadáver assassinado
6.2) De cognição mediata/indireta : toma conhecimento do fato criminoso por meio de provocação. 
Notitia criminis inqualificada= "denúncia" anônima
6.3) De cognição coercitiva: Quando a autoridade policial toma conhecimento do crime por meio da prisão em flagrante. 
7) Diligências investigatórias. Art. 6º 
7.1) Diligência no local do crime- I: se o crime deixou vestígios a polícia deve preservar o local do crime até a chegada da perícia. 
7.2) Apreensão de objetos - II
*Auto de apreensão
7.3) Colheita de provas e condução coercitiva - III e IV
É possível que o delegado determine a condução coercitiva da vítima para depor no inquérito. 
7.4) Interrogatório do investigado - V
É feito sem contraditório e ampla defesa
7.5) Reconhecimento de pessoas e coisas- VI
O acusado pode ser conduzido coercitivamente a participar do reconhecimento porque essa diligência não implica em comportamento ativo.
7.6) Exame de corpo de delito e outras perícias- VII
7.7) Identificação criminal- VIII
O civilmente identificado, leia-se, que possui RG TC, não será submetido a identificação criminal salvo nas hipóteses legais. Identificação criminal envolve identificação fotográfica e datiloscópica. 
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8) Indiciação
8.1) Conceito
Atribuir a alguém formalmente a autoria de uma infração penal. 
8.2) Pressupostos
Prova da materialidade e indícios de autoria.
8.3) Atribuição para o indiciamento
Autoridade policial
8.4) Direto X Indireto
8.5) Sujeito Passivo- investigado
Exceções (delegado não pode indiciar):
MP
Juízes
Deputado Federal/ Senador
9) Prazo para a conclusão do IP
Depende da natureza do crime e se o réu está preso ou solto
(Tabela que não tenho)
10) Conclusão do IP
Elaboração de relatório pela autoridade policial. O relatório é uma peça descritiva e a capitulação penal feita pela autoridade policial não vincula o autor da ação. Art. 52 CPP.
-Remessa ao juízo (fórum):
11) Abertura de vista ao MP (crime de ação penal pública)
O MP terá 5 opções:
Oferecer denúncia
Requerer diligências se o procedimento não estiver suficientemente instruído. Art.16cpp
Pedir arquivamento
Remeter para outro juízo em caso de incompetência. 
Suscitar conflito de competência
12) Conflito de Competência
Aquele que se dá entre juízes ou órgãos do Poder judiciário. Pode ser positivo (os dois se acham competentes) ou negativo (nenhum dos dois se acha competente).
13) Conflito de atribuição
Ocorre entre órgãos do MP a respeito da responsabilidade para a propositura da ação penal.
14) Arquivamento do MP
14.1) Natureza jurídica: arquivamento, nos termos do art 67 do cpp. O arquivamento consistiria em mero despacho, porém, a doutrina entende que o arquivamento é uma decisão judicial feita após pedido do promotor de justiça. 
O MP não pode arquivar o IP sozinho,pois deve submeter a promoção de arquivamento ao juiz. O juiz não pode ter a iniciativa de arquivar ex officio.
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14.2) Fundamentos que autorizam o arquivamento
Geram coisa julgada formal e material:
A) atipicidade formal ou material da conduta
B) excludente de ilicitude
C) excludente de culpabilidade
D) causas extintivas da punibilidade
Geram coisa julgada formal:
E) ausência de elementos de informação quanto à autoria e materialidade
14.3) Definitividade do Arquivamento
Depende do fundamento.
Se por ausência de elementos de informação, caso surja prova nova é possível o desarquivamento.
14.4) Procedimento- art. 28 CPP
MP faz o pedido
Juiz:
1-homologa
2-não homologa -> remessa ao Procurador Geral de justiça que, por sua vez, pode insistir no arquivamento ou designar outro Promotor de Justiça para oferecer denúncia.
14.5) Arquivamento implícito
Ocorre quando o promotor de justiça deixa de incluir na denúncia algum dos investigados ou algum fato, sem expressa manifestação ou justificação, nessa hipótese, o juiz deve abrir vista ao promotor para manifestação sobre a omissão, e caso a omissão persista, deve encaminhar o IP ao PGJ, nos termos do artigo 28 do cpp.
14.6) Recurso do arquivamento
Em regra, é irrecorrível. A única hipótese de recurso contra a decisão de arquivamento é nos casos de crimes contra a economia popular ou contra a saúde pública. 
14.7) Trancamento do IP
Ocorre por força de impetração de Habbeas Corpus. 
Ação Penal
1) Conceito
A ação penal é o direito de pedir a tutela jurisdicional em razão da prática de uma infração penal. 
2) Características do direito de ação
A) Direito Público
A atividade jurisdicional é de natureza pública, o interesse é do Estado mesmo nos casos de ação penal privada. 
B) Direito subjetivo
O Estado é quem tem a titularidade para movimentar a máquina judiciária.
C) Direito autônomo
O direito de ação não se confunde com o direito material a que se pretende tutelar. 
D) Direito Abstrato
Independe da procedência ou não do pedido. 
3) Condições da ação
3.1) Genéricas
A) Possibilidade jurídica do pedido - fato típico
B) Legitimidade para agir- MP ou Querelante
C) Interesse de agir - necessidade (presumida), adequação (não é discutida), e utilidade.
A ausência das condições da ação impede o direito ao julgamento do mérito. Caso eles estejam ausentes, poderão ensejar a rejeição da peça acusatória, caso estejamos no início da ação penal, ou podem ensejar a extinção da ação, caso constatadas no curso da ação. 
D) Justa causa
Deve ser entendida como lapso probatório mínimo para o oferecimento da peça acusatória, demonstrando-se a viabilidade da pretensão punitiva. A justa causa é demonstrada pela existência de indícios de autoria e prova da materialidade. 
3.2) específicas
A) representação do ofendido
B) requisição do ministro da justiça
C) laudo pericial nos crimes contra à propriedade imaterial. 
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4) Classificação das ações penais
É feita de acordo com a titularidade da ação. 
Regra do artigo 100 CP: a ação penal é pública, salco quando a lei expressamente declara que é privativa do ofendido.
4.1) Ação Penal Pública- art. 24
-titular: Ministério Público
4.1) Ação Penal Pública - "Denúncia" - art.24
A) Ação Penal Pública Incondicionada
O MP não está sujeito ao implemento de qualquer condição. 
B) Ação Penal Pública Condicionada
O MP está sujeito ao implemento de uma condição -> "condições específicas de procedibilidade": representação da vítima, requisição do Ministro da justiça. 
4.2) Ação Penal Privada
Titular: ofendido ou seu representante (querelante)-> Queixa Crime
A) Ação Penal Privada Personalíssima
Aquela em que somente o ofendido, como pessoa física, pode propor. Se o ofendido morre no curso da ação, seus parentes (cadi) não podem continuar na ação. Não existe sucessão processual, morrendo o ofendido, extingue-se a punibilidade. 
B) Ação Penal Exclusivamente Privada
O individuo, seu representante legal ou seus sucessores podem ingressar. Arts. 30 a 38 CPP. Admite sucessão processual, caso o ofendido morra, seus parentes (cadi) podem continuar com a ação. 
C) Ação penal privada subsidiária da pública- art. 29 CPP, art. 5*, LIX, CF.
Aquela em que o ofendido poderá ajuizar a ação penal pública, quando o mp se quedar inerte ou perder o prazo para o oferecimento da denúncia. 
Princípios da Ação Penal
Princípios da ação penal pública
1) Princípio da obrigatoriedade na ação penal pública: 
O MP não possui discricionariedade quanto à propositura da ação penal pública quando presentes indícios de autoria e prova da materialidade. 
2) Principio da indisponibilidade: 
O MP não pode desistir da ação penal proposta nem de recurso interposto. 
Princípios da Ação Penal Privada
1) Principio da oportunidade ou conveniência da ação penal privada: 
Mediante critérios de oportunidade e conveniência, o ofendido pode optar pelo oferecimento, ou não, da queixa.
2) Princípio da disponibilidade: 
O querelante pode desistir da ação penal privada mediante perdão, desistência ou perempção. 
3) Principio da indivisibilidade: 
O processo contra um dos autores do fato obriga a propositura sa ação contra todos. O ofendido não é obrigado a ingressar com a queixa (oportunidade), mas, se decidir processar alguém, terá que processar todos os autores do fato, não podendo escolher propor a ação somente contra alguns.
Princípios comuns
1) Princípio da intranscendência: 
A ação penal só pode ser proposta contra o provável autor do delito.
2) Princípio do "non bis in idem": 
Ninguém pode ser processado duas vezes pelo mesmo fato. 
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Ação Penal Pública
1) Ação Penal Pública Incondicionada
Não há necessidade do implemento. 99% dos casos. 
2) Ação Penal Pública Condicionada
Na maioria das vezes esses crimes caem no procedimento do JECRIM. Se não houver transação penal, a ação penal pública condicionada será instaurada.
A) Representação do ofendido
Tem natureza de condição específica de procedibilidade
Art. 39 CPP= Direcionada ao juiz, MP ou Delegado de polícia
Art. 38 CPP= PRAZO= decadencial de 6 meses a contar do conhecimento da autoria da infração
Legitimidade
Ofendido
Enfermo/retardado mental ou menor de 18 anos -> Representante legal
Caso de colidência de interesses - curador nomeado pelo juiz
Morte do ofendido= CADI
Retratação da representação= possível até o oferecimento da denúncia - art. 25 CPP
Retratação da retratação= possível dentro do prazo decadencial
B) Requisição do Ministro da Justiça 
Natureza de condição específica de procedibilidade
Retratação
Capez/ Paulo Rangel= não é possível
Denilson Feitosa/ LFG= é Possível
3) Peça acusatória
A) requisitos
Exposição do fato criminoso
A identificação e qualificação do acusado
Classificação do crime/ fato criminoso
Rol de testemunhas
Data e assinatura do promotor de justiça
B) Prazo para oferecimento da peça acusatória (denúncia ou queixa crime)
-CP /CPM =
Réu preso - 5 dias 
Réu solto - 15 dias
Lei de drogas- 10 dias
Código eleitoral- 10 dias
Economia popular- 2 dias
C) Recebimento da peça acusatória pelo juiz
Regra -> a decisão que recebe não precisa ser fundamentada.
Exceção -> Precisa ser fundamentada nos procedimentos que envolvem defesa preliminar. 
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Aula 12
4) Recebimento da peça acusatória
Recursos cabíveis:
Recebimento -> não cabe recurso, em regra, pode ser impetrado HC.
Rejeição -> cabe RESE (Recurso em sentido estrito), art. 581, I, CPP.
Ação penal privada
 Exclusivamente privada-> REGRA
Personalíssima -> art. 236 CP
 Privada subsidiária da pública -> art. 29 CPP
Ocorre por inércia do MP quanto ao oferecimento da denúncia. 
Há a necessidade de um ofendido individualizado
Poder do MP:
Repudiar a queixa crime subsidiária, oferecendo denúnciasubstitutiva.
Aditar a queixa-crime
Se o querelante for negligente, o MP retoma a ação como parte principal.
 Obs: Em qualquer tipo de ação penal privada, a queixa-crime deve conter a exposição do fato, nome das partes, etc (como na denúncia). Deve, ainda, ser instruída com procuração contendo poderes especiais, fazendo menção ao fato criminoso.
Renúncia 49 e 50 do CPP e 104 CP★★★★★: 
Ato unilateral do ofendido ou de seu representante legal, abrindo mão do direito de propor a ação penal privada. Ligado ao princípio da oportunidade ou conveniência. 
Momento: Antes do início da ação penal. 
Indivisível: renúncia é indivisível, de modo que, se for realizada a um dos coautores, estende-se aos demais. 
Formas:
Expressa: manifestação inequívoca da vontade de renunciar. 
Tácita: prática de ato incompatível com a vontade de processar.
Causa excludente da punibilidade: a renúncia ao direito de queixa é cláusula extintiva da punibilidade. 
Não depende de aceitação do ofensor.
Perdão do ofendido (51 a 59 do cpp - 105 e 106 cp)★★★★★
É o ato pelo qual o ofendido, ou seu representante legal, desisti de prosseguir com a ação penal privada já em andamento, perdoando seu ofensor. Está ligado ao princípio da disponibilidade. 
O perdão depende de aceitação por parte do réu
O perdão, tal qual a renúncia, se concedido a um dos réus, estende-se aos demais em razão do princípio da indivisibilidade. O que pode acontecer é que apenas um dos acusados o aceite.
O perdão é cabível no curso da ação até o trânsito em julgado da sentença condenatória. 
Momento: no curso do processo até o trânsito em julgado. 
Indivisível
Formas
Expresso: aceitação expressa.
Tácito: aceitação tácita. o silêncio do réu, em se manifestar com relação ao perdão concedido, importa em aceitação. 
Causa extintiva da punibilidade (art. 107)
Pode perguntar na prova: diferença entre renúncia e perdão.
Perempção: 
É a perda do direito de prosseguir no exercício da ação penal privada em virtude da desídia do querelante. Cabe somente na ação penal privada personalíssima ou na ação exclusivamente privada. 
Cabimento. Hipóteses de perempção:
Quando iniciada a ação, o querelante deixar de promover seu andamento por 30 dias seguidos. 
Quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade e seus sucessores (cadi) não aparecerem em juízo em um prazo de 60 dias para prosseguimento da ação. 
Quando o querelante deixar de comparecer (sem motivo justificado) a qualquer ato do processo a que deva estar presente ou deixar de formular pedido de condenação ao final.
Quando o querelante, sendo pessoa jurídica, se extingue sem deixar sucessores. 
A percepção é causa extintiva de punibilidade do agente. 
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Aula 13
Jurisdição e Competência
1) Jurisdição
É uma das funções do Estado, exercida prioritariamente pelo poder judiciário, através da qual o juiz se substitui aos titulares dos interesses em conflito, para aplicar o direito objetivo ao caso concreto. 
2) Princípios da Jurisdição
2.1) Do juiz natural
Decorre da CF que dispõe que ninguém será processado ou sentenciado por autoridade que não tenha competência fixada em normas pré-determinadas. E também da proibição dos juízos ou tribunais de exceção. 
2.2) Princípio da investidura
Somente quem estiver legalmente investido como juiz de Direito e se encontrar no exercício das funções pode desempenhar a jurisdição. 
2.3) Principio da inércia
O magistrado depende da iniciativa das partes, não podendo de ofício iniciar uma ação. 
2.4) Principio da indelegabilidade.
O juiz não pode delegar a sua jurisdição a órgão distinto.
2.5) Principio da correlação
A decisão judicial deve ter correspondência com a descrição dos fatos contida na denúncia ou queixa. 
3) Competência ★★★★★
3.1) Conceito
A competência é a delimitação da jurisdição, é o espaço dentro do qual o magistrado pode aplicar o direito aos litígios que lhe forem apresentados.
3.2) Espécies de competência
A) ratione materiae (em razão da matéria)
É estabelecida em razão da natureza do crime praticado.
B) ratione personae (em razão da pessoa- foro por prerrogativa de função)
É estabelecido em razão da função exercida por determinados agentes. 
C) ratione loci- territorial
É estabelecida em razão do lugar da consumação do crime.
3.3) Verificação da competência★★★★★
1ª etapa: Critério rationae materiae (natureza do crime)
Justiça especial?
Eleitoral
Militar (estadual/federal)
Trabalho
Justiça comum?
Federal - arts. 108/109 CF
Estadual- residual
2ª etapa: Critério "ratione personae" para verificar se a condição pessoal do investigado garante tramitação em determinado órgão jurisdicional. Regras na CF e nas Constituições estaduais. 
3ª etapa: ratione loci
Para saber qual o juízo ou foro no qual o crime deve ser processado
Lugar do crime- art. 70, caput, CPP.
Domicílio do réu- art. 72 e 73 CPP.
 Prevenção- art. 83 CPP.
Distribuição- art. 75 CPP.
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Aula 14
3.4) Lugar do crime para fixação da competência
a) Regra: teoria do resultado 
Lugar onde a infração se consumou ou onde foi praticado o último ato de execução.
b) Exceção: 
Teoria da atividade = crimes dolosos contra a vida
Teoria da ubiquidade= crimes à distância (que teve execução iniciada em um país e consumação em outro) art. 70, par. 1º e par. 2º cpp
C) Situações especiais
C.1) Crimes qualificados pelo resultado
Conceito
Critérios de razoabilidade sugerem que a competência seja fixada no local da ação. 
C.2) Crimes ocorridos na divisa de localidades pertencentes a diferentes comarcas e sujeitas a jurisdição diversa.
Art. 60, par. 3º, CPP- prevenção
O juiz que primeiro houver se manifestado com caráter decisório.
C.3) Jecrim
Art. 63 da lei 9.099/95= lugar da prática da infração penal
C.4) Crimes plurilocais
 A ação ou omissão ocorre em um local e o resultado ocorre em outro local. 
Regra= local da consumação (resultado)
Exceção= roubo= consuma com a posse ou desapossamento da coisa.
C.5) Crimes falimentares
Art. 183 da lei 11.105/05=lugar da quebra/ recuperação judicial
3.5) Domicílio do réu para fixação da competência
1ª hipótese- quando não for sabido o lugar da consumação do crime. Se tiver mais de uma residência a competência é fixada pela prevenção. Se o réu não tiver residência certa, a competência é fixada ao juiz que primeiro tomar conhecimento do fato. 
2ª hipótese- a critério do querelante, a ação penal privada pode ser proposta no lugar do domicílio do querelado mesmo que conhecido o lugar do crime. 
3.6) Prevenção como critério para fixação de competência art. 83 CPP
É um critério residual que se usa quando não existir outro critério de fixação da competência do foro (comarca), juízo ( vara) e do próprio juiz. 
Quando? 
A) crimes praticados na divisa de municípios competentes.
B) crimes permanentes art. 71 cc 83 cpc
C) réu com mais de uma residência ou sem residência certa
3.7) Distribuição como critério de fixação de competência
Ocorre quando, no mesmo foro, houver mais de um juízo (varas) igualmente competentes. 
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Aula 15
4) Conexão e Continência ★★★★★ vai cair na provaaa
4.1) Conceito
Regras de alteração de competência aplicáveis no processo penal
4.2) efeitos
A) Processo e Julgamento simultâneos
B) Um juízo exerce força atrativa em relação a outro
4.3) Conexão- art. 76 CPP 
Espécies
A) Conexão intersubjetiva
Envolve vários crimes e várias pessoas necessariamente. 
A.1) Por simultaneidade
Duas ou mais infrações cometidas por várias pessoas ao mesmo tempo quando ocasionalmente reunidas. Ex: caminhão de cerveja que tomba na estrada e várias pessoas furtam engradados.
A.2) Por concurso ou concursal
Duas ou mais infrações cometidas por várias pessoas em concurso, porém em tempo e locais diversos. * deve haver liame subjetivo entre os agentes. Ex: quadrilha que praticafurto de carros em cidades diferentes. 
Poderá haver uma só investigação e um só processo. 
A.3) Por reciprocidade
Duas ou mais infrações cometidas por várias pessoas umas contra as outras. Ex: briga de torcedor fora do estádio. Não respondem por rixa e sim por lesão corporal se der para identificar os agentes. 
B) Conexão objetiva/ lógica/ material
Ocorre quando a infração é cometida para facilitar, ocultar, assegurar a impunidade ou vantagem em relação a outro delito. Ex: assalto ao banco central de fortaleza, em que os agentes cometeram diversos crimes (homicídio, extorsão) para assegurar o produto do crime. 
C) conexão instrumental/ probatória/ processual
Ocorre quando a prova de um crime influencia na prova do outro. Ex: lavagem de dinheiro
4.4) Continência- art. 77 CPP
Reunir ações
Espécies
A) por cumulação subjetiva
Duas ou mais pessoas acusadas pela mesma infração. Nesses casos as ações serão reunidas.
A continência justifica o julgamento conjunto dos infratores
B) por cumulação objetiva
Ocorre em hipóteses de concurso formal de crimes (art. 70), aberratio ictus e aberratio criminis.
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Aula 16
4.6) Juízo que terá força atrativa. Art. 78 cpp
1ª Regra- Prevalece a competência do tribunal do júri, salvo em relação a atos infracionais crimes eleitorais e militares. 
2ª Regra- Prevalece a competência da comarca em que foi praticado o delito mais grave. Ex: Roubo praticado em SP com receptação em Santos. A comarca de São Paulo exercerá força atrativa e será competente. 
3ª Regra- Se os crimes forem de igual gravidade, prevalece o foro em que foi praticado o maior número de infrações. Ex: roubos em santos e um roubo em São José dos Campos= santos competente. 
4ª Regra- Se nenhum dos critérios anteriores for suficiente, a competência se firma pela prevenção. 
Art. 78, III - No concurso de jurisdição diversas, predomina a de maior graduação. 
Ex: Réu que possui prerrogativa de foro no STF e comete em coautoria com outra pessoa que não possui prerrogativas: ambos serão julgados pelo STF, em razão de continência. A exceção é quando ambas as competências estiverem previstas na CF. Ex: governador mata alguém em coautoria com seu vizinho (júri- artigo. 5*, XXXVIII, "d" ; STJ art.
A Conexão e a Continência só têm cabimento enquanto os crimes estão sendo investigados ou processados e já houver sentença, não há razão para aplicar regras de conexão e continência. 
Separação facultativa dos processos
Várias infrações praticadas em tempo e lugar diversos. 
Número excessivo de acusados
Outro motivo relevante
Perpetuação de jurisdição em casos de concessão/continência-81 cpp
Reunidos os processos por conexão ou continência, se houver absolvição da infração principal que atraiu a competência, os demais crimes serão julgados pelo juiz ou tribunal que atraiu a competência. Ex: roubo em sp e receptação em santos. Sp é competente lara julgar os dois, pois atrai a receptação. Se houver absolvição no roubo, o juiz de São Paulo permanece competente para julgar a receptação. 
Jurisdição prevalente
Possibilidade de o juiz avocar processo de outras comarcas, quando tiver conexão ou continência e ele for juiz competente. 
Prisão cautelar
- Requisitos
A) periculum in libertatis- demonstração que a liberdade do agente sem restrição pode colocar em risco a aplicação da pena, o resultado do processo ou a segurança social. 
b) fumus comissi delict- juízo de que a pessoa contra quem se dirige a prisão cautelar possa ser o autor do delito.
Prisão provisória (cautelar) X prisão definitiva (pena após trânsito em julgado)
Prisão cautelar
Prisão temporária
Prisão em flagrante
Prisão em flagrante é aquela que decorre de quem é surpreendido no decorrer da prática de infração ou momentos depois de cometê-lo.
A) Própria- art. 302, I e II do CPP ~>
Agente está cometendo a infração ou acabou de cometê-la.
B) Imprópria/ "quase flagrante"- art. 302, III, CPP.
Embora não seja preso cometendo o crime, o agente é perseguido, logo após os fatos, de maneira ininterrupta, sendo localizado e preso. 
C) Flagrante presumido ou ficto- 302, IV, CPP. 
O indivíduo, logo após cometer o crime, é encontrado com instrumentos do crime, ou objetos e papéis que indiquem ser ele, presumidamente, o autor do crime. 
D) Flagrante Esperado, provocado, forjado
"A prisão em flagrante deve ser convertida em prisão preventiva por ocasião da denúncia."
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Aula 17
- Prisão preventiva- arts. 312 e 313 CPP
A) Conceito
É uma modalidade de prisão provisória, decretada judicialmente, desde que existam os pressupostos que a autorizam e as hipóteses que a admitem.
O artigo 313 do CPP por reforma legislativa de 2011, passou a prever o cabimento da prisão preventiva nas seguintes hipóteses:
I) Crimes dolosos punidos com pena máxima superior a 4 anos
II) Se o agente já tiver sido condenado por outro crime doloso transitado em julgado
III) Violência doméstica e familiar
IV) Quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa
B) Oportunidade
Durante as investigações
No curso do processo
C) Pressupostos
Indícios de autoria * periculum in libertatis
Prova da existência do crime
D) Fundamentos
Garantia da ordem pública
Garantia de ordem econômica
Conveniência da instrução criminal
Segurança da aplicação da lei penal
E) Prisão domiciliar- 317 e 318
Consiste no recolhimento do investigado, ou acusado, em sua residência quando, preso preventivamente, estiver em alguma das seguintes situações. 
I) Maior de 80 anos
II) Doença grave ou debilidade
III) Quando houver necessidade de cuidar de menor de 6 anos ou pessoa com deficiência. 
IV) gestante à partir do 7* mês ou gravidez de risco
- Prisão temporária - lei 7960/89
Conceito
É uma modalidade de prisão provisória, decretada na fase de investigação, pelo juiz, por requerimento da autoridade policial ou do mp, nas hipóteses previstas no artigo 1* da lei 7960/89.
Prazo para a prisão temporária:
Pode ser decretada pelo prazo de 5 dias prorrogáveis por mais 5, porém, tratando-se de crimes hediondos, o prazo é de 30 dias prorrogáveis por mais 30.
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Aula 18
Medidas Cautelares Pessoais
1) Previsão - Artigo 319 CPP
Comparecimento periódico a juízo
Proibição de frequentar determinados lugares. 
Proibição de manter contato com certas pessoas
Proibição de ausentar-se da comarca
Recolhimento domiciliar no período noturno
Suspensão de função pública/ atividade financeira
Internação provisória em caso de inimputabilidade
Fiança
 Monitoração eletrônica
Proibição de se ausentar do país
2) Duração
- sem prazo máximo
-razoabilidade/ necessidade
3) Requisitos
Artigo 281, I, CPP
Risco para aplicação da lei
Risco para investigação/instrução criminal.
Nos casos previstos, risco do investigado ou acusado volta a praticar infração penal. 
4) Escolha da medida - art. 282, II, CPP.
Adequação à gravidade do crime, circunstâncias do fato e condições pessoais do réu. 
5) Vedação
Não aplicáveis a infrações que não prevejam pena privativa de liberdade. 
6) Momento 
Investigação
Ação penal
Liberdade provisória
1) Conceito
É um instituto que garante, ao acusado, o direito de aguardar o curso do processo em liberdade.
2) Liberdade provisória sem fiança
Alguns crimes, em virtude de sua gravidade, são inafiançáveis, de modo que, caso ocorra flagrante, a prisão deve ser convertida em preventiva: racismo, hediondos, tráfico, terrorismo, tortura, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro e ligados a grupos armados.
Se o juiz verificar que os requisitos da preventiva não subsistem, poderá conceder liberdade provisória sem fixação de fiança. Nesses casos, o juiz poderá impor medidas cautelares pessoais.
Também é possível conceder liberdade provisória sem fiança quando o crime tiver sido cometido sob excludente da ilicitude. Art 310par único. O réu fica com a obrigação de comparecer a todos os atos do processo, não pode mudar de endereço sem avisar o juízo e nem se ausentar da comarca por mais de 8 dias sem comunicar o juiz. 
3) Liberdade provisória com fiança
Com a mudança trazida pela lei 12403/11, todos os crimes que não forem declarados inafiançáveis, admitirão liberdade provisória com fiança independentemente da pena. 
Fiança
A fiança é uma garantia prestada pelo réu para resguardar o cumprimento das suas b obrigações processuais. O réu deposita um valor em juízo, em troca da liberdade provisória, como forma de garantir que ele não vai se furtar à aplicação da lei. 
4) Cumulação com medida cautelar pessoal
É possível de acordo com o artigo 319 cpp.
5) Quem pode conceder a fiança
A fiança pode ser concedida pela autoridade policial (delgado de polícia) em casos nos quais a pena máxima do crime for de até 4 anos. Juiz de direito em qualquer hipótese. 
6) Objeto da fiança
Dinheiro, pedras preciosas, objetos ou metais preciosos...
7) Valor da fiança
Dependerá da gravidade da infração e da condição econômica do réu. 
8) Quebra da fiança
Enseja a decretação da preventiva e perda de metade do valor. 
9) Cassação da fiança 
10) Restituição da fiança
11) cabível: Recurso em sentido estrito
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Aula 19
Execução civil da sentença condenatória e ação civil ex delicto
1) execução civil da sentença condenatória - art. 63 CPP.
A sentença penal condenatória transitada em julgado constitui título executivo judicial ( art. 63 cpp e 475, iv, cpc) no juízo cível. 
Efeito extrapenal genérico da condenação -> tornar certa a reparação. 
Art. 387, IV CPP: o juiz deve fixar um valor mínimo para a reparação dos danos na sentença condenatória. 
Com o trânsito em julgado da sentença o ofendido pode promover a liquidação no cível, para delimitar a extensão do prejuízo. (Art. 63, par. Único CPP).
Se o ofendido não quiser aguardar a conclusão do processo criminal, pode mover a ação civil ex delicto.
2) Ação Civil " ex delicto" - art. 64 cpp
2.1) Conceito
É a ação proposta pela vítima no cível, visando a reparação do ato ilícito, paralelamente com a ação criminal.
2.2) Possibilidade de suspensão
Na hipótese de correrem paralelamente, a ação penal e a ação civil, para evitar decisões conflitantes, o juiz poderá suspender o processo criminal até o julgamento da ação civil, por, no máximo, 1 ano.
2.3) Efeitos da sentença criminal na sentença civil.
A) Se a sentença criminal for anterior, condenatória, e já tiver transitado em julgado, ela vincula a sentença civil, isto é, ela fará coisa julgada no cível, gerando efeitos apenas com relação ao acusado que integrou a lide.
B) Se a sentença criminal for anterior, porém absolutória, ela vinculará a sentença civil apenas nas seguintes hipóteses:
Quando a sentença criminal reconhecer que o ato foi praticado sob excludente de ilicitude.
Quando a sentença absolutória reconhecer a inexistência material do fato.
Quando a sentença absolutória reconhecer a existência de prova de que o réu não concorreu para a infração penal. 
A sentença absolutória não gerará força vinculante no civil, nas seguintes situações: 
a sentença absolutória se der pir insuficiência de provas, por causa excludente da culpabilidade ou em razão do fato praticado não constituir crime, despacho de arquivamento de inquérito ou sentença de declaração de extinção da punibilidade. 
2.4) Legitimidade
Ofendido e herdeiros do ofendido.
Se o ofendido for pobre, a ação pode ser proposta pelo MP desde que haja requerimento. 
2.5) Competência
Juízo cível, no foro do domicílio do autor ou do local do fato. 
★★★★★ vai perguntar na prova: em que hipótese a absolvição criminal víncula a absolvição no cível? 
O réu pode apelar da sentença absolutoria para que seja mudado o fundamento da absolvição. Ex: absolvição por ausência de provas.
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Aula 20
Questões e Processos Incidentes
1) Conceito
É a questão acessória relevante que ocorre no desenvolvimento do processo e que reclama apreciação antes do julgamento da lide.
2) Espécie
Questões prejudiciais- Arts. 92 e 94 CPP.
Processos incidentes- Exceções , incompatibilidades, impedimento, conflito de jurisdição, restituição de coisas apreendidas, medidas assecuratórias, incidente de falsidade e incidente de insanidade mental. 
3) Questões Prejudiciais
- Conceito
Questões jurídicas que surgem de maneira concreta e que devem ser decididas, para que possam solucionar outra controvérsia jurídica. 
Essas questões que se configuram como antecedentes lógico-jurídicos da decisão sobre o mérito da causa, se denominam questões prejudiciais, em contraposição com o objeto principal da lide que se chama questão prejudicada. Ex: discussão da validade do casamento anterior no crime de bigamia. 
- Elementos essenciais:
- Anterioridade lógica-jurídica
A questão prejudicial é um obstáculo lógico ao enfrentamento da questão principal. 
- Necessariedade
A solução da controvérsia prejudicial se apresenta como pressuposto intransponível para o julgamento da lide.
- Autonomia
 A questão prejudicial tem idoneidade para constituir objeto de processo autônomo. 
Ausente um desses requisitos, não se configura relação de prejudicialidade.
- Classificação
I) quanto ao caráter:
A) homogênea (comum ou imperfeita): a questão prejudicial também tem natureza criminal. Ex: apreciação da existência do delito antecedente para caracterização do crime de receptação. 
B) heterogênea ( perfeita ou jurisdicional) : a questão prejudicial tem caráter extrajudicial. Diz respeito ao elemento essencial do crime. 
II) quanto ao grau de influência
A) total: diz respeito a elemento essencial do crime.
B) parcial: se relaciona a uma circunstância do fato criminoso que diga repeito à gravidade da infração ou à quantidade de pena. Ex: incidência da agravante vítima idosa, percebem que a vítima não é idosa.
III)quanto ao efeito
A) devolutivo: deve ser solucionada obrigatória ou facultativamente pir órgão alheio ao que está analisando a matéria criminal. 
B) não devolutiva: são solucionadas pelo juízo criminal.
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Aula 21
Questões prejudiciais
1) Devolutivas Obrigatórias - 98 CPP
São aquelas que têm como pressuposto a existência de controvérsia seria e fundada sobre o estado civil das pessoas e, como efeito, interditar ao juiz penal a sua solução. 
A identificação da questão devolutiva obrigatória sempre gerará a suspensão do processo criminal por prazo indeterminado. 
Durante a suspensão o juiz fará a inquirição de testemunhas e poderá determinar a realização de outras provas urgentes.
2) Devolutivas facultativas- 93 CPP
Na devolutiva facultativa controvérsia refere-se a matéria que não diz respeito ao estado das pessoas. Ex: processo criminal por crime tributário e discussão sobre anulação do débito fiscal no juízo cível. 
O juiz pode determinar a suspensão do processo criminal desde que a controvérsia seja de difícil solução e haja prévia existência de processo na área cível. 
A decisão do juízo cível é sempre vinculante nos casos relativos ao estado das pessoas. Nas demais hipóteses, a decisão proferida na esfera civil, vincula o juiz criminal apenas se proferida no lapso em que o processo criminal estiver suspenso.
A decisão que determina a suspensão do processo pode ser atacada por “rese” e a que não determina é irrecorrivel. ★★★★★ pode cair na prova:
	Obrigatória
	Facultativa
	Envolve controvérsia sobre o estado das pessoas
	 Não dizem respeito ao estado das pessoas
	Deve ser solucionada., obrigatoriamente, pelo juízo civel.
	O juiz criminal decide se aguarda a decisão do juizo não penal.
	O processo penal deve ser suspenso por prazo indeterminado
	O processo penal será suspenso, a critério do juiz, por prazo determinado, se houver ação civil em andamento. 
	A decisão vincula o juízo criminal.Só vincula se proferida enquanto suspenso o processo criminal. 
Exceções
São um mecanismo processual pelo qual o acusado exerce uma forma de defesa"indireta", provocando a apreciação de matéria que pode levar à extinção da ação ou retardamento de seu exercício. 
Embora seja instrumento próprio do acusado, as exceções podem ser usadas pelo autor da ação em algumas hipóteses.
As exceções se processam autonomamente como procedimentos
Incidentais e, em regra, não geram a suspensão da ação.
Classificação 
Exceções dilatórias
Não se destinam a extinguir o processo mas sim a dilatar o seu desenvolvimento. 
Suspeição
Incompetência
de ilegitimidade ad processum
Exceções peremptórias 
Têm como objetivo a extinção do processo.
de coisa julgada
de litispendência
Ilegitimidade ad causam
Exceção de suspeição
Tem por objetivo afastar o juiz que a parte entende como parcial. (Art. 254).
Ela é prioritária com relação às demais e sua arguição precederá a qualquer outra. Art. 96 CPP.
Abstenção: nos termos do artigo 97 do CPP, o juiz pode espontaneamente se declarar suspeito indicando o motivo da suspeição e remetendo ao seu juiz substituto legal. 
Recusa do juiz pelas partes: caso não tenha havido abstenção podem abrir a suspeição do juiz por meio de exceção com petição assinada pelas partes e procuração com poderes especiais para oferecer exceção.
O MP deve arguir a suspeição quando do oferecimento da denúncia salvo caso superveniente. 
O Réu deve arguir a exceção no prazo de resposta ou, em caso superveniente, no primeiro momento possível. 
Autor da exceção: excipiente
Juiz suspeito: excepto
Ao receber a exceção, o juiz poderá acolhê-la de plano, se declarando suspeito. Art. 99 do CPC. Se o juiz rejeita a arguição de suspeição, no prazo de três dias, oferecerá a resposta e, em seguida remeterá os autos ao tribunal de justiça a quem caberá o julgamento da exceção. Art. 100.
Julgamento pelo tribunal: o tj poderá rejeitar liminarmente a exceção se considerá-la manifestamente improcedente. Caso contrário, determinará a citação das partes e marcará data para oitiva de testemunhas com posterior julgamento. 
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Aula 22
Exceções
Dilatórias
Suspeição
Incompetência
Ilegitimidade ad processum
Peremptórias
Coisa julgada
Litispedência
Ilegitimidade ad causam 
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1) Exceção de suspeição
Efeitos: se acolhida, gera nulidade dos atos processuais. 
Suspeição de membro do MP -> 104 cpp
Suspeição de peritos/ intérprete-> 105 cpp
(Quem julga a exceção nesses casos é o juiz)
2) Exceção de incompetência do juiz
Tem por fim permitir que prevaleçam as regras que definem qual órgão deve julgar certa causa. 
Caráter dilatório, pois visa remeter o processo para outro órgão.
- abstenção-> declaração de ofício pelo juiz - 109 cpp
Da decisão cabe RESE- 581, II, CPP.
- Arguição de competência
Por escrito, no prazo de resposta. 
- Natureza relativa ( ratione loci) ->
Deve ser arguida oportunamente, sob pena de preclusão. 
- Natureza absoluta (ratione materiae/ personae) ->
Pode ser arguida a qualquer tempo
- Processamento = o juiz ouve o MP e decide, sem parar o processo. 
 Se procedente, anula-se apenas o atos decisórios. 
3) Exceção de litispendência
Ocorre diante da existência simultânea de duas ou mais ações idênticas. Tem caráter peremptório. 
Identidade de;
Pedido
Partes
Causa de pedir. 
Processamento: idêntico ao da exceção de suspeição. 
Não suspende o processo
Do acolhimento da exceção de litispendência também cabe RESE, 581, III, CPP.
4) Exceção de coisa julgada
É utilizada diante da existência de segundo processo referente a fato que já foi julgado em definitivo, com sentença transitada em julgado.
Tem caráter peremptório, visa extinguir o segundo processo. 
- Processo: idêntico à exceção de incompetência de juízo. 
5) Exceção de ilegitimidade de parte
Ad causam ( tem caráter peremptório)-> condição da ação. Não pode figurar no processo, não é o titular do direito. Ex: ministério público é ilegítimo (ad causam) para ingressar com ação penal privada. 
Ad processum ( tem caráter dilatório)-> pressuposto de existência válida. É titular do direito, porém, precisa de um requisito processual para postular em juízo. Ex: menor de 18 anos, sem assistência ou representação, possui ilegitimidade ad processum para ingressar com ação. 
- processamento: idêntico ao da exceção de incompetência de juizo, porém sem prazo fatal para arguição
★★★★★★ Importante para prova: o que cai na prova é o que está no caderno.
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Aula 23
Medidas assecuratorias
Infração penal causa danos de natureza moral ou material que geram possível expectativa de indenização. 
Medidas cautelares preparatórias ou incidentais
A reparação do dano é assegurada por medidas cautelares reais, que se aplicam quando há risco de dano, em procedimento incidental.
1) Sequestro
- Conceito
Retenção judicial da coisa para impedir que o acusado disponha do bem.
Bens móveis - 125 CPP
Bens móveis - 152 CPP
Desde que adquiridos com o produto do crime.
- Iniciativa
De ofício pelo juiz
O requerimento do MP, do ofendido, ou da autoridade policial.
- Requisitos
Indícios veementes da proveniência ilícita dos bens.
- Juiz decreta
Cabe- apelação / embargos
- Levantamento- art. 131
A perda da eficácia do sequestro. 
Exemplos de hipóteses: absolvição, extinção da punibilidade, se a ação penal não for proposta em 30 dias...
- Destinação- leilão público
É possível, após a sentença, ou até mesmo antes, a alienação do bem, após avaliação
2) Hipoteca legal
- Conceito
É conferida pela lei ao ofendido ou a seus herdeiros, sobre os imóveis do acusado, para satisfação do dano e pagamento de despesas judiciais. É um direito real de garantia bens imóveis que compõem o patrimônio lícito do real.
- Iniciativa
ofendido
Se o ofendido for pobre pode requerer ao MP que faça o pedido de hipoteca. 
MP
- Requisitos 134 CPP
Certeza existência da infração
Indícios de autoria
3) Arresto
- Conceito
Tem por objeto o patrimônio lícito do agente e se aplica como preparatório da hipoteca legal, incidindo sobre bens imóveis.
O arresto pode durar até 15 dias
- de imóveis preparatório da hipoteca legal- 136 cpp
- de bens móveis-137 cpp
Se o réu não for titular de bens imóveis ou se o valor deles for insuficiente, é possível um arresto de móveis. Ex: lancha, veículo. Que integrem o seu patrimônio lícito. 
Diferença entre os institutos
Sequestro:
Bens imóveis que constituam produto direto da infração e bens móveis ou imóveis que tenham sido adquiridos com o lucro proporcionado pelo crime.
Hipoteca legal: incide sobre bens imóveis que integram o patrimônio lícito do acusado. 
Arresto: incide sobre bens imóveis do patrimônio lícito do acusado em caráter preparatório à hipoteca legal e bens móveis de origem que pertençam ao acusado. 
Ênfase:
A partir de ação penal
Tipos de ação
Diferença entre elas
Institutos: decadência, perempção, perdão
Competência: critérios de fixação (5)
Questões incidentais. 
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